ROSANE SANDOVAL GONÇALVES MARINI TÍTULO: EMPREGOS VERDES: ESTRATÉGIA DE PROMOÇÃO OPORTUNIDADES DE EMPREGO, TRABALHO DECENTE SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL DE E Orientador: Professor Doutor Bismarck Duarte Diniz Data da defesa: 25/07/2014 RESUMO O estudo pretende apresentar alguns aspectos da iniciativa Empregos Verdes, tema que é fruto de estudos elaborados no seio da Organização Internacional do Trabalho – OIT e tem como principal desafio associar o dinamismo da oferta de trabalho decente em uma economia sustentável, diretriz que somente será alcançada com políticas de mitigação da mudança climática que atinge todos os países, acelera a degradação ambiental e compromete a qualidade de vida, bem como a promoção do trabalho decente. Esse objetivo justifica-se porque o aumento de produtividade e a crescente competitividade, próprias de um cenário de globalização da economia, acabam por comprometer não só a qualidade de vida no ambiente de trabalho, mas, também, o agravamento da questão ambiental, em razão da má utilização dos recursos naturais, de sorte a formar um ciclo de prejuízos social e ambiental. Para tanto, analisa-se o meio ambiente do trabalho equilibrado como componente do trabalho decente, bem como avalia-se os empregos verdes sob o prisma do desenvolvimento sustentável em suas três dimensões: econômica, social e ambiental, pilares fundamentais para a reativação da economia mundial e para a geração de trabalho decente. Nesse contexto, entende-se que a adoção de modelos mais eficientes de produção e consumo e menos destrutivos do ponto de vista ambiental é capaz de criar oportunidades para a redução da pobreza, gerar trabalho decente e promover o diálogo social, transformação, entretanto, que depende de uma estrutura sólida e coerente em termos de políticas públicas, bem como do envolvimento das principais partes interessadas: empregadores, trabalhadores e governos. PALAVRAS-CHAVES: Meio ambiente do trabalho equilibrado. Trabalho decente. Desenvolvimento sustentável. Empregos verdes. RAFAELA EMÍLIA BORTOLINI TÍTULO: A FUNÇÃO SOCIOAMBIENTAL, A TEIA DE INTERESSES E OS DEVERES FUNDAMENTAIS ECOLÓGICOS: EM BUSCA DE NOVAS LEITURAS PARA A PROPRIEDADE ORIENTADOR: PROF. DR. PATRICK DE ARAÚJO AYALA Data de defesa: 14/07/2014 RESUMO O estudo pretende apresentar alguns aspectos da iniciativa Empregos Verdes, tema que é fruto de estudos elaborados no seio da Organização Internacional do Trabalho – OIT e tem como principal desafio associar o dinamismo da oferta de trabalho decente em uma economia sustentável, diretriz que somente será alcançada com políticas de mitigação da mudança climática que atinge todos os países, acelera a degradação ambiental e compromete a qualidade de vida, bem como a promoção do trabalho decente. Esse objetivo justifica-se porque o aumento de produtividade e a crescente competitividade, próprias de um cenário de globalização da economia, acabam por comprometer não só a qualidade de vida no ambiente de trabalho, mas, também, o agravamento da questão ambiental, em razão da má utilização dos recursos naturais, de sorte a formar um ciclo de prejuízos social e ambiental. Para tanto, analisa-se o meio ambiente do trabalho equilibrado como componente do trabalho decente, bem como avalia-se os empregos verdes sob o prisma do desenvolvimento sustentável em suas três dimensões: econômica, social e ambiental, pilares fundamentais para a reativação da economia mundial e para a geração de trabalho decente. Nesse contexto, entende-se que a adoção de modelos mais eficientes de produção e consumo e menos destrutivos do ponto de vista ambiental é capaz de criar oportunidades para a redução da pobreza, gerar trabalho decente e promover o diálogo social, transformação, entretanto, que depende de uma estrutura sólida e coerente em termos de políticas públicas, bem como do envolvimento das principais partes interessadas: empregadores, trabalhadores e