Sinais de alarme Dor abdominal intensa e contínua; vômito persistente; hipotensão postural ou lipotímia; sonolência, agitação ou irritabilidade; Febre há mais de sete dias hepatomegalia; sangramento espontâneo das mucosas; - INTERROMPER PROTOCOLO diminuição da diurese; aumento do hematócrito Seguir protocolo se o paciente apresentar concomitante à redução rápida das - Febre há menos de 7 dias associada a dois dos seguintes plaquetas. sintomas: cefaléia, mialgia, artralgia, prostração, dor retrorbitária, náuseas, vômitos, exantema com ou sem prurido, prova do laço positiva, leucopenia. Dengue sem sinais de alarme e que não pertença a grupo de risco. Sem sinais de gravidade (ausência de: miocardite, alterações hepáticas, encefalite, extravasamento plasmático, oligúria, choque, comprometimento respiratório, hemorragia, hematêmese ou melena). Obs. Se enquadram neste grupo os pacientes que faziam parte do grupo amarelo e que foram liberados para tratamento ambulatorial VE RD E BAIXA PRIORIDADE PARA A AVALIAÇÃO MÉDICA ____________________________________________________ ____________________________________________________ MANEJO CLÍNICO Hidratação oral : Adulto: 60 a 80 ml/kg/dia, sendo 1/3 deste volume = soro de hidratação oral e 2/3 de líquidos variados. Criança: Oferecer soro oral de forma precoce e abundante, sendo 1/3 das necessidades basais, complementando-se o restante com água, suco de frutas, chá, água de coco, sopa e leite materno. Sintomáticos: Paracetamol ou dipirona . Não utilizar ácido acetilsalicílico e todos os anti-inflamatórios não esteróides. Não aplicar medicação por via intramuscular. ________________________________________________ Orientar pacientes e familiares. Medidas gerais: Repouso. Fornecer o cartão de dengue. Procurar atendimento no primeiro dia do desaparecimento da febre. Se aparecerem sinais de alerta de gravidade, retornar para consulta imediatamente. Avaliação clínica preferencialmente diária. Realizar hematócrito e contagem de plaquetas no primeiro atendimento e a cada 48h ou no dia da defervescência (redução importante da temperatura diária ou desaparecimento completo da febre). Incentivar o aleitamento materno, aumentando a frequência; orientar a mãe para aumento da ingesta hídrica. AM AR Sinais e sintomas clássicos + sinais de alarme EL ou grupo de risco para complicações (sinais de alarme O assistenciais) Grupos de risco clínico ou social para complicações: Menores de 15 anos ou maiores de 60 anos de idade; grávidas; adultos e crianças com doenças associadas; incapazes do auto cuidado ou que não tenham quem lhes preste cuidado; dificuldade de acesso aos serviços de saúde. ALTA PRIORIDADE PARA A AVALIAÇÃO MÉDICA Leitos de observação ou cadeira de hidratação (médico e enfermeiro 24h) ______________________________________________ MANEJO Hidratação oral nos pacientes do grupo de risco sem sinais de alarme e em todos os pacientes enquanto aguardam a avaliação médica. Reposição volêmica em todos os pacientes com sinais de alarme, depois da avaliação médica e do resultado do hemograma. Fase de Expansão (sob rigorosa observação clínica): SF 0,9% ou Solução de Ringer: 20mL/kg/30/min (adulto e criança), máximo de 2.000 mL por etapa (pode repetir até 3 vezes ou mais a critério clinico). Após a fase de expansão: reavaliação clínica de h/h e repetir o Htc. Manter sob rigorosa observação de enfermagem e realizar reavaliação clínica após cada etapa de hidratação. Controle glicêmico. Fase de manutenção (melhora clínica e ambulatorial): Adulto: 25mL/kg, de 6h em 6h ou a critério clínico de 8/8 ou de 12/12h. Criança: até 10kg, 100mL/kg/dia; entre 10 e 20 kg, 1000 mL+50mL/kg/dia para cada kg acima de 10kg; acima de 20kg, 1500mL+20mL/kg/dia para cada kg acima de 20kg. Manter paciente em observação 6-12 horas. Hemograma no primeiro atendimento, de controle a cada 4 horas e antes da alta da observação. Plaquetas a cada 12 horas, demais exames a critério clinico. Critérios