monitoramento de dióxido de nitrogênio em brasilía por

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Sociedade Brasileira de Química (SBQ) 30/05 - 02/06/2009
MONITORAMENTO DE DIÓXIDO DE NITROGÊNIO EM BRASILÍA POR
AMOSTRADORES MANUAIS
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Luana Quirino de Souza (IC), Bárbara Jaci V. O. da Silva (IC), Felipe Azevedo Rios Silva (PG),
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*
Yaeko Yamashita (PQ). [email protected]
Laboratório de Monitoramento e controle Ambiental em Transportes, Centro de Formação e Recursos
Humanos (Ceftru), Universidade de Brasília, Campus Darcy Ribeiro, Brasília (DF), Brasil.
Palavras Chave: Dióxido de Nitrogênio (NO2), Poluição atmosférica, Emissões veiculares.
Introdução
A poluição atmosférica de centros urbanos
provém, principalmente, da queima incompleta de
combustíveis fósseis. Os poluentes podem se
classificar como primários e secundários.
Os poluentes primários são emitidos diretamente
na atmosfera e poluem em caráter local, são
exemplo, monóxido de carbono (CO) e alguns
óxidos de nitrogênio (como por exemplo, o NO). Os
secundários se originam através de reações
químicas entre os poluentes primários e outras
substâncias presentes na atmosfera, como ozônio
(O3) e material particulado (MP).
Segundo o CONAMA, o conselho nacional do
meio ambiente, todas as cidades devem atentar a
um nível máximo de poluentes presentes no ar, a
fim de minimizar os efeitos que poderão ser
causados a saúde humana (como distúrbios
respiratórios e câncer, por exemplo), a vegetação e
as edificações. Este trabalho investiga os níveis de
dióxido de nitrogênio (NO2) liberados pelo sistema
de transporte no Distrito Federal - DF por meio do
monitoramento em amostradores manuais.
Resultados e Discussão
O monitoramento é feito em uma estação
externa localizada na quadra 714 sul rente a avenida
W3 Sul, uma das mais movimentadas de Brasília.
1
O método de monitoramento descrito por Lodge
consiste em borbulhar o ar ambiente em uma
solução contendo trietanolamina, 0-metoxifenol
(guaiacol) e metabissulfito de sódio. É produzido o
íon nitrito durante a amostragem. Este é reagido
com uma solução alcoólica de ácido 8 anilino-1naftalenesulfônico (ANSA) gerando um corante azo
que é determinado colorimetricamente (utilizando λ
= 550nm). A concentração de NO2 no ar será
proporcional à concentração do corante azo formado
e é calculada de acordo com a equação a seguir:
,
em que W é a massa de NO2 corrigida, 50 o volume
de solução utilizado, 0,93 a eficiência global do
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método e V o volume de ar amostrado em m
calculado da seguinte forma:
,
-6
3
3
em que 10 é o fator de conversão cm para m , ts o
tempo de amostragem em minutos, F1 é a vazão no
32a Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Química
3
início da amostragem, em cm /min, Ff a vazão no
3
término da amostragem, em cm /min.
Ao analisar a concentração média anual de
3
dióxido de nitrogênio 65,2 (µg/m ), o valor está bem
3
abaixo do padrão nacional 100 (µg/m ) classificando
a situação do ar na região estudada como “boa”, ou
seja, os danos a saúde são mínimos segundo a
Organização Mundial da Saúde (OMS). O gráfico 1
ilustra essa variação mensal da concentração de
NO2 durante o ano de 2008.
Gráfico1. Níveis de concentração de NO2 no ar.
Apesar dos valores ficarem abaixo do limite entre
3
a qualidade boa e regular (100µg/m ) percebe-se
um aumento significativo na concentração de NO2 no
período que compreende junho a agosto (meses de
estiagem na região).
Um fator que pode influenciar o crescimento da
concentração desse poluente é a frota de veículos
da região (que recentemente chegou a 1 milhão de
veículos registrados), pois quanto maior o número
de veículos nas ruas, maiores as emissões de
poluentes.
Conclusões
O DF tem níveis do NO2 na atmosfera
considerados como bons, seguindo os limites
estipulados, com maior incidência da concentração
desses poluentes no período entre junho e agosto. A
tendência é que com o crescimento da frota esses
níveis aumentem ainda mais, principalmente se não
houver nenhuma intervenção do Estado no
gerenciamento de controle do fluxo de veículos.
É importante a continuidade deste trabalho de
coleta dos dados sobre o fluxo de veículos, a fim de
identificar o seu impacto em termos de emissão de
gases durante os anos que se seguem.
Agradecimentos
CNPQ, FINATEC.
Lodge, J.P. Métodos de Amostragem no Ar e Análise. Lewis
Publishers inc, tradução José Warley Coelho Dias, Rio de
Janeiro, 2003.
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