governos. PALAVRAS-CHAVES: Meio ambiente do trabalho equilibrado. Trabalho decente. Desenvolvimento sustentável. Empregos verdes. MICHELE BEUTINGER DE MATTOS TÍTULO: O TRABALHO DECENTE NA BUSCA PELA SUSTENTABILIDADE Orientador: Professor Doutor Bismarck Duarte Diniz Data de defesa: 25/07/2014 RESUMO: O arcabouço estratégico, político, normativo e principiológico envolto na promoção do trabalho decente é fundamental na busca pela efetivação da sustentabilidade em diversos de seus aspectos. O objetivo é demonstrar que o trabalho decente compreendido a partir da concepção do meio ambiente do trabalho é elemento que realiza os objetivos estratégicos da Organização Internacional do Trabalho - OIT, quais sejam, o respeito aos direitos do trabalho; a promoção de mais e melhores empregos; a extensão da proteção social; e o fortalecimento do diálogo social, e nessa condição produz efeitos de extrema relevância nas perspectivas da sustentabilidade que, por sua vez, se apresenta enquanto novo paradigma a ser alcançado pela humanidade. Para tanto, mediante revisão bibliográfica de obras de direito ambiental do trabalho, direito do trabalho e direito ambiental, bem como das diversas publicações da OIT, disserta-se acerca da construção, abrangência e promoção do trabalho decente, descrevendo em seguida como a sustentabilidade se tornou imprescindível para todos os setores da sociedade e da vida humana na terra e ganhou a multiplicidade de concepções relacionadas na pesquisa. Chega-se, desta forma, às evidências de que a promoção do trabalho decente implica na realização das perspectivas econômica, social, ambiental, política e cultural da sustentabilidade. Isso indica que no caminho a ser trilhado pela humanidade em prol da efetivação da sustentabilidade, a promoção do trabalho decente é inafastável, pois o desemprego, a informalidade, o trabalho infantil e forçado, o trabalho sem as mínimas condições de saúde e segurança, o tratamento desigual para e no emprego, a falta de diálogo social, e outros problemas que andam na contramão do trabalho decente, produzem pobreza, desigualdade social, desequilíbrio ambiental, prejuízos econômicos e políticos que impedem um mundo sustentável. PALAVRAS-CHAVES: Trabalho. Decente. Meio Ambiente. Sustentabilidade. CRISTIANE LARISSA ROSSETTO TÍTULO: O AMICUS CURIAE NA TUTELA COLETIVA DO MEIO AMBIENTE: EFETIVAÇÃO DO ESTADO DEMOCRÁTICO PARTICIPATIVO E LEGITIMAÇÃO DAS DECISÕES JURISDICIONAIS Data de defesa: 29/10/2014 RESUMO A atual crise ambiental e as constantes evoluções econômicas e tecnológicas indicam a necessidade de se voltarem as atenções aos imperativos ambientais. O direito fundamental ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, direito de terceira e quarta dimensões, constitui prerrogativa jurídica de titularidade difusa, de modo a refletir expressão significativa de um poder atribuído não apenas ao indivíduo, em sua singularidade, mas à própria coletividade social. Nesse contexto, o amicus curiae constitui importante ferramenta no processo civil brasileiro e, em especial, no processo coletivo ambiental contemporâneo, visto tratar-se de hipótese de intervenção, na qual o interveniente não apresenta um interesse individualizado e específico, mas sim, tem o propósito de oferecer auxílio técnico e jurídico ao juízo, trazendo, por consequência, benefícios à sociedade, no sentido do mais adequado equacionamento das demandas. E é neste aspecto que o amicus curiae se apresenta como ferramenta processual de extrema relevância, em especial na tutela coletiva ambiental. Utilizado de forma ostensiva nos países da Common Law, sua aplicação no processo coletivo tem sido enfrentada com parcimônia pelos tribunais pátrios. Deste modo, em vista do reconhecido valor da participação popular em questões ambientais, afirmado por convenções internacionais e reafirmado pela legislação constitucional e infraconstitucional, a democratização do procedimento judicial, por