INDISCIPLINA EM SALA DE AULA: FATORES DETERMINANTES Vinícius Lopes Salvi1 - UNOPAR Irene Lopes Salvi2 - UNOPAR Okçana Battini3 - UNOPAR Grupo de Trabalho - Didática: Teorias, Metodologias e Práticas Agência Financiadora: não contou com financiamento Resumo A indisciplina em sala de aula apresenta-se como um grande problema no contexto escolar. Neste sentido este artigo apresenta uma investigação sobre os fatores que determinam a autoridade do professor em sala de aula e seus impactos na indisciplina no espaço escolar. Para isto, buscou-se num primeiro momento compreender a questão da autoridade e sua relação com a indisciplina no ambiente escolar utilizando para esta compreensão conceitos de vários autores, entre eles Novais (2004a), Aquino (2003), Galland (2010) e Morais (2001), que apresentam discutem a autoridade do professor e a indisciplina em sala de aula. A pesquisa foi realizada através um estudo de caso, que segundo Lakatos e Marconi (2002, p.83) tem como escopo buscar informações acerca de um problema, com a finalidade novas descobertas e ou se existem relação entre os eventos. A pesquisa foi realizada em uma instituição de ensino superior de Arapongas com 58 formandos do Curso de Administração. A abordagem centra-se em uma leitura quantitativa, utilizando como instrumento de coleta de dados um questionário semiestruturado. E concluiu-se após a coleta e análise dos dados, os fatores determinantes da indisciplina em sala de aula estão centrados no professor, apontandose estes podem reduzir a indisciplina em sala de aula a medida que utilizem aulas dinâmicas, se posicionem enquanto autoridade no ambiente de ensino aprendizagem e coíbam os indisciplinas com punição. Foi apontado também que a autoridade do professor é conquistada pelo domínio do conteúdo. Boa entonação de voz e principalmente por atitudes que controlem a indisciplina em sala de aula, como a punição dos alunos que não seguem as regras preestabelecidas no ambiente de aprendizagem. Palavras Chaves: Indisciplina. Fatores. Docente. Postura 1 Mestrando do Curso de Metodologias para o Ensino de Linguagens e suas Tecnologias – Universidade Norte do Paraná – UNOPAR. Bolsista do Programa de Mestrado da UNOPAR. E-mail: [email protected]. 2 Mestranda do Curso de Metodologias para o Ensino de Linguagens e suas Tecnologias – Universidade Norte do Paraná – UNOPAR. Professora no Curso de Administração da UNOPAR-Arapongas-Pr. Pesquisadora no Projeto Professor seu lugar é aqui _ PROFAQUI – UNOPAR. E-mail: [email protected] 3 Doutora em Educação pela Universidade Federal do Paraná. Professora do Programa de Mestrado em Metodologias para o Ensino de Linguagens e suas Tecnologias. Email: [email protected] ISSN 2176-1396 25480 Introdução A indisciplina em sala de aula é um tema estudado e discutido nos meios acadêmicos, devido a sua influencia no processo de ensino aprendizagem. A relevância desses estudos está relacionada com o contexto socioeducacional, visto que hoje em dia, uma parcela dos alunos encontram-se desmotivadas em virtude dos processos de ensino aprendizagem adotados pelos professores em sala de aula e estes, na maioria das vezes, ignoram a presença do professor e consequentemente existe uma falta de interesse pelo assunto proposto, interferindo nos trabalhos desenvolvidos em sala de aula. Podemos levantar aqui a questão da indisciplina que é consequência desses processos. A indisciplina4 em sala de aula esta presente nas falas dos professores nos horários de intervalo entre uma aula e outra. Evidencia-se nas falas que esta interfere no processo de ensino-aprendizagem e prejudicam a explanação do conteúdo a ser ministrado. Um dos aspectos que impulsionaram essa transformação dentro dos processos educativos, foi o acesso as tecnologias da informação e comunicação. O acesso rápido a informação através dos meios de comunicação colaborou para uma transformação social, de valores e cultural da sociedade que afeta diretamente o cotidiano das famílias e, por conseguinte a escola. Para Aquino (1999, p.25) no século XX o conhecimento deu um salto expressivo, no entanto o saber perdeu seu grau de importância, bem como a valorização do professor enquanto detentor do conhecimento. Neste contexto, na maioria das vezes, apresentam-se uma relação de conflito entre os envolvidos no processo de ensino, o aluno que não consegue perceber a importância do conhecimento transmitido pelo professor, tendo muitas vezes assim aversão ao professor e a disciplina e de outro lado o professor que não consegue desenvolver metodologias motivadoras para os alunos. É importante relatar que problemas de indisciplina e falta de interesse em aprender, não ocorrem somente no ensino fundamental e