FACULDADE DE MEDICINA/UFC-SOBRAL MÓDULO SISTEMA NERVOSO NEUROANATOMIA FUNCIONAL Disfunção Erétil Acd. Francisco Caubi w w w. s c n s .c o m.b r Relato do Caso • Paciente, S.R.M, sexo masculino, 32 anos, procedente de Sobral, vítima de trauma por projétil de arma de fogo na região lombar ao nível de L2, evoluiu com dores radiculares, paraplegia flácida, abolição dos reflexos, anestesia em sela para todas as sensibilidades, incontinência fecal e vesical e ausência de ereção e ejaculação. Relato do Caso • Exame Neurológico • Membro inferior direito – Paralisia do membro – Presença do sinal de Babinski – Sensibilidade térmica e dolorosa preservada • Membro inferior esquerdo – Perda da sensibilidade térmica (provas calóricas) e dolorosa (estímulos álgicos), com nível sensitivo em L1 – Força muscular preservada Terminologia e Conceitos • Paraplegia Flácida • Anestesia em Sela • Incontinência fecal e vesical e ausência de ereção e ejaculação. • Sinal de Babinski Definição “ Disfunção erétil é a incapacidade de obter e manter a ereção peniana suficiente para manter uma relação sexual satisfatória.” Epidemiologia • Atinge cerca de 10% da população masculina. • No Brasil, atinge cerca de 10 milhões de homens. • A probabilidade aumenta com a idade. Aos 40 anos 39% Aos 70 anos 67% Anatomia do Pênis – Componente Neural Anatomia do Pênis Anatomia do Pênis - Componente Vascular Neurofisiologia da Ereção • SNA Simpático mantém o estado de flacidez peniana. • Após estímulo, ocorre ativação parassimpática que permite a ereção promovendo o relaxamento de músculos lisos e dilatando as artérias do pênis. Neurofisiologia da Ereção • O SNA Parassimpático promove a ereção de forma indireta Inibição do Tônus Simpático Estimulação dos nervos não-adrenérgicos e não-colinérgicos • Mecanismo Não-Adrenérgico Não-Colinérgico Ereção pela liberação de Óxido Nítrico Neurofisiologia da Ereção Neurofisiologia da Ereção Estímulo Ativação do SNA Parassimpático Inibição do SNA Simpático Ativação do Mecanismo Não-Adrenérgico Não-Colinérgico Liberação de NO EREÇÃO Neurofisiologia da Ereção A • Ereção Reflexogênica Desencadeada por estímulos sensitivos. • Ereção Psicogênica Desencadeada por estímulos psicogênicos. Ereção Reflexogênica • Desencadeada por estímulos sensitivos • Estímulos são transmitidos até a medula (através do nervo pudendo) • Arco-Reflexo • Comandada pelo centro Medular Sacral (S2, S3, S4) Ereção Psicogênica • Desencadeada por estímulos psicogênicos partindo do Cérebro • Grande variedade de estímulos • Comandada pelo centro medular toracolombar níveis T11-L2 • Várias regiões do Cérebro estão envolvidas (Núcleo Talâmico, Rinencéfalo e Estruturas Límbicas) Cuidado com a relação das vértebras com as raízes nervosas. Relação das raízes nervosas com as vértebras Ausência da Ereção Reflexogênica • Desencadeada por lesão no Cone Medular ou na Cauda Eqüina • Ereção Psicogênica presente Ausência da Ereção Psicogênica • Desencadeada por lesão acima do Cone Medular e da Cauda Eqüina • Ereção Reflexogênica presente Ausência de Ambas as Ereções • Desencadeada por lesões extensas, atingindo desde o Cone Medular até o nível de T11 ou superior Relato do Caso • Paciente, S.R.M, sexo masculino, 32 anos, procedente de Sobral, sofreu um trauma por projétil de arma de fogo na região lombar ao nível de L2. Evoluiu com dores radiculares, paraplegia flácida,abolição dos reflexos, anestesia em sela para todas as sensibilidades, incontinência fecal e vesical e ausência de ereção e ejaculação. Achados Neurológicos Do mesmo lado da lesão: • Paralisia espástica abaixo do nível da lesão • Sinal da Babinski • Perda da propriocepção consciente (sens. cinético-postural) e do tato epicrítico abaixo do nível da lesão Achados Neurológicos Do lado oposto à lesão: • Perda da sensibilidade térmica e dolorosa (anestesia/hipoestesia térmico-dolorosa) a partir de 1-2 dermátonos abaixo do nível da lesão • Ligeira diminuição do tato protopático e de pressão Topografia Vertebromedular • Palpando-se as apófises espinhosas: – Processo espinhoso • C2 a T10 Adiciona-se 2 ao número do processo espinhoso para se obter o número do segmento medular. Ex: PE T2 = SM T4 • T11 a T12 = 5 segmentos medulares lombares • L1 = 5 segmentos medulares sacrais Aula disponível em www.scns.com.br www.gerardocristino.com.br