DESENVOLVIMENTO DE UM MODELO ESTATÍSTICO DOS FATORES DE INTERFERÊNCIA NA ADESÃO A TERAPIA ANTIRRETROVIRAL Vanessa Vendramini Fernandes - Iniciação Científica (PIBIC/Fundação Araucária) Prof. Dr. Roberto Pontarolo Introdução: O sucesso a TARV vai além do acesso ao medicamento, outras questões como a complexidade do regime terapêutico e a rotina do paciente são relevantes para que os benefícios ao tratamento sejam usufruidos com segurança (BRASIL, 2008). Assim sendo, esse trabalho buscou identificar os fatores preditores da não adesão à TARV, considerando como variáveis as características sociodemográficas, qualidade de vida, estigma, suporte social, ansiedade e depressão, através da revisão bibliográfica de artigos publicados. Métodos: Com a finalidade de identificar a relação das variaveis estudadas com a HAART, foi realizado uma revisão bibliográfica nas bases de dados: Pubmed, Scielo, Web Of Science, Scopus, Cochrane Library e Science Direct. Os artigos a foram selecionados até o período de maio de 2013, utilizando como descritores: a adesão a terapia antirretroviral associadas a fatores como qualidade de vida, estigma, sociodemográficos, suporte social, ansiedade e depressão. Referência: BRASIL, MINISTÉRIO DA SAÚDE, SECRETARIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDEPrograma Nacional de DST E AIDS A. Manual de adesão ao tratamento para pessoas vivendo com HIV e Aids. Ministério da Saúde, Brasília, 2008. Figura 1: Porcentagem de artigos que abordavam cada um dos fatores relacionados a não adesão. Resultados/Discussão: Da amostra selecionada 73 publicações puderam ser acessadas e lidas, na íntegra e fazem parte desta análise, sendo que 12,31% dos artigos se correlacionavam ao fator estigma, 33,75% aos fatores sociodemográficos, 1,21% a ansiedade, 23,17% a depressão, 26,83% ao suporte social, e 24,33% a qualidade de vida. Conclusão: Os resultados das pesquisas apontaram a necessidade de maior atenção das equipes de saúde para a presença de condições de vida ou de situações vivenciadas pelos pacientes que possam aumentar a vulnerabilidade para rupturas na adesão, através da escuta e do respeito as escolhas dos pacientes. Em função das questões de natureza psicossocial, a constituição de equipes interdisciplinares parece ser de fundamental importância.