Pesquisa de Conhecimentos, Atitudes e Práticas na População Brasileira PCAP Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde www.saude.gov.br/bvs MINISTÉRIO DA SAÚDE PCAP Pesquisa de Conhecimentos, Atitudes e Práticas na População Brasileira 2013 MINISTÉRIO DA SAÚDE Brasília - DF 2016 PCAP MINISTÉRIO DA SAÚDE Secretaria de Vigilância em Saúde Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais Pesquisa de Conhecimentos, Atitudes e Práticas na População Brasileira Série G. Estatística e Informação em Saúde Brasília - DF 2016 © 2016 Ministério da Saúde. BY SA Todos os direitos reservados. É permitida a reprodução parcial ou total desta obra, desde que citada a fonte e que não seja para venda ou qualquer fim comercial. A responsabilidade pelos direitos autorais de textos e imagens dessa obra é da área técnica. A coleção institucional do Ministério da Saúde pode ser acessada, na íntegra, na Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde: http://www.saude.gov.br/bvs. Equipe de Elaboração Adele Benzaken Ana Roberta Pati Pascom Clarissa Habckost Dutra de Barros Enrique Galban Marcelo Araújo de Freitas Mariana Jorge de Queiroz Mariana Veloso Meireles Silvano Barbosa de Oliveira Equipe de coordenação da PCAP 2013 Ana Roberta Pati Pascom Clarissa Habckost Dutra de Barros Maíra Taques dos Santos Christ Juliana Machado Givisiez Edição Assessoria de comunicação (ASCOM) Produção Editorial: Capa, projeto gráfico e diagramação: Marcos Cleuton Revisão: Angela Gasperin Martinazzo Impresso no Brasil / Printed in Brazil Ficha catalográfica ___________________________________________________________________________________________ Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais. Pesquisa de conhecimento, atitudes e práticas na população brasileira / Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais. – Brasília: Ministério da Saúde, 2011. 166 p.: il. – (Série G. Estatística e Informação em Saúde) ISBN 978-85-334-1852-3 1. Pesquisa em saúde. 2. Promoção da saúde. I. Título. II. Série. CDU 614 ___________________________________________________________________________________________ Catalogação na fonte – Coordenação-Geral de Documentação e Informação – Editora MS – OS 2011/0302 Títulos para indexação: Em inglês: Survey of knowledge, attitudes and practices in the brazilian population Em espanhol: Estudio de conocimientos, actitudes y prácticas de la poblácion brasileña S S u m ário Agradecimento ......................................................................................................... 05 Apresentação ........................................................................................................... 07 1 PCAP 2013 ............................................................................................................. 09 2 Conhecimento das formas de transmissão e prevenção da infecção por HIV e hepatites virais ....................................................................................................19 3 Prevenção e controle de Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) ...................... 45 4 Testagem para identificar a infecção pelo HIV e pelas hepatites virais ....................... 55 5 Estigma e discriminação ......................................................................................... 77 6 Acesso a insumos de prevenção .............................................................................. 85 7 Práticas sexuais ..................................................................................................... 93 8 Populações-chave ............................................................................................... 115 9 Uso de drogas ...................................................................................................... 119 10 Considerações finais ........................................................................................... 129 Referências ............................................................................................................ 135 Bibliografia ............................................................................................................. 139 Anexos ................................................................................................................... 143 Anexo A - Questionário Principal ......................................................................... 144 Anexo B - Questionário de Autopreenchimento .................................................... 160 PCAP 2013 Agra dec i men to Registramos nossos agradecimentos aos funcionários do Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das DST, Aids e Hepatites Virais, à equipe da Zaytec Brasil e à Unesco, que contribuíram para a realização da PCAP de 2013. Agradecemos, especialmente, à Dra. Célia Landmann Szwarcwald e ao Dr. Paulo Roberto Borges pela elaboração do plano de amostragem utilizado na PCAP de 2013 e, também, pela ajuda durante o processo de ponderação e de calibração dos dados para análise. Finalmente, não poderíamos deixar de agradecer aos doze mil brasileiras e brasileiros que concordaram em responder, voluntariamente, ao nosso questionário na intimidade de seus domicílios. Suas respostas aos nossos questionamentos permitiram ao Ministério da Saúde realizar este terceiro corte da PCAP, proporcionando as informações necessárias para a atualização dos principais indicadores que norteiam as ações de prevenção e controle do HIV/aids, das hepatites virais e das demais infecções sexualmente transmissíveis no Brasil. 5 5 6 Ministério da Saúde PCAP 2013 A presen taç ão Inquéritos populacionais são importantes instrumentos para a formulação e para a avaliação de políticas públicas, por permitirem conhecer a realidade epidemiológica de determinada população. O Ministério da Saúde vem, desde a década de 1990, investindo nesses instrumentos como ferramenta de apoio ao planejamento em saúde e orientação para a tomada de decisões. Como exemplo, a “Pesquisa de Conhecimentos, Atitudes e Práticas na População Brasileira” (PCAP) é um inquérito domiciliar de abrangência nacional, com edições já realizadas nos anos de 2004 e de 2008, que permite investigar, como evidencia o título, os conhecimentos, atitudes e práticas dos brasileiros relacionados com a infecção pelo HIV e outras infecções sexualmente transmissíveis (IST). Uma nova edição do inquérito foi realizada em 2013, pela primeira vez abordando questões referentes às hepatites virais. Por aprimorar as informações sobre populações e práticas consideradas determinantes para a carga dessas doenças no Brasil, e por subsidiar ações de prevenção e de comunicação em saúde, a PCAP tornou-se um instrumento crucial ao monitoramento das IST, das hepatites virais e da epidemia de HIV no país. Esta publicação traz os principais resultados da PCAP de 2013, que esperamos ser de utilidade para as entidades da sociedade civil, da academia, dos governos dos estados, municípios e de outros setores de governo, e a todas as pessoas empenhadas no enfrentamento das IST, HIV/aids e hepatites virais. Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das DST, Aids e Hepatites Virais Secretaria de Vigilância em Saúde Ministério da Saúde 7 7 1 PCAP 2013 11 11 PCAP 2013 Introdução A PCAP – Pesquisa de Conhecimentos, Atitudes e Práticas na População Brasileira – é realizada por meio de inquérito domiciliar, e sua amostra garante que todos os dados extraídos tenham representatividade nacional. Esta publicação traz os resultados do terceiro corte do inquérito, possibilitando analisar a maneira como as políticas e as ações de prevenção e controle do HIV, hepatites virais e outras IST influenciam o conhecimento e as práticas da população brasileira. Neste volume, são apresentados temas em continuidade com as edições anteriores, como a cobertura de testagem para o HIV, o uso de preservativos femininos e masculinos, a idade de início da atividade sexual, o número de parcerias sexuais e a frequência de uso de preservativos com essas parcerias – sejam elas fixas ou casuais –, o uso de drogas, entre outros de semelhante significância. Além dos temas já contemplados anteriormente, são publicadas pela primeira vez, no presente documento, questões acerca do conhecimento e de práticas da população que se referem às hepatites virais: cobertura vacinal, testagem e familiaridade com as formas de transmissão. Ainda, a PCAP é um dos poucos instrumentos que permitem estimar o tamanho de algumas populações-chave – gays e outros homens que fazem sexo com homens, homens e mulheres profissionais do sexo, entre outras – no país, informação crucial para a qualificação das políticas de prevenção e de promoção da saúde voltadas para esses indivíduos, os quais possuem maior vulnerabilidade à infecção pelo HIV. Por seu caráter domiciliar, a PCAP não alcança algumas populações específicas, pela particularidade de suas moradias (quartéis, bases militares, alojamentos, acampamentos, embarcações, penitenciárias, colônias penais, presídios, cadeias, asilos, orfanatos, conventos e hospitais), além das pessoas em situação de rua. Em compensação, a pesquisa é representativa da população residente nos mais diversos cenários político-administrativos, tanto de setores urbanos quanto de setores rurais, de diferentes portes populacionais, em todas as 27 unidades da federação. A qualidade e a abrangência dos temas abordados fazem da PCAP um dos principais documentos norteadores das tomadas de decisão na construção de políticas de prevenção e controle do HIV/aids, hepatites virais e outras IST adotadas no Brasil. Objetivo Geral Coletar dados, mediante inquérito nacional, que permitam avaliar indicadores referentes ao conhecimento, às atitudes e às práticas da população brasileira relacionados a IST, HIV/ aids e hepatites virais. Objetivos específicos o Analisar o conhecimento da população acerca da transmissão das IST, do HIV e das hepatites virais; o Fortalecer o monitoramento de determinantes de vulnerabilidades à infecção por HIV, hepatites virais e outras IST de alguns segmentos populacionais; o Investigar a influência de fatores socioeconômicos e demográficos na vulnerabilidade à infecção por HIV, hepatites virais e outras IST; 12 Ministério da Saúde o Subsidiar a elaboração de ações e políticas efetivas à prevenção e ao controle do HIV, hepatites virais e outras IST. Aspectos éticos Esta pesquisa foi aprovada pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa do Ministério da Saúde, sob o parecer número 194.434, de 18 de fevereiro de 2013. Metodologia a. Amostragem Foi realizado, em 2013, inquérito de âmbito nacional com tamanho de amostra estabelecido em 12.000 indivíduos com idade entre 15 e 64 anos. A população pesquisada contemplou indivíduos residentes em domicílios particulares do Brasil, com exceção para os indivíduos com domicílios localizados nos setores censitários especiais (quartéis, bases militares, alojamentos, acampamentos, embarcações, penitenciárias, colônias penais, presídios, cadeias, asilos, orfanatos, conventos e hospitais) e para pessoas em situação de rua. A amostra da PCAP foi selecionada a partir da Base Operacional Geográfica do Censo Demográfico de 2010, constituída pelos setores censitários, os setores especiais e os setores sem informação (missing) nas variáveis de interesse. Os setores censitários com 60 ou mais domicílios particulares permanentes (DPP) foram considerados como as unidades primárias de amostragem (UPA) no planejamento amostral da PCAP. O plano amostral consistiu na estratificação das UPA e na seleção dessas unidades sistematicamente com estratificação implícita pela proporção de pessoas responsáveis pelos domicílios do setor que são alfabetizadas, tomada como proxy do grau de escolaridade do setor. A estratificação das UPA obedeceu aos seguintes critérios: político-administrativo (Grande Região e capitais/restante da Unidade da Federação); porte populacional (1-50.000; 50.001200.000; 200.000 ou mais habitantes); e de situação que envolve a categorização do setor em rural/urbano. Em cada região foram considerados seis estratos: municípios com até 50.000 habitantes, setores urbanos; municípios com até 50.000 habitantes, setores rurais; municípios com mais de 50.000 até 200.000 habitantes, setores urbanos; municípios com mais de 50.000 até 200.000, setores rurais; municípios com mais de 200.000 habitantes, excetuando as capitais; capitais de todos os estados da região. Em cada um dos 30 estratos, por sua vez, a amostra da PCAP foi composta por conglomerados em três estágios de seleção. No 1º estágio, foi selecionada uma amostra sistemática de UPA, obedecendo à estratificação implícita por grau de escolaridade. No segundo estágio, foram selecionados 16 domicílios, e em cada domicílio, apenas um morador de 15 a 64 anos foi escolhido para a realização da entrevista. A seleção dos domicílios e do morador do domicílio em cada setor respeitou o preenchimento das cotas, compostas por três variáveis: sexo, faixa etária e situação conjugal. Sendo assim, em cada setor, foi entrevistado um indivíduo em cada composição. 13 13 PCAP 2013 b. Pré-teste A empresa contratada para o trabalho de campo realizou, antes do início deste, 100 entrevistas, que foram analisadas pela equipe responsável pelo projeto, para verificação da qualidade das informações preenchidas e proporção de recusas. A metodologia de aplicação do questionário para analfabetos também foi pré-testada. c. Questionário O questionário utilizado na PCAP de 2013 foi organizado em módulos contendo as seguintes seções: conhecimento das formas de transmissão e prevenção da infecção pelo HIV e hepatites virais, prevenção e controle de infecções sexualmente transmissíveis, testagem para identificação da infecção pelo HIV e pelas hepatites virais, estigma e discriminação, acesso a insumos de prevenção, práticas sexuais, uso de preservativo, populações-chave e uso de drogas, e encontra-se em anexo, no final desta publicação. Os questionários foram aplicados por meio de tablets. Considerando que algumas das questões e dos temas abordados poderiam causar constrangimento, inibição, recusa ou falseamento nas informações, o sexo do(a) entrevistador(a) foi sempre o mesmo sexo do(a) entrevistado(a). Pelas mesmas razões, uma parte do questionário foi preenchida pelo(a) próprio(a) entrevistado(a), havendo um questionário específico para homens e outro para mulheres. Os(as) entrevistados(as) foram devidamente informados do caráter confidencial dos dados coletados, sem possibilidade de identificação pessoal. Foram incluídas perguntas sobre o grau de conhecimento, atitudes, práticas e comportamentos de vulnerabilidade relacionados à infecção pelo HIV, hepatites virais e outras infecções sexualmente transmissíveis. d. Trabalho de campo O trabalho de campo foi realizado entre os meses de outubro e dezembro de 2013, pela Zaytec Brasil – Serviço de Pesquisa Ltda., empresa contratada após licitação. Todos os questionários aplicados foram acompanhados por supervisor de campo. As entrevistas foram acompanhadas, em tempo real, pela equipe da Assessoria de Monitoramento e Avaliação do Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das DST, Aids e Hepatites Virais (DDAHV) por meio de ferramenta on-line disponibilizada pela empresa contratada. Essa ferramenta forneceu georreferenciamento e tempo de duração de todas as entrevistas realizadas, além do nome do entrevistador e telefone do entrevistado, caso essa informação fosse fornecida pelo participante. Importante mencionar que os indivíduos entrevistados não foram identificados nos instrumentos de coleta de dados, tendo-se assegurado seu anonimato. Algumas residências, aleatoriamente selecionadas, receberam telefonema do Ministério da Saúde para confirmação da realização do inquérito. Foram consideradas inválidas todas as entrevistas com duração inferior a 23 minutos, tempo estabelecido como mínimo pela equipe de Monitoramento e Avaliação, após aplicação interna de teste dos questionários. e. Indicadores analisados Considerou-se como indicador de conhecimento, primeiramente, o percentual de indivíduos com conhecimento correto sobre as formas de transmissão de algumas doenças que não apenas aids, hepatites e infecções sexualmente transmissíveis. As questões diferem em conteúdo dos inquéritos anteriores pelo acréscimo, nesta edição da PCAP, das hepatites virais. Os indivíduos foram questionados sobre: (1) por qual ou quais doenças uma pessoa 14 Ministério da Saúde pode ser infectada por meio de alimentos ou de água contaminada; (2) por quais tipos de hepatites uma pessoa pode ser infectada por meio de alimentos ou de água contaminada; (3) por quais doenças uma pessoa pode ser infectada ao usar banheiros públicos; (4) por quais doenças uma pessoa pode ser infectada compartilhando escova de dentes; (5) por qual ou quais tipos de hepatites uma pessoa pode ser infectada compartilhando escova de dentes; (6) por qual ou quais doenças uma pessoa pode ser infectada ao compartilhar com outras pessoas instrumentos para o uso de drogas, tais como seringa, agulha, cachimbo, latinha, canudo etc.; (7) por qual ou quais tipos de hepatites uma pessoa pode ser infectada ao compartilhar com outras pessoas instrumentos para o uso de drogas, tais como seringa, agulha, cachimbo, latinha, canudo etc.; (8) por qual ou quais doenças uma pessoa pode ser infectada ao não usar preservativos em relações sexuais; (9) por qual ou quais tipos de hepatites uma pessoa pode ser infectada ao não usar preservativos em relações sexuais; (10) por qual ou quais doenças uma pessoa pode ser infectada compartilhando os instrumentos de manicure/ pedicure (alicate de unha, lixa, espátula etc.); (11) por qual ou quais doenças uma pessoa pode ser infectada fazendo tratamento dentário, endoscopia ou hemodiálise; (12) por qual ou quais tipos de hepatites uma pessoa pode ser infectada ao não usar preservativos em relações sexuais; (13) por qual ou quais doenças uma pessoa pode ser infectada fazendo tatuagem ou colocando piercing; e (14) por qual ou quais tipos de hepatites uma pessoa pode ser infectada fazendo tatuagem ou colocando piercing. Além desses indicadores de conhecimento, foram feitas dez afirmações acerca do conhecimento sobre o vírus da aids, as hepatites virais e algumas de suas formas de transmissão, com as quais os indivíduos poderiam concordar ou discordar, ou declarar não saber. As afirmações foram: (1) uma pessoa pode ser infectada pelo vírus da hepatite B, C ou D compartilhando lâminas de barbear ou de depilar; (2) uma pessoa pode ser infectada pelo vírus da hepatite B, C ou D ao realizar qualquer cirurgia; (3) o risco de transmissão do vírus da aids pode ser reduzido se uma pessoa tiver relações sexuais somente com parceiro fiel e não infectado; (4) uma pessoa com aparência saudável pode estar infectada pelo vírus da aids; (5) usar preservativo é a melhor maneira de evitar que o vírus da aids seja transmitido durante a relação sexual; (6) uma pessoa pode ser infectada pelo vírus da aids compartilhando talheres, copos ou refeições; (7) uma mulher grávida que esteja com o vírus da aids e receba um tratamento específico durante a gravidez e no momento do parto diminui o risco de passar o vírus da aids para o seu filho; (8) existe cura para a aids; (9) uma pessoa que esteja tomando medicamento para a aids tem menos risco de transmitir o vírus da aids para outra pessoa; e (10) a aids é uma doença crônica, possível de ser controlada. Quanto à prevenção e ao controle das infecções sexualmente transmissíveis – IST, foram analisados os indicadores de exame ginecológico regular, com preventivo, entre as mulheres sexualmente ativas; o histórico de relação sexual com parceria que tenha apresentado corrimento pelo canal uretral; e o histórico pessoal de feridas, bolhas e/ou verrugas na região genital. Entre os homens, foi investigado o histórico pessoal de corrimento pelo canal uretral, feridas, bolhas e verrugas no pênis, e se o participante já havia se submetido à circuncisão ou cirurgia para correção de fimose. Foram analisados indicadores, para ambos os sexos, de atendimento médico, as razões para a procura por profissional/serviço de saúde e os locais em que foram realizados os primeiros atendimentos pelos motivos declarados. Nas situações de histórico declarado de lesões indicativas de IST, foram analisadas a ocorrência ou não de tratamento e a primeira pessoa procurada para o tratamento das lesões, e se, ao atendimento, foram recebidas as orientações de uso regular de preservativo e informação às parcerias sexuais da ocorrência das lesões, além da realização dos testes de HIV, sífilis e hepatites virais. Ao final desse bloco, pôde-se obter informação de vacinação dos indivíduos para o HPV. Em relação ao teste de HIV, consideraram-se diversos indicadores de cobertura de testagem na população sexualmente ativa, estabelecidos pelo percentual de indivíduos que já haviam realizado o teste pelo menos uma vez na vida; aqueles que o realizaram nos 12 meses anteriores à pesquisa; e o número de vezes que o fizeram. Esses indivíduos também foram questionados sobre os motivos que os levaram à realização dos testes e os locais de realização destes. Pôde-se avaliar o percentual de pessoas que realizaram suas testagens por meio de testes rápidos, e, em caso de testes convencionais, o tempo levado para a entrega 15 15 PCAP 2013 do resultado. Para os indivíduos testados, foram analisados o percentual de indivíduos que sabiam o resultado de seu teste, e, para aqueles com resultados positivos, se haviam sido encaminhados para algum serviço de saúde ou médico especialista, e quanto tempo após o recebimento do diagnóstico procuraram acompanhamento. Os indivíduos puderam ser avaliados pela declaração de seu risco de infectar-se pelo HIV e se conheciam algum local em que era realizado o teste de HIV gratuitamente. O bloco sobre testagens para as hepatites virais (B, C e D) foi uma inovação nesta edição da PCAP. Os indicadores de testagem para as hepatites virais foram baseados naqueles já utilizados e validados para o HIV. Foi considerada a cobertura de testagem para hepatites na população, estabelecida pelo percentual de indivíduos que já haviam realizado o teste pelo menos uma vez na vida e aqueles que o realizaram nos 12 meses anteriores à pesquisa. Esses indivíduos também foram questionados sobre os motivos que os levaram à realização dos testes, e os locais de realização destes. Pôde-se avaliar o percentual de pessoas que realizaram suas testagens por meio de testes rápidos, e, em caso de testes convencionais, o tempo levado para a entrega do resultado. Para os indivíduos testados, foi analisado o percentual de indivíduos que sabiam os resultados de seus testes. Foram analisados os percentuais de indivíduos que conheciam algum local em que se poderiam realizar testes para hepatites gratuitamente. Como uma análise adicional de risco, os indivíduos foram questionados se já haviam recebido, alguma vez na vida, transfusão sanguínea, e se sim, o período em que o fizeram. Da mesma maneira, foram questionados se já haviam doado sangue alguma vez na vida, e também o período da doação. Além disso, foi possível medir a cobertura vacinal autodeclarada para hepatite B. Para medir o estigma e a discriminação relacionados a pessoas vivendo com HIV/aids e a pessoas homossexuais, considerou-se a distribuição percentual de indivíduos segundo sua concordância ou discordância em relação às seguintes afirmações: (1) um casal gay tem direito a adotar uma criança; (2) se soubesse que há uma criança com aids na escola do filho, continuaria a mandá-lo a essa escola; (3) se soubesse que alguém que trabalha vendendo legumes e verduras está com o vírus da aids, continuaria comprando esses alimentos dessa pessoa; e (4) se uma professora tem o vírus da aids, mas não está doente, ela pode continuar a dar aulas em qualquer escola. Foram ainda avaliadas as reações à pergunta “você teria amigos gays?”, cujas respostas possíveis eram: (1) nunca teria; (2) depende; e (3) teria sem problemas. Quando avaliado o acesso a insumos de prevenção, consideraram-se os percentuais de indivíduos que declararam não ter tido nenhum acesso a preservativos, e os percentuais dos que declararam ter tido acesso a preservativos, nos 12 meses que antecederam a pesquisa. Aqueles que declararam ter tido acesso aos insumos foram analisados pelos locais em que os acessaram: gratuitamente em algum serviço de saúde, gratuitamente em alguma organização não governamental (ONG) ou em outro local, ou por compra em uma farmácia, em um supermercado, em um camelô ou em outro local. Houve um indicador exclusivo para os indivíduos com idade entre 15 e 24 anos que estudavam no período em que a pesquisa foi realizada: o percentual de acesso à camisinha gratuita na escola. Foi mensurado o percentual de pessoas que declararam conhecer o preservativo feminino, mesmo que não o tivessem utilizado, e, diminuindo-se o recorte apenas para as mulheres, nos 12 meses que antecederam a pesquisa, se haviam recebido gratuitamente ou pego preservativos femininos, e onde: serviços de saúde, ONG ou outro local. A coleta de informações junto às pessoas entrevistadas, em decorrência da natureza muitas vezes íntima das questões, deu-se em dois momentos distintos, de duas maneiras. O questionário contendo os indicadores supracitados foi aplicado em entrevista. Os indicadores que se seguem foram preenchidos de maneira privada, pelo próprio indivíduo, e versam sobre o comportamento sexual e sobre o uso de substâncias psicoativas. Todas as questões contavam com a opção, no instrumento de preenchimento, de não oferecer uma resposta, e seus conteúdos foram adaptados de acordo com o sexo da pessoa entrevistada. Em relação às práticas sexuais, foram utilizados os seguintes indicadores: uso de preservativo na primeira relação sexual, número de parcerias sexuais, parcerias sexuais do mesmo sexo, e 16 Ministério da Saúde relações sexuais exclusivamente com pessoas do mesmo sexo. Quando os indicadores tiveram seu escopo restrito aos 12 meses que precederam a realização da pesquisa, foram analisadas as informações: (1) ter tido relação sexual nos 12 meses anteriores; (2) ter tido relações sexuais no mês anterior; (3) número de parcerias sexuais; (4) uso de preservativo na última relação; (5) relação sexual com parceria fixa; (6) uso de preservativo em relações com parceria fixa; (7) uso de preservativo em todas as relações com parceria fixa; (8) relação sexual com parcerias casuais; (9) número de parcerias casuais; (10) uso de preservativo em relações com parcerias casuais; (11) uso de preservativo em todas as relações com parcerias casuais; (12) uso de preservativo na última relação com parceria casual; (13) ter recebido dinheiro em troca de sexo nos últimos 12 meses; (14) ter pago a alguém para ter sexo; (15) uso de preservativo com parcerias que foram pagas por sexo; (16) uso de preservativo em todas as parcerias que foram pagas por sexo; (17) relações sexuais com parcerias fixas e casuais no mesmo período; (18) relação sexual com pessoas conhecidas por meio da internet; e (19) uso de preservativo nas relações sexuais com pessoas conhecidas por meio da internet. Quando do uso de preservativos femininos e lubrificantes íntimos, os indicadores foram: (1) homens que já tiveram relações sexuais com mulheres usando preservativo feminino; (2) mulheres que já usaram preservativos femininos em relações sexuais; (3) conhecimento sobre lubrificantes íntimos, mesmo que nunca os tenha utilizado; e (4) uso de lubrificantes íntimos para lubrificação extra durante a relação sexual. O último módulo da pesquisa traz indicadores de hábitos e costumes. Antes da coleta de informações mais específicas sobre o uso de substâncias psicoativas, foram aplicadas duas questões envolvendo seu uso e a prática sexual correspondente: (1) concordância ou não com a afirmação de que o uso de álcool ou outras drogas pode fazer com que as pessoas tenham relações sexuais sem usar preservativo; e (2) o uso de álcool ou outras drogas já fez com que o(a) entrevistado(a) tenha tido relações sexuais sem preservativo. Sobre o uso de substâncias psicoativas, foram avaliados os seguintes indicadores: (1) uso de álcool alguma vez na vida e/ou naquele período; (2) uso de maconha alguma vez na vida e/ ou naquele período; (3) uso de anfetamina alguma vez na vida e/ou naquele período; (4) uso de crack alguma vez na vida e/ou naquele período; (5) uso de cocaína em pó alguma vez na vida e/ou naquele período; (6) compartilhamento de canudo para uso de cocaína em pó; (7) uso de cocaína injetada alguma vez na vida e/ou naquele período; e (8) compartilhamento de seringa para uso de cocaína injetada (aos que relataram seu uso). f. Análise estatística dos dados Para a análise estatística, os dados foram calibrados de acordo com a distribuição censitária por região, situação urbana/rural, sexo, faixa etária, estado conjugal e grau de escolaridade. Utilizou-se o aplicativo SPSS (Statistical Package for Social Sciences), versão 18, que leva em consideração o desenho complexo de amostragem (SPSS, 2009). Nesta publicação, a grande maioria das variáveis de interesse foi tabulada por sexo, faixa etária (15-24; 25-34; 35-49; 50-64 anos), grau de escolaridade (ensino fundamental incompleto; ensino fundamental completo; ensino médio completo ou mais), cor/raça (branca; preta; parda; amarela; indígena), estado conjugal (vive com companheiro/a; não vive com companheiro/a), classe econômica (classes A/B; classe C; classes D/E) (ABEP, 2008), macrorregião geográfica (Norte; Nordeste; Sudeste; Sul e Centro-Oeste), situação/ local de residência (urbana ou rural) e situação laboral. Para comparação dos indicadores por sexo, foram utilizados testes estatísticos de diferenças de proporções (χ2). 17 17 PCAP 2013 g. Análise descritiva da amostra Do total de 12.000 entrevistados, 5.867 (48,9%) foram do sexo masculino e 6.133 (51,1%) do feminino. A maioria destes residia na região Sudeste (43,1%), com idade entre 35 e 49 anos (29,6%), vivia com companheiro (56,4%), possuía pelo menos o ensino médio completo (40,2%), era da raça/cor parda (44,1%), considerava-se religioso (77,0%), estava em algum regime de trabalho (58,2%), pertencia à classe econômica C (52,4%) e possuía acesso à internet (57,2%), conforme mostra a Tabela 1.1. Foram observadas diferenças estatisticamente significativas nas distribuições segundo sexo para quase todas as variáveis sociodemográficas, exceto quanto ao estado conjugal (p-valor = 0,943). A distribuição segundo raça/cor mostrou que a maioria dos entrevistados do sexo masculino era parda (48,7%), enquanto entre as mulheres a maioria era branca (44,0%). Entre as pessoas que se declararam religiosas, observou-se também uma maior proporção de mulheres (82,2%) do que homens (71,6%). Além disso, em relação à situação de trabalho, a proporção de mulheres desempregadas foi o dobro da mesma proporção entre os homens (Tabela 1.1). 18 Ministério da Saúde Tabela 1.1 Características sociodemográficas da amostra. Brasil, 2013. Variáveis Sociodemográficas Masculino Feminino Total nº % nº % nº % 5867 100,0 6133 100,0 12000 100,0 471 8,0 464 7,6 935 7,8 Nordeste 1566 26,7 1662 27,1 3228 26,9 Sudeste 2521 43,0 2656 43,3 5177 43,1 Sul 866 14,8 895 14,6 1761 14,7 Centro-Oeste 444 7,6 455 7,4 899 7,5 15 a 24 anos 1577 26,9 1564 25,5 3142 26,2 25 a 34 anos 1485 25,3 1530 24,9 3015 25,1 35 a 49 anos 1724 29,4 1831 29,9 3555 29,6 50 a 64 anos 1081 18,4 1207 19,7 2288 19,1 Vive com companheiro(a) 3309 56,4 3461 56,4 6770 56,4 Vive sem companheiro(a) 2557 43,6 2672 43,6 5230 43,6 Ensino fundamental incompleto 1849 31,5 2109 34,4 3957 33,0 Ensino fundamental completo 1625 27,7 1594 26,0 3219 26,8 Ensino médio completo ou mais 2393 40,8 2430 39,6 4823 40,2 Branca 2021 34,7 2677 44,0 4699 39,5 Preta 825 14,2 876 14,4 1701 14,3 Parda 2831 48,7 2418 39,8 5248 44,1 Amarela 103 1,8 90 1,5 194 1,6 Indígena 38 0,7 17 0,3 55 0,5 Sim 4289 73,1 2698 44,0 6987 58,2 Não 1578 26,9 3435 56,0 5013 41,8 Classe A/B 1837 31,3 1828 29,8 3665 30,5 Classe C 3129 53,3 3160 51,5 6289 52,4 900 15,3 1146 18,7 2046 17,1 Urbana 4911 83,7 5282 86,1 10193 84,9 Rural 956 16,3 851 13,9 1807 15,1 Sim 3595 61,3 3266 53,3 6861 57,2 Não 2271 38,7 2867 46,7 5139 42,8 Total Região Norte Faixa etária Estado conjugal Escolaridade Raça/cor Trabalha Classe econômica Classe D/E Situação Acesso à internet Fonte: Departamento de Vigilância, Prevenção e controle das DST, Aids e Hepatites Virais/SVS/MS 2 Conhecimento das formas de transmissão e prevenção da infecção por HIV e hepatites virais PCAP 2013 Análise descritiva HIV A Tabela 2.1 apresenta o conhecimento sobre as formas da transmissão e prevenção da infecção pelo HIV. A maioria da população brasileira com idades entre 15 e 64 anos (94%) concorda que usar preservativo é a melhor maneira de evitar que o vírus da aids seja transmitido durante a relação sexual. Ainda, 90,8% dos indivíduos afirmaram saber que uma pessoa com aparência saudável pode estar infectada pelo vírus da aids. Cerca de 80% das pessoas entrevistadas sabem que não há cura para a aids. Aproximadamente 79% dos indivíduos concordaram com a afirmação de que o risco de transmissão do vírus da aids pode ser reduzido se uma pessoa tiver relações sexuais somente com parceiro fiel e não infectado. Esse também foi o percentual (79%) de pessoas que declararam saber que a aids é uma doença crônica e passível de ser controlada. O percentual de acerto para as afirmações “uma pessoa não pode ser infectada pelo vírus da aids compartilhando talheres, copos ou refeições” e “uma mulher grávida que esteja com o vírus da aids e receba um tratamento específico durante a gravidez e no momento do parto diminui o risco de passar o vírus da aids para o seu filho” foi de 74% e 66,7%, respectivamente. O pior desempenho de conhecimento sobre o HIV foi verificado em relação à afirmativa de que “uma pessoa que esteja tomando medicamento para a aids tem menos risco de transmitir o vírus da aids para outra pessoa”, com a qual apenas 33,1% concordaram. Na Tabela 2.2 encontra-se a análise das diferenças quanto ao conhecimento correto das formas de transmissão e prevenção da infecção pelo HIV por região de residência. Quando analisados os dados, observou-se diferença estatisticamente significativa no conhecimento segundo região de residência. A região Centro-Oeste foi a que apresentou os maiores percentuais de acerto quanto à transmissão e prevenção do HIV, enquanto a região Norte apresentou os menores. O maior percentual de acerto em relação à pergunta “o risco de transmissão do vírus da aids pode ser reduzido se uma pessoa tiver relações sexuais somente com parceiro fiel e não infectado” foi de 84% na região Sul, seguido de 81,9% na região Nordeste, 80,5% no Centro-Oeste, 75,4% no Sudeste e 71,4% no Norte. A proporção de indivíduos que concordou que “usar preservativo é a melhor maneira de evitar que o vírus da aids seja transmitido durante a relação sexual” variou de 97,3% no Sul a 87,1% no Norte. Dos indivíduos entrevistados no Centro-Oeste, 95% declararam saber que uma pessoa com aparência saudável pode estar infectada pelo vírus HIV. Essa proporção foi de 92,1% no Sudeste, 91,7% no Sul, 88,5% no Nordeste e 85,7% no Norte. Cerca de 43% dos entrevistados nas regiões Sul e Centro-Oeste concordaram que uma pessoa que esteja tomando medicamento para a aids tem menos risco de transmitir o vírus da aids para outra pessoa, enquanto nas regiões Norte e Nordeste essas proporções foram próximas a 35%. Já na região Sudeste, a proporção caiu para 25,9%. A Tabela 2.2 apresenta mais dados referentes ao conhecimento sobre formas de transmissão e prevenção da infecção pelo HIV, por região. A Tabela 2.3 apresenta a análise dos indicadores de conhecimento do HIV por sexo. É possível observar que apenas alguns indicadores apresentaram diferença significativa entre os sexos. Os homens mostraram melhor conhecimento quanto à redução do risco de transmissão quando se tem parceiro fiel não infectado (83,3%) em comparação com as mulheres (78,5%). Por outro lado, as mulheres tiveram maior acerto quando questionadas sobre se “uma pessoa com aparência saudável pode estar infectada pelo vírus da aids” que os homens (92,4% e 89% respectivamente). Ainda, 78,9% das mulheres concordaram que “uma pessoa não pode ser infectada pelo vírus da aids compartilhando talheres, copos ou refeições”, frente a 68,4% entre os homens. Quando questionados sobre se “uma pessoa que esteja tomando medicamento para a aids tem menos risco de transmitir o vírus da aids para outra pessoa”, os indivíduos tiveram baixo percentual de acerto, 33,1%, sem diferença significativa entre homens e mulheres. 