Conhecimentos Específicos

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS – QUESTÕES DE 01 A 20
Uma defesa do "erro" de português
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O pessoal pegaram pesado. Da esquerda à direita, passando por vários amigos meus, a imprensa foi unânime em atacar o livro
didático "Por uma Vida Melhor", de Heloísa Ramos. O suposto pecado da obra, que é distribuída pelo Programa do Livro Didático,
do Ministério da Educação, é afirmar que construções do tipo "nós pega o peixe" ou "os livro ilustrado mais interessante estão
emprestado" não constituem exatamente erros, sendo mais bem descritas como "inadequadas" em determinados "contextos".
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Os mais espevitados já viram aí um plano maligno do governo do PT para pespegar a anarquia linguística e destruir a educação,
pondo todas as crianças do Brasil para falar igualzinho ao Lula. Outros, mais comedidos, apontaram a temeridade pedagógica de
dizer a um aluno que ignorar a concordância não constitui erro.
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Eu mesmo faria coro aos moderados, não fosse o fato de que, do ponto de vista da linguística – e não o da pedagogia ou da
gramática normativa –, a posição da professora Heloísa Ramos é corretíssima, ainda que a autora possa ter sido inábil ao expô-la.
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Acredito mesmo que, excluídos os ataques politicamente motivados, tudo não passa de um grande mal-entendido. Para tentar
compreender melhor o que está por trás dessa confusão, é importante ressaltar a diferença entre a perspectiva da linguística,
ciência que tem por objeto a linguagem humana em seus múltiplos aspectos, e a da gramática normativa, que arrola as regras
estilísticas abonadas por um determinado grupo de usuários do idioma numa determinada época (as elites brancas de olhos azuis,
se é lícito utilizar a imagem consagrada pelo ex-governador de São Paulo Cláudio Lembo). Podemos dizer que a segunda está para
a primeira assim como a pesquisa da etiqueta da corte bizantina está para o estudo da História. Daí não decorre, é claro, que
devamos deixar de examinar a etiqueta ou ignorar suas prescrições, em especial se frequentarmos a corte do "basileus", mas é
importante ter em mente que a diferença de escopo impõe duas lógicas muito diferentes.
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Se, na visão da gramática normativa, deixar de fazer uma flexão plural ou apor uma vírgula entre o sujeito e o predicado constituem
crimes inafiançáveis, na perspectiva da linguística nada disso faz muito sentido. Mas prossigamos com um pouco mais de vagar.
Se os linguistas não lidam com concordâncias e ortografia o que eles fazem? Seria temerário responder por todo um ramo do saber
que ainda por cima se divide em várias escolas rivais. Mas, assumindo o ônus de favorecer uma dessas correntes, eu diria que a
linguística está preocupada em apontar os princípios gramaticais comuns a todos os idiomas. Essa ideia não é exatamente nova.
Ela existe pelo menos desde Roger Bacon (c. 1214 - 1294), o "pai" do empirismo e "avô" do método científico, mas foi
modernamente desenvolvida e popularizada pelo linguista norte-americano Noam Chomsky (1928 -).
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Há de fato boas evidências em favor da tese. A mais forte delas é o fato de que a linguagem é um universal humano. Não há povo
sobre a terra que não tenha desenvolvido uma, diferentemente da escrita, que foi "criada" de forma independente não mais do que
meia dúzia de vezes em toda a história da humanidade. Também diferentemente da escrita, que precisa ser ensinada, basta
colocar uma criança em contato com um idioma para que ela o adquira quase sozinha. Mais até, o fenômeno das línguas crioulas
mostra que pessoas expostas a pídgins (jargões comerciais normalmente falados em portos e que misturam vários idiomas)
acabam desenvolvendo, no espaço de uma geração, uma gramática completa para essa nova linguagem. Outra prova curiosa é a
constatação de que bebês surdos-mudos "balbuciam" com as mãos exatamente como o fazem com a voz as crianças falantes.
