IV -3 - Análise matricial simplificado

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4 – ANÁLISE MATRICIAL
Método matricial - A análise estrutural das estruturas reticuladas, pelo método da
flexibilidade (ou das forças) ou pelo método da rigidez (ou dos deslocamentos) é uma das
aplicações da análise matricial. A resolução dos sistemas de equações, com várias
incógnitas ficou viável, através da álgebra matricial, surgindo métodos de análise estrutural
mais afetivos. A condição de treliça espacial passou a ser considerada na análise, e os
esforços puderam ser obtidos com maior precisão. Abandonou-se a prática do cálculo
manual. O advento do computador veio completar a ferramenta que faltava para permitir a
resolução do grande número de equações envolvidas. Nos métodos matriciais o número de
simplificações sobre o modelo real é mais reduzido, embora as cargas sejam ainda
consideradas atuando apenas nos nós. Em situações especiais de construção e montagem,
as cargas concentradas nas barras continuam sendo analisadas isoladamente.
Define-se matriz de ordem m x n, ao conjunto ordenado de elementos ajk , dispostos na
forma de m linhas e n colunas ,sendo (j = 1,2,3,,, m e k = 1,2,3,...n). Pode ser um quadro,
uma tabela de números ou funções de uma ou mais variáveis reais ou irreais, chamados de
operadores diferenciais, ordenadamente distribuídos. Uma matriz, geralmente, é
apresentada da seguinte forma:
[A]=
n =
m=
a11
a12...............................a1n
a21
a22...............................a2n
_ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ __ _ _ _
am1 am2..............................amn
colunas
linhas
[ A ] = [ ajk ]
(j = 1,2,3, ............. m e k = 1,2,3, ........ n)
As matrizes assumem diversas casas particulares (matriz retangular, matriz quadrada,
matriz coluna, matriz linha, matriz diagonal, matriz inversa, matriz nula, etc.), e podem ser
submetidas à inúmeras operações matemáticas (igualdade, inversão, adição, multiplicação
por escalar, transposição, produto, partição, etc.). A diagonal de uma matriz chamada de
largura da banda é muito importante para o tempo de resolução da mesma (quanto menor a
banda, mais rápido é a solução da matriz) e a sua configuração pode influir nas condições
de determinações de um sistema de equações lineares.
a11 . x1 + a12 . x2 + a13 . x3 + ....... + a1n . xn = b1
a21 . x1 + a2 . x2 + a23 . x3+ .......... + a2n . xn = b2
- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -- - - - - - - - - am1 . x1 + am2 . x2 + am3 . x3 + .... + amn . xn= bm
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Data: 13.09.2016
Elaboração: Roberval Luna da Silva
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Ou seja:
Matriz de coeficientes x matriz de incógnitas = matriz do termo independente
Que na forma de matriz associada seria:
a11
a21
a12
a22
a13 ..........a1n
a23 ......... a2n
x1
x2
x
am1
am2
am3 ......... amn
b1
b2
=
x3
bm
Tanto o processo da rigidez qunto o processo dos deslocamentos, produzem sucessivas
equações de natureza linear (semelhante à análise nodal de circuitos elétricos) que podem
ser processados matematicamente pela Álgebra Matricial, de preferência utilizando um
computador. As estruturas reticuladas produzem matrizes numéricas e as estruturas
analisadas por elementos finitos, utilizam matrizes de variáveis.
No módulo anterior, verificamos pela teoria de Hooke que uma barra j-k da treliça, produz as
seguintes equações, onde o termo E . A) / L é a rigidez da barra, sendo igual à força que
produz um deslocamento unitário:
Fj = [(E . A) / L] . Di = r . Di
Fk = [(E . A) / L] . Dk = r . Dk
Vamos agora escrever estas equações na forma matricial:
Fi
=
Fk
=
1
-1
-1
1
r
Di
x
Dk
Ou de uma forma simbólica:
[F]=[r]x[D]
[ F ] – matriz dos esforços
[ r ] – matriz dos coeficientes de rigidez
[ D ] – matriz dos deslocamentos
Página: 2
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Vamos considerar agora, o conjunto de equações lineares, e reescreve-lo na forma matricial:
A1 = r11.D1 + r12.D2 + r13.D3 + ....... + r1n.Dn
A2 = r21.D1 + r22.D2 + r23.D3+ ........ + r2n.Dn
- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -- - - - - - - - - Am = rm1.D1 + rm2.D2 + rm3.D3 + .... + rmn.Dn
A forma matricial para este conjunto de equações, com um número maior de ações A1, A2,
A3, ... An correspondendo a diversos deslocamentos D1, D2, D3, ... Dn, numa estrutura
linearmente elástica, pelo princípio da continuidade, seria:
A1
a2
A3
.....
