UNISALESIANO Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium Curso de Bacharel em Educação Física Javier Gaston Arcos João Victor Martins Consentino Thaís Amanda Reia APLICAÇÃO DA MUSCULAÇÃO EM PESSOAS COM ANSIEDADE, DEPRESSÃO E SÍNDROME DO PÂNICO Academia Saikoo – Penápolis SP LINS – SP 2014 Javier Gaston Arcos João Victor Martins Consentino Thaís Amanda Reia APLICAÇÃO DA MUSCULAÇÃO EM PESSOAS COM ANSIEDADE, DEPRESSÃO E SÍNDROME DO PÂNICO Projeto de Pesquisa Experimental apresentado ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, para obtenção do titulo de Bacharel em Educação Física sob a orientação dos Professores Me. Leandro Paschoali Rodrigues Gomes e orientação técnica Ma. Jovira Maria Sarraceni. LINS – SP 2014 Javier Gaston Arcos João Victor Martins Consentino Thaís Amanda Reia APLICAÇÃO DA MUSCULAÇÃO EM PESSOAS COM ANSIEDADE, DEPRESSÃO E SÍNDROME DO PÂNICO Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, para a obtenção do titulo de Bacharel em Educação Física. Aprovada em: ___/___/___ Banca examinadora: Professor orientador: Leandro Paschoali Rodrigues Gomes Titulação: Mestre em Educação Física – UNIMEP/PIRACICABA-SP Assinatura:_________________________ 1º Prof(a): ___________________________________________________________ Titulação: ___________________________________________________________ Assinatura: _________________________ 2° Prof(a): ___________________________________________________________ Titulação:____________________________________________________________ Assinatura: _________________________ “Dedico este trabalho primeiramente a Deus, por estar sempre presente em minha vida, aos meus pais, que sempre me apoiaram em todas minhas decisões, aos mestres que compartilharam de seus conhecimentos.” Javier Gaston Arcos “Dedico essa conquista aos meus pais Elio José Consentino e Tânia Aparecida de Souza Martins Consentino, pois tenho certeza que sonharam e acreditaram na chegada deste momento que marca o início de uma nova etapa em minha vida e também a minha namorada Thaís A. Reia que sempre esteve presente e faz parte dessa conquista.” João Victor M. Consentino “Dedico este trabalho à minha família que me proporcionou oportunidades de tornar o meu sonho, realidade. Por estarem sempre acreditando no meu potencial, confiando no meu sucesso, apoiando minhas decisões e me reerguendo em qualquer situação desagradável. Assim facilitando e tornando mais seguro, cada passo percorrido nesta jornada.” Thaís A. Reia AGRADECIMENTOS Primeiramente a Deus por ter me dado forças necessárias no decorrer do curso, á superar todos os obstáculos. Aos meus pais pelo apoio de sempre. Aos meus MESTRES, em especial a Giseli, Ana Claudia, Wonder, Hilinho, que sempre contribuíram de maneira única para meu crescimento profissional. Aos meus amigos e parceiros Thais Reia e João Victor pela paciência e em acreditar no meu potencial. Javier Gaston Arcos Gostaria de agradecer primeiramente a Deus, e também a todos que nos deram forças para o desenvolvimento deste trabalho, que nos incentivaram em todos os momentos e que de alguma forma fizeram parte dessa etapa em nossas vidas. Agradeço a minha família que ao longo destes anos, por varias vezes me acalmou nos momentos de dificuldades, que me apoiou para que na faculdade eu pudesse me preparar para enfrentar uma nova realidade profissional. Agradeço também a minha namorada Thaís Reia que sempre esteve presente na minha vida ao meu amigo e parceiro de tcc Javier e aos professores do UNISALESIANO LINS pelo apoio, especialmente ao nosso orientador Me Leandro Paschoali Rodrigues Gomes que com muita dedicação contribuiu na minha formação profissional e pessoal, e aos colegas de curso pelo companheirismo e amizade de sempre. João Victor Martins Consentino Agradeço primeiramente a Deus, que me fez capacitada para concluir este curso, iluminando minhas escolhas e minha mente, me proporcionando tranquilidade, persistência e sabedoria nesta jornada. Agradeço à minha família, a qual é a minha base, o meu alicerce. Sou grata por sempre me mostrarem o melhor caminho a seguir, me apoiarem nas decisões tomadas, por confiarem e acreditarem no meu sucesso. Esta confiança depositada em mim foi a minha maior motivação. Agradeço também os meus professores, em especial, o meu orientador Leandro Paschoali, os quais facilitaram este caminho a ser percorrido, ao meu namorado João Victor Consentino aos meus amigos , em especial Javier, meu parceiro de monografia, que tornaram esta jornada ainda mais prazerosa. Thaís A. Reia RESUMO A população brasileira vem sofrendo cada vez mais com situações de descontrole emocional, sendo detectada na maioria das vezes, como transtorno emocional ou síndrome emocional, ocasionando alterações psicológicas, fisiológicas e comportamentais. Os transtornos emocionais em geral acarretam uma série de malefícios para o ser humano, pois prejudica o indivíduo acometido de diferentes formas, e assim, comprometendo sua qualidade de vida. A depressão, por exemplo, pode ser interpretada como uma doença psiquiátrica crônica e recorrente, causando uma amargura, desprazer, tristeza profunda e sem fim no portador. Já a ansiedade, desencadeia inúmeros desequilíbrios e aflições emocionais no indivíduo como inseguranças e incertezas futuras, prevendo perigos e ameaças que muitas vezes são inexistentes, acarretando desconfortos físicos, emocionais, fisiológicos, sociais, entre outros. Enquanto a síndrome do pânico se caracteriza, sobretudo, o medo excessivo, sensação de morte e impotência, também causando reações físicas, emocionais, psicológicas e comportamentais. Neste contexto, o exercício físico tem se apresentado como uma ferramenta de suma importância para o tratamento e prevenção destas síndromes emocionais. Já é reconhecido que o exercício físico estimula a liberação de hormônios considerados hormônios do prazer, os quais geram sensação tranquilizante, analgésica e de bem estar, deste modo, a prática regular de exercícios acarretam benefícios significativos para a melhora dos sintomas. Portando, a aplicação do treinamento de musculação para pessoas com ansiedade, depressão e síndrome do pânico, associada ao tratamento medicamentoso e acompanhamento psicológico gera mudanças benéficas no quadro fisiológico, psicológico, físico, social e comportamental para o individuo que sofre de ansiedade, depressão e síndrome do pânico. Palavras-chaves: Musculação. Depressão. Ansiedade. Síndrome do pânico. Exercício. ABSTRACT The Brazilian population has suffered increasingly with situations of emotional control and is detected most often, such as emotional disorders or emotional syndrome, causing psychological, physiological and behavioral changes. Emotional disorders in general result in a series of harms to humans, since it impairs affected individuals in different ways, and thus affecting their quality of life. Depression, for example, can be interpreted as a psychiatric chronic and recurrent disease, causing bitterness, unpleasantness, deep sadness and endless in the carrier. Already anxiety, emotional imbalances and triggers numerous afflictions on the individual as future uncertainties and insecurities, foreseeing dangers and threats that often are non-existent, resulting in physical, emotional, physiological, social discomfort, among others. While panic disorder is characterized, above all, excessive fear, death and sense of helplessness, also causing physical, emotional, psychological and behavioral reactions. In this context, the exercise has been presented as a tool of paramount importance for the treatment and prevention of these emotional syndromes. It is recognized that physical exercise stimulates the release of hormones considered hormones of pleasure, which generate tranquilizer, analgesic and wellness thus feel, regular exercise lead to significant symptom improvement benefits. Porting the application of strength training for people with anxiety, depression and panic disorder, associated medical treatment and psychological counseling produces beneficial changes in physiological, psychological, physical, social and behavioral framework for the individual who suffers from anxiety, depression and panic disorder. Keywords: Depression. Anxiety. Panic Disorder. Exercise, Weight. Training. LISTA DE TABELAS Tabela 1: Avaliação do Grau de Depressão (Escala de Beck)................................. 33 Tabela 2: Avaliação do Grau de Ansiedade (Escala de Beck)................................. 34 Tabela 3: Avaliação do Grau de Pânico (Escala de Beck)....................................... 34 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS OMS: Organização Mundial de Saúde TP: Transtorno do pânico SUMÁRIO INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 14 1 CONCEITOS PRELIMINARES .......................................................................... 16 1.1 Síndrome Do Pânico ........................................................................................ 16 1.1.1 Causas, sintomas e consequências ................................................................. 17 1.2 Ansiedade ........................................................................................................ 19 1.2.1 Conceitos ......................................................................................................... 19 1.2.2 Causas, sintomas e consequências ................................................................ 21 1.3 Depressão ....................................................................................................... 