MESTRADO-EDUCAÇÃO FÍSICA-Tainara da Silva Mattos

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MESTRADO
EDUCAÇÃO FÍSICA
PREVALÊNCIA E FATORES ASSOCIADOS À DEPRESSÃO EM IDOSOS DO MUNICÍPIO DE CUIABÁ-MT
TAINARA DA SILVA MATTOS
O envelhecimento populacional vem se constituindo de acordo com a relação entre o declínio da
fertilidade e o aumento da expectativa de vida, a qual reformula a estrutura da idade populacional na
maior parte das regiões do planeta. Dentre as modificações fisiológicas decorrentes do envelhecimento,
destacamos no aspecto neuropsicológico, alterações como os déficits cognitivos, alterações na
memória, na velocidade de raciocínio e no sono, as quais podem se manifestar junto a sintomas
demências e depressivos, cuja correlação é frequente e preocupante nesta faixa etária. Neste aspecto, a
depressão é uma doença comumente observada em idosos, pode ser vista como um sintoma presente
em diferentes quadros clínicos de doenças físicas e/ou psiquiátricas ou como uma síndrome
caracterizada por alterações psicopatológicas nos planos psíquico, fisiológico e comportamental,
caracterizada por um elevado grau de sofrimento e morbidade. De modo a analisar o cenário da
depressão no idoso, este estudo quantitativo do tipo transversal exploratória de caráter epidemiológico,
visou identificar quais os fatores físicos e sociais caracterizam a população idosa com sinais depressivos.
A amostra foi composta por 388 idosos, com 65 anos ou mais, de ambos os sexos, residentes no
município de Cuiabá (MT), avaliados de março 2009 a março de 2010 por meio de questionário sócio
econômico, presença de doenças crônicas, AIVD, AAVD, autoeficácia para quedas (FESI), MEEN e escala
de Depressão Geriátrica abreviada (GDS-15). Os testes físico-funcionais avaliados foram: Five Step test, e
Short Physical Performance Battery (SPPB). Por meio da análise estatítica, observou-se que cerca de 40%
dos idosos apresentam sinais depressivos, os quais foram significativamente associados com: ter
escolaridade menor ou igual a oito anos, ter dependência parcial ou total nas ABVDs e AIVDs, ter 5 ou
mais doenças, ter baixo desempenho físico, ter sofrido quedas no ultimo ano e ter problemas para
dormir e visuais. Assim observamos que o envelhecimento é um fator importante para a vulnerabilidade
aos distúrbios psiquiátricos e apresenta sinais de prejuízos mentais muitas vezes despercebidos,
principalmente nos anos que precedem a aposentadoria. Os achados correspondem a demais estudos,
mas chama atenção quanto a alta prevalência, a qual pode ser justificada pela forma como os dados
foram colhidos, na casa da pessoas, mostrando certos sintomas muitas vezes mascarados nos
consultórios médicos. Portanto, o diagnóstico precoce deve partir de familiares e profissionais de saúde,
os quais devem preservar as capacidades funcionais do idoso para assim atenuar a sua qualidade de
vida, de forma que ele seja independente e capaz de interagir com a sociedade, isto amplia não apenas
para a área da saúde, mas também da educação, por meio de programas específicos para esta
população que é proveniente de uma cultura com pouco incentivo a escolaridade e carente de
informações sobre cuidados com a qualidade de vida.
PRÓ-REITORIA DE ENSINO DE PÓS-GRADUAÇÃO
VI MOSTRA DA PÓS-GRADUAÇÃO/2014
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