teoria geral de administração i

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TEORIA GERAL DE
ADMINISTRAÇÃO I
Curso: CIÊNCIAS CONTÁBEIS / ADMINISTRAÇÃO
Turma: 1° semestre
Enfoque manipulativo das relações humanas
Comunicação
Troca de informações entre pessoas. É uma atividade administrativa com dois propósitos:
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TEORIA GERAL DE
ADMINISTRAÇÃO I
Curso: CIÊNCIAS CONTÁBEIS / ADMINISTRAÇÃO
Turma: 1° semestre
Liderança
É necessária em todos os tipos de organização humana. É essencial em todas as funções. A liderança pode ser
vista como:
• Fenômeno de influência interpessoal;
• Como um processo de redução da incerteza de um grupo;
• Como uma relação funcional entre líder e subordinados; e
• Como um processo em função do líder e seus seguidores.
Teorias sobre Liderança
Estilos de Liderança
Autocrática
Democrática
Liberal (laissez-faire)
O líder fixa as diretrizes, sem
qualquer participação do
grupo.
As diretrizes são debatidas e
decididas pelo grupo,
estimulado e assistido pelo
líder.
Há liberdade total para as
decisões grupais ou
individuais, e mínima
participação do líder.
O líder determina as
providências para a execução
das tarefas, cada uma por vez,
na medida em que se tornam
necessárias e de modo
imprevisível para o grupo.
O grupo esboça as
providências para atingir o
alvo e pede aconselhamento
do líder, que sugere
alternativas para o grupo
escolher.
A participação do líder é
limitada, apresentando apenas
materiais variados ao grupo,
esclarecendo que poderia
fornecer informações desde
que as pedissem.
O líder determina a tarefa que
cada um deve executar e o seu
companheiro de trabalho.
A divisão das tarefas fica a
critério do grupo e cada
membro tem liberdade de
escolher seus companheiros de
trabalho.
A divisão das tarefas e escolha
dos colegas fica totalmente a
cargo do grupo. Absoluta falta
de participação do líder.
O líder é dominador e é
pessoal nos elogios e nas
críticas ao trabalho de cada
membro.
O líder procura ser um
membro normal do grupo, em
espírito. O líder é objetivo e
limita-se aos fatos nas críticas
e nos elogios.
O líder não avalia o grupo nem
controla os acontecimentos.
Apenas comenta as atividades
quando perguntado.
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TEORIA GERAL DE
ADMINISTRAÇÃO I
Curso: CIÊNCIAS CONTÁBEIS / ADMINISTRAÇÃO
Turma: 1° semestre
Decorrências da Teoria das Relações Humanas
Dando importância aos grupos
Após o surgimento da Teoria das Relações Humanas, fala-se em motivação, liderança, comunicação, etc.
A influência da motivação humana
A motivação procura explica por que as pessoas se comportam. A experiência de Hawthorne demonstra que a
recompensa salarial não é o único fator decisivo na satisfação do trabalhador.
“O ser humano é motivado, não por estímulos salariais e econômicos, mas por recompensas sociais e
simbólicas”.
Elton Mayo
Teoria de Campo de Lewin
Baseada em duas suposições fundamentais:
• O comportamento humano é derivado da totalidade dos fatos coexistentes;
• Esses fatos tem o caráter de um campo dinâmico, no qual cada parte depende das demais outras
partes.
O comportamento humano não depende do passado ou do futuro, mas do campo dinâmico atual e presente.
Campo dinâmico: é o espaço de vida que contém a pessoa e seu ambiente psicológico.
C = f (P,M)
Comportamento (C) é função (f) ou resultado da interação entre a pessoa (P) e o meio ambiente (M) que a
rodeia.
Necessidades Humanas Básicas
Necessidades fisiológicas:
1. Alimentação;
2. Sono;
3. Atividade física;
4. Satisfação sexual;
5. Abrigo e proteção contra os elementos e;
6. Segurança física contra os perigos.
Necessidades psicológicas:
1. Segurança íntima: autodefesa;
2. Participação: fazer parte, contato humano;
3. Autoconfiança: maneira como se vê e se avalia, autorespeito;
4. Afeição: dar e receber afeto, amor e carinho.
Necessidades de autorealização:
São as mais elevadas e decorrem da educação e da cultura da pessoa.
Raramente são satisfeitas em sua plenitude, pois o ser humano procura maiores satisfações e estabelece metas
sofisticadas.
É o impulso de realizar o próprio potencial e entrar em contínuo autodesenvolvimento.
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TEORIA GERAL DE
ADMINISTRAÇÃO I
Curso: CIÊNCIAS CONTÁBEIS / ADMINISTRAÇÃO
Turma: 1° semestre
Críticas à Teoria das Relações Humanas
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Ela apresenta uma visão inadequada dos problemas de relações industriais - em alguns aspectos a
experiência de Hawthorne foi insegura e artificial e mesmo tendenciosa; alguns estudiosos acreditam
que a origem esteja no fato de ser a teoria das relações humanas em produto da ética e do princípio
democrático então existente nos Estados Unidos;
Oposição cerrada à teoria clássica - Tudo aquilo que esta preconizava, a teoria das relações humanas
negava;
Limitação no campo experimental e parcialidade nas conclusões levaram gradualmente a teoria a um
certo descrédito;
A concepção ingênua e romântica do operário - as pessoas que seguiram demonstraram que nem
sempre isto ocorreu;
A ênfase exagerada nos grupos informais colaboraram rapidamente para que esta teoria fosse
repensada;
O seu enfoque manipulativo e certamente demagogo não deixou de ser descoberto e identificado
pelos operários e seus sindicatos.