23 1.3.1 Conceitos......................................................................................................... 23 1.3.2 Causas, sintomas e consequências ................................................................ 24 1.4 Os Benéficos do Exercício Físico em Pessoas com Ansiedade, Depressão e Síndrome do Pânico. ................................................................................................. 25 1.4.2 A musculação como parte do tratamento de problemas emocionais .............. 29 2 O EXPERIMENTO ........................................................................................... 31 2.1 Casuísticas e métodos ..................................................................................... 31 2.1.1Técnicas ............................................................................................................ 32 2.2 Treinamento de musculação............................................................................. 32 2.3 Resultados ........................................................................................................ 33 2.4 Depoimentos dos voluntários............................................................................ 35 2.5 Discussão ......................................................................................................... 36 2.6 Conclusão ....................................................................................................... 37 REFERÊCIAS ........................................................................................................... 39 ANEXOS ................................................................................................................... 43 14 INTRODUÇÃO Atualmente, muitos males que afetam a população são consequências de conflitos emocionais, sendo caracterizados como transtornos emocionais. A depressão, a ansiedade e a síndrome do pânico representam elementos de grande preocupação por parte dos agentes estudiosos no Brasil (BERNIK, 2014). Tais transtornos tem sido considerados as maiores doenças emocionais que afetam a sociedade globalizada. Dentre os inúmeros aspectos que são alvos de pesquisas na área das Emoções Humanas, está a alta medicação da população que se encontra nesta triste realidade. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS) no Brasil, mais de dez milhões de pessoas aproximadamente são portadoras de distúrbios emocionais, sendo estas, ambos os gêneros e qualquer idade. Segundo Varella (2013), as mulheres são as mais afetadas por serem vulneráveis à oscilação hormonal. Além disso, parentes biológicos em primeiro grau de pessoas que possuem a síndrome tem um risco de quatro a sete vezes maiores em desenvolverem em relação à população geral e não tem sido identificados determinantes étnicos ou diferenças socioeconômicas significativas que possam influenciar no desenvolvimento do transtorno. Geralmente, inicia-se no final da adolescência ou no adulto jovem, tornando-se ao longo da vida crônica e flutuante. A depressão pode ser interpretada como uma doença psiquiátrica crônica e recorrente, tendo o estado de humor alterado, caracterizado por uma tristeza profunda e sem fim, baixa autoestima, amargura, desprazer, distúrbio de sono e apetite, entre outros sentimentos de dor e solidão que afetam os pensamentos, os sentimentos, o comportamento e o bem estar físico do ser humano, já a ansiedade é uma perturbação emocional causada pela incerteza, insegurança, angústia ou aflição. Por sua vez, é um estado considerado normal e presente em todos os seres humanos, porém quando sentida em alta intensidade e frequência, a ponto de prejudicar a qualidade de vida do indivíduo, torna-se patológica, causando estresse emocional, fisiológico e comportamental, enquanto a síndrome do pânico é um distúrbio psicológico que provoca na pessoa acometida situações repentinas de medo excessivo, acompanhada de reações físicas e emocionais. Soma-se a esses fatores mencionados, ausência de exercício físico, má alimentação, insônia e outros hábitos inadequados. Assim tendo um cenário propício 15 ao surgimento de transtornos emocionais e outros fatores que prejudicam a qualidade de vida do ser humano. A Organização Mundial da Saúde (2014) reconhece a prática da atividade física como fator benéfico e que tem demonstrado uma grande influência positiva sobre os transtornos emocionais. O exercício físico pode ser um importante aliado a uma mudança significativa e necessária no enfrentamento destes males, sendo usado no sentido de retardar e atenuar os sintomas, pois sabe-se que durante a realização de exercícios físicos ocorrem liberação de endorfinas e de dopamina pelo organismo, propiciando um efeito tranquilizante e analgésico no praticante regular, que frequentemente se beneficia de um efeito relaxante pós-esforço e, em geral, consegue manter-se um estado de equilíbrio psicoemocional mais estável frente às ameaças dos meios externos. Neste sentido, o presente trabalho se justifica pela necessidade de compreender até que ponto a prática regular de musculação contribui para o controle e prevenção de ansiedade, depressão e síndrome do pânico. Pretende-se ao longo do estudo responder quais as vantagens que a musculação poderá trazer aos portadores desses transtornos emocionais, sendo utilizado até mesmo como um complemento de um tratamento psicológico e medicamentoso, e assim acarretando benefícios fisiológicos, psicológicos e sociais aos indivíduos que sofrem de ansiedade, depressão e síndrome do pânico. 16 1 1.1 CONCEITOS PRELIMINARES Síndrome Do Pânico A síndrome do pânico ou também transtorno de pânico, é um distúrbio psicológico que provoca na pessoa acometida, episódios repentinos e recorrentes de forte ansiedade e medo, acompanhado de uma série de reações físicas e emocionais como pavor, nítida sensação de que vai morrer enlouquecer, perder o controle (BRITES, 2008). O pânico não é detectável por nenhum tipo de exame laboratorial, apenas clinicamente. Dez por cento dos atendimentos cardiológicos são portadores da síndrome do pânico. Os cardiologistas são os primeiros a serem procurados devido à taquicardia, dor no peito e a dormência, depois que não se identifica nenhuma anomalia são procurados outros profissionais e deixando por último, até por preconceito, os psiquiatras. (BERNIK, 2014). A síndrome do pânico não é uma doença psicológica, mas sim física. Pois ocorre um desequilíbrio de determinada área do encéfalo, alterando a química dos neurotransmissores, responsáveis pelos impulsos nervosos. O sistema nervoso central é quem comanda as funções vitais do nosso corpo, por isso ocorre uma série de alterações no nosso organismo, chamado de distúrbios neuro vegetativos. Vários estudos epidemiológicos realizados nos Estados Unidos e na Europa, apontam uma prevalência do transtorno de pânico (TP) entre 1,5% a 3,5% da população. É constatado que 43% dos pacientes com TP são atendidos pela primeira vez em pronto-socorro e 15% deles chegam às salas de emergência em ambulâncias (AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION, 1994). O TP é de 2 a 3 vezes mais frequente no gênero feminino, em particular associado à agorafobia. Não têm sido identificados determinantes étnicos ou diferenças socioeconômicas significativas. Os parentes biológicos em primeiro grau de pessoas com TP têm um risco 4 a 7 vezes maior de desenvolverem TP em relação à população geral (AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION, 1994).O TP geralmente se inicia no fim da adolescência ou no adulto jovem. Estudos sugerem haver um segundo pico de incidência mais tardia, entre os 35 e os 40 anos de idade. O início na infância tem sido cada vez mais relatado em estudos específicos sobre o tema. O TP ao longo da vida é em geral crônico e flutuante. Eventos como a 17 morte de pessoas significativas, separações ou perdas podem se associar com a reagudização das crises (LESNIASK, 2007). O tratamento específico pode mudar o curso da doença e sanar a maioria das limitações. A importância do diagnóstico correto e da instituição, o mais precocemente possível, do tratamento adequado. Infelizmente, no entanto, os pacientes chegam a consultar dez ou mais médicos e a gastar mais de uma década em peregrinação por diversas clínicas, antes de serem diagnosticados (AMERICAN PSYCHIATRICASSOCIATION,1994). A evidência de que alguns agentes farmacológicos específicos são capazes de bloquear as crises de pânico e que certos compostos (lactato de sódio, dióxido de carbono, ioimbina, flumazenil, metaclorofenilpiperazina, etc.) inversamente, desencadeiam crises de pânico em pessoas predispostas. Esses achados dão suporte à idéia de que o pânico não é uma reação inespecífica a agentes estressantes e que possui uma base biológica determinada (AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION, 1994). As principais teorias existentes não são mutuamente exclusivas e envolvem: (a) hiperatividade adrenérgica, (b) disfunção serotoninérgica, (c) hipersensibilidade dos receptores de CO2 no tronco cerebral; (d) função anormal dos receptores gababenzodiazepínicos; e (e) perturbação de mecanismos biológicos evolutivamente determinados. Em todas essas teorias, fatores genéticos seriam importantes na transmissão da vulnerabilidade biológica envolvida (AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION, 1994). O transtorno de pânico pode ser classificado em leve, moderada, grave e muito grave. Alguns portadores do pânico, apesar de muito desconforto, conseguem trabalhar com dificuldades, devido à necessidade; porém outros não conseguem nem mesmo sair da porta de sua casa, ficando confinados, reclusos em seu lar. À medida que o pânico se agrava, diminui o seu raio de ação, ficando bloqueados à mercê de seu “inimigo oculto” (LESNIASK, 2007). 