A UTILIZAÇÃO DO CPAP NA DISTROFIA MUSCULAR DE DUCHENNE. Autora: Camila Ribeiro do Espírito Santo*. RESUMO O objetivo do presente estudo é analisar as produções científicas que têm relatado a respeito da utilização do CPAP na Distrofia Muscular de Duchenne, descrever os benefícios e suas complicações. Este artigo é uma revisão bibliográfica do tipo síntese, que foram coletados nas seguintes bases de dados, Períodicos Eletrônicos; Scielo, Lilacs, Bireme, Cochrane, Medline, Pub Med. Como também acervo das bibliotecas da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Universidade Católica do Salvador (UCSAL) e União Metropolitana de Educação e Cultura (UNIME), no período de 2000 a 2010, (exceto um artigo de 1994), e nos idiomas inglês, espanhol e português. Foram selecionados 42 artigos, mas utilizou-se apenas 22, pois os 20 restantes não possuíam os dados de identificação completos e ligação direta com o objetivo principal. A Distrofia Muscular de Duchenne (DMD) é um distúrbio genético ligado ao cromossomo X, que afeta principalmente crianças do sexo masculino. Caracteriza-se pela degeneração progressiva e irreversível da musculatura esquelética, levando a uma fraqueza muscular generalizada, devido à ausência da proteína chamada distrofina presente na membrana muscular. As complicações respiratórias são as maiores causas de morbidade e mortalidade neste tipo de enfermidade. O CPAP é um tipo de VNI que pertence ao grupo de modalidades da fisioterapia respiratória que vem sendo instituída e trazendo resultados como queda da mortalidade em idade precoce, melhora na qualidade de sobrevida e benefícios para melhorar a qualidade do sono de pacientes com DMD. Palavras-chaves: Doenças Neuromusculares (DNM), Distrofia Muscular de Duchenne (DMD), Pressão Positiva Contínuas nas Vias Aéreas (CPAP), Síndrome da Apnéia Obstrutiva do Sono (SAOS), Ventilação Mecânica Não- Invasiva Fisioterapia Respiratória e Pediátrica. * Especialista em Fisioterapia Pediátrica e Neonatal pela Universidade Castelo- Rio de Janeiro e Atualiza Associação Cultural, 2010.2. Fisioterapeuta, graduada pela União Metropolitana de Educação e Cultura- Unime- Lauro de Freitas- Bahia em 2008.2. E-mail: [email protected] 1 INTRODUÇÃO A Distrofia Muscular de Duchenne (DMD), também chamada de Doença Neuromuscular, foi descrita pela primeira vez em 1861 por um neurologista francês chamado Guillaume Duchenne, que descreveu esta, como sendo uma doença neuromuscular progressiva e degenerativa que afeta em especial o tecido muscular e causa comprometimento no sistema nervoso central, que primeiramente acomete qualquer parte da unidade motora, comprometendo células do corno anterior da medula até o músculo, causando degeneração dos músculos esqueléticos devido à mistura de células musculares hipertrofiadas e necrosadas. Acometendo somente meninos, caracterizada como um defeito hereditário ligado ao cromossomo X recessivo, onde suas mães são portadoras. (COLLINS, 1997; PORTH, 2002; STOKES, 2000) De acordo com os dados de incidência a DMD ocorre aproximadamente 1caso em cada 3.500 indivíduos nascidos vivos, sua prevalência acontece em cerca de 1 a cada 18.000 indivíduos masculinos. As primeiras manifestações clínicas que aparecem são quedas constantes, atrasos nas aquisições da marcha, e um déficit importante no desenvolvimento neupsicomotor que ocorre na faixa etária de 1á 5 anos de idade. Isso ocorre, pois apesar da criança nascer com aparência normal, esta apresenta uma alta concentração de creatina cinase (CK) e uma redução na produção de distrofina (proteína que permite a integridade da fibra muscular ao realizar contração e relaxamento) associada à hipertrofia, degeneração e fraqueza muscular. (KOPELMAN, 2004; LONG, 2001) A atrofia muscular e pseudo-hipertrofia do gastrocnêmio ficam mais evidentes aos dois anos de idade, causando uma fraqueza de proximal para distal em todo o sistema músculo esquelético, que por sua vez acaba gerando escoliose, Sinal ou Manobra de Gowers que compensa a fraqueza do quadríceps femoral e glúteos, podendo ocasionar perda da deambulação, levando ao uso de cadeira de rodas. A