São Paulo, 02 de Abril de 2013 [SINDUSFARMA] [MEDICAMENTOS] [MERCADO] [SAÚDE] SINDUSFARMA Mercado aberto: Indústria farmacêutica acompanha disputa nos EUA ( Folha de S.Paulo ) Colunista: Maria Cristina Frias 02/04/2013 - O setor farmacêutico brasileiro acompanha uma disputa que chegou à Suprema Corte nos Estados Unidos. O FTC (órgão norte-americano responsável pela defesa da concorrência) questiona uma prática que envolve o mercado de medicamentos de marcas e genéricos. Veja a íntegra desta notícia no bloco MERCADO Início MEDICAMENTOS Medicamento contra leucemia ganha subsídio do governo ( O Globo ) Jornalista: Indefinido 02/04/2013 - No mesmo dia em que a Suprema Corte da Índia rejeitou o apelo da Novartis AG pela proteção da patente de seu medicamento de combate ao câncer Glivec, no Brasil o Ministério da Saúde começa, através do SUS, a distribuir o medicamento na rede pública a preços subsidiados. Início Fiocruz desenvolve teste mais simples e eficaz para detectar vírus da hepatite C ( O Estado de S.Paulo ) Jornalista: Fernanda Bassette 02/04/2013 - Pesquisadores do Instituto Oswaldo Cruz, da Fiocruz, desenvolveram um teste para diagnóstico de hepatite C mais simples e mais eficaz que o atual. Bastam três gotas de sangue e um papel filtro para coletar a amostra. Início MERCADO Remédios mais caros ( O Globo ) Jornalista: Cristiane Bonfanti 02/04/2013 - Pela primeira vez, desde 2004, o governo federal não publicou a autorização do reajuste anual dos medicamentos com preços controlados até o fim de março. Mas, mesmo sem o aval do Ministério da Saúde, as distribuidoras começaram a praticar ontem mesmo aumentos de até 6,31% nos preços dos remédios. Início Reajustes de remédios serão abaixo da inflação, diz Padilha ( Portal Valor Econômico ) Jornalista: Caio Junqueira 01/04/2013 - O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, disse nesta segunda-feira que o reajuste dos preços dos remédios que será divulgado no Diário Oficial da União nesta semana ficará abaixo da inflação. Início Reajuste no preço dos remédios ocorrerá na próxima semana (Portal O Dia) Jornalista: Bruno Dutra 01/04/2013 - O consumidor terá mais uma semana com os preços mais em conta nas farmácias. O reajuste dos medicamentos previsto para esta segunda-feira, acontecerá apenas na semana que vem, de acordo com informações da ABCFarma. Início Eurofarma compra a peruana Refasa Carrión ( Brasil Econômico ) Jornalista: Indefinido 02/04/2013 - A Eurofarma fechou há duas semanas a compra da Refasa Carrión, a 25ª companhia do setor no mercado peruano. A empresa já adquiriu, desde 2009, pequenas empresas na Argentina, no Uruguai, no Chile e na Colômbia. Início Novartis perde na Índia batalha por patente de remédio contra o câncer ( Brasil Econômico ) Fonte: France Press 02/04/2013 - A Suprema Corte da Índia negou um pedido de patente apresentado pela gigante suíça dos medicamentos Novartis para uma nova versão de um produto de combate ao câncer, uma decisão que, segundo ativistas, protege o acesso dos mais pobres a remédios genéricos de preço mais justo. Início Novartis perde batalha por patente de remédio na Índia ( O Estado de S.Paulo ) Jornalista: Indefinido 02/04/2013 - A Suprema Corte da Índia rejeitou ontem a concessão da patente de um medicamento contra câncer à farmacêutica suíça Novartis. A decisão permite que os fabricantes de genéricos indianos continuem produzindo versões do Glivec – ou Gleevec, nos EUA –, utilizado no tratamento, por exemplo, de leucemia mieloide crônica (LMC). Início What's news: Novartis ( Valor Econômico ) Jornalista: Indefinido 02/04/2013 - 02/04/2013 - A Novartis, farmacêutica suíça, perdeu uma batalha travada há sete anos na Índia para obter proteção de patente para o Glivec, um de seus principais medicamentos. A Suprema Corte do país concluiu que o remédio contra a leucemia não representa uma inovação, mas um avanço em relação a outras drogas. A Novartis afirmou que a decisão significa que a empresa terá que avaliar cuidadosamente novos lançamentos na Índia. Início Mercado aberto: Indústria farmacêutica acompanha disputa nos EUA ( Folha de S.Paulo ) Colunista: Maria Cristina Frias 02/04/2013 - O setor farmacêutico brasileiro acompanha uma disputa que chegou à Suprema Corte nos Estados Unidos. O FTC (órgão norte-americano responsável pela defesa da concorrência) questiona uma prática que envolve o mercado de medicamentos de marcas e genéricos. Início Mercado Aberto: Segmento de genéricos cresce menos que o esperado (Folha de S.Paulo) Colunista: Maria Cristina Frias 02/04/2013 - O setor de genéricos do país cresceu 10,7% em fevereiro, na comparação com o mesmo mês de 2012, de acordo com a PróGenéricos (associação do setor). Início Anvisa discute rastreamento de medicamentos ( O Estado de S.Paulo ) Jornalista: Lígia Formenti 02/04/2013 - A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) coloca amanhã em consulta pública regras para rastreabilidade dos medicamentos, um sistema que permitirá acompanhar a trajetória do remédio da produção até a venda para o consumidor. Início What's News: Sanofi ( Valor Econômico ) Jornalista: Indefinido 02/04/2013 - A Sanofi, farmacêutica francesa, informou que prevê um crescimento de dois dígitos nas vendas na China nos próximos cinco anos. A empresa, que já tem seis fábricas no país, pretende abrir mais quatro e elevar a produção. Início Planos cobrem só cesárea em parte dos hospitais ( O Estado de S.Paulo ) Jornalista: Mariana Lenharo 02/04/2013 - Para o presidente da Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo (Sogesp), César Eduardo Fernandes, contratos entre planos de saúde e maternidades que preveem apenas partos agendados são "irracionais". Início Haddad recua e quer parceria para contratar mais médicos ( Folha de S.Paulo ) Jornalista: Evandro Spinelli e Talita Bedinelli 02/04/2013 - A ampliação de convênios com entidades privadas, negada por Fernando Haddad (PT) durante a campanha eleitoral no ano passado, tornou-se agora a "única alternativa", segundo o prefeito, para resolver o problema da falta de médicos na rede de saúde de São Paulo. Início Uso de convênios pode gerar conflito, dizem especialistas Início SAÚDE Crianças sob atenção redobrada ( O Globo ) Jornalista: Alans Schwarz, New York Times 02/04/2013 - Quase um em cada cinco meninos do Ensino Médio nos Estados Unidos e 11% das crianças em idade escolar receberam um diagnóstico médico de Déficit de Atenção e Hiperatividade. Essas taxas alimentam a preocupação de médicos de que há um excesso de diagnóstico e prescrição de medicamentos nas crianças americanas. Início Diagnóstico errado e subestimado de TDAH no Brasil ( O Globo ) Jornalista: Flávia Milhorance 02/04/2013 - Se nos Estados Unidos, a principal preocupação de especialistas é com relação ao aumento de diagnósticos do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) e o consequente consumo alarmante de medicamentos para contornar os sintomas, no Brasil, médicos ainda esbarram na dificuldade de diagnosticar a doença entre crianças e jovens, especialmente em localidades fora dos grandes centros urbanos. Início Mercado aberto: Chamada de emergência ( Folha de S.Paulo ) Colunista: Maria Cristina Frias 02/04/2013 - Mais de 13 mil exames de eletrocardiograma realizados pelo Samu, no Brasil, receberam laudos emitidos à distância pela central de telemedicina do HCor (Hospital do Coração) nos últimos três anos. Início Ministério da Saúde lança hoje política de atendimento a autista ( O Estado de S.Paulo ) Jornalista: Fernanda Bassete 02/04/2013 - No Dia Mundial de Conscientização do Autismo, o Ministério da Saúde lança hoje a primeira política de saúde pública voltada especificamente para esse grupo, com diretrizes especiais. Estima-se que 1% da população tenha algum grau de autismo. Início Comunicação em jogo ( Folha de S.Paulo ) Jornalista: Eliane Trindade 02/04/2013 - O tablet é uma espécie de melhor amigo e babá de Pedro, 9. O iPad se converteu também em uma janela de comunicação entre ele e o irmão caçula, Luiz, 7. Os dois têm autismo, transtorno de desenvolvimento que se manifesta pela dificuldade de comunicação e de interação social. Manifesto defende psicanálise como opção para autismo Início Equilíbrio: 300 calorias por dia ( Folha de S.Paulo ) Jornalista: Juliana Vines 02/04/2013 - "A dieta daqui é tão restrita que seu corpo vai achar que você está morrendo", disse a enfermeira. E me mandou tirar a roupa para a primeira pesagem, a única em que ela é autorizada a falar o peso do paciente em voz alta. 