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O principal argumento lógico usado por Chomsky em favor do inatismo linguístico é o chamado Pots, sigla inglesa para "pobreza do
estímulo" ("poverty of the stimulus"). Em grandes linhas, ele reza que as línguas naturais apresentam padrões que não poderiam
ser aprendidos apenas por exemplos positivos, isto é, pelas sentenças "corretas" às quais as crianças são expostas. Para adquirir o
domínio sobre o idioma elas teriam também de ser apresentadas a contraexemplos, ou seja, a frases sem sentido gramatical, o que
raramente ocorre. Como é fato que os pequeninos desenvolvem a fala praticamente sozinhos, Chomsky conclui que já nascem com
uma capacidade inata para o aprendizado linguístico. É a tal da Gramática Universal.
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O cientista cognitivo Steven Pinker, ele próprio um ferrenho defensor do inatismo, extrai algumas consequências interessantes da
teoria. Para começar, ele afirma que o instinto da linguagem é uma capacidade única dos seres humanos. Todas as tentativas de
colocar outros animais, em especial os grandes primatas, para "falar" seja através de sinais ou de teclados de computador
fracassaram. Os bichos não desenvolveram competência para, a partir de um número limitado de regras, gerar uma quantidade em
princípio infinita de sentenças. Para Pinker, a linguagem (definida nos termos acima) é uma resposta única da evolução para o
problema específico da comunicação entre caçadores-coletores humanos.
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Outro ponto importante e que é o que nos interessa aqui diz respeito ao domínio da gramática. Se ela é inata e todos a possuímos
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como um item de fábrica, não faz muito sentido classificar como "pobre" a sintaxe alheia. Na verdade, aquilo que nos habituamos a
chamar de gramática, isto é, as prescrições estilísticas que aprendemos na escola são o que há de menos essencial, para não
dizer aborrecido, no complexo fenômeno da linguagem. Não me parece exagero afirmar que sua função é precipuamente social,
isto é, distinguir dentre aqueles que dominam ou não um conjunto de normas mais ou menos arbitrárias que se convencionou
chamar de culta. Nada contra o registro formal, do qual, aliás, tiro meu ganha-pão. Mas, sob esse prisma, não faz mesmo tanta
diferença dizer "nós vai" ou "nós vamos". Se a linguagem é a resposta evolucionária à necessidade de comunicação entre
humanos, o único critério possível para julgar entre o linguisticamente certo e o errado é a compreensão ou não da mensagem
transmitida. Uma frase ambígua seria mais "errada" do que uma que ferisse as caprichosas regras de colocação pronominal, por
exemplo.
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Podemos ir ainda mais longe e, como o linguista Derek Bickerton (1925 -), postular que existem situações em que é a gramática
normativa que está "errada". Isso ocorre quando as regras estilísticas contrariam as normas inatas que nos são acessíveis através
das gramáticas das línguas crioulas. No final acabamos nos acostumando e seguimos os prescricionistas, mas penamos um pouco
na hora de aprender. Estruturas em que as crianças "erram" com maior frequência (verbos irregulares, dupla negação etc.) são
muito provavelmente pontos em que estilo e conexões neuronais estão em desacordo.
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Mais ainda, elidir flexões, substituindo-as por outros marcadores, como artigos, posição na frase etc., é um fenômeno
arquiconhecido da evolução linguística. Foi, aliás, através dele que os cidadãos romanos das províncias foram deixando de dizer as
declinações do latim clássico, num processo que acabou resultando no português e em todas as demais línguas românicas.
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A depender do zelo idiomático de meus colegas da imprensa, ainda estaríamos todos falando o mais castiço protoindo-europeu.
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Não sei se algum professor da rede pública aproveita o livro de Heloísa Ramos para levar os alunos a refletir sobre a linguagem,
mas me parece uma covardia privá-los dessa possibilidade apenas para preservar nossas arbitrárias categorias de certo e errado.
(SCHWARTSMAN, Hélio. Uma defesa do “erro” de português. Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/helioschwartsman/916634uma-defesa-do-erro-de-portugues.shtml. Acesso em: 23 jul. 2011.)
