Ipiranga tem onde tratar doenças graves A modernização trouxe muitos benefícios para a humanidade, mas também provocou a disseminação de problemas graves, especialmente com o surgimento de novas doenças, que obrigaram a sociedade a se preparar para cuidar de seus membros, vítimas desta distorção imposta pelo progresso. Não foi diferente com o Ipiranga, que teve de se preocupar em cuidar de pessoas portadoras de enfermidades graves como a Aids e outras DSTs (Doenças Sexualmente Transmissíveis). Com este objetivo, em outubro de 2004 foi instalado na rua Gonçaves Ledo, 606, o SAE Serviço de Assistência Especializada, que, sob o comando do Dr. Celso Galhardo & Monteiro, oferece atendimento diferenciado a uma parcela da população que enfrenta problemas graves de saúde. Atualmente, o órgão presta assistência a 300 pacientes com o vírus do HIV, sendo que 250 já tem a Aids desenvolvida. Todos recebem acompanhamento e desde que os sintomas do Aids aparecem, iniciam o tratamento com medicamento necessário, o anti-retroviral. Além dos portadores do HIV, é atendida também a população que se considera no grupo de risco para adquirir alguma DST. A prevenção é a filosofia neste caso, por isso, mensalmente, são distribuídos 50 mil preservativos, inclusive para pessoas sadias que precisam se proteger. O posto também tem um projeto de apoio a viciados em droga e faz exames sigilosos para HIV, sífilis e hepatites. Os resultados são entregues de 10 a 15 dias e, nos casos positivos, o paciente já sai com uma consulta marcada. “Em todas as unidades de DST/ Aids, a doença sexualmente transmissível é prioridade. O que a gente não quer é que o paciente saia daqui porque só tem uma consulta marcada para daqui um mês. Nós queremos vincular essa pessoa à unidade para que ela tenha um tratamento correto”, ressalta Celso Galhardo. As hepatites B e C, que são infecções causadas por um vírus que ataca o fígado, também são tratadas no local. Milhões de pessoas no Brasil podem ser portadoras dos vírus Celso (destaque) dirige o SAE , que cuida de doentes graves destas enfermidades e não sabem. A principal característica de todos esses serviços é a presença de equipes multidisciplinares que prestam assistência clínica e psicossocial aos pacientes. O SAE faz parte do programa DST/Aids da Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo, atende de 2ª à 6ª feira, das 7 às 19 h. O telefone é 273-5073