'Dieta radical é tratamento agudo para doença crônica' Para matar a fome, internos já furtaram pato e carpas do lago Início Alongue-se, mas nem tanto ( Folha de S.Paulo ) Jornalista: Iara Biderman 02/04/2013 - Quando o educador físico californiano Bob Anderson lançou a primeira edição de seu livro sobre alongamento, a febre das academias e do culto ao corpo estava só começando. Início Matérias Completas Mercado aberto: Indústria farmacêutica acompanha disputa nos EUA ( Folha de S.Paulo ) Colunista: Maria Cristina Frias 02/04/2013 - O setor farmacêutico brasileiro acompanha uma disputa que chegou à Suprema Corte nos Estados Unidos. O FTC (Federal Trade Commission, órgão norte-americano responsável pela defesa da concorrência) questiona uma prática que envolve o mercado de medicamentos de marcas e genéricos. A indústria de remédios de marca, dona das patentes, remunera as concorrentes fabricantes de genéricos para que permaneçam por mais tempo fora do mercado. O sistema é conhecido como "pay for delay". O FTC avalia que o atraso na entrada do competidor genérico, que poderia oferecer preços mais baixos, prejudica o consumidor. Não existe paralelo no Brasil, segundo afirma Nelson Mussolini, presidente-executivo do Sindusfarma (sindicato do segmento). Os dois lados no país, porém, também estão atentos a possíveis parcerias semelhantes por aqui, de acordo com especialistas. Por ora, há empresas que antecipam a liberação de suas patentes para um fabricante de genérico com exclusividade, segundo a entidade do setor, a PróGenéricos. "É tradicional neste setor que a primeira empresa a lançar a cópia ocupe a liderança de vendas", diz Telma Salles, presidente da entidade. O caso recente mais relevante ocorreu há cerca de três anos, com o medicamento Lípitor, que envolveu Pfizer e Eurofarma, de acordo com a PróGenéricos. Atualmente, três moléculas de síntese química, cujas patentes expiram ao longo deste ano, possuem "grande potencial" para atrair acordos bilaterais entre laboratórios e genéricos antes da expiração, segundo a entidade. São elas a ezetimiba, para colesterol, a sirolimus, para transplantados, e a nelfinavir, usada no coquetel para tratar Aids. Voltar ao resumo | Início do bloco [SINDUSFARMA][MEDICAMENTOS][MERCADO][GOVERNO][SAÚDE] Mercado Aberto: Segmento de genéricos cresce menos que o esperado (Folha de S.Paulo) Colunista: Maria Cristina Frias 02/04/2013 - O setor de genéricos do país cresceu 10,7% em fevereiro, na comparação com o mesmo mês de 2012, de acordo com a PróGenéricos (associação do setor). Apesar da alta, a taxa ficou abaixo do esperado pela entidade. Em fevereiro do ano passado, a elevação havia sido quase o dobro (24,2%). "A gente não pode reclamar [da expansão], mas precisamos ampliar o acesso das pessoas aos medicamentos", afirma a presidente da associação, Telma Salles. A queda no ritmo de crescimento não é decorrente de um amadurecimento do mercado, segundo Salles, mas da "fragilidade econômica" do país e da falta de lançamentos de novos produtos. Ao todo, 1.140 pedidos de registros de novos genéricos aguardam resposta da Anvisa, de acordo com dados da PróGenéricos. Outros 323 produtos esperam renovação de registros -o mais antigo é de outubro de 2008. "As empresas precisam renovar o portfólio", diz Salles. A Anvisa adotou, em março, medidas para agilizar esses processos. Entre elas estão a publicação de um edital de concurso público para contratar mais profissionais e um sistema eletrônico de registro de medicamentos. Voltar ao resumo | Início do bloco [SINDUSFARMA][MEDICAMENTOS][MERCADO][GOVERNO][SAÚDE] Medicamento contra leucemia ganha subsídio do governo ( O Globo ) Jornalista: Indefinido 02/04/2013 - No mesmo dia em que a Suprema Corte da Índia rejeitou o apelo da Novartis AG pela proteção da patente de seu medicamento de combate ao câncer Glivec, no Brasil o Ministério da Saúde começa, através do SUS,a distribuir o medicamento na rede pública a preços subsidiados. Indicado para o tratamento de Leucemia Mielóide Crônica (LMC), o Glivec, fabricado no Brasil pelo laboratório Novartis, é consumido por cerca de 7,7 mil pessoas no País. O medicamento é apresentado em versões de 100mg e 400mg e nas farmácias e drogarias chega a custar cerca de R$ 10 mil a caixa com 30 comprimidos na versão de 400mg. Pelo acordo firmado entre o governo e o laboratório, o preço de cada comprimido do medicamento nas dosagens de 100mg e 400mg ficou, respectivamente, em R$ 20,60 e R$ 82,40, o que representa um custo de R$ 618 e R$ 2.472 por caixa com 30 comprimidos. Em média, os hospitais pagam R$ 42,50 e R$ 170 pelas dosagens de 100mg e 400mg res. Na Índia, a decisão da Suprema Corte estabeleceu um precedente legal que não traz bom agouro para companhias estrangeiras com disputas de propriedade intelectual em curso no país, entre elas a Pfizer e a Roche, dizem analistas. Entre os maiores beneficiários da decisão desta segunda-feira estão as indianas Cipla e Natco Pharma, que já vendem versões genéricas do Glivec na Índia a um décimo do custo do remédio com marca. Mas de 16 mil pacientes usam o Glivec na Índia, a grande maioria dos quais recebem o remédio de graça, disse a Novartis. Em contraste, o Glivec genérico é usado por mais de 300 mil pacientes, de acordo com relatórios da indústria. Voltar ao resumo | Início do bloco [SINDUSFARMA][MEDICAMENTOS][MERCADO][GOVERNO][SAÚDE] Novartis perde na Índia batalha por patente de remédio contra o câncer ( Brasil Econômico ) Fonte: France Press 02/04/2013 - A Suprema Corte da Índia negou um pedido de patente apresentado pela gigante suíça dos medicamentos Novartis para uma nova versão de um produto de combate ao câncer, uma decisão que, segundo ativistas, protege o acesso dos mais pobres a remédios genéricos de preço mais justo. Em uma decisão histórica, a corte indiana decidiu que a fórmula da nova versão do medicamento Glivec, para o qual a Novartis buscava obter a patente, “não satisfaz os critérios de novidade ou criatividade” requeridos pela legislação local. A Novartis também foi condenada a pagar os custos do processo, que não teve o valor divulgado. A decisão encerra uma batalha de 7 anos, que provocou discussões sobre a legislação indiana de patentes. O caso foi acompanhado pelos principais grupos farmacêuticos do mundo. A Novartis apresentou o pedido de patente em 2006 e, desde então, a moção foi negada em todas as instâncias. Em uma nota oficial, a Novartis criticou a decisão judicial e alegou que “desestimula a descoberta de novas drogas essenciais ao avanço da ciência médica”. “Esta decisão é um retrocesso para pacientes, porque impedirá o progresso médico para doença sem opções efetivas de tratamento”, declarou o diretor da Novartis na Índia, Ranjit Shahani. O advogado Anand Grover, representante da Associação de Ajuda a Pacientes com Câncer, afirmou que estava “louco de felicidade” com a decisão da corte. “Isto representa um enorme passo adiante para oferecer medicamentos a preço acessível aos mais pobres”, disse Grover. Pratibha Singh, advogado da empresa de remédios genéricos Cipla, afirmou que a corte “deixou claro que não se pode patentear uma nova droga apenas fazendo algumas modificações. A lei de patentes indiana foi apoiada pela corte”. A empresa alegava que uma forma melhorada do Glivec merecia certamente uma nova patente, ao afirmar que a nova fórmula era absorvida mais rapidamente pelo organismo. Críticos, no entanto, apontaram que as mudanças na fórmula eram “óbvias e de rotina”. A legislação indiana limita a capacidade dos laboratórios farmacêuticos de obter novas patentes introduzindo apenas pequenas modificações nas fórmulas (um processo denominado “evergreening”). A decisão da Suprema Corte permite que os laboratórios de genéricos continuem produzindo a própria versão do Glivec. Leena Menghaney, do conselho jurídico da organização Médicos Sem Fronteiras, lembrou que o tratamento de um paciente durante um mês com Glivec custa US$ 4 mil, enquanto na Índia a versão genérica custa menos de U$ 73. Única droga “Esta decisão é um enorme alívio. Ajudará a salvar muitas vidas, não apenas na Índia mas em todos os países em desenvolvimento”, disse Menghaney. Para a especialista, a decisão do tribunal “não significa que novas patentes não serão concedidas na Índia, mas a prática abusiva de buscar muitas patentes diferentes patentes para uma única droga terminará”. Em 2007, a Alta Corte de Madras já havia negado o pedido da Novartis de uma nova patente para o Glivec. Em 2009, o argumento foi derrotado no Painel de Apelação Indiano sobre Propriedade Intelectual. O painel já havia alegado que