1.1.1 Causas, sintomas e consequências Com a evolução da espécie humana, o cérebro humano desenvolveu sistemas fundamentais para responder a perigos próximos ou distantes que levem à destruição imediata do organismo. O pânico resulta da hiperatividade desse sistema 18 cerebral, que foi desenhado para produzir respostas imediatas ao perigo iminente (BERNIK, 2014). As crises são caracterizadas com ataques agudos de ansiedade intensa, acompanhados por sintomas: palpitações ou aceleração da frequência cardíaca, sudorese, sufocamento, taquicardia, vertigem, tremores, sensação de asfixia, dor torácica, náusea, tonturas, parestesias, desconforto abdominal, formigamento, ondas de calor ou calafrios, dor ou desconforto no peito calafrios ou ondas de calor, entre outros. os sintomas psíquicos encontram-se o medo intenso (de morrer, de perder o controle, de enlouquecer) e sensações de irrealidade ou estranheza referidas ao ambiente (“desrealização”) ou a si mesmo (“despersonalização”)e a ocorrência simultânea de quatro sintomas, dentre os acima descriminados, são suficientes para demonstrar a existência da doença (BIRCHALL; BRANDON; TAUB, 2000). De acordo com os critérios da American Psychiatric Association, (1994) para o diagnóstico de crise de pânico devem estar presentes quatro ou mais dos sintomas listados acima, os quais se iniciam agudamente e atingem sua máxima intensidade dentro de uns dez minutos, esvanecendo-se num período variável de minutos a uma ou duas horas. Durante as crises de pânico podem ocorrer taquicardia transitória e elevação moderada da pressão arterial sistólica. Embora alguns estudos tenham sugerido ser mais comum a presença de prolapso de valva mitral e doenças da tireóide entre os pacientes com TP, outros estudos não confirmaram diferenças na prevalência. O TP frequentemente leva a comportamentos fóbicos secundários: medo de sair desacompanhado, medo de usar transportes coletivos, de atravessar pontes, de estar no meio de uma multidão ou retido no tráfego, entre outros. Todas essas situações tem como denominador comum o medo de passar mal e não ser prontamente atendido (AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION, 1994). Segundo Bernik (2014), o portador de TP sofre durante as crises e ainda mais nos intervalos entre uma e outra, pois não faz a menor ideia de quando elas ocorrerão novamente, se dali a cinco minutos, cinco dias ou cinco meses. Isso traz tamanha insegurança que a qualidade de vida do paciente fica seriamente comprometida. O que caracteriza o pânico é a forma abrupta e inesperada que os sintomas aparecem e o fato de a crise atingir o ápice em dez minutos. 19 Na verdade, bastam 30 segundos para o paciente, que estava se sentindo bem, ser tomado inexplicavelmente pelos sintomas. Muitas vezes, tudo isso vem acompanhado da sensação de que algo trágico, como morte súbita ou enlouquecimento, está por acontecer (BERNIK, 2014). É comum o paciente de TP ter uma reação comportamental de pânico e sair à procura de socorro. Aliás, a sala de espera dos prontos-socorros é um dos lugares onde o médico mais se depara com transtornos de pânico (BERNIK, 2014). Nas crises de pânico, a sensação de morte iminente provocada por uma taquicardia tem duas explicações: a rapidez e a forma inesperada com que a crise acontece. A ansiedade normal tende a ocorrer em ondas, não em picos intensos (POTOKAR e NUTT, 2000). Segundo Bernik (2014), as crises de pânico fazem com que as que as pessoas se sintam numa montanha-russa extremamente radical pode ser até agradável se estiver dentro de um contexto compreensível. Entretanto, a reação será muito diferente, se ele vier do “out ofthe blue”, como dizem os americanos, ou do azul do céu, como dizemos nós. O transtorno de pânico pode se dar dias, semanas ou meses depois de determinados problemas como perda de entes queridos, desemprego, doenças no lar, pré ou pós-operatórios, assaltos, sequestros, acidentes, etc. Outras patologias também se instalam de maneira psíquica, é comum um paciente sofrer de pressão alta que nunca teve e passou a ter após a crise, entre outros quadros patológicos (OLFSON, et al. 2000). Como a síndrome do pânico varia muito na sua intensidade, nem todos sentem os mesmos sintomas. 1.2 Ansiedade 1.2.1 Conceitos A ansiedade possui várias definições, assim sendo caracterizada como uma perturbação do espírito causada pela incerteza ou insegurança, angústia, aflição e está relacionada com qualquer situação de perigo. A ansiedade estimula o indivíduo a entrar em ação, mas, quando em excesso, acontece exatamente o contrário, impedindo o indivíduo de reagir (BRASIL, 2014). 20 Brás (2013), especialista em Psicoterapia, relata que ansiedade é um estado que deriva da emoção do medo, ou seja, sempre que o indivíduo sente medo, gera um estado de ansiedade. E quanto maior o grau de medo sofrido, maior a intensidade desse estado emocional. Brás enfatiza que as pessoas sentem medo quando pressentem algum desconforto da situação que irão enfrentar. Esta previsão é embasada da análise das experiências que já viveram no passado. A ansiedade é um estado considerado normal e frequente em todos os seres humanos, sendo importante para a sobrevivência e proteção do indivíduo. Porém, quando sentida em alta intensidade e frequência deixa de ser um estado normalizado e passa a prejudicar o indivíduo e sua qualidade de vida, trazendo um estado emocional desagradável, acarretando desconforto e muitas queixas (ROMAN & SAVOIA, 2003). Segundo pesquisas realizadas pelo Ministério da Saúde (2014), os transtornos de ansiedade são doenças relacionadas às más experiências de vida já vividas. As pessoas podem se sentir ansiosas a maior parte do tempo sem nenhum motivo aparente, ou podem se sentir assim apenas às vezes, porém tão intensamente que se sentirão imobilizadas a realizarem qualquer tipo de atividades. Essas sensações são tão desconfortáveis que as pessoas deixam de realizar coisas simples apenas para evitá-las (BRASIL, 2014). A ansiedade através da liberação de adrenalina tem a capacidade de manter o organismo em alerta, criando ao organismo um estado de vigília, pois o corpo fica preparado para reagir a situações externas, onde o cérebro fica com maior agilidade de raciocínio perante o medo exposto e com o intuito de encontrar uma solução para determinada experiência. Porém, a ansiedade retrata uma situação adiante, ou seja, quando o indivíduo imagina que uma determinada experiência vai ocorrer, ele sente no momento aquilo que sentiria no futuro. A pessoa acaba tendo um desconforto enorme por antecedência e muitas vezes tal situação futura nem acontece (BRÁS, 2013). De acordo com segundo o manual de classificação de doenças mentais (DSM.IV), ansiedade é: (...) um distúrbio caracterizado pela “preocupação excessiva ou expectativa apreensiva”, persistente e de difícil controle, que perdura por seis meses no mínimo e vem acompanhado por três ou mais dos seguintes sintomas: inquietação, fadiga, irritabilidade, dificuldade de concentração, tensão muscular e perturbação do sono. (PSIQUIATRIA GERAL, 2013) 21 A ansiedade está relacionada ao sinal de ameaça, podendo ser real ou até mesmo imaginário. Graeff (2011) relata que a ansiedade pode ser definida como uma emoção a qual pressente riscos no ambiente, ou seja, é gerado um estado de ansiedade em situações nas quais há um perigo previsto, podendo ser uma experiência não conhecida para o indivíduo ou um estímulo que sinalize perigo. Kissack (2008) caracteriza o transtorno de ansiedade como preocupação excessiva e frequente; dificuldades em controlar a preocupação; ansiedade e preocupação não sendo produtos exclusivos de estresse e traumas; ansiedade acompanhada de insônia, inquietação, fadiga, sensação de esquecimento, irritação, tensão muscular, entre outros; prejuízos na vida social e ocupacional do indivíduo. Segundo Varella (2014), é considerada normal a ansiedade que antecede uma entrevista de emprego, um concurso, o nascimento de um filho, entre outros. Pois nesse caso, o estado de ansiedade funciona como preparação da pessoa para enfrentar novas experiências. Por outro lado, Varella enfatiza que se o nível de ansiedade for desproporcional à situação enfrentada, causa muito sofrimento e interfere na qualidade de vida e convívio familiar, social e profissional do indivíduo. Ainda Varella, relata que o transtorno da ansiedade pode afetar pessoas de quaisquer idades. Em geral, as mulheres se mostram um pouco mais vulneráveis. De acordo com o Ministério da Saúde, devemos entender o termo ansiedade, sendo um fator ora nos beneficia, ora, em grande intensidade, nos prejudica, podendo tornar-se patológico e assim prejudicando nosso funcionamento psíquico (mental) e somático (corporal) (BRASIL, 2014). Este estado de transtorno acontece devido ao nosso inconsciente estar condicionado por experiências traumáticas no passado, e, portanto, tende-se evitar a repetição de tais situações através da ansiedade, causando desconforto ao invés de motivação para realizar as atividades diárias. Isso acontece quando vivências traumáticas dão sinais negativos à estrutura emocional do indivíduo (BRÁS, 2014). Geralmente o fenômeno da ansiedade se manifesta em perturbações emocionais, tais como ataques de pânico, obsessões, fobias, timidez, insônia, entre outros. 