Vivências: Revista Eletrônica de Extensão da URI ISSN 1809-1636 REFLETINDO A PRÁTICA PEDAGÓGICA DA LÍNGUA PORTUGUESA NO ENSINO FUNDAMENTAL Language in Use: Reflecting the Practice of Teaching English Elementary Education Leandro Kerr GIMENEZ1 Ruhena Kelber ABRÃO2 RESUMO Este artigo tenciona abordar tópicos relacionados ao ensino da Língua Portuguesa no Ensino Fundamental, visando refletir quanto ao desgaste da prática tradicional desta disciplina – apresentando a análise do discurso com uma alternativa viável para uma melhor exposição do funcionamento da língua materna por parte dos professores e, consequentemente, a compreensão dos diversos fenômenos linguísticos por parte dos alunos. Visando conhecer a realidade escolar e fundamentar os pontos aqui discutidos, os resultados aqui apresentados são extraídos de uma escola da rede municipal de ensino a fim de se obter dados relevantes à pesquisa e constatar a opinião dos alunos perante a disciplina aqui analisada. Palavras-Chave: Língua Portuguesa – Ensino Fundamental – Análise do discurso. ABSTRACT This article aims to address topics related to the teaching of Portuguese Language in Elementary School, to reflect and to wear the traditional practice of this discipline - presenting the analysis of speech with a viable alternative for abetter exposure of the workings of language by teachers and consequently, the understanding of various linguistic phenomena by students. To get acquainted with the school reality and justify the points discussed here, went to a school ofmunicipal education in order to obtain data relevant to research and observe thestudents' opinion towards the subject examined here. Keywords: Portuguese Language – Elementary School – Analysis of the speech INTRODUÇÃO O ensino da Língua Portuguesa e da Literatura necessita ser revisto urgentemente, pois o modo tradicional da abordagem dessas duas disciplinas já é visto, inclusive pelos alunos, como algo desgastado – não sendo, através dele, possível encontrar uma aplicabilidade. Nesta abordagem 1 Graduado em Letras Português e suas respectivas literaturas pela Universidade Federal do Rio Grande - FURG . Email: [email protected]. 2 Doutorando em Educação em Ciências pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, bolsista CAPES. Professor da Universidade Federal de Pelotas. E-mail: [email protected]. Vivências. Vol. 9, N.17: p. 95-100, Outubro/2013 95 Vivências: Revista Eletrônica de Extensão da URI ISSN 1809-1636 tradicional, a língua materna torna-se resumida ao estudo da gramática e, a Literatura – apresentada apenas a partir do Ensino Médio – como história e periodização da mesma. Hoje, é possível documentar uma série de ações que as instituições governamentais têm empreendido a favor de uma escola mais formadora e eficiente. Para isso, basta referir o trabalho que resultou na elaboração dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), em que é possível reconhecer que as concepções teóricas presentes no documento já privilegiam a dimensão interacional e discursiva da língua e define o domínio desta como uma das condições para plena participação do indivíduo em seu meio social. Essa mudança estabelecida nos PCNs demonstra uma diferenciação dos antigos parâmetros que privilegiavam os conteúdos gramaticais, na forma e na sequência tradicional das classes de palavras, no caso do Português, ignorando o desenvolvimento deste aluno diante da sociedade (BRASIL, 2000). Os atuais Parâmetros Curriculares Nacionais visam ao desenvolvimento do potencial crítico do estudante, sua capacidade de perceber as múltiplas possibilidades de expressão linguística e sua capacitação como leitor efetivo dos mais diversos textos representativos – distanciando-se da pura e simples memorização mecânica de regras gramaticais ou das características de determinado movimento literário, creditando ao aluno meios para ampliar e articular conhecimentos e competências que possam ser utilizadas nas diversas situações de uso da língua com que se depara socialmente (BRASIL, 2000). Dessa forma, uma aula da disciplina Língua Portuguesa, ao tratar dos gêneros narrativos ou descritivos, pode, por