21 21 22 22 Ministério da Saúde A Tabela 2.4 apresenta os indicadores de conhecimento relacionados ao HIV/aids segundo faixa etária. De maneira geral, os maiores percentuais de conhecimento referente ao HIV se verificaram entre os indivíduos de 35 a 49 anos, e os menores entre os de 50 a 64 anos. Em relação ao uso do preservativo para prevenção do HIV, todas as faixas etárias apresentaram conhecimento acima de 88%. A diferença de conhecimento entre as faixas etárias foi estatisticamente significativa em quase todas as questões. Das pessoas entrevistadas, 77,8% com idades entre 50 e 64 anos concordaram que não existe cura para a aids, percentual que aumentou para 83% na faixa etária de 25 a 34 anos. Quanto à afirmação “uma pessoa que esteja tomando medicamento para a aids tem menos risco de transmitir o vírus da aids para outra pessoa”, o maior percentual de concordância foi de 35,4%, entre as pessoas de 15 a 24 anos, enquanto o menor foi de 30,4, entre as pessoas de 25 a 34 anos. A seguir, na Tabela 2.5, são apresentados os indicadores de conhecimento relacionados ao HIV segundo a situação conjugal. Apenas três indicadores apresentaram diferença significativa sobre o conhecimento relacionado ao HIV entre pessoas que vivem com companheiro(a) e pessoas que vivem sem companheiro(a). Enquanto 76,6% dos entrevistados que vivem sem companheiro(a) concordaram que “o risco de transmissão do vírus da aids pode ser reduzido se uma pessoa tiver relações sexuais somente com parceria fiel e não infectada”, essa porcentagem foi de aproximadamente 80% entre os(as) entrevistados(as) que vivem com o companheiro(a). Quanto ao uso de antirretrovirais para a prevenção da transmissão vertical, 65,1% das pessoas que declararam viver sem companheiro(a) concordaram com a afirmação. Esse percentual foi de 67,8% entre aquelas que vivem com companheiro(a). Ainda, 80,1% dos indivíduos que vivem com companheiro(a) afirmaram saber que a aids é uma doença crônica passível de ser controlada, percentual que decresceu para 76,1% entre os que vivem sem companheiro(a). Ao analisar os indicadores segundo escolaridade (Tabela 2.6), observou-se que, em geral, os indivíduos com maior grau de escolaridade possuíam melhor conhecimento sobre as formas de transmissão do HIV. Houve diferença significativa segundo os diferentes graus de escolaridade em todos os indicadores analisados. Indivíduos que declararam possuir ensino médio completo ou acima tiveram maior proporção de acerto em seis das oito afirmações relativas ao conhecimento do HIV, quando comparados com indivíduos de menor escolaridade. Enquanto 93,6% dos entrevistados de maior escolaridade declararam saber que “uma pessoa com aparência saudável pode estar infectada pelo vírus da aids”, essa proporção foi de 91,6% entre indivíduos com ensino fundamental completo e de 86,6% entre indivíduos com ensino fundamental incompleto. Os(as) entrevistados(as) com ensino fundamental incompleto tiveram 38,6% de acerto para a afirmativa “uma pessoa que esteja tomando medicamento para a aids tem menos risco de transmitir o vírus da aids para outra pessoa”, percentual que foi de 34,2% e 27,8% para indivíduos com ensino fundamental completo e ensino médio completo ou acima, respectivamente. O conhecimento acerca da importância do uso do preservativo foi superior a 93% em todas as faixas de escolaridade analisadas. Dos(as) entrevistados(as) com ensino médio ou acima, 84,6% declararam saber que não existe cura para a aids, percentual que diminuiu para 80,3% entre indivíduos com ensino fundamental completo e para 75,3% entre indivíduos com ensino fundamental incompleto. Quanto ao conhecimento sobre as formas de transmissão do HIV por raça/cor, houve diferença significativa em metade dos indicadores analisados na Tabela 2.7. O menor grau de conhecimento foi observado entre pessoas que se declararam indígenas e pretas, enquanto aquelas que se declararam amarelas ou brancas apresentaram, respectivamente, o melhor grau de conhecimento. Das pessoas brancas entrevistadas, 82,1% afirmaram que não há cura para a aids. Esse percentual caiu para 76,9% entre os autodeclarados pretos e 58,2% entre os indígenas. Mais de 90% de brancos, pretos, pardos e amarelos concordaram com a afirmação “uma pessoa com aparência saudável pode estar infectada pelo vírus da aids”. Entre indígenas, esse conhecimento caiu para 74,5%. Quanto ao indicador “uma mulher grávida que esteja com o vírus da aids e receba um tratamento específico durante a gravidez e no momento do parto diminui o risco de passar o vírus da aids para o seu filho”, o percentual de concordância foi de 69,1% entre indígenas e amarelos, 68,1% entre brancos, 67,5% entre pardos e 59,7% entre pretos. O conhecimento quanto ao uso do preservativo para evitar a infecção pelo HIV foi superior a 89% em todos os grupos étnicos, sendo maior entre amarelos e brancos (95,9% e 95%, respectivamente), seguido dos pretos e pardos (93,4% e 93,3%, respectivamente), e menor entre indígenas, 89,1%. PCAP 2013 A Tabela 2.8 mostra que todos os indicadores de conhecimento do HIV analisados apresentaram diferença significativa entre as pessoas que trabalhavam e as que não trabalhavam no período em que foi conduzida a pesquisa. De modo geral, é possível afirmar que as pessoas que trabalhavam apresentaram melhor conhecimento sobre as formas de transmissão do HIV: enquanto 81,6% dos(as) entrevistados(as) que trabalhavam afirmaram saber que a “aids é uma doença crônica, passível de ser controlada”, entre os que não trabalhavam esse percentual caiu para 73,9%. Tanto os indivíduos que relataram ter trabalho quanto os que relataram não ter trabalho apresentaram percentual de acerto superior a 92% para o indicador “usar preservativo é a melhor maneira de evitar que o vírus da aids seja transmitido durante a relação sexual”, sendo esse percentual de 95% entre os que trabalhavam e 92,5% entre os que não trabalhavam. Dos indivíduos que trabalhavam, 82,3% afirmaram saber que não existe cura para a aids. Esse percentual caiu para 77,6% entre os indivíduos que não trabalhavam. No que diz respeito à análise dos indicadores por classe econômica (Tabela 2.9), é possível afirmar que as classes A/B demonstraram melhor conhecimento quanto às formas de transmissão do HIV, enquanto um menor nível de conhecimento foi verificado nas classes D/E. As diferenças de conhecimento observadas entre as classes econômicas são significativas, como ilustrado pelos p-valores na Tabela 2.9. Entre os indivíduos das classes A/B, 79,3% sabiam que “uma pessoa não pode ser infectada pelo vírus da aids compartilhando talheres, copos ou refeições”. Já entre os indivíduos da classe C, esse percentual foi de 74,4%, e entre indivíduos das classes D/E, 61,9%. Quanto ao indicador “uma mulher grávida que esteja com o vírus da aids e receba um tratamento específico durante a gravidez e no momento do parto diminui o risco de passar o vírus da aids para o seu filho”, o percentual de acerto foi de 61,8% entre os(as) entrevistados(as) das classes D/E, de 67% entre os(as) da classe C e 68,7% nas classes A/B. O percentual de concordância com a afirmação “não existe cura para a aids” foi de 83,7%, 79,9% e 75,8% para as classes A/B, C e D/E, respectivamente. O conhecimento acerca do uso do preservativo para evitar a infecção pelo HIV foi superior a 93% em todas as classes econômicas avaliadas. Segundo os dados apresentados na Tabela 2.10, é possível verificar que ter acesso ou não à internet provocou uma diferença significativa de conhecimento sobre a transmissão do HIV. Em geral, as pessoas que declararam ter acesso à internet mostraram melhor conhecimento, com exceção das afirmativas “o risco de transmissão do vírus da aids pode ser reduzido se uma pessoa tiver relações sexuais somente com parceiro fiel e não infectado” e “uma pessoa que esteja tomando medicamento para a aids tem menos risco de transmitir o vírus da aids para outra pessoa”, em relação às quais as pessoas que declararam não possuir acesso à internet apresentaram mais acertos (79,4% e 38,2%, respectivamente) que as pessoas que declararam possuir acesso à internet (77,8% e 29,3%, respectivamente). Todas as outras questões foram respondidas com maior percentual de acerto pelas pessoas que possuíam acesso à internet. Quanto ao indicador “uma mulher grávida que esteja com o vírus da aids e receba um tratamento específico durante a gravidez e no momento do parto diminui o risco de passar o vírus da aids para o seu filho”, o percentual de acerto foi de 67,9% e 64,9% entre indivíduos com e sem acesso à internet, respectivamente. Das pessoas entrevistadas que possuíam acesso à internet, 83,1% afirmaram saber que não existe cura para a aids, percentual que caiu para 76,6% entre as pessoas entrevistadas que não possuíam acesso à internet. No que se refere ao conhecimento sobre as formas de transmissão do HIV de acordo com o local de moradia, segundo região rural ou urbana, houve diferença significativa em apenas três afirmativas, conforme apresentado na Tabela 2.11. Dos(as) entrevistados(as) habitantes em área urbana, 91,6% afirmaram saber que “uma pessoa com aparência saudável pode estar infectada pelo vírus da aids”. Esse percentual foi de 86,3% entre os(as) entrevistados(as) habitantes em área rural. Ainda, as pessoas de situação urbana tiveram mais acerto (75,4%) no indicador “uma pessoa não pode ser infectada pelo vírus da aids compartilhando talheres, copos ou refeições”, quando comparadas com pessoas de situação rural (64,3%). Dos(as) residentes em área rural, 39,6% tiveram melhor desempenho na afirmativa “uma pessoa que esteja tomando medicamento para a aids tem menos risco de transmitir o vírus da aids para outra pessoa”, enquanto o mesmo percentual foi de 31,9% entre aqueles(as) residentes em área urbana. 23 23 24 24 Ministério da Saúde Hepatites virais Na Tabela 2.12 estão apresentados os indicadores referentes ao conhecimento sobre as formas de transmissão das hepatites virais. Cada indicador foi composto a partir de duas questões, sendo que a primeira perguntava por quais doenças uma pessoa pode ser infectada por cada uma das formas e elencava “hepatites” entre as alternativas, e na segunda eram listados os tipos específicos de hepatites, de forma que apenas aqueles que selecionavam hepatite na primeira pergunta respondiam à segunda. Nessa Tabela, podemos observar que os percentuais de acerto variaram de 27% a 39,7%. O maior percentual de acerto foi para a transmissão de hepatites por compartilhamento de instrumentos de manicure/pedicure. Os percentuais de acerto sobre os tipos específicos de hepatites foram baixos, variando entre 7,5% e 12,1% do total de entrevistados. O maior percentual de acerto foi para a hepatite B, novamente para a transmissão por compartilhamento de instrumentos de manicure/pedicure. O menor foi para a hepatite C, em relação ao conhecimento sobre a possibilidade de transmissão por compartilhamento de escova de dentes. Os percentuais de acerto sobre os tipos de hepatites, dentre os que haviam acertado a primeira questão, ficaram entre 21,4% e 34,3%. Em relação à transmissão por meio de alimentos ou água contaminados, 33,7% dos entrevistados sabiam que esta era uma rota para hepatites, e, destes, 27,6% souberam responder se tratar do subtipo “A” (Tabela 2.12). Na Tabela 2.13, são apresentados os indicadores segundo a região de residência. O conhecimento foi estatisticamente diferente entre as regiões, para todas as formas de transmissão. Para a transmissão de hepatite por meio de alimentos ou água contaminados, o maior conhecimento, de 38,1%, foi encontrado na região Sudeste, seguida pela região Sul (37,4%). Em relação ao conhecimento da transmissão da hepatite por compartilhamento de escova de dentes, 40,5% dos entrevistados da região Sul responderam corretamente, representando o maior percentual de acerto. Para a transmissão por meio do compartilhamento de instrumentos para uso de drogas, a região Centro-Oeste apresentou a maior proporção de acerto, de 37,5%, seguida das regiões Sudeste (34,5%) e Sul (33,6%). O menor percentual de conhecimento sobre a transmissão da hepatite por não se usar preservativo nas relações sexuais foi de 13,6% na região Nordeste, seguido de 23,3% no Norte, 25,7% no Sul, 31,3% no Centro-Oeste e 35,7% no Sudeste. O conhecimento sobre a possibilidade de transmissão por meio de materiais de manicure e pedicure foi, em geral, mais alto que o das demais formas. No Sudeste, com 45,9% de acerto, Sul (45,4%), Centro-Oeste (40,6%) e Nordeste (28,6%) essa foi a alternativa com mais acertos. Na região Norte, onde 32,5% dos entrevistados sabiam dessa forma de transmissão, a mesma proporção foi inferior à da transmissão por meio de água ou de alimentos contaminados. No Sudeste e no Sul, 35,6% e 35,5% dos entrevistados sabiam que uma pessoa pode se infectar com hepatite fazendo tratamento dentário, endoscopia ou hemodiálise, enquanto o menor grau de conhecimento verificou-se entre os entrevistados do Nordeste, com 19,9%. As regiões Sul e Sudeste também tiveram proporções de acerto muito próximas em relação ao conhecimento de que uma pessoa pode se infectar com hepatite fazendo tatuagem ou piercing – 36,5% e 36,4%, respectivamente. O Nordeste novamente apresentou a menor proporção de conhecimento quanto a essa informação (19,7%). Na Tabela 2.14 pode-se observar que a maioria dos indicadores não apresentou diferenças estatisticamente significativas entre os sexos, com duas exceções: o conhecimento sobre a transmissão por compartilhamento de instrumentos de uso de drogas foi maior entre homens (32,8%, em comparação a 27,3% entre as mulheres) e a informação sobre a possibilidade de se infectar por instrumentos de manicure/pedicure foi maior entre as mulheres (45,0%, em comparação a 34,2% entre os homens). PCAP 2013 A análise do conhecimento das formas de transmissão das hepatites segundo faixa etária está apresentada na Tabela 2.15. Para a maioria dos indicadores, as menores proporções de acertos foram encontradas entre os jovens de 15 a 24 anos. As duas exceções foram as questões sobre os instrumentos para uso de drogas e para tatuagem e piercing, em relação às quais o conhecimento foi menor na faixa de maior idade dos entrevistados, de 50 a 64 anos (26,0% e 25,7%). Os maiores percentuais de conhecimento foram encontrados, em geral, entre os jovens adultos, de 25 a 34 anos, com valores entre 30,1% e 43,5%. Uma exceção foi para o risco de alimentos e água contaminados, em que o conhecimento foi maior entre os adultos de idade entre 35 e 49 anos (36,3%). Conforme se observa na Tabela 2.16, o conhecimento sobre a transmissão das hepatites foi semelhante segundo o estado conjugal, havendo diferença estatisticamente significativa para quatro indicadores. Estes diziam respeito à transmissão por água e alimentos contaminados, por escova de dentes, por instrumentos de manicure/pedicure e por tratamento dentário, endoscopia ou hemodiálise. Em relação a esses indicadores, o conhecimento foi ligeiramente maior entre as pessoas que viviam com companheiro(a) do que entre aquelas que vivam sem companheiro(a). A Tabela 2.17 apresenta os indicadores de conhecimento sobre as formas de transmissão das hepatites por grau de escolaridade. Para todos os indicadores, os percentuais de acerto aumentam com o nível de instrução, sendo sempre menores entre os entrevistados com ensino fundamental incompleto, intermediários entre aqueles com ensino fundamental completo e maiores entre aqueles com ensino médio completo ou mais. As diferenças foram estatisticamente significativas para todos os indicadores, sendo em geral expressivas. Por exemplo, 27,6% dos indivíduos com ensino fundamental incompleto entrevistados sabiam que a hepatite pode ser transmitida pelo compartilhamento de material de manicure, e entre os indivíduos com ensino médio ou mais essa proporção foi de 50,5%. Na Tabela 2.18, na qual são apresentados os resultados por raça/cor, pode-se observar que as pessoas brancas, em geral, apresentaram um melhor conhecimento sobre as formas de transmissão das hepatites virais. Os indivíduos que afirmaram estar trabalhando no período da pesquisa apresentaram um melhor conhecimento sobre a transmissão das hepatites, em comparação aos que não trabalhavam. Houve diferenças estatisticamente significativas para as sete formas de transmissão (Tabela 2.19). Assim como para a escolaridade, a análise por classe econômica apresentou diferenças apreciáveis entre as diferentes categorias, sendo o conhecimento sempre menor nas classes D/E, intermediário na classe C e maior nas classes A/B. As maiores diferenças entre as classes A/B e C/E se verificaram em relação à transmissão sexual (38,0% e 12,6%) e tatuagem e piercing (41,3% e 14,8%) (Tabela 2.20). Na Tabela 2.21 são apresentadas as proporções de acertos por local de moradia (situação urbana ou rural). Os indivíduos que viviam em áreas urbanas mostraram maior conhecimento relacionado a todas as formas de transmissão de hepatites. A Tabela 2.22 apresenta a análise por acesso à internet. O conhecimento foi maior entre os que tinham acesso à internet, para todas as formas de transmissão de hepatites. A Tabela 2.23 apresenta outros indicadores que avaliam o conhecimento sobre a transmissão das hepatites. No total, 68,1% e 64,5% dos entrevistados concordaram com as afirmativas “uma pessoa pode ser infectada pelo vírus da hepatite B, C ou D compartilhando lâminas de barbear ou de depilar” e “uma pessoa pode ser infectada pelo vírus da hepatite B, C ou D ao realizar qualquer cirurgia”, respectivamente. As proporções de acerto foram maiores, para ambas as afirmativas, entre as mulheres, na região CentroOeste, entre os adultos de 25 a 34 anos, de nível de escolaridade e classe econônica mais elevados, que viviam em áreas urbanas e que trabalhavam. Em relação à raça/cor, o acerto da questão sobre lâminas de barbear foi maior entre os indivíduos amarelos (70,1%), e na questão sobre cirurgias, maior entre os que se declararam brancos (67,7%). 25 25 26 26 Ministério da Saúde Tabela 2.1 Percentual (%) de indivíduos com idade entre 15 e 64 anos, com conhecimento correto sobre formas de transmissão e prevenção da infecção pelo HIV. Brasil, 2013. Concordam com as afirmações % (N=12.000) O risco de transmissão do vírus da aids pode ser reduzido se uma pessoa tiver relações sexuais somente com parceiro fiel e não infectado 78,5 Uma pessoa com aparência saudável pode estar infectada pelo vírus da aids 90,8 Usar preservativo é a melhor maneira de evitar que o vírus da aids seja transmitido durante a relação sexual 94,0 Uma pessoa não pode ser infectada com o vírus da aids compartilhando talheres, copos ou refeições 73,8 Uma mulher grávida que esteja com o vírus da aids e receba um tratamento específico durante a gravidez e no momento do parto diminui o risco de passar o vírus da aids para o seu filho 66,6 Não existe cura para a aids 80,4 Uma pessoa que esteja tomando medicamento para aids tem menos risco de transmitir o vírus da aids para outra pessoa 33,1 A aids é uma doença crônica, passível de ser controlada 78,4 Fonte: Departamento de Vigilância, Prevenção e controle das DST, Aids e Hepatites Virais/SVS/MS 27 27 PCAP 2013 Tabela 2.2 Percentual (%) de indivíduos com idade entre 15 e 64 anos, com conhecimento correto sobre formas de transmissão e prevenção da infecção pelo HIV, por região. Brasil, 2013. Concordam com as afirmações Total (N=12000) Norte (N=935) Nordeste (N=3228) Sudeste (N=5177) Sul (N=1761) Centro-Oeste p-valor (N=899) O risco de transmissão do vírus da aids pode ser reduzido se uma pessoa tiver relações sexuais somente com parceiro fiel e não infectado 78,5 71,4 81,9 75,4 84,0 80,5 <0,001 Uma pessoa com aparência saudável pode estar infectada pelo vírus da aids 90,8 85,7 88,5 92,1 91,7 95,0 <0,001 Usar preservativo é a melhor maneira de evitar que o vírus da aids seja transmitido durante a relação sexual 94,0 87,1 95,2 93,0 96,5 97,3 <0,001 Uma pessoa não pode ser infectada com o vírus da aids compartilhando talheres, copos ou refeições 73,8 67,0 66,9 79,8 72,5 73,0 <0,001 Uma mulher grávida que esteja com o vírus da aids e receba um tratamento específico durante a gravidez e no momento do parto diminui o risco de passar o vírus da aids para o seu filho 66,6 60,6 67,6 59,6 83,3 77,1 <0,001 Não existe cura para a aids 80,4 76,9 80,2 79,9 80,9 86,2 <0,001 Uma pessoa que esteja tomando medicamento para aids tem menos risco de transmitir o vírus da aids para outra pessoa 33,1 34,7 35,9 25,9 43,4 42,8 <0,001 A aids é uma doença crônica, passível de ser controlada 78,4 66,3 83,4 74,7 82,1 87,1 <0,001 Fonte: Departamento de Vigilância, Prevenção e controle das DST, Aids e Hepatites Virais/SVS/MS 28 28 Ministério da Saúde Tabela 2.3 Percentual (%) de indivíduos com idade entre 15 e 64 anos, com conhecimento correto sobre formas de transmissão e prevenção da infecção pelo HIV, por sexo. Brasil, 2013. Total (N=12.000) Masculino (N=5.867) Feminino (N=6.133) p-valor O risco de transmissão do vírus da aids pode ser reduzido se uma pessoa tiver relações sexuais somente com parceiro fiel e não infectado 78,5 83,3 73,9 <0,001 Uma pessoa com aparência saudável pode estar infectada pelo vírus da aids 90,8 89,0 92,4 <0,001 Usar preservativo é a melhor maneira de evitar que o vírus da aids seja transmitido durante a relação sexual 94,0 93,3 94,7 0,009 Uma pessoa não pode ser infectada com o vírus da aids compartilhando talheres, copos, ou refeições 73,8 68,4 78,9 <0,001 Uma mulher grávida que esteja com o vírus da aids e receba um tratamento específico durante a gravidez e no momento do parto diminui o risco de passar o vírus da aids para o seu filho 66,6 66,2 67,0 0,628 Não existe cura para a aids 80,4 78,7 81,9 0,006 Uma pessoa que esteja tomando medicamento para aids tem menos risco de transmitir o vírus da aids para outra pessoa 33,1 33,3 32,9 0,916 A aids é uma doença crônica, passível de ser controlada 78,4 79,3 77,5 0,070 Concordam com as afirmações Fonte: Departamento de Vigilância, Prevenção e controle das DST, Aids e Hepatites Virais/SVS/MS Tabela 2.4 Percentual (%) de indivíduos com idade entre 15 e 64 anos, com conhecimento correto sobre formas de transmissão e prevenção da infecção pelo HIV, por faixa etária. Brasil, 2013. Concordam com as afirmações Total (N=12.000) 15 a 24 anos (N=3.142) 25 a 34 anos (N=3.015) 35 a 49 anos 50 a 64 anos (N=3.555) (N=2.288) p-valor O risco de transmissão do vírus da aids pode ser reduzido se uma pessoa tiver relações sexuais somente com parceiro fiel e não infectado 78,5 76,2 77,3 80,3 80,3 <0,001 Uma pessoa com aparência saudável pode estar infectada pelo vírus da aids 90,8 90,6 91,9 91,6 88,2 <0,001 Usar preservativo é a melhor maneira de evitar que o vírus da aids seja transmitido durante a relação sexual 94,0 93,8 94,2 94,3 93,4 0,682 Uma pessoa não pode ser infectada com o vírus da aids compartilhando talheres, copos ou refeições 73,8 70,6 75,0 76,9 71,5 <0,001 Uma mulher grávida que esteja com o vírus da aids e receba um tratamento específico durante a gravidez e no momento do parto diminui o risco de passar o vírus da aids para o seu filho 66,6 65,3 67,9 69,6 62,1 <0,001 Não existe cura para a aids 80,4 78,4 83,0 81,5 77,8 <0,001 Uma pessoa que esteja tomando medicamento para aids tem menos risco de transmitir o vírus da aids para outra pessoa 33,1 35,4 30,4 32,3 34,6 <0,001 A aids é uma doença crônica, passível de ser controlada 78,4 75,2 79,7 80,4 77,7 <0,001 Fonte: Departamento de Vigilância, Prevenção e controle das DST, Aids e Hepatites Virais/SVS/MS 29 29 PCAP 2013 Tabela 2.5 Percentual (%) de indivíduos com idade entre 15 e 64 anos, com conhecimento correto sobre formas de transmissão e prevenção da infecção pelo HIV, por situação conjugal. Brasil, 2013. Concordam com as afirmações Vive com companheiro (a) Total (N=12.000) Sim (N=6.770) Não (N=5.230) p-valor O risco de transmissão do vírus da aids pode ser reduzido se uma pessoa tiver relações sexuais somente com parceiro fiel e não infectado 78,5 79,9 76,6 0,002 Uma pessoa com aparência saudável pode estar infectada pelo vírus da aids 90,8 90,8 90,7 0,400 Usar preservativo é a melhor maneira de evitar que o vírus da aids seja transmitido durante a relação sexual 94,0 94,2 93,7 0,708 Uma pessoa não pode ser infectada com o vírus da aids compartilhando talheres, copos ou refeições 73,8 74,4 72,9 0,251 Uma mulher grávida que esteja com o vírus da aids e receba um tratamento específico durante a gravidez e no momento do parto diminui o risco de passar o vírus da aids para o seu filho 66,6 67,8 65,1 0,023 Não existe cura para a aids 80,4 80,8 79,8 0,341 Uma pessoa que esteja tomando medicamento para aids tem menos risco de transmitir o vírus da aids para outra pessoa 33,1 32,6 33,7 0,444 A aids é uma doença crônica, passível de ser controlada 78,4 80,1 76,1 <0,001 Fonte: Departamento de Vigilância, Prevenção e controle das DST, Aids e Hepatites Virais/SVS/MS Tabela 2.6 Percentual (%) de indivíduos com idade entre 15 e 64 anos, com conhecimento correto sobre formas de transmissão e prevenção da infecção pelo HIV, por grau de escolaridade. Brasil, 2013. Total (N=12.000) Fundamental incompleto (N=3.957) Fundamental completo (N=3.219) Médio completo ou mais (N=4.823) p-valor O risco de transmissão do vírus da aids pode ser reduzido se uma pessoa tiver relações sexuais somente com parceiro fiel e não infectado 78,5 80,6 77,4 77,4 <0,001 Uma pessoa com aparência saudável pode estar infectada pelo vírus da aids 90,8 86,6 91,6 93,6 <0,001 Usar preservativo é a melhor maneira de evitar que o vírus da aids seja transmitido durante a relação sexual 94,0 93,3 93,9 94,6 0,407 Uma pessoa não pode ser infectada com o vírus da aids compartilhando talheres, copos ou refeições 73,8 65,9 74,8 79,5 <0,001 Uma mulher grávida que esteja com o vírus da aids e receba um tratamento específico durante a gravidez e no momento do parto diminui o risco de passar o vírus da aids para o seu filho 66,6 63,6 66,3 69,3 <0,001 Não existe cura para a aids 80,4 75,3 80,3 84,6 <0,001 Uma pessoa que esteja tomando medicamento para aids tem menos risco de transmitir o vírus da aids para outra pessoa 33,1 38,7 34,2 27,8 <0,001 A aids é uma doença crônica, passível de ser controlada 78,4 78,3 78,1 78,6 <0,001 Concordam com as afirmações Fonte: Departamento de Vigilância, Prevenção e controle das DST, Aids e Hepatites Virais/SVS/MS 30 30 Ministério da Saúde Tabela 2.7 Percentual (%) de indivíduos com idade entre 15 e 64 anos, com conhecimento correto sobre formas de transmissão e prevenção da infecção pelo HIV, por cor/raça. Brasil, 2013. Total (N=12.000) Branca (N=4.699) Preta (N=1.701) Parda (N=5.248) O risco de transmissão do vírus da aids pode ser reduzido se uma pessoa tiver relações sexuais somente com parceiro fiel e não infectado 78,5 78,2 76,0 79,3 84,0 78,2 0,115 Uma pessoa com aparência saudável pode estar infectada pelo vírus da aids 90,8 91,6 89,9 90,4 93,8 74,5 0,001 Usar preservativo é a melhor maneira de evitar que o vírus da aids seja transmitido durante a relação sexual 94,0 95,0 93,4 93,3 95,9 89,1 0,181 Uma pessoa não pode ser infectada com o vírus da aids compartilhando talheres, copos ou refeições 73,8 76,9 73,9 71,1 74,7 67,3 0,001 Uma mulher grávida que esteja com o vírus da aids e receba um tratamento específico durante a gravidez e no momento do parto diminui o risco de passar o vírus da aids para o seu filho 66,6 68,1 59,7 67,5 69,1 69,1 <0,001 Não existe cura para a aids 80,4 82,1 76,9 80,6 72,2 58,2 <0,001 Uma pessoa que esteja tomando medicamento para aids tem menos risco de transmitir o vírus da aids para outra pessoa 33,1 32,1 33,7 33,7 39,7 25,5 0,122 A aids é uma doença crônica, passível de ser controlada 78,4 79,6 73,8 78,7 76,8 70,9 0,008 Concordam com as afirmações Amarela Indígena (N=194) (N=55) p-valor Fonte: Departamento de Vigilância, Prevenção e controle das DST, Aids e Hepatites Virais/SVS/MS Tabela 2.8 Percentual (%) de indivíduos com idade entre 15 e 64 anos, com conhecimento correto sobre formas de transmissão e prevenção da infecção pelo HIV, por situação de trabalho. Brasil, 2013. Concordam com as afirmações Total (N=12.000) Trabalha Sim (N=6.987) Não (5.013) p-valor O risco de transmissão do vírus da aids pode ser reduzido se uma pessoa tiver relações sexuais somente com parceiro fiel e não infectado 78,5 80,7 75,4 <0,001 Uma pessoa com aparência saudável pode estar infectada pelo vírus da aids 90,8 92,7 88,0 <0,001 Usar preservativo é a melhor maneira de evitar que o vírus da aids seja transmitido durante a relação sexual 94,0 95,0 92,5 <0,001 Uma pessoa não pode ser infectada com o vírus da aids compartilhando talheres, copos ou refeições 73,8 74,7 72,5 <0,001 Uma mulher grávida que esteja com o vírus da aids e receba um tratamento específico durante a gravidez e no momento do parto diminui o risco de passar o vírus da aids para o seu filho 66,6 67,3 65,7 0,004 Não existe cura para a aids 80,4 82,3 77,6 <0,001 Uma pessoa que esteja tomando medicamento para aids tem menos risco de transmitir o vírus da aids para outra pessoa 33,1 31,2 35,8 <0,001 A aids é uma doença crônica, passível de ser controlada 78,4 81,6 73,9 <0,001 Fonte: Departamento de Vigilância, Prevenção e controle das DST, Aids e Hepatites Virais/SVS/MS 31 31 PCAP 2013 Tabela 2.9 Percentual (%) de indivíduos com idade entre 15 e 64 anos, com conhecimento correto sobre formas de transmissão e prevenção da infecção pelo HIV, por classe econômica. Brasil, 2013. Total (N=12.000) Classe A/B (N=3.665) Classe C (N=6.289) Classe D/E (N= 2.046) p-valor O risco de transmissão do vírus da aids pode ser reduzido se uma pessoa tiver relações sexuais somente com parceiro fiel e não infectado 78,5 78,4 78,1 79,8 0,001 Uma pessoa com aparência saudável pode estar infectada pelo vírus da aids 90,8 93,7 91,0 84,8 <0,001 Usar preservativo é a melhor maneira de evitar que o vírus da aids seja transmitido durante a relação sexual 94,0 95,8 93,2 93,3 0,005 Uma pessoa não pode ser infectada com o vírus da aids compartilhando talheres, copos ou refeições 73,8 79,3 74,4 61,9 <0,001 Uma mulher grávida que esteja com o vírus da aids e receba um tratamento específico durante a gravidez e no momento do parto diminui o risco de passar o vírus da aids para o seu filho 66,6 68,7 67,0 61,8 <0,001 Não existe cura para a aids 80,4 83,7 79,9 75,8 <0,001 Uma pessoa que esteja tomando medicamento para aids tem menos risco de transmitir o vírus da aids para outra pessoa 33,1 30,0 32,8 39,3 <0,001 A aids é uma doença crônica, passível de ser controlada 78,4 79,0 77,9 78,7 0,063 Concordam com as afirmações Fonte: Departamento de Vigilância, Prevenção e controle das DST, Aids e Hepatites Virais/SVS/MS Tabela 2.10 Percentual (%) de indivíduos com idade entre 15 e 64 anos, com conhecimento correto sobre formas de transmissão e prevenção da infecção pelo HIV, segundo acesso ao serviço de internet. Brasil, 2013. Acesso a internet Concordam com as afirmações Total (N=12.000) Sim (N=6.861) Não (N=5.139) p-valor O risco de transmissão do vírus da aids pode ser reduzido se uma pessoa tiver relações sexuais somente com parceiro fiel e não infectado 78,5 77,8 