utilização precoce da cadeira de rodas causa comprometimento nos músculos respiratórios, limitação cardiopulmonar progressiva, levando o indivíduo ao óbito na adolescência ou início da vida adulta. (BACH, 2004; TECKLIN, 2002; UMPHRED, 2004) Uma das complicações que mais leva o paciente com DMD à morte é a insuficiência respiratória aguda ou crônica, ambas provocadas por falha e atrofia na musculatura respiratória, que ocasiona diminuição da força muscular, falência na bomba muscular respiratória, que por sua vez causa diminuição fluxo de ar e tosse ineficaz. O tratamento da insuficiência respiratória focaliza a correção do problema causador do distúrbio de troca gasosa, e o alívio de hipoxemia e da hipercapnia. Existem inúmeras modalidades de tratamento, os quais incluem a oxigenoterapia controlada, ventilação mecânica, o suporte nutricional, e outros métodos fisioterapêuticos e profiláticos. (AZEREDO, 2002; CARVALHO, 2004) Dentre essas modalidades de tratamento mais utilizadas, a pressão positiva contínua nas vias aéreas (CPAP) por sua vez é um modo de suporte ventilatório no qual uma pressão positiva definida é aplicada continuamente durante todo o ciclo respiratório. Este associado a pressão expiratória positiva final (PEEP) propiciam melhora da oxigenação dada pela manutenção da abertura alveolar obtida na inspiração. A abertura alveolar gerada pela pressão positiva tem como finalidade reduzir o shunt intrapulmonar e melhorar a oxigenação. É sabido que em condições fisiológicas o fechamento glótico gera uma pressão alveolar ao final da expiração em torno de 3 a 5 cmH2O. Esta PEEP fisiológica é abolida com a instalação de uma via aérea artificial. Em situações de shunt elevado, tais como edema pulmonar cardiogênico e síndrome do desconforto respiratório agudo (SDRA), níveis mais altos de PEEP são exigidos para evitar o colapso alveolar e melhorar troca gasosa. (DAVID, 2004; TARANTINO, 2002) Nesse presente estudo será relatado a respeito da utilização do CPAP no paciente com DMD, descrevendo os benefícios e complicações desse método de tratamento, e como este poderá proporcionar conforto e melhora da sobrevida, isso porque essa doença é degenerativa e progressiva, e causa grandes incapacidades motoras e respiratórias, levando assim o paciente à morte. (SARMENTO, 2007) No entanto, o objetivo desse estudo é analisar o que as produções científicas têm relatado sobre a utilização do CPAP na DMD, descrever os benefícios e as complicações sobre o uso do CPAP e como isso tem influenciado o fator de prevalência da patologia e se é possível através dessa técnica de fisioterapia melhorar a qualidade de sobrevida desse paciente. Foram encontrados 42 artigos, selecionados 22, e foram descartados 20 artigos, seguindo de acordo com os critérios de inclusão e exclusão do trabalho. Dos selecionados: 2 na língua espanhola, 15 na língua inglesa e 5 na língua portuguesa. Com a atual revisão, foi encontrado indícios de que o CPAP nos pacientes com DMD traz muitos benefícios tais como: melhora na sobrecarga muscular, diminuição do trabalho respiratório, aumento da troca gasosa, melhora da ventilação pulmonar, aumento da expansibilidade torácica, como também melhora na qualidade do sono, auxílio e facilidade para o tratamento da SAOS, que em vários artigos foi citada como uma das mais comuns e preocupantes complicações respiratórias presente nos pacientes portadores da DMD. E nesses artigos também foi verificado também a importância e o grau de preocupação dos especialistas em saber como tratar e promover melhor qualidade de sobrevida para esses pacientes. 