exemplo, fazer uso de relatos de fatos históricos, processos sociais ou da individualidade específica do aluno – podendo, já no Ensino Fundamental, antecipar alguns conhecimentos sobre a disciplina de Literatura, ao tratar, por exemplo, os gêneros literários, proporcionando a discussão de modelos explicativos, de análises críticas e de hipóteses de relações causais, do contexto encontrado no meio social em que as partes estão inseridas. A ANÁLISE DO DISCURSO NA FORMAÇÃO DE UM SUJEITO CRÍTICO O ensino tradicional oferecido na maior parte da rede de ensino massifica a Língua Portuguesa e a Literatura Brasileira, tornando as aulas tradicionais pouco atrativas aos alunos. Assim sendo, o professor deve visar à valorização do conhecimento, o aumento da autoestima do aluno e, consequentemente, seu interesse pela disciplina, bem como pela leitura. Para isso, a análise do discurso serve como peça chave a ser aplicada juntamente com a literatura na escola, pois complementa as atividades trabalhando a memória, história e vivências dos alunos – conforme discute Vinhais: Segundo os estudos desenvolvidos na área de análise de discurso, o registro do acontecimento deve produzir a memória, por isso é necessário que ele conserve uma força; a fim de fazer impressão; portanto, a memória é o lugar da reprodução das relações sociais e políticas. (2009, p. 35). Na Análise discursiva, a linguagem é concebida como mediação necessária entre o homem e a realidade natural e social. Deste modo, deve-se considerar que a sala de aula é um espaço crítico por natureza, tendo, o educador, o papel de instigar ao aluno uma curiosidade crítica – contemplando uma das diretrizes propostas pelos PCNs, quando diz que a escola é o espaço de formação de alunos aptos a usarem “os conhecimentos adquiridos por meio da prática de reflexão sobre a língua para expandirem as possibilidades de uso da linguagem e a capacidade de análise Vivências. Vol. 9, N.17: p. 95-100, Outubro/2013 96 Vivências: Revista Eletrônica de Extensão da URI ISSN 1809-1636 crítica” (BRASIL, 2000, p. 33). Por outro lado, deve-se tomar o cuidado para não se desviar dessa ideologia, pois, através da análise foucaultiana, a análise do discurso “nem assume a lógica interna do que está sendo analisado, nem parte de alguma metanarrativa transcendente ao próprio discurso” (VEIGA-NETO, 2005, p. 106), ou seja, a prática da análise discursiva nas instituições escolares pode acabar por tornar-se superficial e direcionada ao que a escola considera como verdade – evitando interpretações mais reveladoras de verdades e sentidos ocultos. Deste modo, tem-se mais uma forma de fabricar, ainda nas palavras de Foucault (2004), corpos dóceis, submissos, especializados e capazes de desempenhar inúmeras funções; moldando e utilizando o indivíduo para fins préestabelecidos. Dessa maneira, para concretizar o intuito de fazer com que o aluno sinta-se livre para fazer suas colocações, não se deve adotar um discursivo como verdades absolutas já traçadas pelo professor, mas, sim, verdades que são construídas por meio de um processo crítico-interativo. De acordo com Bauman (2009), o qual define a sociedade atual como sendo a era da modernidade líquida, ou seja, incapaz de manter sua forma; observa-se que a própria análise do discurso não deve ter a pretensão de possuir durabilidade, pois isso não é mais uma qualidade a seu favor – devendo, portanto, buscar sua máxima utilização. Essa constante atualização social, coloca a disposição tanto de alunos, quanto de professores uma quantidade excessiva de informações. No sentido pedagógico, o professor, ao tentar memorizar novas práticas, vê-se, ainda, estagnado, pois não é preciso apenas conhecer as capacidades técnicas, mas sim saber moldar-se ao meio em que estão inseridos seus alunos – que, por sua vez, possuem acesso a diversos dados e vivências, sendo capazes de tornarem-se cidadãos críticos que questionam e, muitas vezes, discordam do que lhes é ensinado, pois não conseguem encontrar relevância prática no que lhes é transmitido pelo docente. Por ser a escola, hoje, parte integrante da totalidade social, difusora de