intermédio desta figura jurídica, terá por condão atingir níveis satisfatórios para a solução equilibrada e justa das demandas, devidamente amparada pelo direito fundamental de acesso à ordem jurídica justa e por princípios de ordem ambiental. Palavras-chave: meio ambiente; amicus curiae; tutela coletiva LUCIANA MONDUZZI FIGUEIREDO TÍTULO: MEDIAÇÃO AMBIENTAL: A TUTELA EXTRAJUDICIAL COMO INSTRUMENTO COMPLEMENTAR DE ACESSO À JUSTIÇA Orientação: Prof. Dr. Marcelo Antônio Theodoro. Data de defesa: 28/02/2013 RESUMO O estudo visa a demonstrar a viabilidade da tutela extrajudicial ambiental como mecanismo de acesso à justiça. Discutiu-se, inicialmente, sobre as peculiaridades do bem ambiental, cuja proteção deve se pautar em uma conduta preventiva e precaucional, a fim de garantir o meio ambiente sadio e equilibrado para as presentes e futuras gerações. Enfatizou-se a complexidade e a velocidade dos acontecimentos na sociedade contemporânea, de modo que os instrumentos de acesso à justiça devem ser, da mesma forma, céleres e efetivos para a resolução de uma crise ambiental. Para tanto, mostra-se necessária uma releitura do conceito de acesso à justiça. Em uma visão simplista, a justiça seria monopólio da função judicial estatal, que, sobrecarregada, morosa e tecnicamente deficiente, não consegue solucionar os litígios satisfatoriamente. Agregado a esse fator, está o argumento de que o Judiciário, ao resolver a controvérsia jurídica, muitas vezes não é capaz de compor as crises subjacentes, o que é de fundamental importância com o bem ambiental, notadamente no aspecto sociológico e ético. Demonstrou-se, assim, que a distribuição da justiça pode ser feita mediante instrumentos judiciais e extrajudiciais, que devem ser escolhidos de acordo com as peculiaridades do conflito. No processo de negociação extrajudicial, nem sempre a tutela reparatória mediante o dever de indenizar será proposta (modelo ganha-perde), mas uma harmonização entre os interesses em conflito (modelo ganha-ganha) sempre sob a perspectiva da proteção do meio ambiente (bem maior). O foco é, portanto, o problema e não as pessoas e as questões formais nele envolvidas. Com esse raciocínio, a mediação ambiental revela-se um caminho eficaz, já que não objetiva apenas resolver a controvérsia colocada, mas desenvolver uma nova relação contínua e duradoura das partes com o meio ambiente, mediante a intermediação de um terceiro preparado com técnicas multidisciplinares. A despeito da inexistência de legislação própria, a mediação, inclusive, já é uma realidade em prática no Brasil, diante das vantagens que apresenta comparada a uma burocratizada judicialização do debate. PALAVRAS-CHAVE: Conflito socioambiental. Acesso à justiça. Tutela extrajudicial. Mediação ambiental. JOAQUIM BASSO TÍTULO: A PROPRIEDADE RURAL PRODUTIVA PARA O DIREITO: DE SUAS ORIGENS À RESSIGNIFICAÇÃO DE SUA COMPREENSÃO Orientador: Prof. Dr. Marcos Prado de Albuquerque Defesa: 27/03/2014 RESUMO A Constituição Federal brasileira menciona, em seu art. 185, II, a expressão “propriedade produtiva”, dispondo que os imóveis rurais assim caracterizados são insuscetíveis de desapropriação para fins de reforma agrária. Apesar de a Lei n. 8.629/1993 ter regulamentado esse dispositivo, ainda há muita controvérsia acerca da compreensão jurídica dessa expressão “propriedade produtiva”, principalmente considerando-se as hipóteses em que o conceito legal é verificado, mas ainda assim a função social da propriedade é descumprida, por exemplo, em razão de violações a normas ambientais ou trabalhistas. Desse modo, o presente estudo tem por finalidade investigar qual é a abordagem mais adequada para que o Direito defina o que se deve entender por uma propriedade agrária produtiva. Para isso, o estudo, partindo de um histórico geral, analisa o Direito vigente à luz do Direito estrangeiro, do internacional e da história do Direito nacional a respeito da matéria. Indaga-se sobre as