6.1 Derivação & Integração: regras básicas REGRAS BÁSICAS DE DERIVAÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . (u + k v)0 = u0 + k v 0 ; 1. Regra da soma: k constante . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . (u v)0 = u0 v + u v 0 2. Regra do Produto: 3. Regra do Quociente: u v .................................................... 0 4. Regra da Potência: ........................................................... 5. Regra da Cadeia I: ............................................... d dx u0 v = u v0 v2 d dx [xp ] = pxp 1 [f (u(x)] = f 0 (u(x) u0 (x) 6. Regra da Cadeia II: (Notação de Leibniz) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . df df du = dx du dx AS FUNÇÕES ELEMENTARES E SUAS DERIVADAS 1. Logaritmo Natural de x: 2. Exponencial de x: 3. Seno de x: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ln x ou log x; D(ln x) = 1=x; x > 0 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ex ou exp x; . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . sin x ou sen x; 4. Cosseno de x: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . cos x; 5. Tangente de x: 6. Secante de x: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . tan x ou tg x; . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . sec x 7. Cotangente de x . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . cot x ou cotg x; 8. Cossecante de x: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . csc x ou cosec x; D(ex ) = ex D(sen x) = cos x D(cos x) = sen x D(tan x) = sec2 x D(sec x) = sec x tan x D(cot x) = D(cosec x) = cosec2 x cosec x cotg x Se f (x) é uma função cuja derivada não se nula no intervalo (a; b), então sua inversa g (y) é derivável no intervalo (c; d), com derivada g 0 (y) = 1 f 0 (x) ; a < x < b: (6.1) Com auxílio da fórmula (6.1) podemos chegar às derivadas das funções trigonométricas inversas, em um intervalo adequado. COMPLEMENTOS & EXERCÍCIOS 1. Derivada do Arcoseno: PRIMITIVAS & INTEGRAIS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . D(arcsen x) = p 2. Derivada do Arcocosseno: 1 x2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . D(arctg x) = 4. Derivada do Arcocotangente: ; p . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . D(arccos x) = 3. Derivada do Arcotangente: 5. Derivada do Arcosecante: 1 =2 < x < =2: 1 1 x2 1 ; 1 + x2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . D(arccotg x) = ; 0<x< : =2 < x < =2: 1 ; 1 + x2 0 < x < =2: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . D(arcsec x) = 1 p jxj x2 1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . D(arccosec x) = 1 p jxj x2 1 6. Derivada do Arcocosecante: lxix ; jxj > 1: ; jxj > 1: REGRAS BÁSICAS DE INTEGRAÇÃO A partir das derivadas das funções básicas, obtemos Z xn+1 01. xn dx = + C, n 6= 1 n+1 Z 1 dx = log jxj + C; x 6= 0 03. x Z 05. ex dx = ex + C Z ax 07. ax dx = + C, a > 0 e a 6= 1 ln a Z cos(kx) 09. sen(kx)dx = +C k Z dx p = arcsen x + C 11. 