a nova fórmula do remédio não era muito diferente da versão original. Voltar ao resumo | Início do bloco [SINDUSFARMA][MEDICAMENTOS][MERCADO][GOVERNO][SAÚDE] Novartis perde batalha por patente de remédio na Índia - NOVARTIS ( O Estado de S.Paulo ) Jornalista: Indefinido 02/04/2013 - A Suprema Corte da Índia rejeitou ontem a concessão da patente de um medicamento contra câncer à farmacêutica suíça Novartis. A decisão permite que os fabricantes de genéricos indianos continuem produzindo versões do Glivec – ou Gleevec, nos EUA –, utilizado no tratamento, por exemplo, de leucemia mieloide crônica (LMC). A Justiça indiana decidiu que o Glivec (mesilato de imatinibe da multinacional) é uma modificação de um produto já existente, não uma inovação, e por isso não dá ao laboratório uma nova patente. “O composto não satisfaz as provas de novidade e invenção que requer alei indiana”, diz a sentença do tribunal. O Supremo também entendeu que o remédio não melhora substancialmente a eficácia em relação à versão anterior, ao contrário do que sustenta a Novartis. Para a empresa, seu remédio temumaabsorção30% superior. A decisão foi comemorada. “É o veredicto mais importante de medicina na Índia”, afirmou Lina Menghaney, da organização Médicos sem Fronteiras. Para ela, uma vitória da Novartis teria criado um precedente na concessão de patentes e colocado em perigo a produção de genéricos. O medicamento custa, em média, US$ 2,6 mil por paciente ao mês, enquanto os genéricos ficam em torno de US$ 200. A batalha da Novartis pela patente do Glivec na Índia começou há sete anos, e vários tribunais locais rejeitaram os argumentos do laboratório. Crítica. O diretor-geral da Novartis na Índia, Ranjit Shahani, defendeu que as patentes “devem ser reconhecidas” para “fomentar o investimento em inovação médica, especialmente em necessidades médicas não tratadas”. “Essa decisão é um revés para os pacientes, pois cria obstáculos para o desenvolvimento médico para doenças sem opções de tratamento eficazes”, disse Shahani. A companhia suíça afirmou que oferece o Glivec de forma gratuita a 95% dos pacientes indianos que precisam do medicamento, que deu à Novartis cerca de US$ 4 bilhões de lucro em 2011 em todo o mundo. / AGÊNCIAS INTERNACIONAIS Voltar ao resumo | Início do bloco [SINDUSFARMA][MEDICAMENTOS][MERCADO][GOVERNO][SAÚDE] Eurofarma compra a peruana Refasa Carrión ( Brasil Econômico ) Jornalista: Indefinido 02/04/2013 - A Eurofarma fechou há duas semanas a compra da Refasa Carrión, a 25ª companhia do setor no mercado peruano. A empresa já adquiriu, desde 2009, pequenas empresas na Argentina, no Uruguai, no Chile e na Colômbia. Juntas, as operações internacionais equivalem a 8% das vendas da Eurofarma. O México e a Venezuela são mercados prioritários. O mercado brasileiro de medicamentos representa 40% do latinoamericano e cresceu, no ano passado, a uma taxa de 12%. Voltar ao resumo | Início do bloco [SINDUSFARMA][MEDICAMENTOS][MERCADO][GOVERNO][SAÚDE] Haddad recua e quer parceria para contratar mais médicos ( Folha de S.Paulo ) Jornalista: Evandro Spinelli e Talita Bedinelli 02/04/2013 - A ampliação de convênios com entidades privadas, negada por Fernando Haddad (PT) durante a campanha eleitoral no ano passado, tornou-se agora a "única alternativa", segundo o prefeito, para resolver o problema da falta de médicos na rede de saúde de São Paulo. A afirmação foi feita por Haddad ontem, após visita a um ambulatório de especialidades em Pirituba, na zona norte. Ele foi abordado por moradores que reclamavam da falta de médicos no local. Haddad disse estudar a contratação de médicos para as unidades que a prefeitura ainda administra por meio das entidades, que podem pagar um salário melhor. "Se a gente não resolver [o problema de falta de médicos] pela ampliação dos convênios, eu temo que nós não consigamos reter o profissional na rede de saúde", disse. Segundo ele, a medida está sendo estudada juridicamente e deve ser adotada até a reestruturação do plano de carreira dos médicos ficar pronta -deve ser enviada à Câmara no segundo semestre. Hoje, o salário-base de um médico contratado pela prefeitura é de R$ 2.500 (para 20 horas semanais). Há entidades que pagam até R$ 4.022 por 12 horas semanais. As parceiras gerenciam 60% dos serviços de saúde atualmente. POLÊMICA Contratar OSs (Organizações Sociais) ligadas a hospitais como Albert Einstein e Santa Marcelina, por exemplo, foi a principal ação da gestão Gilberto Kassab (PSD) para a área da saúde. Kassab, no entanto, enfrentou críticas por falta de transparência e de controle dos contratos. A polêmica em torno do futuro das OSs dominou o final da campanha eleitoral no ano passado. Em seu plano de governo, Haddad afirmava que a prefeitura deveria retomar a "direção pública" da gestão do sistema de saúde. Atacado na campanha eleitoral por José Serra (PSDB), que dizia que Haddad queria acabar com as parcerias, o petista afirmou que manteria as OSs que estivessem funcionando bem, mas que não pretendia ampliá-las. Também disse que sua intenção era fazer concurso público para os cargos que elas administram. Quando apresentou o secretário de Saúde, José de Filippi Júnior, ele criticou a forma como as OSs remuneram médicos -cada uma decide o salário que paga-, criando concorrência entre elas, o que, para ele, era prejudicial. Voltar ao resumo | Início do bloco [SINDUSFARMA][MEDICAMENTOS][MERCADO][GOVERNO][SAÚDE] Uso de convênios pode gerar conflito, dizem especialistas ( Folha de S.Paulo ) Jornalista: Indefinido 02/04/2013 - A medida proposta pela gestão Haddad (PT) de usar entidades privadas para contratar médicos em unidades de saúde com deficit de profissionais pode criar situação de trabalho complicada com os que já ocupam cargos por meio de concurso público. A opinião é de Florisval Meinão, diretor da APM (Associação Paulista de Medicina). "Na mesma unidade, vão existir médicos com salários diferentes, cobranças diferentes, alguns com estabilidade no emprego; outros, não. Pode haver conflitos entre os profissionais", afirma. Para Mario Scheffer, professor do Departamento de Medicina Preventiva da USP, a liberdade de contratação que a prefeitura deu às OSs (Organizações Sociais) criou uma "confusão de arranjos trabalhistas" na rede. "Cada uma tem uma política de salários, de carga horária de forma de contratação", diz. Isso, afirma Scheffer, gera uma competição não apenas entre a administração direta e as entidades, mas entre as próprias organizações. Em relação a salários, a diferença é grande. Enquanto no hospital São Luiz Gonzaga, gerido pela Santa Casa, um pediatra contratado para jornada de 100 horas por mês recebe R$ 5.503, o mesmo profissional, para trabalhar a mesma quantidade de horas, pode receber R$ 7.208 para atuar numa unidade de saúde do Jaçanã, zona norte. A Santa Marcelina paga para médico generalista R$ 10.621 (por 180 horas por mês) no Itaim paulista, zona leste. A SPDM paga R$ 14.357 para o mesmo especialista (jornada de 40 horas ao mês) na Vila Maria, zona norte. O salário-base de um médico da rede pública municipal é de R$ 2.500 para jornada de 20 horas semanais. Voltar ao resumo | Início do bloco [SINDUSFARMA][MEDICAMENTOS][MERCADO][GOVERNO][SAÚDE] Reajustes de remédios serão abaixo da inflação, diz Padilha ( Portal Valor Econômico ) Jornalista: Caio Junqueira 01/04/2013 - O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, disse nesta segunda-feira que o reajuste dos preços dos remédios que será divulgado no Diário Oficial da União nesta semana ficará abaixo da inflação. “Não teremos reajuste acima da inflação para nenhuma categoria. A maior parte dos medicamentos terão reajuste máximo abaixo do que foi o IPCA. A previsão é que seja publicado ainda nesta semana”, disse o ministro. O reajuste decorre de uma decisão da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), composta por integrantes dos ministérios da Saúde, da Fazenda, da Casa Civil e de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Voltar ao resumo | Início do bloco [SINDUSFARMA][MEDICAMENTOS][MERCADO][GOVERNO][SAÚDE] Reajuste no preço dos remédios ocorrerá na próxima semana (Portal O Dia) Jornalista: Bruno Dutra 01/04/2013 - O consumidor terá mais uma semana com os preços mais em conta nas farmácias. O reajuste dos medicamentos previsto para esta segunda-feira, acontecerá apenas na semana que vem, de acordo com informações da Associação Brasileira do Comércio Farmacêutico (ABCFarma). O aumento só pode ser repassado ao consumidor após divulgação no Diário Oficial da União e deve ser feito ainda esta