PREVALÊNCIA DE ANEMIAS EM PACIENTES INTERNADOS EM ENFERMARIA MODELO DE CLÍNICA MÉDICA DO HOSPITAL NOSSA SENHORA CONCEIÇÃO, TUBARÃO-SC Grazielle Arruda Alves1; Maria Zélia Baldessar2 INTRODUÇÃO A anemia é uma condição clínica e laboratorial, resultado de uma condição patológica. Não é caracterizada como doença e sim um sinal de doença. A Organização Mundial de Saúde definiu anemia uma condição na qual o conteúdo de hemoglobina (Hb) circulante esta diminuído, abaixo do valor de referência esperado para uma pessoa normal, sob o mesmo sexo, idade e condição ambiental; valores inferiores a 13,0 g/dL para homens e 12 g/dL para mulheres. As anemias podem ser classificadas de acordo com exames laboratoriais que incluem marcadores como Volume Corpuscular Médio (VCM), Hemoglobina Corpuscular Média (HCM), os valores são obtidos por cálculos a partir da contagem de eritrócitos, dosagem da Hb e hematócrito (Ht). O VCM estima o tamanho as hemácias, onde se divide o hematócrito pelos eritrócitos. O HCM expressa a quantidade de hemoglobina dentro da hemácia. A concentração de Hemoglobina Corpuscular Média (CHCM) é a relação entre Hb num determinado volume de sangue e o Ht. Anemia é um fator presente em muitas comorbidades, e pode nos orientar a diagnósticos diferenciais de neoplasias em estágios iniciais da doença. As causas das anemias são multifatoriais, abrangendo medicações, doenças infecciosas, inflamatórias, neoplásicas, hipoxemia, entre outros fatores Palavras-chave: Anemia. Anemia de Doença Crônica. OBJETIVOS Avaliar a prevalência das anemias em pacientes internados na enfermaria modelo de clínica médica no Hospital Nossa Senhora da Conceição, em Tubarão-SC _____________________ 1 Acadêmica de Medicina da Unisul. Bolsista do PUIC. E-mail: [email protected] Médica hematologista e Mestre em Ciências da Saúde pela Universidade do Extremo Sul de Santa Catarina. Email: [email protected] 2 MÉTODOS Participaram do estudo 274 indivíduos internados na enfermaria modelo de clínica médica no Hospital Nossa Senhora Conceição Tubarão-SC, entre Julho 2011 a Outubro 2011. Incluiu-se todos os pacientes internados, maiores de 18 anos, que possuíam um exame de hemograma em algum momento da internação. Foram excluídos aqueles que não possuíam um exame de hemograma na internação – independente do motivo – ou aqueles com dados incompletos no prontuário médico. Realizou-se a coleta por meio de prontuários médicos. A análise estatística foi realizada com auxílio do programa SPSS 16.0. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade do Sul de Santa Catarina sob protocolo nº 11.101.4.04.III I. RESULTADOS E DISCUSSÃO Dentre os 278 pacientes estudados, encontrou-se ____ de média do Hematócrito, sendo o menor ___ e maior ____; apresentou 11,01 de média de Hemoglobina sendo o menor 6 e maior 18,9. Dos pacientes estudados 163 eram do sexo masculino e 115 do sexo feminino. A média de idade dos pacientes internados foi de 43 (18-94 anos). A Hipertensão Arterial Sistêmica foi a comorbidade mais prevalente entre os internados sendo presente em 112 pacientes. O motivo mais prevalente de internação foi doença pulmonar (DPOC). Entre outras comorbidades presentes foram citadas: HIV, tuberculose, neoplasias, diabete mellitus, doenças do trato gastrointestinal, doença pulmonar crônica, insuficiência cardíaca congestiva e causas ortopédicas (ex. osteomielite). CONCLUSÕES A anemia é um problema comum entre o meio hospitalar que muitas vezes acaba passando desapercebia pelos profissionais, muitas vezes ela pode ser prevenida com medidas simples como a suplementação de ferro oral, no caso da anemia ferropriva, dado o diagnóstico quando nível de ferritina sérica for menor que 100ng/ml e a saturação de transferrina forem menos que 20%. Outro fato limitante é que quadro de anemia pode diminuir a resposta do hospedeiro ao combate de doenças, e, no entanto, o paciente acaba por permanecer mais tempo internado, com isso aumentando a chance de infecções, maior tempo de resposta ao tratamento e descompensação de outras comorbidades. A busca por melhoria na eficiência do atendimento, incluindo menor tempo de internação por um diagnóstico e condutas adequadas. REFERÊNCIAS 1. Blackwell S., Hendrix PC. Common Anemia’s: What Lies Beneath – Anemia’s Comuns Clinician Reviews. Medscap 2001; 11(3):53-62 2. Weiss G. Advances in the diagnosis and management for the anemia of chronic disease. Hematology 2000. 2000; 42-45 3. Weiss G. Iron and anemia of chronic disease. Kidney Int. 1999; 69:12-17 4. Denz H, Fuchs D, Wachter H. Altered iron metabolism and the anemia of chronic disease: a role of immune activation. Blood 1992; 79:2797 5.World Health Organization. Nutritional Anemias: Report of WHO Group of experts. Geneva, Switzerland: Wordl Health Organization; 1972. 6.Naoum PC. Hematologia laboratorial Eritrócitos. São Jose Rio Preto: Academia de Ciência e Tecnologia. 7. Sakamoto TM, Hemoglobinopatias e anemias em gestantes no Hospital Universitário de Campo Grande –MS. 2008: 37-8 8. Breymann C. Iron deficiency and anaemia in pregnancy; modem aspects of diagnosis and therapy. Blood Cells, molecules, and Diseases. 2002; 29 (3): 506-516 FOMENTO O trabalho teve a concessão de Bolsa pelo Programa Unisul de Iniciação Científica (PUIC). O trabalho teve o apoio do Hospital Nossa Senhora Conceição (HNSC) de TubarãoSC.