1 x2 Z dx 13. = arctan x + C 1 + x2 Z dx p = arcsec x + C 15. jxj x2 1 EXERCÍCIOS & COMPLEMENTOS a seguinte tabela de primitivas: Z 02. sec2 xdx = tan x + C Z 04. cosec2 xdx = cotg x + C Z 06. sec x tan xdx = sec x + C Z 08. cosec x cot xdx = cosec x + C 10. Z Z cos(kx)dx = sen(kx) +C k dx = arccos x + C 1 x2 Z dx p 14. = arccotg x + C 1 + x2 Z dx p 16. = arccosec x + C jxj x2 1 12. p 1.1 1. Em cada caso, determine a primitiva F (x) da função f (x), satisfazendo à condição especi…cada. (a) f (x) = p 4 x; F (1) = 2 (b) f (x) = x2 + 1=x2 ; F (1) = 0 (c) f (x) = (x + 1) 1 ; F (0) = 2: 2. Certa função derivável f (x) é tal que f (x) > 0; 8x; e f (1) = 1. Sabendo que f 0 (x) = xf (x), encontre a expressão que representa f (x). (sug.: derive a função g(x) = ln[f (x)]) lxx CÁLCULO DE UMA VARIÁVEL MARIVALDO P. MATOS 3. Sejam f e g funções deriváveis em R e suponha que f (0) = 0 e g (0) = 1. Se f 0 (x) = g (x) e g 0 (x) = sen x]2 + [g (x) f (x) ; 8x, mostre que função h (x) = [f (x) cos x]2 tem derivada nula e, portanto, é constante. A partir daí deduza que f (x) = sen x e g (x) = cos x: Z 4. Em cada caso, calcule a integral inde…nida f (x) dx: (a) f = x3 1 1 1 + 2+ 3 x x x p 1+x (f) f = tg2 x 5x (b) f = 1 (e) f = 1 + x2 1 x5 (c) f = 2 sen x (g) f = p (d) f = 1 + x2 p (h) f = x3 x x + sec2 x (i) f = 2x + ex+1 (j) f = 2 + x2 + cos (2x) (k) f = sec2 (4x + 2) (m) f = 2 + sen2 x (n) f = sec (2x) tg (2x) (o) f = (x + 1) x 1 p 5. Mostre que F (x) = F (0) = (a) Z 2 (l) f = cos2 x 1 (p) f = x (x + 1) exp ( xp ) ; p 6= 0; é a primitiva de f (x) = xp 1 exp ( 1 xp ) tal que 1=p: Agora, calcule as integrais inde…nidas: x exp x2 Z dx (b) p exp ( x) dx p x (c) Z x2 dx: x exp 6. Determine a função f que satisfaz a: f 00 (x) = x2 + ex ; f (0) = 2 e f 0 (0) = 1: 7. Se k é um número inteiro não negativo, calcule o valor de: (a) Z 2 sen (kt) dt (b) 0 Z cos (kt) sen (kt) dt (c) Z =4 [cos2 (kt) sen2 (kt)]dt: 0 8. Encontre a equação da curva que passa no ponto A ( 3; 0) e cuja inclinação da reta tangente, em cada um de seus pontos (x; y), é m (x) = 2x + 1: 9. DERIVAÇÃO SOB O SINAL DE INTEGRAL que (x) e Deixe f ser uma função contínua em [a; b] e suponha (x) sejam funções deriváveis em (a; b). Se ' (x) = Z (x) f (t) dt; (x) mostre que ' é derivável em (a; b) e deduza a Regra de Leibniz: '0 (x) = f ( (x)) 0 (x) f ( (x)) 0 (x) : (6.2) 10. Usando a Regra de Leibniz (6.2), calcule '0 (x) em cada caso abaixo: (a) ' (x) = Z 1 xp 3 1+ t4 dt (b) ' (x) = Z sen x cos x 5 (ln t) dt (c) ' (x) = Z exp x x2 1 cos t2 dt: COMPLEMENTOS & EXERCÍCIOS PRIMITIVAS & INTEGRAIS 11. Em cada caso abaixo, calcule a integral de…nida de f , no intervalo I indicado. ( x, se x < 0 (a) I = [ 1; 1]; f (x) = (b) I = [ 2; 2]; f (x) = jx x2 x + 1, se x 0 (c) I = [ ; ]; f (x) = jsen xj (e) I = [ 3; 5]; f (x) = 6.2 x2 (d) I = [ 3x + 2 1j ; ]; f (x) = x + jcos xj (f) I = [ ; ]; f (x) = x jxj Cálculo de Áreas Planas 1. Em cada caso, calcule a área da região R: (a) R é delimitada pelas curvas y = x4 e y = x2 , para 0 x 1: p (b) R é delimitada pelas curvas y = 3 x e y = x3 , para 0 x 1: (c) R é delimitada pelas curvas y = jxj e y = (d) R é delimitada pelas curvas y = x2 , para 1 x 1: x2 + 4 e y = x2 : (e) R é