semana, conforme anunciado ontem pelo ministro da saúde, Alexandre Padilha. Na avaliação de Jorge Froes de Aguilar,diretor-executivo da Associação Brasileira do Atacado Farmacêutico (Abafarma), o prazo para a alta de preços pode ser ainda maior. “Em teoria o reajuste já pode ser praticado, visto que a indústria já está autorizada a cobrar valores mais altos, mas o repasse deve acontecer em até três semanas, prazo que os varejistas levam para colocar os medicamentos à disposição”, explica. Quando for oficial, o preço dos medicamentos será reajustado em até 6,31%. Esse foi o teto autorizado pelo Conselho de Ministros da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (Cmed), estabelecido com base na inflação - Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do último ano. Voltar ao resumo | Início do bloco [SINDUSFARMA][MEDICAMENTOS][MERCADO][GOVERNO][SAÚDE] Ministério da Saúde lança hoje política de atendimento a autista ( O Estado de S.Paulo ) Jornalista: Fernanda Bassete 02/04/2013 - No Dia Mundial de Conscientização do Autismo, o Ministério da Saúde lança hoje a primeira política de saúde pública voltada especificamente para esse grupo, com diretrizes especiais. Estima-se que 1% da população tenha algum grau de autismo. Segundo o secretário de Atenção à Saúde, Helvécio Magalhães, o documento com as diretrizes demorou cerca de dois anos para ser elaborado. O objetivo do ministério é capacitar profissionais de saúde - especialmente os da rede básica - para focar no diagnóstico precoce e na reabilitação desses pacientes. O documento inclui uma lista com vários indicadores de desenvolvimento para serem observados em crianças de até 3 anos: interação social, linguagem, brincadeiras e alimentação. O material mostra como ocorre o desenvolvimento esperado e apresenta os sinais de alerta. Por exemplo: após os 3 meses de idade, a criança já identifica a fala de seu cuidador, mostrando reações corporais e atenção. Já a criança com transtorno do espectro autista pode ignorar ou apresentar pouca resposta aos sons de fala, o que é um sinal. "Esse documento será distribuído para todas as unidades de saúde do País para que os profissionais aprendam a identificar os sinais de alerta. Um próximo passo será 'traduzir' essas orientações de forma mais didática para as famílias", diz. Segundo Magalhães, os pacientes mais graves serão tratados em Centros Especializados de Reabilitação (CER). Hoje existem 22 CER em construção, 23 em habilitação e 11 convênios de qualificação para que entidades que passarão a receber repasse do ministério para esse atendimento. Ao todo, serão investidos R$ 41,2 milhões ao ano para o custeio. Marisa Fúrio Silva, presidente da Associação Brasileira de Autismo (Abra), diz que as entidades de pais de autistas esperaram por anos essa diretriz. "Até então, não havia uma política específica de atendimento no SUS para essas pessoas. Elas eram atendidas por ONGs ou serviços de saúde mental. Esse reconhecimento era nossa grande luta." Segundo Marisa, o diagnóstico precoce é fundamental para que essas crianças sejam incluídas no meio social com mais facilidade. "Um dos principais problemas dos autistas é a dificuldade de comunicação. E o tratamento era muito caro. Agora, com o governo reconhecendo, o SUS deve liberar verbas para isso." Voltar ao resumo | Início do bloco [SINDUSFARMA][MEDICAMENTOS][MERCADO][GOVERNO][SAÚDE] Planos cobrem só cesárea em parte dos hospitais ( O Estado de S.Paulo ) Jornalista: Mariana Lenharo 02/04/2013 - Para o presidente da Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo (Sogesp), César Eduardo Fernandes, contratos entre planos de saúde e maternidades que preveem apenas partos agendados são "irracionais". A situação de gestantes que se surpreendem ao descobrir que seus planos não cobrem parto normal em determinados estabelecimentos conveniados - mas apenas cesáreas agendadas - foi divulgada pelo jornal Folha de S. Paulo. "Não vejo como uma maternidade possa aceitar apenas internações com hora marcada. Não é de sua natureza", diz Fernandes. Segundo a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), os planos com cobertura obstétrica têm a obrigação de colocar à disposição opções de hospital ou maternidade que ofereçam o serviço de parto normal. Porém, "é permitido que existam contratos com determinados estabelecimentos que incluam apenas a opção de 'emergência/urgência' ou apenas a opção de 'internação", segundo a agência. Por causa desse tipo de brecha, a mulher deve redobrar a atenção na hora de escolher a operadora e observar se as maternidades onde gostaria de ter o bebê aceitam determinado plano para parto normal. "Com relação à prática de não atendimento a partos normais, recomendamos que a denúncia seja feita ao Conselho Federal de Medicina (CFM)", diz a ANS. A Maternidade São Luiz, que atende planos que não dão cobertura para internação via pronto-socorro, afirma que, em situações de emergência, presta o atendimento a todas as pacientes, possuindo ou não plano de saúde. "Prestamos o atendimento obstétrico aos conveniados, de acordo com as regras contratuais previamente estabelecidas, independentemente do tipo de parto." Voltar ao resumo | Início do bloco [SINDUSFARMA][MEDICAMENTOS][MERCADO][GOVERNO][SAÚDE] Anvisa discute rastreamento de medicamentos ( O Estado de S.Paulo ) Jornalista: Lígia Formenti 02/04/2013 - A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) coloca amanhã em consulta pública regras para rastreabilidade dos medicamentos, um sistema que permitirá acompanhar a trajetória do remédio da produção até a venda para o consumidor. O modelo proposto se encaixa nas reivindicações da indústria farmacêutica: caixas com código bidimensional, o código de barras. As regras ficarão em consulta pública por 30 dias. Foram preparadas por técnicos da Anvisa que, durante um ano e meio, discutiram o modelo. Na primeira fase, será exigida a adaptação da indústria farmacêutica, que produzirá as novas embalagens. Depois, distribuidores terão de instalar um banco de dados. A última fase será implementada nas farmácias. Este é o segundo modelo proposto pela Anvisa. O primeiro, um selo feito pela Casa da Moeda, havia desagradado o setor. Voltar ao resumo | Início do bloco [SINDUSFARMA][MEDICAMENTOS][MERCADO][GOVERNO][SAÚDE] Remédios mais caros ( O Globo ) Jornalista: Cristiane Bonfanti 02/04/2013 - Pela primeira vez, desde 2004, o governo federal não publicou a autorização do reajuste anual dos medicamentos com preços controlados até o fim de março. Mas, mesmo sem o aval do Ministério da Saúde, as distribuidoras começaram a praticar ontem mesmo aumentos de até 6,31% nos preços dos remédios. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, informou que a resolução com os percentuais de aumento será publicada ainda esta semana no Diário Oficial da União e os reajustes não serão acima da inflação. — De acordo com a fórmula de cálculo da Cemed (Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos), não teremos reajuste acima da inflação para nenhuma categoria. E a maior parte dos medicamentos terá reajuste autorizado abaixo do que foi o IPCA – disse Padilha. “A partir de hoje (ontem), os remédios aumentaram 6,31%. A Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos, órgão do governo formado por representantes de vários ministérios, autorizou o aumento em todo o país”, informou o grupo, que acrescentou que os consumidores vão sentir o impacto daqui a cerca de 15 dias. Segundo Eduardo Velho, economista-chefe da INVX Global Partners, o reajuste dos remédios trará um impacto de 0,17 ponto percentual na inflação em 2013. Mas ele estima que este impacto será mais que compensado pela desoneração da cesta básica, que deve significar uma redução de 0,40 ponto percentual no IPCA. Ele projeta que a inflação termine o ano em 5,62%. l cada em 12 de março, não apenas estabeleceu os critérios de composição do aumento, como também autorizou o reajuste a partir do último dia 30. Só que a resolução específica com o percentual de reajuste, que deve ser publicada esta semana, leva em consideração não só a inflação, mas também os ganhos de produtividade das empresas e o preço dos insumos usados na produção dos remédios. O reajuste dos remédios foi confirmada pelo presidente da Associação de Defesa dos Consumidores e Usuários de Medicamentos do Rio de Janeiro, Odari Saboia. Segundo ele, na pesquisa realizada ontem com as distribuidoras, a entidade verificou aumento de até 6% no preço de custo de cerca de 100 medicamentos. Uma das distribuidoras que enviam remédios para