de Internação: Comprometimento respiratório, plaquetas < 20.000mm³, comprometimento importante de órgãos alvo - cérebro, coração, fígado (transaminases > 1.000), doença de base descompensada. Sinais e sintomas clássicos + sinais de choque ou extravasamento plasmático VE RM EL Pulso rápido e fino, extremidades frias, pele pálida e úmida. Enchimento capilar lento > 2 segundos PA convergente (PA diferencial < 20 mmHg) Hipotensão postural (queda >30mmHg) Agitação ou prostração importante Hipotermia Hemorragia importante, hematêmese, melena Comprometimento sistêmico grave, comprometimento respiratório Ascite, derrame pleural ou outros sinais de extravasamento plasmático. HO DENGUE GRAVE - AVALIAÇÃO MÉDICA IMEDIATA (Internação hospitalar e cuidados de UTI, se indicados) ———————————————————————— MANEJO Reposição volêmica. Dois acessos venosos calibrosos. SF 0,9% ou Ringer - 20 mL/Kg/30 min (adulto ou criança), podendo ser repetido até 3 vezes ou mais a critério clínico. Avaliar presença de hemoconcentração. Manter sob rigorosa observação de enfermagem e realizar reavaliação clínica a cada 15-30 minutos. Hematócrito a cada 2 horas. Se a resposta for inadequada, avaliar hemoconcentração. Se o Htc estiver em ascenção e houver choque persistente apesar da reposição volêmica, utilizar expansores - colóide sintético (HISOCEL® ou similar) 10 mL/Kg/hora. Hematócrito em queda e choque: iniciar cuidados intensivos, investigar possível quadro hemorrágico. Atenção na fase de absorção do volume extravasado: considerar a possibilidade de hiperhidratação; reduzir a velocidade e o volume infundido de acordo com a avaliação clínica e laboratorial. Monitorar hiponatremia e hipocalemia. Em caso de melhora clínica e laboratorial, tratar o paciente como amarelo. Cuidado ao instalar cateter nasogástrico. Apenas puncionar vasos profundos quando estritamente necessário, preferindo vasos compressíveis. Conduta de Enfermagem - Realizar Acolhimento com Avaliação e Classificação de Risco. - Aferir PA sentado e em pé. - Iniciar hidratação oral nos pacientes que aguardam consulta médica. - Observação rigorosa do gotejamento e atenção para sinais de hipervolemia (dispnéia, ortopnéia, taquipnéia, Cheyne-Stokes, tosse de início súbito, terceira bulha (galope), estertores crepitantes basais, edema pulmonar e edema periorbitário em crianças). - Preencher o cartão de acompanhamento ambulatorial. - Preencher os impressos: ficha de Investigação de Dengue e Sistema de Informação de Agravos de Notificação - SINAN. - Orientar retorno para reavaliação diária na própria unidade ou unidade de referência. - Orientar pacientes e familiares sobre medidas para eliminação dos criadouros do vetor. - Alertar para que não sejam consumidos medicamentos à base de ácido acetilsalicílico, ibuprofeno e outrros anti-inflamatórios não hormonais Telefones Úteis Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde – CIEVS: CIEVS/SESDEC-RJ (Estado do Rio de Janeiro): emai:l [email protected] e telefones (21) 2240.6673 / (21) 8596.6553 (plantão 24 horas). O exame confirmatório é feito no seguinte laboratório: Laboratório Central de Saúde Pública Noel Nutels (LACEN) Rua do Resende nº 118 - Bairro de Fátima Telefone: (21) 2332 8601 (Gerência de Controle Epidemiológico) Os leitos são regulados pela Central Estadual de Regulação: ( 21) 2332-8577 Prova do Laço Manguito insuflado na PA média (PA sistólica + diastólica / 2) Adulto: 5 minutos e criança: 3 minutos Desenhe o quadrado de 2,5 cm x 2,5 cm , de lado no antebraço, no local que apresentar mais petéquias Contar petéquias e considera positivo se: Adulto > 20 petéquias no quadrado Criança > 10 petéquias no quadrado Prova do laço: Positiva, reforça a possibilidade de dengue. Negativa, não descarta a possibilidade de dengue. www.riocontradengue.com.br MANEJO CLÍNICO CLASSIFICAÇÃO DE RISCO DENGUE SECRETARIA DE SAÚDE E DEFESA CIVIL www.riocontradengue.com.br Disque Saúde 0800 61 1997 www.saude.gov.br