conhecimento e reelaboração de saberes pelos professores e alunos, o educador necessita reconhecer o ensino e o ambiente escolar com sua forma mutável e produtiva, acompanhando as necessidades e contagiando os alunos com o desejo e prazer pelo conhecimento em movimento. Atuar em sala de aula nessa perspectiva possibilita que em um simples exercício de interpretação de texto, no qual as respostas, muitas vezes, já vêm demarcadas pelo elaborador, o autor seja analisado como um sujeito discursivo, reflita-se sobre o porquê daquele enunciado e não outro (questões históricas, ideológicas). Tudo que for pensado e praticado deve dar ao aluno a possibilidade de refletir por si e reconstruir o que lhe é dado. Assim sendo, a construção crítica não está limitada ao trabalho com os gêneros discursivos argumentativos, mas a qualquer gênero, tendo em vista que o fator determinante não é só o tipo de texto, mas leitura que se faz dele – como através do uso da história e seu exercício através de interação entre os alunos e a produção textual para fixar os conteúdos com as inter-relações que estes possam ter com o que está em sua memória juntamente com os textos estudados. Dessa forma, os alunos interagem e dividem seu conhecimento, por meio destes debates produzidos a partir de suas produções textuais. Ainda ressalta-se a produção textual como chave de fixação do conhecimento, e incita as memórias interna e externa, em que o aluno expõe seu saber internalizado a respeito de determinado assunto, e a externa em que é uma ideia e/ou conhecimento de um senso comum, o qual a maioria dos alunos conhece. Portanto, a fim de distanciar-se de um ensino tradicional de Língua Portuguesa e de apresentar a Literatura no Ensino Fundamental, deve-se colocá-los sob uma mesma ótica, dando ênfase à análise do discurso, evitando priorizar regras gramaticais, pois dessa forma não se formará alunos críticos, mas, sim, meros reprodutores desse “conhecimento”. Deve-se primar pela formação de sujeitos que sejam capazes de interpretar o texto, relacionando os mesmos com seu cotidiano e Vivências. Vol. 9, N.17: p. 95-100, Outubro/2013 97 Vivências: Revista Eletrônica de Extensão da URI ISSN 1809-1636 memória interna e externa, posicionando-se criticamente e trazendo-o para sua realidade que, como visto, está em constante modificação. UM ESTUDO DE CASO SOBRE A REALIDADE DO ALUNO Em uma realidade escolar na qual as práticas de sala de aula são dadas a partir da adoção do livro didático, por variadas razões, precisa-se de uma reforma no modo de ensino. Se bastasse pegar um livro didático e simplesmente reproduzi-lo, não seria necessário que os professores tivessem uma formação acadêmica, visto que apenas seguiriam as diretrizes do livro didático. Uma aula de Língua Portuguesa que preza pela classificação gramatical não consegue atingir os objetivos listados pelos PCNs. Uma aula tradicional sobre Substantivos e Adjetivos, por exemplo, em que há a mera classificação dessas classes gramaticais, não aflora a criticidade do aluno. Se o professor trabalha com o seguinte exemplo: A menina é bonita. Subs. Adj. Substantivo é a palavra que nomeia os seres, em geral; fenômenos da natureza, lugares, estados e etc.. Exemplo: mulher, menina, gato, ônibus, mesa, cadeira e etc.. Adjetivo é a palavra que qualifica o substantivo. Exemplo: bonito, feio, gordo, magro, alto, baixo e etc.. O aluno diante de uma aula desse tipo simplesmente memorizará que “menina” é um substantivo e que “bonita” é um adjetivo, sendo assim, quando se deparar com uma escrita ou uma passagem textual de determinado contexto em que haja uma frase que seja, por exemplo: “A bonita caiu de cara no chão”, o aluno fará a imediata classificação de que “bonita” é um adjetivo, mas, nesse contexto, o aluno estará cometendo um equívoco, afinal, “bonita”, nesse caso, por estar acompanhada de um artigo, tem função de substantivo. Dessa maneira em que foi exemplificado logo acima, o Português, visto como classificação, não é “funcional”, pois o aluno não consegue achar uma utilidade para saber o que é substantivo e adjetivo e, com isso, acaba por taxar a língua materna como