a associação, a Profarma, informou que começou a repassar ontem os novos preços informados pelos laboratórios. O Grupo Panpharma também disse que cumabaixo do que foi o IPCA — disse Padilha. O Ministério da Saúde informou que os laboratórios ainda não estão autorizados a elevar os preços e que essa permissão só virá a partir da publicação dos índices. Observou que, se houver alguma correção, deve estar dentro do teto em vigor, referente ao aumento autorizado em março do ano passado. Jorge Froes, diretor executivo da Associação Brasileira de Atacado Farmacêutico (Abafarma), disse que as distribuidoras já receberam as listas das indústrias com novos valores e que, ontem mesmo, começaram a praticar os preços. Pelas contas da indústria, com base nos critérios publicados pelo governo, a elevação poderá chegar a 6,31% — o que corresponde à inflação medida pelo IPCA nos 12 meses encerrados em fevereiro. Em média, ficará em 4,59%, segundo a indústria. No entendimento de Jorge Froes, entretanto, a primeira resolução da Câmara de Regulação, publi- Voltar ao resumo | Início do bloco [SINDUSFARMA][MEDICAMENTOS][MERCADO][GOVERNO][SAÚDE] Fiocruz desenvolve teste mais simples e eficaz para detectar vírus da hepatite C ( O Estado de S.Paulo ) Jornalista: Fernanda Bassette 02/04/2013 - Pesquisadores do Instituto Oswaldo Cruz, da Fiocruz, desenvolveram um teste para diagnóstico de hepatite C mais simples e mais eficaz que o atual. Bastam três gotas de sangue e um papel filtro para coletar a amostra. Além disso, o teste é capaz de detectar a presença da proteína do vírus e de anticorpos – e não apenas dos anticorpos, como ocorre no teste tradicional. O estudo que confirma a eficácia dessa técnica acaba de ser publicado no Journal of Medical Virology. Segundo a pesquisadora Lívia Melo Villar, do Laboratório de Hepatites Virais do Instituto Oswaldo Cruz, a nova técnica tem sensibilidade superior a 90% – o que é considerado muito bom para exames imuno enzimáticos – e, além disso, reduz o tempo da janela imunológica de 66 dias para cerca de 40 dias. Isso significa que o teste atual só consegue detectar a presença de anticorpos 66 dias depois de a pessoa ter contato com o vírus. Com esse exame, será possível confirmar o diagnóstico 26 dias antes–já que será possível analisar a presença do vírus e não apenas os anticorpos. No estudo recém-publicado, os pesquisadores compararam a eficácia do teste como Elisa– considerado padrão ouro, mas que não detecta a presença do vírus. Ao todo, participaram 386 pessoas com idade média de 40 anos. A próxima etapa, segundo Lívia, é reproduzir o teste em maior escala, em todo o País, para avaliar se os resultados se repetem. Além de detectar a presença da proteína do vírus, uma outra vantagem dessa técnica em comparação com o teste atual é que o uso de agulhas, seringas e a refrigeração das amostras de sangue a -20ºC ficam dispensados. Também não é mais necessário ter um técnico especializado na coleta de sangue venoso, já que a amostra é coletada por meio de um furinho no dedo. Segundo Lívia, o novo teste é uma adaptação de uma técnica que havia sido desenvolvida para detectar hepatite B. “Procuramos aproveitar técnicas e materiais que já estão em uso na rede pública de saúde para criar uma abordagem mais barata e simples de detecção de anticorpos e do antígeno”, explica. Além disso, diz Lívia, havia também o problema com a coleta e o transporte de amostras de sangue em populações que moram em regiões muito afastadas. “Muitas vezes essas amostras chegavam ao laboratório em condições inadequadas, em temperatura ambiente, o que prejudicava a análise e o resultado”, diz. Sangue. Na técnica desenvolvida por Lívia, a amostra de sangue seco passa por um processo de diluição para que o sangue seja retirado do papel de filtro e submetido à análise. As amostras podem ser enviadas pelos Correios e ficar armazenadas por até 15 dias em temperatura ambiente sem queda na qualidade dos resultados. “Sem precisar de um profissional da saúde especializado, nem de refrigeração, nem de gelo seco para o transporte certamente fará custo da técnica cair”, diz. Dirceu Greco, diretor do Departamento de DST/Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, diz que tudo o que existe para simplificar e agilizar o diagnóstico da hepatite C é bem-vindo. “A tecnologia do uso do papel filtro já existia e foi adaptada. A grande novidade desse teste é conseguir analisar a presença do antígeno”, diz Greco. A metodologia ainda não está disponível no mercado porque ainda precisa ser testada em mais pessoas, em todas as regiões do País para confirmar a sua eficácia em diferentes populações. Mas, segundo Greco, se for confirmada a sua eficácia, a tendência é que ele seja adotado como padrão e como rotina em toda a rede pública. Voltar ao resumo | Início do bloco [SINDUSFARMA][MEDICAMENTOS][MERCADO][GOVERNO][SAÚDE] Comunicação em jogo ( Folha de S.Paulo ) Jornalista: Eliane Trindade 02/04/2013 - O tablet é uma espécie de melhor amigo e babá de Pedro, 9. O iPad se converteu também em uma janela de comunicação entre ele e o irmão caçula, Luiz, 7. Os dois têm autismo, transtorno de desenvolvimento que se manifesta pela dificuldade de comunicação e de interação social. Logo ao acordar, Pedro aciona um aplicativo, o First Then, indicado por um terapeuta americano, que o ajuda a organizar a rotina. As imagens vão se sucedendo a um simples toque: ir ao banheiro, escovar os dentes, tirar o pijama. "O iPad ajuda o Pedro, que tem um grau mais severo de autismo, a não se perder entre uma atividade e outra. Antes ele colocava a camiseta, mas se distraía", diz a mãe dos garotos, a relações públicas Marie Dorion, 39. Agora, antes de ir para a escola, Pedro aciona o aplicativo e vai ticando as atividades, como amarrar o tênis. "Não esquece mais a mochila", diz Marie. A família, que mora em um condomínio em Jundiaí (interior de SP), encontrou no tablet um aliado tanto nas tarefas corriqueiras quanto na hora de brincar. "Eles contam piadas um pro outro e se divertem", conta a mãe. A jornalista Silvia Ruiz, 42, também aposta no auxílio da tecnologia para facilitar a vida escolar do filho Tom, 3. Com o iTouch, o garoto indica quando quer ir ao banheiro, por exemplo. "Tom voltou a falar graças ao uso do tablet como reforçador da terapia." Como o filho tinha interesses muito restritos e não ligava para brinquedos, os pais e a terapeuta passaram a usar o tablet para incentivá-lo a fazer as tarefas e a falar. "A gente diz: 'Você vai fazer esse quebra-cabeça e depois pode brincar no iPad'." Tem funcionado. WORKSHOP Autor do livro "Autismo, Não Espere, Aja Logo" (Ed. M.Books, 136 págs. R$ 42), Paiva Júnior é outro entusiasta do tablet. Pai de Giovani, 5, ele usa o aplicativo Desenhe e Aprenda a Escrever, que custa US$ 2,99, para ajudar o filho na coordenação motora para a escrita fina. "É um aplicativo que faz a criança escrever as letras de uma forma lúdica, comandando um bichinho que come bolos", explica. Outro programa que tem dado resultado é o Toca Store. "É um brinquedo virtual que facilita o ensino de como funciona o uso do dinheiro." A experiência positiva em casa fez Paiva começar a promover workshops sobre a utilização de iPad por autistas voltados para pais, profissionais e estudantes. "O iPad não faz mágica nem vai melhorar a criança com autismo sozinho. É preciso sempre dar orientação, estar junto", afirma Paiva. Segundo ele, o mais importante é migrar para o mundo real. "Se ficarmos somente no iPad, vamos incentivar o isolamento, uma das principais características do autismo que queremos extinguir." O pai cita o exemplo doméstico. "Giovani começou a gostar de quebra-cabeça no iPad. Quando estava montando bem, comprei vários de verdade e montamos juntos no chão inúmeras vezes." Especialista no tratamento de crianças com autismo, a psicóloga Taís Boselli diz que o "iPad ajuda na comunicação, apesar do temor de que se transforme em comunicação alternativa e impeça as crianças de falar". Boselli ressalta a importância de estímulos precoce para melhorar o quadro, em especial os visuais. "Quando lhes damos um recurso visual, eles conseguem se comunicar. Por isso o sucesso do iPad no tratamento." Voltar ao resumo | Início do bloco [SINDUSFARMA][MEDICAMENTOS][MERCADO][GOVERNO][SAÚDE] Manifesto defende psicanálise como opção para autismo ( Folha de S.Paulo ) Jornalista: Fernando Tadeu Moraes 02/04/2013 - O Movimento Psicanálise, Autismo e Saúde Pública, que agrega mais de 300 profissionais de cem entidades, lança hoje, Dia Mundial de Conscientização do