Física II Beatriz Domingues Lodi Heloisa Caes Lahr Jéssica Claro Pereira Exercício 16.35: Uma corda tensionada, com as duas pontas fixas, ressoa na frequência fundamental de 180 Hz. Que operação, entre as seguintes, reduz a frequência fundamental a 90 Hz? (a) (b) (c) (d) Duplicar a tensão e duplicar o comprimento. Dividir por dois a tensão e manter o comprimento fixo. Manter a tensão fixa e duplicar o comprimento. Manter a tensão fixa e dividir por dois o comprimento. Resolução Quando ondas iguais (que possuem mesma frequência, mesma amplitude, mesma velocidade e mesmo comprimento de onda) se propagam num mesmo meio (tubo fechado ou cordas com extremidades fixas) e em direções opostas, elas se superpõem, resultando numa onda estacionária, com um padrão de vibração estacionário. No caso de uma corda tensionada e fixa nas duas extremidades, há certas frequências, chamadas frequências de ressonância, em que verificamos configurações de ondas estacionárias. N: nós, pontos onde ocorre interferência destrutiva V: ventre, pontos de amplitudes máximas de vibração Como o comprimento L da corda é igual à metade do comprimento de onda no modo fundamental de vibração, a condição de onda estacionária, quando ambas as extremidades da corda estão fixas, é dada pela relação: ou (1) n: n-ésimo harmônico ʎ: comprimento de onda Sabendo que a velocidade de onda, o comprimento de onda e a frequência estão relacionados pela equação (2), e substituindo a equação (1) na (2), temos a frequência de ressonância, numa corda fixa nas extremidades (equação (3) : v = λ *ƒ (2) (3) v: velocidade de onda L: comprimento da corda fn: frequência de ressonância A tensão da corda está relacionada com a velocidade da onda pela seguinte relação: (4) : densidade linear da corda F: tensão na corda Substituindo a equação (4) em (3) obtemos: fn = Como a corda é a mesma, temos que a densidade linear ( ) se mantem constante. Se a corda ressoa na frequência fundamental, temos que n=1, ou seja, se trata do primeiro harmônico (modo fundamental). Assim, tendo n e constantes, chegamos numa relação inversamente proporcional entre a frequência (fn) e o comprimento da corda (L). Analisando as alternativas sugeridas, vemos que, se mantermos a tensão (F) constante, e dobrarmos o valor inicial do comprimento da corda (L), chegamos num resultado satisfatório. Temos: fn * f0 * = constante =f* Sendo: f0 = 180 Hz 180 * f = 90 Hz = 90 * = Admitindo as seguintes condições: F0 = F; L = 2*L0 Obtemos: = Portanto, para que a frequência, inicialmente de 180 Hz, seja reduzida à 90 Hz (ou seja, caia pela metade), é necessário que o comprimento L seja o dobro de seu valor inicial, mantendo a tensão (F) constante. Resposta: (c) Manter a tensão fixa e duplicar o comprimento. Bibliografia: Tipler, Paul A.; Physics for Scientists and Engineers – Fourth Edition – Volume 1.