Cálculo Avançado Problemas sobre Diferenciação Prof. Lúcio Fassarella 1. O que são “diferencial ” e “diferenciabilidade”? Como esses conceitos estão relacionados? 2. Sejam f : U ! Rm uma aplicação de…nida num aberto U Rn e p 2 U . Prove: (a) Se f é diferenciável em p, então f é contínua em p. (b) Se f é diferenciável em p, então f possui derivadas direcionais em p e vale: @u f (p) = dfp (u) ; 8u 2 Rn : 3. Prove pela de…nição que toda aplicação linear é diferenciável, mostrando que sua diferencial num ponto é igual à própria aplicação. 4. Prove que a seguinte aplicação é conforme (i.e, sua diferencial preserva ângulos), exceto na origem: f (x; y) = x2 5. Sejam h; i : Rn a aplicação y 2 ; 2xy : Rn ! R o produto-interno canônico e A : Rn ! Rn uma aplicação linear simétrica. De…nda QA : Rn ! R ; QA (x) = hx; Axi : 6. Prove que QA é diferenciável e calcule sua diferencial num ponto arbitrário p 2 Rn . 7. Prove que a função é contínua, possui derivadas direcionais mas não é diferenciável na origem: p f : R2 ! R ; f (x; y) = x2 + y 2 : 8. Prove que a função é descontínua mas possui derivadas parciais na origem:1 f : R2 ! R ; f (x; y) = xy x2 +y 2 0 ; (x; y) 6= (0; 0) : ; (x; y) = (0; 0) 9. Prove que a função é descontínua mas possui derivadas direcionais na origem:2 ( x3 y 2 x6 +y 2 ; (x; y) 6= (0; 0) : f : R ! R ; f (x; y) = 0 ; (x; y) = (0; 0) 10. Prove que a função é contínua, possui derivadas direcionais mas não é diferenciável na origem:3 ( x2 y 2 x2 +y 2 ; (x; y) 6= (0; 0) : f : R ! R ; f (x; y) = 0 ; (x; y) = (0; 0) 1 Conclusão: continuidade não é uma condição necessária para que existam derivadas parciais! continuidade não é uma condição necessária para que existam derivadas direcionais! 3 Neste caso, o fato de f não ser diferenciável na origem se manifesta na não-linearidade da derivada direcional de f em relação ao vetor de derivação. Conclusão: continuidade e existência de derivadas direcionais não é uma condição su…ciente para garantir diferenciabilidade! 2 Conclusão: 1 11. Prove que a função é contínua, tem restrições deriváveis sobre retas ou curvas deriváveis, mas não é diferenciável na origem:4 ( x3 2 x2 +y 2 ; (x; y) 6= (0; 0) : f : R ! R ; f (x; y) = 0 ; (x; y) = (0; 0) 12. Prove que a função é contínua, possui primeiras derivadas contínuas, mas as segundas derivadas não satisfazem a identidade de Schwarz na origem:5 ( 2 2 xy xx2 +yy2 ; (x; y) 6= (0; 0) 2 f : R ! R ; f (x; y) = : 0 ; (x; y) = (0; 0) 4 Para provar que essa função não é diferenciável na origem, podemos mostrar que ela não satisfaz a regra da cadeia! Conclusão: ‘possuir restrições diferenciáveis ao longo de curvas diferenciáveis’(mesmo combinada com ‘continuidade’) não é condição su…ciente para garantir ‘diferenciabilidade’! Vale destacar que a ‘continuidade’é equivalente à ‘continuidade ao longo de caminhos contínuos’. 5 Conclusão: continuidade, continuidade das derivadas primeiras e existência das derivadas segundas não são condições su…cientes para garantir a identidade de Schwarz - em geral, é necessário supor a continuidade das segundas derivadas! 2