01. De acordo com o texto, é CORRETO afirmar que:
a) a linguística e a gramática normativa são ciências complementares, tendo como objeto de estudo comum
o que convencionou-se chamar de Gramática Universal.
b) o Ministério da Educação agiu de forma corporativa ao defender usos linguísticos semelhantes aos feitos
pelo presidente Lula.
c) a publicação do livro didático causou polêmica na imprensa, dividindo a opinião dos jornalistas entre os
que o apoiaram e os que o criticaram.
d) expressões como “nós pega o peixe” podem ser analisadas tanto como “erradas” como “corretas”, a
depender da abordagem teórica que se faça delas.
02. “A depender do zelo idiomático de meus colegas da imprensa, ainda estaríamos todos falando o mais
castiço protoindo-europeu.” (linha 62)
Na passagem acima, o autor:
a) ironiza o purismo linguístico com que seus colegas de imprensa se pronunciaram sobre o caso.
b) alerta para o perigo que as mudanças linguísticas podem trazer à língua portuguesa.
c) propõe que deve ser constante a intervenção dos jornalistas no debate sobre os usos do português.
d) demonstra que o português nada mais é que uma evolução natural do protoindo-europeu.
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03. Dentre as afirmativas abaixo, assinale a que NÃO é defendida pelo autor do texto:
a) A linguagem escrita é comum a todos os povos, que desenvolveram pelo menos uma ao longo de sua
história.
b) A linguística ocupa-se em apontar características gramaticais compartilhadas pelo conjunto das línguas
humanas.
c) O episódio envolvendo a publicação do livro didático distribuído pelo MEC foi mal interpretado pela
imprensa.
d) As noções de certo e errado em linguagem repousam numa convenção arbitrária e carecem de respaldo
científico.
04. “Há de fato boas evidências em favor da tese.” (linha 25)
De acordo com o texto, a palavra sublinhada no trecho acima se refere ao fato de que:
a) o pressuposto básico do empirismo é ter uma visão eminentemente teórica dos fatos.
b) todas as línguas devem ter princípios gramaticais comuns.
c) a linguagem parece ser específica da espécie humana.
d) a acusação de que o PT fez política partidária com a publicação do livro é infundada.
05. A sentença “O pessoal pegaram pesado.” (linha 1) apresenta uma inadequação em relação à norma-padrão
semelhante ao que ocorre em:
a) Chegou os jornalistas que criticaram o livro didático distribuído pelo MEC.
b) Muitos professores solicitaram de receber o livro didático distribuído pelo MEC.
c) A associação de professores deram a resposta imediata à crítica feita pelos jornalistas.
d) Os leigos se baseiam em quaisquer tipos de argumentação para falarem da linguagem.
06. Assinale a alternativa em que o uso da crase foi feito de forma inadequada:
a) Exemplos de jornalistas que atacam livros didáticos existem às pencas.
b) Questões tratadas pela gramática normativa nem sempre são concernentes à linguística.
c) Noam Chomsky fez estudos importantes em relação à questões fundamentais da teoria inatista.
d) O governo do PT, se pudesse, faria coro àquela visão mais progressista de gramática.
07. “Eu mesmo faria coro aos moderados, não fosse o fato de que, do ponto de vista da linguística – e não o da
pedagogia ou da gramática normativa –, a posição da professora Heloísa Ramos é corretíssima, ainda que a
autora possa ter sido inábil ao expô-la.” (linhas 8 e 9)
Na passagem acima, para que o sentido permaneça o mesmo, o conector NÃO pode ser substituído por:
a) conquanto.
b) por mais que.
c) embora.
d) visto que.
08. Assinale a alternativa em que o elemento sublinhado tem seu valor semântico indicado de forma INCORRETA:
a) “[...] descritas como ‘inadequadas’ em determinados ‘contextos’.” (linha 4) / negação.
b) “[...] estilo e conexões neuronais estão em desacordo.” (linha 58) / movimento para trás.
c) “[...] é um fenômeno arquiconhecido da evolução linguística.” (linhas 59 e 60) / superioridade.
d) “[...] ainda estaríamos todos falando o mais castiço protoindo-europeu.” (linha 62) / anterioridade.