79,4 <0,001 Uma pessoa com aparência saudável pode estar infectada pelo vírus da aids 90,8 93,6 87,0 <0,001 Usar preservativo é a melhor maneira de evitar que o vírus da aids seja transmitido durante a relação sexual 94,0 94,5 93,2 0,113 Uma pessoa não pode ser infectada com o vírus da aids compartilhando talheres, copos ou refeições 73,8 77,2 69,1 <0,001 Uma mulher grávida que esteja com o vírus da aids e receba um tratamento específico durante a gravidez e no momento do parto diminui o risco de passar o vírus da aids para o seu filho 66,6 67,9 64,9 <0,001 Não existe cura para a aids 80,4 83,1 76,6 <0,001 Uma pessoa que esteja tomando medicamento para aids tem menos risco de transmitir o vírus da aids para outra pessoa 33,1 29,3 38,2 <0,001 A aids é uma doença crônica, passível de ser controlada 78,4 78,5 78,2 0,001 Fonte: Departamento de Vigilância, Prevenção e controle das DST, Aids e Hepatites Virais/SVS/MS 32 32 Ministério da Saúde Tabela 2.11 Percentual (%) de indivíduos com idade entre 15 e 64 anos, com conhecimento correto sobre formas de transmissão e prevenção da infecção pelo HIV, por situação urbana/rural. Brasil, 2013. Total (N=12.000) Urbana (N=10.193) Rural (N=1.807) p-valor O risco de transmissão do vírus da aids pode ser reduzido se uma pessoa tiver relações sexuais somente com parceiro fiel e não infectado 78,5 78,4 79,0 0,317 Uma pessoa com aparência saudável pode estar infectada pelo vírus da aids 90,8 91,6 86,3 <0,001 Usar preservativo é a melhor maneira de evitar que o vírus da aids seja transmitido durante a relação sexual 94,0 94,4 91,7 0,056 Uma pessoa não pode ser infectada com o vírus da aids compartilhando talheres, copos ou refeições 73,8 75,4 64,3 <0,001 Uma mulher grávida que esteja com o vírus da aids e receba um tratamento específico durante a gravidez e no momento do parto diminui o risco de passar o vírus da aids para o seu filho 66,6 66,5 67,5 0,249 Não existe cura para a aids 80,4 81,0 76,9 0,045 Uma pessoa que esteja tomando medicamento para aids tem menos risco de transmitir o vírus da aids para outra pessoa 33,1 31,9 39,6 <0,001 A aids é uma doença crônica, passível de ser controlada 78,4 78,2 79,4 0,180 Concordam com as afirmações Fonte: Departamento de Vigilância, Prevenção e controle das DST, Aids e Hepatites Virais/SVS/MS 33 33 PCAP 2013 Tabela 2.12 Percentual (%) de indivíduos com idade entre 15 e 64 anos, com conhecimento correto sobre formas de transmissão e prevenção da infecção pelas hepatites virais. Brasil, 2013. Formas de transmissão hepatites virais Total nº % 4043 33,7 1116 27,6 4189 34,9 Hepatite B 1161 27,7 Hepatite C 895 21,4 3598 30,0 Hepatite B 1080 30,0 Hepatite C 970 27,0 3242 27,0 Hepatite B 1073 33,1 Hepatite C 1112 34,3 4766 39,7 Hepatite B 1449 30,4 Hepatite C 1295 27,2 3540 29,5 Hepatite B 991 28,0 Hepatite C 968 27,3 3606 30,1 Hepatite B 950 26,3 Hepatite C 1062 29,5 Uma pessoa pode se infectar com hepatite por meio de alimentos ou água contaminada Sim Hepatite A Uma pessoa pode se infectar com hepatite compartilhando escova de dentes Sim Uma pessoa pode se infectar com hepatite compartilhando instrumentos para uso de drogas (seringa, agulha, cachimbo, latinha, canudo, etc.) Sim Uma pessoa pode se infectar com hepatite por não utilizar preservativos em relações sexuais Sim Uma pessoa pode se infectar com hepatite compartilhando instrumentos de manicure/pedicure (alicate de unha, lixa, espátula, etc.) Sim Uma pessoa pode se infectar com hepatite fazendo tratamento dentário, endoscopia ou hemodiálise Sim Uma pessoa pode se infectar com hepatite fazendo tatuagem ou colocando piercing Sim Fonte: Departamento de Vigilância, Prevenção e controle das DST, Aids e Hepatites Virais/SVS/MS Fonte: Departamento de Vigilância, Prevenção e controle das DST, Aids e Hepatites Virais/SVS/MS 36,1 34,9 30,1 30,6 24,6 27,8 35,8 32,3 23,3 42,7 39,4 32,5 33,9 29,3 21,4 38,0 32,0 23,5 36,8 34,5 281 86 69 260 93 84 218 93 86 304 103 89 200 76 64 220 81 76 % 338 118 nº Norte 636 219 221 641 226 175 922 311 248 440 149 139 624 206 172 894 287 152 788 213 nº nº 19,7 1882 34,4 438 34,7 568 19,9 1845 35,3 481 27,3 515 28,6 2376 33,7 727 26,9 671 13,6 1850 33,9 672 31,6 720 19,3 1787 33,0 536 27,6 508 27,7 1988 32,1 532 17,0 468 36,4 23,3 30,2 35,6 26,1 27,9 45,9 30,6 28,2 35,7 36,3 38,9 34,5 30,0 28,4 38,4 26,8 23,5 38,1 28,8 % Sudeste 24,4 1972 27,0 568 % Nordeste 642 157 153 625 161 175 799 187 201 452 119 105 592 172 143 714 179 152 659 92 nº Sul 36,5 24,5 23,8 35,5 25,8 28,0 45,4 23,4 25,2 25,7 26,3 23,2 33,6 29,1 24,2 40,5 25,1 21,3 37,4 14,0 % 227 56 45 229 47 38 365 121 88 281 41 61 337 72 63 311 76 54 285 126 nº 25,3 24,7 19,8 25,5 20,5 16,6 40,6 33,2 24,1 31,3 14,6 21,7 37,5 21,4 18,7 34,6 24,4 17,4 31,7 44,2 % Centro-Oeste <0,001 <0,001 0,003 <0,001 0,001 0,102 <0,001 0,007 0,590 <0,001 <0,001 <0,001 <0,001 0,032 0,021 <0,001 0,096 0,032 <0,001 <0,001 p-valor Percentual (%) de indivíduos com idade entre 15 e 64 anos, com conhecimento correto sobre formas de transmissão e prevenção da infecção pelas hepatites virais, por região. Brasil, 2013. Uma pessoa pode se infectar com hepatite por meio de alimentos ou água contaminada Sim Hepatite A Uma pessoa pode se infectar com hepatite compartilhando escova de dentes Sim Hepatite B Hepatite C Uma pessoa pode ser infectar com hepatite compartilhando instrumentos para uso de drogas (seringa, agulha, cachimbo, latinha, canudo, etc.) Sim Hepatite B Hepatite C Uma pessoa pode se infectar com hepatite por não utilizar preservativos em relações sexuais Sim Hepatite B Hepatite C Uma pessoa pode se infectar com hepatite compartilhando instrumentos de manicure/pedicure (alicate de unha, lixa, espátula, etc.) Sim Hepatite B Hepatite C Uma pessoa pode se infectar com hepatite fazendo tratamento dentário, endoscopia ou hemodiálise Sim Hepatite B Hepatite C Uma pessoa pode se infectar com hepatite fazendo tatuagem ou colocando piercing Sim Hepatite B Hepatite C Tabela 2.13 34 34 Ministério da Saúde Fonte: Departamento de Vigilância, Prevenção e controle das DST, Aids e Hepatites Virais/SVS/MS 32,4 31,1 35,2 26,1 21,6 32,8 30,1 27,2 28,0 37,5 34,9 34,2 30,2 28,4 28,7 25,9 28,2 29,8 25,6 29,2 2067 540 447 1927 580 525 1644 616 573 2006 606 569 1686 437 475 1749 448 510 % 1898 591 nº Masculino 1857 503 553 1854 554 493 2760 843 726 1598 457 539 1672 500 445 2122 621 448 2145 526 nº Feminino 30,3 27,1 29,8 30,2 29,9 26,6 45,0 30,5 26,3 26,1 28,6 33,7 27,3 29,9 26,6 34,6 29,3 21,1 35,0 24,5 % 0,754 0,527 0,783 0,330 0,102 0,519 <0,001 0,892 0,299 0,224 0,003 0,649 <0,001 0,942 0,778 0,680 0,167 0,770 0,108 0,003 p-valor Percentual (%) de indivíduos com idade entre 15 e 64 anos, com conhecimento correto sobre formas de transmissão e prevenção da infecção pelas hepatites virais, por sexo. Brasil, 2013. Uma pessoa pode se infectar com hepatite por meio de alimentos ou água contaminada Sim Hepatite A Uma pessoa pode se infectar com hepatite compartilhando escova de dentes Sim Hepatite B Hepatite C Uma pessoa pode se infectar com hepatite compartilhando instrumentos para uso de drogas (seringa, agulha, cachimbo, latinha, canudo, etc.) Sim Hepatite B Hepatite C Uma pessoa pode se infectar com hepatite por não utilizar preservativos em relações sexuais Sim Hepatite B Hepatite C Uma pessoa pode se infectar com hepatite compartilhando instrumentos de manicure/pedicure (alicate de unha, lixa, espátula, etc.) Sim Hepatite B Hepatite C Uma pessoa pode se infectar com hepatite fazendo tratamento dentário, endoscopia ou hemodiálise Sim Hepatite B Hepatite C Uma pessoa pode se infectar com hepatite fazendo tatuagem ou colocando piercieng Sim Hepatite B Hepatite C Tabela 2.14 PCAP 2013 35 35 Fonte: Departamento de Vigilância, Prevenção e controle das DST, Aids e Hepatites Virais/SVS/MS 1037 325 1148 335 250 1018 322 305 909 311 355 1311 388 378 1011 277 289 1064 297 315 29,9 30,0 30,9 26,9 17,3 27,6 27,4 23,8 23,2 35,0 30,3 35,6 30,8 27,2 24,0 26,9 25,7 27,4 23,0 26,9 35,3 27,9 29,6 33,5 27,4 28,6 43,5 29,6 28,8 30,1 34,2 39,1 33,8 31,6 30,0 38,1 29,2 21,8 34,4 31,3 % nº nº % 25 a 34 anos 15 a 24 anos 1095 307 359 1138 323 335 1516 487 423 1045 348 379 1117 340 319 1354 381 318 1289 340 nº 30,8 28,0 32,8 32,0 28,4 29,4 42,6 32,1 27,9 29,4 33,3 36,3 31,4 30,4 28,6 38,1 28,1 23,5 36,3 26,4 % 35 a 49 anos 587 149 157 636 188 150 821 229 191 558 159 157 595 180 139 716 184 160 779 170 nº 25,7 25,4 26,7 27,8 29,6 23,6 35,9 27,9 23,3 24,4 28,5 28,1 26,0 30,3 23,4 31,3 25,7 22,3 34,0 21,8 % 50 a 64 anos <0,001 0,134 0,095 <0,001 0,817 0,121 <0,001 0,357 0,147 <0,001 0,193 0,002 <0,001 0,386 0,039 <0,001 0,527 0,031 <0,001 0,002 p-valor Percentual (%) de indivíduos com idade entre 15 e 64 anos, com conhecimento correto sobre formas de transmissão e prevenção da infecção pelas hepatites virais, por faixa etária. Brasil, 2013. Uma pessoa pode se infectar com hepatite por meio de alimentos ou água contaminada Sim 938 Hepatite A 281 Uma pessoa pode se infectar com hepatite compartilhando escova de dentes Sim 970 Hepatite B 261 Hepatite C 168 Uma pessoa pode se infectar com hepatite compartilhando instrumentos para uso de drogas (seringa, agulha, cachimbo, latinha, canudo, etc.) Sim 868 Hepatite B 238 Hepatite C 207 Uma pessoa pode serinfectar com hepatite por não utilizar preservativos em relações sexuais Sim 729 Hepatite B 255 Hepatite C 221 Uma pessoa pode se infectar com hepatite compartilhando instrumentos de manicure/pedicure (alicate de unha, lixa, espátula, etc.) Sim 1119 Hepatite B 345 Hepatite C 304 Uma pessoa pode se infectar com hepatite fazendo tratamento dentário, endoscopia ou hemodiálise Sim 755 Hepatite B 203 Hepatite C 194 Uma pessoa pode se infectar com hepatite fazendo tatuagem ou colocando piercieng Sim 861 Hepatite B 198 Hepatite C 232 Tabela 2.15 36 36 Ministério da Saúde Fonte: Departamento de Vigilância, Prevenção e controle das DST, Aids e Hepatites Virais/SVS/MS Uma pessoa pode se infectar com hepatite por meio de alimentos ou água contaminada Sim Hepatite A Uma pessoa pode se infectar com hepatite compartilhando escova de dentes Sim Hepatite B Hepatite C Uma pessoa pode se infectar com hepatite compartilhando instrumentos para uso de drogas (seringa, agulha, cachimbo, latinha, canudo, etc.) Sim Hepatite B Hepatite C Uma pessoa pode se infectar com hepatite por não utilizar preservativos em relações sexuais Sim Hepatite B Hepatite C Uma pessoa pode se infectar com hepatite compartilhando instrumentos de manicure/pedicure (alicate de unha, lixa, espátula, etc.) Sim Hepatite B Hepatite C Uma pessoa pode se infectar com hepatite fazendo tratamento dentário, endoscopia ou hemodiálise Sim Hepatite B Hepatite C Uma pessoa pode se infectar com hepatite fazendo tatuagem ou colocando piercieng Sim Hepatite B Hepatite C 34,7 26,9 36,1 27,2 21,9 30,6 30,2 27,0 27,7 31,7 34,5 41,1 29,3 27,0 30,9 27,8 27,5 30,2 26,5 28,6 2443 664 534 2074 627 560 1872 593 645 2785 817 751 2090 580 575 2042 542 585 % 2347 632 nº Sim 1564 409 477 1450 410 393 1981 632 544 1370 481 467 1525 453 410 1746 497 361 1696 484 nº Vive com companheiro(a) Não 29,9 26,2 30,5 27,7 28,3 27,1 37,9 31,9 27,5 26,2 35,1 34,1 29,2 29,7 26,9 33,4 28,5 20,7 32,4 28,5 % 0,789 0,826 0,364 0,001 0,783 0,855 0,003 0,159 0,767 0,087 0,100 0,874 0,107 0,791 0,928 0,010 0,471 0,452 0,034 0,364 p-valor Percentual (%) de indivíduos com idade entre 15 e 64 anos, com conhecimento correto sobre formas de transmissão e prevenção da infecção pelas hepatites virais, por situação conjugal. Brasil, 2013. Formas de transmissão hepatites virais Tabela 2.16 PCAP 2013 37 37 Fonte: Departamento de Vigilância, Prevenção e controle das DST, Aids e Hepatites Virais/SVS/MS 25,7 20,1 26,4 23,8 16,9 18,8 27,5 19,9 17,5 27,1 22,3 27,6 26,6 19,9 19,8 27,4 20,3 18,7 24,7 22,7 1016 204 1045 249 177 745 205 148 694 188 155 1091 290 217 782 214 159 741 183 168 Fundamental Incompleto nº % 869 178 248 864 207 213 1240 341 342 872 277 260 932 233 220 1072 274 219 1020 260 27,0 20,5 28,5 26,8 24,0 24,7 38,5 27,5 27,6 27,1 31,8 29,8 29,0 25,0 23,6 33,3 25,6 20,4 31,7 25,5 Fundamental Completo nº % 1997 589 646 1894 570 596 2436 818 737 1676 608 697 1921 642 602 2071 639 499 2007 652 41,4 29,5 32,3 39,3 30,1 31,5 50,5 33,6 30,3 34,8 36,3 41,6 39,8 33,4 31,3 42,9 30,9 24,1 41,6 32,5 Médio Completo ou mais nº % <0,001 0,001 0,001 <0,001 0,034 <0,001 <0,001 0,001 <0,001 <0,001 0,002 <0,001 <0,001 0,001 <0,001 <0,001 0,001 0,004 0,006 <0,001 p-valor Percentual (%) de indivíduos com idade entre 15 e 64 anos, com conhecimento correto sobre formas de transmissão e prevenção da infecção pelas hepatites virais, por nível de instrução. Brasil, 2013. Uma pessoa pode se infectar com hepatite por meio de alimentos ou água contaminada Sim Hepatite A Uma pessoa pode se infectar com hepatite compartilhando escova de dentes Sim Hepatite B Hepatite C Uma pessoa pode se infectar com hepatite compartilhando instrumentos para uso de drogas (seringa, agulha, cachimbo, latinha, canudo, etc.) Sim Hepatite B Hepatite C Uma pessoa pode se infectar com hepatite por não utilizar preservativos em relações sexuais Sim Hepatite B Hepatite C Uma pessoa pode se infectar com hepatite compartilhando instrumentos de manicure/pedicure (alicate de unha, lixa, espátula, etc.) Sim Hepatite B Hepatite C Uma pessoa pode se infectar com hepatite fazendo tratamento dentário, endoscopia ou hemodiálise Sim Hepatite B Hepatite C Uma pessoa pode se infectar com hepatite fazendo tatuagem ou colocando piercieng Sim Hepatite B Hepatite C Tabela 2.17 38 38 Ministério da Saúde Fonte: Departamento de Vigilância, Prevenção e controle das DST, Aids e Hepatites Virais/SVS/MS 37,6 24,2 38,2 26,3 21,8 31,6 28,8 26,0 27,2 30,8 32,1 44,2 27,4 26,0 33,3 25,5 28,0 34,8 23,9 28,8 1793 472 390 1483 427 386 1276 393 410 2079 570 541 1564 399 438 1634 391 471 % 1767 428 nº Branca 459 118 110 485 132 113 611 172 155 485 182 180 492 145 126 525 175 110 602 148 nº % 27,0 25,7 24,0 28,5 27,2 23,3 35,9 28,2 25,4 28,5 37,5 37,1 28,9 29,5 25,6 30,9 33,3 21,0 35,4 24,6 Preta 1408 409 452 1384 423 396 1955 664 571 1403 476 510 1532 476 437 1763 483 373 1564 506 nº % 26,8 29,0 32,1 26,4 30,6 28,6 37,3 34,0 29,2 26,7 33,9 36,4 29,2 31,1 28,5 33,6 27,4 21,2 29,8 32,4 Parda 54 18 16 48 17 7 66 20 19 25 5 3 45 12 8 59 14 11 54 22 27,8 33,3 29,6 24,7 35,4 14,6 34,0 30,3 28,8 12,9 20,0 12,0 23,2 26,7 17,8 30,4 23,7 18,6 27,8 40,7 Amarela nº % 15 9 6 19 12 4 17 11 2 20 12 6 15 9 5 13 7 4 19 7 27,3 60,0 40,0 34,5 63,2 21,1 30,9 64,7 11,8 36,4 60,0 30,0 27,3 60,0 33,3 23,6 53,8 30,8 34,5 36,8 Indígena nº % <0,001 0,011 0,110 <0,001 0,008 0,169 <0,001 0,001 0,213 0,017 0,030 0,082 0,144 0,272 0,458 <0,001 0,087 0,936 <0,001 0,001 p-valor Percentual (%) de indivíduos com idade entre 15 e 64 anos, com conhecimento correto sobre formas de transmissão e prevenção da infecção pelas hepatites virais, por cor/raça. Brasil, 2013. Uma pessoa pode se infectar com hepatite por meio de alimentos ou água contaminada Sim Hepatite A Uma pessoa pode se infectar com hepatite compartilhando escova de dentes Sim Hepatite B Hepatite C Uma pessoa pode se infectar com hepatite compartilhando instrumentos para uso de drogas (seringa, agulha, cachimbo, latinha, canudo, etc.) Sim Hepatite B Hepatite C Uma pessoa pode se infectar com hepatite por não utilizar preservativos em relações sexuais Sim Hepatite B Hepatite C Uma pessoa pode se infectar com hepatite compartilhando instrumentos de manicure/pedicure (alicate de unha, lixa, espátula, etc.) Sim Hepatite B Hepatite C Uma pessoa pode se infectar com hepatite fazendo tratamento dentário, endoscopia ou hemodiálise Sim Hepatite B Hepatite C Uma pessoa pode se infectar com hepatite fazendo tatuagem ou colocando piercieng Sim Hepatite B Hepatite C Tabela 2.18 PCAP 2013 39 39 Fonte: Departamento de Vigilância, Prevenção e controle das DST, Aids e Hepatites Virais/SVS/MS Uma pessoa pode se infectar com hepatite por meio de alimentos ou água contaminada Sim Hepatite A Uma pessoa pode se infectar com hepatite compartilhando escova de dentes Sim Hepatite B Hepatite C Uma pessoa pode se infectar com hepatite compartilhando instrumentos para uso de drogas (seringa, agulha, cachimbo, latinha, canudo, etc.) Sim Hepatite B Hepatite C Uma pessoa pode se infectar com hepatite por não utilizar preservativos em relações sexuais Sim Hepatite B Hepatite C Uma pessoa pode se infectar com hepatite compartilhando instrumentos de manicure/pedicure (alicate de unha, lixa, espátula, etc.) Sim Hepatite B Hepatite C Uma pessoa pode se infectar com hepatite fazendo tratamento dentário, endoscopia ou hemodiálise Sim Hepatite B Hepatite C Uma pessoa pode se infectar com hepatite fazendo tatuagem ou colocando piercieng Sim Hepatite B Hepatite C 35,1 27,8 36,8 28,3 22,9 33,3 30,8 28,9 29,2 32,6 36,9 41,6 30,2 29,9 32,3 28,6 31,4 33,2 26,7 30,8 2572 727 589 2328 718 673 2037 665 751 2904 877 869 2255 646 709 2321 619 714 % 2451 681 nº Sim Trabalha 1285 332 348 1285 345 259 1862 572 427 1205 408 362 1271 362 297 1617 434 306 1591 435 nº Não 25,6 25,8 27,1 25,6 26,8 20,2 37,1 30,7 22,9 24,0 33,9 30,0 25,4 28,5 23,4 32,3 26,8 18,9 31,7 27,3 % <0,001 0,661 0,092 <0,001 0,374 <0,001 <0,001 0,767 <0,001 <0,001 0,605 0,005 <0,001 0,237 0,007 <0,001 0,461 0,026 0,006 0,805 p-valor Percentual (%) de indivíduos com idade entre 15 e 64 anos, com conhecimento correto sobre formas de transmissão e prevenção da infecção pelas hepatites virais, por situação de trabalho. Brasil, 2013. Formas de transmissão hepatites virais Tabela 2.19 40 40 Ministério da Saúde Fonte: Departamento de Vigilância, Prevenção e controle das DST, Aids e Hepatites Virais/SVS/MS 42,9 28,7 43,6 27,7 23,6 40,6 31,7 30,0 38,0 31,5 38,9 50,2 31,9 28,8 40,3 27,6 29,7 41,3 25,8 30,4 1598 442 377 1488 471 447 1392 438 541 1841 588 530 1476 408 439 1515 391 461 % 1574 452 nº Classe A/B 1790 487 532 1757 490 467 2445 731 673 1591 556 518 1790 533 466 2118 594 455 2025 548 nº Classe C 28,5 27,2 29,7 27,9 27,9 26,6 38,9 29,9 27,5 25,3 34,9 32,6 28,5 29,8 26,0 33,7 28,0 21,5 32,2 27,1 % 302 72 70 307 93 62 480 131 92 258 79 54 320 76 57 473 125 64 444 116 nº % 14,8 23,8 23,2 15,0 30,3 20,2 23,5 27,3 19,2 12,6 30,6 20,9 15,6 23,8 17,8 23,1 26,4 13,5 21,7 26,1 Classe D/E <0,001 0,535 0,153 <0,001 0,733 0,029 <0,001 0,274 0,007 <0,001 0,251 <0,001 <0,001 0,067 0,001 <0,001 0,854 0,006 <0,001 0,592 p-valor Percentual (%) de indivíduos com idade entre 15 e 64 anos, com conhecimento correto sobre formas de transmissão e prevenção da infecção pelas hepatites virais, por classe econômica. Brasil, 2013. Uma pessoa pode se infectar com hepatite por meio de alimentos ou água contaminada Sim Hepatite A Uma pessoa pode se infectar com hepatite compartilhando escova de dentes Sim Hepatite B Hepatite C Uma pessoa pode se infectar com hepatite compartilhando instrumentos para uso de drogas (seringa, agulha, cachimbo, latinha, canudo, etc.) Sim Hepatite B Hepatite C Uma pessoa pode se infectar com hepatite por não utilizar preservativos em relações sexuais Sim Hepatite B Hepatite C Uma pessoa pode se infectar com hepatite compartilhando instrumentos de manicure/pedicure (alicate de unha, lixa, espátula, etc.) Sim Hepatite B Hepatite C Uma pessoa pode se infectar com hepatite fazendo tratamento dentário, endoscopia ou hemodiálise Sim Hepatite B Hepatite C Uma pessoa pode se infectar com hepatite fazendo tatuagem ou colocando piercieng Sim Hepatite B Hepatite C Tabela 2.20 PCAP 2013 41 41 Fonte: Departamento de Vigilância, Prevenção e controle das DST, Aids e Hepatites Virais/SVS/MS 35,2 27,6 35,9 27,6 22,0 31,5 30,4 27,7 28,4 33,1 34,9 41,9 30,6 28,0 31,1 28,0 28,4 32,1 26,6 30,2 3662 1011 804 3213 978 890 2892 958 1008 4269 1308 1196 3167 886 900 3267 868 987 % 3589 990 nº Urbana 339 82 75 372 105 68 497 141 99 350 115 105 386 102 80 527 150 91 454 126 nº Rural 18,8 24,2 22,1 20,6 28,2 18,3 27,5 28,4 19,9 19,4 32,9 30,0 21,4 26,4 20,7 29,2 28,5 17,3 25,1 27,8 % <0,001 0,493 0,023 <0,001 0,941 <0,001 <0,001 0,629 0,009 <0,001 0,935 0,155 <0,001 0,383 0,063 <0,001 0,829 0,107 <0,001 0,940 p-valor Percentual (%) de indivíduos com idade entre 15 e 64 anos, com conhecimento correto sobre formas de transmissão e prevenção da infecção pelas hepatites virais, por situação urbana/ rural. Brasil, 2013. Uma pessoa pode se infectar com hepatite por meio de alimentos ou água contaminada Sim Hepatite A Uma pessoa pode se infectar com hepatite compartilhando escova de dentes Sim Hepatite B Hepatite C Uma pessoa pode se infectar com hepatite compartilhando instrumentos para uso de drogas (seringa, agulha, cachimbo, latinha, canudo, etc.) Sim Hepatite B Hepatite C Uma pessoa pode se infectar com hepatite por não utilizar preservativos em relações sexuais Sim Hepatite B Hepatite C Uma pessoa pode se infectar com hepatite compartilhando instrumentos de manicure/pedicure (alicate de unha, lixa, espátula, etc.) Sim Hepatite B Hepatite C Uma pessoa pode se infectar com hepatite fazendo tratamento dentário, endoscopia ou hemodiálise Sim Hepatite B Hepatite C Uma pessoa pode se infectar com hepatite fazendo tatuagem ou colocando piercieng Sim Hepatite B Hepatite C Tabela 2.21 42 42 Ministério da Saúde Fonte: Departamento de Vigilância, Prevenção e controle das DST, Aids e Hepatites Virais/SVS/MS Uma pessoa pode se infectar com hepatite por meio de alimentos ou água contaminada Sim Hepatite A Uma pessoa pode se infectar com hepatite compartilhando escova de dentes Sim Hepatite B Hepatite C Uma pessoa pode se infectar com hepatite compartilhando instrumentos para uso de drogas (seringa, agulha, cachimbo, latinha, canudo, etc.) Sim Hepatite B Hepatite C Uma pessoa pode se infectar com hepatite por não utilizar preservativos em relações sexuais Sim Hepatite B Hepatite C Uma pessoa pode se infectar com hepatite compartilhando instrumentos de manicure/pedicure (alicate de unha, lixa, espátula, etc.) Sim Hepatite B Hepatite C Uma pessoa pode se infectar com hepatite fazendo tratamento dentário, endoscopia ou hemodiálise Sim Hepatite B Hepatite C Uma pessoa pode se infectar com hepatite fazendo tatuagem ou colocando piercieng Sim Hepatite B Hepatite C 39,5 29,6 39,8 29,2 23,1 36,2 32,0 29,9 31,6 36,2 38,6 47,5 32,3 30,3 35,1 28,5 30,4 37,2 28,3 32,0 2731 797 630 2485 795 742 2167 785 836 3259 1053 986 2410 688 733 2555 722 818 % 1052 228 244 1129 303 235 1507 396 310 1075 288 276 1113 285 228 1458 364 265 1334 314 nº Acesso à internet 2709 803 nº Sim Não 20,5 21,7 23,2 22,0 26,8 20,8 29,3 26,3 20,6 20,9 26,8 25,7 21,7 25,6 20,5 28,4 25,0 18,2 26,0 23,5 % <0,001 0,003 <0,001 <0,001 0,405 <0,001 <0,001 0,001 <0,001 <0,001 <0,001 <0,001 <0,001 0,005 <0,001 <0,001 0,027 0,004 <0,001 0,002 p-valor Percentual (%) de indivíduos com idade entre 15 e 64 anos, com conhecimento correto sobre formas de transmissão e prevenção da infecção pelas hepatites virais, segundo acesso ao serviço de internet. Brasil, 2013. Formas de transmissão hepatites virais Tabela 2.22 PCAP 2013 43 43 44 44 Ministério da Saúde Tabela 2.23 Percentual (%) de indivíduos com idade entre 15 e 64 anos, com conhecimento correto sobre formas de transmissão e prevenção da infecção pelas hepatites virais. Brasil, 2013. Variáveis Sociodemográficas Total (N=12.000) Sexo Masculino (N=5.867) Feminino (N=6.133) p-valor Região Norte (N=935) Nordeste (N=3.228) Sudeste (N=5.177) Sul (N=1.761) Centro-Oeste (N=899) p-valor Faixa etária 15 a 24 anos (N=3.142) 25 a 34 anos (N=3.015) 35 a 49 anos (N=3.555) 50 a 64 anos (N=2.288) p-valor Estado conjugal Vive com companheiro(a) (N=6.770) Vive sem companheiro(a) (N=5.230) p-valor Escolaridade Analfabeto ou Ensino fund. incompleto (N=3.957) Ensino fund. completo ou médio incompleto (N=3.219) Ensino médio completo ou mais (N=4.823) p-valor Raça/cor Branca (N=4.699) Preta (N=1.701) Parda (N=5.248) Amarela (N=194) Indígena (N=55) p-valor Trabalha Sim (N=6.987) Não (N=5.013) p-valor Classe econômica Classe A/B (N=3.665) Classe C (N=6.289) Classe D/E (N=2.046) p-valor Situação Urbana (N=10.193) Rural (N=1.807) p-valor Acesso à internet Sim (N=6.861) Não (N=5.139) p-valor Concordam com a afirmação “uma pessoa pode ser infectada pelo vírus da hepatite B, C ou D compartilhando lâminas de barbear ou de depilar” 68,1 Concordam com a afirmação “uma pessoa pode ser infectada pelo vírus da hepatite B, C ou D ao realizar qualquer cirurgia” 64,5 66,8 69,3 0,0 62,6 66,3 0,0 69,5 63,4 66,4 74,4 80,5 <0,001 60,3 60,1 62,3 75,3 76,9 <0,001 65,6 69,8 69,0 67,7 0,0 59,8 66,6 65,8 66,3 <0,001 68,5 67,5 0,5 66,3 62,3 <0,001 67,1 67,1 69,5 0,0 63,2 63,1 66,6 <0,001 68,8 66,3 68,0 70,1 49,1 0,0 67,7 62,3 62,6 58,2 67,3 0,0 68,5 67,5 <0,001 64,8 64,1 0,0 69,5 68,4 64,5 0,0 66,9 65,2 58,1 <0,001 68,2 67,9 0,0 65,2 63,7 0,0 68,5 65,6 0,187 65,1 61,3 0,248 Fonte: Departamento de Vigilância, Prevenção e controle das DST, Aids e Hepatites Virais/SVS/MS 3 Prevenção e controle de Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) 46 4646 Ministério da Saúde Análise descritiva A análise dos dados da Tabela 3.1 demonstra que a maior parte dos indivíduos brasileiros com idade entre 15 e 64 anos procurou atendimento médico nos três meses anteriores à pesquisa (52,4%), e que a principal porta de entrada no serviço médico foi o setor público de saúde (79,5%). Apenas 0,4% da população sexualmente ativa respondeu que as IST foram o motivo principal da procura por atendimento médico e, desse percentual, a maioria era do sexo masculino (Tabela 3.1). As regiões Sudeste e Sul tiveram as maiores proporções de indivíduos de 15 a 64 anos com atendimento médico nos três meses anteriores à pesquisa – 56,1% e 54,7% respectivamente. Em todas as regiões brasileiras, a maioria da população procurou atendimento médico em algum serviço público de saúde (Tabela 3.2). A análise por faixa etária mostra que os indivíduos de maior idade (50 a 64 anos) foram os que mais procuraram atendimento médico no período (62,3%). Em todas as faixas etárias, a maioria utiliza o serviço público de saúde, sendo os maiores percentuais de utilização de serviço privado verificados nas faixas de 25 a 34 anos e 35 a 49 anos – de 21,7% e 21,6%, respectivamente. (Tabela 3.3). Em relação à situação conjugal, o percentual das pessoas que tiveram uma consulta médica nos três meses anteriores foi semelhante: 54,0% entre os(as) que viviam e 50,4% entre os(as) que não viviam com companheiro(a). O percentual de utilização do serviço público foi maior entre as pessoas que viviam sem companheiro(a), 82,5%, em comparação a 77,2% das que viviam com companheiro(a) (Tabela 3.4). O percentual de mulheres sexualmente ativas com idade entre 15 e 64 anos que relataram ter tido pelo menos um sintoma relacionado às IST foi de 5,8%. O antecedente de IST que mais se sobressaiu entre o sexo feminino foram as feridas, com prevalência de 3,1% (Tabela 3.5). Por outro lado, entre os homens o sintoma de IST mais relatado foi o corrimento uretral, seguido por bolhas e feridas, com prevalências de 6,1%, 2,7% e 2,6%, respectivamente. Dos homens, 9,9% declararam ter tido pelo menos um sintoma de IST alguma vez na vida, enquanto entre as mulheres esse valor foi de 5,8%. Aproximadamente 95% das mulheres sexualmente ativas com idade entre 15 e 64 anos declararam ter realizado, alguma vez na vida, exame ginecológico. No entanto, apenas 83,3% haviam realizado o exame nos três anos anteriores, e em apenas em 70,9% havia sido realizado, junto do exame ginecológico, o Papanicolau, exame preventivo para o câncer de colo de útero (Tabela 3.6). As maiores proporções de mulheres sexualmente ativas que realizaram o exame ginecológico com o Papanicolau nos três anos anteriores à pesquisa foram encontradas nas regiões Sudeste (73,7%) e Sul (72,3%) e nas faixas etárias de 35 a 49 anos (77,3%) e de 25 a 34 anos (75,5%). Quanto ao critério de raça/ cor, a maior proporção foi de 74,6%, entre as mulheres que se declararam brancas, e a menor, de 37,2%, entre indígenas. As mulheres que trabalhavam, estavam em área urbana, viviam com companheiro(a), possuíam maior grau de escolaridade e eram de classe econômica mais elevada também apresentaram maiores proporções de realização do exame ginecológico com o Papanicolau nos três anos anteriores. Ainda de acordo com a Tabela 3.6, a proporção das mulheres que relataram nunca ter feito um exame ginecológico na vida foi maior entre as mulheres jovens (18,2%), as que viviam sem companheiro(a) (8,9%), as que pertenciam às classes econômicas D/E (11,6%) e as que viviam em área rural (11,4%). Segundo a Tabela 3.7, o percentual de homens sexualmente ativos com idade entre 15 e 64 anos que declararam já ter tido sintomas de IST foi de 9,9%; no entanto, a proporção que declarou ter recebido tratamento foi de 7,2%. 47 PCAP 2013 O maior percentual dos homens que relatam já ter tido sintomas de IST foi encontrado na região Norte (16,2%) e o menor, na região Sul (6,8%). Dentre aqueles que tiveram alguma IST, o maior percentual de tratamento ocorreu na região Sul (83,9%), e o menor, na região Nordeste (63,6%). Quanto à faixa etária, os homens mais velhos foram os que mais relatam ter tido algum sintoma de IST (13,5%), enquanto os jovens foram os que menos se trataram quando da ocorrência de IST (53,5%). Os homens que viviam com companheiro(a), de baixa escolaridade, que se declararam amarelos, das classes D/E, e que declararam não possuir acesso à internet relatam maiores percentuais de histórico de sintomas de IST. Os resultados das mulheres sexualmente ativas com idade entre 15 e 64 anos que relataram pelo menos um sintoma relacionado às IST alguma vez na vida, estratificados de acordo com indicadores socioeconômicos, são apresentados na Tabela 3.8. A prevalência de relato de pelo menos uma IST entre as mulheres foi maior entre aquelas que viviam sem companheiro (6,8%) e entre as de classe econômica mais baixa (6,6%). A prevalência de relato de pelo menos um sintoma relacionado às IST alguma vez na vida entre os homens sexualmente ativos com idade entre 15 e 64 anos foi maior na região Norte (16,2%), na faixa etária de 50 a 64 anos (13,4%), entre os que viviam com companheiro(a) (11,0%), os de baixa escolaridade (17,6%), amarelos (15,6%), das classes D/E (14,4%) e sem acesso à internet (13,4%) (Tabela 3.8). Quando avaliada a cobertura vacinal para HPV, esta foi de 8,1% na população geral, observada diferença significativa segundo sexos (p-valor = 0,015): 7,5% entre os homens e 8,6% entre as mulheres, como mostra a Tabela 3.9. Tabela 3.1 Percentual de indivíduos sexualmente ativos com idade entre 15 e 64 anos, por acesso a atendimento médico e tipo de serviço, segundo sexo. Brasil, 2013. Total (N=12.000) Masculino (N=5.867) Feminino (N=6.133) Há até 3 meses 52,4 44,7 59,8 Há mais de 3 meses 47,6 55,3 40,2 0,4 0,5 0,2 99,6 99,5 99,8 Serviço público 79,5 77,4 81,5 Serviço privado 19,3 21,0 17,8 1,1 1,6 0,7 p-valor Última vez que você precisou consultar um médico <0,001 Motivo da consulta ao médico DST Outras causas 0,054 Onde procurou o primeiro atendimento médico Outro lugar Fonte: Departamento de Vigilância, Prevenção e controle das DST, Aids e Hepatites Virais/SVS/MS <0,001 48 4848 Ministério da Saúde Tabela 3.2 Percentual de indivíduos sexualmente ativos com idade entre 15 e 64 anos, por acesso a atendimento médico e tipo de serviço, segundo região de residência. Brasil, 2013. Nordeste Sudeste Sul (N=3.228) (N=5.177) (N=1.761) CentroOeste (N=899) Total (N=12.000) Norte (N=935) Há até três meses 52,4 43,4 49,2 56,1 54,7 47,9 Há mais de três meses 47,6 56,6 50,8 43,9 45,3 52,1 Serviço público 79,5 79,5 83,0 78,4 77,1 78,5 Serviço privado 19,3 19,1 16,3 20,8 19,9 21,0 Outro lugar 1,1 1,4 0,7 0,8 3,0 0,5 p-valor Última vez que você precisou consultar um médico <0,001 Onde procurou o primeiro atendimento médico <0,001 Fonte: Departamento de Vigilância, Prevenção e controle das DST, Aids e Hepatites Virais/SVS/MS Tabela 3.3 Percentual de indivíduos sexualmente ativos com idade entre 15 e 64 anos, por acesso a atendimento médico e tipo de serviço, segundo faixa etária. Brasil, 2013. Total (N=12.000) 15 a 24 anos (N=3.142) 25 a 34 35 a 49 50 a 64 anos anos anos (N=3.015) (N=3.555) (N=2.288) Há até três meses 52,4 49,3 49,5 51,3 62,3 Há mais de três meses 47,6 50,7 50,5 48,7 37,7 Serviço público 79,5 83,3 77,6 77,2 80,5 Serviço privado 19,3 15,4 21,7 21,6 18,2 Outro lugar 1,1 1,3 0,8 1,2 1,3 p-valor Última vez que você precisou consultar um médico <0,001 Onde procurou o primeiro atendimento médico Fonte: Departamento de Vigilância, Prevenção e controle das DST, Aids e Hepatites Virais/SVS/MS <0,001 49 PCAP 2013 Tabela 3.4 Percentual de indivíduos sexualmente ativos com idade entre 15 e 64 anos, por acesso a atendimento médico e tipo de serviço, segundo situação conjugal. Brasil, 2013. Total (N=12.000) Vive com companheiro(a) Sim (N=6.770) Não (N=5.230) p-valor Última vez que você precisou consultar um médico Há até três meses 52,4 54,0 50,4 Há mais de três meses 47,6 46,0 49,6 Serviço público 79,5 77,2 82,5 Serviço privado 19,3 21,6 16,4 Outro lugar 1,1 1,2 1,1 0,002 Onde procurou o primeiro atendimento médico <0,001 Fonte: Departamento de Vigilância, Prevenção e controle das DST, Aids e Hepatites Virais/SVS/MS Tabela 3.5 Percentual de indivíduos sexualmente ativos com idade entre 15 e 64 anos, por declaração de antecedentes de IST alguma vez na vida, segundo sexo. Brasil, 2013. Sintomas Masculino Feminino p-valor Corrimento 6,1 - - Feridas 2,6 3,1 0,282 Bolhas 2,7 2,0 0,073 Verrugas 1,6 2,1 0,173 Pelo menos um sintoma 9,9 5,8 <0,001 Fonte: Departamento de Vigilância, Prevenção e controle das DST, Aids e Hepatites Virais/SVS/MS 50 5050 Ministério da Saúde Tabela 3.6 Percentual de mulheres sexualmente ativas com idade entre 15 e 64 anos, por realização de exame ginecológico e preventivo, segundo características sociodemográficas. Brasil, 2013. Variáveis Sociodemográficas Total Região Norte (N=935) Nordeste (N=3.228) Sudeste (N=5.177) Sul (N=1.761) Centro-Oeste (N=899) Faixa etária 15 a 24 anos (N=3.142) 25 a 34 anos (N=3.015) 35 a 49 anos (N=3.555) 50 a 64 anos (N=2.288) Estado conjugal Vive com companheiro(a) (N=6.770) Vive sem companheiro(a) (N=5.230) Escolaridade Analfabeto ou ensino fundamental incompleto (N=3.957) Ensino fundamental completo ou médio incompleto (N=3.219) Ensino médio completo ou mais (N=4.823) Raça/cor Branca (N=4.699) Preta (N=1.701) Parda (N=5.248) Amarela (N=194) Indígena (N=55) Trabalha Sim (N=6.987) Não (N=5.013) Classe econômica Classe A/B (N=3.665) Classe C (N=6.289) Classe D/E (N=2.046) Situação Urbana (N=10.193) Rural (N=1.807) Acesso à internet Sim (N=6.861) Não (N=5.139) Nos últimos Nos últimos 3 anos, com 3 anos, sem preventivo preventivo Mais de 3 anos Nunca fez p-valor 70,9 12,4 11,2 5,5 <0,001 66,3 67,5 73,7 72,3 68,0 16,4 13,6 9,7 12,8 19,6 8,3 9,3 14,1 8,9 8,8 9,0 9,6 2,5 6,0 3,6 <0,001 58,1 75,5 77,3 66,6 21,1 12,1 9,1 10,1 2,7 9,2 11,8 20,5 18,2 3,1 1,8 2,9 <0,001 74,2 65,4 11,1 14,5 11,2 11,2 3,4 8,9 <0,001 58,5 64,8 81,3 11,2 14,3 10,6 22,5 13,2 5,8 7,7 7,7 2,3 <0,001 74,6 69,0 67,9 63,2 37,2 11,3 10,1 14,1 24,0 14,9 10,0 16,0 10,9 6,6 39,7 4,1 4,9 7,1 6,2 8,2 <0,001 78,1 64,5 9,7 14,8 9,2 13,1 3,1 7,6 <0,001 80,3 70,6 56,9 9,0 12,7 16,7 8,0 11,8 14,7 2,7 4,8 11,6 <0,001 72,5 60,7 12,1 14,3 10,9 13,6 4,5 11,4 <0,001 77,6 63,9 11,5 13,3 5,6 17,0 5,2 5,7 <0,001 Fonte: Departamento de Vigilância, Prevenção e controle das DST, Aids e Hepatites Virais/SVS/MS 51 PCAP 2013 Tabela 3.7 Percentual de homens sexualmente ativos com idade entre 15 e 64 anos, por ocorrência de sintomas de IST e busca de tratamento, segundo características sociodemográficas. Brasil, 2013. Variáveis Sociodemográficas Total Região Norte (N=935) Nordeste (N=3.228) Sudeste (N=5.177) Sul (N=1.761) Centro-Oeste (N=899) Faixa etária 15 a 24 anos (N=3.142) 25 a 34 anos (N=3.015) 35 a 49 anos (N=3.555) 50 a 64 anos (N=2.288) Estado conjugal Vive com companheiro(a) (N=6.770) Vive sem companheiro(a) (N=5.230) Escolaridade Analfabeto ou ensino fundamental incompleto (N=3.957) Ensino fundamental completo ou médio incompleto (N=3.219) Ensino médio completo ou mais (N=4.823) Raça/cor Branca (N=4.699) Preta (N=1.701) Parda (N=5.248) Amarela (N=194) Indígena (N=55) Trabalha Sim (N=6.987) Não (N=5.013) Classe econômica Classe A/B (N=3.665) Classe C (N=6.289) Classe D/E (N=2.046) Situação Urbana (N=10.193) Rural (N=1.807) Acesso à internet Sim (N=6.861) Não (N=5.139) Teve DST e recebeu tratamento Teve DST e não recebeu tratamento Não teve DST p-valor 7,2 2,7 90,1 <0,001 12,4 11,3 4,7 5,7 4,7 3,8 3,4 2,7 1,1 2,2 83,8 85,3 92,6 93,2 93,1 <0,001 3,1 6,3 9,1 10,4 2,7 2,6 2,5 3,0 94,2 91,0 88,3 86,6 <0,001 8,3 5,6 2,7 2,7 89,0 91,7 <0,001 12,9 7,5 5,4 4,7 3,3 1,5 82,4 89,2 93,0 <0,001 6,1 7,8 7,9 10,4 2,3 1,8 3,6 3,0 5,2 4,5 92,1 88,5 89,1 84,4 93,2 0,005 7,4 6,6 2,7 2,8 89,9 90,6 0,598 5,7 7,5 9,3 1,4 2,7 5,2 92,9 89,8 85,6 <0,001 7,2 7,2 2,6 3,2 90,2 89,6 0,675 5,7 9,5 1,9 3,8 92,4 86,6 <0,001 Fonte: Departamento de Vigilância, Prevenção e controle das DST, Aids e Hepatites Virais/SVS/MS 52 5252 Ministério da Saúde Tabela 3.8 Percentual de indivíduos sexualmente ativos com idade entre 15 e 64 anos que relataram pelo menos um antecedente relacionado às IST alguma vez na vida, segundo características sociodemográficas, por sexo. Brasil, 2013. Variáveis Sociodemográficas Masculino Feminino Total Região Norte (N=935) Nordeste (N=3.228) Sudeste (N=5.177) Sul (N=1.761) Centro-Oeste (N=899) p-valor 9,9 5,8 16,2 14,7 7,4 6,8 6,9 <0,001 6,6 6,7 5,2 5,7 5,0 0,499 Faixa etária 15 a 24 anos (N=3.142) 25 a 34 anos (N=3.015) 35 a 49 anos (N=3.555) 50 a 64 anos (N=2.288) p-valor 5,8 9,0 11,7 13,4 <0,001 5,4 5,0 6,2 6,4 0,500 11,0 8,3 0,004 5,1 6,8 0,021 17,6 10,8 7,0 <0,001 6,4 6,5 4,7 0,057 Raça/cor Branca (N=4.699) Preta (N=1.701) Parda (N=5.248) Amarela (N=194) Indígena (N=55) p-valor 7,9 11,5 10,9 15,6 6,8 0,014 5,9 7,4 5,1 6,7 0,402 Trabalha Sim (N=6.987) Não (N=5.013) p-valor 10,1 9,4 0,593 5,3 6,1 0,284 7,1 10,2 14,4 <0,001 4,0 6,5 6,6 0,015 9,8 10,4 0,713 6,0 4,0 0,054 7,6 13,4 <0,001 6,1 5,4 0,305 Estado conjugal Vive com companheiro(a) (N=6.770) Vive sem companheiro(a) (N=5.230) p-valor Escolaridade Analfabeto ou ensino fundamental incompleto (N=3.957) Ensino fundamental completo ou médio incompleto (N=3.219) Ensino médio completo ou mais (N=4.823) p-valor Classe econômica Classe A/B (N=3.665) Classe C (N=6.289) Classe D/E (N=2.046) p-valor Situação Urbana (N=10.193) Rural (N=1.807) p-valor Acesso à internet Sim (N=6.861) Não (N=5.139) p-valor Fonte: Departamento de Vigilância, Prevenção e controle das DST, Aids e Hepatites Virais/SVS/MS 53 PCAP 2013 Tabela 3.9 Distribuição (%) de indivíduos com idade entre 15 a 64 anos que receberam vacina para o HPV, por sexo. Brasil, 2013. Recebeu vacina para HPV Total Masculino Feminino nº % nº % nº % Sim 966 8,1 438 7,5 528 8,6 Não 9318 77,7 4477 76,3 4841 78,9 Não lembra 1716 14,3 952 16,2 764 12,5 Fonte: Departamento de Vigilância, Prevenção e controle das DST, Aids e Hepatites Virais/SVS/MS p-valor 0,015 PCAP 2013 Apresentação 4 55 55 Testagem para identificar a infecção pelo HIV e pelas hepatites virais PCAP 2013 Análise descritiva HIV Na Tabela 4.1 estão apresentadas as proporções de realização de testagem para o HIV segundo variáveis sociodemográficas por sexo. Em geral, 36,1% da população brasileira já se testaram para o HIV alguma vez na vida, sendo as mulheres as que mais se testaram (44,8%). Quando analisados os dados por região, tanto em relação ao total quanto estratificados por sexo, a maior proporção de testagem foi observada na região Sul, e a menor na região Nordeste. Aproximadamente 47% da população brasileira com idade entre 25 e 34 anos já se testaram para o HIV alguma vez na vida, sendo essa a faixa etária com maior proporção de testagem. Nos homens, a maior proporção observada verifica-se entre aqueles com idade entre 35 e 49 anos (34,1%) e, nas mulheres, entre aquelas com 25 a 34 anos (61,4%). Não foi observada diferença significativa na proporção de testagem segundo sexo entre aqueles indivíduos de idade entre 50 e 64 anos (p-valor = 0,489), e estes, inclusive, possuem a menor proporção de testagem entre todas as faixas etárias (24,3%). A proporção de testagens cresceu à medida que aumentaram o nível de instrução e a classe econômica, tanto na população geral, quanto separadamente entre homens e mulheres. A proporção de testagem entre aqueles que haviam concluído o ensino médio foi cerca de 40% na população geral e, segundo sexo, 30,8% e 50,3% para homens e mulheres, respectivamente. Cerca de 40% da população geral das classes A/B já haviam se testado alguma vez na vida para o HIV, sendo 34,5% dos homens e 48,7% das mulheres. Pessoas que viviam com companheiro(a), que trabalhavam, que eram residentes da zona urbana e aquelas que tinham acesso à internet no momento da pesquisa apresentaram maiores percentuais de testagem alguma vez na vida para o HIV, tanto na população geral quanto estratificada por sexo, conforme mostra a Tabela 4.1. A Tabela 4.2 apresenta a distribuição de testagem para o HIV segundo região de residência, por sexo. Foram observadas diferenças estatisticamente significativas entre as proporções de testagem por sexo em todas as regiões do país. A maior proporção de pessoas que nunca haviam se testado para o HIV foi observada na região Nordeste, tanto na população geral (68,3%) quanto entre homens (77,7%) e mulheres (58,8%). Entre os indivíduos que já haviam se testado para o HIV alguma vez na vida, 37,4% haviam feito o teste nos últimos 12 meses, 18,7% deles utilizaram o teste rápido, e 93,5% dos testados sabiam o resultado do teste. Todos esses indicadores mostraram diferenças estatisticamente significativas quando comparados por sexo, sendo as maiores proporções observadas entre os homens. Na região Norte, a proporção de pessoas que já haviam realizado o teste de HIV nos últimos 12 meses foi maior entre os homens (54,3%), enquanto a proporção de utilização do teste rápido foi maior entre as mulheres (36,4%). Na região Sudeste, a utilização do teste rápido foi maior entre os homens, 28,1%, frente a 11,6% entre as mulheres. Não foram observadas diferenças significativas nas proporções desses indicadores segundo sexo para as demais regiões. A maior proporção de conhecimento sobre o resultado do teste de HIV por região foi observada no Sul (95,2%), seguido do Sudeste (93,5%), Nordeste (93,0%), Norte (92,6%) e Centro-Oeste (90,9%). Não houve diferença significativa quanto ao conhecimento do resultado do teste 57 57 58 Ministério da Saúde segundo sexo, em todas as regiões. Além disso, entre os que sabiam o resultado do teste, 0,5% tiveram o resultado positivo para o HIV, sendo a maior proporção de testagens positivas observada no Sudeste (0,7%), como mostra a Tabela 4.3. No Brasil, a maioria das pessoas testadas para o HIV referiu ter utilizado a rede pública (55,9%), seguida de hospitais/laboratórios particulares (23,2%). Essa distribuição foi diferente segundo sexo (p-valor < 0,001) quando analisados os testes realizados na rede pública: 38,4% entre os homens e 66,5% entre as mulheres. O mesmo padrão foi observado entre as regiões, que também apresentaram diferença significativa na distribuição do local de realização do exame segundo sexo, conforme mostra a Tabela 4.4. Em geral, os principais motivos de realização da testagem de HIV foram: pré-natal (33,6%), indicação médica (17,9%) e curiosidade (17,8%). Observou-se um perfil diferente quando realizada avaliação por sexo, sendo significativa essa diferença (p-valor < 0,001). Entre os homens, os principais motivos para a realização da testagem foram curiosidade (26,6%) e doação de sangue, independentemente do motivo da doação (16,5%), enquanto entre as mulheres os principais motivos foram pré-natal (52,7%) e indicação médica (19,3%), conforme mostra a Tabela 4.5. Quanto ao tempo de recebimento do resultado do último teste realizado, a maioria dos resultados levou mais de uma semana e menos de um mês (39,6%) para sair. O mesmo padrão foi observado nas regiões do país que não a região Norte, em que a maioria dos resultados demorou menos de uma semana (31,4%). O tempo para recebimento do resultado do teste foi estatisticamente diferente quando comparado por sexo: entre os homens, a maioria levou menos de uma semana (37,5%) para receber o resultado, enquanto entre as mulheres, mais de uma semana e menos de um mês (41,9%). Entre as regiões, observou-se diferença no tempo de recebimento do resultado segundo sexo somente nas regiões Sudeste (p-valor < 0,001), Sul (p-valor = 0,014) e Centro-Oeste (p-valor < 0,001). No Sudeste e no Centro-Oeste, o tempo de espera foi menor entre os homens do que entre as mulheres, enquanto que no Sul, a maioria das pessoas recebeu o resultado entre mais de uma semana e menos de um mês, independentemente do sexo, conforme mostra a Tabela 4.6. Na Tabela 4.7 está apresentada a distribuição da autoavaliação do risco de se infectar com aids entre os indivíduos com idade de 15 a 64 anos sexualmente ativos e que haviam realizado testagem pelo menos uma vez na vida. Note-se que a maioria acreditava não ter nenhum risco de infecção (43,8%), seguido de baixo risco (40,1%). Observou-se diferença significativa na distribuição da avaliação do risco de infecção segundo região (p-valor < 0,001), faixa etária (p-valor = 0,019), estado conjugal (p-valor < 0,001), escolaridade (p-valor = 0,013) e situação laboral (p-valor < 0,001). O percentual de autoavaliação de alto risco de transmissão foi maior na região Sudeste (7,3%), entre indivíduos de 35 a 49 anos (6,4%), pessoas que não viviam com companheiro (6,5%) e aquelas que estavam em algum regime de trabalho (6,1%). A Tabela 4.8 mostra a distribuição dos indivíduos sexualmente ativos com idade entre 15 e 64 anos de idade que conheciam algum serviço de saúde com testagem gratuita para a aids. Observou-se que 48,5% conheciam algum serviço, sendo esse percentual maior entre as mulheres (55,9%), com diferença estatisticamente significativa (p-valor < 0,001) quando comparado ao percentual de homens. Entre as regiões do país, o maior conhecimento foi constatado no Sul, tanto entre a população geral (66,1%) quanto nos homens (61,5%) e nas mulheres (70,5%) das demais regiões. Além disso, a proporção de conhecimento revelou-se significativamente maior entre as mulheres nas regiões Sudeste, Sul e CentroOeste. Segundo faixa etária, notou-se um percentual de conhecimento maior entre aqueles com idade entre 25 e 34 anos (52,7%) e entre 35 a 49 anos (52,6%); o mesmo foi observado quando da estratificação por sexo. Os indivíduos que viviam com companheiro(a) demonstraram maior conhecimento sobre a existência de serviços gratuitos de testagem para a aids (49,8%); o mesmo foi observado quando analisados os sexos separadamente. Quando analisados os conhecimentos de acordo com a escolaridade PCAP 2013 e a classe econômica, notou-se um aumento diretamente proporcional. Entre aqueles que possuíam acesso à internet, o percentual de conhecimento observado foi significativamente maior do que entre aqueles que não possuíam acesso à internet (51,7% e 44,4%, respectivamente); o mesmo foi observado entre os homens e as mulheres. Não se observam diferenças significativas no conhecimento sobre a existência de algum serviço segundo raça/cor (p-valor = 0,197) e tipo de localidade, se urbana ou rural (p-valor = 0,203). Hepatites virais Na Tabela 4.9 estão apresentadas as proporções de realização de testagem para hepatites segundo variáveis sociodemográficas, por sexo. Observou-se que 27,3% dos indivíduos se testaram alguma vez na vida para hepatites. Em geral, as mulheres (32,1%) se testaram mais que os homens (22,2%), sendo essa diferença estatisticamente significativa (p-valor <0,001). Verificou-se, também, que há diferenças significativas quando comparados os resultados segundo região, faixa etária, escolaridade, raça/cor, estado conjugal, situação laboral, classe econômica, local de residência e acesso à internet. Note-se que, dentre o total de entrevistados(as), os(as) residentes da região Sul se testaram mais para as hepatites do que aqueles(as) das demais regiões do país. Cerca de 32% das pessoas com idade entre 25 e 49 anos se testaram alguma vez na vida para hepatites, sendo essa a população com maior percentual de testagem. As pessoas que viviam com companheiro(a) também foram as que mais se testaram (31,3%). Observou-se também que quanto maior o nível de instrução maior a proporção de testagem, e que não houve diferença significativa na cobertura de testagem segundo sexo entre as pessoas com ensino fundamental incompleto (p-valor = 0,235). As pessoas indígenas apresentaram a menor cobertura de testagem para hepatites (21,8%), enquanto as brancas, a maior (31,2%). A cobertura de testagem entre mulheres pardas mostrou-se mais elevada, com relevância estatística (p-valor<0,001), que entre homens pardos: 31,3% e 19,2%, respectivamente, segundo mostra a Tabela 4.9. Pessoas que estavam trabalhando apresentaram maior cobertura de testagem, sendo a proporção ainda mais alta entre as mulheres (38,8%). Note-se também que, quanto maior a classe econômica, maior a cobertura de testagem. Pessoas que residiam em áreas urbanas se testaram mais que aquelas que habitavam áreas rurais. Além disso, pessoas que declararam possuir acesso à internet apresentaram cobertura de testagem 33% maior que pessoas sem acesso à internet, conforme mostra a Tabela 4.9. Quando avaliados exclusivamente os dados da população que já havia realizado alguma testagem para hepatites na vida, 44,7% se testaram para a hepatite B, 32,0% para a hepatite C e 16,5% para a hepatite D, não tendo sido observadas diferenças estatisticamente significativas entre os sexos. Além disso, 35,3% declararam ter realizado testagem nos 12 meses anteriores à pesquisa. Destes, 17,0% utilizaram o teste rápido e 86,5% sabiam o resultado do último teste, sendo que o conhecimento do resultado foi maior entre as mulheres (88,9%) que entre os homens (82,7%). Dentre os indivíduos que sabiam o resultado do último teste, 4,6% tiveram o resultado positivo para o vírus B e 2,2% para o vírus C, conforme mostra a Tabela 4.10. A maior parte das pessoas que referiram ter realizado algum teste para hepatites declarou tê-lo realizado na rede pública de saúde (exceto CTA), seguido da testagem em hospitais ou em laboratórios privados. A realização do teste no banco de sangue representou 6,5% do total de testes realizados, com diferença significativa entre os sexos: entre os homens correspondeu a 12,5% e, entre as mulheres, a 2,7%. Na Tabela 4.12 estão descritos os principais motivos pelos quais as pessoas se testaram para hepatites. Em geral, os exames foram realizados por indicação médica (29,7%), e em decorrência do acompanhamento de pré-natal (24,0%). Destaca-se importante diferença na distribuição percentual dos motivos segundo 59 59 60 Ministério da Saúde sexo (p-valor < 0,001): entre os homens, o segundo maior motivo foram exames admissionais (17,1%), enquanto que entre as mulheres foi indicação médica (30,7%). A realização do exame devido ao pré-natal entre as mulheres foi de 38,9%, sendo o principal motivo para realização do teste. O tempo para o recebimento do resultado do último teste foi estatisticamente diferente segundo sexos, conforme apresentado na Tabela 4.13. Verificou-se que, entre os homens, a maioria levou menos de uma semana para receber o resultado (39,5%), enquanto que, entre as mulheres, mais de uma semana e menos de um mês (42,1%). Somente na região Norte a maioria dos resultados foi entregue em menos de uma semana (35,1%), enquanto que, nas demais regiões, a maior parte dos resultados foi entregue entre uma semana e um mês. Destaca-se, ainda, que a maior proporção de entrega de resultados com mais de dois meses também ocorreu na região Norte (4,8%), e a menor, na região Sul (2,3%), conforme mostra a Tabela 4.14. Na Tabela 4.15 estão apresentadas as proporções de conhecimento sobre a existência de serviços de saúde nos quais os testes de hepatites B ou C são realizados gratuitamente, segundo variáveis sociodemográficas, por sexo. Cerca de 40,0% da população brasileira sabiam da existência de algum serviço, sendo o conhecimento maior entre a população feminina (45,1%). Em quase todas as regiões do país observou-se um conhecimento maior entre as mulheres. Quando comparados os dados entre as regiões, observou-se diferença significativa nas proporções de conhecimento (p-valor < 0,001), sendo maior nas regiões Sul (61,4%) e Centro-Oeste (45,1%). Em geral, a população entre 25 e 49 anos foi a que demonstrou maior conhecimento acerca da existência de serviços de saúde para realização gratuita de testes para hepatites. A proporção de conhecimento entre as pessoas que viviam com companheiro(a) também foi maior, tanto em relação ao total quanto na estratificação por sexo. As pessoas com maior grau de instrução demonstraram mais conhecimento sobre a existência de serviços de saúde que ofertavam testagem para hepatites gratuitamente: quanto maior o grau de escolaridade, maior a proporção de conhecimento. Entre as pessoas com nível fundamental incompleto, não se observou diferença na proporção de conhecimento segundo sexo (p-valor = 0,285). Além disso, as pessoas que se declararam brancas apresentaram maior conhecimento, tanto em geral quanto em relação ao sexo. Ainda sobre a existência de serviços de saúde com testagem gratuita para hepatites B ou C, foi maior o conhecimento entre as pessoas que possuíam algum vínculo de trabalho (40,8%), tendo sido ainda maior entre as mulheres (51,4%). Observou-se que, quanto mais alta a classe econônica, maior a proporção de conhecimento, independentemente do sexo. Os(as) residentes de área urbana demonstraram maior conhecimento que aqueles(as) de áreas rurais. Por fim, o acesso à internet também mostrou associação com o conhecimento sobre a existência de serviços de saúde com oferta de testagem gratuita para hepatites B e C: entre os homens que possuíam acesso à internet, 33,7% afirmaram conhecer algum serviço de saúde com essa oferta, conhecimento ainda maior entre as mulheres (48,2%), conforme mostra a Tabela 4.15. A cobertura vacinal de hepatite B autorreferida, independentemente do número de doses, foi de 73,9% na população geral, sendo estatisticamente maior entre as mulheres (76,9%) que entre os homens (70,8%). Notou-se importante diferença na cobertura segundo região (p-valor < 0,001): a maior cobertura foi observada nas regiões Nordeste (79,4%) e Sudeste (75,4%), e a menor na região Norte (66,6%), não tendo esta apresentado diferença significativa entre os sexos (p-valor = 0,878). Segundo faixa etária, não se observou diferença na cobertura, tanto na população geral quanto estratificada por sexos. Também não foi observada diferença significativa segundo estado conjugal, raça/cor, situação laboral e caracterização do local de residência em rural ou urbano. PCAP 2013 A cobertura de vacina para a hepatite B independentemente do número de doses foi maior entre os indivíduos com menor nível de escolaridade (76,4%); entretanto, não foi observada diferença segundo escolaridade quando da análise por sexo. A classe econômica mostrou forte associação com a cobertura vacinal (p-valor = 0,005), indicando que, quanto menor a classe, maior a cobertura. Além disso, pessoas que referiram possuir acesso à internet apresentaram menor cobertura (71,8%) do que aquelas sem acesso à internet (76,7%), tendo sido o mesmo observado em ambos os sexos, conforme mostra a Tabela 4.16. Na Tabela 4.17 são apresentados os dados da cobertura vacinal completa para a hepatite B (três doses). Note-se que, em geral, o percentual de indivíduos que referiu ter completado as três doses da vacina é aproximadamente três vezes menor que o percentual para qualquer número de doses (24,7% e 73,9%, respectivamente), sendo ainda menor entre os homens (18,3%). Observaram-se diferenças estatisticamente significativas em relação à região de residência, faixa etária, estado conjugal e escolaridade. A cobertura foi maior entre os(as) residentes da região Sul (35,8%), aqueles(as) com idade entre 25 e 34 anos (28,8%), pessoas que viviam com companheiro(a) (26,7%) e com nível médio completo ou mais (26,3%). O percentual de pessoas que haviam recebido alguma transfusão sanguínea na vida foi de aproximadamente 6%, não observada diferença significativa nesse percentual segundo sexo (p-valor = 0,419). Em relação à doação de sangue, 17,3% da população geral declararam ter doado sangue alguma vez na vida, sendo esse percentual estatisticamente maior entre os homens (24,6%) do que entre as mulheres (10,4%), como observado na Tabela 4.18. 61 61 62 Ministério da Saúde Tabela 4.1 Percentual (%) de indivíduos sexualmente ativos com idade entre 15 e 64 anos que fizeram o teste de HIV alguma vez na vida segundo características sociodemográficas, por sexo. Brasil, 2013. Variáveis Sociodemográficas Total Região Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste p-valor Faixa etária 15 a 24 anos 25 a 34 anos 35 a 49 anos 50 a 64 anos p-valor Vive com companheiro(a) Sim Não p-valor Escolaridade Ensino fundamental incompleto Ensino fundamental completo Ensino médio completo ou mais p-valor Raça/cor Branca Preta Parda Amarela Indígena p-valor Trabalha Sim Não p-valor Classe econômica Classe A/B Classe C Classe D/E p-valor Situação Urbana Rural p-valor Acesso à internet Sim Não p-valor Total Masculino Feminino p-valor nº 3985 % 36,1 nº 1504 % 27,3 nº 2482 % 44,8 309 931 1720 725 297 - 35,6 31,7 36,2 43,4 36,0 <0,001 116 330 672 265 121 - 26,0 22,3 28,8 32,0 28,9 0,001 194 602 1048 461 177 - 46,2 41,2 43,4 54,6 43,5 <0,001 <0,001 <0,001 <0,001 <0,001 <0,001 - 591 1400 1447 547 - 25,2 47,4 41,4 24,3 <0,001 178 482 577 266 - 13,9 33,0 34,1 24,9 <0,001 413 918 871 280 - 39,0 61,4 48,2 23,6 <0,001 <0,001 <0,001 <0,001 0,489 - 2687 1298 - 40,0 29,9 <0,001 1027 478 - 31,4 21,4 <0,001 1660 820 - 48,2 39,0 <0,001 <0,001 <0,001 - 251 800 2934 - 20,0 31,9 40,3 <0,001 96 263 1146 - 16,1 22,2 30,8 <0,001 155 538 1789 - 23,4 40,6 50,3 <0,001 0,010 <0,001 <0,001 - 1727 548 1612 53 16 - 40,0 34,8 33,3 30,1 32,7 <0,001 567 235 664 19 9 - 29,7 30,5 25,0 20,2 26,5 0,016 1160 313 948 34 8 - 48,2 38,9 43,3 41,5 53,3 0,005 <0,001 0,009 <0,001 0,008 0,124 - 2503 1481 - 36,7 35,0 0,151 1246 259 - 29,6 20,0 <0,001 1257 1223 - 48,1 41,7 <0,001 <0,001 <0,001 - 1377 2141 466 - 41,4 36,8 24,3 <0,001 584 806 115 - 34,5 27,4 13,3 <0,001 794 1336 351 - 48,7 46,6 33,5 <0,001 <0,001 <0,001 <0,001 - 3562 424 - 37,9 25,6 <0,001 1358 146 - 29,5 16,3 <0,001 2202 278 - 46,0 36,4 <0,001 <0,001 <0,001 - 2495 1492 - 40,8 30,3 <0,001 1023 481 Fonte: Departamento de Vigilância, Prevenção e controle das DST, Aids e Hepatites Virais/SVS/MS - 31,0 21,8 <0,001 1472 1010 - 52,2 37,0 <0,001 <0,001 <0,001 <0,001 - 63 63 PCAP 2013 Tabela 4.2 Região Brasil Percentual (%) de testagem para o HIV entre indivíduos sexualmente ativos com idade entre 15 e 64 anos, segundo região de residência, por sexo. Brasil, 2013. Testagem para HIV nº % nº % Nunca 7066 63,9 4001 72,7 3065 55,3 Pelo menos uma vez há mais de um ano 2495 22,6 909 16,5 1586 28,6 Uma vez no último ano 1132 10,2 441 8,0 691 12,5 359 3,2 154 2,8 205 3,7 11052 100,0 5505 100,0 5547 100,0 Nunca 557 64,2 331 74,0 226 53,8 Pelo menos uma vez há mais de um ano 176 20,3 53 11,9 123 29,3 Uma vez no último ano 93 10,7 47 10,5 46 11,0 Mais de uma vez no último ano 41 4,7 16 3,6 25 6,0 Total 867 100,0 447 100,0 420 100,0 Nunca 2006 68,3 1147 77,7 859 58,8 Pelo menos uma vez há mais de um ano 596 20,3 208 14,1 388 26,6 Uma vez no último ano 256 8,7 95 6,4 161 11,0 80 2,7 27 1,8 53 3,6 Total 2938 100,0 1477 100,0 1461 100,0 Nunca 3028 63,8 1661 71,2 1367 56,6 Pelo menos uma vez há mais de um ano 1091 23,0 420 18,0 671 27,8 Uma vez no último ano 495 10,4 179 7,7 316 13,1 Mais de uma vez no último ano 134 2,8 73 3,1 61 2,5 Total 4748 100,0 2333 100,0 2415 100,0 Nunca 947 56,6 564 68,0 383 45,4 Pelo menos uma vez há mais de um ano 448 26,8 155 18,7 293 34,7 Uma vez no último ano 207 12,4 83 10,0 124 14,7 71 4,2 27 3,3 44 5,2 Total 1673 100,0 829 100,0 844 100,0 Nunca 528 63,9 298 71,1 230 56,5 Pelo menos uma vez há mais de um ano 183 22,2 73 17,4 110 27,0 83 10,0 38 9,1 45 11,1 32 3,9 10 2,4 22 5,4 826 100,0 419 100,0 407 100,0 Mais de uma vez no último ano Sudeste Sul Feminino % Total Nordeste Masculino nº Mais de uma vez no último ano Norte Total Mais de uma vez no último ano Centro-Oeste Uma vez no último ano Mais de uma vez no último ano Total Fonte: Departamento de Vigilância, Prevenção e controle das DST, Aids e Hepatites Virais/SVS/MS p-valor <0,001 <0,001 <0,001 <0,001 <0,001 0,001 64 Ministério da Saúde Tabela 4.3 Região Distribuição percentual (%) de tempo de testagem para o HIV de indivíduos sexualmente ativos com idade entre 15 e 64 anos, segundo região de residência, por sexo. Brasil, 2013. Dos que fizeram o teste de HIV alguma vez na vida % nº % 1490 37,4 595 39,6 895 36,1 0,011 746 18,7 341 22,5 405 16,3 0,001 3726 93,5 1385 92,0 2341 94,4 0,029 18 0,5 8 0,6 10 0,4 0,104 134 43,1 63 54,3 71 36,4 <0,001 95 30,7 24 20,9 71 36,6 0,001 287 92,6 107 92,2 180 92,8 0,695 0 - 0 - 0 - - Fizeram o teste de HIV nos últimos 12 meses 337 36,2 123 37,3 214 35,5 0,838 Utilizaram o teste rápido de HIV 201 21,6 70 21,2 131 21,8 0,214 Sabem o resultado do último teste 867 93,0 305 92,4 562 93,4 0,358 2 0,2 1 0,3 1 0,2 0,457 Fizeram o teste de HIV nos últimos 12 meses 628 36,5 252 37,5 376 35,9 0,052 Utilizaram o teste rápido de HIV 311 18,1 189 28,1 122 11,6 <0,001 1609 93,5 604 89,9 1005 95,9 0,001 12 0,7 5 0,8 7 0,7 0,485 Fizeram o teste de HIV nos últimos 12 meses 278 38,3 110 41,5 168 36,4 0,462 Utilizaram o teste rápido de HIV 101 13,9 42 15,8 59 12,8 0,201 Sabem o resultado do último teste 691 95,2 256 96,6 435 94,4 0,074 3 0,4 1 0,4 2 0,5 0,831 114 38,4 48 39,7 66 37,5 0,643 39 13,0 16 13,1 23 13,0 0,920 271 90,9 112 92,6 159 89,8 0,589 1 0,4 1 0,9 0 0,0 0,040 Utilizaram o teste rápido de HIV Sabem o resultado do último teste Utilizaram o teste rápido de HIV Sabem o resultado do último teste Positivo para o HIV* Positivo para o HIV* Sudeste Sabem o resultado do último teste Positivo para o HIV* Sul Positivo para o HIV* Fizeram o teste de HIV nos últimos 12 meses Centro-Oeste p-valor nº Fizeram o teste de HIV nos últimos 12 meses Nordeste Feminino % Positivo para o HIV* Norte Masculino nº Fizeram o teste de HIV nos últimos 12 meses Brasil Total Utilizaram o teste rápido de HIV Sabem o resultado do último teste Positivo para o HIV* Fonte: Departamento de Vigilância, Prevenção e controle das DST, Aids e Hepatites Virais/SVS/MS Nota: *Entre os que sabem o resultado do último teste 65 65 PCAP 2013 Tabela 4.4 Região Distribuição percentual (%) de indivíduos sexualmente ativos com idade entre 15 e 64 anos que fizeram o teste de HIV alguma vez na vida, segundo o local de realização do último teste, por região de residência e por sexo. Brasil, 2013. Local de realização do último teste nº % nº % 269 6,7 154 10,2 115 4,6 2228 55,9 577 38,4 1651 66,5 347 8,7 260 17,3 87 3,5 57 1,4 43 2,9 14 0,6 Hospital/laboratório particular 925 23,2 374 24,9 551 22,2 Outros/não lembra 160 4,0 96 6,4 64 2,6 20 6,4 10 8,5 10 5,1 182 58,3 46 39,3 136 69,7 28 9,0 23 19,7 5 2,6 9 2,9 8 6,8 1 0,5 Hospital/laboratório particular 62 19,9 25 21,4 37 19,0 Outros/não lembra 11 3,5 5 4,3 6 3,1 CTA 94 10,1 58 17,6 36 6,0 495 53,1 99 30,0 396 65,8 85 9,1 70 21,2 15 2,5 8 0,9 4 1,2 4 0,7 226 24,2 86 26,1 140 23,3 24 2,6 13 3,9 11 1,8 CTA 115 6,7 70 10,4 45 4,3 Rede pública, exceto CTA 934 54,3 243 36,2 691 66,0 Banco de sangue 150 8,7 109 16,2 41 3,9 18 1,0 15 2,2 3 0,3 414 24,1 171 25,4 243 23,2 Outros/não lembra 88 5,1 64 9,5 24 2,3 CTA 28 3,9 13 4,9 15 3,3 437 60,2 135 50,8 302 65,7 Banco de sangue 58 8,0 38 14,3 20 4,3 Empresa em que trabalha 17 2,3 12 4,5 5 1,1 157 21,6 59 22,2 98 21,3 Outros/não lembra 29 4,0 9 3,4 20 4,3 CTA 12 4,0 3 2,5 9 5,1 180 60,4 54 45,0 126 70,8 26 8,7 20 16,7 6 3,4 5 1,7 4 3,3 1 0,6 68 22,8 34 28,3 34 19,1 7 2,3 5 4,2 2 1,1 Banco de sangue Empresa em que trabalha CTA Rede pública, exceto CTA Banco de sangue Empresa em que trabalha Rede pública, exceto CTA Nordeste Banco de sangue Empresa em que trabalha Hospital/laboratório particular Outros/não lembra Sudeste Empresa em que trabalha Hospital/laboratório particular Rede pública, exceto CTA Sul Hospital/laboratório particular Rede pública, exceto CTA Centro-Oeste Feminino % Rede pública, exceto CTA Norte Masculino nº CTA Brasil Total Banco de sangue Empresa em que trabalha Hospital/laboratório particular Outros/não lembra Fonte: Departamento de Vigilância, Prevenção e controle das DST, Aids e Hepatites Virais/SVS/MS. p-valor <0,001 <0,001 <0,001 <0,001 0,001 <0,001 66 Ministério da Saúde Tabela 4.5 Percentual (%) de indivíduos sexualmente ativos com idade entre 15 e 64 anos que fizeram o teste de HIV alguma vez na vida, segundo o motivo para a realização do último teste, por sexo. Brasil, 2013. Motivo Total Masculino Feminino nº % nº % nº % Nos exames admissionais no trabalho 240 6,1 196 13,3 44 1,8 Doação de sangue somente para se testar 145 3,7 106 7,2 39 1,6 Doação sangue porque precisou ou quis 340 8,6 243 16,5 97 3,9 1324 33,6 20 1,4 1304 52,7 Alguma situação de risco 144 3,7 100 6,8 44 1,8 Curiosidade 701 17,8 391 26,6 310 12,5 35 0,9 30 2,0 5 0,2 4 0,1 1 0,1 3 0,1 Indicação médica 705 17,9 228 15,5 477 19,3 Outro motivo 306 7,8 155 10,5 151 6,1 Pré-natal Parceira(o) pediu Parceira(o) está infectada(o) pelo vírus da aids p-valor < 0,001 Fonte: Departamento de Vigilância, Prevenção e controle das DST, Aids e Hepatites Virais/SVS/MS 67 67 PCAP 2013 Tabela 4.6 Região Brasil Norte Nordeste Sudeste Sul Percentual (%) de indivíduos sexualmente ativos com idade entre 15 e 64 anos que fizeram o teste de HIV alguma vez na vida, segundo tempo para o recebimento do resultado do último teste segundo região de residência, por sexo. Brasil, 2013. Total Masculino Feminino Tempo para recebimento do resultado do último teste nº % nº % nº % No mesmo dia 574 14,4 264 17,5 310 12,5 Menos de uma semana 1173 29,4 565 37,5 608 24,5 Mais de uma semana e menos de um mês 1579 39,6 538 35,7 1041 41,9 De um a dois meses 558 14,0 105 7,0 453 18,3 Mais de dois meses 103 2,6 33 2,2 70 2,8 No mesmo dia 87 28,2 33 28,7 54 27,8 Menos de uma semana 97 31,4 44 38,3 53 27,3 Mais de uma semana e menos de um mês 91 29,4 26 22,6 65 33,5 De um a dois meses 22 7,1 10 8,7 12 6,2 Mais de dois meses 12 3,9 2 1,7 10 5,2 No mesmo dia 159 17,1 53 16,1 106 17,6 Menos de uma semana 262 28,1 107 32,4 155 25,7 Mais de uma semana e menos de um mês 365 39,2 137 41,5 228 37,9 De um a dois meses 111 11,9 25 7,6 86 14,3 Mais de dois meses 35 3,8 8 2,4 27 4,5 No mesmo dia 224 13,0 133 19,8 91 8,7 Menos de uma semana 477 27,8 254 37,8 223 21,3 Mais de uma semana e menos de um mês 654 38,1 210 31,3 444 42,4 De um a dois meses 324 18,9 59 8,8 265 25,3 Mais de dois meses 39 2,3 16 2,4 23 2,2 No mesmo dia 73 10,0 33 12,4 40 8,7 Menos de uma semana 237 32,6 99 37,2 138 29,9 Mais de uma semana e menos de um mês 361 49,7 123 46,2 238 51,6 De um a dois meses 43 5,9 6 2,3 37 8,0 Mais de dois meses 13 1,8 5 1,9 8 1,7 No mesmo dia 30 10,1 12 9,8 18 10,2 101 33,9 62 50,8 39 22,2 108 36,2 43 35,2 65 36,9 De um a dois meses 55 18,5 4 3,3 51 29,0 Mais de dois meses 4 1,3 1 0,8 3 1,7 Menos de uma semana Centro-Oeste Mais de uma semana e menos de um mês Fonte: Departamento de Vigilância, Prevenção e controle das DST, Aids e Hepatites Virais/SVS/MS p-valor <0,001 0,099 0,129 <0,001 0,014 <0,001 68 Ministério da Saúde Tabela 4.7 Distribuição percentual (%) de indivíduos sexualmente ativos com idade entre 15 e 64 anos da autoavaliação do risco de se infectar por HIV segundo características sociodemográficas. Brasil, 2013. Variáveis Sociodemográficas Total Sexo Masculino Feminino Região Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste Faixa etária 15 a 24 anos 25 a 34 anos 35 a 49 anos 50 a 64 anos Vive com companheiro(a) Sim Não Escolaridade Ensino fundamental incompleto Ensino fundamental completo Ensino médio completo ou mais Raça/cor Branca Preta Parda Amarela Indígena Trabalha Sim Não Classe econômica Classe A/B Classe C Classe D/E Situação Urbana Rural Acesso à internet Sim Não Nenhum (N=1.737) Baixo (N=1.591) Médio (N=425) Alto (N=215) 43,8 40,1 10,7 5,4 - 41,6 45,1 42,2 38,9 11,3 10,3 4,9 5,7 0,288 40,5 50,5 41,3 40,7 48,0 35,0 37,3 41,0 45,3 36,1 20,7 8,1 10,4 9,6 12,8 3,9 4,2 7,3 4,4 3,0 40,6 41,8 44,3 50,8 42,6 41,7 38,4 38,0 13,1 10,9 10,9 7,0 3,7 5,6 6,4 4,2 46,2 38,6 39,5 41,3 9,3 13,6 4,9 6,5 44,0 51,4 41,6 38,4 35,3 41,5 10,4 8,6 11,3 7,2 4,7 5,5 0,013 43,1 40,5 45,1 50,9 58,8 43,1 38,3 38,0 34,0 23,5 8,8 14,6 11,4 11,3 11,8 5,0 6,7 5,5 3,8 5,9 0,061 40,1 50,0 42,2 36,6 11,6 9,2 6,1 4,2 40,7 45,0 47,4 44,1 38,1 37,7 9,6 11,6 9,7 5,6 5,3 5,2 43,8 44,0 39,9 41,6 10,6 11,1 5,7 3,3 0,500 42,1 46,6 41,7 37,5 11,3 9,8 5,0 6,2 0,062 Fonte: Departamento de Vigilância, Prevenção e controle das DST, Aids e Hepatites Virais/SVS/MS p-valor <0,001 0,019 <0,001 <0,001 0,134 69 69 PCAP 2013 Tabela 4.8 Distribuição (%) de indivíduos sexualmente ativos com idade entre 15 e 64 anos que sabem de algum serviço de saúde onde o teste de HIV é feito gratuitamente, segundo características sociodemográficas, por sexo. Brasil, 2013. Variáveis Sociodemográficas Total Região Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste p-valor Faixa etária 15 a 24 anos 25 a 34 anos 35 a 49 anos 50 a 64 anos p-valor Vive com companheiro(a) Sim Não p-valor Escolaridade Ensino fundamental incompleto Ensino fundamental completo Ensino médio completo ou mais p-valor Raça/cor Branca Preta Parda Amarela Indígena p-valor Trabalha Sim Não p-valor Classe econômica Classe A/B Classe C Classe D/E p-valor Situação Urbana Rural p-valor Acesso à internet Sim Não p-valor Total Masculino Feminino p-valor nº % nº % nº % 5355 48,5 2255 41,0 3099 55,9 <0,001 383 1188 2233 1105 445 - 44,2 40,4 47,0 66,1 53,9 <0,001 189 461 904 510 192 - 42,3 31,2 38,7 61,5 45,8 <0,001 194 728 1329 595 254 - 46,2 49,8 55,0 70,5 62,4 <0,001 0,108 0,156 <0,001 <0,001 0,001 - 1023 1557 1841 934 - 43,7 52,7 52,6 41,4 <0,001 453 643 755 404 - 35,3 44,0 44,6 37,8 <0,001 570 914 1086 530 - 53,9 61,1 60,1 44,7 <0,001 <0,001 0,087 0,014 <0,001 - 3346 2009 - 49,8 46,3 <0,001 1389 866 - 42,5 38,7 <0,001 1956 1143 - 56,8 54,4 0,007 0,220 <0,001 - 433 1131 3791 - 34,4 45,1 52,0 <0,001 179 414 1662 - 30,1 35,0 44,6 <0,001 254 717 2129 - 38,3 54,1 59,8 <0,001 0,222 <0,001 <0,001 - 2370 669 2195 56 19 - 54,9 42,5 45,4 31,8 38,8 0,197 923 297 977 22 13 - 48,3 38,6 36,9 23,4 38,2 0,225 1446 372 1218 34 6 - 60,1 46,2 55,6 41,5 40,0 0,076 <0,001 0,577 <0,001 0,957 0,340 - 3374 1981 - 49,5 46,8 <0,001 1820 435 - 43,3 33,5 0,003 1554 1545 - 59,5 52,7 <0,001 0,057 0,001 - 1795 2898 661 - 54,0 49,9 34,5 <0,001 824 1215 216 - 48,6 41,3 24,9 0,176 971 1684 445 - 59,6 58,7 42,5 <0,001 0,928 <0,001 0,087 - 4700 655 - 50,0 39,5 0,203 1974 281 - 42,8 31,4 0,085 2726 374 - 57,0 49,0 0,050 <0,001 0,014 - 3166 2189 - 51,7 44,4 <0,001 1468 787 - 44,4 35,7 <0,001 1698 1402 - 60,3 51,4 0,001 <0,001 0,009 - Fonte: Departamento de Vigilância, Prevenção e controle das DST, Aids e Hepatites Virais/SVS/MS 70 Ministério da Saúde Tabela 4.9 Distribuição (%) dos indivíduos com idade entre 15 e 64 anos, que realizaram algum teste de hepatites segundo características sociodemográficas, por sexo. Brasil, 2013. Variáveis Sociodemográficas Total Região Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste p-valor Faixa etária 15 a 24 anos 25 a 34 anos 35 a 49 anos 50 a 64 anos p-valor Vive com companheiro(a) Sim Não p-valor Escolaridade Ensino fundamental incompleto Ensino fundamental completo Ensino médio completo ou mais p-valor Raça/cor Branca Preta Parda Amarela Indígena p-valor Trabalha Sim Não p-valor Classe econômica Classe A/B Classe C Classe D/E p-valor Situação Urbana Rural p-valor Acesso à internet Sim Não p-valor Total Masculino nº % 1304 22,2 Feminino nº % 1968 32,1 p-valor nº 3272 % 27,3 249 735 1335 695 258 - 26,6 22,8 25,8 39,5 28,7 <0,001 113 293 517 280 100 - 24,0 18,7 20,5 32,3 22,5 <0,001 135 442 817 415 158 - 29,1 26,6 30,8 46,4 34,7 <0,001 0,054 <0,001 <0,001 <0,001 <0,001 - 576 995 1150 551 - 18,3 33,0 32,3 24,1 <0,001 213 367 469 255 - 13,5 24,7 27,2 23,6 <0,001 363 628 681 296 - 23,2 41,0 37,2 24,5 <0,001 <0,001 <0,001 <0,001 0,629 - 2119 1153 - 31,3 22,0 <0,001 841 463 - 25,4 18,1 <0,001 1278 690 - 36,9 25,8 <0,001 <0,001 <0,001 - 220 597 2455 - 17,0 22,4 30,5 <0,001 93 229 982 - 15,4 18,4 24,4 <0,001 126 368 1473 - 18,3 25,9 36,6 <0,001 0,235 <0,001 <0,001 - 1467 422 1301 45 12 - 31,2 24,8 24,8 23,2 21,8 <0,001 530 191 543 18 6 - 26,2 23,2 19,2 17,5 15,8 <0,001 937 230 757 27 6 - 35,0 26,3 31,3 30,0 35,3 0,004 <0,001 0,258 <0,001 0,101 0,149 - 2101 1171 - 30,1 23,4 <0,001 1052 252 - 24,5 16,0 <0,001 1048 919 - 38,8 26,8 <0,001 <0,001 <0,001 - 1222 1666 384 - 33,3 26,5 18,8 <0,001 524 643 137 - 28,5 20,5 15,2 <0,001 698 1023 247 - 38,2 32,4 21,6 <0,001 <0,001 <0,001 0,001 - 2873 399 - 28,2 22,1 0,001 1139 165 - 23,2 17,3 0,011 1733 234 - 32,8 27,5 0,026 <0,001 <0,001 - 2095 1177 - 30,5 22,9 <0,001 891 413 - 24,8 18,2 <0,001 1204 764 - 36,9 26,6 <0,001 <0,001 <0,001 - Fonte: Departamento de Vigilância, Prevenção e controle das DST, Aids e Hepatites Virais/SVS/MS <0,001 71 71 PCAP 2013 Tabela 4.10 Distribuição (%) dos indivíduos com idade entre 15 e 64 anos, que realizaram teste de hepatites segundo tipo de hepatite, uso de teste rápido, tempo de realização do teste, conhecimento do resultado do teste e resultado do teste, por sexo. Brasil, 2013. Dos que fizeram o teste de hepatite alguma vez na vida Total Masculino Feminino p-valor nº % nº % nº % Testaram-se para hepatite B 1461 44,7 597 45,8 864 43,9 0,455 Testaram-se para hepatite C 1048 32,0 441 33,8 607 30,8 0,230 Testaram-se para hepatite D 539 16,5 211 16,2 328 16,7 0,784 1155 35,3 492 37,7 663 33,7 0,015 555 17,0 239 18,3 315 16,0 0,001 2829 86,5 1079 82,7 1749 88,9 <0,001 Positivo para hepatite B* 131 4,6 61 5,7 70 4,0 0,316 Positivo para hepatite C* 61 2,2 31 2,9 30 1,7 0,051 Fizeram o teste de hepatite nos últimos 12 meses Utilizaram o teste rápido para hepatite Sabem o resultado do último teste Fonte: Departamento de Vigilância, Prevenção e controle das DST, Aids e Hepatites Virais/SVS/MS Tabela 4.11 Distribuição (%) dos indivíduos com idade entre 15 e 64 anos, que realizaram teste de hepatites segundo local de realização do último teste, por sexo. Brasil, 2013. Local de realização do último teste CTA Rede pública, exceto CTA Banco de sangue Empresa em que trabalha Hospital/laboratório particular Outros Total Masculino Feminino nº % nº % nº % 197 6,2 111 9,0 86 4,4 1899 60,1 587 47,7 1312 67,9 207 6,5 154 12,5 53 2,7 64 2,0 47 3,8 17 0,9 724 22,9 293 23,8 431 22,3 72 2,2 38 3,1 34 1,8 p-valor < 0,001 Fonte: Departamento de Vigilância, Prevenção e controle das DST, Aids e Hepatites Virais/SVS/MS Tabela 4.12 Distribuição (%) dos indivíduos com idade entre 15 e 64 anos, que realizaram teste de hepatites segundo motivo de realização do teste, por sexo. Brasil, 2013. Motivo Total Masculino Feminino nº % nº % nº % Nos exames admissionais no trabalho 267 8,4 211 17,1 56 2,9 Doação de sangue 296 9,3 205 16,6 91 4,7 Pré-natal 762 24,0 8 0,6 754 38,9 Alguma situação de risco 153 4,8 73 5,9 80 4,1 Curiosidade 410 12,9 203 16,5 207 10,7 Parceira(o) pediu 14 0,4 7 0,6 7 0,4 Parceira(o) está infectada(o) pelo(s) vírus da(s) hepatite(s) 13 0,4 7 0,6 6 0,3 Indicação médica 941 29,7 346 28,0 595 30,7 Outro motivo 317 10,0 174 14,1 143 7,4 p-valor < 0,001 Fonte: Departamento de Vigilância, Prevenção e controle das DST, Aids e Hepatites Virais/SVS/MS 72 Ministério da Saúde Tabela 4.13 Distribuição (%) dos indivíduos com idade entre 15 e 64 anos, que realizaram teste de hepatites segundo tempo para recebimento do resultado do último teste, por sexo. Brasil, 2013. Tempo para recebimento do resultado do último teste Total Masculino Feminino nº % nº % nº % 368 11,2 154 11,8 214 10,9 Menos de uma semana 1040 31,8 515 39,5 525 26,7 Mais de uma semana e menos de um mês 1314 40,2 486 37,3 828 42,1 De um a dois meses 428 13,1 79 6,1 349 17,7 Mais de dois meses 122 3,7 70 5,4 52 2,6 No mesmo dia p-valor < 0,001 Fonte: Departamento de Vigilância, Prevenção e controle das DST, Aids e Hepatites Virais/SVS/MS Tabela 4.14 Distribuição (%) dos indivíduos com idade entre 15 e 64 anos, que realizaram teste de hepatites segundo tempo para recebimento do resultado do último teste, por região. Brasil, 2013. Tempo para recebimento do resultado do último teste Norte Nordeste nº % nº % nº % nº % nº % No mesmo dia 51 20,6 97 13,2 139 10,4 53 7,6 27 10,4 Menos de uma semana 87 35,1 232 31,5 351 26,3 284 40,9 86 33,2 Mais de uma semana e menos de um mês 84 33,9 289 39,3 554 41,5 296 42,6 92 35,5 De um a dois meses 14 5,6 88 12,0 236 17,7 46 6,6 44 17,0 Mais de dois meses 12 4,8 30 4,1 54 4,0 16 2,3 10 3,9 p-valor < 0,001 Fonte: Departamento de Vigilância, Prevenção e controle das DST, Aids e Hepatites Virais/SVS/MS Sudeste Sul Centro-Oeste 73 73 PCAP 2013 Tabela 4.15 Distribuição (%) de indivíduos com idade entre 15 a 64 anos que sabe de algum serviço de saúde onde os testes de hepatites B ou C são feitos gratuitamente, segundo características sociodemográficas, por sexo. Brasil, 2013. Variáveis Sociodemográficas Total Região Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste p-valor Faixa etária 15 a 24 anos 25 a 34 anos 35 a 49 anos 50 a 64 anos p-valor Vive com companheiro(a) Sim Não p-valor Escolaridade Ensino fundamental incompleto Ensino fundamental completo Ensino médio completo ou mais p-valor Raça/cor Branca Preta Parda Amarela Indígena p-valor Trabalha Sim Não p-valor Classe econômica Classe A/B Classe C Classe D/E p-valor Situação Urbana Rural p-valor Acesso à internet Sim Não p-valor Total Masculino nº % 1881 32,1 Feminino nº % 2768 45,1 p-valor nº 4648 % 38,7 306 922 1933 1082 405 - 32,7 28,6 37,3 61,4 45,1 <0,001 147 383 688 504 159 - 31,2 24,5 27,3 58,2 35,8 <0,001 160 539 1245 578 246 - 34,5 32,4 46,9 64,6 54,1 <0,001 0,265 0,002 <0,001 0,039 <0,001 - 972 1292 1515 870 - 30,9 42,9 42,6 38,0 <0,001 410 502 609 360 - 26,0 33,8 35,3 33,3 <0,001 563 790 905 510 - 36,0 51,6 49,4 42,3 <0,001 <0,001 <0,001 <0,001 <0,001 - 2800 1848 - 41,4 35,3 <0,001 1136 744 - 34,3 29,1 <0,001 1664 1104 - 48,1 41,3 <0,001 <0,001 <0,001 - 377 1011 3260 - 29,1 38,0 40,5 <0,001 166 380 1335 - 27,4 30,5 33,2 0,066 212 631 1925 - 30,8 44,4 47,8 <0,001 0,285 <0,001 <0,001 - 2087 557 1900 53 15 - 44,4 32,7 36,2 27,3 27,3 <0,001 768 233 832 21 8 - 38,0 28,2 29,4 20,4 21,1 <0,001 1320 324 1068 32 7 - 49,3 37,0 44,2 35,6 41,2 <0,001 <0,001 0,008 <0,001 0,044 0,140 - 2851 1797 - 40,8 35,8 <0,001 1463 418 - 34,1 26,5 <0,001 1388 1379 - 51,4 40,1 <0,001 <0,001 <0,001 - 1589 2502 557 - 43,4 39,8 27,2 <0,001 672 1008 201 - 36,6 32,2 22,3 <0,001 917 1494 357 - 50,2 47,3 31,2 <0,001 <0,001 <0,001 0,001 - 4031 618 - 39,5 34,2 0,027 1616 264 - 32,9 27,6 0,070 2414 353 - 45,7 41,5 0,193 <0,001 <0,001 - 2787 1861 - 40,6 36,2 <0,001 1213 668 - 33,7 29,4 0,012 1574 1194 - 48,2 41,6 <0,001 <0,001 <0,001 - Fonte: Departamento de Vigilância, Prevenção e controle das DST, Aids e Hepatites Virais/SVS/MS <0,001 74 Ministério da Saúde Tabela 4.16 Distribuição (%) de indivíduos com idade entre 15 a 64 anos que foi vacinado para hepatite B com pelo menos uma dose, segundo características sociodemográficas, por sexo. Brasil, 2013. Variáveis Sociodemográficas Total Região Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste p-valor Faixa etária 15 a 24 anos 25 a 34 anos 35 a 49 anos 50 a 64 anos p-valor Vive com companheiro(a) Sim Não p-valor Escolaridade Ensino fundamental incompleto Ensino fundamental completo Ensino médio completo ou mais p-valor Raça/cor Branca Preta Parda Amarela Indígena p-valor Trabalha Sim Não p-valor Classe econômica Classe A/B Classe C Classe D/E p-valor Situação Urbana Rural p-valor Acesso à internet Sim Não p-valor Total Masculino nº % 4154 70,8 Feminino nº % 4719 76,9 66,6 79,4 75,4 63,5 73,6 <0,001 312 1199 1827 502 313 - 66,2 76,6 72,5 58,0 70,5 <0,001 311 1364 2078 616 350 - 67,0 82,1 78,2 68,8 76,9 <0,001 0,878 0,017 0,039 <0,001 0,106 - 2286 2232 2625 1730 - 72,8 74,0 73,8 75,6 0,218 1085 1042 1247 780 - 68,8 70,2 72,3 72,2 0,179 1201 1190 1379 949 - 76,8 77,8 75,3 78,6 0,249 <0,001 <0,001 0,180 0,003 - 5008 3865 - 74,0 73,9 0,948 2369 1785 - 71,6 69,8 0,191 2639 2080 - 76,2 77,8 0,208 0,007 <0,001 - 989 2010 5873 - 76,4 75,5 73,0 0,048 446 909 2799 - 73,7 73,1 69,7 0,096 542 1102 3075 - 78,7 77,6 76,4 0,491 0,077 0,036 <0,001 - 3420 1293 3925 139 33 - 72,8 76,0 74,8 71,6 60,0 0,082 1391 578 2059 75 21 - 68,8 70,1 72,7 72,8 55,3 0,129 2028 716 1866 64 12 - 75,8 81,7 77,2 71,1 70,6 0,049 0,001 <0,001 0,020 0,861 0,471 - 5127 3745 - 73,4 74,7 0,229 3066 1087 - 71,5 68,9 0,174 2061 2658 - 76,4 77,4 0,469 0,006 <0,001 - 2625 4666 1582 - 71,6 74,2 77,3 0,005 1263 2223 668 - 68,8 71,0 74,2 0,129 1362 2443 914 - 74,5 77,3 79,8 0,057 0,032 0,001 0,019 - 7555 1317 - 74,1 72,9 0,561 3475 678 - 70,8 70,9 0,952 4080 639 - 77,2 75,1 0,407 <0,001 0,203 - 4929 3944 - 71,8 76,7 <0,001 2470 1684 - 68,7 74,2 0,001 2459 2260 - 75,3 78,8 0,019 0,001 0,005 - nº 8873 % 73,9 623 2563 3906 1119 662 - Fonte: Departamento de Vigilância, Prevenção e controle das DST, Aids e Hepatites Virais/SVS/MS p-valor <0,001 75 75 PCAP 2013 Tabela 4.17 Distribuição (%) de indivíduos com idade entre 15 a 64 anos que foram vacinados para hepatite B com a dose completa entre aqueles que foram vacinados, segundo características sociodemográficas, por sexo. Brasil, 2013. Variáveis Sociodemográficas Total Região Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste p-valor Faixa etária 15 a 24 anos 25 a 34 anos 35 a 49 anos 50 a 64 anos p-valor Vive com companheiro(a) Sim Não p-valor Escolaridade Ensino fundamental incompleto Ensino fundamental completo Ensino médio completo ou mais p-valor Raça/cor Branca Preta Parda Amarela Indígena p-valor Trabalha Sim Não p-valor Classe econômica Classe A/B Classe C Classe D/E p-valor Situação Urbana Rural p-valor Acesso à internet Sim Não p-valor Total Masculino nº % 760 18,3 Feminino nº % 1430 30,3 p-valor nº 2189 % 24,7 107 774 768 401 140 - 17,2 30,2 19,7 35,8 21,1 <0,001 51 177 314 151 66 - 16,3 14,8 17,2 30,1 21,1 <0,001 56 597 454 249 74 - 18,0 43,8 21,8 40,4 21,1 <0,001 0,616 <0,001 0,111 0,024 0,968 - 548 643 645 354 - 24,0 28,8 24,6 20,5 <0,001 162 218 241 138 - 14,9 20,9 19,3 17,7 0,016 386 425 404 216 - 32,1 35,7 29,3 22,8 <0,001 <0,001 <0,001 <0,001 0,028 - 1335 855 - 26,7 22,1 <0,001 475 285 - 20,1 16,0 0,004 860 570 - 32,6 27,4 <0,001 <0,001 <0,001 - 195 452 1542 - 19,7 22,5 26,3 <0,001 52 146 562 - 11,7 16,1 20,1 0,001 143 306 980 - 26,4 27,8 31,9 0,030 <0,001 <0,001 <0,001 - 860 270 1002 36 7 - 25,1 20,9 25,5 25,9 21,2 0,178 298 110 334 8 5 - 21,4 19,0 16,2 10,7 23,8 0,042 562 160 668 27 2 - 27,7 22,3 35,8 42,2 16,7 <0,001 0,012 0,310 <0,001 <0,001 0,533 - 1231 959 - 24,0 25,6 0,218 584 175 - 19,0 16,1 0,112 646 783 - 31,3 29,5 0,265 <0,001 <0,001 - 624 1180 385 - 23,8 25,3 24,3 0,600 307 385 68 - 24,3 17,3 10,2 <0,001 316 796 318 - 23,2 32,6 34,8 <0,001 0,678 <0,001 <0,001 - 1821 369 - 24,1 28,0 0,121 640 120 - 18,4 17,7 0,777 1181 249 - 28,9 39,0 0,013 <0,001 <0,001 - 1235 955 - 25,1 24,2 0,492 493 266 - 20,0 15,8 0,012 741 688 - 30,1 30,4 0,862 <0,001 <0,001 - Fonte: Departamento de Vigilância, Prevenção e controle das DST, Aids e Hepatites Virais/SVS/MS <0,001 76 Ministério da Saúde Tabela 4.18 Distribuição (%) de indivíduos com idade entre 15 a 64 anos que receberam transfusão sanguínea e/ou que doaram sangue alguma vez na vida, por sexo. Brasil, 2013. Alguma vez na vida Total Masculino Feminino nº % nº % nº % Sim, nos últimos 12 meses 114 1,0 66 1,1 48 0,8 Sim, há mais de 12 meses 580 4,8 285 4,9 295 4,8 11306 94,2 5516 94,0 5790 94,4 Sim, nos últimos 12 meses 529 4,4 368 6,3 161 2,6 Sim, há mais de 12 meses 1550 12,9 1076 18,3 474 7,7 Não 9920 82,7 4422 75,4 5498 89,6 p-valor Recebeu transfusão Não 0,419 Doou sangue Fonte: Departamento de Vigilância, Prevenção e controle das DST, Aids e Hepatites Virais/SVS/MS <0,001 5 Estigma e discriminação PCAP 2013 Análise descritiva Na Tabela 5.1 estão apresentadas as proporções, segundo variáveis sociodemográficas, de pessoas que concordaram com a afirmação “um casal gay tem direito a adotar uma criança”. Observou-se que 64,3% das pessoas concordaram com essa afirmativa, sendo a comparação entre sexos significativamente diferente (p-valor = 0,005): 66,2% das mulheres e 62,3% dos homens. Entre as regiões do país, também foram constatadas diferenças estatisticamente significativas nas proporções de concordância, tanto em geral quanto na desagregação por sexo. Os(as) residentes da região Norte concordaram menos com a afirmação (59,4%), enquanto aqueles(as) da região Centro-Oeste demonstraram a maior proporção de concordância (72,7%). Quando realizada análise por faixa etária, observou-se que, à medida que aumentou a idade, diminuiu-se a proporção de concordância com a afirmação. Já em relação à escolaridade e à classe social, o comportamento foi oposto: quanto maior o nível de instrução e a classe econônica, maior o percentual de concordância. Em geral, pessoas que viviam com companheiro(a) e as que possuíam acesso à internet concordaram mais com essa afirmação. Em relação a ter amigos gays, 10,2% das pessoas entrevistadas afirmaram que nunca os teriam, sendo esse percentual maior entre os homens (14,3%) do que na população geral ou entre as mulheres (6,2%). Os(as) residentes da região Norte apresentaram a maior proporção de pessoas que responderam que nunca teriam amigos gays, em relação a residentes das demais regiões do país. Na população geral, observou-se que, quanto maior a faixa etária, maior a frequência de afirmação de que nunca se teriam amigos gays – 17,1% das pessoas entre 50 e 64 anos –, enquanto as demais faixas não ultrapassaram 10%. A relação entre essa questão e a escolaridade dos indivíduos mostrou que, quanto maior o nível de instrução, menor o percentual de concordância com a afirmação. Além disso, quanto mais baixa a classe social, maior a proporção: 15,2% das pessoas das classes D/E afirmaram que nunca teriam um amigo gay. Não foram observadas diferenças estatisticamente significativas em relação à situação laboral e ao local de residência, se em área urbana ou rural, conforme mostra a Tabela 5.2. A Tabela 5.3 apresenta a proporção de pessoas que concordaram com as afirmativas “se você soubesse que há uma criança com aids na escola de seu filho, você continuaria a mandar seu filho a essa escola”, “se a professora tem o vírus da aids, mas não está doente, ela pode continuar a dar aulas em qualquer escola” e “se você soubesse que alguém que trabalha vendendo legumes e verduras está com o vírus da aids, você continuaria comprando esses alimentos dessa pessoa”, segundo variáveis sociodemográficas. Em termos gerais, 82,3% da população concordariam em deixar o filho estudar na mesma escola que uma criança com aids; 81,0% concordaram que uma professora com aids pode ministrar aulas em qualquer escola; e 61,8% continuariam comprando legumes e verduras de uma pessoa com aids. Em relação ao sexo, as mulheres concordaram mais com todas as afirmativas que os homens, tendo sido observadas diferenças significativas nas proporções de concordância, exceto com relação à compra de alimentos de uma pessoa infectada pelo HIV. Foram observadas diferenças estatisticamente significativas para as três afirmativas segundo região, faixa etária, escolaridade, raça/cor, situação laboral, classe econômica, local de residência (área urbana ou rural) e acesso à internet. Em relação às três afirmativas, os indivíduos que apresentaram maior proporção de concordância foram os residentes da região Sul, aqueles que viviam com companheiro(a), brancos, que trabalhavam, que residiam em área urbana e que possuíam acesso à internet. Quanto à escolaridade e à classe econômica, observou-se aumento na proporção de concordância com cada uma das afirmativas à medida que estas também aumentaram, conforme mostra a Tabela 5.3. 79 79 80 Ministério da Saúde Foram observadas diferenças nas proporções de concordância com a afirmativa “se você soubesse que há uma criança com aids na escola de seu filho, você continuaria a mandar seu filho a essa escola” segundo sexo, região, faixa etária, estado conjugal, escolaridade, raça/cor, situação laboral, classe econômica, local de residência (área urbana ou rural) e acesso à internet. A estratificação por sexo mostrou que 84,6% das mulheres e 79,8% dos homens concordavam com essa afirmativa. Independentemente do sexo, quando avaliados por região, os(as) residentes das regiões Sul (93,1%) e Centro-Oeste (91,7%) demonstraram maiores proporções de concordância. 81 81 PCAP 2013 Tabela 5.1 Percentual (%) de indivíduos com idade entre 15 e 64 anos, que concordam com a afirmação “um casal gay tem direito a adotar uma criança” segundo características sociodemográficas. Brasil, 2013. Variáveis Sociodemográficas Total Região Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste p-valor Faixa etária 15 a 24 anos 25 a 34 anos 35 a 49 anos 50 a 64 anos p-valor Vive com companheiro(a) Sim Não p-valor Escolaridade Ensino fundamental incompleto Ensino fundamental completo Ensino médio completo ou mais p-valor Raça/cor Branca Preta Parda Amarela Indígena p-valor Trabalha Sim Não p-valor Classe econômica Classe A/B Classe C Classe D/E p-valor Situação Urbana Rural p-valor Acesso à internet Sim Não p-valor Total Masculino nº % Feminino nº % p-valor nº % 7711 64,3 3654 62,3 4057 66,2 0,005 555 2012 3228 1263 654 - 59,4 62,3 62,4 71,7 72,7 <0,001 253 980 1496 609 316 - 53,7 62,6 59,3 70,3 71,2 <0,001 302 1032 1731 654 338 - 65,1 62,1 65,2 73,1 74,3 <0,001 <0,001 0,814 0,027 0,265 0,369 - 2366 1990 2202 1153 - 75,3 66,0 61,9 50,4 <0,001 1151 926 1032 545 - 73,0 62,4 59,9 50,4 <0,001 1215 1064 1170 609 - 77,7 69,5 63,9 50,5 <0,001 0,017 0,002 0,086 0,991 - 4131 3580 - 61,0 68,5 <0,001 1940 1714 - 58,6 67,0 <0,001 2192 1865 - 63,3 69,8 <0,001 0,007 0,102 - 691 1610 5411 - 53,4 60,4 67,3 <0,001 326 746 2582 - 53,9 60,0 64,3 <0,001 364 864 2829 - 52,8 60,8 70,3 <0,001 0,760 0,721 <0,001 - 3131 1059 3305 119 32 - 66,6 62,3 63,0 61,3 58,2 0,024 1254 511 1774 60 21 - 62,0 61,9 62,7 58,3 55,3 0,905 1877 549 1531 59 11 - 70,1 62,7 63,3 65,6 64,7 <0,001 <0,001 0,805 0,714 0,461 0,545 - 4499 3212 - 64,4 64,1 0,786 2642 1012 - 61,6 64,1 0,203 1857 2200 - 68,8 64,0 0,003 <0,001 0,962 - 2516 3985 1210 - 68,6 63,4 59,1 <0,001 1210 1921 523 - 65,9 61,4 58,1 0,010 1306 2065 687 - 71,4 65,3 59,9 <0,001 0,021 0,026 0,520 - 6558 1153 - 64,3 63,8 0,753 3056 598 - 62,2 62,6 0,875 3502 555 - 66,3 65,2 0,688 0,007 0,409 - 4696 3015 - 68,4 58,7 <0,001 2324 1329 - 64,6 58,5 0,001 2371 1686 - 72,6 58,8 <0,001 <0,001 0,893 - Fonte: Departamento de Vigilância, Prevenção e controle das DST, Aids e Hepatites Virais/SVS/MS 82 Ministério da Saúde Tabela 5.2 Distribuição (%) dos indivíduos com idade entre 15 e 64 anos, pela resposta à pergunta “em relação a ter amigos gays, você...” segundo características sociodemográficas. Brasil, 2013. Variáveis Sociodemográficas Total Sexo Masculino Feminino Região Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste Faixa etária 15 a 24 anos 25 a 34 anos 35 a 49 anos 50 a 64 anos Vive com companheiro(a) Sim Não Escolaridade Ensino fundamental incompleto Ensino fundamental completo Ensino médio completo ou mais Raça/cor Branca Preta Parda Amarela Indígena Trabalha Sim Não Classe econômica Classe A/B Classe C Classe D/E Situação Urbana Rural Acesso à internet Sim Não Nunca teria nº % Depende nº % Teria sem problemas p-valor nº % 1222 10,2 1909 15,9 8868 73,9 - 841 382 14,3 6,2 1070 839 18,2 13,7 3956 4912 67,4 80,1 0,005 111 323 560 165 63 11,9 10,0 10,8 9,4 7,0 143 360 1089 237 81 15,3 11,2 21,0 13,5 9,0 682 2545 3528 1359 755 72,9 78,8 68,1 77,2 84,0 <0,001 250 232 348 392 8,0 7,7 9,8 17,1 403 467 537 502 12,8 15,5 15,1 21,9 2488 2317 2670 1393 79,2 76,8 75,1 60,9 <0,001 730 493 10,8 9,4 1079 830 15,9 15,9 4961 3907 73,3 74,7 <0,001 280 359 583 21,6 13,5 7,2 254 374 1281 19,6 14,0 15,9 759 1931 6179 58,7 72,5 76,8 <0,001 440 203 537 24 3 9,4 11,9 10,2 12,4 5,5 713 284 844 41 8 15,2 16,7 16,1 21,1 14,5 3546 1214 3867 128 44 75,5 71,4 73,7 66,0 80,0 0,024 707 515 10,1 10,3 1166 744 16,7 14,8 5114 3755 73,2 74,9 0,786 259 652 312 7,1 10,4 15,2 623 964 323 17,0 15,3 15,8 2784 4673 1411 76,0 74,3 69,0 <0,001 992 230 9,7 12,7 1613 296 15,8 16,4 7588 1281 74,4 70,9 0,753 515 707 7,5 13,8 1026 883 15,0 17,2 5320 3548 77,5 69,0 <0,001 Fonte: Departamento de Vigilância, Prevenção e controle das DST, Aids e Hepatites Virais/SVS/MS 83 83 PCAP 2013 Tabela 5.3 Percentual (%) de indivíduos com idade entre 15 e 64 anos, que não declararam preconceito em três afirmações referentes à discriminação de pessoas vivendo com HIV/aids segundo características sociodemográficas. Brasil, 2013. Variáveis Sociodemográficas Total Sexo Masculino Feminino p-valor Região Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste p-valor Faixa etária 15 a 24 anos 25 a 34 anos 35 a 49 anos 50 a 64 anos p-valor Vive com companheiro(a) Sim Não p-valor Escolaridade Ensino fundamental incompleto Ensino fundamental completo Ensino médio completo ou mais p-valor Raça/cor Branca Preta Parda Amarela Indígena p-valor Trabalha Sim Não p-valor Classe econômica Classe A/B Classe C Classe D/E p-valor Situação Urbana Rural p-valor Acesso à internet Sim Não p-valor Afirmativa 1 Afirmativa 2 Afirmativa 3 nº 9870 % 82,3 nº 9725 % 81,0 nº 7418 % 61,8 4682 5189 - 79,8 84,6 <0,001 4641 5083 - 79,1 82,9 0,002 3594 3824 - 61,3 62,4 0,506 765 2490 4151 1640 824 - 81,8 77,1 80,2 93,1 91,7 <0,001 754 2388 4165 1603 814 - 80,6 74,0 80,5 91,0 90,5 <0,001 538 1695 3155 1429 600 - 57,5 52,5 60,9 81,1 66,7 <0,001 2528 2542 3012 1788 - 80,5 84,3 84,7 78,1 <0,001 2527 2546 2927 1724 - 80,4 84,4 82,3 75,3 <0,001 1739 1983 2353 1342 - 55,3 65,8 66,2 58,7 <0,001 5623 4247 - 83,1 81,2 0,028 5498 4227 - 81,2 80,8 0,662 4299 3119 - 63,5 59,6 <0,001 905 2119 6846 - 69,9 79,5 85,1 <0,001 833 2026 6866 - 64,4 76,1 85,4 <0,001 636 1553 5230 - 49,1 58,3 65,0 <0,001 4055 1367 4173 151 47 - 86,3 80,4 79,5 77,8 85,5 <0,001 3994 1330 4128 149 45 - 85,0 78,2 78,7 76,8 81,8 <0,001 3136 1075 2993 113 39 - 66,7 63,2 57,0 58,2 70,9 <0,001 5838 4032 - 83,6 80,4 0,001 5750 3975 - 82,3 79,3 0,001 4486 2932 - 64,2 58,5 <0,001 3213 5213 1444 - 87,7 82,9 70,6 <0,001 3220 5118 1387 - 87,9 81,4 67,8 <0,001 2542 3860 1015 - 69,4 61,4 49,6 <0,001 8496 1374 - 83,4 76,0 <0,001 8390 1335 - 82,3 73,9 <0,001 6438 980 - 63,2 54,2 <0,001 5841 4029 - 85,1 78,4 <0,001 5858 3866 - 85,4 75,2 <0,001 4484 2934 - 65,4 57,1 <0,001 Fonte: Departamento de Vigilância, Prevenção e controle das DST, Aids e Hepatites Virais/SVS/MS Afirmativa 1 = Se você soubesse que há uma criança com aids na escola de seu filho, você continuaria a mandar seu filho a essa escola Afirmativa 2 = Se a professora tem o vírus da aids, mas não está doente, ela pode continuar a dar aulas em qualquer escola Afirmativa 3 = Se você soubesse que alguém que trabalha vendendo legumes e verduras está com o vírus da aids, você continuaria comprando esses alimentos dessa pessoa 6 Acesso a insumos de prevenção PCAP 2013 Análise descritiva Entre a população sexualmente ativa, em sua maioria, o acesso a preservativos revelou-se feito por meio de serviços de saúde, gratuitamente (28,3%), seguido da compra em farmácias (26,8%). Em geral, os homens possuíam mais acesso a preservativos do que as mulheres: enquanto 36,3% dos homens não tiveram nenhum acesso a preservativos, 58,1% das mulheres também declararam não os ter acessado, conforme mostra a Tabela 6.1. Entre os(as) entrevistados(as) sexualmente ativos(as), 52,7% tiveram acesso a preservativos pelo menos uma vez na vida, sendo esse percentual maior entre os homens (63,7%). Em relação à faixa etária, o acesso ao insumo mostrou-se maior entre os mais jovens: a variação foi de 76,9% de acesso pelos indivíduos entre 15 e 24 anos e 24,9% de acesso por aqueles entre 50 e 64 anos. Dos residentes da região Norte, 61,8% declararam ter tido, pelo menos uma vez na vida, acesso a preservativos, sendo este o maior percentual observado entre as regiões. Entre as pessoas que viviam com companheiro(a), 43,3% tiveram acesso pelo menos uma vez na vida a preservativos, percentual que aumentou para 67,4% entre aqueles(as) que não viviam com companheiro(a) no momento da pesquisa, diferença esta estatisticamente significativa. Quando analisado o acesso a preservativos de acordo com a escolaridade, o percentual aumentou à medida que aumentou o nível de instrução, chegando a 60,7% de acesso pelo menos uma vez na vida entre indivíduos com ensino médio completo ou mais, diante de 28,3% entre aqueles com ensino fundamental incompleto. O mesmo comportamento foi observado de acordo com as classes sociais: quanto maior a classe, maior o percentual de acesso ao insumo. Pessoas que se declararam não religiosas, que trabalhavam, as que eram residentes de áreas urbanas e aquelas que possuíam acesso à internet apresentaram maior percentual de acesso, pelo menos uma vez na vida, a preservativos, conforme mostra a Tabela 6.2. O acesso gratuito a preservativos realizou-se por meio de serviço de saúde em 28,3% da população; também gratuitamente, por meio de ONG, o percentual foi de 1,9%. Quando do acesso gratuito, tanto em serviços de saúde quanto por meio de ONG, observaram-se diferenças significativas quando realizadas análises por sexo: entre os homens, o acesso a preservativos por meio de serviços de saúde correspondeu a 32,0% e por ONG 3,4%, e entre as mulheres, 24,6% e 0,5%, respectivamente. Em relação à faixa etária, quanto mais jovens os indivíduos, maior o acesso por meio de serviços de saúde. Os indivíduos de raça/cor preta e indígena foram os que mais utilizaram o serviço de saúde para adquirir preservativos – aproximadamente 33%. Em geral, as pessoas que estavam em algum regime de trabalho, aquelas residentes em áreas urbanas e as que possuíam acesso à internet foram as que mais utilizaram serviços de saúde e ONG para retirada de preservativos gratuitamente, conforme mostra a Tabela 6.2. Entre os jovens de 15 a 24 anos que estavam estudando, 27,2% tiveram acesso a preservativos na escola, sendo esse percentual maior entre os homens (30,2%). Os jovens que não estavam trabalhando e aqueles com acesso à internet tiveram mais acesso a preservativos na escola. Não foram observadas diferenças significativas nas proporções de acesso segundo região, estado conjugal, escolaridade, raça/cor, classe econômica e local de residência (área urbana ou rural), segundo mostra a Tabela 6.2. 