1.2.2 Causas, sintomas e consequências Uma pesquisa feita pelo Universal Channel (2010) com mais de dois mil pessoas, apontou que as situações que geram maior estado de ansiedade são: 22 pagar contas, problemas no trabalho, cuidar dos filhos tarefas domésticas, cuidar da aparência, chegar ao trabalho no horário, reuniões e planejar atividades sociais (PEREIRA, 2013) Além disso, a pesquisa também relata que quatro de dez pessoas passam duas horas por dia preocupadas com o futuro, contribuindo para um estado de ansiedade. O Psiquiatra e Psicoterapeuta, Augusto Cury diz que o bombardeio de informações e atividades intelectuais gerou uma sociedade ansiosa, que sofre por antecipação (CURY, 2014). A ansiedade quando começa a prejudicar e impedir a pessoa de realizar atividades diárias pode causar diversos males, pois o estado fica crônico e o indivíduo não consegue mais relaxar e se sentir seguro, portanto é o caso de procurar ajuda profissional e evitar malefícios para a mente e o corpo (PEREIRA, 2013). De acordo com o Ministério da Saúde, os sintomas da ansiedade são muito mais intensos quando comparados àquela ansiedade considerada normal do cotidiano. São eles: tensões, medos exagerados, incapacidade de relaxar, preocupações excessivas, pessimismo, pavor, falta de controle sobre pensamentos ou atitudes (BRASIL, 2014). Os sintomas mais frequentes da ansiedade são fadiga, insônia, sensação de falta de ar e de desmaio, picadas nas mãos e nos pés, confusão, dores no peito, palpitações, arrepios, suores, mãos úmidas, boca seca, tremores e vômitos incontroláveis, tensão muscular, necessidade urgente de urinar ou defecar, dificuldade em engolir, em relaxar e em dormir, tonturas e sensação de impotência (BRÁS, 2013). Ao mesmo tempo em que as pupilas da pessoa em estado de ansiedade aumentam-se para aprimorar a visão, diminui a percepção dos detalhes que a cercam (ROMAN & SAVOIA, 2003). Roer unhas, bater os pés, mexer as mãos constantemente, insônia, comer sem sentir fome, perda de controle de si, pânico, fumar excessivamente, problemas físicos não identificados por médicos, portanto encaminham ao Psicólogo, à medida que o psicológico é tratado, os sintomas físicos desaparecem (PEREIRA, 2013). Vale ressaltar que os sintomas variam de uma pessoa para outra. O estado de ansiedade a maioria das vezes é caracterizados por inquietação, fadiga, 23 irritabilidade, tensão muscular, dificuldade de concentração, palpitações, falta de ar, taquicardia, aumento da pressão arterial, náuseas, alterações intestinais, dores musculares, aperto no peito, sudorese excessiva e dor de cabeça (VARELLA, 2013). Os sintomas clássicos do transtorno de ansiedade são acordar cansado, dor de cabeça, transtornos de sono, dor muscular, déficit de memória, aborrecer facilmente com a lentidão alheia, ser impaciente a ponto de não parar para apreciar a paisagem, natureza (CURY, 2014). Segundo Roman & Savoia (2003), a taquicardia acontece para que haja maior irrigação sanguínea. Sua distribuição fica concentrada nos grandes músculos devido à uma suposta ação, restando pouco sangue nas extremidades, assim as mãos e os pés ficam gelados. Consequentemente, a respiração se torna mais curta e ofegante, o que resulta em falta de ar, engasgo, sufoco e dor no peito. E devido ao pouco sangue na cabeça, causa tonturas, visão borrada, confusão. 1.3 Depressão 1.3.1 Conceitos Depressão é uma doença psiquiátrica, crônica e recorrente, que produz uma alteração do humor caracterizada por uma tristeza profunda, sem fim, associada a sentimentos de dor, amargura, desencanto, desesperança, baixa autoestima e culpa, assim como distúrbios do sono e do apetite (VARELLA, 2013). Segundo Cheik et al.(2003) é correto afirmar que a depressão ou depressão nervosa como um estado patológico com um humor triste e doloroso associado à redução da atividade psicológica e física. O individuo constatado com depressão se sente impotente e a doença vem quase sempre acompanhada de outros sintomas, como ansiedade ou a insônia. A depressão em sua maneira geral pode afetar todos os sexos e qualquer faixa de idade, mas, segundo Varella (2013) mulheres parecem ser mais vulneráveis aos estados depressivos em virtude da oscilação hormonal a que estão expostas principalmente no período fértil. O indivíduo constatado com depressão é uma pessoa que se confina em casa dia e noite não se expõe ao sol, não respira ar fresco e não se exercita, e assim tem maiores chances de não curar essa doença, pois se sabe que o exercício físico 24 produz uma liberação natural de endorfinas na circulação e no cérebro, a qual ativa o sistema nervoso central neutralizando a depressão de uma maneira acentuada (ROCHA, 2003). A depressão em si é diferente de qualquer tipo de tristeza normal ou uma simples desmotivação, na medida em que atrapalha o dia-a-dia, interferindo na capacidade de realizar qualquer tipo de atividade, trabalhar, estudar, comer, dormir e até momentos de lazer. A sensação de tristeza faz com que os sentimentos de desamparo, desesperança, inutilidade são intensos e implacáveis, com pouco ou nenhum alívio (LUCAS, 2013). 1.3.2 Causas, sintomas e consequências O diagnóstico de depressão requer a presença de cinco ou mais dos seguintes, sintomas que incluam obrigatoriamente espírito deprimido ou anedônia, durante pelo menos duas semanas, provocando distúrbios e prejuízos na área social, familiar, ocupacional e outros campos da atividade diária (VARELLA, 2013). Conforme relata Del Porto (2000) a depressão também pode se apresentar de múltiplas formas, com queixas psíquicas, como: Humor depressivo, anedonia, ideias de autodesvalorização e culpa, ideias de morte e suicídio, fadiga, sensação de perda de energia, diminuição da concentração, memória e capacidade de decidir, além de queixas somáticas, como: aumento ou diminuição de sono, apetite e peso, diminuição da libido e dores sem substrato orgânico. Também é possível ocorrer algumas alterações no comportamento dos diagnosticados com a doença. Entre elas estão: crises de choro, abandono de atividades do cotidiano e da higiene pessoal, comportamento suicida, retardo na fala e outras ações do cotidiano e o retraimento social (DEL PORTO, 2000). As técnicas do tratamento antidepressivo devem ser realizadas considerando todos os fatores de uma pessoa, entre eles, fatores biológicos, psicológicos e sociais do paciente. Em geral, não há uma diferença significativa em termos de eficácia entre os diferentes antidepressivos, mas os perfis de efeitos colaterais, preço, riscos de suicídio, tolerabilidade varia bastante o que implica em diferenças na efetividade das drogas para cada paciente (SOUZA, 1999). Em pacientes com idade mais avançada que são portadores de depressão, inicialmente o tratamento deve ser baseado na necessidade de identificação de 25 fatores que estariam proporcionando o surgimento desse processo depressivo, ou até, agravando uma depressão já existente. Assim, é certo pesquisar se o paciente possui alguma doença clínica que esteja relacionada com a depressão e observar se o uso de algum medicamento (anti-inflamatório, anti-hipertensivo, remédio para insônia, etc.), não estaria levando ao surgimento de sintomas depressivos. Em seguida, o procedimento indicado é investigar aspectos de natureza psicológica, como lutos, isolamento social, abandono e outros fatores que tendem a desencadear sintomas depressivos (STELLA, 2002). Segundo Rocha (2003) o tratamento de depressão em qualquer faixa etária, é baseado fundamentalmente na utilização de drogas, antidepressivos propriamente ditos e estimulantes do sistema nervoso, além da prática de atividades físicas tais como caminhadas e alongamentos, de preferência ao ar livre. 1.4 Os Benéficos do Exercício Físico em Pessoas com Ansiedade, Depressão e Síndrome do Pânico. A prática de exercício físico é uma das melhores maneiras de prevenir transtornos emocionais, tais como, ansiedade, depressão e síndrome do pânico e, amenizar seus sintomas (LUWISCH, 2007). O exercício físico é muito importante ao combate de stress e ansiedade quando praticado de forma moderada e regular, pois libera no cérebro endorfinas, substâncias que proporcionam bem estar e prazer ao praticante, assim, criando uma boa dependência ao exercício e reduzindo os sintomas (LUWISCH, 2007). Cruz (2013) relata que os exercícios físicos são benéficos para a redução dos sintomas de transtornos emocionais, se praticado regularmente e com acompanhamento profissional. Pois, acredita-se que durante a prática aumentam os níveis de endorfinas (hormônio do prazer), porém depende da intensidade e qualidade do exercício realizado. Segundo Luwisch (2007), com a prática regular da atividade física, a liberação desse hormônio mais a autoestima adquirida também da atividade física, provoca um estado de tranquilidade e paz ao praticante, lhe trazendo benefícios e amenizando todos os sintomas de ansiedade, depressão e síndrome do pânico. Pesquisas epidemiológicas constata que pessoas moderadamente ativas tendem ser menos atingidas por transtornos emocionais do que as sedentárias, 26 relatando que exercícios físicos atuam tanto na área física quanto na psicológica e que pessoas fisicamente ativas possuem um processo cognitivo mais rápido (ANTUNES, 2006). Ainda Antunes (2006), atividade física é um mal necessário para a população, pois devido a tanta modernidade que