VACINA ANTIALÉRGICA – UM TRATAMENTO DE EXCELÊNCIA

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Dr. Luiz Carlos Bertoni - CRM-PR 5779
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VACINA ANTIALÉRGICA – UM TRATAMENTO DE EXCELÊNCIA
A imunoterapia é o tratamento preventivo para impedir as reações
alérgicas provocadas por substâncias como ácaros da poeira caseira,
emanações de bicho de estimação, fungos-do-ar, polens, veneno de abelha,
formiga lava-pés...
A imunoterapia ou vacina antialérgica é feita aumentando
gradualmente as doses da vacina. O aumento das doses faz que o sistema
imune se torne menos sensível ao alérgeno e reduza os sintomas da alergia.
A imunoterapia reduz a inflamação característica dos processos alérgicos, ou
seja, diminuí o processo inflamatório que acompanha a asma e a rinite
alérgica.
Antes de iniciar o tratamento, o alergista faz uma história clinica
detalhada da alergia para identificar quais fatores desencadeiam as crises
alérgicas e quais os fatores agravam as crises. Dessa maneira seleciona os
alérgenos que serão usados para fazer os testes alérgicos cutâneos.
A cada ano mais de 50 milhões de americanos sofrem com doenças
alérgicas. O valor estimado de alergia nos Estados Unidos é em torno de 9%
a 16%, sendo a maior a prevalência de rinite alérgica que aumentou
substancialmente nos últimos 15 anos. E no Brasil não é diferente.
UM POUQUINHO DE HISTÓRIA
As vacinas antialérgicas estão sendo utilizadas há 95 anos. Freemann
e Noon foram os primeiros que utilizaram na hipossensibilização (vacina
antialérgica). Leonard Noon em 1911 na Inglaterra fez com sucesso o
tratamento da rinite alérgica. Noon usou extrato de pólen de grama e aliviou
os sintomas dos riníticos durante a estação de polinização.
Desde então o interesse pelas vacinas antialérgicas aumentaram, e de
acordo com AAAI (American Academy of Allergy and Immunology)
atualmente 33 milhões de doses de vacina são aplicadas a cada ano nos
Estados Unidos.
33.000.000 doses
2.750.000 doses
91.666 doses
ANO
MÊS
DIA
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A tecnologia de produção das vacinas antialérgicas melhorou muito nos
últimos anos. Em 1998 a OMS (Organização da Mundial da Saúde)
reconheceu pela primeira vez que a vacina antialérgica é o único meio de
tratar a causa da resposta alérgica. O trabalho foi coordenado pelos
professores J.Bousquet (França), R. Lockey (Estados Unidos) e H.J. Mailing
(Dinamarca).
INDICAÇÃO DA IMUNOTERAPIA
A vacina antialérgica é indicada nos pacientes portadores de alergias
mediadas por anticorpos IgE, os quais são detectados por meio do teste
alérgico cutâneo e do RAST (exame de laboratório). As principais alergias em
que se pode usar a vacina antialérgica são rinite, conjuntivite, asma, tosse
crônica...
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•
Tratar a causa e modificar a evolução da alergia. Reconhecido pela
Organização Mundial da Saúde (OMS)
Diminui a possibilidade de novas sensibilizações;
Os efeitos prolongados da vacinação diminuem ou impedem a
progressão da alergia;
Reduz o uso de medicamentos;
IMUNOTERAPIA NA RINITE ALÉRGICA
As alterações na mucosa e na bioquímica da secreção nasal ocorrem
após o tratamento com a vacina diminuindo as substâncias que
desencadeiam as crises alérgicas.
E ainda diminui o fluxo de células
inflamatórias responsáveis pelo componente tardio da rinite alérgica, o nariz
entupido.
Diversos estudos americanos mostram que a vacinação antipolens
reduz os sintomas e a medicação utilizada no tratamento do alérgico quando
comparado com o grupo controle. O efeito antialérgico persiste durante e
depois do tratamento.
IMUNOTERAPIA NA ASMA
A asma é uma doença multifatorial. Exercícios físicos, poluentes
domiciliares e industriais, mudança de tempo, infecções virais, medicamentos
(AAS), corantes artificiais, emoções, tabaco e material particulados são
fatores importantes que podem desencadear crises de asma. Sendo os
alérgenos os maiores desencadeadores de crises de asma.
Nos Estados Unidos estima-se que 90% das crianças alérgicas
apresentam asma, sensíveis aos ácaros da poeira de casa (52% dos
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pacientes), descamações de animais (29%), polens (20%), fungos-do-ar
(14%) e baratas (7%). No Norte do Paraná estima-se que 70% são sensíveis
aos ácaros, 25% a baratas e os demais alérgenos em torno de 5%.