possibilidades de ressignificação da compreensão jurídica de produtividade agrária, de modo a abarcar a sustentabilidade e a segurança alimentar. A complexidade dessa ressignificação vai muito além da abordagem usual. Verificou-se que o Direito brasileiro precisa considerar muitas outras variáveis que definem o que é produtividade agrária, tal qual é feito em muitos ordenamentos alienígenas, principalmente para abarcar objetivos de longo prazo, como a sustentabilidade, e também emergenciais como a segurança alimentar. A propriedade adquire novas concepções na abordagem contemporânea, seja pela consideração de uma sociedade multicultural (que, por exemplo, implica a convivência com diferentes formas de apropriação, como a propriedade comunal), como também das futuras gerações (que, por sua vez, implica uma completa reavaliação das escalas de tempo com que se deve trabalhar a propriedade). É importante, da mesma forma, não se restringir a uma abordagem fechada para o próprio ordenamento interno, pois a produção agrária, uma preocupação universal, necessita de uma abordagem holística, instrumentalizada pela abertura material do ordenamento. Por fim, a norma do art. 185, II, da Constituição não só se destina a regular hipótese de imunidade à desapropriação agrária, mas também estabelece um dever fundamental de produzir de forma sustentável e com segurança alimentar. Palavras-chave: Produtividade agrária. Segurança alimentar. Sustentabilidade. Abertura material. Propriedade agrária. LUIZE CALVI MENEGASSI CASTRO TÍTULO: PROTEÇÃO CONSTITUCIONAL DO MEIO AMBIENTE: DIREITOS METAINDIVIDUAIS E DISTRIBUIÇÃO DINÂMICA DO ÔNUS DA PROVA Defesa: 28/03/2014 RESUMO É crescente a preocupação da sociedade para com os danos ambientais ocasionados pelos agentes nocivos oferecidos pelas atividades desenvolvidas sem consciência socioambiental. A proteção aos bens ambientais, que antes era empreendida de maneira reflexa ante a necessidade da manutenção da vida, foi fortemente influenciada por movimentos internacionais, e consolidada no ordenamento pátrio com a promulgação da Constituição de 1988, perpetuando a constitucionalização do meio ambiente. Diante desses novos valores entendidos como fundamentais ao cidadão e à coletividade, houve a percepção de novos direitos materiais, quais sejam, os metaindividuais, onde os valores de cidadania, da dignidade humana, da sadia qualidade de vida, dentre outros, foram diretamente ligados à prestação da tutela jurisdicional efetiva. Diante desta nova órbita de direitos materiais, uma nova ordem procedimental foi inaugurada ante as formas dos relacionamentos sociais e comerciais, ainda, diante do contexto da sociedade de risco em que estamos inseridos. Nesse contexto, os instrumentos processuais disponíveis devem ser aptos a veicular os novos direitos, sendo, pois, imperioso, consolidar uma visão mais ampla e alargada aos preceitos do sistema tradicional, de forma a disponibilizar meios para a sua efetiva proteção. A preocupação com a justa adequação da relação entre o direito material e o processual é justamente o ponto forte acerca da tutela coletiva à luz das características diferenciadas dos direitos ou interesses não individuais. Assim, as reflexões a serem realizadas possuem a finalidade de analisar a crescente teoria do redimensionamento do ônus da prova, enquanto instrumento apto a auxiliar durante a fase probatória com o objetivo da concretização da proteção dos direitos metaindividuais, dentre eles os bens ambientais, no contexto da sociedade moderna reflexiva, propiciando acesso à justiça. Acesso este que pode ser entendido como uma condicionante essencial para a fruição dos direitos metaindividuais, e quando coletivamente raciocinado, traduz com maior clareza a sua função democrática na atual conjectura social globalizada e plural, representando à nova ordem processual coletiva verdadeiro instrumento da reestruturação do acesso à ordem jurídica justa e capaz