ALERGIA A INSETOS PICADORES

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Dr. Luiz Carlos Bertoni - CRM-PR 5779
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ALERGIA A INSETOS PICADORES
(CHOQUE ANAFILÁTICO)
As abelhas do gênero Apis (abelha-europa ou abelha-africana),
as vespas (marimbondos) e as formigas lava-pés são insetos do
gênero dos himenópteros que ferroam e injetam veneno em suas
vítimas. O veneno desses insetos pode causar reações no local da
ferroada e, nos casos mais graves, choque anafilático.
Nos Estados Unidos, o choque anafilático ocorre em 0,5-5% dos
indivíduos sensibilizados na população e em torno de 40 mortes por
ano como resultado das ferroadas.
DIFERENÇA ENTRE REAÇÃO NORMAL E ALÉRGICA
A maioria das pessoas não é alérgica a ferroadas de insetos, mas
é importante diferenciar a reação normal da alérgica, pois isso reduz a
ansiedade e evita o uso desnecessário do atendimento de emergência.
A gravidade das reações a ferroadas dos himenópteros varia de
pessoa para pessoa. Uma reação normal resulta em dor, edema
(inchaço) e vermelhidão no local da ferroada.
Uma grande reação local resultará em edema (inchaço) além
do local da picada. Uma picada num dedo da mão, por exemplo,
inchará a mão inteira e parte do braço. Nesse caso, são necessários
cuidados médicos, pois essa condição pode persistir por vários dias e
causar muito desconforto.
A maioria das pessoas ferroadas por formigas lava-pés
desenvolve coceira, pápula (inchaço) e caroço no local da picada, que
permanece por 30 – 60 minutos. Entre 8-24 horas, aparece uma
pequena bolha com líquido amarelado em seu interior, que lembra
pus. Esse material não é resultado da infecção, mas sim efeito do
veneno do inseto. A infecção geralmente aparece depois que a bolha é
furada. Quando ocorre a cura, essa lesão deixa pequena cicatriz.
O tratamento adequado das ferroadas da formigas lava-pés
impede a infecção secundária. Evite, portanto, furar a bolha.
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ALERGIA A FERROADA DE INSETOS – CHOQUE ANAFILÁTICO
O choque anafilático, uma reação alérgica grave que ocorre nas
pessoas sensibilizadas ao veneno de himenóptero, requer tratamento
médico de imediato.
Uma reação alérgica pode incluir um ou mais dos seguintes
sintomas:
•
•
•
Urticária, coceira e edema (inchaço) em outras áreas do
corpo além do local da ferroada;
Aperto no peito e dificuldade para respirar;
Voz rouca e edema (incha) na língua.
Nas reações alérgicas mais graves, quando os sintomas vão se
aprofundando e representam uma ameaça à vida, ocorrem:
•
•
•
Tontura (vertigem) ou queda de pressão;
Incontinência urinária;
Inconsciência ou parada cardíaca.
Pessoas que sofreram reação alérgica a ferroada de insetos têm
60% de chance de uma reação similar ou pior quando forem ferroadas
novamente.
TRATAMENTO
No caso das reações alérgicas a ferroadas de himenópteros, os
cuidados consistem de:
- tratamento de emergência;
- imunoterapia: tratamento preventivo com o veneno do inseto
agressor;
- educação, para minimizar os efeitos da alergia.
As reações que ameaçam a vida podem evoluir muito
rapidamente e requerem atendimento médico de urgência. O
tratamento de emergência geralmente inclui a administração de
adrenalina, corticorteróides, líquidos intravenosos, oxigênio e outras
medidas. Uma vez estabilizado, esse paciente requer hospitalização
por um dia para observação e avaliação médica.
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A adrenalina injetável para auto-aplicação (Epipen), prescrita
como medicação de resgate, serve para retardar a evolução da alergia
e para chegar ao hospital em busca de atendimento de urgência e em
boas condições. Pessoas alérgicas à ferroada de insetos devem portar
adrenalina consigo o tempo todo, principalmente porque uma dose
pode ser o suficiente para reverter uma reação alérgica.
TRATAMENTO – IMUNOTERAPIA
A aplicação das vacinas antialérgicas é feita no consultório ou,
dependendo da gravidade da reação, no hospital sob assistência
médica. Após a aplicação da vacina, o cliente fica sob observação por
30 minutos. Vermelhidão e calor no local da aplicação são muito
comuns, mas desaparecem em pouco tempo.