2 DESENVOLVIMENTO A DMD é uma miopatia progressiva ligada ao cromossomo X recessivo, que afeta todo o sistema muscular esquelético, sistema nervoso central, cardíaco e intestinal e cerca de 90% dos pacientes com DMD morrem de insuficiência respiratória (IRPa) ou cardiomiopatia associada. A IRPa é devido a fraqueza muscular respiratória, causando assim uma hipoventilação noturna sintomática, tosse ineficaz e o melhor tratamento de escolha é a ventilação mecânica e como também a ventilação nãoinvasiva (VNI) que é um método de tratamento mais usado para da suporte ao paciente com DMD. O comprometimento cardíaco se manifesta através da geração de impulso e anormalidades de condução do impulso ou miocardiopatia. Anormalidades cardíacas em DMD respondem bem à terapia adequada. Ainda não há estudos clínicos e randomizados suficientes que comprovem com grande evidência o uso da VNI para melhorar a qualidade de vida dos pacientes com DMD isso porque a muitas questões médicas, éticas, sociais e econômicas envolvidas. Apesar da DMD ser uma doença fatal os cuidados relacionados a qualidade de vida e a sua expectativa devem ser considerados, como também as manifestações cardiopulmonares devem ser adequadamente tratadas, isso porque tais medidas são importantes manter a qualidade de sobrevida do paciente com DMD. (BADKE, 2003; FINSTERER, 2006) Um artigo relatou a respeito da técnica de depuração pulmonar realizada em sete crianças com idades entre 8 e 17 anos, seis com DMD e uma com atrofia muscular espinhal tipo II (SMA-II). Essas crianças apresentavam pulmões saudáveis, mas por da fraqueza muscular e dependência precoce a cadeira de rodas elas começaram apresentar um quadro de obstrução pulmonar devido a excesso de secreção nos pulmões. Então seis dos garotos foram submetidos à depuração pulmonar por duas vezes, em uma ocasião com o grupo controle e em outra após o uso de CPAP. O grupo controle utilizado era formado por adultos saudáveis, nas provas depuração foram utilizados partículas de teflon de 6 mícron rotulado com III e sendo inalado de forma lenta na quantidade de 0,05 L /s. (KLEFBECK, 2004) Durante os experimentos e mensuração das partículas em 24, 48 e 72 horas, foi encontrada certa semelhança na retenção de partículas nos pulmões das crianças e adultos principalmente na região dos bronquíolos, e nos experimentos de depuração realizados com a associação do CPAP houve uma retenção significativa menor após 72 horas no grupo das crianças, do que nos experimentos no grupo controle dos adultos. Os resultados indicam que a redução da força muscular e a diminuição dos movimentos mecânicos dos pulmões, não afetam a depuração das vias aéreas de pequenos e grandes calibres. No entanto alguns dos efeitos na depuração de vias aéreas de pequenos calibres não foram retirados devido ao curto período de tempo da mensuração das partículas, mas o experimento em associação ao tratamento com o CPAP teve uma importância bastante clínica e significativa e foi sugerida sua utilização do CPAP para auxiliar na remoção de secreção dos pulmões dos pacientes com doenças neuromusculares. (BADKE, 2003; KLEFBECK, 2004) Outro trabalho realizado com objetivo de avaliar o uso da VNI em crianças e sua aplicação na insuficiência respiratória aguda e crônica, constatou quehá uma escassez significativa de publicações acerca da VNI em pediatria, e a maioria dos dados disponíveis diz respeito a relatos de caso ou pequenas séries de casos, com apenas alguns estudos randomizados pequenos ou como sempre a maioria das pesquisas de evidencia são realizadas com indivíduos adultos. Nesse artigo também foi relatado que a VNI na pediatria vêm ganhando maior aceitação desde os anos 70 com o uso da pressão positiva contínua as vias aéreas (CPAP) que foi primeiramente utilizada em recém-nascidos. O CPAP é uma modalidade de pressão contínua fornecida às vias aérea inferiores através da faringe por diferentes tipos de interfaces, como prongas nasais, máscaras faciais ou câmara pressurizada em torno da cabeça. O sistema de fluxo para crianças emprega uma ação fluída nas prongas nasais para ajudar a reduzir o trabalho. (LOH, 2007) O CPAP melhora a oxigenação e reduz o trabalho respiratório, pois alivia a fadiga dos músculos inspiratórios, evita atelectasia, pois fornece uma pressão contínua de distensão. Embora o uso de VNI seja cada vez mais reconhecido em pediatria, atualmente não existem ainda orientações gerais para o seu uso. Nos casos crônicos, seu uso foi eficaz no tratamento de síndrome da apnéia obstrutiva do sono e na insuficiência respiratória secundária a doenças neuromusculares. Parece que o maior desafio é garantir a adesão