muito difícil e repleta de regras: O isolamento de unidades mínimas – que é parte da competência gramatical – é um procedimento de análise e que só tem razão de retornar ao nível macro: na escola, analisar o uso de determinada palavra num texto só tem sentido se isso trouxer alguma contribuição à compreensão do funcionamento da linguagem e, portanto, se auxiliar a formação ampla dos falantes. A análise pela análise não faz sentido, conforme apontam os PCN+: Considera-se mais significativo que o aluno internalize determinados mecanismos e procedimentos básicos ligados à coerência e à coesão do que memorize, sem a devida apreensão de sentido, uma série de nomes, de orações subordinadas ou coordenadas (MENDONÇA, 2006, p. 203 – 204). Dessa forma, a fim de obter dados menos abstratos, realizou-se um estudo de caso – a partir de uma pesquisa semiestruturada aliada à percepção de um observador – com estudantes da 8ª série de uma escola municipal da cidade de Rio Grande, Rio Grande do Sul, acerca do que eles pensam sobre uma aula de Língua Portuguesa. De acordo com as respostas dos alunos é possível estabelecer Vivências. Vol. 9, N.17: p. 95-100, Outubro/2013 98 Vivências: Revista Eletrônica de Extensão da URI ISSN 1809-1636 um parâmetro relacionando seus discursos aos tipos de ensino por eles recebidos. Nessa pesquisa, foram questionados sete estudantes escolhidos de maneira aleatória. Nas respostas dos alunos quando interrogados sobre a disciplina e as aulas de Língua Portuguesa, os mesmos expuseram que acham a disciplina muito difícil por conter muitas regras e não conseguirem entendê-las; alguns afirmaram que gostam porque através das aulas conseguem entender melhor a língua. Ao perguntar sobre como são as aulas de língua materna, afirmaram achar interessante e dizem que a professora é muito criativa, pois os deixa participarem da aula e ela trabalha com assuntos do dia-a-dia. Aqui, pode-se perceber uma prática adequada por parte do professor, porém, os discentes trazem uma bagagem do Português visto como gramática e conjunto de regras, pois, ao serem questionados sobre a disciplina, manifestam-se a criticando, porém, ao serem questionados sobre a aula em si, elogiam a mesma e, inclusive, abordam pontos positivos desse professor como, por exemplo, a liberdade de participação e comunicação dada à turma. Ao serem questionados sobre a utilidade do Português fora da sala de aula, os alunos manifestaram-se declarando que a disciplina serve para se comunicar com as pessoas, para falar corretamente, para interpretar assuntos e para adequar-se a situações comunicativas diferentes. O discurso destes alunos está marcado pelo pensamento de que as aulas de língua materna servem para melhorar o vocabulário ou para que eles consigam se comunicar numa maior proximidade à variedade padrão da língua. Seria necessário, por parte do professor, fazer uma reflexão com estes alunos sobre o que de fato seja a língua que eles utilizam. Ninguém precisa ir à escola para saber se comunicar e ampliar seu vocabulário, a escola deveria ser o espaço em que o estudante seria instigado a reconhecer os diferentes meios linguísticos em que ele, necessariamente, atuará, ou seja, a escola deveria dar competência comunicativa a esse aluno para que ele conseguisse adequar-se tanto no espaço familiar/comunitário como em um espaço mais formal, como uma entrevista de emprego, por exemplo. Marcos Bagno (1999) afirma que o aluno tem que ser um poliglota dentro do seu próprio idioma, isso significa conseguir se adequar e se expressar em qualquer comunidade a que ele venha a frequentar. Quando os alunos foram questionados sobre como eles gostariam que fossem suas aulas de Português, as opiniões foram bastante contraditórias, pois alguns deles responderam que gostam da forma como está; já outros responderam que a aula poderia ter textos menores e que não necessitassem ser copiados, pois textos muito extensos acabam desestimulando a sua ida à escola; outros acham que a aula deveria ser mais interativa e divertida, afirmando que a língua se aprende na prática. Mediante a essa discussão sobre conteúdos e competências