CAPÍTULO 6 Exercícios 6.1 2. Da hipótese e tendo em vista o critério de Cauchy para seqüência numérica, segue que para cada x em B a seqüência numérica fn(x), n 1, é convergente. Assim, para cada x em B existe um número f(x) para o qual tal seqüência converge. A função f : B 씮 ⺢ assim definida é tal que, para todo x em B, lim fn ( x ) f ( x ). n Æ Exercícios 6.2 4. a) O domínio de f é o conjunto de todos os x para os quais a seqüência fn(x) n arc tg converge. Temos: x f ( x ) lim fn ( x ) lim n arc tg lim n nÆ nÆ nÆ x 1 2 ◊ n 1 x 2 / n lim x 1 / n 2 nÆ Logo, D(f) ⺢. arc tg 1 n x n x n b) Seja h(x) x n arc tg Temos h( x ) x2 x n 0. x 2 n2 Então, h é crescente em [0, [. Segue que, para todo x [0, r], x r 0 x n arc tg r n arc tg . n n Como lim (r n arc tg n Æ n n0 Þ r n arc tg r ) 0, dado 0, existe n0 tal que n r . n Segue que, para todo x [r, r], n n0 Þ x n arc tg x . n Portanto, a seqüência fn ( x ) n arc tg x converge uniformemente a f(x) x em [r, r]. n x n resulta que, dado , não existe n0 (que só depende desse ) que torne verdadeira a c) Como, para todo n n0, lim x n arc tg x Æ afirmação para todo x ⺢, n n0 Þ fn ( x ) f ( x ) . Portanto, a convergência não é uniforme em ⺢. 6. a) f ( x ) lim fn ( x ) lim nÆ nÆ nx 0 1 n2 x 4 71 b) O valor máximo de fn ( x ) em [0, 1] é x 4 3 1 pertence a [0, 1] e 2 4 3n 4 3 4 4 1 n2 e ocorre para x 4 2 , n 1; 3n 3 n2 tende a quando n tende a . Assim, 3 marcando uma faixa em torno do gráfico de f, 0 x 1, de amplitude 2, 0, sempre existe uma fn cujo gráfico sai da faixa. Então, fn não converge uniformemente a f em [0, 1]. c) Temos 1Ê ˆ 1 fn ( x ) dx Ú f ( x ) dx 0 Ú0 Ë nlim ¯ 0 Æ lim Ú 1 nÆ 0 1 1 2 nx nx lim dx dx 1 n2 x 4 nÆ 2 0 1 n2 x 4 1 1 1 lim arc tg nx 2 lim [arc tg n arc tg 0] 0 2 nÆ nÆ 2 1 ◊ . 2 2 4 Ú [ De e , segue 1Ê ] ˆ 1 fn ( x ) dx lim Ú fn ( x ) dx Ú0 Ë nlim ¯ Æ nÆ 0 7. a) f ( x ) lim fn ( x ) lim nx enx lim 2 nÆ nÆ nÆ 72 nx e nx 2 0. Então, f(x) 0, para todo x. b) Seja x 1 [0, 1] n Ê 1 ˆ 1 1 n◊ 2 1 1 ( fn f ) ( x ) ( fn f ) Ê ˆ nÊ ˆ ◊ e Ë n ¯ e n e lim e n 1 Ë n¯ Ë n¯ nÆ Se fn 씮 f uniformemente em [0, 1], dado 0 1, existiria n0 tal que, para todo 1 x [0, 1], n n0 Þ fn ( x ) f ( x ) . Em particular, para x [0, 1] deveríamos n 1 1 ter fn Ê ˆ f Ê ˆ . Ë n¯ Ë n¯ 1 ˆ Ê Ê 1ˆ f Ê ˆ ˜ 1, então fn não converge uniformemente em [0, 1]. Como lim Á fn Ë n ¯¯ nÆ Ë Ë n ¯ c) Temos 1 1Ê nxenx Ú0 Ë nlim Æ nxenx n Æ Ú0 lim 2 2ˆ ¯ dx 0 e [ 1 2 dx Ê ˆ lim enx Ë 2 ¯ nÆ ] lim ÊË 12 ˆ¯ (e 1 0 Portanto, 1Ê Ú0 Ë nÆ lim nxenx 2ˆ ¯ dx lim Ú 1 nÆ 0 nxenx dx. 2 73 n nÆ 1) 1 . 2 Exercícios 6.3 1. Temos f ( x ) lim nÆ 1 nx x lim . 