87 87 88 Ministério da Saúde Na Tabela 6.3 estão apresentadas as informações referentes ao conhecimento e ao uso de preservativos femininos entre homens e mulheres. Aproximadamente 80,0% da população sexualmente ativa afirmaram conhecer o preservativo feminino, sendo esse conhecimento maior entre as mulheres (85,1%). Em geral, mais de 80,0% das pessoas com idade até 49 anos afirmaram conhecer o preservativo feminino, sendo esse conhecimento significativamente menor entre aquelas de idade entre 50 e 64 anos (70,2%). Observaram-se diferenças também significativas na proporção de conhecimento entre as regiões (p-valor < 0,001): os(as) residentes da região Norte apresentaram menor grau de conhecimento (70,4%), e os(as) da região CentroOeste o maior grau (84,1%). Segundo escolaridade, observou-se que, quanto maior o nível de instrução, maior o conhecimento sobre esse preservativo. O mesmo foi observado entre as classes econômicas: menor conhecimento entre as pessoas das classes D/E (66,7%). Segundo o critério raça/cor, as pessoas que se declararam brancas apresentaram maior conhecimento (83,3%) que as demais, todas com proporções inferiores a 80,0%. Indivíduos que estavam em algum regime de trabalho, residentes de áreas urbanas e que possuíam acesso à internet apresentaram maiores proporções de conhecimento sobre o preservativo feminino. Não foram observadas diferenças nas proporções de conhecimento por estado conjugal. Apesar de elevado o conhecimento sobre o preservativo feminino, constatou-se baixo o seu uso: 8,2% entre os homens e 5,0% entre as mulheres. Tanto entre os homens quanto entre as mulheres, o relato de uso de preservativo feminino foi maior entre aqueles de 25 a 34 anos. Entre os homens, a maior proporção de uso verificou-se entre residentes da região Sul (12,8%), enquanto entre as mulheres a maior proporção foi observada na região Centro-Oeste (7,8%). Entre os homens, o uso do preservativo feminino revelou-se maior à medida que aumentou o nível de instrução, e entre as mulheres não se observou diferença significativa segundo escolaridade (p-valor = 0,917). As mulheres negras foram o grupo que mais relatou já ter utilizado o preservativo feminino; não se observou diferença significativa entre os homens pelo critério raça/cor (p-valor = 0,227). Entre os homens, a maior proporção de uso do insumo verificou-se entre os que estavam em algum regime de trabalho (10,4%), enquanto entre as mulheres a maior proporção foi notada entre as que não estavam trabalhando (7,8%). Não se observou diferença significativa de uso desse preservativo entre mulheres segundo classe econômica. Entretanto, entre os homens, verificou-se que a maior proporção de uso do preservativo feminino foi entre os da classe C (9,1%), conforme mostra a Tabela 6.3. Segundo a Tabela 6.4, 7,6% das mulheres sexualmente ativas já haviam recebido preservativo feminino gratuitamente, sendo diferente essa proporção segundo região, faixa etária, estado conjugal, escolaridade, situação laboral, local de residência (área urbana ou rural) e acesso à internet. O acesso gratuito das mulheres ao preservativo feminino foi maior na região Sul (16,0%), na faixa etária de 25 a 34 anos (9,8%), entre as que viviam sem companheiro (8,8%), haviam cursado pelo menos o ensino médio (8,8%), trabalhavam (8,6%), viviam em área urbana (8,0%) e possuíam acesso à internet (10,1%). Tabela 6.1 Percentual (%) de indivíduos sexualmente ativos com idade entre 15 e 64 anos que, nos últimos 12 meses, receberam ou compraram preservativos segundo local de recebimento, por sexo. Brasil, 2013. Acesso à camisinha Total Masculino Feminino p-valor nº % nº % nº % 3130 28,3 1763 32,0 1367 24,6 <0,001 Organização não governamental (ONG) 211 1,9 186 3,4 25 0,5 <0,001 De graça em outro local 300 2,7 233 4,2 67 1,2 <0,001 2958 26,8 1883 34,2 1075 19,4 <0,001 748 6,8 522 8,6 226 5,1 <0,001 5223 47,3 2000 36,3 3223 58,1 < <0,001 Serviço de saúde Comprou em uma farmácia Comprou em outro local Não teve acesso Fonte: Departamento de Vigilância, Prevenção e controle das DST, Aids e Hepatites Virais/SVS/MS. 89 89 PCAP 2013 Tabela 6.2 Percentual (%) de indivíduos sexualmente ativos com idade entre 15 e 64 anos que receberam preservativos gratuitamente, pelo menos uma vez, segundo características sociodemográficas, por local de recebimento. Brasil, 2013. Variáveis Sociodemográficas Total Sexo Masculino Feminino p-valor Faixa etária 15 a 24 anos 25 a 34 anos 35 a 49 anos 50 a 64 anos p-valor Região Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste p-valor Vive com companheiro(a) Sim Não p-valor Escolaridade Ensino fundamental incompleto Ensino fundamental completo Ensino médio completo ou mais p-valor Raça/cor Branca Preta Parda Amarela Indígena p-valor Se considera religioso Sim Não p-valor Trabalha Sim Não p-valor Classe econômica Classe A/B Classe C Classe D/E p-valor Situação Urbana Rural p-valor Acesso à internet Sim Não p-valor Pelo menos uma vez nº % 5828 52,7 Serviço de saúde nº % 3130 28,3 nº 211 % 1,9 nº 232 % 27,2 3505 2323 - 63,7 41,9 <0,001 1763 1367 - 32,0 24,6 <0,001 186 25 - 3,4 0,5 <0,001 154 78 - 30,2 22,8 0,088 1802 1796 1670 561 - 76,9 60,8 47,7 24,9 <0,001 882 956 949 343 - 37,7 32,3 27,1 15,2 <0,001 60 47 70 34 - 2,6 1,6 2,0 1,5 0,169 232 - 27,2 - 536 1443 2492 917 441 - 61,8 49,1 52,5 54,8 53,4 <0,001 281 864 1197 550 237 - 32,4 29,4 25,2 32,9 28,7 0,001 24 15 149 8 14 - 2,8 0,5 3,1 0,5 1,7 <0,001 32 80 64 40 16 - 29,9 30,4 22,1 31,5 24,2 0,363 2906 2923 - 43,3 67,4 <0,001 1682 1448 - 25,1 33,4 <0,001 111 100 - 1,7 2,3 0,035 22 210 - 21,8 28,0 0,089 356 1053 4419 - 28,3 42,0 60,7 <0,001 256 672 2202 - 20,3 26,8 30,2 <0,001 10 41 160 - 0,8 1,6 2,2 0,017 4 28 201 - 28,6 21,2 28,5 0,429 2214 873 2562 99 30 - 51,3 55,4 52,9 56,3 61,2 0,204 1146 516 1388 47 16 - 26,5 32,8 28,7 26,7 32,7 0,019 45 45 114 5 0 - 1,0 2,9 2,4 2,8 0,0 0,007 90 27 111 3 0 - 27,4 22,3 29,4 17,6 0,0 0,542 4250 1578 - 49,8 62,9 <0,001 2228 902 - 26,1 35,9 <0,001 148 62 - 1,7 2,5 0,110 138 94 - 24,1 33,6 0,033 3945 1883 - 57,9 44,5 <0,001 2014 1116 - 29,5 26,4 0,007 152 59 - 2,2 1,4 0,047 71 161 - 22,0 30,4 0,047 1935 3079 814 - 58,2 53,0 42,5 <0,001 855 1724 551 - 25,7 29,7 28,8 0,015 70 125 16 - 2,1 2,2 0,8 0,020 90 121 21 - 28,2 28,3 20,2 0,402 5094 734 - 54,2 44,2 <0,001 2693 437 - 28,7 26,3 0,254 196 15 - 2,1 0,9 0,027 199 33 - 27,3 27,3 0,981 3855 1973 - 63,0 40,0 <0,001 1826 1304 - 29,8 26,5 0,003 151 59 - 2,5 1,2 0,001 212 20 - 29,1 16,1 0,011 Fonte: Departamento de Vigilância, Prevenção e controle das DST, Aids e Hepatites Virais/SVS/MS. Nota: *Apenas para aqueles que tinham entre 15 e 24 anos e que estudavam no momento da pesquisa ONG Escolas* 90 Ministério da Saúde Tabela 6.3 Percentual (%) de indivíduos sexualmente ativos com idade entre 15 e 64 anos que conhecem o preservativo feminino, e de indivíduos que já o usaram, segundo características sociodemográficas, por sexo. Brasil, 2013. Variáveis Sociodemográficas Total Sexo Masculino Feminino p-valor Faixa etária 15 a 24 anos 25 a 34 anos 35 a 49 anos 50 a 64 anos p-valor Região Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste p-valor Vive com companheiro(a) Sim Não p-valor Escolaridade Ensino fundamental incompleto Ensino fundamental completo Ensino médio completo ou mais p-valor Raça/cor Branca Preta Parda Amarela Indígena p-valor Trabalha Sim Não p-valor Classe econômica Classe A/B Classe C Classe D/E p-valor Situação Urbana Rural p-valor Acesso à internet Sim Não p-valor Conhecem o preservativo feminino Dentre os que conhecem, que já usaram nº 8879 % 80,3 nº 724 % 8,2 nº 445 % 5,0 4162 4717 - 75,6 85,1 <0,001 724 - 8,2 - 0 445 - 5,0 - 1924 2502 2871 1583 - 82,2 84,6 82,1 70,2 <0,001 155 246 226 96 - 8,1 9,8 7,9 6,1 0,002 94 141 155 56 - 4,9 5,6 5,4 3,5 0,032 610 2357 3899 1319 695 - 70,4 80,2 82,1 78,9 84,1 <0,001 44 117 328 169 66 - 7,2 5,0 8,4 12,8 9,5 <0,001 35 108 159 89 54 - 5,7 4,6 4,1 6,7 7,8 0,004 5406 3473 - 80,5 80,1 0,598 424 300 - 7,8 8,6 0,215 265 180 - 4,9 5,2 0,614 775 1851 6253 - 61,6 73,8 85,8 <0,001 51 100 573 - 6,6 5,4 9,2 <0,001 38 97 310 - 4,9 5,2 5,0 0,917 3596 1222 3810 135 37 - 83,3 77,6 78,7 76,7 75,5 <0,001 283 104 309 15 8 - 7,9 8,5 8,1 11,1 21,6 0,227 207 78 150 8 2 - 5,8 6,4 3,9 5,9 5,4 0,006 5579 3300 - 81,8 78,0 <0,001 582 142 - 10,4 4,3 <0,001 187 258 - 3,4 7,8 <0,001 2928 4676 1276 - 88,1 80,4 66,7 <0,001 247 425 52 - 8,4 9,1 4,1 <0,001 139 236 69 - 4,7 5,0 5,4 0,751 7708 1171 - 82,1 70,6 <0,001 638 86 - 8,3 7,3 0,465 400 45 - 5,2 3,8 0,105 5366 3513 - 87,7 71,3 <0,001 482 242 - 9,0 6,9 0,012 263 182 - 4,9 5,2 0,578 Fonte: Departamento de Vigilância, Prevenção e controle das DST, Aids e Hepatites Virais/SVS/MS. 91 91 PCAP 2013 Tabela 6.4 Percentual (%) de mulheres sexualmente ativas com idade entre 15 e 64 anos que receberam preservativos gratuitamente, segundo características sociodemográficas. Brasil, 2013. Variáveis Sociodemográficas Total Região Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste Faixa etária 15 a 24 anos 25 a 34 anos 35 a 49 anos 50 a 64 anos Vive com companheiro(a) Sim Não Escolaridade Ensino fundamental incompleto Ensino fundamental completo Ensino médio completo ou mais Raça/cor Branca Preta Parda Amarela Indígena Trabalha Sim Não Classe econômica Classe A/B Classe C Classe D/E Situação Urbana Rural Acesso à internet Sim Não nº % 420 7,6 41 105 115 135 24 9,8 7,2 4,8 16,0 5,9 102 147 124 47 9,6 9,8 6,9 4,0 235 185 6,8 8,8 33 74 314 5,0 5,6 8,8 203 56 150 7 1 8,4 7,0 6,9 8,5 6,7 224 195 8,6 6,6 139 223 58 8,5 7,8 5,5 381 39 8,0 5,1 0,034 286 134 10,1 4,9 <0,001 Fonte: Departamento de Vigilância, Prevenção e controle das DST, Aids e Hepatites Virais/SVS/MS p-valor - <0,001 <0,001 0,013 0,006 0,479 0,027 0,073 7 Práticas sexuais PCAP 2013 Análise descritiva Na população brasileira com idade entre 15 e 64 anos, 92,7% declararam ter tido, ao menos uma vez na vida, alguma prática sexual, sendo que 81,3% haviam tido pelo menos uma relação sexual nos 12 meses anteriores, e 79,6% no último mês; todos esses indicadores apresentaram resultados maiores entre homens: 94,5% já haviam iniciado a prática sexual, 86,6% haviam tido relação sexual nos 12 meses anteriores e 81,6% no último mês. A proporção de pessoas que iniciaram a prática sexual antes dos 15 anos foi de 25,1%, tendo sido observada diferença significativa entre os sexos (p-valor < 0,001): entre os homens, 34,9%, enquanto entre as mulheres, 15,4%. A proporção de pessoas que tiveram mais de uma parceria sexual na vida foi de 69,2%, e 43,9% declararam ter tido mais de dez parcerias. Observou-se que o número de parcerias sexuais na vida foi maior entre homens do que entre as mulheres: enquanto a proporção de homens com mais dez parcerias foi de 56,6%, entre as mulheres foi de 26,3%. A proporção de indivíduos que tiveram relação sexual com pessoas do mesmo sexo foi 6,5%, tendo sido maior entre os homens (7,9%), como mostra a Tabela 7.1. Entre as pessoas que tiveram relação sexual nos 12 meses anteriores, 27,7% tiveram mais de uma parceria, 12,1% tiveram mais de cinco parcerias casuais, 81,1% tiveram relação sexual com parcerias fixas, 24,5% com parcerias casuais e 4,7% com pessoas que conheceram pela internet. Observou-se uma maior proporção entre os homens para todos esses indicadores, exceto em relação a parcerias fixas, em que a proporção foi maior entre as mulheres: 84,6%, para 77,7% entre os homens. Destacou-se o indicador de relação com pessoas conhecidas pela internet: 7,0% dos homens e 2,2% das mulheres tiveram relação sexual com pessoas que conheceram pela internet, conforme Tabela 7.1. Os indicadores de práticas sexuais, quando analisadas separadamente as regiões do país, mostraram diferenças nas proporções relacionadas ao início da prática sexual, à ocorrência de relação sexual nos 12 meses anteriores e no último mês. Além disso, todos esses indicadores revelaram resultados maiores na região Sul e menores na região Nordeste. A proporção de pessoas que iniciaram prática sexual com idade inferior a 15 anos foi maior na região Nordeste (29,4%). Os indicadores do número de parcerias sexuais foram maiores na região Norte: 74,1% das pessoas tiveram mais de uma parceria sexual na vida, e 49,5% mais de 10 parcerias na vida. A proporção de pessoas que tiveram relação sexual com pessoas do mesmo sexo também foi maior na região Norte (8,1%), enquanto na região Sul mostrou a menor proporção entre as regiões (3,6%). Em relação às práticas sexuais dos 12 meses anteriores, observaram-se diferenças significativas nos resultados segundo região. Na região Centro-Oeste, foi maior a proporção de pessoas com mais de uma parceria sexual (31,0%), enquanto na região Sudeste foi maior a proporção de pessoas com mais de cinco parcerias casuais (14,2%) e de relações com pessoas conhecidas pela internet (5,9%). Na região Nordeste, foi maior a proporção de pessoas que relataram relações sexuais com parcerias casuais (27,3%), e na região Sul, observou-se maior proporção de pessoas com parcerias fixas (86,6%), conforme mostra a Tabela 7.2. Quando analisados os indicadores sobre as práticas sexuais segundo faixa etária, observou-se que 75,0% da população jovem (15 a 24 anos) haviam iniciado a prática sexual, 67,5% relataram relação sexual nos 12 meses anteriores e 58,3% no último mês. Note-se que as faixas etárias relatadas referem-se às idades dos participantes no momento da pesquisa. Entre a população de 25 a 64 anos, aproximadamente 99% já haviam iniciado a prática sexual. Em relação ao início da prática sexual antes dos 15 anos, a maior proporção observada foi entre os jovens de 15 a 24 anos (35%). Entre os adultos jovens (25 a 34 anos), a proporção foi de 27,4%. Quanto ao número de parcerias sexuais, as maiores proporções de pessoas com mais de uma parceria na vida foram observadas nos indivíduos com idade entre 25 e 34 anos (77,1%) e jovens entre 15 e 24 anos (70,7%). A proporção de pessoas com mais de dez parcerias na vida foi maior na faixa de 35 a 44 anos (47,0%), seguida das pessoas entre 25 e 34 anos (46,4%) e daquelas entre 15 e 24 anos de idade (35,4%). Os jovens entre 15 e 24 anos foram os que mais relataram relação sexual com pessoas do mesmo sexo (8,8%). Os indicadores sobre os 12 meses anteriores mostraram que os jovens foram os que mais relataram ter tido mais de uma parceria sexual (39,0%) e mais de cinco 95 95 96 Ministério da Saúde parcerias casuais (19,5%). Aproximadamente 41% referiram relação com parceiros casuais nos 12 meses anteriores, e 9,1% informaram ter se relacionado com pessoas que conheceram pela internet. Além disso, notou-se que o aumento da proporção de pessoas com parcerias fixas foi diretamente proporcional ao aumento da faixa etária. As práticas sexuais segundo estado conjugal estão apresentadas na Tabela 7.4. A proporção de pessoas que iniciaram a prática sexual antes dos 15 anos é maior entre aqueles que não viviam com companheiro(a) no momento da pesquisa (28,1%). Estes também foram os que mais referiram relação sexual com pessoas do mesmo sexo (8,9%), relação nos últimos 12 meses com mais de uma parceria (48,0%), com mais de cinco parcerias (26,9%), com parcerias casuais (51,1%) e com pessoas que conheceram pela internet (9,7%). Não foram observadas diferenças estatisticamente significativas quanto à proporção de pessoas com mais de dez parcerias na vida segundo estado conjugal (p-valor = 0,173). A proporção de pessoas que tiveram alguma relação sexual na vida e/ou nos 12 meses anteriores diferiu segundo o grau de escolaridade. Notou-se diminuição dessa proporção à medida que aumentou o nível de instrução. Não foram observadas diferenças significativas na proporção de pessoas que tiveram relação sexual no último mês segundo escolaridade (p-valor = 0,458). A proporção de pessoas que iniciaram a prática sexual antes dos 15 anos de idade foi maior entre aquelas que haviam completado o ensino fundamental. As pessoas com nível médio completo ou mais apresentaram maiores proporções de mais de uma parceria sexual na vida (72,8%), mais de dez parcerias na vida (45,6%), relação sexual com pessoa do mesmo sexo (7,2%), mais de uma parceria sexual nos 12 meses anteriores (29,2%), mais de cinco parcerias casuais nos 12 meses anteriores (13,3%), parcerias casuais nos 12 meses anteriores (26,6%) e relação sexual com pessoas que conheceram pela internet (6,0%). Não há diferença significativa nas proporções relacionadas com parcerias fixas segundo a escolaridade (p-valor = 0,280), como observado na Tabela 7.5. Em relação à raça/cor, notou-se que os indígenas apresentaram as maiores proporções de início de prática sexual antes dos 15 anos (42,9%), mais de uma parceria nos 12 meses anteriores (32,6%), mais de cinco parcerias casuais nos 12 meses anteriores (15,2%) e parcerias casuais nos 12 meses anteriores (41,3%). A população autodeclarada preta foi a que apresentou a maior proporção de mais de dez parcerias sexuais na vida (49,9%) e também de relação sexual com pessoa do mesmo sexo (7,6%), conforme Tabela 7.6. Os indicadores das práticas sexuais diferiram segundo a situação de trabalho, exceto com relação à proporção de pessoas que referiram parceria fixa nos 12 meses anteriores (p-valor = 0,300). Observaramse resultados maiores em todos os indicadores de prática sexual entre as pessoas que trabalhavam, como mostra a Tabela 7.7. Quando analisadas as práticas sexuais em cada uma das classes econômicas, 93,9% dos indivíduos das classes D/E já haviam iniciado a prática sexual; no entanto, a ocorrência de relações sexuais nos 12 meses anteriores e no último mês foi maior nas classes A/B, superando os 80%. A proporção de pessoas que iniciaram a prática sexual antes dos 15 anos foi maior entre aquelas das classes D/E (28,1%) e menor entre as pessoas das classes A/B (22,4%). A proporção de pessoas com mais de 10 parcerias sexuais na vida foi maior entre os indivíduos das classes A/B (45,8%). Além disso, observou-se que, entre as pessoas sexualmente ativas nos 12 meses anteriores, à medida que se elevou a classe econônica, diminuiu-se a proporção de parcerias casuais e aumentou-se a proporção de parcerias fixas, segundo a Tabela 7.8. Quanto ao tipo de localidade de residência (urbana ou rural), não se observaram diferenças significativas nas proporções de pessoas que já haviam iniciado a prática sexual (p-valor = 0,897), que relataram relação sexual nos 12 meses anteriores (p-valor = 0,856) e no último mês (p-valor = 0,769). Entre a população sexualmente ativa, os residentes da zona urbana foram os que mais referiram relação sexual com pessoas do mesmo sexo (6,7%) e mais de dez parcerias sexuais na vida (70,1%). Enquanto 5,3% das pessoas residentes na zona urbana tiveram relação sexual com pessoas que conheceram pela internet nos 12 meses anteriores, entre os residentes da zona rural essa proporção foi de 1,5%, conforme apresentado na Tabela 7.9. PCAP 2013 Das pessoas que afirmaram não possuir acesso à internet, 96,4% afirmaram já ter iniciado a prática sexual, em oposição a 89,8% daquelas que possuíam acesso à internet. No entanto, em relação aos 12 meses anteriores, essas proporções se inverteram, tornando-se maiores entre as pessoas com acesso à internet (82,8%). As pessoas com acesso à internet apresentaram maior número de parcerias sexuais na vida e nos 12 meses anteriores, conforme mostra a Tabela 7.10. A Tabela 7.11 apresenta os indicadores referentes ao uso de preservativo, conforme os tipos de parceria e o momento da relação sexual. Note-se que o indicador de uso de preservativo na primeira relação sexual traz dados exclusivamente da população sexualmente ativa entre 15 e 24 anos, em todas as análises, como se poderá observar posteriormente, na Tabela 7.14. Verificou-se que 64,2% dos jovens sexualmente ativos entre 15 e 24 anos de idade no momento da pesquisa utilizaram preservativo na primeira relação sexual. Entre a população sexualmente ativa dos 12 meses anteriores à pesquisa, 39,1% usaram preservativo na última relação, independentemente do tipo de parceria, e 66,7% usaram preservativo em relações com parceria casual. O uso de preservativo em todas as relações sexuais aconteceu em 23,5% com qualquer parceria, 19,9% com parceria fixa e 54,9% com parceria casual. Quando analisados separadamente os dados por região do país, observaram-se diferenças estatisticamente significativas nos indicadores de uso de preservativo na última relação sexual (p-valor = 0,047), em todas as relações com qualquer parceria (p-valor < 0,001) e em todas as relações com parceria casual (p-valor = 0,001). Quando avaliado o uso de preservativo em todas as relações sexuais, observouse maior frequência nos indivíduos da região Sudeste, conforme Tabela 7.12. A comparação por sexo mostra não haver diferença significativa quanto ao uso de preservativo na primeira relação sexual entre os jovens (p-valor = 0,952); entretanto, o seu uso na população de 15 a 64 anos que teve relação sexual nos últimos 12 meses é maior entre os homens, independentemente do tipo de parceria e da regularidade do uso do insumo, conforme mostra a Tabela 7.13. Na Tabela 7.14, na análise por faixa etária, observou-se maior uso do preservativo entre os indivíduos jovens (15 a 24 anos), independentemente do tipo de parceria e da frequência de uso do insumo, com tendência de declínio com o aumento da idade. Em geral, pessoas que não viviam com companheiro(a) apresentaram maior frequência de uso de preservativo. Quando analisada a frequência de uso de preservativo em todas as relações dos 12 meses anteriores, 38,3% das pessoas que relataram não viver com companheiro(a) usaram preservativo em todas as relações sexuais com parcerias fixas, proporção que caiu para 12,7% entre aquelas que viviam com companheiro(a), como observado na Tabela 7.15. O uso de preservativo na primeira relação sexual entre os jovens de 15 a 24 anos não diferiu de acordo com o grau de escolaridade (p-valor = 0,452). No entanto, observou-se aumento do uso do insumo com o aumento do grau de instrução, independentemente do tipo de parceria e de frequência de uso, conforme Tabela 7.16. Não foram observadas diferenças significativas no uso de preservativo de acordo com raça/cor, mesmo entre parcerias fixas, ou ainda se houve uso do insumo em todas as relações sexuais ou somente na última, como mostra a Tabela 7.17. Quando analisados os indicadores de uso de preservativo por situação de trabalho, apresentados na Tabela 7.18, observaram-se diferenças significativas de uso do insumo na última relação sexual (p-valor = 0,003), na última relação com parceria casual (p-valor = 0,020), em todas as relações com qualquer parceria (p-valor = 0,006) e em todas as relações com parcerias casuais (p-valor = 0,002). Em todos esses indicadores, perceberam-se maiores proporções de uso de preservativo entre as pessoas que trabalhavam. Em geral, o uso de preservativo, quando avaliado de acordo com a classe econômica, não apresenta diferenças estatisticamente significativas entre as classes, exceto em relação ao seu uso em todas as relações sexuais com parcerias casuais (p-valor = 0,041), onde se pode observar um aumento na frequência de uso à medida que aumenta a classe econônica (Tabela 7.19). 97 97 98 Ministério da Saúde As proporções de uso de preservativo na primeira relação sexual entre jovens de 15 a 24 anos não apresentaram diferenças estatísticas significativas em relação ao local de residência dos indivíduos, se em zona urbana ou em zona rural (p-valor = 0,998). Em geral, observou-se que o uso do insumo foi maior entre os residentes de zonas urbanas, quando questionados sobre sua última relação sexual e todas as relações sexuais nos 12 meses anteriores com qualquer parceria ou com parcerias fixas, como mostra a Tabela 7.20. Entre as pessoas que afirmaram possuir acesso à internet, observou-se maior frequência no uso de preservativo, independentemente do tipo de parceria sexual e da frequência de uso, conforme Tabela 7.21. Tabela 7.1 Percentual (%) de indivíduos com idade entre 15 e 64 anos segundo indicadores de práticas sexuais relacionadas à transmissão da infecção pelo HIV e outras IST, por sexo. Brasil, 2013. Grupo populacional Práticas sexuais População sexualmente ativa na vida Masculino Feminino p-valor nº % nº % nº % 11051 92,7 5505 94,5 5546 90,9 <0,001 Nos últimos 12 meses 9530 81,3 4913 86,6 4617 76,3 <0,001 No último mês 8257 79,6 4240 81,6 4017 77,7 <0,001 Relações sexuais antes dos 15 anos 2765 25,1 1912 34,9 853 15,4 <0,001 Mais de uma parceria na vida 7544 69,2 4402 81,5 3141 57,0 <0,001 Mais de dez parcerias na vida 3265 43,9 2445 56,6 819 26,3 <0,001 705 6,5 424 7,9 281 5,1 <0,001 Mais de uma parceria sexual nos últimos 12 meses 2638 27,7 1838 37,4 799 17,3 <0,001 Mais de cinco parcerias casuais nos últimos 12 meses 1152 12,1 878 17,9 274 5,9 <0,001 7665 81,1 3775 77,7 3890 84,6 <0,001 2314 24,5 1617 33,5 697 15,2 <0,001 449 4,7 346 7,0 103 2,2 <0,001 Na vida População total Total Relação sexual com pessoa do mesmo sexo na vida População sexualmente Relação com parcerias fixas nos ativa nos últimos 12 últimos 12 meses meses Relação com parcerias casuais nos últimos 12 meses Relação com pessoas que conheceu pela internet nos últimos 12 meses Fonte: Departamento de Vigilância, Prevenção e controle das DST, Aids e Hepatites Virais/SVS/MS. 99 99 PCAP 2013 Tabela 7.2 Percentual (%) de indivíduos com idade entre 15 e 64 anos segundo indicadores de práticas sexuais relacionadas à transmissão da infecção pelo HIV e outras IST, por região. Brasil, 2013. Práticas sexuais Total Norte Nordeste nº % nº % Na vida 11051 92,7 867 93,4 2938 91,4 4748 Nos últimos 12 meses 9530 81,3 745 82,0 2494 No último mês 8257 79,6 646 Relações sexuais antes dos 15 anos 2765 25,1 92,5 1672 95,2 826 92,4 78,5 4071 81,4 1485 85,3 736 82,8 <0,001 80,6 2117 76,5 3541 79,9 1297 82,8 655 81,6 <0,001 247 28,6 29,4 21,0 450 27,0 214 26,0 <0,001 Mais de uma parceria na vida 7544 69,2 629 74,1 1818 62,4 3316 70,9 1201 72,4 579 71,6 <0,001 Mais de dez parcerias na vida 3265 43,9 308 49,5 711 39,5 1606 48,9 359 31,0 281 49,2 <0,001 Relação sexual com pessoa do mesmo sexo na vida 705 6,5 69 8,1 169 341 7,3 60 3,6 66 8,1 <0,001 Mais de uma parceria sexual nos últimos 12 meses 2638 27,7 193 25,9 615 24,7 1239 30,4 363 24,4 228 31,0 <0,001 Mais de cinco parcerias casuais nos últimos 12 meses 1152 12,1 86 11,5 300 12,0 14,2 83 5,6 102 13,9 <0,001 Relação com parcerias fixas nos últimos 12 meses 7665 81,1 577 78,5 2002 80,8 3235 80,2 1281 86,6 571 78,9 <0,001 Relação com parcerias casuais nos últimos 12 meses 2314 24,5 190 26,0 675 27,3 1033 25,7 238 16,1 177 24,6 <0,001 449 4,7 34 4,6 85 5,9 53 3,6 35 3,4 Fonte: Departamento de Vigilância, Prevenção e controle das DST, Aids e Hepatites Virais/SVS/MS. 993 580 241 % nº p-valor % 5,8 nº Centro-Oeste nº 861 % Sul % Relação com pessoas que conheceu pela internet nos últimos 12 meses nº Sudeste 4,8 0,001 0,002 100 Ministério da Saúde Tabela 7.3 Grupo populacional Percentual (%) de indivíduos com idade entre 15 e 64 anos segundo indicadores de práticas sexuais relacionadas à transmissão da infecção pelo HIV e outras IST, por faixa etária. Brasil, 2013. Práticas sexuais Na vida População sexualmente ativa nos últimos 12 meses nº 15 a 24 anos % nº % 25 a 34 anos nº % 35 a 44 anos nº % 45 a 64 anos nº % p-valor 11051 92,7 2342 75,0 2956 98,7 3499 99,1 2254 99,0 <0,001 9530 81,3 2082 67,5 2712 92,1 3149 90,7 1587 71,5 <0,001 No último mês 8257 79,6 1661 58,3 2464 89,9 2841 89,7 1292 80,3 <0,001 Relações sexuais antes dos 15 anos 2765 25,1 35,0 27,4 20,2 433 19,3 <0,001 Mais de uma parceria na vida 7544 69,2 1635 70,7 2244 77,1 2384 68,9 1280 57,7 <0,001 Mais de dez parcerias na vida 3265 43,9 574 35,4 1023 46,4 1104 47,0 563 44,6 <0,001 Relação sexual com pessoa do mesmo sexo na vida 705 6,5 204 8,8 216 7,4 199 5,8 86 3,9 <0,001 Mais de um parceiro sexual nos últimos 12 meses 2638 27,7 811 39,0 796 29,4 708 22,5 322 20,3 <0,001 Mais de cinco parceiros casuais nos últimos 12 meses 1152 12,1 405 19,5 367 13,5 293 9,3 87 5,5 <0,001 Relação com parceiros fixos nos últimos 12 meses 7665 81,1 1579 76,7 2141 79,6 2607 83,5 1339 84,7 <0,001 Relação com parceiros casuais nos últimos 12 meses 2314 24,5 839 40,8 707 26,3 572 18,4 196 12,5 <0,001 449 4,7 189 9,1 160 5,9 85 2,7 15 0,9 <0,001 População total Nos últimos 12 meses População sexualmente ativa na vida Total Relação com pessoas que conheceu pela internet nos últimos 12 meses 815 Fonte: Departamento de Vigilância, Prevenção e controle das DST, Aids e Hepatites Virais/SVS/MS. 810 707 101 101 PCAP 2013 Tabela 7.4 Percentual (%) de indivíduos com idade entre 15 e 64 anos segundo indicadores de práticas sexuais relacionadas à transmissão da infecção pelo HIV e outras IST, por estado conjugal. Brasil, 2013. Grupo populacional Total Práticas sexuais nº Na vida % Vive com companheiro(a) Sim Não nº % nº % p-valor 11051 92,7 6713 100,0 4338 83,2 <0,001 Nos últimos 12 meses 9530 81,3 6221 94,4 3309 64,5 <0,001 No último mês 8257 79,6 5802 93,5 2455 59,0 <0,001 Relações sexuais antes dos 15 anos 2765 25,1 1549 23,1 1216 28,1 <0,001 7544 69,2 4318 65,2 3225 75,3 <0,001 3265 43,9 1831 43,0 1434 45,1 0,173 Relação sexual com pessoa do mesmo sexo na vida 705 6,5 324 4,9 380 8,9 <0,001 Mais de uma parceria sexual nos últimos 12 meses 2638 27,7 1051 16,9 1587 48,0 <0,001 Mais de cinco parcerias casuais nos últimos 12 meses População sexualmente ativa Relação com parcerias fixas nos últimos 12 meses nos últimos 12 meses Relação com parcerias casuais nos últimos 12 meses 1152 12,1 261 4,2 891 26,9 <0,001 7665 81,1 5500 89,0 2166 66,1 <0,001 2314 24,5 647 10,5 1667 51,1 <0,001 449 4,7 126 2,0 322 9,7 <0,001 População total Mais de uma parceria na vida População sexualmente ativa na vida Mais de dez parcerias na vida Relação com pessoas que conheceu pela internet nos últimos 12 meses Fonte: Departamento de Vigilância, Prevenção e controle das DST, Aids e Hepatites Virais/SVS/MS.. 102 Ministério da Saúde Tabela 7.5 Grupo populacional Número e percentual (%) de indivíduos com idade entre 15 e 64 anos segundo indicadores de práticas sexuais relacionadas à transmissão da infecção pelo HIV e outras IST, por grau de escolaridade. Brasil, 2013. Práticas sexuais nº Na vida População total Fundamental incompelto Total 11051 % nº % Fundamental completo nº % Médio completo ou mais nº p-valor % 92,7 1258 97,7 2509 94,8 7284 91,1 <0,001 Nos últimos 12 meses 9530 81,3 934 73,8 2059 79,0 6537 83,3 <0,001 No último mês 8257 79,6 773 80,6 1764 80,5 5720 79,3 0,458 Relações sexuais antes dos 15 anos 2765 25,1 347 27,7 695 27,8 1723 23,7 0,001 7544 69,2 751 60,2 1568 63,2 5226 72,8 0,001 3265 43,9 306 41,2 611 39,6 2348 45,6 0,002 705 6,5 57 4,6 133 514 7,2 0,005 Mais de uma parceria sexual nos últimos 12 meses 2638 27,7 218 23,3 513 24,9 1907 29,2 0,001 Mais de cinco parcerias casuais nos últimos 12 meses 1152 12,1 70 7,5 211 10,2 13,3 <0,001 7665 81,1 737 79,6 1638 80,1 5290 81,6 2314 24,5 175 18,9 420 20,5 1719 26,6 <0,001 449 4,7 15 1,6 42 Mais de uma parceria na vida População sexualmente ativa na vida Mais de dez parcerias na vida Relação sexual com pessoa do mesmo sexo na vida População sexualmente ativa Relação com parcerias fixas nos últimos 12 meses nos últimos 12 meses Relação com parcerias casuais nos últimos 12 meses Relação com pessoas que conheceu pela internet nos últimos 12 meses Fonte: Departamento de Vigilância, Prevenção e controle das DST, Aids e Hepatites Virais/SVS/MS. 5,4 2,0 870 391 0,280 6,0 <0,001 103 103 PCAP 2013 Tabela 7.6 Número e percentual (%) de indivíduos com idade entre 15 e 64 anos segundo indicadores de práticas sexuais relacionadas à transmissão da infecção pelo HIV e outras IST, por raça/cor. Brasil, 2013. Grupo Práticas sexuais populacional População total População sexualmente ativa na vida População sexualmente ativa nos últimos 12 meses Total nº Branca % Preta Amarela Parda Indígena nº % nº % nº % nº % nº % p-valor Na vida 11051 92,7 4317 92,3 1575 93,4 4840 92,8 176 90,7 49 89,1 0,747 Nos últimos 12 meses 9530 81,3 3764 81,6 1306 79,8 4197 81,8 146 76,8 46 83,6 0,441 No último mês 8257 79,6 3270 79,5 1116 79,2 3653 80,3 120 73,2 41 78,8 0,604 Relações sexuais antes dos 15 anos 2765 25,1 949 22,1 386 24,6 1350 28,0 46 26,1 21 42,9 <0,001 Mais de uma parceria na vida 7544 69,2 2883 67,4 1110 72,0 3319 69,5 133 76,0 39 79,6 0,060 Mais de 10 parcerias na vida 3265 43,9 1111 39,3 550 49,9 1495 45,6 62 46,6 17 43,6 <0,001 Relação sexual com pessoa do mesmo sexo na vida 705 6,5 224 5,3 117 7,6 331 6,9 20 11,5 2 4,1 0,010 Mais de uma parceria sexual nos últimos 12 meses 2638 27,7 988 26,2 415 31,8 1155 27,5 41 28,1 15 32,6 0,060 Mais de cinco parcerias casuais nos últimos 12 meses 1152 12,1 399 10,6 192 14,7 531 12,7 12 8,2 7 15,2 0,020 Relação com parcerias fixas nos últimos 12 meses 7665 81,1 3122 83,3 1044 81,3 3282 79,0 117 80,1 36 78,3 0,006 Relação com parcerias casuais nos últimos 12 meses 2314 24,5 801 21,4 344 26,7 1089 26,3 45 30,8 19 41,3 <0,001 Relação com pessoas que conheceu pela internet nos últimos 12 meses 449 4,7 185 4,9 57 4,4 187 4,5 6 4,1 7 15,2 0,209 Fonte: MS/SVS/Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais. 104 Ministério da Saúde Tabela 7.7 Grupo populacional Número e percentual (%) de indivíduos com idade entre 15 e 64 anos segundo indicadores de práticas sexuais relacionadas à transmissão da infecção pelo HIV e outras IST, por situação de trabalho. Brasil, 2013. Práticas sexuais População sexualmente ativa na vida Não p-valor % nº % nº % 11051 92,7 6819 98,0 4232 85,2 <0,001 Nos últimos 12 meses 9530 81,3 6165 89,7 3366 69,4 <0,001 No último mês 8257 79,6 5464 87,0 2793 68,4 <0,001 Relações sexuais antes dos 15 anos 2765 25,1 1774 26,1 991 23,5 0,025 Mais de uma parceria na vida 7544 69,2 5162 76,5 2381 57,2 <0,001 Mais de dez parcerias na vida 3265 43,9 2465 48,5 800 34,0 <0,001 705 6,5 474 7,0 231 5,5 0,035 Mais de uma parceria sexual nos últimos 12 meses 2638 27,7 1894 30,7 744 22,1 <0,001 Mais de cinco parcerias casuais nos últimos 12 meses 1152 12,1 825 13,4 326 9,7 <0,001 Relação com parcerias fixas nos últimos 12 meses 7665 81,1 4936 80,7 2729 81,9 0,300 Relação com parcerias casuais nos últimos 12 meses 2314 24,5 1617 26,5 697 20,9 <0,001 449 4,7 328 5,3 121 3,6 0,005 Relação sexual com pessoa do mesmo sexo na vida População sexualmente ativa nos últimos 12 meses Sim nº Na vida População total Trabalha Total Relação com pessoas que conheceu pela internet nos últimos 12 meses Fonte: Departamento de Vigilância, Prevenção e controle das DST, Aids e Hepatites Virais/SVS/MS. 105 105 PCAP 2013 Tabela 7.8 Grupo populacional Número e percentual (%) de indivíduos com idade entre 15 e 64 anos segundo indicadores de práticas sexuais relacionadas à transmissão da infecção pelo HIV e outras IST, por classe econômica. Brasil, 2013. Práticas sexuais Classe D/E p-valor % nº % nº % nº % 11051 92,7 3324 91,3 5813,0 93,0 1914 93,9 0,018 9530 81,3 3011 84,3 4991,0 81,2 1529 76,3 <0,001 No último mês 8257 79,6 2702 81,4 4282,0 79,3 1274 77,4 0,029 Relações sexuais antes dos 15 anos 2765 25,1 742 22,4 1486,0 25,6 536 28,1 0,003 Mais de uma parceria na vida 7544 69,2 2344 71,6 4002,0 69,8 1198 63,2 0,802 Mais de dez parcerias na vida 3265 43,9 1058 45,8 1739,0 44,2 468 39,4 0,040 705 6,5 216 6,6 385,0 6,7 104 5,5 0,334 Mais de uma parceria sexual nos últimos 12 meses 2638 27,7 832 27,6 1396,0 28,0 410 26,8 0,802 Mais de cinco parcerias casuais nos últimos 12 meses 1152 12,1 383 12,7 594,0 11,9 175 11,4 0,558 Relação com parcerias fixas nos últimos 12 meses 7665 81,1 2547 85,2 3955,0 80,0 1164 76,6 <0,001 Relação com parcerias casuais nos últimos 12 meses 2314 24,5 683 22,9 1215,0 24,7 417 27,4 0,024 449 4,7 168 5,6 250,0 5,0 30 2,0 <0,001 População total Nos últimos 12 meses Relação sexual com pessoa do mesmo sexo na vida População sexualmente ativa nos últimos 12 meses Classe C nº Na vida População sexualmente ativa na vida Classe A/B Total Relação com pessoas que conheceu pela internet nos últimos 12 meses Fonte: Departamento de Vigilância, Prevenção e controle das DST, Aids e Hepatites Virais/SVS/MS 106 Ministério da Saúde Tabela 7.9 Grupo populacional Número e percentual (%) de indivíduos com idade entre 15 e 64 anos segundo indicadores de práticas sexuais relacionadas à transmissão da infecção pelo HIV e outras IST, por local de residência. Brasil, 2013. Práticas sexuais Na vida População total População sexualmente ativa na vida Total nº Urbana % nº Rural % nº % p-valor 11051 92,7 9392 92,7 1659 92,6 0,897 Nos últimos 12 meses 9530 81,3 8106 81,3 1424 81,1 0,856 No último mês 8257 79,6 7029 79,7 1229 79,3 0,769 Relações sexuais antes dos 15 anos 2765 25,1 2345 25,1 420 25,4 0,845 Mais de uma parceria na vida 7544 69,2 6492 70,1 1051 64,0 0,002 Mais de dez parcerias na vida 3265 43,9 2846 44,5 419 40,3 0,072 Relação sexual com pessoa do mesmo sexo na vida 705 6,5 624 6,7 81 4,9 0,023 Mais de uma parceria sexual nos últimos 12 meses 