A vacina antialérgica diminui as crises de asma e o processo
inflamatório, melhora a função pulmonar e diminui a necessidade de
medicamentos.
ALGUNS DADOS A SEREM CONSIDERADOS
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30 a 40% dos riníticos têm asma, e 75% dos asmáticos têm rinite;
A sensibilização alérgica e a inflamação não respeitam a divisão
artificial entre vias aérea superiores e inferiores;
A rinite alérgica na infância não tratada traz o risco de o paciente
assintomático tornar-se asmático, ou seja, a vacina antialérgica reduz
significadamente esse risco;
CONTRA-INDICAÇÃO
Paciente com as seguintes doenças, condições ou que estejam
tomando certos medicamentos:
• Dor no peito (angina) ou ataque do coração (infarto do miocárdio)
recente;
• Pressão alta não controlada;
• Medicamentos usados para tratar glaucoma, enxaqueca ou pressão
alta (propranolol, timolol..., captoril, lisopril...);
• Deficiências do sistema imune (AIDS, doenças malignas...);
• Doença auto-imune (lupus, doença inflamatória intestinal...)
• Doença pulmonar crônica;
• Asma instável ou sem controle;
• Dificuldade de comunicação física e/ou mental;
Avise seu médico se tiver qualquer das condições acima, elas
aumentam o risco de morte.
EFEITOS COLATERAIS DA IMUNOTERAPIA
Os efeitos adversos mais comuns na imunoterapia são de pequena
monta e consistem em dor, edema (inchaço) e vermelhidão no local da
injeção. Na minha experiência 10-15% dos pacientes apresentam reações no
local da aplicação da vacina.
Pacientes que apresentam risco maior são aqueles em uso recente de
corticosteróides, hospitalização ou emergência com crise de asma. No caso
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do paciente com crise de asma espera-se sua recuperação. No caso de
paciente em crises asmáticas constantes requer avaliação mais detalhada e
esquema especial de vacinação.
Raramente as pessoas submetidas ao tratamento com vacinas
antialérgicas apresentam reação que ameacem a vida como choque
anafilático. A imunoterapia antialérgica requer supervisão medica.
SEGURANÇA DA IMUNOTERAPIA
Revisão na literatura médica americana mostra a ocorrência de
fatalidades relacionadas à imunoterapia. Num período de 25 anos ocorreram
24 mortes, ou seja, menos de uma por ano. Outro estudo mostrou que entre
os anos de 1945 - 1987 ocorreram 40 fatalidades em 42 anos.
A maioria das mortes ocorreram em asmáticos, e muitos desses
pacientes tinham asma instável durante o período em que receberam a
imunoterapia.
Os dados obtidos na literatura mundial e em particular na americana
mostram que o risco é muito menor do que o número de vítimas fatais
ocorridas no trânsito no Brasil.
A imunoterapia é um procedimento seguro e efetivo no tratamento das
alergias mediadas por IgE. Com o uso apropriado da vacina antialérgica
raramente ocorre reação sistêmica.
DURAÇÃO DA IMUNOTERAPIA
A imunoterapia antialérgica deve ser feita até que o paciente fique
sem sintomas por pelo menos 1 ano.
AVALIAÇÃO DO TRATAMENTO
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A verificação da evolução da imunoterapia antialérgica é feita por meio
da avaliação clínica;
Parâmetros clínicos como sintomas e freqüência do uso de remédio
são úteis na avaliação da eficácia do tratamento;
Os testes alérgicos cutâneos e exames laboratoriais não servem como
controle da evolução clínica do alérgico;
CONCLUSÕES
•
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Modifica favoravelmente a historia da alergia;
Maior eficácia clínica;
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Melhora a qualidade de vida do paciente;
1- Diminui a intensidade dos sintomas do órgão afetado;
2- Diminui o uso de remédios;
3- Melhora a tolerância ao tratamento;
4- Liberta o alérgico permitindo que menino seja menino, que a
mulher seja mulher e o que o homem seja homem;
•
AS DÚVIDAS E PERGUNTAS DEVERÃO SER LEVADAS AO SEU ALERGISTA PARA ESCLARECIMENTO.
IMPORTANTE
As informações disponíveis no site www.alergiarespiratoria.com.br possui
caráter informativo e educativo. No caso de consulta procurar seu médico de
confiança para diagnóstico e tratamento.
Dr. Luiz Carlos Bertoni
Alergista - Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia (ASBAI)
Membro - World Allergy Organization (WAO)
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