delimitada pelo eixo y e pelas curvas y = sen x e y = cos x, para 0 (f) R é delimitada pelas retas x = 0; x = 1; y = 2 e pela parábola y = x2 : p (g) R é delimitada pelas curvas y = x2 e y = x: p (h) R é delimitada pela curva y = x e pelas retas y = x 2 e y = 0: (i) R é delimitada pela curva y = x3 6x2 + 8x e o eixo x: x2 + 6x e y = x2 (j) R é delimitada pelas parábolas y = 2x: 2. Em cada caso, esboce o grá…co da região R e calcule sua área. (a) R = f(x; y) 2 R2 , tal que 0 x (b) R = f(x; y) 2 R2 , tal que x 0 e x2 (c) R = f(x; y) 2 R2 , tal que 0 x 1=y e 1 (d) R = f(x; y) 2 R2 , tal que 0 x 1 e x2 (e) R = f(x; y) 2 R2 , tal que 1 2 e x2 x 3. Considere a função f : R ! R, de…nida 8 > > < f (x) = > > : x 1e0 y 4g: x2 + 5xg: y y 2g: p xg: y jxj3 g: y por: 2 + x3 =4, para x < 0 x2 x 16 4x, para x 2, para 0 x<3 3: x =4: lxxi lxxii CÁLCULO DE UMA VARIÁVEL Calcule Z MARIVALDO P. MATOS 5 f (x) dx e, também, a área entre o grá…co de f e o eixo x, de x = 2 até x = 5: Por 2 que o valor da integral e o valor da área são distintos? 4. Em cada caso, identi…que a região do plano xy cuja área é representada pela integral e calcule o valor da área. Z Z 1 Z 1 2xdx dx (b) (a) 0 0 0 1 Z (4 + 3x) dx (d) 3 (x + 5) dx + 5 Z 0 2dx + 3 Z 4 (2 p x) dx: 0 5. Suponha que f : [ a; a] ! R seja uma função par e que g : [ a; a] ! R seja uma função ímpar. Mostre que: Z a a Z a f (x) dx = 2 f (x) dx e 0 Z a g (x) dx = 0: a 6. Considere a função y = f (x), cujo grá…co está ilustrado na Figura 6.1 ao lado, e de…na a função g por Z x g(x) = f (t)dt: 0 (a) Calcule g(0); g(1); g(2); g(3) e g(6). (b) Em que intervalo a função g está crescendo? (c) Quando g atinge seu valor máximo? 6.3 Integrais Impróprias 1. Analise cada uma das integrais impróprias abaixo quanto à convergência. Z 5 Z 1 Z 1 Z 1 p dx dx dx 1=2 p (a) (b) (c) x exp ( x) dx (d) 2 2 x) jxj 1 (5 0 1+x 1 1 Z 2 Z 0 Z 0 Z 1 dx dx 2 p (e) (f) (g) x exp x dx (h) x3 exp 11 + x 1 0 0 x x x4 dx RESPOSTAS & SUGESTÕES EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES 6.1 :::::::::::::::::::::::::::::::::::::::: 1. Recorde-se que F (x) é primitiva de f (x) quando F for derivável e F 0 (x) = f (x), em cada x: (a) F (x) = 45 x5=4 + 6 5 (b) F (x) = 31 x3 1 + x 2 3 (c) F (x) = ln (x + 1) + 2: COMPLEMENTOS & EXERCÍCIOS 1 2. f (x) = e 2 (x 2 1) PRIMITIVAS & INTEGRAIS 1 2 = exp x2 1 : 3. Usando as regras de derivação e considerando que f 0 = g e g 0 = h0 (x) = 2 [f = 2 [f lxxiii sen x] f 0 sen x] [g cos x + 2 [g cos x] + 2 [g f , encontramos: cos x] g 0 + sen x cos x] [ f + sen x] = 0 e, portanto, h (x) é constante. Como h (0) = 0, segue que h (x) = 0 e temos o resultado. 