Pressupostos da abordagem das relações humanas
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Integração e comportamento sociais: o desempenho do trabalhador pode ser influenciado por
problemas emocionais.
Participação nas decisões: o trabalhador deve ser considerado um ser pensante e que pode participar
das decisões.
Homem social: deixa-se de lado o conceito de homem econômico e passa a ter importância aspectos
como reconhecimento, aprovação social e participação.
Conteúdo do trabalho: as tarefas devem ser estimulantes, incentivando o trabalhador a se interessar
pela produtividade e qualidade do que desenvolve.
Comparação entre a Teoria Clássica e a Teoria das Relações Humanas
Teoria Clássica
Teoria das Relações Humanas
Trata a organização como máquina
Trata a organização como grupos de pessoas
Enfatiza as tarefas ou a tecnologia
Enfatiza as pessoas
Inspirada em sistemas de engenharia
Inspirada em sistemas de psicologia
Autoridade centralizada
Delegação de autoridade
Linhas claras de autoridade
Autonomia do empregado
Especialização e competência técnica
Confiança e abertura
Acentuada divisão do trabalho
Ênfase nas relações entre as pessoas
Confiança nas regras e nos regulamentos
Confiança nas pessoas
Clara separação entre linha e staff
Dinâmica grupal e interpessoal
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TEORIA GERAL DE
ADMINISTRAÇÃO I
Curso: CIÊNCIAS CONTÁBEIS / ADMINISTRAÇÃO
Turma: 1° semestre
influenciassem, positiva ou negativamente, na produção.
Mayo fez estudos sobre a influência da luminosidade, do trabalho em grupo, da qualidade do ambiente e
descreveu-as afirmando que o cuidado com os aspectos sociais era favorável aos empresários.
Objetivo: detectar de que modo fatores ambientais influenciavam a produtividade dos trabalhadores.
1ª. Fase: Grupo de observação e grupo de controle para conhecer o efeito da iluminação na produtividade.
2ª. Fase: Grupo experimental e grupo de controle para conhecer os efeitos de mudanças nas condições de
trabalho:
1. Estabelecer a capacidade de produção em condições normais.
2. Isolamento do grupo experimental na sala de provas.
3. Separação do pagamento por tarefas do grupo experimental.
4. Intervalos de 5 minutos na manhã e na tarde.
5. Aumento dos intervalos de descanso para 10 minutos.
6. Três intervalos de 5 minutos pela manhã e o mesmo pela tarde.
7. Retorno a dois intervalos de 10 minutos (manhã + tarde).
8. Saída do trabalho às 16h30min. e não mais às 17h.
9. Saída do trabalho às 16h.
10. Retorno à saída às 17h.
11. Semana de 5 dias com sábado livre.
12. Retorno às condições do 3º período.
3ª. Fase: Início do Programa de Entrevistas.
4ª. Fase: Experiência: Análise da organização informal do grupo.
Conclusões da Experiência de Hawthorne
1. O nível de produção é resultante da integração social: quanto maior a integração social no grupo,
maior a disposição de produzir.
2. Comportamento social dos empregados: os trabalhadores não agem ou reagem isoladamente como
indivíduos, mas como membros de grupos.
3. Recompensas e sanções sociais: os operários preferem produzir menos e ganhar menos, do que
colocar em risco suas relações com os colegas.
4. Grupos informais: constituem a organização humana da empresa, em contraposição à organização
formal estabelecida pela direção.
5. Relações humanas: são as ações e as atitudes desenvolvidas a partir dos contatos entre pessoas e
grupos.
6. Importância do conteúdo do cargo: o conteúdo e a natureza do trabalho tem influência sobre o moral
do trabalhador.
7. Ênfase nos aspectos emocionais: elementos emocionais não planejados e irracionais do
comportamento humano merecem atenção especial.
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TEORIA GERAL DE
ADMINISTRAÇÃO I
Curso: CIÊNCIAS CONTÁBEIS / ADMINISTRAÇÃO
Turma: 1° semestre
AULA 16 – 05/05/10
TEORIA DAS RELAÇÕES HUMANAS
HUMANIZANDO A EMPRESA
George Elton Mayo (1880-1948)
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nascido na Austrália, formado em Antroplologia e Medicina, professor da Universidade de Harvard.
concentrou as suas pesquisas no estudo do relacionamento dos trabalhadores entre si, com atenção ao
impacto da satisfação não-econômica na produtividade.
considerava que os avanços tecnológicos e industriais do séc. XIX não foram acompanhados por
alterações correspondentes nos métodos de trabalho.
Idéia Central: Transferência da ênfase colocada na estrutura organizacional para a ênfase nas pessoas que
trabalham ou participam nas organizações.
Essa teoria surgiu nos Estados Unidos, com a Experiência de Hawthorne.
Origens
A Teoria das Relações Humanas teve suas origens nos seguintes aspectos:
• A necessidade de humanizar e democratizar a Administração, libertando-se dos conceitos rígidos e
mecanicistas das teorias anteriores;
• O desenvolvimento das ciências humanas, principalmente a Psicologia;
• As idéias da filosofia de John Dewey, da psicologia de Kurt Lewine da sociologia de Pareto;
• As conclusões da experiência de Hawthorne.
A experiência de Hawthorne
Essa experiência (durou 5 anos – 1927/1932) marcou o início de uma nova teoria calcada em valores
humanísticos, deslocando totalmente a preocupação anteriormente voltada para a tarefa e para a estrutura,
preocupando-se com as pessoas. Realizada em uma fábrica da Western Eletric Company, no bairro que dá
nome a pesquisa, em Chicago, EUA, fez testes na linha de produção, na busca por variáveis que
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