vem sendo desenvolvida, tem como consequência elevados níveis de estresse e ansiedade, assim comprometendo a saúde das pessoas em geral. Além de sensação de prazer, melhora no humor e bem estar, a endorfina pode ter relação com o estado de tensão corporal, sendo de suma importância ao combate de patologias relacionadas ao estado emocional, como estresse, ansiedade e depressão. Endorfina é responsável por diversas alterações psicológicas que vão desde o efeito analgésico até a sensação de bem estar provocada pela pratica da atividade física (CRUZ, 2013). Segundo Dráuzio Varella (2013) a atividade física, regular e bem elaborada contribui muito para a diminuição dos sintomas de indivíduos deprimidos, além de oferecer oportunidade de envolvimento social, elevação da autoestima e implementação das funções cognitivas, diminuindo o quadro depressivo e também auxiliando na diminuição de recaídas. Além disso, a prática de atividade física melhora a qualidade de vida das pessoas de maneira geral, ou seja, no aspecto físico, social, espiritual e psicológico, mostrando-se que é fundamental para a redução de sintomas relacionados a transtornos emocionais. O interesse da psiquiatria em relação aos exercícios físicos é estudar sua interferência no aspecto emocional. Por meados de 1970 surgiram os primeiros estudos científicos sobre a relação de exercícios e ansiedade. A partir daí, foi dado início a outras pesquisas em relação a temas psiquiátricos (VARELLA, 2013). Pesquisas realizadas tem evidenciado cada vez mais a importância da atividade física e do exercício físico à saúde emocional. Levantamentos realizados nos EUA e na Inglaterra demonstram que a prática de exercício físico regular apresenta valor terapêutico na redução de sentimentos de ansiedade e depressão (WEINBERG, GOULD, 2001). O tratamento com medicamentos antidepressivo apresenta resultados positivos, porém muitas pessoas não se aderem aos fármacos devido aos efeitos colaterais e também ao alto custo dos medicamentos. Portanto, aumenta-se a procura de novos meios para combater seus sintomas, considerando a exercício 27 físico como um fator benéfico para a saúde emocional do praticante (SILVEIRA, 2001). O exercício físico é um importante aliado do tratamento antidepressivo devido ao seu baixo custo e também por atuar de forma preventiva contra ansiedade e depressão. Os estudos apontam que pessoas fisicamente ativas, praticantes de exercícios de forma regular e sadia, apresenta uma redução significativa de sintomas ansiolíticos e antidepressivos (SHARKEY, 1998). Psiquiatras relatam que a atividade física auxilia de moderadamente a totalmente ao tratamento da depressão. De acordo com diversos grupos estudados, conclui-se que as principais variáveis que tem efeitos significativos com a prática de exercício físico regular são: a melhoria da estabilidade emocional, a imagem corporal positiva, o aumento do autocontrole psicológico, a melhora do humor, a interação, a diminuição da insônia e da tensão (ANDRADE, 2001). O exercício físico tem sido de grande importância para as pessoas que fazem o tratamento da depressão, pois a atividade física proporciona benefícios físicos e psicológicos como a redução de tensão, insônia, um bem estar emocional, cognitivos e sociais a qualquer indivíduo praticante (OLIVEIRA, 2004). Segundo Barbosa (2008), qualidade de vida tem sido um dos principais objetivos das pessoas que procuram atividade física, isso se dá pela propagação que a mídia faz em relação aos estudos que comprovam ou sugerem diversos benefícios para a saúde alcançados por meio de atividades corporais, tanto fisicamente quanto psicologicamente, como o aumento da autoestima e redução da ansiedade. Além disso, o aspecto social também tem relação com a qualidade de vida, visto que a população vive em comunidade e necessita fazer parte de algo, participando ativamente de um grupo, sendo atividade física uma grande oportunidade para isso. Bernik (2014) relata que exercício físico além de melhorar o condicionamento cardiovascular, provoca algumas sensações semelhantes às da síndrome do pânico, pois é impossível fazer um exercício vigoroso e não sentir taquicardia, sudorese, entre outros. Portanto não se deve diagnosticar como transtorno de pânico se os sintomas surgirem logo após atividade física extenuante. Porém experimentar essas sensações de pânico num ambiente agradável, ajuda no processo de dessensibilização. Por isso se não houver contra indicações, exercícios físicos 28 vigorosos representam uma forma de terapia de exposição às sensações internas que o pânico causa. A atividade física e seus benefícios vêm sendo estudada constantemente em relação aos transtornos psiquiátricos porem alguns fatores como a duração, intensidade o tipo de atividade ou a combinação de todos esses fatores sobre os aspectos psicológicos necessitam de estudos mais rigoros, para que possam chegar a uma conclusão mais concreta sobre o assunto (CURY, 2013). 1.4.1 Benefícios da Musculação em Pessoas com Ansiedade, Depressão e Síndrome do Pânico Se tornam cada vez mais banalizado o uso de drogas psiquiátricas contra a depressão, ansiedade, stress e outros sintomas mentais, como o pânico (MAZARACKI, 2012). As pessoas não apresentam depressão ou ansiedade porque o corpo tem deficiência de Valium ou Prozac, ou outros medicamentos do mesmo tipo. Estas drogas não são utilizadas pelo nosso corpo nos importantes processos metabólicos, ao contrário dos efeitos da prática da musculação que estimula o sistema nervoso por diversos mecanismos, além de agir na musculatura contraída (MAZARACKI, 2012). A prática da musculação faz com que o individuo libere a Serotonina, substância necessária no organismo para desempenharmos as funções do dia a dia, ela faz parte dos neurotransmissores do encéfalo, ou seja, ela faz a transmissão de dados entre neurônios. A comunicação entre os neurônios é importantíssima, pois é assim que podemos analisar o meio, além de conseguir dar as respostas imprescindíveis ao ambiente, como atos de sobrevivência, fuga, entre outras coisas (DUDA et al.,1995). As funções desse neurotransmissor estão além da comunicação entre os neurônios. Ritmo cardíaco, sono, apetite e regulação de certos hormônios fazem parte das funções dessa substância. Claro, não podemos deixar de falar do humor quando abordamos essa substância, afinal é normal lembrar-se de humor quando abordamos este neurotransmissor. Pois ele é fortemente influenciado pela concentração da mesma em nosso corpo. Vários problemas ocorrem pela falta ou ausência desta, causando assim cansaço, tristeza, ansiedade, depressão, 29 enxaqueca, e até algumas doenças mentais mais problemáticas, como a esquizofrenia (DUDA et al.,1995) Os benefícios da musculação vão além do que imaginamos e vale ressaltar que em longo prazo a musculação, principalmente se feita diariamente, passa a dominar o paciente, de forma que, isso passa a ser um novo vício, ou seja, uma troca de um negativo por um positivo. Isso se deve a liberação pelo sistema nervoso central de endorfinas, que causam uma sensação de bem estar, permanecendo por várias horas depois de encerrado o exercício. Com relação à queda hormonal que ocorre com o envelhecimento, uma das principais causas desses transtornos, em pessoas sadias o mais evidente ocorre no sistema nervoso central com neurotransmissores responsáveis pelo estado de humor que o exercício estimula (COOPER, 2009). 1.4.2 A musculação como parte do tratamento de problemas emocionais Já é comprovado que a musculação influencia tanto aspectos positivos relacionados à mente de um indivíduo, quanto aspectos físicos também, que obviamente também estão inseridos com os aspectos neurológicos (SEDON, 2013). A pratica da musculação é capazes de estimular não só receptores diversos hormonais, mas também a produção de hormônios, os quais estão direta ou indiretamente associados com os níveis de humor. Entre eles, pode-se citar a dopamina, a adrenalina, a noradrenalina, a serotonina e a própria insulina, que de maneira indireta auxilia nos níveis elevados de energia ao corpo (SEDON, 2013). Além disso, a musculação está associada com níveis elevados de testosterona, hormônio esse que se estiver em baixa quantidade no organismo, também poderá facilitar para que os indivíduos venham a ter problemas emocionais (SEDON, 2013). A prática musculação é de extrema importância e muito utilizada para a melhora das condições físicas, que estão diretamente ligadas ao de bem-estar e de autoestima, com a melhor visão que um indivíduo tem de suas qualidades físicas, entre outros. Além disso, estimulando a parte hormonal e fazendo-a funcionar de maneira adequada, a musculação influencia na forma com que um indivíduo lida com seu dia-a-dia, tornando-o mais prazeroso. Não é a toa que muitos indivíduos relatam sentirem-se melhores quando praticam atividades físicas antes de iniciar sua 30 rotina diária. Outros ainda relatam esses mesmos benefícios, liberando o estresse com a prática dessas após a sua rotina diária. Individualmente, não importa o horário, mas os benefícios estarão ali, presentes (SEDON, 2013). A prática da musculação também contribui com os efeitos fisiológicos do sono indispensáveis para que as funções metabólicas funcionem adequadamente. Um indivíduo que não dorme bem ou dorme pouco pode apresentar problemas de produção hormonal (GH, testosterona em especial), problemas na produção de hormônios relacionados com o humor, como a serotonina e outros. E esse é um dos grandes problemas sofridos por quem tem problemas emocionais, o péssimo sono (SEDON, 2013). A musculação, não somente estressa o corpo fisicamente, mas mentalmente também, faz com que o corpo tenda a querer mais momentos de descanso. É como se nos “cansássemos” para então ter uma boa noite de sono (SEDON, 2013). Na pratica exaustiva da musculação é liberado ácido láctico, e cortizol, os portadores do TP pode também usufruir desses benefícios, porém deverá tomar certos cuidados quanto à liberação do acido láctico. Quando ele é liberado, o sangue altera o seu PH tornando-se mais ácido (normal é 7.4). Esse aumento da acidez aciona as amígdalas cerebrais ocasionando uma crise do TP ou sintomas isolados (MINEIRO, 2001). Quando se realizar o treinamento de musculação deve ser moderado mantendo fora do limite de exaustão, dessa forma, o ácido láctico não será liberado em sua totalidade. O seu limite antes dessa liberação, crescerá na mesma proporção do treinamento. Sendo portador do TP, não use carboidratos simples (frutose, doces) após o treinamento, poderá ocasionar pico de insulina e aumentar ainda mais o seu metabolismo já acelerado. Faça uso de carboidratos complexos (MINEIRO, 2001). 