efeitos do treinamento funcional na mobilidade de idosos

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS
CENTRO DE ESTUDOS AVANÇADOS E FORMAÇÃO INTEGRADA
ESPECIALIZAÇÃO EM TREINAMENTO FUNCIONAL: DA PERFORMANCE AO
ENVELHECIMENTO
SAMIRA CRISTIANE TEIXEIRA NAVES
EFEITOS DO TREINAMENTO FUNCIONAL NA MOBILIDADE DE
IDOSOS
Goiânia
2012
2
SAMIRA CRISTIANE TEIXEIRA NAVES
EFEITOS DO TREINAMENTO FUNCIONAL NA MOBILIDADE DE
IDOSOS
Artigo apresentado ao curso de Especialização em
Treinamento
Funcional:
da
Performance
ao
Envelhecimento do Centro de Estudos Avançados e
Formação
Integrada,
chancelado
pela
Pontifícia
Universidade Católica de Goiás
Orientadora: Profa. Dr. Linda Moreira Pfrimer
Goiânia
2012
3
RESUMO
Efeitos do Treinamento Funcional na Mobilidade de idosos
Introdução: O processo de envelhecimento é uma realidade tanto nos países
desenvolvidos quanto nos países em desenvolvimento como o Brasil. Com os
efeitos deletérios desse processo destaca-se a perda da função nessa população
principalmente no que concerne à mobilidade dos idosos. O treinamento funcional
destaca-se como uma importante atividade na melhora da mobilidade dos idosos.
Objetivo: Verificar os efeitos do treinamento funcional na mobilidade de idosos que
o praticam. Método: Foi realizada uma revisão de literatura com análises de
periódicos com assuntos pertinentes ao tema, sendo incluídos livros, dissertações
de mestrado e doutorado, e artigos de revistas indexadas nas seguintes bases de
dados: SCIELO, PUBMED, LILACS, BIREME. Quanto aos idiomas foram
pesquisados artigos em português e inglês, entre os anos de 2001 e 2012.
Conclusão: O treinamento funcional foi capaz de melhorar a mobilidade em idosos.
Porém faz-se necessário que mais estudos sejam realizados, pois ainda são poucas
as publicações científicas sobre o tema supracitado.
Palavras-chave: envelhecimento; treinamento funcional; mobilidade
4
1- INTRODUÇÃO:
O processo de envelhecimento vem acometendo mais pessoas a cada dia em
diferentes partes do mundo. A senescência tem ocorrido de forma mais branda nos
países desenvolvidos, acompanhada pelo crescimento econômico e pela melhoria
nas condições de vida dos idosos, contudo no países em desenvolvimento, tal
fenômeno ocorre de maneira mais abrupta e sem o devido planejamento da melhoria
das condições de vida dessa população.¹
A Organização Mundial de Saúde (OMS) definiu como idoso aquela pessoa com
65 anos ou mais de idade, no caso de indivíduos de países desenvolvidos, e 60
anos ou mais, para pessoas de países subdesenvolvidos2. No Brasil, os dados
demográficos dos últimos censos apontam um crescimento da população idosa,
tanto em termos absolutos quanto proporcionais. Entre 1991 e 2000, observou-se
que o percentual de idosos no país cresceu 35% a mais do que o restante da
população. Estima-se que nos próximos 20 anos a população de idosos no Brasil
poderá alcançar e até mesmo ultrapassar a cifra de 30 milhões de pessoas o que
representará aproximadamente 13% da população segundo dados do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística - (IBGE, 2010).3
O aumento da expectativa de vida do brasileiro é resultado da diminuição das
taxas de mortalidade e de natalidade, bem como da melhoria das condições de
saneamento básico, ao domínio das doenças infectos-contagiosas, das vacinações
sistemáticas e do avanço no combate as doenças em geral.²
Doenças degenerativas comumente acompanham o processo de envelhecimento
sendo as mais comuns: osteoartrite, osteoporose, diabetes, dislepidemias,
hipertensão arterial, dentre outras. Já se sabe, também que o idoso perde sua
capacidade funcional no decorrer da vida. Há uma diminuição na força e na potência
muscular, o que dificulta a execução das atividades da vida diária (AVDs)
prejudicando assim a qualidade de vida dos idosos4. A perda da força muscular,
particularmente dos membros inferiores, influencia negativamente no equilíbrio e na
qualidade da marcha dos idosos podendo levar a um maior risco de quedas e,
consequentemente, maior risco de fraturas facilitadas pela desmineralização óssea
típica do idoso.5
5
Tudo isso se reflete na piora da função neuromuscular nessa população, com
especial ênfase na redução da mobilidade que é a capacidade de deslocamento do
indivíduo pelo ambiente, sendo um componente da função física extremamente
importante, constituindo um pré-requisito para a execução das AVDs e a
manutenção da independência podendo gerar dependência e incapacidades. 6
A atividade física regular tem sido recomendada como prevenção e tratamento
de várias doenças, bem como um componente importante para a melhora funcional
dos idosos principalmente no que diz respeito a mobilidade. 7
Dentre as modalidades de atividade física, atualmente destaca-se o treinamento
funcional, que visa melhorar a aptidão de seus praticantes para a execução das
funções que lhes são necessárias em seu dia-a-dia. O treinamento funcional tem
atraído a população idosa, com a promessa de melhorar seu desempenho nas
atividades da vida diária. Contudo, escassos são os estudos sobre o tema. Nosso
objetivo nesse trabalho foi verificar os efeitos do treinamento funcional na mobilidade
de idosos que o praticam.