Autismo, um manifesto em defesa do tratamento psicanalítico para pessoas com o transtorno. O documento é uma reação da comunidade psicanalítica ao que esses profissionais chamam de "tentativa de excluir a psicanálise" das políticas públicas de atenção ao autista. No fim do ano passado, a Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo lançou um edital para o credenciamento de instituições para o tratamento de crianças autistas. O edital excluía a psicanálise, considerando só terapias cognitivo-comportamentais. Após manifestação de entidades que representam os psicanalistas, o edital foi retirado. A secretaria informou, em nota, que houve um erro no edital e que outro será lançado em breve. Para Estevão Vadasz, coordenador do Ambulatório do Autismo do Instituto de Psiquiatria da USP, excluir a psicanálise não é um erro. "Não há nenhuma evidência científica de que a psicanálise possa ter influência terapêutica positiva na evolução das crianças autistas", diz o psiquiatra. A ONG Autismo e Realidade, que reúne informações sobre o tratamento do transtorno, também não indica a psicanálise, segundo a psicóloga Joana Portolese, coordenadoraexecutiva da ONG. Para os psicanalistas, essas opiniões têm origem na falta de informação. "Eles acham que nós apenas replicamos a análise em adultos nas crianças autistas, que pedimos para eles contarem seus sonhos e fazerem livre associação", diz Maria Cristina Kupfer, professora do Instituto de Psicologia da USP. A diretora científica da Sociedade Brasileira de Psicanálise, Vera Regina Fonseca, explica que a psiquiatria e as terapias comportamentais são dirigidas à eliminação dos sintomas, como o atraso na fala e no aprendizado. "Nossa proposta vai na contramão disso e busca aumentar a capacidade de estabelecer relações e compartilhar emoções." Segundo Fonseca, o psicanalista tenta compreender e interpretar o estado emocional da criança e ajudá-la a regulá-lo. "Isso se dá por uso de brinquedos e jogos, do estabelecimento de parcerias e da interpretação das atividades da criança." Ela afirma, no entanto, que ainda são necessárias pesquisas científicas mais abrangentes sobre o método. Voltar ao resumo | Início do bloco [SINDUSFARMA][MEDICAMENTOS][MERCADO][GOVERNO][SAÚDE] Equilíbrio: 300 calorias por dia ( Folha de S.Paulo ) Jornalista: Juliana Vines 02/04/2013 - "A dieta daqui é tão restrita que seu corpo vai achar que você está morrendo", disse a enfermeira. E me mandou tirar a roupa para a primeira pesagem, a única em que ela é autorizada a falar o peso do paciente em voz alta. O ritual da balança deve se repetir todo dia sob pena de o interno ficar sem jantar, avisa a placa no Spa Med Sorocaba Campus, onde passei uma semana vivendo com 300 calorias por dia. É menos do que uma pessoa normal come no café da manhã. É o mesmo que dois pãezinhos sem margarina. Famoso por lendas de tráfico de comida, o spa de Sorocaba disciplina gordos à base de regras rígidas, diárias salgadas (partem de R$ 595 e a estadia mínima é de sete dias) e dieta hiperrestrita. Tudo lá é controlado, até folhas de alface. Só escapam refrigerante zero, água, chá, café e suco light, além de picolé de gelo feito com o suco. Nada mais entra, nem o inocente chiclete sem açúcar que tinha na bolsa, confiscado na revista de boas-vindas. "Vocês pegam muita comida escondida?", perguntei às moças que me escoltaram até o quarto e fuçaram minha mala. "Sempre", disse uma. Depois, ouvi de internos (nada de hóspedes por lá) histórias de doce de leite em frasco de xampu e torta de frango no filtro de ar do carro ("Ainda chega quentinha"). HORA FELIZ Primeiro jantar. Seguindo as instruções da enfermeira terrorista, escolhi sopa. Sábio conselho. Apesar de ter muita água e um cubo de frango de 3 cm, o prato estava cheio. Com salsinha e limão, ficou uma delícia. A comida do spa não tem nada de sal, açúcar ou gordura. As 300 calorias/dia são repartidas em seis refeições, que de novo são divididas no almoço e no jantar entre entrada, prato e sobremesa. Milagre da multiplicação? Não. A porção de arroz é menor do que um copinho de café, e a sobremesa, do tamanho de uma caixa de fósforos. Há quem tenha o privilégio de comer 450 calorias. Dá direito a um café da manhã melhor e ao dobro dos lanches da tarde e da noite (no meu caso, meia fatia de pão com um nada de patê ou três tomates-cereja, você escolhe). Há ainda a primeira classe das 600 calorias (idosos, grávidas, veteranos e "fracos" em geral), que pode comer dois pratos no almoço. A mim e aos companheiros de fome restava descobrir qual era a coisa mais bem-servida do dia e sublimar as preferências pessoais. Aprendi a não cair na cilada dos nomes apetitosos. Disse não ao nhoque (eram oito unidades), ao hambúrguer e à minipizza. Optei por arroz integral com frango ou legumes, os pratos maiores. Já a decisão de trocar sobremesa por salada era mais difícil. Adotei a tática de sobrevivência de me concentrar na quantidade (o pedaço de doce equivalia só a uma garfada) e esquecer que estava substituindo bolo prestígio por um pouco mais de alface. A barganha por comida corre solta no refeitório -gigantesco e nada glamouroso. É um bisbilhotando o prato do outro e todos patrulhando a dieta alheia, querendo saber por que a comida do vizinho tem um aspargo a mais. No café, há quem "estique" sua única fatia de pão cortando-a na horizontal. Outros poupam todos os lanchinhos do dia para um banquete noturno regado à refrigerante zero do frigobar. Passado o choque inicial, o segundo e o terceiro dias foram tranquilos. Já tinha perdido dois quilos e estava bem. Só sentia fome perto da hora de comer e antes de dormir. No terceiro dia, quase todo mundo que tinha entrado comigo no spa já havia trocado de dieta. Sim, qualquer um pode pedir para comer mais caso se sinta mal. Eu, brava, passava duas horas na academia entre esteira, bike, dança e hidroginástica. Nada mal para uma sedentária acima do peso. Tudo estava sob controle até que, na madrugada do terceiro para o quarto dia, sonhei que fazia um caça-palavras com expressões do spa. E me animei ao encontrar laxante no meio das letras. Era o primeiro sinal de loucura. Mais tarde, descobri que tinha engordado cem gramas. Quem me contou foi uma companheira de spa que viu um exame meu por engano. Era o que faltava para que eu entrasse na histeria coletiva. Por que engordei? Cada um tinha uma teoria. Para uns, eu estava bebendo pouca água; para outros, faltava tomar mais chá de gengibre ou trocar de dieta para dar um "choque" no organismo. Todos contavam a própria via-sacra. O interno, querendo ou não, fica sabendo quem está com intestino preso e quem toma diurético. Para dar mais raiva, sempre tem um homem que diz estar perdendo um quilo por dia. Na manhã seguinte, decidi ir ao clínico do spa para afastar os palpites e tentar recuperar a sanidade. Segundo ele, eu não precisava de diuréticos ou laxantes e não deveria trocar de dieta porque tinha perdido mais 900 gramas. Ufa. Prometi não olhar o peso até o último dia. ESTRATÉGIAS DE FUGA A prisão no spa torna as coisas proibidas mais gostosas. Já as permitidas... "No último dia você vai odiar gelatina", profetizou a copeira que atua como fiscal do lanche e não deixa o posto nem por um minuto. Tinha razão. Quem sai do spa sob licença médica, permitida depois de sete dias, só pensa em dar uma escapada. O programa preferido é comer a coxinha de uma padaria sorocabana. De volta da licença, o paciente é pesado. Se tiver ganho mais de 2% do peso, perde o direito à voltinha. Outro evento é a ida ao cinema. Cercados por monitores e com sacos de pipoca sem sal fomos levados ao shopping num micro-ônibus apelidado de "transbanha". Notei a falta de duas pessoas na fila. Claro: driblaram a vigilância e foram comprar sanduíches, degustados no escurinho do cinema. Não cometi nenhuma infração, mas quase. No final, a fome apertou. No quinto dia estava tão faminta que fiquei imóvel na beira da piscina, depois da aula de hidro. Foi a única vez que precisei de transporte para voltar ao quarto. Mas não desmaiei. Na consulta final com o médico, a notícia: perdi 4,5 quilos, 3 cm de barriga e 2,5 cm de cintura -não revelo o peso nem sob tortura. Minha taxa de glicemia, que era 108 (prédiabetes), baixou para 99, o limite da normalidade. "Se você comer quatro vezes o que comeu aqui, vai continuar emagrecendo", disse o médico. É o truque do spa para tentar deixar você feliz com uma dieta de mil calorias. Tem funcionado. Não perdi um número no manequim, mas minhas roupas estão mais largas. No mais, descobri que não sou tão molenga