Am
r11
r12
r13 .......... r1n
r21
r22
r13 ........... r2n
r31
r32
r33 ........... r3n
...........................................
rm1
rm2
rm3 ........... rmn
=
X
D1
D2
D3
.....
Dn
Simbolicamente, podemos escrever:
[A]=[r]x[D]
Vamos considerar um exemplo simples de aplicação dos métodos matriciais. Ou seja uma
viga em balanço, sujeita aos esforços indicados na figura.
V1
M1
H1
l
Temos:
E – Módulo de elasticidade do material
A – Área da seção da peça
I – Momento de inércia
V1 – carga vertical aplicada no ponto 1
H1 – carga horizontal aplicada no ponto 1
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M1 – Momento externo aplicado no ponto 1
D1 , D2 e D3 – os deslocamentos respectivos.
Matriz dos esforços:
F=
V1
H1
M1
F=S x D
Matriz dos deslocamentos:
D=
D1
D2
D3
S11 - corresponde ao esforço que daria um deslocamento unitário D1 = 1, sendo D2 e D3
nulos, e , assim, analogamente.
V1 = S11 . D1 + S12 . D2 + S13 . D3
H1 = S21 . D1 + S22 . D2 + S23 . D3
M1 = S31 . D1 + S32 . D2 + S33 . D2
A1 = S11 x 1 + 0 + 0
Aplicando a lei de Hooke , teremos;
A1 =[( E. A ) / l] x 1
Analogamente:
A2 = 0 + (12. E . I) / l3 – (6. E. I) / l2
A3 = 0 - (6. E . I) / l2 + (4. E. I) / l
S=
S11
S21
S31
S12
S22
S32
S13
S23
S33
=
(E.A) / l
0
0
0
(12.E.I) / l3
-(6.E.I) / l2
0
-(6.E.I) /l2
(4.E.I) / l
A prática da análise estrutural adota artifícios de cálculo em determinadas situações.Nos
modelos hiperestáticos para eliminar a hiperestaticidade, devemos substituir os vínculos
superabundantes por esforços externos (considerados como incógnitas do problema)
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visando obter a estrutura restrigida isostática fundamental de tal forma que a soma dos
efeitos produzidos seja nula:
[ AH ]+ [ AI ] + [ A’I ] = 0
[ AH ] = [ AI ] + [ A’I ]
O primeiro termo [ AH ] representa as ações na estrutura real correspondente aos
deslocamentos desconhecidos. A parcela [ AI ] representa uma estrutura isostática
equivalente submetida ao carregamento real, acrescida de reações fictícias que representam
os vínculos eliminados na estrutura real (ações determinadas na estrutura isostática
restrigida, incluindo o efeito das cargas, variações de temperatura, deformação inicial e
deslocamentos de apoio. A parcela [ A’I ] respeito as ações na estrutura restringida, após a
eliminação dos vínculos.
Para que a equação matricial seja válida, a segunda parcela A’I deve ser igual a A’I = S x D,
onde S representa a estrutura restrigida (após a eliminação dos vínculos da estrutura real),
submetido a um carregamento capaz de produzir deslocamentos unitários.
D – deslocamentos desconhecidos de nós;
S – ações na estrutura isostática restrigida devido a valores unitários dos
deslocamentos (coeficientes de rigidez) correspondentes aos deslocamentos
desconhecidos.
AH = AI + S x D
Partindo da equação matricial AH = AI + S x D , podemos conhecer os deslocamentos D,
uma vez que AH , AI e S são conhecidos ou podem ser obtidos à partir da estrutura
restrigida.
D = 1/S (AH – AI) = S-1 (AH – AI )
AH = matriz do tipo d x 1 de ações na estrutura original correspondente a d
deslocamentos desconhecidos de nó.