2- METODOLOGIA:
O presente estudo é uma revisão de literatura sobre os efeitos do treinamento
funcional na mobilidade de idosos. A pesquisa se deu em duas etapas: a primeira
etapa consistiu em uma incursão sistemática nas bases de dados SCIELO,
PUBMED, LILACS, BIREME, para a seleção dos artigos, teses de mestrado e
doutorado, revistas científicas digitalizadas e também, foram utilizados livros sobre
o tema proposto. Depois foram estabelecidos dois critérios para refinar os
resultados dos artigos encontrados: o limite de tempo dos estudos, definido entre
os anos de 2001 e 2012 e, o idioma, foram selecionados artigos em português e
inglês. O levantamento foi feito no período de abril a novembro de 2012.
6
3- ATIVIDADE FÍSICA E MOBILIDADE EM IDOSOS:
A atividade física vem sendo evidenciada, cada vez mais, como um recurso
importante para minimizar a degeneração provocada pelo envelhecimento,
possibilitando ao idoso manter uma qualidade de vida ativa, com grande potencial
para estimular várias funções essenciais do organismo. Estudos tem demonstrado a
importância da atividade física no tratamento e controle de doenças crônicodegenerativas (como diabetes, hipertensão arterial, osteoporose). Além disso,a
atividade física é também essencial na manutenção das funções do aparelho
locomotor, principal responsável pelo desempenho das AVDs e pelo grau de
independência e autonomia do idoso.8
A hidroginástica é uma atividade que vem crescendo cada vez mais entre os
idosos devido aos vários benefícios que a mesma proporciona visto que trabalha o
indivíduo de forma global, e enfatiza aspectos como flexibilidade, força muscular,
resistência e condicionamento cardiovascular podem ser enfatizados, além de ser
uma atividade que oferece um menor risco para essa população. 9,10
É importante salientar que todos os grupos musculares devem ser
trabalhados em uma atividade física direcionada aos idosos, principalmente os
maiores. No entanto, deve-se priorizar os grupamentos relacionados à mobilidade e
ao equilíbrio corporal uma vez que possibilita maior segurança na execução das
ações diárias e na manutenção da capacidade funcional dos idosos.
11
Na pesquisa realizada por Pupo e colaboradores (2010), foi comparado o
equilíbrio corporal de um grupo de idosos praticantes da hidroginástica e um grupo
de idosos sedentários, e foram avaliados 16 idosos de ambos os gêneros, com
idade entre 66 e 77 anos de idade. No grupo hidroginástica (n=8), foram incluídos
idosos que praticavam esta atividade física há pelo menos seis meses e no grupo
controle (n=8), foram incluídos indivíduos que não praticavam nenhum tipo de
atividade física nos últimos seis meses. A avaliação do equilíbrio foi realizada por
meio da Escala de Equilíbrio de Berg e do teste Timed Get Up and Go12 sendo este
último um excelente teste para verificar a mobilidade dos idosos. Na amostra
analisada, evidenciou-se, por meio dos dois testes utilizados, que os idosos
praticantes de hidroginástica tiveram melhores resultados quando comparados com
7
o grupo sedentário, demonstrando que a realização da atividade física foi o fator
diferencial para que o grupo de hidroginástica fosse superior em relação ao
equilíbrio. 9
Já está bem estabelecido na literatura que um bom programa de exercícios
físicos para os idosos deve incluir o treinamento de força muscular (TF), visto que
conforme o indivíduo envelhece, gradualmente perde força e potência muscular 4. De
acordo com o American College of Sport Medicine (ACSM), o TF ajuda na
preservação e aprimoramento da autonomia dos indivíduos mais velhos, podendo
também, prevenir as quedas, melhorar a mobilidade e contrabalançar a fraqueza e a
fragilidade muscular13, o que só vem confirmar a importância da atividade física para
a população idosa.