para exercícios. De alta, na volta, minha primeira providência foi comer uma esfirra em uma lanchonete na estrada. PAPAGAIO DE PIRATA Para dar apoio moral à mulher, o sambista Neguinho da Beija-Flor, 63, foi passar nove dias no spa. Aproveitou para descansar e "fazer um detox", como disse. Mesmo sem se preocupar com o peso e adotando a "dieta livre", ele já havia perdido 3,5 quilos em três dias. "Dieta livre nada, me dão umas coisas lá e eu como." Sua mulher estava no programa de 450 calorias. Neguinho confessou não fazer exercício: "Mas amanhã vou encarar uma hidro 'light' para não dizer que não fiz nada" GAROTO INTERROMPIDO Há quatro meses no spa, o estudante Lenon Frenhi, 19, trancou a faculdade de veterinária para emagrecer. Desde novembro, ele já perdeu 50 quilos, a maior parte do tempo seguindo a dieta de 300 calorias. "No começo foi difícil, mas não passei fome. Agora já me acostumei aos exercícios e ao regime", diz. Hoje ele come 450 calorias/dia. "O café é mais reforçado." Lenon está com 116 quilos e quer chegar aos 100 quilos até abril, quando deve passar por cirurgia plástica e retomar a vida INFRATORA ASSUMIDA Dominique Opice, 51, arquiteta, perdeu as contas de quantas vezes foi ao spa. "Dez, por aí." Só na primeira vez encarou a dieta de 300 calorias, mas dobrou seu limite. "Não dá, ficava caindo pelos cantos." Agora come mais, mas também malha mais. Ela se diverte burlando as regras. "Faço a dieta de 600, mas como 700, 800, depende do que consigo." Chegou a declarar outra identidade para obter mais comida lá dentro. Perdeu mais de 20 quilos em nove anos, boa parte deles fora do spa VETERANO VITORIOSO Paulo Zidoi, 55, é famoso entre os internos do spa. Chegou oito meses atrás, sem conseguir andar. "Estava com quase 217 quilos. Fiquei dois meses sem sair do quarto." Já perdeu 74 quilos: "Não consigo correr, mas estou muito melhor." Sua estadia é custeada pela instituição. "Sempre fiz a dieta de 600 calorias, mas, às vezes, no começo, tinha tanta fome que dormia a tarde toda." Ele fica até o fim de maio, quando deve estar magro o suficiente para poder operar uma hérnia Voltar ao resumo | Início do bloco [SINDUSFARMA][MEDICAMENTOS][MERCADO][GOVERNO][SAÚDE] Equilíbrio: 'Dieta radical é tratamento agudo para doença crônica' ( Folha de S.Paulo ) Jornalista: Indefinido 02/04/2013 - Dietas com baixíssimo valor calórico, como as do Spa Med de Sorocaba, têm o efeito colateral de inibir o apetite, de acordo com o endocrinologista Lucas Tadeu Moura, médico do spa. Isso ocorre porque a restrição intensa leva o organismo a entrar em cetose -quando o corpo passa a queimar gordura para obter energia. "Pesquisas já mostraram que uma pessoa que consome 300 calorias diárias sente menos fome do que uma que come 900." Segundo Moura, a cetose começa até o segundo dia de restrição, quando acabam as reservas de glicose do corpo. Por esse motivo a maioria das pessoas sente mais fome nos primeiros dias de spa. A mudança no metabolismo, no entanto, não causa um "choque" no organismo, diz o endocrinologista. "O corpo não interpreta que você está morrendo. Não há nenhum sentido fisiológico nisso. Ele interpreta que está saindo mais energia do que entrando e se adapta a isso." Tanto a dieta de 300 calorias quanto a de 450 e a de 600 são consideradas muito restritivas e resultam em perda rápida de peso. "A resposta à dieta é muito individual. Muita gente não consegue fazer a de 300 calorias." NÃO FAÇA EM CASA Regimes como os de spa são arriscados e não podem ser feitos sem acompanhamento. "A dieta mínima recomendada para se fazer em casa é de 800 calorias, isso para pessoas muito pequenas, que têm o metabolismo basal de mil calorias", diz Moura. O nutrólogo Celso Cukier, do Instituto de Metabolismo e Nutrição, explica que uma restrição alimentar muito exagerada pode causar problemas como dor de cabeça, náusea, halitose e mudança de humor. "O organismo redistribui micronutrientes e usa reservas intracelulares", explica. O problema está na volta à dieta normal. "O corpo produz muita insulina e, no retorno dos nutrientes às células, pode haver a falta aguda de alguma substância." De acordo com Cukier, a maior parte do peso perdido em um spa é água, principalmente nos primeiros dias. "Pode servir como estímulo, no máximo. E é preciso voltar à rotina com calma, comendo alimentos mais leves no começo." A longo prazo, a dieta mínima recomendada por ele é de 1.200 calorias. Para o endocrinologista Bruno Geloneze, do Laboratório de Investigação em Metabolismo e Diabetes da Unicamp, dietas muito restritivas não devem ser feitas nem mesmo em spas. "Só vejo desvantagens. É um tratamento agudo para uma doença crônica, que é a obesidade. Para perder e manter o peso é preciso um tratamento contínuo", diz. O mesmo pensa a nutróloga Ana Luisa Vilela. "Os spas só sobrevivem porque as pessoas voltam. Acaba virando problema crônico. A pessoa só emagrece lá porque tem alguém vigiando. Depois sai e engorda de novo. É ilusório." Segundo Moura, o tratamento serve para derrubar mitos relacionados ao emagrecimento. "Muita gente chega ao spa achando que não consegue emagrecer. E aqui a pessoa percebe o quanto estava comendo e como pode reduzir muito a sua ingestão de calorias." Voltar ao resumo | Início do bloco [SINDUSFARMA][MEDICAMENTOS][MERCADO][GOVERNO][SAÚDE] Equilíbrio: Para matar a fome, internos já furtaram pato e carpas do lago ( Folha de S.Paulo ) Jornalista: Indefinido 02/04/2013 - Quem viveu no spa de Sorocaba há mais de 20 anos, como o engenheiro João Renato Albanese, 57, conta que, na época, só existia uma dieta, a de 250 calorias, e o tempo mínimo de internação era de um mês, sem direito a saídas. A clausura deu origem a lendas que até hoje circulam entre funcionários e internos, no estilo telefone sem fio. Um dos casos célebres, presenciado por Albanese em 1989, é o do interno que capturou um pato no lago anexo ao spa e tentou cozinhá-lo no quarto. "Essa foi a época dos malucos aqui", diz ele, que já passou várias temporadas na instituição. Sua primeira internação foi de 1987 a 1989, quando entrou com 280 quilos e saiu com 90 quilos. Era o começo do spa, fundado em 1981. "A gente passava muita fome. Eu comi até flor. Hoje tem muito mais comida", lembra. O engenheiro afirma ter visto quando um grupo de pacientes caçou o pato e o levou para um quarto. "Vi o bicho sendo depenado. Saí de perto, mas soube que tentaram assar o pato no aquecedor. Ficou um cheirão e eles foram descobertos." As pobres carpas do local também já sofreram ataques. "Um paciente tentou fazer filé do peixe no ferro de passar", afirma Caio Cesar Moura, diretor do spa, sem entrar em detalhes. Hoje, além de dietas mais "fartas" e saídas semanais, que, de certa forma, contêm o ímpeto dos infratores, a segurança é reforçada. Não dá mais para esconder contrabando no carro, por exemplo. O interno não fica com a chave do seu veículo. Nada impede, porém, que a comida venha de cima. Janete Rosa da Silva, coordenadora técnica do centro de estética, está na instituição há 20 anos e diz ter visto um frango assado cair sobre uma paciente que tomava sol na piscina. "Alguém encomendou o frango e jogaram pelo muro", lembra. O crime não foi desvendado. A história mais maluca e megalomaníaca é a do ex-paciente rico que, depois de ser expulso por tráfico de comida, vingou-se jogando de um helicóptero centenas de bombons por toda a área do spa. "Eram mais de 50 caixas. Os gordinhos se mataram de comer", diz Albanese, que justo nesse dia não estava lá, mas diz ter ouvido o caso de fontes seguras. Voltar ao resumo | Início do bloco [SINDUSFARMA][MEDICAMENTOS][MERCADO][GOVERNO][SAÚDE] Alongue-se, mas nem tanto ( Folha de S.Paulo ) Jornalista: Iara Biderman 02/04/2013 - Quando o educador físico californiano Bob Anderson lançou a primeira edição de seu livro sobre alongamento, a febre das academias e do culto ao corpo estava só começando. O ano era 1975. A obra virou best-seller, com mais de 3 milhões de cópias vendidas no mundo. No Brasil, a bíblia do estica-e-puxa teve 24 reimpressões. A edição lançada agora "Alongue-se" (Summus, 240 págs., R$ 90)- celebra 30 anos da primeira publicação no país. Nos últimos anos, pesquisas e especialistas têm questionado alguns dos benefícios creditados ao alongamento. É claro que na avaliação de Anderson, 68, a prática sempre faz bem. Problemas como lesões, diz ele, não são causados pela técnica em si, mas pela forma com que as pessoas passaram a fazer esses exercícios: como uma competição, esticando músculos além do limite da dor e criando tensões. O professor