31 2 O EXPERIMENTO Esta é uma pesquisa experimental de abordagem qualitativa a qual teve o objetivo de analisar e descrever a influência do treinamento de musculação para pessoas que sofrem de depressão, ansiedade e síndrome do pânico. É reconhecida a prática de exercício físico como fator benéfico e que tem demonstrado uma grande influência positiva sobre os transtornos emocionais. Sabe-se que a prática do exercício físico de maneira regular traz benefícios aos portadores destas enfermidades, já que durante esta prática além de ocorrer um bom convívio social, uma importante interação entre as pessoas e ser um momento de descontração e até mesmo lazer, há também um processo de liberação de endorfina e dopamina, sendo estes caracterizados como hormônios do prazer, levando aos seus praticantes sensações tranquilizantes, analgésicas e de bem estar, contribuindo para uma melhor qualidade de vida e resultando numa influência significativa tanto na prevenção quanto no tratamento da depressão, ansiedade e síndrome do pânico. A presente pesquisa teve como objetivo a aplicação do treinamento de musculação regular para pessoas que sofrem de depressão, ansiedade e síndrome do pânico e analisar sua influência e seus benefícios na prevenção e tratamento dessas síndromes. Estas podem ser consideradas grau leve, moderado ou grave e acompanhada de um tratamento psicológico e medicamentoso, portanto a pesquisa também visou analisar a influência do treinamento de musculação como um complemento benéfico para amenizar os sintomas fisiológicos, psicológicos e comportamentais decorrentes dessas síndromes. 2.1 Casuísticas e métodos Foi realizado um treinamento de musculação três vezes semanal para 10 pessoas do gênero feminino com idade entre 30 a 65 anos, durante o período de 90 dias, sendo ocorrido no mês de julho, agosto e setembro de 2014. O estudo de caso aconteceu na academia Saikoo localizada na cidade de Penápolis - SP. Foram aplicados dois questionários, escala de depressão de Beck, elaborados por Psicóloga, pré e pós-treinamento, sendo o primeiro questionário aplicado e respondido pelas participantes antes de iniciar o treinamento, tendo o 32 objetivo de analisar seus estados emocionais antes da prática. Já o segundo questionário foi aplicado e respondido no final do treinamento, com o objetivo de analisar o estado emocional das participantes no término da prática. Os questionários aplicados foram analisados por uma Psicóloga, a qual comparou os dados pessoais e o estado emocional de cada participante, antes e após o treinamento de musculação, e verificou qual a influência do treinamento de musculação para pessoas que sofrem de depressão, ansiedade e síndrome do pânico. 2.1.1 Técnicas Termo de consentimento (ANEXO A) Questionário escala de depressão de Beck (ANEXO B) 2.2 Treinamento de musculação Carga: 70% de 1RM; Intervalo: 1 minuto e 30 segundos; Tempo de treinamento: 55 minutos; Aferição da pressão arterial antes, durante e após o treinamento. Estrutura da sessão: 5 minutos de aferição inicial da pressão arterial e frequência cardíaca; 10 minutos de aquecimento articular; 30 minutos de treinamento muscular; 5 minutos de alongamento; 5 minutos de aferição final da pressão arterial e frequência cardíaca; Observação: Pausa para hidratação no final de cada ciclo de série para outro. Segunda – feira 4x15 agachamento livre 4x15 cadeira extensora 4x15 leg press 33 5x20 extensão de panturrilha. 4x reto abdominal na bola suíça Quarta – feira 3x15 puxada atrás 3x15 peck deck 3x15 elevação frontal de deltoide 2x15 banco convergente scott 2x15 tríceps na polia Sexta – Feira 4x15 cadeira flexora 4x15 stiff 4x15 cadeira abdutora 4x15 cadeira adutora 5x20 infra abdominal flexão e extensão na prancha 2.3 Resultados Para melhor visualização dos resultados, os mesmos serão apresentados em forma de tabela. Tabela 1: Avaliação do Grau de Depressão utilizando a Escala de Depressão de Beck para determinar o grau dos sujeitos (S) antes (pré) e após (pós) treinamento proposto, Depressão Grave (DG), Depressão Moderada (DM), Depressão Leve à Moderada (DLM), Sem Depressão ou Depressão Leve (SD/DL) e sem Depressão (SD). PRÉ PÓS S1 S2 S3 S4 S5 S6 S7 S8 S9 S10 DM DG SD/DL DG DM SD DM DM DG DM SD DLM SD/DL DM DLM SD/DL SD/DL SD Fonte: Elaborada pelos autores SD/DL SD/DL 34 Todos os sujeitos obtiveram melhora, exceto o sujeito 6 (S6), que manteve no mesmo grau. Tabela 2: Avaliação do Grau de Ansiedade utilizando a Escala de Ansiedade de Beck para determinar o grau dos sujeitos (S) antes (pré) e após (pós) treinamento proposto, Ansiedade Severa (AS), Ansiedade Moderada (AM) e Ansiedade Leve (AL). S1 S2 S3 S4 S5 S6 S7 S8 S9 S10 PRÉ AS AM AS AS AM AL AM AM AS AM PÓS AL AL AL AL AL AL AM AL AM AL Fonte: Elaborada pelos autores Todos os sujeitos obtiveram melhora, exceto o sujeito 6 (S6) e 7 (S7), que continuou no mesmo grau. Tabela 3: Avaliação do Grau de Pânico utilizando a Escala de Pânico de Beck para determinar o grau dos sujeitos (S) antes (pré) e após (pós) treinamento proposto, Alta Probabilidade de Desenvolver Crises de Pânico (APP), Média Probabilidade de Desenvolver Crises de Pânico (MPP) e Baixa Probabilidade de Desenvolver Crises de Pânico (BPP). S1 S2 S3 S4 S5 S6 S7 S8 S9 S10 PRÉ APP APP APP APP APP BPP APP APP APP APP PÓS BPP BPP APP BPP BPP BPP BPP BPP APP MPP Fonte: Elaborada pelos autores Os Sujeitos S1, S2, S4, S5, S7, S8, S10, obtiveram melhoras. Já os sujeitos S3, S6 e S9 permaneceram no mesmo quadro. 35 2.4 Depoimentos dos voluntários Gênero feminino, 40 anos. Para mim, particularmente, está sendo de extrema importância, só do fato de eu estar treinando já me sinto outra pessoa, minha mente fica mais leve, relaxa sabe?! É uma maneira de desestressar, saio de lá mais leve, mente e corpo 'mais leve'. Minha ansiedade diminuiu muito depois que comecei a treinar, me tornei outra pessoa, em tudo... Alguns dos sintomas não sinto mais, como atrofiamento nas mãos, depois que comecei a treinar não sinto mais, esse eu me livrei. Eu era muito estressado dentro de casa também e melhorei muito! A musculação está me fazendo muito bem, tanto para o corpo e principalmente mental. Gênero feminino, 45 anos. Quando eu não treinava, tinha muita dificuldade para dormir, me sentia indisposta o dia todo, me sentia triste por tanta preguiça e indisposição. Sem contar o estresse no dia a dia quando não se dorme bem, né? Depois que comecei a fazer musculação, minhas noites de sonos são outras. Foi minha principal mudança, já que era o meu pior problema. Meu ânimo, disposição mudaram completamente, pois passei a dormir bem. Diminuiu muito meu estresse. Fiquei uma pessoa mais feliz. Gênero feminino, 53 anos. No início que comecei a treinar eu sentia algumas sensações parecidas com a síndrome do pânico, como taquicardia, tremor, fadiga etc, aí ficava meio assustada. Mas pouco tempo eu notei que aquilo era normal do exercício, e que meu corpo reagia normalmente, que não era nenhuma situação que eu iria morrer. Foi muito bom passar por essas situações e não ter mais a sensação que vai morrer. E aí quando eu tinha início das crises eu comecei a me controlar, pois estava habituada àquelas sensações que eram as mesmas praticamente do treino, e eu ficava tranquila, onde passava e foi cada vez diminuindo a frequência e gravidade delas. Retornei a viver sem medo. 36 Gênero feminino, 43 anos. A musculação para mim era o momento de extravazar, suar, colocar tudo de ruim para fora, conversar, interagir com as pessoas, rir. Melhorou muito meu estado de humor. 