CSHG Global Currencies Hedge FIC FIM

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CSHG Global Currencies Hedge FIC FIM
Comentário do Gestor
Março 2011
Com expertise em gestão de fundos globais desde 2002, a Credit Suisse Hedging Griffo lançou em
janeiro de 2011 o CSHG Global Currencies Hedge FIC FIM. A idéia do produto consiste em aplicar
as habilidades de gestão de ativos globais adquiridas ao longo destes últimos 9 anos em um produto
local, denominado em Reais e com benchmark CDI. O foco de atuação deste fundo se dará no
mercado de moedas, nicho que ao longo dos anos tem sido constante gerador de performance em
nossos fundos geridos no exterior. Estratégias de renda fixa, commodities e bolsa também farão
parte da carteira.
Ter um fundo local com estratégia prioritariamente fora do Brasil é projeto antigo da equipe de
gestão da CSHG, que se tornou possível com a resolução 409 da CVM (que permite uma alocação
de até 20% dos ativos do fundo fora do país) e com a criação dos contratos de derivativos de
moedas na BM&F.
Cenário
Em nosso cenário atual acreditamos em uma recuperação da economia americana. Entretanto,
acreditamos que a ainda frágil recuperação no mercado imobiliário, atrelada a uma taxa de desemprego estruturalmente mais alta nos próximos anos, garantirá uma política monetária mais frouxa em
relação às principais economias globais e países emergentes, o que implicará em uma depreciação
adicional do Dólar, salvo em momentos pontuais de extrema aversão a risco, como o causado pelo
terremoto no Japão há 2 semanas, por exemplo.
Reconhecemos os problemas estruturais na Europa, onde países com diferentes níveis de produtividade e políticas fiscais compartilham não só da mesma moeda, mas também da mesma taxa de
juros. Acreditamos que algum tipo de reestruturação de dívida na Grécia, Irlanda e Portugal deva
acontecer num futuro próximo, mas fazemos questão de salientar que os preços atuais dos títulos
desses países já refletem uma condição de default ou muito próxima a isso, o que torna este tema
menos relevante no curto prazo.
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Acreditamos que, apesar do enfraquecimento político de Angela Merkel e seu partido na Alemanha,
a posição apresentada pelo país recentemente reflete um enorme comprometimento com o projeto
do Euro, que trouxe inegavelmente enormes benefícios econômicos ao país. Vale lembrar que os
bancos alemães são também os maiores detentores de dívida dos PIGS, fato este que dificulta a
adoção de qualquer medida mais radical neste momento.
Vemos que cada vez mais Portugal, Grécia e Irlanda são temas de mercado de menor relevância se
comparados à Espanha (devido a sua maior representatividade econômica no bloco), onde as
notícias recentes de consolidação do mercado financeiro local (dos bancos regionais, ou cajas),
ajuste fiscal e rápido ajuste nas contas externas causaram uma importante redução nos prêmios de
risco dos títulos soberanos.
Vale lembrar que há uma importante diferença na forma de condução de política monetária entre
Banco Central Europeu e o FED, sendo o primeiro muito mais sensível a choques de commodities
(como o que estamos presenciando) e sua influência nos números de inflação. Fato este que garante suporte ao Euro via aumento do diferencia de juros Europa-EUA.
Por fim, temos um cenário de crescimento sólido para os países emergentes, onde a China, o
grande consumidor marginal de commodities, deve crescer próximo a 9% em 2011. Vimos com
bons olhos o processo de retirada de estímulo na economia iniciado no ano passado (via aumento de
juros, compulsório e redução das cotas para empréstimos dos principais bancos do país). Contudo,
acreditamos que o país deve passar a conviver com uma taxa de inflação mais alta nos próximos
anos, entre 4% e 5%, principalmente causada pela aceleração do componente de salários nos
índices de preços.
Estratégia de Investimento
Estamos comprados em Peso Mexicano, Libra Esterlina, Ouro e Petróleo e temos cerca de 1/3 do
passivo vendido em Ienes. Abaixo o racional para cada uma das posições:
Peso Mexicano: boa performance da economia mexicana e forte link com os EUA. O país cresceu
5% em 2010 e deverá crescer próximo a 4% em 2011. O Peso é hoje, dentre as moedas de países
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emergentes, a mais barata, em boa parte devido à lenta recuperação da economia americana em
2009 e 2010. Balança de pagamentos sólida. Inflação rodando acima da meta de 3% consistentemente. O Banco central mexicano é hoje um dos poucos bancos centrais de países emergentes a
não intervir agressivamente no mercado de câmbio para conter a apreciação de sua moeda, pois
acredita que um Peso mais forte é instrumento importante para conter crescentes pressões inflacionárias locais. Acreditamos que o link com os EUA passará a ser um fator positivo e não negativo na
performance da moeda nos próximos meses.