2638 27,7 2312 28,5 326 22,9 0,002 Mais de cinco parcerias casuais nos últimos 12 meses 1152 12,1 1024 12,6 127 8,9 0,002 7665 81,1 6540 81,3 1126 79,8 0,327 2314 24,5 1989 24,8 325 23,0 0,170 449 4,7 426 5,3 22 1,5 <0,001 População Relação com parcerias fixas nos últimos 12 sexualmente ativa meses nos últimos 12 meses Relação com parcerias casuais nos últimos 12 meses Relação com pessoas que conheceu pela internet nos últimos 12 meses Fonte: Departamento de Vigilância, Prevenção e controle das DST, Aids e Hepatites Virais/SVS/MS 107 107 PCAP 2013 Tabela 7.10 Número e percentual (%) de indivíduos com idade entre 15 e 64 anos segundo indicadores de práticas sexuais relacionadas à transmissão da infecção pelo HIV e outras IST, conforme acesso à internet. Brasil, 2013. Grupo populacional Total Práticas sexuais nº Na vida População total População sexualmente ativa na vida Acesso à internet Sim % nº Não % nº p-valor % 11051 92,7 6121 89,8 4930 96,4 <0,001 Nos últimos 12 meses 9530 81,3 5549 82,8 3981 79,3 <0,001 No último mês 8257 79,6 4826 77,7 3431 82,5 <0,001 Relações sexuais antes dos 15 anos 2765 25,1 1556 25,5 1208 24,6 Mais de uma parceria na vida 7544 69,2 4497 74,6 3046 62,5 <0,001 Mais de dez parcerias na vida 3265 43,9 2034 45,9 1231 40,9 Relação sexual com pessoa do mesmo sexo na vida 705 6,5 459 7,6 246 5,0 <0,001 Mais de uma parceria sexual nos últimos 12 meses 2638 27,7 1691 30,5 947 23,8 <0,001 Mais de cinco parcerias casuais nos últimos 12 meses 1152 12,1 778 14,0 373 9,4 <0,001 7665 81,1 4456 81,1 3210 2314 24,5 1532 28,0 782 19,8 <0,001 449 4,7 388 7,0 60 1,5 <0,001 População Relação com parcerias fixas nos últimos 12 sexualmente ativa meses nos últimos 12 meses Relação com parcerias casuais nos últimos 12 meses Relação com pessoas que conheceu pela internet nos últimos 12 meses Fonte: Departamento de Vigilância, Prevenção e controle das DST, Aids e Hepatites Virais/SVS/MS 81,1 0,433 0,002 0,954 108 Ministério da Saúde Tabela 7.11 Numero e percentual (%) de indivíduos sexualmente ativos com idade entre 15 e 64 anos segundo indicadores de uso de preservativos. Brasil, 2013. Subgrupo populacional Uso de preservativos N % População sexualmente ativa na vida Na primeira relação sexual (15 a 24 anos) 1487 64,2 População sexualmente ativa nos últimos 12 meses Na última relação sexual 3697 39,1 População sexualmente ativa nos últimos 12 meses, que teve parceria casual Na última relação sexual com parceria casual 1543 66,7 População sexualmente ativa nos últimos 12 meses Em todas as relações sexuais dos últimos 12 meses com qualquer parceria 2017 23,5 População sexualmente ativa nos últimos 12 meses, que teve parceria fixa Em todas as relações sexuais dos últimos 12 meses com parceria fixa 1528 19,9 População sexualmente ativa nos últimos 12 meses, que teve parceria casual Em todas as relações sexuais dos últimos 12 meses com parceria casual 1271 54,9 Fonte: Departamento de Vigilância, Prevenção e controle das DST, Aids e Hepatites Virais/SVS/MS Tabela 7.12 Percentual (%) de indivíduos sexualmente ativos com idade entre 15 e 64 anos segundo indicadores de uso de preservativos, por região. Brasil, 2013. Sul CentroOeste p-valor 61,8 66,9 58,4 0,199 37,5 39,0 38,1 40,7 0,047 69,7 62,6 69,5 64,2 65,7 0,094 23,5 22,5 21,0 27,0 18,1 23,9 <0,001 Em todas as relações sexuais dos últimos 12 meses com parceria fixa 19,9 20,0 18,9 21,2 17,7 21,1 0,269 Em todas as relações sexuais dos últimos 12 meses com parceria casual 54,9 53,9 50,8 60,4 46,9 50,1 0,001 Subgrupo populacional Uso de preservativos Total Norte População sexualmente ativa na vida Na primeira relação sexual (15 a 24 anos) 64,2 66,3 66,8 População sexualmente ativa nos últimos 12 meses Na última relação sexual 39,1 45,1 População sexualmente ativa nos últimos 12 meses, que teve parceiro casual Na última relação sexual com parceria casual 66,7 População sexualmente ativa nos últimos 12 meses Em todas as relações sexuais dos últimos 12 meses com qualquer parceria População sexualmente ativa nos últimos 12 meses, que teve parceiro fixo População sexualmente ativa nos últimos 12 meses, que teve parceiro casual Fonte: Departamento de Vigilância, Prevenção e controle das DST, Aids e Hepatites Virais/SVS/MS Nordeste Sudeste 109 109 PCAP 2013 Tabela 7.13 Percentual (%) de indivíduos sexualmente ativos com idade entre 15 e 64 anos segundo indicadores de uso de preservativos, por sexo. Brasil, 2013. Subgrupo populacional Uso de preservativos Total Masculino Feminino p-valor População sexualmente ativa na vida Na primeira relação sexual (15 a 24 anos) 64,2 64,2 64,3 0,952 População sexualmente ativa nos últimos 12 meses Na última relação sexual 39,1 44,6 33,3 <0,001 População sexualmente ativa nos últimos 12 meses, que teve parceiro casual Na última relação sexual com parceria casual 66,7 72,5 53,3 <0,001 População sexualmente ativa nos últimos 12 meses Em todas as relações sexuais dos últimos 12 meses com qualquer parceria 23,5 27,5 19,2 <0,001 População sexualmente ativa nos últimos 12 meses, que teve parceiro fixo Em todas as relações sexuais dos últimos 12 meses com parceria fixa 19,9 22,1 17,9 0,001 População sexualmente ativa nos últimos 12 meses, que teve parceiro casual Em todas as relações sexuais dos últimos 12 meses com parceria casual 54,9 60,9 41,1 <0,001 Fonte: Departamento de Vigilância, Prevenção e controle das DST, Aids e Hepatites Virais/SVS/MS Tabela 7.14 Percentual (%) de indivíduos sexualmente ativos com idade entre 15 e 64 anos segundo indicadores de uso de preservativos, por faixa etária. Brasil, 2013. 15 a 24 25 a 34 35 a 49 50 a 64 anos anos anos anos Subgrupo populacional Uso de preservativos Total População sexualmente ativa na vida Na primeira relação sexual (15 a 24 anos) 64,2 64,2 - - - - População sexualmente ativa nos últimos 12 meses Na última relação sexual 39,1 61,1 41,7 31,8 20,4 <0,001 População sexualmente ativa nos últimos 12 meses, que teve parceiro casual Na última relação sexual com parceria casual 66,7 70,2 66,5 65,8 55,0 0,006 População sexualmente ativa nos últimos 12 meses Em todas as relações sexuais dos últimos 12 meses com qualquer parceria 23,5 36,9 24,6 19,8 10,7 <0,001 População sexualmente ativa nos últimos 12 meses, que teve parceiro fixo Em todas as relações sexuais dos últimos 12 meses com parceria fixa 19,9 34,2 20,3 16,2 9,7 <0,001 População sexualmente ativa nos últimos 12 meses, que teve parceiro casual Em todas as relações sexuais dos últimos 12 meses com parceria casual 54,9 56,6 54,5 56,7 43,9 0,033 Fonte: Departamento de Vigilância, Prevenção e controle das DST, Aids e Hepatites Virais/SVS/MS p-valor 110 Ministério da Saúde Tabela 7.15 Percentual (%) de indivíduos sexualmente ativos com idade entre 15 e 64 anos segundo indicadores de uso de preservativos, por estado conjugal. Brasil, 2013. Subgrupo populacional Uso de preservativos Total Vive com companheiro(a) Sim Não p-valor População sexualmente ativa na vida Na primeira relação sexual (15 a 24 anos) 64,2 54,5 68,2 <0,001 População sexualmente ativa nos últimos 12 meses Na última relação sexual 39,1 25,9 63,9 <0,001 População sexualmente ativa nos últimos 12 meses, que teve parceiro casual Na última relação sexual com parceria casual 66,7 55,1 71,2 <0,001 População sexualmente ativa nos últimos 12 meses Em todas as relações sexuais dos últimos 12 meses com qualquer parceria 23,5 12,7 43,4 <0,001 População sexualmente ativa nos últimos 12 meses, que teve parceiro fixo Em todas as relações sexuais dos últimos 12 meses com parceria fixa 19,9 12,7 38,3 <0,001 População sexualmente ativa nos últimos 12 meses, que teve parceiro casual Em todas as relações sexuais dos últimos 12 meses com parceria casual 54,9 45,6 58,5 <0,001 Fonte: Departamento de Vigilância, Prevenção e controle das DST, Aids e Hepatites Virais/SVS/MS. Tabela 7.16 Percentual (%) de indivíduos sexualmente ativos com idade entre 15 e 64 anos segundo indicadores de uso de preservativos, por grau de escolaridade. Brasil, 2013. Médio Fundamental Fundamental completo incompleto completo ou mais Subgrupo populacional Uso de preservativos Total População sexualmente ativa na vida Na primeira relação sexual (15 a 24 anos) 64,2 65,3 60,7 65,0 0,452 População sexualmente ativa nos últimos 12 meses Na última relação sexual 39,1 21,3 32,7 43,6 <0,001 População sexualmente ativa nos últimos 12 meses, que teve parceiro casual Na última relação sexual com parceria casual 66,7 53,5 61,1 69,4 <0,001 População sexualmente ativa nos últimos 12 meses Em todas as relações sexuais dos últimos 12 meses com qualquer parceria 23,5 11,3 18,6 26,6 <0,001 População sexualmente ativa nos últimos 12 meses, que teve parceiro fixo Em todas as relações sexuais dos últimos 12 meses com parceria fixa 19,9 9,0 16,3 22,6 <0,001 População sexualmente ativa nos últimos 12 meses, que teve parceiro casual Em todas as relações sexuais dos últimos 12 meses com parceria casual 54,9 42,0 50,9 57,2 0,002 Fonte: Departamento de Vigilância, Prevenção e controle das DST, Aids e Hepatites Virais/SVS/MS. p-valor 111 111 PCAP 2013 Tabela 7.17 Percentual (%) de indivíduos sexualmente ativos com idade entre 15 e 64 anos segundo indicadores de uso de preservativos, por raça/cor. Brasil, 2013. Subgrupo populacional Uso de preservativos População sexualmente ativa na vida Na primeira relação sexual (15 a 24 anos) Total Branca Preta Parda Amarela Indígena p-valor 64,2 64,9 60,7 64,3 64,3 73,3 0,838 População sexualmente ativa nos Na última relação sexual últimos 12 meses 39,1 38,7 39,6 38,9 40,7 45,9 0,939 População sexualmente ativa nos Na última relação sexual com últimos 12 meses, que teve parceiro parceria casual casual 66,7 66,3 69,3 65,8 68,9 72,3 0,892 Em todas as relações sexuais dos População sexualmente ativa nos últimos 12 meses com qualquer últimos 12 meses parceria 23,5 22,2 24,4 24,4 18,4 28,6 0,422 População sexualmente ativa nos Em todas as relações sexuais dos últimos 12 meses, que teve parceiro últimos 12 meses com parceria fixa fixo 19,9 18,9 20,4 20,6 16,9 20,2 0,702 População sexualmente ativa nos Em todas as relações sexuais dos últimos 12 meses, que teve parceiro últimos 12 meses com parceria casual casual 54,9 54,6 58,6 54,3 50,1 41,4 0,699 Fonte: Departamento de Vigilância, Prevenção e controle das DST, Aids e Hepatites Virais/SVS/MS. Tabela 7.18 Número e percentual (%) de indivíduos sexualmente ativos com idade entre 15 e 64 anos segundo indicadores de uso de preservativos, por situação de trabalho. Brasil, 2013. Subgrupo populacional Uso de preservativos Total População sexualmente ativa na vida Na primeira relação sexual (15 a 24 anos) População sexualmente ativa nos últimos 12 meses Na última relação sexual Trabalha p-valor Sim Não 64,2 63,9 64,6 0,806 39,1 40,5 36,5 0,003 66,7 68,6 62,4 0,020 Em todas as relações sexuais dos últimos 12 meses com qualquer parceria 23,5 24,6 21,3 0,006 População sexualmente ativa nos últimos 12 meses, Em todas as relações sexuais dos últimos 12 meses que teve parceiro fixo com parceria fixa 19,9 20,4 19,2 0,348 População sexualmente ativa nos últimos 12 meses, Em todas as relações sexuais dos últimos 12 meses que teve parceiro casual com parceria casual 54,9 57,6 48,7 0,002 População sexualmente ativa nos últimos 12 meses, Na última relação sexual com parceria casual que teve parceiro casual População sexualmente ativa nos últimos 12 meses Fonte: Departamento de Vigilância, Prevenção e controle das DST, Aids e Hepatites Virais/SVS/MS. 112 Ministério da Saúde Tabela 7.19 Número e percentual (%) de indivíduos sexualmente ativos com idade entre 15 e 64 anos segundo indicadores de uso de preservativos, por classe econômica. Brasil, 2013. Uso de preservativos Total Classe A/B Classe C Classe D/E p-valor Na primeira relação sexual (15 a 24 anos) 64,2 68,2 63,2 61,1 0,158 Na última relação sexual 39,1 40,2 39,0 37,0 0,247 Na última relação sexual com parceria casual 66,7 69,2 66,6 62,9 0,249 Em todas as relações sexuais dos últimos 12 meses com qualquer parceria 23,5 24,1 23,9 20,7 0,150 Em todas as relações sexuais dos últimos 12 meses com parceria fixa 19,9 20,9 20,0 17,6 0,257 Em todas as relações sexuais dos últimos 12 meses com parceria casual 54,9 57,3 56,0 47,9 0,041 Fonte: Departamento de Vigilância, Prevenção e controle das DST, Aids e Hepatites Virais/SVS/MS. Tabela 7.20 Percentual (%) de indivíduos sexualmente ativos com idade entre 15 e 64 anos segundo indicadores de uso de preservativos, por local de residência. Brasil, 2013. Subgrupo populacional Uso de preservativos Total Urbana Rural p-valor População sexualmente ativa na vida Na primeira relação sexual (15 a 24 anos) 64,2 64,2 64,2 0,998 População sexualmente ativa nos últimos 12 meses Na última relação sexual 39,1 39,7 35,6 0,031 População sexualmente ativa nos últimos 12 meses, que teve parceiro casual Na última relação sexual com parceria casual 66,7 67,2 63,7 0,419 População sexualmente ativa nos últimos 12 meses Em todas as relações sexuais dos últimos 12 meses com qualquer parceria 23,5 24,3 18,6 0,001 População sexualmente ativa nos últimos 12 meses, que teve parceiro fixo Em todas as relações sexuais dos últimos 12 meses com parceria fixa 19,9 20,7 15,3 0,003 População sexualmente ativa nos últimos 12 meses, que teve parceiro casual Em todas as relações sexuais dos últimos 12 meses com parceria casual 54,9 55,8 49,2 0,086 Fonte: Departamento de Vigilância, Prevenção e controle das DST, Aids e Hepatites Virais/SVS/MS. 113 113 PCAP 2013 Tabela 7.21 Percentual (%) de indivíduos sexualmente ativos com idade entre 15 e 64 anos segundo indicadores de uso de preservativos, por acesso à internet. Brasil, 2013. Subgrupo populacional Uso de preservativos Total População sexualmente ativa na vida Na primeira relação sexual (15 a 24 anos) População sexualmente ativa nos últimos 12 meses Acesso à internet p-valor Sim Não 64,2 65,8 59,8 0,029 Na última relação sexual 39,1 45,0 30,9 <0,001 População sexualmente ativa nos últimos 12 meses, que teve parceiro casual Na última relação sexual com parceria casual 66,7 70,4 59,4 <0,001 População sexualmente ativa nos últimos 12 meses Em todas as relações sexuais dos últimos 12 meses com qualquer parceria 23,5 28,4 16,4 <0,001 População sexualmente ativa nos últimos 12 meses, que teve parceiro fixo Em todas as relações sexuais dos últimos 12 meses com parceria fixa 19,9 23,6 14,8 <0,001 População sexualmente ativa nos últimos 12 meses, que teve parceiro casual Em todas as relações sexuais dos últimos 12 meses com parceria casual 54,9 59,6 45,8 <0,001 Fonte: Departamento de Vigilância, Prevenção e controle das DST, Aids e Hepatites Virais/SVS/MS. 8 Populações-chave PCAP 2013 Análise descritiva A Tabela 8.1 apresenta a estimativa do tamanho relativo das populações-chave (intervalo de confiança de 95%), sendo que a maior parte delas está sob maior risco de infecção por HIV, hepatites virais e outras IST. Entre os indivíduos do sexo masculino de 15 a 64 anos, 3,5% declararam ter, no momento da pesquisa, relações sexuais com outros homens (HSH), sendo que 1,2% declararam ser bissexuais (ter relações sexuais com homens e com mulheres), e 2,3% declararam ter relações exclusivamente com homens. A proporção de mulheres lésbicas foi de 4,6%. A proporção de pessoas entre 15 e 64 anos que declararam ter tido relações sexuais em troca de dinheiro nos 12 meses que antecederam a pesquisa foi de 1,1%. Entre as mulheres, 0,8% eram trabalhadoras do sexo. O tamanho relativo do grupo de homens profissionais do sexo de idade entre 15 e 65 anos foi de 1,4%. Cerca de 4,7% dos homens declararam já ter pago por sexo alguma vez nos 12 meses que precederam a pesquisa. Quando questionados sobre o uso de drogas, 10,3% dos entrevistados afirmaram ter feito, pelo menos uma vez na vida, uso de alguma substância psicoativa. No período correspondente à coleta de dados, 2,3% dos indivíduos declararam ainda fazer uso de alguma droga. A partir da amostra populacional do inquérito, foi possível, também, estimar o tamanho das populações-chave no Brasil, com idade entre 15 e 64 anos. Aplicando-se as proporções obtidas no estudo, estima-se que, no ano de 2013, a população de homens que fazem sexo com homens (HSH) no país era de aproximadamente 2.275.400 indivíduos. Dentre eles, 780.100 eram bissexuais, e 1.495.300 faziam sexo apenas com homens. A população de lésbicas foi estimada em 3.125.300 mulheres. Quanto a profissionais do sexo, os números estimados foram de 910.200 indivíduos do sexo masculino e 543.500 do sexo feminino. Aferiu-se ainda que 3.055.600 homens brasileiros foram clientes de profissionais do sexo nos 12 meses que precederam o inquérito. Com relação ao uso de drogas, aproximadamente 3.057.920 pessoas faziam uso destas no ano de 2013. Além disso, estima-se que, entre os brasileiros de 15 a 64 anos, 13.694.170 já haviam feito uso de substâncias psicoativas pelo menos alguma vez na vida, até o ano de 2013. Aproximadamente 30% dos indivíduos sexualmente ativos de 15 a 64 anos residentes em áreas urbanas declararam ter recebido preservativo de graça ou no serviço de saúde, ou em ONG, ou em escolas, sendo de 25,8% a proporção correspondente entre aqueles residentes em áreas rurais. Enquanto 6,3% dos indivíduos residentes em áreas urbanas declararam ter recebido preservativo de graça em ONG, entre aqueles residentes em zonas rurais o mesmo percentual foi de quase 3% (Tabela 8.1). 117 117 118 Ministério da Saúde Tabela 8.1 Estimativa das populações sob maior risco para o HIV, Hepatites Virais e outras IST. Brasil, 2013. Tamanho relativo (%) IC95% Tamanho estimado (em milhares de pessoas de 15-64 anos) 3,5% 2,9 - 4,3 2275,4 Bissexuais 1,2% 0,9-1,6 780,1 Sexo apenas com homens 2,3% 1,8-3,0 1495,3 Lésbicas 4,6% 3,8 - 5,4 3125,3 Profissionais do sexo 1,1% 0,9 - 1,4 1462,5 Sexo masculino 1,4% 1,0 - 2,0 910,2 Sexo feminino 0,8% 0,6 - 1,2 543,5 4,7% 4,1-5,4 3055,6 Uso pelo menos uma vez na vida 10,3% 9,4-11,2 13694,2 Usa atualmente 2,3% 1,9-2,8 3057,9 Populações sob maior risco HSH* Homens clientes de profissionais do sexo PUD** * Homens que fazem sexo com homens ** Pessoas que usam drogas Fonte: Departamento de Vigilância, Prevenção e controle das DST, Aids e Hepatites Virais/SVS/MS. 9 Uso de drogas PCAP 2013 Análise descritiva Segundo a Tabela 9.1, 71,8% da população brasileira entre 15 e 64 anos já haviam bebido álcool alguma vez na vida e 42,0% declararam usar álcool no período de realização da pesquisa. O uso de maconha alguma vez na vida pela população geral foi de 15,6%, e 4,8% faziam uso da substância no período da pesquisa. Aproximadamente 2% da população já haviam usado crack alguma vez na vida, sendo que 0,4% declarou ainda fazer uso da substância. A cocaína em pó e a injetável foram utilizadas alguma vez na vida por 5,8% e 1% da população, respectivamente. O uso de cocaína em pó no período da coleta dos dados era de 1%, e da injetável, 0,2%. Cerca de 5% da população brasileira declararam já ter feito uso de anfetamina, e 1,3% declarou uso da substância no período. Observaram-se diferenças estatisticamente relevantes quando avaliado o uso de drogas alguma vez na vida separadamente por região. Em geral, os(as) residentes da região Sudeste fizeram e faziam, no período, mais uso de maconha, crack, anfetamina, cocaína em pó e injetável do que as demais regiões. Note-se, ainda, que os residentes da região Centro-Oeste declararam maior frequência de uso de álcool do que os habitantes das demais regiões, conforme mostra a Tabela 9.2. Quando comparados os sexos, os homens relataram maior uso de álcool, maconha, crack e cocaína em pó. Cerca de 80% da população do sexo masculino declararam já ter feito uso de bebida alcoólica, e 22,1%, 2,6% e 8,7% já usaram maconha, crack e cocaína em pó alguma vez na vida, respectivamente. Não foram observadas diferenças significativas entre os sexos quanto ao uso de cocaína injetável e anfetamina, segundo mostra a Tabela 9.3. Em relação ao uso de drogas segundo faixa etária, note-se que, em geral, a população entre 25 e 34 anos apresentou maiores proporções de uso, alguma vez na vida, de álcool (78,6%), maconha (20,7%), crack (2,7%), cocaína em pó (9,5%) e anfetamina (6,2%). Apesar do uso de maconha ao menos uma vez na vida ter sido maior entre a população de 25 a 34 anos, a proporção de uso da substância no período da coleta dos dados foi maior entre os jovens de 15 a 24 anos (8,4%). Não foram observadas diferenças significativas quanto ao uso de cocaína injetável alguma vez na vida ou naquele período, conforme mostra a Tabela 9.4. Quando avaliado o uso de drogas entre pessoas que viviam ou não com companheiro(a) no momento da pesquisa, apenas o uso de álcool alguma vez na vida foi maior entre as pessoas que viviam com companheiro (73,4%). As proporções de uso de maconha, de cocaína em pó na vida ou no período da pesquisa, e de crack alguma vez na vida foram maiores entre as pessoas que não viviam com companheiro, segundo mostra a Tabela 9.5. Em relação à escolaridade, observou-se que, à medida que aumentou o nível de instrução, aumentou também a proporção de uso de álcool e maconha no período ou alguma vez na vida, e de cocaína em pó alguma vez na vida. Em relação à proporção de uso de crack na vida, observou-se que esta foi maior entre as pessoas com ensino fundamental completo (2,4%). Não foram observadas diferenças significativas entre as proporções de uso de cocaína injetável e anfetamina segundo o grau de instrução, conforme apresentado na Tabela 9.6. No que diz respeito à raça/cor, a população autodeclarada preta apresentou maior frequência de 121 121 122 Ministério da Saúde uso de maconha na vida e naquele período, de cocaína injetável também no período e de anfetamina na vida. Quanto ao uso de crack na vida, observou-se maior frequência na população indígena (4,6%), conforme mostra a Tabela 9.7. Para o uso de álcool, não foram observadas diferenças significativas por raça/cor. Em relação ao uso de drogas de acordo com o estado laboral, apresentado na Tabela 9.8, observaramse maiores proporções de uso de álcool e de cocaína em pó na vida e no período entre os indivíduos que estavam em algum regime de trabalho. Além disso, foi também maior entre essa população o uso de maconha no período da obtenção dos dados (18,7%). Na Tabela 9.9 estão apresentadas as proporções de uso de drogas segundo classe social. Note-se que, à medida que diminuiu a classe social, diminuiu também a proporção de uso de anfetamina alguma vez na vida, de uso de álcool na vida e naquele período. A proporção de uso de maconha na vida foi maior entre a população da classe C (16,9%), seguida das classes A/B (16,1%), e menor nas classes D/E (10,7%). Não foram observadas diferenças significativas no uso de maconha no período, crack, cocaína em pó e injetável segundo classe econômica. As proporções de uso de álcool (na vida e no período), maconha (na vida e no período), crack (na vida) e cocaína (na vida) foram maiores entre os(as) residentes da zona urbana: aproximadamente duas vezes maiores que entre os(as) residentes da zona rural. Não foram observadas diferenças estatisticamente significativas nas proporções de uso de cocaína injetável e anfetamina em relação ao local de residência, conforme mostra a Tabela 9.10. Pessoas que possuíam acesso à internet apresentaram maiores proporções de uso na vida de: álcool (74,9%), maconha (18,9%), cocaína em pó (6,8%) e anfetamina (5,9%). Em relação ao uso de substâncias no período, foi estatisticamente maior a proporção de uso de álcool (46,0%) e de maconha (6,2%) entre as pessoas com acesso à internet. Não foram observadas diferenças significativas na comparação de uso de crack (na vida e no período), cocaína injetável (na vida e no período), cocaína em pó e anfetamina (no período) segundo acesso à internet, segundo mostra a Tabela 9.11. 123 123 PCAP 2013 Tabela 9.1 Percentual (%) de indivíduos com idade entre 15 e 64 anos, segundo o uso de drogas. Brasil, 2013. Drogas Uso Álcool Maconha Crack Cocaína em pó Cocaína injetável Anfetamina % Na vida 71,8 Atual 42,0 Na vida 15,6 Atual 4,8 Na vida 1,7 Atual 0,4 Na vida 5,8 Atual 1,0 Na vida 1,0 Atual 0,2 Na vida 5,3 Atual 1,3 Fonte: Departamento de Vigilância, Prevenção e controle das DST, Aids e Hepatites Virais/SVS/MS. Tabela 9.2 Drogas Álcool Maconha Crack Cocaína em pó Cocaína injetável Anfetamina Percentual (%) de indivíduos com idade entre 15 e 64 anos, segundo o uso de drogas, por região. Brasil, 2013. Uso Norte Nordeste Sudeste Sul CentroOeste p-valor Na vida 65,6 71,4 72,0 74,0 74,4 0,028 Atual 30,0 38,9 45,2 42,4 46,7 <0,001 Na vida 10,7 10,2 20,6 15,7 11,5 <0,001 Atual 2,5 2,1 7,7 4,0 2,5 <0,001 Na vida 0,6 1,1 2,4 1,8 0,8 <0,001 Atual 0,2 0,2 0,8 0,1 0,2 <0,001 Na vida 2,8 4,1 8,4 3,9 4,2 <0,001 Atual 0,8 0,6 1,8 0,2 0,3 <0,001 Na vida 0,1 0,9 1,4 0,6 1,0 0,016 Atual 0,1 0,1 0,4 0,0 0,1 0,117 Na vida 3,1 3,7 6,5 6,0 4,9 <0,001 Atual 0,8 0,8 2,0 0,5 0,8 <0,001 Fonte: Departamento de Vigilância, Prevenção e controle das DST, Aids e Hepatites Virais/SVS/MS 124 Ministério da Saúde Tabela 9.3 Percentual (%) de indivíduos com idade entre 15 e 64 anos, segundo o uso de drogas, por sexo. Brasil, 2013. Drogas Uso Álcool Maconha Crack Cocaína em pó Cocaína injetável Anfetamina Masculino Feminino p-valor Na vida 80,9 63,3 <0,001 Atual 53,7 31,1 <0,001 Na vida 22,1 9,5 <0,001 Atual 6,7 3,1 <0,001 Na vida 2,6 0,8 <0,001 Atual 0,6 0,3 0,047 Na vida 8,7 3,1 <0,001 Atual 1,3 0,8 0,035 Na vida 1,1 0,9 0,427 Atual 0,3 0,1 0,223 Na vida 5,1 5,4 0,727 Atual 1,3 1,2 0,577 Fonte: Departamento de Vigilância, Prevenção e controle das DST, Aids e Hepatites Virais/SVS/MS. Tabela 9.4 Drogas Álcool Maconha Crack Cocaína em pó Cocaína injetável Anfetamina Percentual (%) de indivíduos com idade entre 15 e 64 anos, segundo o uso de drogas, por faixa etária. Brasil, 2013. Uso 15 a 24 anos 25 a 34 anos 35 a 49 anos 50 a 64 anos p-valor Na vida 66,3 78,6 75,0 65,7 <0,001 Atual 38,7 50,7 44,0 32,2 <0,001 Na vida 19,1 20,7 14,3 5,9 <0,001 Atual 8,4 5,8 3,0 1,3 <0,001 Na vida 1,5 2,7 1,5 0,7 <0,001 Atual 0,5 0,5 0,4 0,2 0,612 Na vida 5,7 9,5 5,4 1,8 <0,001 Atual 1,0 2,0 0,7 0,4 <0,001 Na vida 0,8 1,1 1,0 1,1 0,637 Atual 0,2 0,2 0,2 0,1 0,809 Na vida 4,4 6,2 5,7 4,4 0,021 Atual 1,5 1,2 1,2 1,1 0,842 Fonte: Departamento de Vigilância, Prevenção e controle das DST, Aids e Hepatites Virais/SVS/MS. 125 125 PCAP 2013 Tabela 9.5 Drogas Álcool Maconha Crack Cocaína em pó Cocaína injetável Anfetamina Percentual (%) de indivíduos com idade entre 15 e 64 anos, segundo o uso de drogas, por estado conjugal. Brasil, 2013. Uso Vive com companheiro(a) p-valor Sim Não Na vida 73,4 69,8 <0,001 Atual 41,7 42,5 0,449 Na vida 13,3 18,5 <0,001 Atual 2,7 7,5 <0,001 Na vida 1,4 2,0 0,030 Atual 0,3 0,6 0,059 Na vida 4,9 7,0 <0,001 Atual 0,6 1,6 <0,001 Na vida 1,1 0,9 0,474 Atual 0,2 0,2 0,328 Na vida 5,3 5,2 0,889 Atual 1,0 1,5 0,039 Fonte: Departamento de Vigilância, Prevenção e controle das DST, Aids e Hepatites Virais/SVS/MS. Tabela 9.6 Drogas Álcool Maconha Crack Cocaína em pó Cocaína injetável Anfetamina Percentual (%) de indivíduos com idade entre 15 e 64 anos, segundo o uso de drogas, por escolaridade. Brasil, 2013. Uso Fundamental incompleto Fundamental completo Médio completo ou mais p-valor Na vida 65,7 68,1 74,1 <0,001 Atual 34,5 37,3 44,8 <0,001 Na vida 8,1 14,7 17,1 <0,001 Atual 1,8 4,8 5,3 0,001 Na vida 0,9 2,4 1,5 0,011 Atual 0,3 0,7 0,3 0,194 Na vida 2,6 5,2 6,5 <0,001 Atual 0,3 1,1 1,1 0,089 Na vida 1,6 1,1 0,9 0,072 Atual 0,5 0,2 0,2 0,100 Na vida 4,9 4,2 5,7 0,070 Atual 1,0 0,9 1,4 0,301 Fonte: Departamento de Vigilância, Prevenção e controle das DST, Aids e Hepatites Virais/SVS/MS. 126 Ministério da Saúde Tabela 9.7 Drogas Álcool Maconha Crack Cocaína em pó Cocaína injetável Anfetamina Percentual (%) de indivíduos com idade entre 15 e 64 anos, segundo o uso de drogas, por raça/cor. Brasil, 2013. Uso Branca Preta Parda Amarela Indígena p-valor Na vida 72,6 72,3 70,8 72,0 85,7 0,238 Atual 41,8 44,1 41,3 45,8 54,5 0,275 Na vida 15,4 18,9 14,8 12,0 16,0 0,033 Atual 5,0 7,1 4,1 1,7 1,7 0,002 Na vida 1,8 2,5 1,3 0,2 4,6 0,028 Atual 0,5 0,5 0,3 0,0 0,0 0,903 Na vida 5,4 7,3 5,7 5,5 5,0 0,242 Atual 0,8 1,7 1,0 0,2 1,6 0,084 Na vida 0,8 1,6 0,9 1,8 0,6 0,195 Atual 0,1 0,7 0,1 0,6 0,0 0,001 Na vida 5,6 7,3 4,2 4,6 3,2 0,004 Atual 1,1 2,0 1,0 0,0 0,0 0,190 Fonte: Departamento de Vigilância, Prevenção e controle das DST, Aids e Hepatites Virais/SVS/MS. Tabela 9.8 Drogas Álcool Maconha Crack Cocaína em pó Cocaína injetável Anfetamina Percentual (%) de indivíduos com idade entre 15 e 64 anos, segundo o uso de drogas, por situação de trabalho. Brasil, 2013. Uso Trabalha p-valor Sim Não Na vida 79,4 61,3 <0,001 Atual 51,6 28,6 <0,001 Na vida 18,7 11,3 <0,001 Atual 5,2 4,3 0,131 Na vida 1,8 1,5 0,411 Atual 0,3 0,5 0,193 Na vida 7,3 3,8 <0,001 Atual 1,3 0,7 0,015 Na vida 1,0 0,9 0,618 Atual 0,2 0,2 0,878 Na vida 5,5 4,9 0,238 Atual 1,4 1,1 0,216 Fonte: Departamento de Vigilância, Prevenção e controle das DST, Aids e Hepatites Virais/SVS/MS. 127 127 PCAP 2013 Tabela 9.9 Drogas Álcool Maconha Crack Cocaína em pó Cocaína injetável Anfetamina Percentual (%) de indivíduos com idade entre 15 e 64 anos, segundo o uso de drogas, por classe econômica. Brasil, 2013. Uso Classe A/B Classe C Classe D/E p-valor Na vida 72,8 72,6 67,7 0,004 Atual 45,6 41,6 36,9 <0,001 Na vida 16,1 16,9 10,7 <0,001 Atual 5,1 5,1 3,6 0,136 Na vida 1,6 1,7 1,8 0,943 Atual 0,5 0,4 0,4 0,700 Na vida 6,0 6,2 4,7 0,201 Atual 1,1 1,2 0,7 0,267 Na vida 1,0 1,0 0,9 0,858 Atual 0,2 0,2 0,1 0,376 Na vida 6,2 5,1 4,0 0,024 Atual 1,5 1,2 1,0 0,401 Fonte: Departamento de Vigilância, Prevenção e controle das DST, Aids e Hepatites Virais/SVS/MS. Tabela 9.10 Drogas Álcool Maconha Crack Cocaína em pó Cocaína injetável Anfetamina Percentual (%) de indivíduos com idade entre 15 e 64 anos, segundo o uso de drogas, por situação rural e urbana. Brasil, 2013. Uso Urbana Rural p-valor Na vida 72,7 67,3 0,005 Atual 42,6 39,0 0,044 Na vida 16,9 8,3 <0,001 Atual 5,3 2,2 <0,001 Na vida 1,9 0,7 0,003 Atual 0,5 0,1 0,178 Na vida 6,4 2,8 <0,001 Atual 1,2 0,4 0,052 Na vida 1,1 0,5 0,166 Atual 0,2 0,1 0,655 Na vida 5,4 4,2 0,138 Atual 1,3 1,0 0,510 Fonte: Departamento de Vigilância, Prevenção e controle das DST, Aids e Hepatites Virais/SVS/MS. Tabela 9.11 Percentual (%) de indivíduos com idade entre 15 e 64 anos, segundo o uso de drogas, por acesso à internet. Brasil, 2013. Drogas Álcool Maconha Crack Cocaína em pó Cocaína injetável Anfetamina Uso Acesso à internet Sim p-valor Não Na vida 74,9 67,8 <0,001 Atual 46,0 36,7 <0,001 Na vida 18,9 11,1 <0,001 Atual 6,2 2,9 <0,001 Na vida 1,8 1,5 0,399 Atual 0,5 0,3 0,306 Na vida 6,8 4,5 <0,001 Atual 1,2 0,8 0,137 Na vida 0,8 1,2 0,131 Atual 0,2 0,2 0,698 Na vida 5,9 4,3 0,006 Atual 1,4 1 0,164 Fonte: Departamento de Vigilância, Prevenção e controle das DST, Aids e Hepatites Virais/SVS/MS. 10 Considerações finais PCAP 2013 Os resultados apresentados neste inquérito mostram que a população brasileira possui, em termos gerais, um elevado índice de conhecimento sobre as formas de transmissão do HIV, e de que maneira seu comportamento influencia a diminuição ou o aumento do seu risco de exposição ao vírus. Entre outras iniciativas, o Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das DST, Aids e Hepatites Virais investe constantemente em informação, com campanhas de amplo alcance e visibilidade, e seus resultados se evidenciam com a demonstração de conhecimento por parte da população. Todavia, apesar do alto grau de conhecimento e de informações disponíveis, o estudo mostra que nem sempre esse conhecimento é refletido nas práticas sexuais. Por outro lado, observou-se, também, que o conhecimento de que a terapia antirretroviral reduz o risco de transmissão do HIV é muito baixo – apenas 33,1% entre os entrevistados. A mudança na recomendação de tratamento no Brasil, segundo a qual passou-se a adotar o tratamento para todas as PVHA, ocorreu em dezembro de 2013, posteriormente à coleta de dados do inquérito, o que poderia, em parte, justificar o baixo conhecimento da questão pela população. Inquéritos futuros serão importantes para que se analise o progresso da compreensão desse aspecto pelos indivíduos. Apesar de as hepatites virais configurarem um importante problema de saúde pública, pôde-se identificar uma lacuna em relação aos conhecimentos da população sobre esses agravos, especialmente quanto à diferenciação entre seus tipos e formas de transmissão. A vacinação para hepatite B passou a integrar o calendário básico em setembro de 1998 (Resolução SS-28, de 10/02/1999, corrigida em 03/03/1999), e, ainda assim, a cobertura vacinal revelou-se baixa quando da completude do esquema vacinal (3 doses): 24,7% na população geral. A frequência de acompanhamento ginecológico entre as mulheres não apresentou diferenças significativas em comparação às PCAP anteriores, mas diminuiu ao longo dos anos a proporção de mulheres que declararam nunca ter realizado um exame ginecológico na vida: 11,6% em 2004, 6,9% em 2008 e 5,5% em 2013 (BRASIL, 2005; BRASIL, 2011). Aproximadamente 6% das mulheres e 10% dos homens brasileiros apresentaram histórico de IST; porém, nem todos(as) foram tratados(as): enquanto 7,2% da população afirmaram ter tido alguma IST e recebido tratamento, 2,7% afirmaram ter tido IST, mas sem tratamento. Esses percentuais apresentaram variações significativas entre as regiões brasileiras e entre os gêneros: 9,9% dos homens e 5,8% das mulheres. O reconhecimento de sinais e sintomas de uma IST e a busca por atendimento, bem como o diagnóstico precoce e tratamento imediato, são os principais componentes para seu controle, pois favorecem a quebra da cadeia de transmissão, evitam complicações, e ainda reduzem a susceptibilidade dos indivíduos à infecção pelo HIV (DALLABETTA; GERBASE; HOLMES, 1998). Para essas e outras ocorrências, os serviços públicos de saúde são os mais procurados pela população. A testagem para o HIV e para as hepatites virais no país ainda apresenta proporções muito baixas. Dentre todos os entrevistados, 63,9% nunca haviam se testado para o HIV na vida, e 72% nunca haviam se testado para hepatites. A testagem está sobretudo atrelada à realização de pré-natal, conferindo às mulheres maior cobertura de testagem, ainda que consideravelmente baixa: 52,7% para o HIV, e 38,9% para as hepatites. Entre os homens, o maior percentual de testagem para o HIV é atribuído à curiosidade (26,6%), e para as hepatites virais, à indicação médica (28%). O medo da rejeição social e de profissionais com comportamentos preconceituosos ainda vigoram como importantes justificativas para que as pessoas não se testem para o HIV (UNAIDS, 2014). Importantes projetos, como “Quero Fazer”, “Fique Sabendo”, “A Hora é Agora” e “Viva Melhor Sabendo”, atrelados ao investimento em tecnologias de testagem rápida, configuram-se como ferramentas cruciais de acesso à testagem para o HIV, principalmente pelas populações que se encontram sob risco acrescido, garantindo, assim, seu direito de saber seu status sorológico. 