de proporcionar bem estar à coletividade. PALAVRAS-CHAVES: Meio ambiente. Direitos fundamentais. Sociedade de risco global. Direitos metaindividuais. Nova ordem procedimental. Redimensionamento do ônus da prova. Acesso à justiça. GLADSTONE AVELINO BRITTO TÍTULO: Agricultura familiar e os danos ambientais em assentamentos rurais da reforma agrária no Estado de Mato Grosso ORIENTADOR: PROF. DR. MARCOS PRADO DE ALBUQUERQUE Data da defesa: 10/12/2014 RESUMO O tema principal desta dissertação foi examinar as causas e as consequências jurídicas dos danos ambientais em assentamentos rurais no Estado de Mato Grosso. A pesquisa foi estruturada para apresentar a questão a partir das três esferas de enfrentamento do problema. A primeira esfera é a do ordenamento fundiário e busca entender o processo de formação dos assentamentos rurais e o significado dos pequenos produtores da agricultura familiar enquanto sujeitos desse processo. Para isso, o trabalho remeteu ao marco conceitual da agricultura familiar, de modo a caracterizar o público beneficiário da reforma agrária e o papel dos assentamentos rurais. A esfera seguinte foi o exame das políticas públicas voltadas para a agricultura familiar, como etapas para avançar na direção de modelos de desenvolvimento sustentável. O propósito foi apurar como essas ações podem contribuir para a reversão de tendências ambientalmente adversas em assentamentos rurais. Antes de entrar na esfera das ações de repressão administrativa às infrações ambientais, foram contextualizadas as circunstâncias que conduzem à degradação ambiental em assentamentos rurais, com a apresentação das tendências ambientais recentes na Amazônia Legal, com foco para as ocorrências em Mato Grosso. Após o exame de iniciativas para a reversão do desmatamento e da degradação ambiental nos assentamentos rurais, foram discutidas algumas das controvérsias jurídicas sobre a responsabilização administrativa ambiental. A principal delas é quanto à natureza jurídica da responsabilização administrativa, examinando-se os aspectos ligados à possibilidade de responsabilização objetiva dos órgãos fundiários, enquanto titulares de domínio nos assentamentos rurais. Em seguida houve a ampliação da moldura jurídica do dano ambiental reparável, de modo a delimitar as possibilidades de responsabilização administrativa dos beneficiários de reforma agrária pelas infrações ambientais apuradas em assentamentos rurais ou de terceiros que tenham dado causa a tais danos. Apresentaram-se, ainda, as consequências e os efeitos jurídicos da imputação administrativa nos níveis fundiário e ambiental. Palavras chave: agricultura familiar; assentamentos rurais; danos ambientais; Incra; Mato Grosso EDILSON ROSENDO DA SILVA TÍTULO: GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS: O DESAFIO DA SUSTENTABILIDADE NO MUNICÍPIO DE CUIABÁ-MT Orientador: Prof. Dr. Carlos Teodoro José Hugueney Irigaray Data de defesa: 26/05/2014 RESUMO O mundo atual é predominantemente urbano, no qual o homem cada vez mais se utiliza de produtos industrializados, eletroeletrônicos, e embalagens em geral, gerando resíduos das mais variadas espécies, que podem levar até centenas de anos para se decomporem na natureza. O excesso de consumo sem uma preocupação com a correta destinação do lixo, e com os impactos dele decorrente, entre outros fatores, tem dificultado a construção de cidades sustentáveis, contribuindo, assim, para o agravamento da crise ambiental global. Entretanto, o nosso tempo começa a ser desenhado como um período conhecido como a era da sustentabilidade, onde a visão utilitarista da natureza parece ceder lugar à racionalização do uso dos recursos naturais, através da adoção de práticas mais ecologicamente equilibradas, favorecendo a sustentabilidade urbana. Nesse contexto, surge no Brasil a Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei 12.305/2010), com seus objetivos, princípios e instrumentos, possibilitando