Linhas de Ação – Currículo e seus aparatos (Metodologias e

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TEXTO FINAL – 3ª ETAPA: AGIR
Plenária dos Grupos PPP – outubro/2014
Linhas de Ação – Currículo e seus aparatos (Metodologias e Avaliação do
Rendimento Escolar)
AO REFLETIR SOBRE CURRÍCULO
 Extraído da leitura de “Documentos de identidade” de Tomaz Tadeu da Silva
1- A respeito das teorias tradicionais, sugere-se
MANTER:
1234-
 As questões básicas:
Que objetivos educacionais a escola procura atingir?
Que experiências educacionais podem ser oferecidas que possibilitem alcançar esses
propósitos?
Como organizar eficientemente esses propósitos?
Como podemos ter certeza de que esses objetivos estão sendo alcançados?
QUESTIONAR:
 A ideia da escola como “empresa comercial”
2- A respeito das teorias críticas:
MANTER:
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A ideia e a prática da democracia e da liberdade de pensamento
A valorização da manutenção emocional e intelectual da criança (aluno)
A valorização de procedimentos que façam o aluno raciocinar e elaborar conceitos
O destaque para os princípios da “Pedagogia da Libertação”
A ideia de que “não existe educação neutra”, pois todo ato de educação é um ato político
A consciência de que UMA escola pode reduzir-se à ideologia dominante
A negação da escola como meio de reprodução das contradições do capitalismo
A ênfase da ideia de que o professor é um gerador de reflexão sobre o sistema
A consciência crítica de que a pedagogia, o currículo e a avaliação podem ser “formas de
controle social”.
O movimento de reconstrução em teoria curricular. (visão crítica)
A compreensão, não apenas a implementação e a avaliação do currículo. (visão crítica)
A crítica à racionalidade técnica e utilitária das perspectivas dominantes do currículo.
A ideia do currículo como práticas escolares que se desdobram em torno do conhecimento.
A articulação vivências/ saberes e a contribuição para o desenvolvimento das identidades.
ABOLIR/ MANTER AFASTADO / NEGAR:
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A estratificação do conhecimento e sua relação com a estratificação social.
O currículo como reflexo da distribuição de poder na sociedade.
O “reprodutivismo”
A hierarquização social
O processo de escolarização alienante
Pessoas passivas
A sociedade da meritocracia
3- A respeito das teorias pós-críticas:
MANTER:
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A ideia do “multiculturalismo” : não pode haver hierarquia entre as culturas humanas
A ênfase nas perspectivas humanistas e críticas: tolerância, respeito, convivência entre
culturas diversas.
 O estudo e a percepção de que conhecimento, identidade e poder mantêm vínculo.
 A ideia de um currículo “descolonizado”.
 A influência dos estudos culturais:
1- Entender a existência de “estreitas conexões entre a natureza construída do currículo e a
produção de identidades culturais e sociais.”
2- Entender a ideia de que o conhecimento não é uma revelação ou um reflexo da natureza ou
da realidade, mas o resultado de um processo de criação e interpretação social.”
 A aproximação do conhecimento acadêmico e do escolar com o cotidiano e a cultura de
massa.
LEGADO DAS TEORIAS PÓS-CRÌTICAS:
MANTER/OBSERVAR:
 “Esclarecimento sobre os processos de DOMINAÇÃO, especificamente, no que diz
respeito às dinâmicas das relações de poder referentes às questões de gênero, etnia,
raça e sexualidade.”
 “O currículo para além de seu sentido tradicional.”
 As teorias pós-críticas não superam simplesmente as teorias críticas. Elas se combinam
mutuamente.
 Observar e considerar um princípio a seguinte proposta: “Compreender os processos
pelos quais, através de relações de poder e controle, nos tornamos a\quilo que somos.”
 O currículo é documento de identidade.”
 A discussão a respeito de haver um só currículo para toda unidade escolar ou a
adaptação do currículo às diferentes culturas locais.
 A necessidade de trabalhar o conhecimento curricular de maneira interativa, fugindo à
compartimentalização.
 Os conteúdos de deixam de ser o objetivos principal do currículo para servirem ao
desenvolvimento de competências e habilidades.
 As formas diferentes de trabalhar o currículo integrado: a multidisciplinaridade e a
transdisciplinaridade.
 A transdisciplinaridade como maneira de levar “o aluno a aprender com a busca de
soluções para problemas que devem ser analisados por diferentes ângulos”.
 Observações adicionais do grupo:
 Deve ser possível flexibilizar o currículo para atender às diferentes necessidades especiais
dos alunos.
AO REFLETIR SOBRE METODOLOGIA
O que devemos manter (extraído do texto produzido pela Nina em 2011):

Seguir a máxima de Paulo Freire e ter “o aluno como sujeito do processo de aprendizagem”;

A valorização do saber construído com o aluno;

A maior relevância ao processo, em como o conhecimento é adquirido e não a fórmulas
prontas de transmissão de um conteúdo pronto e acabado;

O foco em desenvolver a autonomia;