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09. “Há de fato boas evidências em favor da tese.” (linha 25)
Assinale a alternativa em que as alterações processadas na passagem acima tornam a frase inaceitável em
relação à concordância do verbo “haver” na norma culta da língua:
a) Existem de fato boas evidências em favor da tese.
b) Pode haver de fato boas evidências em favor da tese.
c) Pode ser que hajam boas evidências em favor da tese.
d) Sabe-se que boas evidências em favor da tese existem.
10. “Nada contra o registro formal, do qual, aliás, tiro meu ganha-pão.” (linha 49)
No trecho acima, a regência verbal ocorre na oração adjetiva de acordo com a norma-padrão. Dentre as
alternativas abaixo, assinale aquela em que a frase apresenta uma inadequação quanto à regência verbal na
construção da oração adjetiva:
a) O livro didático de que muito se falou foi distribuído pelo Ministério da Educação.
b) Uma questão com a qual se deparam os linguistas é o preconceito velado de alguns gramáticos contra
usos linguísticos feitos pelo povo.
c) Os comentários que se seguiram ao debate em torno do livro adentraram o terreno da polêmica.
d) Um argumento de que alude Steven Pinker é o fato de os seres humanos terem um instinto da linguagem.
11. “Podemos dizer que a segunda está para a primeira assim como a pesquisa da etiqueta da corte bizantina
está para o estudo da História.” (linhas 14 e 15)
Na passagem acima, os termos sublinhados se referem, respectivamente:
a) à linguística e à gramática normativa.
b) à gramática normativa e à linguística.
c) à linguística e à pesquisa da etiqueta da corte bizantina.
d) à gramática e ao estudo da História.
12. Assinale a alternativa em que a substituição da expressão sublinhada pela palavra colocada entre
parênteses gera mudança de sentido:
a) “[...] a imprensa foi unânime em atacar o livro didático ‘Por uma Vida Melhor’, de Heloísa Ramos.”
(linhas 1 e 2) / (concorde)
b) “Os mais espevitados já viram aí um plano maligno do governo do PT para pespegar a anarquia
linguística e destruir a educação [...]” (linha 5) / (combater)
c) “O cientista cognitivo Steven Pinker, ele próprio um ferrenho defensor do inatismo [...].” (linha 38) /
(obstinado)
d) “Não me parece exagero afirmar que sua função é precipuamente social [...].” (linha 47) / (principalmente)
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13. Assinale a alternativa em que, depois de processadas as alterações nas passagens abaixo, ocorre
inadequação no uso dos sinais de pontuação:
a) “Todas as tentativas de colocar outros animais, em especial os grandes primatas, para ‘falar’ seja através
de sinais ou de teclados de computador fracassaram.” (linhas 39 a 41) / Todas as tentativas de colocar
outros animais – em especial os grandes primatas – para “falar” seja através de sinais ou de teclados de
computador fracassaram.
b) “Se, na visão da gramática normativa, deixar de fazer uma flexão plural ou apor uma vírgula entre o
sujeito e o predicado constituem crimes inafiançáveis, na perspectiva da linguística nada disso faz muito
sentido.” (linhas 18 e 19) / Se deixar de fazer uma flexão plural ou apor uma vírgula entre o sujeito e o
predicado constituem crimes inafiançáveis na visão da gramática normativa, nada disso faz muito sentido
na perspectiva da linguística.
c) “No final acabamos nos acostumando e seguimos os prescricionistas, mas penamos um pouco na hora de
aprender.” (linhas 56 e 57) / Acabamos nos acostumando e, no final, seguimos os prescricionistas. Mas
penamos um pouco na hora de aprender.
d) “Não me parece exagero afirmar que sua função é precipuamente social, isto é, distinguir dentre aqueles
que dominam ou não um conjunto de normas mais ou menos arbitrárias que se convencionou chamar de
culta.” (linhas 47 a 49) / Não, me parece, exagero afirmar que sua função é precipuamente social, isto é,
distinguir dentre aqueles que dominam ou não um conjunto de normas mais ou menos arbitrárias que se
convencionou chamar de culta.