ao tratamento e isso pode ser obtido através da instrução do paciente/cuidador, utilização de uma interface adequada, umidificadores aquecidos e minimização dos efeitos colaterais da VNI. Nos casos de insuficiência respiratória aguda, os dados disponíveis parecem indicar que se pode inferir o sucesso do tratamento pela rapidez na resposta terapêutica. Os pacientes submetidos à VNI devem ser monitorados cuidadosamente e essa modalidade de ventilação deve ser reconsiderada caso não haja resposta após algumas horas do início do tratamento. (TOUSSAINT, 2003;LOH, 2007) Os métodos de se oferecer ventilação mecânica não invasiva incluem: pressão negativa externa, oscilação da parede torácica, e ventilação mecânica por pressão positiva através de máscara, que será o assunto deste artigo. Nas décadas de 1970 e 1980, dois métodos de ventilação não invasiva com pressão positiva, utilizando uma máscara facial ou nasal, foram introduzidos na prática clínica: pressão positiva contínua na via aérea (CPAP), para melhorar a oxigenação em pacientes com insuficiência respiratória aguda com hipoxemia; para aumentar a ventilação e descansar a musculatura respiratória de pacientes com insuficiência respiratória crônica decorrente de doenças neuromusculares e/ou de doença pulmonar obstrutiva crônica. (SILVA, 2003) Num estudo transversal, com 114 pacientes com DMD, com objetivo de determinar a influência da VNI na função pulmonar. Verificou-se que, com o uso de VNI noturna, a função pulmonar e a capacidade vital obtêm uma significativa melhora e continua. E que a função pulmonar é um parâmetro útil para monitorizar a hipercapnia noturna, como também a capacidade vital é para predizer hipercapnia diurna. Deste modo, o uso de VNI noturna, acaba repercutindo por melhorar a hipercapnia durante todo o dia. (TOUSSAINT, 2007) Um relato de caso descreveu a respeito de um adolescente com 17 anos de idade, DMD que se apresentou à clínica pediátrica pulmonar para uma avaliação de acompanhamento após serem hospitalizado com diagnóstico de pneumonia. Durante a internação foi notado que ele apresentava diminuição da saturação de oxigênio arterial durante a noite de forma intermitente durante o sono. Foi relatado pelo pai paciente que desde os 12 anos de idade o mesmo já fazia uso da cadeira de rodas e o pai do paciente afirmou que de suas duas principais preocupações com seu filho, seria a dificuldade de engolir e o a dificuldade para respirar durante o sono. Exame Físico: apresentava um jovem adolescente, magro, sentado em uma cadeira de rodas com murmúrio vesicular diminuído em bases pulmonares, tosse ineficaz, ausculta cardíaca com ritmo regular, mas em alguns momentos o ritmo se apresentava acelerado com a curva cardíaca em forma de galope S3, mas não apresentava edema em extremidades. Testes de Função Pulmonar: ele não condições físicas de realizá-lo. Radiografia do tórax: apresentava escoliose e elevação de ambas hemicúpulas diafragmáticas, sem infiltrado pulmonar ou atelectasia. A polissonografia foi solicitada devido à história de diminuição da saturação de oxigênio arterial durante a noite e dificuldade para respirar durante o sono. (WAGNER, 2008) Os pesquisadores concluíram que os pacientes com DMD correm riscos de adquirir distúrbios respiratórios do sono associados à SAOS e a hipoventilação alveolar, o oxímetro de pulso detectou diminuição da saturação de oxigênio arterial (hipoxemia), mas não refletem o grau de hipoventilação. A polissonografia com monitorização transcutânea do CO2 é muito importante e responsável por diagnosticar sinais de insuficiência respiratória em pacientes com DMD, avaliação do sono deve ser realizada todos os anos por esses pacientes, e geralmente os sintomas começam quando eles passam usar uma cadeira de rodas, a hipoventilação do sono relacionados e/ou SAOS devem ser tratados com assistência ventilatória através da VNI, o oxigênio sozinho não deve ser usado para tratar a hipoxemia noturna como geralmente acontece quando a hipoventilação, mas ele deve ser associado à outras condutas, isso porque o oxigênio sozinho pode agravar a hipoventilação noturna e