2.5 Discussão Sabe se que a musculação pode ajudar tanto aspectos positivos relacionados à mente de uma pessoa quanto aspectos físicos. Segundo Sedon (2013), é cabível falar do próprio efeito físico o qual a musculação e a atividade física estão associadas. Elas são capazes de estimular não só receptores diversos hormonais, mas também a produção de hormônios, os quais estão direta ou indiretamente associados com os níveis de humor. Entre eles, pode-se citar a dopamina, a adrenalina, a noradrenalina, a serotonina e a própria insulina, que de maneira indireta auxilia nos níveis elevados de energia ao corpo. Além disso, a própria atividade física está associada com níveis elevados de testosterona, hormônio esse que se estiver em baixa quantidade no organismo, também poderá facilitar para que os indivíduos venham a ter problemas emocionais. Portanto, sendo apenas parte dos benefícios que a musculação pode proporcionar, os efeitos físicos tornam-se relativamente importantes para auxiliar os efeitos psicológicos e emocionais também (BARBOSA, 2008). O treinamento de musculação é de extrema importância e vastamente utilizada para a melhora das condições físicas, que estão diretamente ligadas com as sensações de bem-estar e de autoestima, com a melhor visão que um indivíduo tem de suas qualidades físicas, entre outros. Além disso, estimulando a parte hormonal e fazendo-a funcionar de maneira adequada, a musculação influencia na forma com que um indivíduo lida com seu dia-a-dia, tornando-o mais prazeroso (SEDON, 2013). Já é constatado que a atividade física faz bem de uma forma geral, porém a musculação foi escolhida pelo seu nível de intensidade não provocar uma elevação na frequência cardíaca tanto quanto na atividade aeróbia, o que poderia acarretar em algum sintoma rebote. Vale ressaltar que a concentração no momento da execução deste tipo de treinamento é muito importante, fazendo com que o indivíduo 37 esteja totalmente centrado e com isto, diminuindo o estresse e preocupação à fatores externos. Não é por acaso que muitas pessoas que possuem ansiedade, depressão ou síndrome do pânico relatam a quantidade de benefícios que a musculação ou atividade física em geral, proporcionam para eles antes de iniciar suas atividades de rotina diária. Outros ainda relatam esses mesmos benefícios, liberando o estresse com a prática dessas após a sua rotina diária. Individualmente, não importa o horário, mas os benefícios estarão ali, sempre presentes na atividade proposta. Através da frequência de exercícios físicos, em especial, treinamento de musculação moderada, há uma grande melhora no contexto diário dos portadores devido à atividade física estimular a liberação de hormônios considerados hormônios do prazer, como endorfina e serotonina, os quais contribuem para amenizar os sintomas destes transtornos emocionais. Com a prática regular da musculação moderada, obtivemos benefícios significativos, reduzindo as probabilidades dos indivíduos portadores de ansiedade, depressão e síndrome do pânico terem crises demasiadas, sendo estes, transpassando seus sintomas considerados grau severo à grau moderado e leve. Além disso, mesmo não sendo o objetivo principal desta presente pesquisa, foi observado melhora no condicionamento físico, tônus muscular e interação social, resultando numa elevação da autoestima destas pessoas e também contribuindo como um fator positivo, já que a baixa autoestima é uma das causas que acarretam o surgimento destes transtornos emocionais. 2.6 Conclusão Os sujeitos da pesquisa que foram submetidos ao treinamento de musculação moderada responderam bem a proposta, obtiveram resultados satisfatórios, um dos fatores de predominância foi à intensidade escolhida neste treinamento, devido à liberação de alguns hormônios de suma importância para estes sujeitos, já que as patologias estudadas são consideradas físicas e não psicológicas. Ao decorrer do treinamento foram alcançados, além do objetivo central, melhoria do condicionamento físico, hipertrofia muscular e interação social. Os resultados foram bastante satisfatórios, onde reduziram de maneira significativa as probabilidades dos sujeitos sofrerem crises de ansiedade, pânico e 38 depressão. Porém em se tratando de portadores medicamentosos desses transtornos, o tempo de realização foi curto, portanto uma proposta é adequar esse treinamento na mesma intensidade, mas durante um longo prazo e diversificando os exercícios propostos. 39 REFERÊCIAS AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION. Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders. 4th edition [DSM IV]. Washington (DC): APA; 1994. ANDRADE, A. O estilo de vida e a incidência e controle do stress: um estudo da percepção de bancários.2001. Dissertação (Mestrado em Psicologia) - Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis, 2001. ANSIEDADE. Disponível em: <http://www.psiquiatriageral.com.br/ dsm4/sub_index.htm>. Acesso em: 18 de maio de 2014. ANSIEDADE: causas e consequências. 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Graduação em Medicina, UNIRIO Membro da Associação Brasileira de Nutrologia, ABRAN Título de Especialista em Nutrologia – Associação Médica Brasileira – AMB Pós-Graduação em Terapia Ortomolecular, Nutrição Celular e Longevidade – Faculdade de Ciências da Saúde de São Paulo – FACIS-IBEHE. MINEIRO, F.Tenho a Síndrome do Pânico, mas ela não me tem.revista abril. Disponível em:< http://drauziovarella.com.br/entrevistas-2001>. Acesso em 3 mai de 2014. MODIGH K, WESTBERG P, ERIKSSON E. Superiority of clomipramine in the treatment of panic disorder: a placebo-controlled trial. J ClinPsychopharmacol1992;12:251-61. OLFSON M, et al. ArchFamMed. 2000;9(9):876-83. OLIVEIRA, H.F.R. Esporte e qualidade de vida. Disponível em: http://www.oliveiras.com.br/sos/mat_pos_eqv/eqv.pdf. Acesso em 2 de ago de 2014. 42 PEREIRA, C. de S. Causas. 2013. Disponível em: http://saude.terra.com.br /conheca-as-10-principais-causas-da-ansiedade.html. Acesso em: 26 de maio de 2014. POTOKAR JP, NUTT DJ. Int J ClinPract. 2000;54(2):110-4. Psiquiatria. vol.21. São Paulo. Maio. 1999. Disponível em:<www.scielo.com.br >.acesso em 20 de abril de 2014.revisão.Revista Brasileira Medicina Esporte. V.12. n.2 Niterói Mar./Abr.2006. ROCHA, T. R. Atividade física no combate à depressão. Formiga. FAFI, 2003. ROMAN, S., & SAVOIA, M. G. (2003).Automatics thoughts and anxiety in soccer team. 5(2), 13-22. Disponível em:<http://pepsic.bvsalu d.org/scielo.php ?script=sci_arttext&pid=S151636872003000200002&lng=pt&nrm=iso>. ISSN 15163687. Acesso em: 25 maio de 2014. SHARKEY, B. J. Condicionamento físico e saúde. 4 ed. Porto Alegre: Art med, 1998. SILVEIRA, LD. Níveis de depressão, hábitos e aderência à programas de atividades físicas de pessoa com transtorno depressivo. 2001.Dissertação (Mestrado em Educação Física) - Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis, Santa Catarina, 2001. SOUZA. Tratamento da depressão.Revista Brasileira SENDON, M. 2013. STELLA, et al. 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Pesquisador responsável: Cargo/função: Inscr.Cons.Regional: Unidade ou Departamento do Solicitante: 3. Avaliação do risco da pesquisa: (probabilidade de que o indivíduo sofra algum dano como conseqüência imediata ou tardia do estudo). SEM RISCO RISCO MÍNIMO RISCO MÉDIO RISCO MAIOR 4. Justificativa e os objetivos da pesquisa (explicitar): 5. Procedimentos que serão utilizados e propósitos, incluindo a identificação dos procedimentos que são experimentais: (explicitar) 6. Desconfortos e riscos esperados: (explicitar) 7. Benefícios que poderão ser obtidos: (explicitar) 45 8. Procedimentos alternativos que possam ser vantajosos para o indivíduo: (explicitar) 9. Duração da pesquisa: 10. Aprovação do Protocolo de pesquisa pelo Comitê de Ética para análise de projetos de pesquisa em / / Iv – Consentimento Pós-Esclarecido Declaro que, após ter sido convenientemente esclarecido (a) pelo pesquisador responsável e assistentes, conforme registro nos itens 1 a 6 do inciso III, consinto em participar, na qualidade de paciente, do Projeto de Pesquisa referido no inciso II. ________________________________ Assinatura ____________________________________ Testemunha Nome .....: Endereço.: Telefone .: R.G. .......: ____________________________________ Testemunha Nome .....: Endereço.: Telefone .: R.G. .......: Local, / / . 46 AVALIANDO O GRAU DE DEPRESSÃO: ESCALA DE DEPRESSÃO DE BECK (ANEXO B) A escala ou inventário de depressão de Beck é um dos instrumentos mais utilizados para medir a severidade dos episódios depressivos. A recente versão é desenhada para pessoas acima de 13 anos de idade, e é composta de diversos ítens relacionados aos sintomas depressivos, como desesperança, irritabilidade e sentimentos de culpa ou de estar sendo punido, assim como sintomas físicos, como fadiga, perda de peso e diminuição da libido. Este questionário avalia apenas o grau de depressão, e deve sempre ser avaliado por um especialista. Escolha apenas UMA alternativa que representa como você mais se sentiu nas duas últimas semanas, incluindo hoje: A - TRISTEZA 0 Não me sinto triste. 1 Sinto-me melancólico(a) ou triste. 2a Estou triste e melancólico(a) o tempo todo e não consigo sair disso. 2b Estou tão triste e infeliz que isso é extremamente doloroso. 3 Estou tão triste e infeliz que não consigo suportar. B - PESSIMISMO 0 Não estou particularmente triste ou desencorajado(a) em relação ao futuro. 1 Sinto-me desencorajado(a) em relação ao futuro. 2a Sinto que não tenho nada para alcançar. 2b Sinto que nunca superarei meus problemas. 3 Sinto que o futuro é sem esperança e que as coisas não podem melhorar. C - SENSO DE FRACASSO 0 Não me sinto um fracassado(a). 1 Sinto que tenho fracassado(a) mais que uma pessoa comum. 2a Sinto que tenho realizado muito pouca coisa que valha. 2b Quando olho para trás, na minha vida, tudo o que posso ver é um monte de fracassos. 3 Sinto que sou um completo fracasso como pessoa (pai, marido, mulher...). D- INSATISFAÇÃO 0 Não estou particularmente insatisfeito(a). 1a Sinto-me entediado(a) a maior parte do tempo. 1b Não tenho gosto pelas coisas como costumava ter. 2 Não consigo ter satisfação por nada atualmente. 3 Estou insatisfeito(a) com tudo. E- CULPA 0 Não me sinto particularmente culpado(a). 