131 131 132 Ministério da Saúde Em linhas gerais, considerou-se ainda baixo o uso de preservativos na população brasileira. Quando observada a totalidade da população sexualmente ativa, apenas 23,5% das pessoas utilizaram preservativos em todas as relações nos 12 meses que precederam a pesquisa, e tratando-se de parcerias casuais, o uso do insumo em todas as relações aconteceu em 55% das vezes. Aproximadamente 53% da população declararam ter tido acesso a preservativos gratuitamente, em sua maioria (28,3%) em serviços públicos de saúde. O uso de preservativos femininos, comparado ao conhecimento do insumo, é consideravelmente baixo: 80,3% da população declararam conhecê-lo; porém, apenas 13,2% afirmaram ter feito uso do insumo (sendo 8,2% homens e 5% mulheres). É de relevante importância que se invista em esforços para alcançar os indivíduos jovens, especialmente por se observar, no Brasil, uma segunda onda de infecção entre gays e outros HSH, sobretudo nessa população. A razão de sexos voltou a crescer após mais de 10 anos em tendência de declínio, e essa reversão é mais acentuada entre os indivíduos de 15 a 24 anos. Quando analisados os indicadores entre indivíduos dessa faixa etária, observam-se percentuais extremamente baixos de testagem: 86,1% das pessoas do sexo masculino nunca haviam se testado para o HIV na vida. Observou-se ainda que, quando perguntados se tinham conhecimento de locais de realização gratuita da testagem para o HIV, 64,7% desses indivíduos responderam negativamente. O percentual de testagem para hepatites virais e de conhecimento de locais para testagem gratuita foi igualmente baixo entre indivíduos nessa faixa etária, principalmente entre os homens: 13,5% e 26%, respectivamente. Os jovens apresentaram maior número e maior ocorrência de parcerias casuais, e maior percentual de relações sexuais com pessoas conhecidas por meio da internet. Além disso, apenas 64,2% deles utilizaram preservativo em sua primeira relação sexual, apesar de apresentarem maior percentual de uso do insumo nas outras relações sexuais (que não a primeira) que as demais faixas etárias. O estigma e a discriminação, ainda observados em uma parcela significativa da população brasileira, estão entre os principais obstáculos para a prevenção, tratamento e cuidado em relação ao HIV: enfraquecem a possibilidade de indivíduos e comunidades de se protegerem do HIV e de se manterem saudáveis caso já estejam vivendo com o vírus, além de provocarem um impacto psicológico profundamente negativo nas pessoas vivendo com HIV e nas populações-chave com maior risco de infecção (UNAIDS, 2014). Como exemplo, de acordo com o inquérito, 38,2% da população deixariam de comprar legumes e verduras de uma pessoa se descobrissem que esta vive com HIV, proporção que cresce para 42,5% e 47,5% nas regiões Norte e Nordeste, respectivamente. Além disso, aproximadamente 36% da população discordam do direito de um casal homossexual a adotar uma criança. Dado o perfil da epidemia brasileira, que é concentrada, torna-se de suma importância conhecer o tamanho das populações sob maior risco de infeção pelo HIV. O comportamento e as vulnerabilidades de populações específicas e suas redes determinam a dinâmica da epidemia do HIV, além exercer um papel fundamental na efetividade da resposta ao HIV. Mundialmente, as populações-chave continuam sujeitas a uma significativa carga de infeção. A desproporcionalidade dos riscos reflete, entre outras questões, as barreiras sociais e legais específicas impostas a essas pessoas, que acabam por aumentar ainda mais sua vulnerabilidade (WHO, 2014). Mais uma vez, foi possível estimar o tamanho populacional dos HSH, bissexuais e lésbicas, dos profissionais do sexo, das pessoas que já foram clientes dos profissionais do sexo e das pessoas que usam drogas. Mesmo que o uso de inquéritos populacionais para a estimativa do tamanho das populações-chave seja questionado, especialmente por envolverem o uso de perguntas de foro íntimo, estudos comprovam que a utilização de instrumentos computadorizados produz informações precisas (NGUYEN et al., 2008; SIMÕES et al., 2006; GHANEM et al., 2005). PCAP 2013 O uso de drogas, lícitas ou ilícitas, considerando-se suas diferentes modalidades de uso e seus diferentes efeitos, constitui um fator diferenciado de vulnerabilidade. Os fatores geracionais e a distribuição espacial em grandes centros urbanos são questões importantes para a análise qualitativa da relação entre a cultura sexual e o uso de drogas. Apesar do surgimento de outras drogas recreacionais, como as anfetaminas e o ecstasy, observados principalmente em contextos sociais juvenis, verificou-se queda na proporção de uso de todas as drogas na população de 15 a 24 anos, na comparação com os dados das PCAP anteriores. Dentre todos os instrumentos de avaliação disponíveis no país, a PCAP revela-se de fundamental importância, por seu caráter comportamental. Comportamento, atitudes e práticas da população brasileira estão diretamente ligados ao desenho da epidemia de HIV/aids no país, e à vulnerabilidade dos indivíduos às infecções sexualmente transmissíveis. Além disso, o inquérito permite estimar o tamanho das populações-chave, e o acompanhamento de indicadores fundamentais para o monitoramento do HIV, das hepatites virais e das demais IST, norteando a formulação de políticas e a tomada de decisão baseadas em dados qualificados. 133 133 R Referências PCAP 2013 Referências BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Programa Nacional de DST e Aids. Pesquisa de Conhecimentos, Atitudes e Práticas na População Brasileira 15 a 54 anos de idade, 2004. Brasília: Ministério da Saúde, 2005. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/ PCAP_2004.pdf>. Acesso em: 14 out. 2016. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Programa Nacional de DST e Aids. Pesquisa de Conhecimentos, Atitudes e Práticas na População Brasileira 15 a 54 anos de idade, 2008. Brasília: Ministério da Saúde, 2011. Disponível em: <http://www.aids.gov.br/sites/default/files/ anexos/publicacao/2009/40352/pcap_2008_f_pdf_13227.pdf>. Acesso em: 14 out. 2016. DALLABETTA, G. A.; GERBASE, A. C.; HOLMES, K. K. Problems, solutions, and challenges in syndromic management of sexually transmitted diseases. Sex. Transm. Infect., [S.l.], v. 74, Suppl. 1, p. S1-11. jun. 1998. GHANEM, K. G.; HUTTON, H. E.; ZENILMAN, J. M. et al. Audio computer assisted self-interview and face to face interview modes in assessing response bias among STD clinic patients. Sex Transm. Infect., [S.l.], v. 81, p. 421-425, 2005. NGUYEN, T. Q.; GWYNN, R. C.; KELLERMAN, S. E. et al. Population prevalence of reported and unreported HIV and related behaviors among the household adult population in New York City, 2004. AIDS, [S.l.], v. 22, n. 2, p. 281-7, 2008. SIMÕES, A. A.; BASTOS, F. I.; MOREIRA, R. I. et al. A randomized trial of audio computer and in-person interview to assess HIV risk among drug and alcohol users in Rio de Janeiro, Brazil. J. Subst. Abuse Treat., [S.l.], v. 30, n. 3, p. 237-43, 2006. UNITED NATIONS JOINT PROGRAM FOR HIV AND AIDS (UNAIDS). The GAP Report 2014. Geneva: UNAIDS, 2014. Disponível em: <http://files.unaids.org/en/media/unaids/contentassets/ documents/unaidspublication/2014/UNAIDS_Gap_report_en.pdf>. Acesso em: 14 out. 2016. WORLD HEALTH ORGANIZATION (WHO). Consolidated Guidelines on HIV Prevention, Diagnosis, Treatment and Care for Key Populations. Geneva: WHO, 2014. Disponível em: <http:// apps.who.int/iris/bitstream/10665/128048/1/9789241507431_eng.pdf?ua=1&ua=1>. Acesso em: 14 out. 2016. 137 137 B Bibliografia PCAP 2013 Bibliografia INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Sistema IBGE de recuperação automática – SIDRA. Banco de dados agregados. Página on-line [Tamanho da população, censo 2010, para estimativa das populações-chave]. Disponível em: <http://www.sidra.ibge.gov.br/bda/popul/default. asp?t=3&z=t&o=25&u1=1&u2=1&u3=1&u4=1&u5=1&u6=1>. Acesso em: 14 out. 2016. MALTA, D. C.; LEAL, M. C.; COSTA, M. F. L. et al. Inquéritos Nacionais de Saúde: experiência acumulada e proposta para o inquérito de saúde brasileiro. Rev. bras. epidemiol., São Paulo, v. 11, supl. 1, mai 2008. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.1590/S1415-790X2008000500017>. Acesso em 14 out. 2016. WALDMAN, E. A.; NOVAES, H. M. D.; ALBUQUERQUE, M. F. M. et al. Inquéritos populacionais: aspectos metodológicos, operacionais e éticos. Rev. bras. epidemiol., São Paulo, v. 11 supl. 1, maio 2008. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.1590/S1415-790X2008000500018>. 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Você está estudando atualmente? a. Sim b. Não 6. Qual foi o curso mais elevado que o(a) chefe de sua família completou? a. b. c. d. e. f. g. h. Analfabeto 1ª à 3ª série do ensino fundamental 4ª à 7ª série do ensino fundamental Ensino fundamental completo 1ª ou 2ª série do ensino médio Ensino médio completo Superior incompleto Superior completo 145 PCAP 2013 7. Como você se classifica em relação à sua cor ou raça? a. b. c. d. e. f. g. Branca Preta Amarela Parda Indígena Outra Não sei responder 8. Qual é a sua situação de trabalho atual? a. b. c. d. e. f. Servidor público Empregado com carteira de trabalho Empregado sem carteira de trabalho Trabalha por conta própria e não tem empregados Empregador Não trabalha atualmente 9. Qual a principal razão de você não estar empregado atualmente? a. b. c. d. e. f. g. Dona de casa/cuidando da família Procurou, mas não conseguiu encontrar trabalho Trabalhos não remunerados Estudos/treinamento Aposentado/incapacitado para o trabalho Doença Outro 10. Nos últimos 12 meses, qual foi sua principal ocupação? a. Altos funcionários do governo, dirigentes, gerentes ou altos funcionários de empresa b. Profissionais de nível superior c. Profissionais das artes d. Profissionais ou técnicos de nível médio e. Trabalhadores de serviços administrativos f. Trabalhadores da prestação de serviços e comerciários g. Trabalhadores de serviços domésticos h. Trabalhadores agropecuários, florestais de caça e pesca i. Trabalhadores manuais (produção de bens e serviços industriais) j. Trabalhadores manuais da construção civil k. Trabalhadores manuais de reparação e manutenção l. Membros das forças armadas, policiais e bombeiros militares m. Ocupações mal especificadas do trabalho informal (ambulante, manobrista, guardador de carro, etc.) 146 Ministério da Saúde 11. Quais e quantos dos itens abaixo existem na casa onde você mora? a. Televisão Não tem 1 2 3 4 ou + b. Rádio Não tem 1 2 3 4 ou + Não tem 1 2 3 c. Telefone celular 4 ou + c. Banheiro Não tem 1 2 3 4 ou + d. Automóvel Não tem 1 2 3 4 ou + e. Motocicleta Não tem 1 2 3 4 ou + 1 2 3 1 2 3 4 ou + g. Videocassete ou DVD Não tem 1 2 3 4 ou + h. Geladeira 1 3 4 ou + Não tem 1 e. Empregada mensalista f. Máquina de lavar Não tem Não tem Não tem 2 i. Freezer (aparelho independente ou parte da geladeira duplex) 4 ou + 2 3 4 ou + 12. Você tem acesso à internet? a. b. c. d. e. Sim, em casa Sim, no trabalho Sim, no celular Sim, em outro lugar (por exemplo, lan house) Não Bloco B: Formas de transmissão de algumas doenças 13.Gostaria de saber por qual ou quais doenças uma pessoa pode ser infectada por meio de alimentos ou de água contaminada? a. Aids b. Sífilis c. Hepatite d. Dengue e. Malária f. Gonorreia g. Nenhuma dessas 14. Por qual ou quais tipos de hepatites uma pessoa pode ser infectada por meio de alimentos ou de água contaminada? a. Hepatite A b. Hepatite B c. Hepatite C d. Hepatite D 147 PCAP 2013 15. Por qual ou quais das doenças uma pessoa pode ser infectada ao usar banheiros públicos? a. Aids b. Sífilis c. Hepatite d. Dengue e. Malária f. Gonorreia g. Nenhuma dessas 16. Por qual ou quais doenças uma pessoa pode ser infectada compartilhando escova de dentes? a. Aids b. Sífilis c. Hepatite d. Dengue e. Malária f. Gonorreia g. Nenhuma dessas 17. Por qual ou quais tipos de hepatites uma pessoa pode ser infectada compartilhando escova de dente? a. Hepatite A b. Hepatite B c. Hepatite C d. Hepatite D 18. Por qual ou quais doenças uma pessoa pode ser infectada ao compartilhar com outras pessoas instrumentos para o uso de drogas, tais como seringa, agulha, cachimbo, latinha, canudo, etc.? a. Aids b. Sífilis c. Hepatite d. Dengue e. Malária f. Gonorreia g. Nenhuma dessas 19. Por qual ou quais tipos de hepatites uma pessoa pode ser infectada ao compartilhar com outras pessoas instrumentos para o uso de drogas, tais como seringa, agulha, cachimbo, latinha, canudo, etc.? a. Hepatite A b. Hepatite B c. Hepatite C d. Hepatite D 148 Ministério da Saúde 20. Por qual ou quais doenças uma pessoa pode ser infectada ao não usar preservativos em relações sexuais? a. Aids b. Sífilis c. Hepatite d. Dengue e. Malária f. Gonorreia g. Nenhuma dessas 21. Por qual ou quais tipos de hepatites uma pessoa pode ser infectada ao não usar preservativos em relações sexuais? a. Hepatite A b. Hepatite B c. Hepatite C d. Hepatite D 22.Por qual ou quais doenças uma pessoa pode ser infectada compartilhando instrumentos de manicure/pedicure (alicate de unha, lixa, espátula, etc.)? a. Aids b. Sífilis c. Hepatite d. Dengue e. Malária f. Gonorreia g. Nenhuma dessas 23. Por qual ou quais tipos de hepatites uma pessoa pode ser infectada compartilhando instrumentos de manicure/pedicure (alicate de unha, lixa, espátula, etc.)? a. Hepatite A b. Hepatite B c. Hepatite C d. Hepatite D 24.Por qual ou quais doenças uma pessoa pode ser infectada fazendo tratamento dentário, endoscopia ou hemodiálise? a. Aids b. Sífilis c. Hepatite d. Dengue e. Malária f. Gonorreia Nenhuma dessas 149 PCAP 2013 25.Por qual ou quais tipos de hepatites uma pessoa pode ser infectada ao não usar preservativos em relações sexuais? a. Hepatite A b. Hepatite B c. Hepatite C d. Hepatite D 26. Por qual ou quais doenças uma pessoa pode ser infectada fazendo tatuagem ou colocando piercing a. Aids b. Sífilis c. Hepatite d. Dengue e. Malária f. Gonorreia g. Nenhuma dessas Agora, para cada frase que eu citar, gostaria de saber se você concorda ou discorda. 27.Por qual ou quais tipos de hepatites uma pessoa pode ser infectada fazendo tatuagem ou colocando piercing? a. Hepatite A b. Hepatite B c. Hepatite C d. Hepatite D 28. Uma pessoa pode ser infectada pelo vírus da hepatite B, C ou D compartilhando lâminas de barbear ou de depilar. a. Concorda b. Discorda c. Não sabe 29.Uma pessoa pode ser infectada pelo vírus da hepatite B, C ou D ao realizar qualquer cirurgia. a. Concorda b. Discorda c. Não sabe 30.O risco de transmissão do vírus da aids pode ser reduzido se uma pessoa tiver relações sexuais somente com parceiro fiel e não infectado. a. Concorda b. Discorda c. Não sabe 150 Ministério da Saúde 31. Uma pessoa com aparência saudável pode estar infectada pelo vírus da aids. a. Concorda b. Discorda c. Não sabe 32. Usar preservativo é a melhor maneira de evitar que o vírus da aids seja transmitido durante a relação sexual. a. Concorda b. Discorda c. Não sabe 33.Uma pessoa pode ser infectada com o vírus da aids compartilhando talheres, copos ou refeições. a. Concorda b. Discorda c. Não sabe 34.Uma mulher grávida que esteja com o vírus da aids e receba um tratamento específico durante a gravidez e no momento do parto diminui o risco de passar o vírus da aids para o seu filho. a. Concorda b. Discorda c. Não sabe 35. Existe cura para a aids. a. Concorda b. Discorda c. Não sabe 36.Uma pessoa que está tomando medicamento para a aids tem menos risco de transmitir o vírus da aids para outra pessoa. a. Concorda b. Discorda c. Não sabe 37. A aids é uma doença crônica, passível de ser controlada. a. Concorda b. Discorda c. Não sabe 151 PCAP 2013 Bloco C: Doenças Sexualmente Transmissíveis Agora, vou fazer perguntas sobre o atendimento do serviço de saúde e sobre algumas doenças sexualmente transmissíveis. 38. Quando foi a última vez que você precisou consultar um médico? a. Há menos de duas semanas b. Entre 15 dias e um mês c. Entre um mês e três meses atrás d. Entre três meses e um ano e. Há mais de um ano atrás 39. Por qual motivo você precisou consultar um médico? a. Acidente ou lesão b. Continuação de tratamento ou terapia c. Consulta pré-natal d. Exame médico periódico e. Outro exame médico (admissional, para carteira de motorista, etc.) f. Doença sexualmente transmissível g. Outro problema de saúde 40. Onde procurou o primeiro atendimento médico por esse motivo? a. Unidade básica de saúde (posto ou centro de saúde ou unidade de saúde da família) b. Centro de Especialidades, Policlínica pública ou PAM (Posto de Assistência Médica) c. CAPS (Centro de Atenção Psicossocial) d. UPA (Unidade de Pronto Atendimento) e. Outro tipo de Pronto Atendimento Público (24 horas) f. Pronto-socorro ou emergência de hospital público g. Ambulatório de hospital público h. Consultório de médico particular i. Ambulatório ou consultório de clínica privada j. Ambulatório ou consultório de empresa ou sindicato k. Pronto-atendimento ou emergência de hospital privado l. No domicílio, com médico particular m. No domicílio, com médico da equipe de saúde da família n. Outro lugar 41. Quando foi a última vez que você fez um exame ginecológico? a. Nos últimos três anos b. Quatro-cinco anos atrás c. Mais de cinco anos atrás d. Nunca fez e. Não sabe 152 Ministério da Saúde 42. Pensando nessa última vez que você fez o exame ginecológico, você fez o exame preventivo (Papanicolau)? a. Sim b. Não c. Não lembra 43. Você tem ou já teve relações sexuais com parceiro que tem ou já teve corrimento pelo canal da urina? a. Sim b. Não c. Não lembra/não sei 44. Você já teve, alguma vez na vida, algum dos seguintes problemas? a. Feridas na genitália (vulva, vagina, partes íntimas, etc.) 1. Sim 2. Não Idade do último episódio: ___ anos b. Pequenas bolhas na genitália (vulva, vagina, partes íntimas, etc.) 1. Sim 2. Não Idade do último episódio: ___ anos c. Verrugas na genitália (vulva, vagina, partes íntimas, etc.) 1. Sim 2. Não Idade do último episódio: ___ anos 45. Você já teve, alguma vez na vida, algum dos seguintes problemas? a. Corrimento pelo canal da urina 1. Sim 2. Não Idade do último episódio: ___ anos b. Feridas no pênis 1. Sim 2. Não Idade do último episódio: ___ anos c. Pequenas bolhas no pênis 1. Sim 2. Não Idade do último episódio: ___ anos d. Verrugas (berrugas) no pênis 1. Sim 2. Não Idade do último episódio: ___ anos 46. Na última vez em que você teve algum desses problemas, você fez algum tipo de tratamento? a. Sim b. Não c. Não lembra 47.Quem foi a primeira pessoa que você procurou na última vez que teve algum desses problemas? a. Médico b. Farmacêutico c. Outra pessoa d. Não procurou atendimento 153 PCAP 2013 48. Na última vez que você teve um desses problemas, recebeu alguma dessas orientações? a. Usar regularmente preservativo b. Informar aos(às) parceiros(as) c. Fazer o teste de HIV d. Fazer o teste de sífilis e. Fazer os testes para as hepatites B e C 1. 1. 1. 1. 1. Sim Sim Sim Sim Sim 2. 2. 2. 2. 2. Não Não Não Não Não 49. Você já se operou de fimose ou fez circuncisão? a. Sim b. Não Bloco D: Teste de HIV 50. Você já fez o teste para aids alguma vez na vida? a. Sim b. Não c. Não lembra/não respondeu 51. Você fez o teste para aids nos últimos 12 meses? a. Sim b. Não c. Não lembra/não respondeu 52. Quantas vezes você fez o teste para aids nos últimos 12 meses? ______ vezes 53. Você já fez um teste rápido de aids cujo resultado sai na hora? a. Sim b. Não c. Não lembra/não respondeu 54. Em que local você fez o último teste para aids? a. CTA (Centro de Testagem e Aconselhamento, também chamado COA ou COAS) b. Rede Pública de Saúde (posto/hospital/pronto-socorro, EXCETO CTA/COA/COAS) c. Banco de sangue (doação) d. Na empresa onde trabalha e. Hospitais/laboratórios particulares f. Outro local g. Não lembra 154 Ministério da Saúde 55. Qual foi o principal motivo para você ter feito o último teste para aids? a. Por solicitação do empregador b. Doou sangue somente para se testar c. Doou sangue porque precisou ou quis d. Pré-natal e. Algum comportamento de risco f. Curiosidade g. Parceira(o) pediu h. Parceira(o) está infectada(o) pelo vírus da aids i. Indicação médica j. Outro motivo k. Não lembra/não respondeu 56. Quanto tempo o resultado do último teste demorou para ficar pronto? a. No mesmo dia b. Menos de uma semana c. Mais de uma semana e menos de um mês d. De um a dois meses e. Mais de dois meses 57. Ainda com relação ao seu último teste para aids, você sabe o resultado? a. Sim b. Não c. Não lembra/não respondeu 58. Se você não se importa em me informar, qual foi o resultado de seu último teste? a. Positivo b. Negativo c. Não quis informar 59. Depois que você soube do resultado positivo do teste de aids, você foi encaminhado para médico especialista ou algum serviço de saúde? a. Sim, para o serviço público b. Sim, para o serviço particular c. Não foi encaminhado d. Não quis informar 60. Você foi ao médico especialista ou ao serviço de saúde quanto tempo depois de ter recebido o resultado positivo do teste de aids? a. Em até uma semana b. Entre sete dias e um mês c. Entre um mês e três meses d. Mais de três meses e. Ainda não foi 155 PCAP 2013 61. Como você avalia o seu risco de se infectar com o vírus da aids? a. Nenhum b. Baixo c. Médio d. Alto 62. Você sabe de algum serviço de saúde onde o teste de aids é feito gratuitamente? a. Sim b. Não Bloco E: Teste das Hepatites B, C e D 63. Você já fez o teste de hepatite alguma vez na vida? a. Sim b. Não c. Não lembra/não respondeu 64. Para qual ou quais tipos de hepatites você fez o teste? a. Hepatite B b. Hepatite C c. Hepatite D d. Não lembra/não respondeu/não sabe 65. Você fez teste de hepatite nos últimos 12 meses? a. Sim b. Não c. Não lembra/não respondeu/não sabe 66. Você já fez teste rápido de hepatite cujo resultado sai na hora? a. Sim b. Não c. Não lembra/não respondeu 67. Em que local você fez o último teste de hepatite? a. CTA (Centro de Testagem e Aconselhamento, também chamado COA ou COAS) b. Rede Pública de Saúde (posto/hospital/pronto-socorro, EXCETO CTA/COA/COAS) c. Banco de sangue (doação) d. Na empresa onde trabalha e. Hospitais/laboratórios particulares f. ONG g. Outro local h. Não lembra 156 Ministério da Saúde 68. Qual foi o principal motivo para você ter feito o último o teste de hepatite? a. Nos exames admissionais no trabalho b. Doação de sangue c. Pré-natal d. Alguma situação de risco e. Curiosidade f. Parceira(o) pediu g. Parceira(o) está infectada(o) pelo(s) vírus da(s) hepatite(s) h. Indicação médica i. Outro motivo j. Não lembra/não respondeu 69. Quanto tempo o resultado do último teste demorou para ficar pronto? a. No mesmo dia b. Menos de uma semana c. Mais de uma semana e menos de um mês d. De um a dois meses e. Mais de dois meses 70. Ainda com relação ao seu último teste de hepatite, você sabe o resultado? a. Sim b. Não c. Não lembra/não respondeu 71. Você se importa em me dizer o resultado do seu último(s) teste(s)? [Várias opções] a. Hepatite B b. Hepatite C 1. 1. Positivo 2. Positivo 2. Negativo 3. Negativo 3. Não fez/não quis informar Não fez/não quis informar 72. Você sabe de algum serviço de saúde onde os testes de hepatites B e/ou C são feitos gratuitamente? a. Sim b. Não 73. Você já se vacinou para hepatite B? a. Sim, e tomei uma dose b. Sim, e tomei duas doses c. Sim, e tomei três doses d. Sim, mas não lembro quantas doses e. Não f. Não lembra/não soube informar 157 PCAP 2013 74. Você já recebeu transfusão de sangue alguma vez na vida? a. Sim, nos últimos 12 meses b. Sim, entre um ano e 20 anos atrás c. Sim, há mais de 20 anos atrás d. Não 75. Você já doou sangue alguma vez na vida? a. Sim, nos últimos 12 meses b. Sim, entre um ano e 20 anos atrás c. Sim, há mais de 20 anos atrás d. Não 76. Você já tomou vacina para o HPV? a. Sim b. Não c. Não lembra/não soube informar Bloco F: Discriminação e Violência Agora, gostaria de falar um pouco sobre discriminação e violência 77. Em relação à afirmação “um casal gay tem direito a adotar uma criança”, você: a. Concorda b. Discorda 78. Em relação a ter amigos gays, você: a. Nunca teria b. Depende c. Teria sem problemas Gostaria de saber se você concorda com as seguintes afirmações: 79. “Se você soubesse que há uma criança com aids na escola de seu filho, você continuaria a mandar seu filho a essa escola”. a. Concorda b. Discorda 80. “Se você soubesse que alguém que trabalha vendendo legumes e verduras está com o vírus da aids, você continuaria comprando esses alimentos dessa pessoa”. a. Concorda b. Discorda 81. “Se uma professora tem o vírus da aids, mas não está doente, ela pode continuar a dar aulas em qualquer escola”. a. Concorda b. Discorda 158 Ministério da Saúde Bloco F: Acesso a preservativos 82. Nos últimos 12 meses, como você teve acesso à camisinha? a. Recebeu de graça no serviço de saúde b. Recebeu de graça em organização não governamental (ONG) c. Recebeu de graça em outro local d. Comprou em uma farmácia e. Comprou em supermercado f. Comprou no camelô g. Comprou em outro local h. Não teve acesso à camisinha 83. Nos últimos 12 meses, você recebeu ou pegou camisinha de graça na escola? a. Sim b. Não 84. Você conhece o preservativo feminino, mesmo que só de ouvir falar? a. Sim b. Não 85. Nos últimos 12 meses, você recebeu ou pegou preservativo feminino de graça? a. Sim, no serviço de saúde b. Sim, em ONG c. Sim, em outro lugar d. Não 159 PCAP 2013 Bloco G: Transição Como as próximas perguntas do questionário podem ser consideradas de caráter íntimo, gostaria que você as preenchesse neste aparelho, para garantia de completo sigilo das informações. Suas respostas não serão identificadas. Caso tenha alguma dúvida, estarei à disposição para possíveis esclarecimentos. Gostaria de repetir que nenhuma entrevista será analisada individualmente, mas sempre em conjunto, garantindo a confidencialidade. É importante que suas respostas sejam sinceras. Mas, primeiramente, preciso te fazer uma pergunta um pouco mais íntima: 86. Você já teve relações sexuais alguma vez na sua vida? a. Sim b. Não 87. Com quantos anos de idade você teve a sua primeira relação sexual? ___ anos 160 Ministério da Saúde Anexo B - Questionário de autopreenchimento Questionário de Autopreenchimento Agora, gostaria que você respondesse a algumas perguntas sobre seu comportamento sexual 1. Você usou camisinha na sua primeira relação sexual? a. Sim b. Não c. Não sei/não quero responder 2. Você já teve mais do que um parceiro sexual em toda sua vida? a. Sim b. Não c. Não sei/não quero responder 3. Você já teve mais do que 10 parceiros sexuais em toda sua vida? a. Sim b. Não c. Não sei/não quero responder 4. Você já teve relação sexual com pessoa do mesmo sexo que o seu alguma vez na vida? a. Sim b. Não c. Não sei/não quero responder 5. Atualmente, de uma maneira geral, você tem relações sexuais com homens e com mulheres? a. Sim b. Não c. Não sei/não quero responder 6. Atualmente, de uma maneira geral, você tem relações sexuais somente com homens? a. Sim b. Não c. Não sei/não quero responder 7. Atualmente, de uma maneira geral, você tem relações sexuais somente com mulheres? a. Sim b. Não c. Não sei/não quero responder 161 PCAP 2013 Agora, vamos falar de suas experiências sexuais somente dos últimos 12 meses 8. Você teve relações sexuais nos últimos 12 meses? a. Sim b. Não c. Não sei/não quero responder 9. Você teve relações sexuais no último mês? a. Sim b. Não c. Não sei/não quero responder 10. Você teve relações sexuais com mais de um parceiro sexual nos últimos 12 meses? a. Sim b. Não c. Não sei/não quero responder 11. Pensando na sua última relação sexual, vocês usaram camisinha? a. Sim b. Não c. Não sei/não quero responder 12. Você teve relação sexual com parceiros(as) fixos(as), ou seja, namorado(a), noiva(o), marido, esposa, companheiro(a), etc., nos últimos 12 meses? a. Sim b. Não c. Não sei/não quero responder 13. Nas relações sexuais que você teve com esses parceiros(as) fixos(as), vocês usaram camisinha? a. Sim b. Não c. Não sei/não quero responder 14. Vocês usaram camisinha em todas as vezes? a. Sim b. Não c. Não sei/não quero responder 15. Você teve relação sexual com parceiros(as) casuais, ou seja, paqueras, “ficantes”, rolos, etc., nos últimos 12 meses? a. Sim b. Não c. Não sei/não quero responder 162 Ministério da Saúde 16. Você teve mais do que cinco parceiros(as) sexuais casuais, ou seja, paqueras, “ficantes”, rolos, etc., nos últimos 12 meses? a. Sim b. Não c. Não sei/não quero responder 17. Nas relações sexuais que você teve com esses parceiros as) casuais, ou seja, paqueras, “ficantes”, rolos, etc., vocês usaram camisinha? a. Sim b. Não c. Não sei/não quero responder 18. Vocês usaram camisinha em todas as vezes? a. Sim b. Não c. Não sei/não quero responder 19. Pensando somente na última relação sexual com parceiro(a) casual, nos últimos 12 meses, você usou camisinha? a. Sim b. Não c. Não sei/não quero responder 20. Desses parceiros casuais, nos últimos 12 meses, você recebeu dinheiro em troca de sexo de algum deles? a. Sim b. Não c. Não sei/não quero responder 21. Vocês usaram camisinha nas relações sexuais em que você recebeu dinheiro em troca de sexo, nos últimos 12 meses? a. Sim b. Não c. Não sei/não quero responder 22. Vocês usaram camisinha em todas as vezes que você recebeu dinheiro em troca de sexo? a. Sim b. Não c. Não sei/não quero responder 23. Ainda pensando nos últimos 12 meses, você pagou a alguma pessoa para ter sexo? a. Sim b. Não c. Não sei/não quero responder 24. Você usou camisinha nas relações sexuais que você teve com esses parceiros(as) a quem você pagou para ter sexo? a. Sim b. Não c. Não sei/não quero responder PCAP 2013 25. Vocês usaram camisinha em todas as vezes que você teve relações sexuais com parceiros a quem você pagou para ter sexo? a. Sim b. Não c. Não sei/não quero responder 26. Você teve relações sexuais com parceiro fixo e com parceiros casuais ao mesmo tempo? a. Sim b. Não c. Não quero responder 27. Você já teve relações sexuais com pessoas que conheceu pela internet? a. Sim b. Não 28. Na última relação sexual que teve com essas pessoas que conheceu pela internet, você usou camisinha? a. Sim b. Não Agora, gostaria de falar sobre preservativos e lubrificantes íntimos 29. Você já teve relação sexual com mulher usando preservativo feminino? a. Sim b. Não c. Não sei/não quero responder 30. Você já teve relação sexual usando preservativo feminino? a. Sim b. Não c. Não sei/não quero responder 31. Você conhece lubrificantes íntimos, mesmo que só de ouvir falar? a. Sim b. Não c. Não sei/não quero responder 32. Nas relações sexuais, para uma lubrificação extra, você usa lubrificantes íntimos? a. Sim b. Não c. Não sei/não quero responder Vamos falar um pouco sobre hábitos e costumes. Por favor, marque um X na alternativa escolhida 33. Você concorda com a seguinte afirmação: “o uso de álcool ou drogas pode fazer com que as pessoas transem sem usar camisinha”? a. Sim b. Não c. Não sei/não quero responder 163 164 Ministério da Saúde 34. Isso já aconteceu com você? a. Sim b. Não c. Não sei/não quero responder 35. Alguma vez em sua vida você já tomou bebida alcoólica? a. Sim b. Não c. Não sei/não quero responder 36. Você bebe atualmente? a. Sim b. Não c. Não sei/não quero responder 37. Alguma vez em sua vida você já fumou maconha? a. Sim b. Não c. Não sei/não quero responder 38. Você fuma maconha atualmente? a. Sim b. Não c. Não sei/não quero responder 39. Alguma vez em sua vida você já usou anfetamina (são drogas estimulantes como bolinhas, rebites, medicamentos para emagrecer, ritalina, modafinil, ecstasy, etc.)? a. Sim b. Não c. Não sei/não quero responder 40. Você usa anfetamina (são drogas estimulantes como bolinhas, rebites, medicamentos para emagrecer, ritalina, modafinil, ecstasy, etc.) atualmente? a. Sim b. Não c. Não sei/não quero responder 41. Alguma vez em sua vida você já usou crack? a. Sim b. Não c. Não sei/não quero responder 42. Você usa crack atualmente? a. Sim b. Não c. Não sei/não quero responder 43. Alguma vez em sua vida você já cheirou cocaína em pó? a. Sim b. Não c. Não sei/não quero responder 165 PCAP 2013 44. Você já compartilhou o canudo para o uso da cocaína em pó? a. Sim b. Não c. Não sei/não quero responder 45. Você cheira cocaína atualmente? a. Sim b. Não c. Não sei/não quero responder 46. Alguma vez em sua vida você já usou cocaína injetada? a. Sim b. Não c. Não sei/não quero responder 47. Você já se injetou com seringa/agulha que havia sido usada antes por outra pessoa? a. Sim b. Não c. Não sei/não quero responder 48. Você usa cocaína injetável atualmente? a. Sim b. Não c. Não sei/não quero responder O Ministério da Saúde agradece sua entrevista. Pesquisa de Conhecimentos, Atitudes e Práticas na População Brasileira PCAP Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde www.saude.gov.br/bvs MINISTÉRIO DA SAÚDE PCAP Pesquisa de Conhecimentos, Atitudes e Práticas na População Brasileira 2013 MINISTÉRIO DA SAÚDE Brasília - DF 2016