A vacina é feita com a diluição do veneno do inseto, que será
injetado subcutaneamente. No início, as aplicações são semanais. A
quantidade do veneno é aumentada progressivamente, a menos que
ocorra reação à sua aplicação. A imunoterapia está disponível para
tratar picadas de abelhas, de alguns tipos de vespas e de formiga
lava-pés.
Aproximadamente 6 meses de aplicações semanais geralmente
atingem a quantidade ótima de veneno na aplicação subcutânea –
chamada de dose de manutenção. Uma vez alcançada a dose de
manutenção, as aplicações podem ser mais espaçadas. Depois do
primeiro ano de tratamento, as doses podem ser aplicadas
mensalmente por 3-5 anos.
Nos pacientes que apresentam reações graves e correm risco de
morte, uma variante do tratamento é aumentar rapidamente a dose
do veneno para aumentar a tolerância ao alérgeno.
Pessoa alérgica a veneno de vários insetos pode apresentar
riscos graves de reação sistêmica se estiver sendo vacinada apenas
para um tipo de veneno.
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A imunoterapia, um programa efetivo supervisionado pelo
alergista, previne futuras reações alérgicas a ferroada de insetos.
A imunoterapia geralmente não é necessária para quem
apresenta grande reação local à picada de himenópteros. Contudo,
quem apresenta aumento das grandes reações locais a cada nova
ferroada deve considerar esse tipo de tratamento.
POR QUE FAZER IMUNOTERAPIA?
A imunoterapia é feita para impedir a reação alérgica que
ameaça a vida e para reduzir a ansiedade associada às ferroadas de
insetos.
Quando se desenvolve rapidamente depois de uma picada, a
reação alérgica afeta o corpo inteiro: é a chamada reação sistêmica.
As reações sistêmicas são raras, mas podem levar ao risco de morte.
As vacinas são recomendadas se o paciente já apresentou reação
sistêmica, especialmente a anafilaxia. A imunoterapia reduz o risco
de outras reações sistêmicas graves.
COMO ISSO FUNCIONA?
A imunoterapia reduz significativamente (para menos de 3% dos
casos) o risco de ocorrer outra reação sistêmica grave. Em torno de
80-90% dos casos, a pessoa permanece protegida contra reações
sistêmicas mesmo se o teste cutâneo permanecer positivo.
RISCOS
A vacinas subcutâneas são seguras quando aplicadas
corretamente. Os efeitos colaterais são vermelhidão e calor no local da
aplicação. Alguns pacientes podem apresentar grandes reações locais,
que incluem coceira, urticária ou edema (inchaço) na pele próxima ao
local onde foi aplicada a vacina. Reações mais graves (como urticária,
coceira ou dificuldade para respirar) são menos comuns.
O tratamento raramente expõe a pessoa a uma reação alérgica
grave (anafilaxia) à aplicação da vacina. Quando isso for previsível, a
aplicação é feita sob supervisão médica para possibilitar o tratamento
de emergência.
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IMUNOTERAPIA DEVE SER EVITADA NAS SEGUINTES CONDIÇÕES:
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Coração: angina instável ou infarto do coração recente;
Tratamento com medicamentos como propranolol ou timolol
(usado no tratamento de glaucoma), dor de cabeça e pressão
alta;
Pessoas com expectativa de vida menor que 5 anos;
Pessoas incapazes de se comunicar;
Crianças menores de 5 anos (para alguns médicos);
Imunodeficiência causada por doença crônica com aids, lúpus...
Pacientes em uso de captopril ou lisinopril (usados no
tratamento de pressão alta e doenças do coração).
Observação: Converse com seu médico sobre o risco potencial
da imunoterapia.
AS DÚVIDAS E PERGUNTAS DEVERÃO SER LEVADAS AO SEU ALERGISTA PARA ESCLARECIMENTO.
IMPORTANTE
As informações disponíveis no site www.alergiarespiratoria.com.br possui
caráter informativo e educativo. No caso de consulta procurar seu médico de
confiança para diagnóstico e tratamento.
Dr. Luiz Carlos Bertoni
Alergista - Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia (ASBAI)
Membro - World Allergy Organization (WAO)
CRM-PR 5779
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