levar a hipercapnia permissiva. Benefícios do tratamento com a VNI incluem a melhoria da qualidade do sono, melhoria da qualidade de vida, diminuição da sonolência diurna, melhorar a troca gasosa diurna e um declínio mais lento na função pulmonar. (WAGNER, 2007) Outro artigo analisou o uso da VNI em doenças neuromusculares, com objetivo de discutir modos de aplicação e benefícios desta. Apontou evidências que, o uso da VNI, prolonga a vida destes pacientes. Onde se incluem os com DMD. Alertando que, para o sucesso desta terapia, é fundamental a seleção apropriada de equipamentos e parâmetros, baseada nas necessidades fisiológicas do paciente. Envolvendo a disponibilidade do equipamento, a intimidade do profissional com a técnica e a aceitação do paciente. (HESS, 2006) Um estudo coorte prospectivo na enfermaria de médica respiratória de um hospital universitário avaliou a utilização da Ventilação Mecânica não Invasiva (VNI) associada à tosse mecanicamente assistida para evitar que 17 pacientes com e Doenças Neuromusculares (DNM) e Insuficiência Respiratória Aguda (IRPa) fossem intubados com tubo endotraqueal ou traqueostimizados precocemente .A VNI e a tosse assistida foram utilizadas para reverter diminuições na saturação de oxihemoglobina e aliviar o desconforto respiratório que ocorreu apesar da terapia de oxigênio e medicação apropriada. A utilização da VNI foi bem sucedida em evitar a morte e intubação traqueal em 79,2% dos episódios agudos. Não houve diferenças significativas na função respiratória entre os grupos tratados com e sem sucesso tratados antes do episódio de IRPa, um de fator risco comum encontrado em alguns pacientes foi a disfunção bulbar que seria uma contra-indicação importante durante o tratamento conduzido pelo presente estudo. Os pesquisadores do estudo concluíram que a intubação endotraqueal pode ser evitada em pacientes com DNM e IRPa, que e a melhor conduta a ser utilizada seria a VNI associada a tosse mecanicamente assistida, levando em conta o comprometimento bulbar como uma contra-indicação. (SEVERA, 2005) O presente estudo relata a respeito da relação entre a ineficiência do mecanismo da tosse e a degrada da função respiratória em pacientes com DMD. Este artigo foi verificado que no paciente com DMD ocorre redução da eficiência da tosse, secundária à fraqueza muscular progressiva, tornando-se susceptíveis à infecção do trato respiratório. A produção de tosse efetiva é um preditor da função pulmonar nesses pacientes, Os objetivos de tratamento devem incluir o aumento da capacidade de insuflação máxima, do pico de fluxo da tosse, e correção da hipopnéia e da hipercapnia. A eficiência do mecanismo da tosse está relacionada tanto com a capacidade vital e capacidade de insuflação máxima quanto com a força da musculatura respiratória para a produção de pico de fluxo da tosse, Esses aspectos a serem abordados no tratamento do paciente com DMD e a avaliação constante durante todo o curso da doença deve nortear a intervenção. (FARIA, 2009) O Jornal Americano Respiratory and Critical Care de Maço de 2004, publicou um artigo com o objetivo de instruir médicos americanos a utilizar novas técnicas e condutas para tratar de pacientes com DMD e suas complicações respiratórias já manifestadas, e esses mesmo artigo também sugeriu que essas mesmas condutas poderiam ser utilizadas em pacientes com outros tipos de doenças neuromusculares. No mesmo artigo eles afirmaram que o CPAP é técnica respiratória mais limitada e específica para tratar de pacientes com DMD que sofrem de síndrome da ápneia obstrutiva do sono (SAOS), com ventilação noturna normal (sem aparelho) e que apresentassem sintomas de hipopnéia, apnéia central e obstrutiva, hipoxemia e hipoventilação. E o tratamento destas complicações pulmonares com suporte ventilatório não invasivo podiam melhorar a qualidade de vida e reduzir a morbidade e mortalidade precoce associada com a DMD. (AMERICAN, 2004) Os primeiros sinais de insuficiência respiratória são vistos no sono, neste artigo os pesquisadores examinaram 34 pacientes com DMD com idade variando de 1 a 15 anos. Eles descobriram que