4. Veja as regras básicas de integração. (a) 1 4 4x 5 2 2x + C: 1 2x2 1 + ln x + C: x 1 (c) 2 cos x + 4 + C: 4x x5 2x3 (d) + + x + C: 5 3 (e) arctg x + C: (b) (f) tg x 2 3 x (1 + x)3=2 + C: (g) 2 3=2 3x + tg x + C: (h) 2 9=2 9x 2x + C: + ex+1 +C: ln 2 (j) 2x + 13 x3 + 12 sen (2x) + C: (i) (k) 1 4 (l) 1 2 x + 12 sen 2x + C (m) 1 2 5x (n) 1 2 tg (4x + 2) + C: 1 2 sen 2x + C sec 2x + C (o) x + ln jxj + C (p) x + 1 ln jx + 1j + C: 5. Com a primitiva F (x) = (a) 1 x2 2e +C p (b) 2e x 1 p exp (xp ), encontramos: +C 1 x2 2e + C: 6. Integrando duas vezes a função f (x), encontramos f (x) = x4 + ex + kx + C 12 e, substituindo os dados f (0) = 2 e f 0 (0) = 1, obtemos k = 0 e C = 1. Assim, f (x) = x4 +ex +1: 12 lxxiv CÁLCULO DE UMA VARIÁVEL MARIVALDO P. MATOS 7. Recorde-se das regras básicas de integração e de algumas identidades trigonométricas. (a) 0 (b) 0 (c) =4, se k = 0; e ( 1)n 1 , se k = 2n 4n 2 1: 8. Sendo a declividade no ponto (x; y) igual a 2x + 1, então: y 0 = 2x + 1 ) y = x2 + x + k e, considerando que y ( 3) = 0, encontramos y = x2 + x 6, que é a equação da curva. Z x f (t) dt, então ' (x) = F ( (x)) F ( (x)) e, usando a Regra da Cadeia e o Teorema 9. Se F (x) = a Fundamental do Cálculo, obtemos o resultado. p 10. (a) 3 1 + x4 (b) [ln (sen x)]5 cos x + [ln (cos x)]5 sen x (c) ex cos(e2x ) 11. (a) 1=3 (b) 5 (c) 4 (d) 4 (e) 43 (f) EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES 2x cos(x2 1)2 : 2: 6.2 :::::::::::::::::::::::::::::::::::::::: 1. (a) 2 15 (b) 1 2 (c) 5 3 p p (d) 16 2=3 (e) 2 1 (f) 5 3 (g) 1 3 (h) 10 3 64 3 : (i) 8 (j) 2. (a) 16=3 (b) 9 (c) ln 2 (d) 1=3 (e) 1=2: Z 5 f (x) dx = 23 ; A = 73=6. A integral de uma função contínua por partes y = f (x) ; no intervalo 3. 2 [a; b] ; coincide com a área entre o grá…co de f e o eixo x, no caso em que a função é não negativa no intervalo. 4. (a) 1 (b) 1 (c) 5=2 (d) 32=3: 5. Com a mudança x = t e observando que f é uma função par, encontramos: Z 0 Z 0 Z a Z 0 Z a Z f (x) dx = f (t) dt ) f (x) dx = f (x) dx + f (x) dx = 2 a a a a 0 a f (x) dx: 0 Na …gura abaixo ilustramos a situação geométrica em que A representa o valor da integral no intervalo [0; a] A Figura 6.2a mostra uma função ímpar e a Figura 6.2b uma função par. COMPLEMENTOS & EXERCÍCIOS PRIMITIVAS & INTEGRAIS lxxv 6. (a) g (0) = 0; g (1) = 2; g (2) = 5; g (3) = 7 e g (6) = 3 (b) em (0; 3) (c) em x = 3: EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES 6.3 :::::::::::::::::::::::::::::::::::::::: 1. Recorde-se que a integral imprópria convergir signi…ca que ela tem um valor numérico. Do contrário, ela denomina-se divergente. (a) Temos Z 1 dx p jxj 1 Z Z 1 dx p + lim = lim + x b!0 a!0 a p 1 = lim 2 x a + lim a!0+ b!0 b dx p x 1 p b 2 x 1 2 + 2 = 4: Logo, a integral é convergente e tem valor 4. (b) Neste caso, temos: Z 1 5 dx (5 x)2 = = lim b!5 lim b!5 Z b dx 1 lim 2 = b!5 5 x x) 1 (5 1 1 = +1: 5 b 4 b 1 Assim, a integral é divergente (não tem valor numérico). (c) Divergente. (d) A integral é convergente, porque Z 1 dx = lim (arctan b 1 + x2 b!1 0 arctan 0) = =2: (e) Divergente. (f) Divergente. (g) De acordo com o Exercício 5, da seção 6.1, temos: Z 0 Z 0 2 x exp x dx = lim x exp x2 dx = lim a! 1 a 1 = a! 1 1 lim 1 2 a! 1 exp Logo, a integral imprópria converge e tem valor (h) Considerando a primitiva F (x) = com p = 4; obtemos: Z 1 x3 exp x4 dx = 0 = 1 4 lim exp Z b!1 0 b 2 a = 1 exp 2 0 x2 a 1 : 2 1=2: x4 , determinada no Exercício 5 da seção 6.1, x3 exp 1 lim exp 4 b!1 x4 dx = lim b!1 b 4 1 = 1=4: 1 exp 4 b x4 0