Um estudo analisou o efeito de oito semanas de treinamento com pesos (TP)
sobre a flexibilidade de 19 idosos de ambos os sexos. A avaliação da flexibilidade foi
realizada por meio de flexímetro em sete movimentos articulares: flexão de ombro,
quadril, joelho e cotovelo e extensão de ombro, quadril e cotovelo, para ambos os
hemicorpos, pré e pós-intervenção. O treinamento com pesos foi realizado com
frequência de 3 sessões semanais compostas de 3 séries de 10 a 12 RM para cada
um dos exercícios propostos. A interpretação dos resultados sugeriu que o TP pode
contribuir para a manutenção ou mesmo aumento da flexibilidade em diferentes
movimentos e articulações de idosos.14
Coelho et al (2008) avaliaram os efeitos do treinamento de dança no nível de
aptidão funcional em 28 mulheres de 50 a 80 anos, não praticantes regulares de
atividade física sistematizada e aparentemente saudáveis. A amostra foi estratificada
pelas faixas etárias: 50 a 59 anos; 60 a 69 anos e 70 a 80 anos. Os idosos foram
avaliados através de testes motores da American Alliance for Health, Physical
Education, Recreation and Dance (AAHPERD), descrita em Gobbi, Villar e Zago
(2005)15, que consiste em cinco testes que mensuram seis componentes da aptidão
funcional: flexibilidade (FLEX), coordenação (COO), agilidade e equilíbrio dinâmico
(AGILEQ), resistência de força (RESISFOR), e resistência aeróbia geral (RAG). O
treinamento de dança foi realizado durante quatro meses, três vezes por semana,
em sessões de 60 minutos de duração, com vista a desenvolver também a aptidão
funcional das participantes. Os autores concluíram através dos resultados que um
programa de quatro meses de dança é efetivo para melhorar/manter a aptidão
funcional de mulheres com 50 a 80 anos, pois houve
melhora na agilidade,
8
equilíbrio dinâmico e resistência de força de membros superiores e na manutenção
da flexibilidade, coordenação motora e resistência aeróbia geral, permitindo dessa
forma afirmar que a dança é uma boa alternativa para se desenvolver a aptidão
funcional de mulheres com 50 anos ou mais e uma opção para pessoas que não
gostam e/ou não podem praticar outras modalidades. Contudo se faz necessário
rever a duração do treinamento e a sobrecarga específica para os componentes da
aptidão funcional uma vez que não obtiveram resultados estatisticamente
significativos.16
4- TREINAMENTO FUNCIONAL E MOBILIDADE EM IDOSOS:
O envelhecimento é um processo que gera uma série de modificações
fisiológicas, que se manifestam principalmente na perda da capacidade de
adaptação e diminuição da funcionalidade sua principal manifestação. Essas
alterações repercutem principalmente na mobilidade dos idosos, afetando dessa
forma, a funcionalidade e autonomia dessa população. 17
Mobilidade, palavra originada do latim “mobilitate”, é a qualidade ou
propriedade do que é móvel ou obedece às leis do movimento. 18 A mobilidade
engloba vários componentes como agilidade, velocidade e equilíbrio. Essa
capacidade permite ao indivíduo alterar a posição do corpo ou a direção de um
movimento, no menor tempo possível, gerando uma maior autonomia na
locomoção.19
Outras capacidades físicas que agem de maneira direta na mobilidade física
são: a força muscular e a flexibilidade. A perda da força muscular é responsável por
uma deterioração na mobilidade e na capacidade funcional do indivíduo. 20 Já a
flexibilidade está intimamente relacionada à mobilidade visto que a mesma pode ser
definida como amplitude de movimentos disponíveis em uma articulação ou conjunto
de articulações21. Níveis adequados de força muscular e flexibilidade, dentre outros
fatores, são determinantes para a eficácia na mobilidade dos idosos e
consequentemente na melhora da execução dos diferentes movimentos envolvidos
na realização das AVDs.22
9
Desde os tempos primitivos a funcionalidade do ser humano já se
configurava numa questão de sobrevivência, todavia o termo treinamento funcional
é considerado algo novo na ciência do treinamento e sua aplicabilidade na
Educação Física ainda se dá de forma restrita23. O treinamento funcional tem como
objetivo melhorar a capacidade funcional do indivíduo. São trabalhados exercícios
que estimulam os receptores proprioceptivos presentes no corpo estimulando os
sistema de controle motor, favorecendo a melhoria dos mecanismos de
propriocepção, a diminuição dos desequilíbrios musculares, diminuir a incidência
de lesões e aumentar a eficiência dos movimentos
24
. Dessa forma, essa atividade
tem atraído, cada vez mais, o público idoso visto que nessa atividade a abordagem
ocorre através de exercícios diversificados e específicos visando o treinamento
global do corpo humano, preparando-o para os movimentos da vida diária.23
Leal e colaboradores (2009) verificaram os efeitos do treinamento funcional
sobre o equilíbrio postural, autonomia funcional e qualidade de vida de idosos ativos
durante 12 semanas. A amostra foi dividida em dois grupos um designado de