quase dois terços dos pacientes tinham sintomas de distúrbios respiratórios associados ao sono. Na polissonografia, um terço tinha hipoventilação e o outro terço apresentava SAOS. E o restante dos pacientes apresentou aumento do risco de distúrbios respiratórios do sono relacionados à hipoventilação, apnéia central, apnéia obstrutiva e hipopnéia. (AMERICAN; SURESH, 2005) Um artigo publicado na Revista Médica do Chile de um estudo realizado pela Universidade Católica do Chile com 440 pacientes que sofriam de síndrome da apnéia obstrutiva do sono, com objetivo de estabelecer uma proporção dos pacientes de SAOS diagnosticadas através da polissonografia que eram usuário ou não de CPAP nasal por tempo prolongado e predizer os fatores de adesão ao estudo. O grupo de 440 pacientes foi dividido em dois, o primeiro era dos usuários de CPAP nasal e o segundo era de não usuários, e quanto aos fatores de adesão variavam entre, recusar o tratamento devido à intolerância ao aparelho, falta de recursos financeiros do paciente, opção de aderir a tratamento mais barato, ou aceitação ao tratamento logo depois da entrevista, ou explicação dos especialistas de como se utilizava o aparelho. A conclusão do estudo foi que aproximadamente dois terço dos pacientes analisados com SAOS, com indicação CPAP nasal continuaram a usar esse tratamento a longo prazo, confirmando assim a eficácia dessa conduta para o tratar a SAOS. (SANTÍN, 2007) Um estudo realizado pelo Jornal Europeu de Respiratória verificou que a síndrome de apnéia obstrutiva do sono é uma das complicações respiratórias mais silenciosas, comuns e é considera uma das maiores causas de morte durante a noite em pacientes com DMD. Os objetivos desse artigo foram avaliar o grau de severidade de SAOS em pacientes com DMD. Nesse artigo foram avaliados seis pacientes clinicamente estáveis com a faixa etária de 12 a 22 anos, neles verificouse que a capacidade vital, PaO2, como também a presença de sonolência e dor de cabeça durante o dia, insônia, pesadelos, e/ou roncos durante à noite. Quatro dos pacientes analisados apresentaram os sintomas clássicos de SAOS, e durante a noite o índice de apnéia-hipopnéia (IAH) foi menor, porém pelo período dia os pacientes com mais sintomas de SAOS tiveram o IAH mais elevado, 85% crises de apnéia foram centrais e ocorriam mais durante fase REM do sono, houve uma diminuição significativa da saturação arterial um pouco abaixo do valor basal, a PaO2 avaliada mostrou um grau de obstrução do fluxo aéreo significativo correlacionado ao IAH. Através dessas avaliações o estudo pode concluir que a SAOS é bastante freqüente em pacientes com DMD, e a equipe médica responsável em cuidar desses pacientes devem estar atentos aos sintomas e aplicar condutas de tratamento eficazes com o propósito de minimizar esses distúrbios do sono. (BARBÉ, 1994) Um estudo realizado com objetivo de demonstrar os benefícios da VNI nas DNM. Relatou que, os pacientes necessitam da ventilação mecânica invasiva repetidamente, e a utilização da VNI de forma crônica, mediante CPAP ou BiPAP, evita a necessidade desta. E assim, complicações associadas, como a intubação prolongada, infecções e a necessidade de traqueostomia. (BRICEÑO-VEJA, 2007) Já outro artigo verificou que a VNI em pediatria á longo prazos nos últimos anos têm sido muito estudada e utilizada, e esse crescimento está ocorrendo devido à grande compreensão e confiança que os especialistas da aérea têm fornecer suporte respiratório as crianças. E a VNI está sendo considerada uma opção importante no tratamento da insuficiência respiratória aguda ou crônica independente de qual seja a causa. A facilidade para o uso e aplicação da VNI tem sido adotada em vários serviços hospitalares como também no domicílio residencial do paciente principalmente em pacientes que sofrem de doenças neuromusculares, síndrome da apnéia do sono e as modalidades mais utilizadas da VIN é Pressão Positiva e Continua nas Vias Aéreas (CPAP) e o Pressão Positiva nas Vias Aéreas em dois níveis ou bi-nivelada (BiPAP). Esse estudo fornece uma visão bem geral do uso da VNI na população pediátrica, levando