Libra Esterlina: em 2010 quando foi formado um governo de coalizão entre liberais democratas e
conservadores foi acordado um pacote agressivo de aperto fiscal que garantiu uma diferenciação
enorme de risco soberano entre o Reino Unido e demais países europeus. Bom desempenho econômico do Reino Unido, apresentando crescimento real de 3% (e 6% nominal) em 2010. Inflação
constantemente acima da meta, rodando atualmente a 4.4%. Acreditamos que o Banco da
Inglaterra esteja grosseiramente behind the curve, estando muito próximo de subir os juros, possivelmente na reunião de maio.
Ouro: tendemos a olhar o ouro como uma moeda/reserva de valor e não como uma commodity.
Achamos que o ouro deverá gradativamente ganhar valor perante o Dólar, não apenas devido ao
crescente endividamento da economia americana, mas também às demandas estruturais, como o
acúmulo e diversificação de reservas em ouro dos países emergentes e asiáticos.
Petróleo: acreditamos em uma alta nos preços do combustível, não apenas por causa da crescente
demanda de países emergentes e da China, mas também pela recuperação econômica nos EUA, o
maior consumidor de petróleo. Mesmo com o fim das medidas de incentivo à compra de veículos
novos nos EUA, as vendas continuam apresentando ritmo acelerado de recuperação (em fevereiro
as vendas de veículos chegaram a 10 milhões de unidades em termos anualizados, vindas de 6
milhões no auge da crise (início de 2009) e aproximando-se ao nível de 12 milhões de unidades
apresentado antes da crise). A nosso ver, as tensões no Oriente Médio apenas ilustram como o
mercado de petróleo é “estreito”, no qual a ausência de um player marginal como a Líbia é capaz de
causar um impacto grande em preços e gerar um questionamento acerca da real capacidade ociosa
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da Arábia Saudita, o maior produtor global da commodity.
Iene: como dissemos, acreditamos em uma depreciação do Dólar perante as moedas de países
emergentes e produtores de commodities. Mas acreditamos que o Dólar deve ganhar valor frente ao
Iene nos próximos meses. A gradual retirada de estímulos a ser iniciada no segundo semestre pelo
FED (via o fim do programa de compra de bonds inicialmente) aliado a boa performance econômica
americana fará com que o diferencial de juros EUA-Japão suba, sendo este um importante “gatilho”
para uma apreciação do Dólar versus a moeda Japonesa. Além disso, uma alta no diferencial de
juros EUA-Japão motivará um gradual desmonte das operações hedge para investimentos japoneses fora do país (o Japão é o hoje o mais com maior poupança externa no mundo perto de USD 6
tri).
* Rentabilidade obtida no passado não representa garantia de resultados futuros; Fundos de Investimento não são garantidos pelo administrador do fundo, gestor da carteira, de qualquer
mecanismo de seguro, ou ainda, do fundo garantidor de crédito (fgc); Ao investidor é recomendada a leitura cuidadosa do prospecto e o regulamento do fundo de investimento antes de
efetuar qualquer decisão de investimento. Este boletim tem caráter meramente informativo, não podendo ser distribuído, reproduzido ou copiado sem a expressa concordância da Credit
Suisse Hedging-Griffo. A Credit Suisse Hedging-Griffo não se responsabiliza por erros de avaliação ou omissões. Os investidores têm que tomar suas próprias decisões de investimento.
Este fundo utiliza estratégias com derivativos como parte integrante de sua política de investimento. Tais estratégias, da forma como são adotadas, podem resultar em perdas patrimoniais
para seus quotistas, podendo inclusive acarretar perdas superiores ao capital aplicado e a conseqüente obrigação do cotista de aportar recursos adicionais para cobrir o prejuízo do fundo.
A liquidação financeira e conversão dos pedidos de resgate deste fundo ocorrem em data diversa do respectivo pedido. Para maiores informações acerca das taxas de administração,
cotização e público alvo de cada um dos fundos, consulte os prospectos e regulamentos disponíveis no site www.cshg.com.br.
Atendimento a Clientes Credit Suisse Hedging-Griffo – DDG: 0800 558 777 | e-mail: [email protected] . Ouvidoria Credit Suisse Hedging-Griffo – DDG: 0800 77 20 100 | email: [email protected]
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