Treinamento Funcional (GTF n= 48) e o outro de Grupo Controle (GC n=48), sendo
avaliados através do protocolo de Equilíbrio de Berg25, para avaliação do equilíbrio
postural; do protocolo do Grupo Latino Americano para a Maturidade- GDLAM26,
para avaliação da autonomia funcional e por último o questionário World Health
Organization of Life- WHOQO27, para avaliação da qualidade de vida. O treino foi
dividido em quatro estágios: 1) ativar a mobilidade; 2) treinar força; 3)verticalizar a
postura e 4)caminhar. A partir dos resultados, mostrou-se que o treinamento
funcional aplicado, foi eficaz na melhora da autonomia funcional, no equilíbrio e
qualidade de vida dos idosos.28
Outro estudo que investigou a eficiência de um programa de exercícios
funcionais na mobilidade, flexibilidade, equilíbrio e qualidade de vida (medida
através de questionário) foi de Whitehurst et al. (2005). Participaram do estudo 119
homens e mulheres, treinando 3 vezes por semana no período de 12 semanas. Não
foi utilizado um grupo controle. Eram realizados 10 diferentes exercícios em formato
de circuito, para membros superiores e inferiores, que incluíam exercícios de força,
de flexibilidade e mobilidade. Pré e pós testes foram utilizados para comparação. Os
resultados mostraram diferenças significativas em testes de mobilidade e em alguns
itens do questionário de qualidade de vida. Os autores concluíram que o treinamento
funcional é uma ferramenta segura e uma alternativa eficiente para melhora da
10
mobilidade e da qualidade de vida dos idosos, porém não se pode concluir uma
relação de causa-efeito neste estudo, por não se ter utilizado um grupo controle. 29
Lustosa et al (2010) verificaram o efeito de um programa de oito semanas de
exercícios funcionais em sete idosas da comunidade, avaliando o impacto nas
atividades instrumentais da vida diária (AIVDs) e no equilíbrio unipodálico. Para
verificar o desempenho nas AIVDs e no equilíbrio unipodálico foram utilizados o
Índice de Lawton30 e o teste de equilíbrio em um membro inferior. As sessões
iniciavam-se por uma fase de aquecimento, uma caminhada 10 minutos no plano.
Em seguida, foram submetidas ao treino funcional que consistiu em exercícios de
marcha em flexão plantar, dorsiflexão, permanecer em alternância de apoio
unipodálico, marcha lateral, marcha com flexão de quadril aumentada e marcha
tandem. Essas atividades tiveram progressão com a utilização de objetos nas mãos,
como pequenos cones. Utilizou-se ainda treino em circuitos, nos quais as
participantes deveriam contornar cones e bambolês, andar sobre colchonetes, subir
e descer degraus de diferentes tamanhos e alturas; e, ainda, exercícios de membros
superiores com bolas e bastões, atividades de alcance, exercícios de rotação e
extensão de tronco em pequenas amplitudes, sentar e levantar da cadeira. A fase de
resfriamento consistiu no alongamento dos grandes grupos musculares dos
membros inferiores. Após o programa, as voluntárias foram submetidas aos mesmos
testes já descritos. Após o estudo concluiu-se que o programa proposto de
exercícios funcionais gerou significativa melhora no desempenho das atividades
instrumentais da vida diária, avaliada pelo índice de Lawton e uma tendência à
melhora do equilíbrio estático das idosas.31
11
5- CONSIDERAÇÕES FINAIS:
Com base nos estudos analisados através dessa revisão bibliográfica, vimos
que o treinamento funcional, quando bem planejado, é capaz de melhorar a
mobilidade em idosos. Dessa forma deve ser recomendado como parte das
estratégias profiláticas e também para a melhora da qualidade de vida dessa
população. Porém faz-se necessário que mais estudos sejam realizados, pois ainda
são poucas as publicações científicas sobre o tema.
12
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16
ABSTRACT
Effects of Training on Functional Mobility of Elderly
Introduction: The aging process is a reality both in developed countries and in
developing countries like Brazil. With the deleterious effects of this process there is
the loss of function in this population especially with regard to the mobility of the
elderly. Functional training is highlighted as an important activity in improving mobility
of elderly people. Objective: To investigate the effects of training on functional
mobility of elderly people who practice it. Methods: We performed a literature review
with analysis of journals with subjects related to the theme, and included books and
doctoral dissertations, and journal articles indexed in the following databases:
SCIELO, PUBMED, LILACS, BIREME. Regarding language articles were researched
in portuguese and english, between the years 2001 and 2012. Conclusion:
Functional training was able to improve mobility in the elderly. But it is necessary that
more studies be conducted, because there are few scientific publications on the topic
above.
Keywords: elderly, functional training, mobility
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