O estímulo à participação ativa dos alunos, pois, novamente como Paulo Freire: “ninguém
educa ninguém, nós nos educamos na relação com o outro”;

A busca pelo trabalho multidisciplinar, em oposição a uma visão essencialmente
conteudística do currículo, buscando colocar em relevo o desenvolvimento de
competências, valores e atitudes;

Desenvolver o aprimoramento das virtudes vicentinas: humildade, simplicidade, mansidão,
mortificação e zelo que nos ajuda a procurar a vivência essencial, ao que dá sentido à vida:
amizade, amorosidade, religiosidade, solidariedade, fraternidade, sexualidade;

O esforço por fazer uma apropriação educacional das tecnologias de informação e da
comunicação de modo crítico e parcimonioso que contribua para o enriquecimento do
espírito crítico dos alunos.
O que devemos buscar ir além, seguindo alguns princípios (extraídos do livro Aprender...Sim, Mas
Como? – Philippe Meirieu):

O que importa é traduzir “os conteúdos de aprendizagens” em “procedimentos de
aprendizagens”, isto é, os alunos vivenciarem sequências de operações mentais em que o
professor procure desenvolver e instituir em sala de aula. O que importa é fazer de um
objetivo programático um dispositivo didático, e isso só é possível através da análise da
atividade intelectual a ser desenvolvida e através da busca de condições que garantem seu
êxito. Ou seja, focar nas habilidades e competências a serem desenvolvidas.

Quando se questiona sobre a maneira singular como cada aluno se apropria dos saberes
devemos refletir:
Quando se abordam, as noções de competência, capacidade e estratégia
Há uma lista de atividades e deve escolher três dentre elas:
- aquela que, permitirá ao aluno alcançar o objetivo proposto (atividade de aquisição);
- aquela que permitirá que se verifique se o objetivo proposto foi alcançado (atividade de
avaliação);
- aquela que seria incapaz de se fazer antes de ter alcançado o objetivo, mas que agora se torna
acessível e permite introduzir o aluno em uma nova aquisição (atividade de exploração)

Há situação de aprendizagem quando nos apoiamos em uma capacidade para permitir a
aquisição de uma competência ou, em uma competência, para permitir a aquisição de uma
capacidade. Pode-se então chamar de “estratégia” a atividade original que o sujeito
desenvolve para realizar essa aquisição. Só se pode ensinar apoiando-se no sujeito, em suas
aquisições anteriores, nas estratégias que lhe são familiares.

A prática didática deverá esforçar-se para fazer com que variem as estratégias de ensino
para que os sujeitos possam utilizar sua estratégia de aprendizagem.

Adaptar o ensino às estratégias de aprendizagem dos alunos, é descobrir aquilo que se pode
variar em seu ensino, como se pode negociar a situação-problema, adaptar sua
programação didática, organizar seu “quadros de propostas e recursos”. A partir desses
elementos sobre os quais se tem poder, inicia-se a ação e observam-se seus efeitos: para
realizar essas observações, hipóteses são úteis e podem ser buscadas nos trabalhos de
diferenciados profissionais, como psicólogos, psicopedagogos, fonoaudiólogos, terapeutas
ocupacionais etc. A partir dessa observação, modifica-se, ajusta-se, aconselha-se os alunos,
pode-se praticar o apoio individualizado, quando possível e necessário..
AO REFLETIR SOBRE AVALIAÇÃO
MANTER:
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A ideia da avaliação como medida de capacidade e apreciação do aluno como um todo.
Sobre a avaliação mediadora:
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Abandono da postura do professor como dono do saber.
A ideia da avaliação comio reflexão que se transforma em ação.
O princípio de que o aluno é sujeito de seu próprio desenvolvimento, inserido em seu contexto social
e político.
Erros = oportunidades impulsionadoras da aprendizagem.
A avaliação como instrumento da compreensão das dificuldades dos alunos e como ponto de partida
de novas oportunidades de aprendizagem.
Avaliação como método investigativo
Sobre a avaliação numa visão libertadora:
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Avaliação como ação coletiva e consensual
Avaliação como processo de responsabilidade tanto de docentes como de discentes
A parceria na ação de avaliar. Ação cooperativa entre elementos da ação
Conscientização das desigualdades sociais e culturais
Avaliação com concepção investigadora e reflexiva
Destaque à compreensão
Desenvolvimento da consciência crítica
MANTER /ESTABELECER:
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Domínio da tecnologia de testes e da área de conhecimento
A compreensão do sentido da experiência social e pessoal vivenciada
A quebra de prática e modelos cristalizados
Processo consensual, dialógico e cooperativo
ALTERAR/AFASTAR:
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A ideia de conceito = medida
As arbitrariedades em práticas avaliativas
A medida como indicador único nas decisões de eliminação
SOBRE A AVALIAÇÃO CLASSIFICATÓRIA:
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A descontinuidade e a fragmentação dos conhecimentos
A negação do diálogo
A atribuição de valor positivo ao saber e negativo ao não saber
A desvalorização da interpretação dos resultados e da compreensão do erro como elemento
construtivo
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