A candidiase vaginal é a causa mais freqüente de

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Dr. Luiz Carlos Bertoni - CRM-PR 5779
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CANDIDIASE VAGINAL – INFECÇÕES DE REPETIÇÃO
A candidiase vaginal é a causa mais freqüente de infecções genitais e é
bastante característica. A infecção se apresenta como um corrimento genital
branco de aspecto grumoso, coceira ou ardor genital e dor a micção. É freqüente
a hiperemia (vermelhidão), edema de vulva e da vagina e as lesões podem se
estender para a região perineal e inguinal.
Não é uma doença de transmissão exclusivamente sexual, existem outros
fatores que facilitam o aparecimento da infecção como, diabete, gravidez, uso de
anticoncepcionais orais, certos antibióticos, medicamentos imunossupressores,
obesidade, roupa justa e/ou de material sintético. Lembrando que a candidiase
interfere no intercurso sexual e atrapalha vida conjugal do casal.
EPIDEMIOLOGIA: a Candida albicans é responsável por 20-25% dos
corrimentos genitais de origem infecciosa e outros 15-20% por outras cândidas
(C. tropicalis e C. glabrata). E em 85% dos casos de candidiase vaginal, a
infecção é de origem endógena.
CANDIDIASE PERSISTENTE ou RECIDIVANTE: é freqüente o ginecologista
defrontar com recidivas da infecção, devendo afastar nestes casos os fatores
predisponentes (citados acima). Em algumas mulheres a candidíase de
repetição pode estar relacionada ao parceiro sexual que é assintomático e não
tratado conjuntamente com a mulher. Outra situação é a ocorrência de algum
traumatismo na relação sexual facilitador de infecções. A identificação de foco
extravaginal como intestino e boca são apontados como fatores relevantes e
importantes para a erradicação das cândidas.
Certas pessoas mesmo seguindo corretamente o tratamento indicado, a
infecção se torna rebelde ao tratamento. Lembrete: espécies diferentes da C.
albicans que não respondem adequadamente aos fungicidas habituais.
IMUNOPATOLOGIA: a coceira de modo geral é intensa provocando hiperemia,
maceração e escoriações na região vulvar. Esses sintomas estão relacionados à
reação “alérgica” as toxinas das cândidas (candidinas). Iniciam ou intensificamse na fase pré-menstrual e pode ser acompanhado de disúria (dor ao urinar) e
dispaurenia (dor ao intercurso sexual). Ao exame especular mostra conteúdo
vaginal anormal associado à colpite difusa.
Com certa freqüência, observa-se uma forma ulcerativa difusa que
apresenta muito ardor, principalmente à micção, essa forma clinica pode levar a
confusão com lesões provocada por herpes simples.
TESTE CUTÂNEO: Holti em seu trabalho realizou o teste cutâneo em população
adulta normal mostrando reação do tipo imediato (tipo I) em 10-15% e reação do
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tipo tardio (tipo IV) em 14% em pessoas com idade entre 11-20 anos e 20%
entre 20-50 anos. (Holti, G.: Management of pruritus and urticaria Br Med J. 1967: 155-63).
IMUNOTERAPIA ou VACINA ANTI-CANDIDA: segundo Akyiama e col. a
imunoterapia foi usada com sucesso na rinite alérgica e na asma provocados por
Candida albicans. (Akyiama K, et alli.: Allergic bronchopulmonary candidiasis. Chest 1984; 85:699-700).
No caso de candidiase vaginal persistente ou recidivante em que o
componente “alérgico” estava presente, a imunoterapia tem sido usada com
sucesso desde a década 70. (Rigg D. Miller M, Metzger WJ Recurrent allergy vulvovaginitis. Treatment
with Candida albicans allergen immunotherapy. Am J Obstet Gynecol 1990:162:332-6). O tratamento deve
ser feito sob a orientação médica.
REAÇÕES A VACINA: podem ocorrer reações no local da aplicação, tais como
coceira, vermelhidão ou irritação e edema (inchaço), que regridem dentro de
aproximadamente 24 horas. As reações sistêmicas apesar de serem descritas
na literatura são muito raras.
CONTRA-INDICAÇÕES: pacientes apresentando estado febril e aqueles
submetidos a tratamento de quimioterapia ou radioterapia.
AS DÚVIDAS E PERGUNTAS DEVERÃO SER LEVADAS AO SEU ALERGISTA PARA ESCLARECIMENTO.
IMPORTANTE
As informações disponíveis no site www.alergiarespiratoria.com.br possui
caráter informativo e educativo. No caso de consulta procurar seu médico de
confiança para diagnóstico e tratamento.
Dr. Luiz Carlos Bertoni
Alergista - Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia (ASBAI)
Membro - World Allergy Organization (WAO)
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