14. “O principal argumento lógico usado por Chomsky em favor do inatismo linguístico é o chamado Pots, sigla
inglesa para ‘pobreza do estímulo’ (‘poverty of the stimulus’).” (linhas 32 e 33)
Na passagem acima, a vírgula foi empregada para:
a) indicar a supressão de uma forma verbal que sofre elipse.
b) marcar a pausa que existe entre orações coordenadas.
c) isolar um elemento de valor explicativo.
d) separar indevidamente o sujeito de seu predicado.
15. “Os mais espevitados já viram aí um plano maligno do governo do PT para pespegar a anarquia linguística e
destruir a educação, pondo todas as crianças do Brasil para falar igualzinho ao Lula.” (linhas 5 e 6)
O termo sublinhado no trecho acima se refere:
a) aos linguistas.
b) aos gramáticos.
c) aos profissionais da imprensa.
d) aos partidos políticos contrários ao PT.
16. “Acredito mesmo que, excluídos os ataques politicamente motivados, tudo não passa de um grande malentendido.” (linha 10)
Na passagem acima, a palavra sublinhada introduz a ideia de:
a) reciprocidade.
b) inclusão.
c) explicação.
d) conformidade.
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17. “Ela existe pelo menos desde Roger Bacon (c. 1214 - 1294) [...].” (linha 23)
Na passagem acima, o vocábulo que está abreviado significa:
a) conforme.
b) conferir.
c) circa.
d) consultar.
18. “[...] pessoas expostas a pídgins (jargões comerciais normalmente falados em portos e que misturam vários
idiomas) acabam desenvolvendo, no espaço de uma geração, uma gramática completa para essa nova
linguagem.” (linhas 29 e 30)
Na passagem acima, o vocábulo sublinhado foi acentuado incorretamente. Levando em consideração as
mudanças aprovadas pelo Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, em vigor no Brasil a partir de
2009, assinale a alternativa em que ocorre inadequação em relação às regras de acentuação:
a) Apontar usos linguísticos como errados não é uma ideia nova, pois os gramáticos romanos já dispunham
desta prática contra a língua das camadas socioeconomicamente menos favorecidas.
b) Há pessoas que não veem que o preconceito linguístico é tão humilhante quanto as discriminações pela
cor da pele ou pela religião professada.
c) A fúria do purismo em linguagem não é específica da imprensa brasileira, sendo comum também em
muitos países da comunidade europeia.
d) Pôr em livro didático expressões como “nós pega o peixe” foi, talvez, um voo muito alto imaginado pela
autora pelo menos para os herois da direita linguística brasileira.
19. Assinale a alternativa em que a expressão sublinhada NÃO está sendo usada em sentido metafórico:
a) “Não sei se algum professor da rede pública aproveita o livro de Heloísa Ramos para levar os alunos a
refletir sobre a linguagem [...].” (linha 63)
b) “Em grandes linhas, ele reza que as línguas naturais apresentam padrões que não poderiam ser
aprendidos [...].” (linhas 33 e 34)
c) “O cientista cognitivo Steven Pinker, ele próprio um ferrenho defensor do inatismo, extrai algumas
consequências interessantes da teoria.” (linha 38)
d) “[...] a imprensa foi unânime em atacar o livro didático ‘Por uma Vida Melhor’, de Heloísa Ramos.” (linhas
1 e 2)
20. Nos fragmentos “[...] ‘nós pega o peixe’ [...]” e “[...] ‘os livro ilustrado mais interessante estão emprestado’
[...].” (linhas 3 e 4) existem problemas relacionados, respectivamente, a:
a) regência verbal e concordância nominal.
b) concordância nominal e concordância verbal.
c) regência nominal e regência verbal.
d) concordância verbal e concordância nominal.
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