1 Sinto-me mal ou indigno(a) uma boa parte do tempo. 2a Sinto-me bastante culpado (a). 2b Sinto-me mal ou indigno (a), praticamente o tempo todo, agora. 3 Sinto-me como se estivesse bem ruim e sem valor. F - EXPECTATIVA DE PUNIÇÃO 0 Não sinto que esteja sendo punido(a). 1 Tenho um pressentimento de que alguma coisa ruim possa acontecer comigo. 2 Sinto que estou sendo punido(a) ou que irei ser punido. 3a Sinto que mereço ser punido(a). 47 3b Quero ser punido(a). G- AUTODESGOSTO 0 Não me sinto desapontado(a) comigo mesmo. 1a Estou desapontado(a) comigo mesmo. 1b Não gosto de mim. 2 Estou aborrecido(a) comigo mesmo. 3 Eu me odeio. H - AUTO-ACUSAÇÕES 0 Não sinto que eu seja algo pior do que qualquer outra pessoa. 1 Critico-me por minhas fraquezas ou erros. 2 Acuso a mim mesmo(a) por minhas falhas. 3 Acuso a mim mesmo(a) por tudo de ruim que acontece. I- IDÉIAS SUICÍDAS 0 Não tenho quaisquer pensamentos sobre prejudicar a mim mesmo(a). 1 Tenho pensamentos sobre prejudicar a mim mesmo(a), mas eu não os colocaria em prática. 2a Sinto que estaria em melhor situação morto(a). 2b Sinto que minha família estaria em melhor situação se eu estivesse morto(a). 3 Eu me mataria se pudesse. J- CHORO 0 Não choro mais do que o comum. 1 Choro mais do que costumava. 2 Choro o tempo todo, agora; eu não consigo parar com isso. 3 Eu costumava ser capaz de chorar, mas agora não consigo chorar de maneira alguma, muito embora eu queira. K- IRRITABILIDADE 0 Eu não estou mais irritado(a) agora do que costumo estar. 1 Fico aborrecido(a) ou irritado(a) mais facilmente do que costumava ficar. 2 Sinto-me irritado(a) o tempo todo. 3 Eu não fico irritado(a) de maneira alguma com as coisas que costumavam irritar-me. L- INTERAÇÃO SOCIAL 0 Eu não perdi o interesse por outras pessoas. 1 Estou menos interessado(a) nas pessoas, agora, do que costumava estar. 2 Perdi a maior parte do meu interesse por outras pessoas e tenho pouco sentimento por elas. 3 Perdi todo o meu interesse por outras pessoas e não me importo com elas de maneira alguma. M- INDECISÃO 0 Tomo decisões tão bem quanto sempre tomei. 1 Tento adiar as tomadas de decisão. 2 Tenho grande dificuldade em tomar decisões. 3 Não consigo tomar quaisquer decisões atualmente. N- MUDANÇA DA IMAGEM CORPORAL 0 Eu não sinto que pareça algo pior do que costumava ser. 1 Eu estou preocupado(a) que esteja parecendo velho(a) ou sem atrativos. 48 2 Sinto que há mudanças permanentes em minha aparência e elas me fazem parece sem atrativos. 3 Sinto que estou com uma aparência feia ou repulsiva. O- RETARDO PARA O TRABALHO 0 Posso trabalhar tanto quanto antes. 1a É necessário um esforço extra para conseguir começar a fazer alguma coisa. 1b Não trabalho tão bem quanto costumava. 2 Tenho de me esforçar demasiadamente para fazer qualquer coisa. 3 Não consigo fazer nenhum trabalho de maneira alguma. P- INSÔNIA 0 Posso dormir tão satisfatoriamente quanto o de costume. 1 Acordo mais cansado(a) de manhã do que costumava. 2 Acordo uma ou duas horas mais cedo do que é comum e encontro dificuldade para voltar a dormir. 3 Acordo cedo todo dia e não posso conciliar mais do que cinco horas de sono. Q- SUSCETIBILIDADE À FADIGA 0 Não fico mais cansado(a) do que o comum. 1 Fico cansado(a) mais facilmente do que costumava. 2 Fico cansado(a) ao fazer qualquer coisa. 3 Fico cansado(a) demais para fazer alguma coisa. R- ANOREXIA (perda de apetite) 0 Meu apetite não está pior do que o comum. 1 Meu apetite não está tão bom quanto costumava estar. 2 Meu apetite está bem pior agora. 3 Não tenho apetite de maneira alguma. S- PERDA DE PESO 0 Não tenho perdido muito peso, se é que perdi algum, ultimamente. 1 Perdi mais do que 2 quilos. 2 Perdi mais do que 4 quilos e meio. 3 Perdi mais do que 7 quilos. T- PREOCUPAÇÃO SOMÁTICA (preocupação com o organismo; em adoecer) 0 Não me preocupo com minha saúde mais que o comum. 1 Estou preocupado(a) com dores ou sofrimentos, desarranjo estomacal ou prisão de ventre. 2 Estou tão preocupado(a) em como eu me sinto ou com o que sinto, que é difícil pensar em muitas outras coisas. 3 Estou completamente absorto(a) com relação ao que sinto. U- PERDA DO INTERESSE SEXUAL 0 Não tenho notado mudança alguma recente no meu interesse por sexo. 1 Estou menos interessado por sexo que costumava estar. 2 Estou muito menos interessado por sexo, agora. 3 Perdi completamente o interesse por sexo. PONTUAÇÃO: Some a quantidade de pontos referente à sua resposta (exemplo, 2a = 2 pontos) Abaixo de 10 = Sem depressão ou depressão leve; Entre 10 e 18 = Depressão leve a moderada; 49 Entre 19 e 29 = Depressão moderada a grave; Entre 30 e 63 = Depressão grave. Escala de Ansiedade de Beck A Escala de Ansiedade de Beck é utilizada para medir a gravidade do nível de ansiedade do paciente. A escala consta de uma série de 21 questões de múltipla escolha, perguntas de auto-avaliação sobre a percepção de ansiedade por parte do paciente ao longo da semana anterior. As perguntas avaliam diferentes sintomas de ansiedade tais como sudorese, taquicardia, irritabilidade e falta de ar. Cada pergunta possui quatro alternativas de resposta: Não, Levemente, Moderadamente ou Severamente. O paciente seleciona uma alternativa para cada pergunta. A confiabilidade da Escala de Ansiedade de Beck depende exclusivamente da honestidade do paciente ao responder cada questão. A pontuação na Escala de Ansiedade de Beck pode ser obtida através de cinco passos simples. Pontuação total para determinar o nível de ansiedade 0 – 7 pontos: indica um nível mínimo de ansiedade 8 – 15 pontos: indica uma leve ansiedade 16-25 pontos: indica ansiedade moderada 26-63 pontos: indica ansiedade severa Indivíduos com uma pontuação na faixa de ansiedade moderada normalmente apresentam efeitos colaterais físicos de ansiedade e podem precisar de ajuda profissional para avaliar sua condição de reduzir a ansiedade. Pacientes com ansiedade severa precisam geralmente de ajuda médica imediata para reduzir o stress, avaliar a suas condições e rapidamente encontrar soluções para reduzir o nível doentio de ansiedade. Abaixo está uma lista de sintomas comuns de ansiedade. Por favor, leia cuidadosamente cada item da lista. Identifique o quanto você tem sido incomodado por cada sintoma durante a última semana, incluindo hoje, colocando um “x” no espaço correspondente, na mesma linha de cada sintoma. Absolutamente não 1. Dormência ou formigamento 2. Sensação de calor 3. Tremores nas pernas 4. Incapaz de relaxar 5. Medo que aconteça o pior 6. Atordoado ou tonto Levemente Não me incomodou muito Moderadamente Gravemente Foi muito desagradável mas pude suportar Dificilmente pude suportar 50 7. Palpitação ou aceleração do coração 8. Sem equilíbrio 9. Aterrorizado 10. Nervoso 11. Sensação de sufocação 12. Tremores nas mãos 13. Trêmulo 14. Medo de perder o controle 15. Dificuldade de respirar 16. Medo de morrer 17. Assustado 18. Indigestão ou desconforto no abdômen 19. Sensação de desmaio 20. Rosto afogueado 21. Suor (não devido ao calor) PÂNICO Os sintomas físicos de uma crise de pânico aparecem subitamente, sem nenhuma causa aparente. É uma reação de luta ou fuga do organismo diante de um perigo imaginário. Uma crise de pânico dura caracteristicamente vários minutos e é uma das situações mais angustiantes que podem ocorrer a alguém. A maioria das pessoas que tem uma crise terá outras (se não tratar). Quando alguém tem crises repetidas ou sente muito ansioso, com medo de ter outra crise, diz-se que tem transtorno do pânico O transtorno do Pânico é caracterizado por crises súbitas, sem fatores desencadeantes aparentes e, frequentemente, incapacitantes. Depois de ter uma crise de pânico - por exemplo, enquanto dirige, fazendo compras em uma loja lotada ou dentro de um elevador - a pessoa pode desenvolver medos irracionais (chamados fobias) destas situações e começar a evitá-las. Gradativamente o nível de ansiedade e o medo de uma nova crise podem atingir proporções tais, que a pessoa com o transtorno do pânico pode se tornar incapaz de dirigir ou mesmo pôr o pé fora de casa. Neste estágio, diz-se que a pessoa tem transtorno do pânico com agorafobia. Desta forma, o distúrbio do pânico pode ter um impacto tão grande na vida cotidiana de uma pessoa como outras doenças mais graves ESCALA PARA AVALIAÇÃO DO PÂNICO A escala de auto-avaliação* a seguir, pode ser encontrada no livro Sem Medo de Ter Medo, de Tito Paes de Barros Neto. 51 Responda SIM ou NÃO em cada uma das seguintes afirmativas em A e B. A. Sintomas de pânico Meu coração dispara ou falha SIM / NÃO Fico com as mãos ou o corpo todo suado SIM / NÃO Tenho tremores ou estremecimentos SIM / NÃO Sinto falta de ar ou que estou sufocando SIM / NÃO Minha garganta fecha SIM / NÃO Sinto dor ou desconforto no peito SIM / NÃO Sinto náusea ou mal-estar na barriga SIM / NÃO Tenho a sensação de que vou cair ou desmaiar SIM / NÃO Sinto-me estranho, distante das coisas e de mim mesmo SIM / NÃO Tenho medo de perder o controle ou de ficar louco SIM / NÃO Tenho medo de morrer SIM / NÃO Minhas mãos ou outras partes do meu corpo ficam formigando SIM / NÃO Sinto ondas de frio ou de calor SIM / NÃO B. Caracterização dos ataques Os sintomas desenvolvem-se abruptamente SIM / NÃO Os sintomas atingem um máximo de intensidade em 10 minutos SIM / NÃO Os sintomas ocorrem de forma inesperada e se repetem SIM / NÃO Se você marcou SIM em 4 ou mais afirmativas do grupo A e SIM em todas as afirmativas do grupo B, e os sintomas não forem devidos a uma doença física ou ao efeito de uma droga, é provável que você esteja com pânico.