também explica que muitas pessoas têm o hábito de sustentar o alongamento de cada músculo por tempo demais. Ele recomenda ficar em cada posição por 15 segundos, no máximo. Nesse ponto, ele está afinado com as novas pesquisas, embora diga não se importar muito com elas. Um dos maiores estudos sobre o tema, publicado no ano passado na revista "Medicine & Science in Sports & Exercise", chegou à conclusão de que manter o alongamento por menos de 30 segundos evita os efeitos negativos que podem ser associados à prática. Folha - Por que o alongamento se tornou tão popular? Bob Anderson - Porque qualquer pessoa pode fazer, é fácil de aprender e ajuda a a pessoa a viver melhor. Essa popularização tem deixado as pessoas mais flexíveis? Nem todo mundo conhece os fundamentos do alongamento ou mesmo a importância de fazêlo. Se as pessoas não estão mais flexíveis é porque elas não fazem exercícios suficientes para contrabalançar um dos efeitos do envelhecimento, que é a perda gradual da flexibilidade. Se a pessoa passa muito tempo sentada, ela não perde apenas a força, mas também a amplitude dos movimentos. Há outro lado, também: alguns fazem muitos alongamentos e, mesmo assim, ficam menos flexíveis, porque estão indo além de seus limites. Encaram os exercícios como uma competição. Isso tem efeito contrário: faz os músculos se encurtarem. Alongar-se antes de uma atividade intensa, como a corrida, aumenta o risco de lesões? Não. Se a pessoa está se alongando da forma certa, antes ou depois da atividade física, não vai se machucar. Qual é, então, a forma correta de se alongar? Prestando atenção à sensação do músculo começando a se esticar, indo adiante apenas enquanto for fácil e, com o tempo, colocando uma suave tensão muscular na ação. A pessoa também precisa, enquanto se alonga, manter o relaxamento das mãos, dos pés, dos ombros e da mandíbula. E ficar na posição por 15 segundos, não mais. O que mudou na técnica desde os anos 1970, época da sua primeira edição? O método não mudou, mas na última edição acrescentamos um capítulo para atender questões ligadas ao estresse no trabalho. Voltar ao resumo | Início do bloco [SINDUSFARMA][MEDICAMENTOS][MERCADO][GOVERNO][SAÚDE] Mercado aberto: Chamada de emergência ( Folha de S.Paulo ) Colunista: Maria Cristina Frias 02/04/2013 - Mais de 13 mil exames de eletrocardiograma realizados pelo Samu, no Brasil, receberam laudos emitidos à distância pela central de telemedicina do HCor (Hospital do Coração) nos últimos três anos. A parceria do hospital com o Ministério da Saúde (que controla o Samu), permite que diagnósticos sejam feitos por uma equipe médica em até quatro minutos. Do total, 1.418 casos foram de infarto e outros 295 de arritmia. "O atendimento é praticamente em tempo real e está salvando muitas vidas", diz José Carlos Pachón, cardiologista e um dos responsáveis pelo projeto no HCor. Voltar ao resumo | Início do bloco [SINDUSFARMA][MEDICAMENTOS][MERCADO][GOVERNO][SAÚDE] Crianças sob atenção redobrada ( O Globo ) Jornalista: Alans Schwarz, New York Times 02/04/2013 - Quase um em cada cinco meninos do Ensino Médio nos Estados Unidos e 11% das crianças em idade escolar receberam um diagnóstico médico de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), de acordo com novos dados dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês). Essas taxas refletem um aumento considerável nos índices na última década e alimentam a preocupação de médicos de que há um excesso de diagnóstico e prescrição de medicamentos nas crianças americanas. Os números mostraram que cerca de 6,4 milhões de crianças e jovens, com idades entre 4 a 17 anos, receberam o diagnóstico de TDAH em algum momento de suas vidas, um aumento de 16% desde 2007, e de 53% na última década. Cerca de dois terços das pessoas com o diagnóstico recebem prescrições de estimulantes como Ritalina ou Adderall, que pode melhorar a qualidade de vida das pessoas com TDAH, mas também pode levar, ocasionalmente, ao vício, à ansiedade e, raramente, até a psicose. Este resultado é parte de um amplo estudo do CDC, realizado entre fevereiro de 2011 e junho de 2012. A agência entrevistou mais de 76 mil pais, por telefone, em todo o país. — São números astronômicos. Estou chocado — comentou o neurologista pediátrico William Graf, professor na Escola de Medicina da Universidade de Yale, nos Estados Unidos. — Sintomas leves estão sendo diagnosticados tão prontamente, o que, muito além do transtorno e da zona de ambiguidade, revela um simples aumento de prescrições a crianças saudáveis. Ainda mais adolescentes devem ter prescrição de medicamentos num futuro próximo, já que a Associação Americana de Psiquiatria planeja modificar a definição de TDAH para permitir que mais pessoas recebam o diagnóstico e o tratamento. DIVERGÊNCIA SOBRE MOTIVO DE AUMENTO Enquanto alguns médicos e pacientes argumentam que o aumento do diagnóstico é uma evidência de que o transtorno está sendo mais reconhecido e aceito, outros dizem que os novos índices sugerem que milhões de crianças podem estar ingerindo remédios apenas para ficarem mais calmas e melhorarem o seu desempenho escolar. A estimativa histórica é que o TDAH atinge entre 3% e 7% das crianças. O transtorno não tem um teste definitivo e é determinado por conversas intensivas com pacientes, pais e professores e pela exclusão de outras causas — ou seja, um processo subjetivo que muitas vezes é ignorado por pais e profissionais de saúde. É considerada, ainda, uma condição crônica que é, em geral, levada para a vida adulta. Diretor do CDC, Thomas R. Frieden relaciona o aumento do número de prescrições de estimulantes entre crianças com a super utilização de analgésicos e antibióticos por adultos. — Temos que encontrar um equilíbrio — defendeu Frieden. — As medicações corretas para o TDAH, quando dada às pessoas certas, podem fazer uma grande diferença na vida do paciente. Mas infelizmente, o uso equivocado parece estar crescendo num índice que é alarmante. Voltar ao resumo | Início do bloco [SINDUSFARMA][MEDICAMENTOS][MERCADO][GOVERNO][SAÚDE] Diagnóstico errado e subestimado de TDAH no Brasil ( O Globo ) Jornalista: Flávia Milhorance 02/04/2013 - Se nos Estados Unidos, a principal preocupação de especialistas é com relação ao aumento de diagnósticos do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) e o consequente consumo alarmante de medicamentos para contornar os sintomas, no Brasil, médicos ainda esbarram na dificuldade de diagnosticar a doença entre crianças e jovens, especialmente em localidades fora dos grandes centros urbanos. — No Brasil, o que acontece é o contrário. Há uma quantidade grande de crianças não diagnosticadas ou diagnosticadas incorretamente — afirma Fábio Barbirato, coordenador do setor de psiquiatria infantil da Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro. O especialista cita dados da USP em que 5,4% de indivíduos de 6 a 16 anos têm TDAH, mas só 2,5% recebem tratamento, incluindo o uso de remédios. — A venda de medicamento no Brasil não teve este aumento como as pessoas falam. Se for pensar, a venda está menor do que o necessário — avaliou. Em sua prática médica, Barbirato estima que, das crianças diagnosticadas equivocadamente com TDAH, 90% têm, na verdade, outro transtorno, como autismo, ansiedade, dislexia ou retardo mental. Outros 10% não têm nenhum transtorno, e a desatenção, sintoma clássico do distúrbio, teria relação com outros fatores, como falta de limite ou de atenção do pais. — Com diagnóstico errado, os sintomas podem piorar, e as consequências disto levam até a evasão escolar — alerta o especialista. — Por isso, recomendamos que os pais procurem profissionais titulados pela Associação Brasileira de Psiquiatria. SEM ALARME, MAS ATENÇÃO A SINTOMAS Embora haja casos de “exageros” de diagnósticos de TDAH, é importante que pais estejam alertas aos sintomas. Desatenção, inquietude, desorganização extremadas estão entre os principais. — É quando ele deixa tudo para depois, precisa ser monitorado sempre, havendo um desgaste da relação familiar, da mãe sempre cobrando da criança que não tem nenhuma autonomia — exemplifica Barbirato. Mesmo sem dados estatísticos, o especialista aponta que é na segunda fase do ensino fundamental, ou seja, a partir do 6º ano, que os sintomas são mais percebidos, porque interferem mais no desempenho escolar. — Com a exigência maior, aquela desatenção que era suprida pela família e pela professora fica ressaltada, e o aluno acaba se atrasando. Voltar ao resumo | Início do bloco [SINDUSFARMA][MEDICAMENTOS][MERCADO][GOVERNO][SAÚDE]