gramaticais, deve-se ter cuidado com a objetivação do professor perante seus alunos. Se o professor escolher por uma metodologia tradicional, necessariamente, não deveria cobrar de seus alunos o gosto pela leitura, pela escrita ou criticar os discentes por não “saberem” ler nem escrever, pois essas competências, em um ensino tradicional, não são desenvolvidas. CONSIDERAÇÕES Com a realização deste estudo percebe-se que muitas são as deficiências e as lacunas, no que diz respeito ao ensino tradicional da Língua Portuguesa. Sendo assim, a análise do discurso deve ser o ponto de chegada e o ponto de partida das aulas dessa disciplina, isso porque, o homem comunica-se por meio de textos e diversos fenômenos linguísticos que só podem ser estudados e explicados por meio da análise textual, além de poder ser aplicada juntamente com a literatura – disciplina que entrará na grade curricular dos alunos após o Ensino Fundamental. Enquanto o ensino tradicional da Língua Portuguesa valoriza o ensino gramatical – em Vivências. Vol. 9, N.17: p. 95-100, Outubro/2013 99 Vivências: Revista Eletrônica de Extensão da URI ISSN 1809-1636 uma concepção de que o conhecimento de conceitos e regras teóricas garante o domínio da linguagem – o professor tem o dever de analisar, discutir e refletir sobre os diversos circuitos linguísticos e colocar essas reflexões e conhecimentos na interação com o outro. Dessa forma, além desenvolver a formação de sujeitos críticos, estará explorando as necessidades de leitura, bem como, o crescimento pessoal e o prazer de ler na sociedade. A união de língua, conhecimento e literatura em sala de aula cria uma perspectiva positiva frente ao ensino de gramática e de obras literárias brasileiras. Por meio de debates após a leitura dos textos trabalhados, ocorrerá a aliança entre memória interna e externa dos estudantes e, através da enunciação3, o aluno irá expor seu conhecimento internalizado a respeito de determinado assunto. Deste modo, através de obras literárias e textos de diversos gêneros em que o aluno identifique seu conhecimento, referencie com outros fatos e elucide através da enunciação, criar-se-á um ambiente em que o estudante seja valorizado, fazendo com o que o mesmo participe da aula e crie o gosto pela leitura, não por obrigação da escola, mas como parte de seu cotidiano contribuindo para o seu crescimento pessoal e social. Portanto, a partir do que foi discutido neste artigo, pode-se concluir que uma aula que consiga agregar Língua Portuguesa e a Literatura – ainda que no Ensino Fundamental –, além de se tornar mais dinâmica, atrativa e funcional, fará com que o aluno sinta-se à vontade para participar e expor suas opiniões, aprendendo a língua em uso e não através de classificações morfossintáticas do livro gramatical prescritivo. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: BAGNO, Marcos. Preconceito Linguístico: (1999). O que é, como se faz. São Paulo: Edições Loyola. BAUMAN, Zygmunt. Modernidade líquida. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2009. BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Média Tecnológica. (2000). Parâmetros Curriculares Nacionais: Ensino Médio – Bases Legais. Brasília: MEC/SEMT. BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Média Tecnológica. (2000). Parâmetros Curriculares Nacionais: Ensino Médio – Língua Portuguesa. Brasília: MEC/SEMT. BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria da Educação Média e Tecnológica. (2002) Parâmetros Curriculares Nacionais +: Linguagens códigos e suas Tecnologias. Brasília: MEC. FOUCAULT, Michel. (2004) Vigiar e punir: nascimento da prisão. Petrópolis: Vozes. MENDONÇA, Márcia. (2006). Análise linguística no ensino médio: um novo olhar, um outro objeto. In: BUNZEN, Clecio; MENDONÇA, Márcia (Orgs.). Português no ensino médio e formação do professor. São Paulo: Parábola Editorial. VEIGA-NETO, Alfredo. (2005) Foucault e a Educação. Belo Horizonte: Autêntica. VINHAIS, Ione. (2009). Literatura, leitura e produção textual no ensino médio. Porto Alegre: Editora Mediação. 3 Ententido também como declaração. Vivências. Vol. 9, N.17: p. 95-100, Outubro/2013 100