em consideração o papel de todos os profissionais da equipe hospitalar, a avaliação apropriada, indicação e continuação do tratamento, e apoio para família e a criança que irá fica em suporte respiratório a longo prazo. (SAMUELS, 2007) A VNI é método de tratamento eficaz e importante para tratamento de pacientes que sofrem de distúrbios respiratórios associados ao sono, Insuficiência Respiratória aguda ou crônica, Doença Neuromusculares (DNM), Síndrome da Hipoventilação Congênita Central (SHCC), Fibrose Cística, Síndrome de Prader-Willi (SPW), DMD, SAOS, podem ser tratadas com sucesso pela VNI, isso porque tanto a insuficiência respiratória, como as doenças neuromusculares apresentam infecções respiratórias de repetição devido a atelectasia bastante comum nessas doenças e acabam evoluindo para uma hipoventilação noturna por causa da fraqueza muscular, e redução a sensibilidade ao dióxido de carbono durante o sono. Através dessas hipóteses pode-se concluir que a VNI causa os seguintes benefícios: melhora da mecânica pulmonar, descanso dos músculos respiratórios, melhora da sensibilidade ventilatória ao dióxido de carbono, e melhora da qualidade do sono e da sobrevida desses pacientes. (MARKSTRÖM, 2007) Este estudo relatou que a prevalência em crianças com SAOS é de 0,7 à 3%, com pico de incidência nas crianças em idade pré-escolar. Os fatores anatômicos; tais como obstrução nasal severa, más-formações craniofaciais, hipertrofia do tecido linfático da faringe, anomalias laríngeas, fatores funcionais (doenças neuromusculares), predispõem à SAOS na infância e sua principal causa é hipertrofia adenotosilar as manifestações clínicas mais comuns são: ronco noturno, pausas respiratórias, sono agitado, e respiração bucal. A oximetria de pulso noturna, a gravação em áudio ou vídeo dos ruídos respiratórios noturnos e a polissonografia breve diurna são métodos úteis para triagem dos casos suspeitos de SAOS em crianças, e o exame padrão ouro para diagnosticá-lo é a polissonografia em laboratório de sono durante toda a noite, ao contrário dos adultos com SAOS, as crianças costumam apresentar menos despertares associados aos eventos de apnéia, maior número de apnéias/hipopnéias durante o sono REM e a diminuição da saturação de oxigênio arterial mais acentuada na oxihemoglobina mesmo nas apnéias de curta duração, o tratamento da SAOS pode ser cirúrgico (adenotonsilectomia, correção de anomalias craniofaciais e traqueostomia) ou clínico (higiene do sono e o uso de CPAP). Ao final do artigo os autores enfatizaram que a equipe médica deve ser multidisciplinar e se conscientizar da importância do diagnóstico e tratamento precoce da SAOS para prevenir complicações e melhorar a qualidade de vida da criança. (BALBANI, 2005) Um ensaio clínico prospectivo, com 17 crianças, em estado clínico estável, sendo: 4 portadoras de DMD; 4 de atrofia muscular espinhal; e 9 de outras miopatias congênitas. Com objetivo de analisar os efeitos fisiológicos, e de tolerância, da VNI em crianças com DNM. Obteve como resultados: excelente tolerância; aumento do conforto respiratório; manutenção dos níveis de saturação em valores normais; volume corrente inalterado; e melhora da média do pico de fluxo inspiratório e expiratório. Confirmando assim que a VNI, repercute com benefícios fisiológicos, também em crianças com DNM, em curto prazo. E que estas apresentaram boa tolerância fisiológica a técnica. (FAUROUX, 2008) Na Dinamarca, o uso intermitente do CPAP em pacientes com doenças neuromusculares proporciona alívios dos sinais e sintomas associados com a fraqueza dos músculos respiratórios. O tratamento com CPAP parece estimular a limpeza bronquiolar, sendo clinicamente mais relevante quando as crianças apresentam um declínio de 40 à 50% da capacidade vital, momento em que, normalmente, a técnica é introduzida. (FONSECA, 2007) O suporte ventilatório através de VNI, em pacientes com doença neuromuscular pode trazer melhorias na qualidade de vida e prolongamento de sua sobrevivência. (HILL, 2002) 3 CONCLUSÃO A Distrofia Muscular de Duchenne foi descrita no presente estudo como sendo um distúrbio genético