aos governantes novas diretrizes para uma gestão ambientalmente eficaz em relação à destinação e disposição final dos resíduos sólidos. O presente estudo se propõe a analisar os desafios enfrentados na busca da sustentabilidade, notadamente quanto ao manejo e disposição do lixo urbano, destacando como esse processo vem sendo conduzido no Município de Cuiabá, além de apontar dificuldades e possíveis caminhos que nos levem à efetivação de um modelo de cidade, de fato, mais sustentável para as presentes e futuras gerações. PALAVRAS-CHAVES: Meio ambiente urbano; gestão; resíduos sólidos; sustentabilidade; direito agroambiental. DIOGO MARCELO DELBEN FERREIRA DE LIMA TUTELA INTERNACIONAL DAS ÁREAS ÚMIDAS SUL-AMERICANAS: INSTRUMENTOS DE PROTEÇÃO DO PANTANAL E DO CHACO Professor Orientador: Dr. Valerio de Oliveira Mazzuoli Data da defesa: 11/08/2014 RESUMO A questão ambiental preocupa a comunidade internacional, promovendo alterações significativas nos sistemas jurídicos contemporâneos. A degradação dos espaços naturais e a erosão da biodiversidade forçam a adoção de instrumentos jurídicos e medidas políticas de proteção ambiental. As áreas úmidas sul-americanas, situadas na porção meridional desse continente, nos territórios de Brasil e Bolívia (e outros), são ambientes de interesse ecológico e humanitário internacional. O objetivo desse trabalho é analisar os fundamentos do direito e da política internacional e as regras de direito interno aplicáveis aos ambientes úmidos da América do Sul. A pesquisa adota o método monista internacionalista dialógico, que considera plurais as possibilidades de interpretação e aplicação da lei, na perspectiva de interação das fontes do direito e de dar melhor solução ao desafio posto. Aqueles países, à luz do constitucionalismo latinoamericano, têm desenvolvido a tutela constitucional do ambiente e colocado à disposição significativa base legal, visando afirmar os direitos fundamentais ecológicos. Instrumentos internacionais, a exemplo da Convenção de Ramsar e do Tratado da Bacia do Prata, contribuem para a efetividade do “direito internacional das áreas úmidas sulamericanas”. Palavras-chave: direito internacional ambiental; áreas úmidas; sustentabilidade; DANIELA PAES DE BARROS TÍTULO: ÁREAS ESPECIALMENTE PROTEGIDAS NA AMAZÔNIA MATOGROSSENSE: CONFLITOS SOCIOAMBIENTAIS E DESAFIOS À CONSERVAÇÃO Orientador: Prof. Dr. Carlos Teodoro José Hugueney Irigaray Defesa: 16/09/2014 RESUMO A Amazônia pela sua extensão, megadiversidade biológica e social e pelos serviços ambientais que presta deve ser protegida. Por isso, ela concentra a maioria das áreas especialmente protegidas, em relação aos demais biomas brasileiros. Mas a sua riqueza é também fator de conflitos socioambientais, que se desenvolvem em função dos usos predatórios dos seus recursos naturais. Os conflitos socioambientais se refletem nas altas taxas de desmatamento, violência, desigualdade social, e colocam em risco a Amazônia, enquanto patrimônio nacional. Este trabalho de pesquisa visa evidenciar os limites e desafios à implementação das políticas públicas voltadas para a preservação e conservação dos espaços territoriais protegidos na Amazônia Mato-Grossense. Para tanto, estuda-se o regime jurídico das principais áreas especialmente protegidas (as áreas de preservação permanente - APPs, reserva legal - RL, terra indígena - TI e unidade de conservação - UC) e identificam-se os problemas que mais as atingem, sobretudo aqueles localizados na Amazônia Mato-Grossense, como a dificuldade de se fiscalizar a proteção sobre a RL e as APPs e os conflitos em torno da criação de TI e UCs. Esta análise visa contribuir para a melhoria da gestão dessas áreas especialmente protegidas, a fim de que possam cumprir a missão de assegurar a conservação desse bioma e especialmente de sua megadiversidade. Palavras-chave: Amazônia Mato-Grossense. Áreas especialmente protegidas. Políticas Públicas. Direito Agroambiental.