2 1 nx 1 n Æ x 2 x n Pela Observação 2 do Teorema 1 desta seção, como cada fn x0 0, mas f ( x ) em ⺢. nx é contínua em nx 2 1 1 não é contínua em x0 0, então fn não converge uniformemente a f x 2. Veja Exercício 4 da Seção 6.2. Ï 1 , se x for racional Ô 3. fn ( x ) Ì n , n 1. 1 Ô , se x for irracional Ó n Para todo x, lim fn ( x ) 0 f ( x ). n Æ As fn são descontínuas em todos os pontos, mas f é contínua. 4. f ( x ) lim nxenx 2 nÆ 1 1 lim 0. x n Æ e nx 2 1 a) Ú0 f ( x ) dx 0 1 nxenx n Æ Ú0 lim 2 1 1 2 dx lim Ê ˆ (2 nx )(enx ) dx Ë ¯ 2 0 nÆ Ú [ ] [ ] 1 1 1 2 1 Ê ˆ lim enx Ê ˆ lim en 1 Ë 2 ¯ nÆ Ë 2 ¯ nÆ 2 0 b) Seja f : [0, 1] 씮 ⺢ dada por f ( x ) lim nxenx 0, 2 nÆ onde cada fn ( x ) nxenx é contínua em [0, 1]. 2 Nestas condições, pelo Teorema 2, se fn convergisse uniformemente a f em [0, 1], então 1 1 fn ( x ) dx. Ú0 f ( x ) dx nlim Æ Ú0 74 Ú 1 Ú 1 lim fn ( x ) dx lim fn ( x ) dx (item a) 0 n1 nÆ 0 Æ4 243 Como f (x) então, fn não converge uniformemente a f em [0, 1]. 5. Seja fn ( x ) n2 x 2 . Temos 1 n2 x 2 f ( x ) lim fn ( x ) lim nÆ nÆ n2 x 2 1, x 0, e f (0) 0. 1 n2 x 2 Observe que f é limitada e descontínua em apenas x 0, logo integrável em [1, 1]. 1 Ú1 nÆ Daí, lim fn ( x ) dx 1 Ú1dx 2 . Por outro lado, lim nÆ n2 x 2 nx arc tg nx ù1 dx lim ÈÍ 2. 2 2 1 1 n x n nÆ Î ûú1 Ú 1 Portanto, 1 Ú1 f ( x ) dx lim Ú 1 n Æ 1 fn ( x ) dx. 75 Vamos mostrar que a seqüência de funções fn, n 1, onde fn ( x ) n2 x 2 não 1 n2 x 2 converge uniformemente a f(x) 1 em [1, 1]. Como os gráficos das fn ficam longe do 1 gráfico de f para um x pequeno, seja x n [1, 1]. n 2 2 n x 1 , Então, como (f fn) (x) 1 2 2 1 n x 1 n2 x 2 temos 1 1 lim ( f fn ) Ê ˆ 0. Ë ¯ n 2 nÆ Portanto, a convergência não é uniforme. (Se fn convergisse uniformemente em [1, 1], dado 0, existiria n0 tal que para todo x [1, 1], n n0 Þ f ( x ) fn ( x ) . Em particular, isto seria válido para x xn, e daí lim ( f fn ) ( x n ) 0, o que contradiz .) n Æ 6. Seja fn ( x ) 1 sen nx. n Temos f ( x ) lim fn ( x ) lim nÆ nÆ Como sen nx 1, segue que Tomando n0 tal que n n0 Þ 1 sen nx 0. n 1 1 sen nx . n n 1 (n0 só depende de ), resulta n0 1 sen nx para todo x real. n Portanto, a seqüência dada converge uniformemente para f(x) 0, pois, para todo 0, ˆ Ê 1 existe n0 (que só depende de ) Á ˜ tal que, para todo x ⺢, ¯ Ë n0 n n0 Þ 1 sen nx 0 . n 1 sen nx, n f(x) 0, f (x) 0 e fn(x) cos nx. Sejam fn ( x ) 76 Para x 0, lim fn ( x ) lim cos nx não existe. nÆ nÆ Portanto, não é verdade que para todo x, f ( x ) lim fn ( x ). nÆ O Teorema 3 exige que fn seja uniformemente convergente, o que não ocorre com a seqüência fn; logo, o resultado não está em contradição com o teorema citado. 77