ligado ao cromossomo X, que afeta principalmente crianças do sexo masculino. Caracteriza-se pela degeneração progressiva e irreversível da musculatura esquelética, levando a uma fraqueza muscular generalizada, devido à ausência da proteína chamada distrofina presente na membrana muscular. As complicações respiratórias são as maiores causas de morbidade e mortalidade neste tipo de enfermidade. O CPAP é um tipo de VNI que pertence ao grupo de modalidades da fisioterapia respiratória que vem sendo instituída e trazendo resultados como queda da mortalidade em idade precoce, melhora na qualidade de sobrevida e benefícios para melhorar a qualidade do sono desse pacientes com DMD. É uma doença que tem deixado os especialistas cada vez mais empenhados em realizar novas pesquisas e estudos, isso porque a grande questão da DMD não é só o fato dela ser uma enfermidade mortífera, mas é qual ou quais são melhores formas de condutas, tratamentos e alternativas para poder se utilizar com esses pacientes que estão em estado terminal. Ou então qual seria a melhor forma de dar uma qualidade de sobrevida ou de vida para esses pacientes. Com certeza essas são as maiores dúvidas e desafios dos especialistas da aérea de saúde que ficam responsáveis pelo tratamento ou cuidados paliativos desses pacientes e também dos seus familiares. Através dessa pesquisa fica o incentivo aos especialistas realizar mais estudos randomizados e com maiores evidências de como podem ser tratadas as complicações respiratória, cardíacas, posturais, articulares e emocionais dos pacientes como DMD. Tentar verificar como é possível prevenir e minimizar deformidades, imobilidades, doenças secundárias tais como a SAOS que foi muito citada entre os autores apresentados no presente estudo e é mais um tema que pode e deve ser pesquisado novamente para encontrar qual a melhor forma de tratamento dessa disfunção. E sempre se lembrar de que a melhor forma de trabalhar com esses pacientes em estado terminal é como uma equipe multidisciplinar e que a maior de todas as prioridades no tratamento do mesmo seja a melhora da qualidade de vida e sobrevida dos pacientes portadores da DMD. THE USE OF CPAP IN DUCHENNE MUSCULAR DYSTROPHY. ABSTRACT The objective of this study is to analyze the scientific studies that have reported on the use of CPAP in Duchenne Muscular Dystrophy, describe the benefits and complications. This article is a review of type synthesis, which were collected in the following databases, electronic journals, SciELO, LILACS, BIREME, Cochrane, Medline, Pub Med As well as collection of the libraries of the Federal University of Bahia (UFBA), University Catolica do Salvador (UCSAL) and Metropolitan Union of Education and Culture (UNIME) in the period 2000 to 2010 (except an article of 1994) and in English, Spanish and Portuguese. We selected 40 items, but we used only 22, for the remaining 18 had not completed the identification data and direct link with the main objective. Duchenne Muscular Dystrophy (DMD) is a genetic disorder linked to chromosome X, which affects mainly male children. It is characterized by progressive and irreversible degeneration of skeletal muscles, leading to generalized muscle weakness due to the absence of a protein called dystrophin present in the muscle membrane. Respiratory complications are major causes of morbidity and mortality in this type of illness. The CPAP is a type of NIV in a group of modalities of respiratory therapy that has been established and is bringing results as the decline in mortality at early age, improved survival and quality of benefits to improve the quality of sleep in patients with DMD. Keywords: Neuromuscular Disease (MND), Duchenne Muscular Dystrophy (DMD), Continuous Positive Airway Pressure (CPAP), Syndrome Obstructive Sleep Apnea (OSA), Non-Invasive Mechanical Ventilation, Respiratory Therapy and Pediatric. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICAS AMERICAN Thoracic Society (ATS) Documents Consensus Statement. Respiratory Care of the Patient with Duchenne Muscular Dystrophy. 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