&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&
Página: 5
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ANEXO I - CARACTERISTICAS DAS MATRIZES
1 – Matriz linha 1 x n
A
=
a1
a2
..........an
m – linhas
n - colunas
2 – Matriz coluna m x 1
A
=
a1
a2
a3
........
am
3 – Matriz quadrada
A
=
m x n = n x m
a11 a12 ...................a1n
a21 a22.....................a2n
......................................
.........................................
an1 an2 ....................ann
a11, a22,........., ann – diagonal principal
4 – Matriz diagonal
A
=
a11
0.............. ............0
0
a22.............. ..........0
.................................... ..0
...........................................
0
0 ....................amn
a11, a22,........., amn – diferentes de zero
5 – Matriz unitária
A
=
1
0..........................0
0
1..........................0
...................................0
.......................................
0
0 ......................1
Página: 6
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a11, a22,........., amn – iguais a 1
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6 – Matriz escalar
A
=
a11
0.........................0
0
a11........................0
....................................0
.........................................
0
0 .....................a11
7 – Matriz triangular superior ou inferior.
A
=
a11
a12....................a1n
0
a22....................a2n
........................................
...........................................
0
0 .....................amn
8 – Matriz esparsa
A
=
0
a12........................0
0
0..........................a2n
......................................
...........................................
am1
0 ....................amn
grande número de elementos nulos
9 – Matriz simétrica
A
-A
=
=
a11 a12.....................a1n
a21 a22......................a2n
.......................................
...........................................
am1 am2 ..................amn
- a11 . - a12............-.a1n
- a21 . - a22............- a2n
.....................................
........................................
- am1 - am2 ...........-.amn
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10 – Matriz igual
A
B
=
a11 a12.....................a1n
a21 a22.....................a2n
...................................
.....................................
am1 am2 .................amn
=
a11 a12......................a1n
a21 a22..................... a2n
.......................................
...........................................
am1 am2 ..................amn
11 – Matriz transposta .
a11
a21
=
a12.....................a1n
a22......................a2n
...............................
.......................................
am1 am2 ..................amn
Anm =
a11 a12.....................a1m
a21 a22.................... a2m
....................................
...........................................
an1 an2 ...................anm
Amn
12 – Matriz regular.
A
=
a11 a12.....................a1n
a21 a22.....................a2n
...................................
.......................................
am1 am2 .................amn
Página: 8
No da Revisão: 00
mxn -
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m diferente de n
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R1
R2
R3
R4
FDL1
FDL2
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13 – Matriz nula
A
=
0
0.........................0
0
0 .......................0
.......................................
..........................................
0 ...................................0
= 0
14 – Sub matriz
A
=
a11
a12.....................a1n
a21 a22......................a2n
.......................................
...........................................
am1 am2 ..................amn
A1
a11
a12
a21
a22
=
15 – Matriz de banda ou banda da matriz.
A
=
a11 a12 .......................0
a21 a22 .........................0
...................d......................
..............................................
0
0
am-1n amn
Página: 9
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d – largura da banda
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ANEXO II – OPERAÇÕES COM MATRIZES
1 – Igualdade de matrizes.
Amn
=
Bmn
m – linhas
m – colunas
2 – Inversão de matrizes
Amn
=
-1x
Amn
= - Amn
3 – Adição de matrizes.
Smn
=
Amn
+
Bmn
4 – Subtração de matrizes
Dmn
=
Amn
-
Bmn
=
Dmn
=
Amn
+
- Bmn
5 – Multiplicação por um escalar.
Kx
Amn
=
K x Amn
6 – Multiplicação de matrizes
Mmn
=
∑ Amn
Página: 10
x
Bmn
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R1
R2
R3
R4
FDL1
FDL2
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7 – Partição de matrizes
A
=
a
a11
a21
a31
a12
a22
a32
a11
a12
a31
a32
a13
a23
a33
=
8 – Transposição de matrizes.
A
=
a11
a21
a31
a12
a22
a32
a11
a12
a13
a14
a21 a31
a22 a32
a23 a33
a24 a34
a13 a14
a23 a24
a33 a34
3x4
A’
=
4x3
9 – Rotação de matrizes.
RT - Matriz de rotação
AXYZ
=
RT
X
Axyz
DXYZ
=
RT
X
Dxyz
AXYZ
=
S
X
DXYZ
AXYZ
x
RT
=
S
AXYZ
=
S
X
RT X
Página: 11
X
DXYZ
RT-1
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x
X
RT
DXYZ
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