médio. Percebemos essa questão também se faz presente nas instituições de ensino superior. Nesse sentido, partimos do pressuposto que o aluno do ensino superior tem um maior interesse em aprender, pois está estudando em um 4 A indisciplina tem sido pesquisada por profissionais de diferentes campos do conhecimento, entre eles psicólogos, psicanalistas, sociólogos, filósofos e pedagogos. No livro Indisciplina na escola: alternativas Teóricas e Práticas, Julio Groppa Aquino (1996) busca reunir múltiplas abordagens teóricas para uma reflexão das possíveis alternativas de compreensão e controle da indisciplina na escola. Tendo como foco “analisar a indisciplina escolar sob diferentes ângulos, facultando-lhe maiores densidade e complexidade do ponto de vista teórico, e abandonando o espontaneísmo com o que geralmente é processada cotidianamente.” (AQUINO, 1996, p.8) 25481 curso de sua escolha e se preparando para o mercado de trabalho. Mas, percebemos que essa questão, muitas vezes não acontece, visto nossa experiência profissional nesse segmento de ensino. Baseado neste contexto e nas discussões realizadas na disciplina Gestão em Sala de Aula, do curso de Mestrado em Metodologias para o Ensino de Linguagens e suas Tecnologias buscou compreender quais eram os elementos que levavam os alunos do oitavo período (alunos formandos) do Curso de Administração de uma Universidade privada no norte do Paraná, a se motivarem ou não para a aprendizagem, frente à questão indisciplina e da autoridade do professor em sala de aula. Indisciplina em sala de aula A relação entre professor e aluno sempre teve suas fronteiras bem delimitadas no contexto da escola tradicional. Esses personagens sempre foram bem definidos, de forma que o professor era o personagem central da sala de aula, usando dos seus conhecimentos e autoridade, sobrando pouco espaço para os alunos. O ensino esta centrado no professor onde o aluno aprende através de disciplinas externas. Saviane (2001, p.41) recomenda que o papel de garantir a aprendizagem do aluno, independente do interesse do aluno é do professor. A questão do poder e autoridade permeiam todas as esferas da sociedade e tomam cada vez mais proporção no contexto educacional, tendo em vista a relação social entre aluno e professor e a importância do processo educativo na sociedade do conhecimento. Batista (2011) relata que nas relações de poder o papel de oprimido e opressor mudam constantemente. Na escola se evidencia que o poder transita entre alunos e professores. Os alunos confrontam, reagem, resistem ao poder e a autoridade do professor. Segundo Novais (2004a) a questão da autoridade emerge no discurso daqueles que estão envolvidos no contexto educacional e está intimamente vinculada à (in)disciplina. Nesse contexto, surge a imagem de uma autoridade punitiva, capaz de corrigir ou evitar a indisciplina. “Tomar a indisciplina e outros comportamentos inadequados como fenômenos complexos ditados pelos novos tempos pedagógicos significa conceber a relação professoraluno como necessariamente conflitiva”. (AQUINO, 2003). Novais (2004a apud LA TAILLE, 1999, p.11), afirma que autoridade é tudo que faz com que as pessoas obedeçam, portanto existiria uma questão de autoridade no espaço da sala de aula. Nesse sentido é importância frisar que, apesar de ser uma forma de poder, a autoridade não se deve ser confundida com autoritarismo, ou seja, seu uso abusivo, pois ao se 25482 fazer obedecer por intermédio de castigos, punições, advertências, notas baixas e ameaças de reprovação, o professor consegue uma obediência que não será legitimada por seus subordinados, os alunos. No entanto segundo Gomes (2009, p.239) a definição de um conjunto de regras e a exigência de seu cumprimento é imprescindível na educação escolar. Através de regulamentos pré-estabelecidos os alunos adquirem valores, crenças, hábitos e atitudes que nortearam seu convívio social. Assim, pressupõe-se que o professor ao exigir que se cumpra o contrato social, conjunto de regras, exerça sua autoridade. Nesse sentido, Furlani (2000) aponta que a autoridade pode exercer diferentes papéis, sendo caracterizada de três formas: a autoridade sustentada pela posição hierárquica, aqui a autoridade está consolidada pelas leis normativas que regem a instituição e organização escolar; a autoridade sustentada como produto da relação professor-aluno, que é construída pelos dois lados, aluno e professor; e a autoridade não sustentada, onde há o abandono do exercício do poder. Neste caso recusa-se qualquer tipo de autoridade. E importante destacar que segundo Garcia (1999, p.105) “existem vários fatores que contribuem para a indisciplina, cada um com seu grau de importância”. Os casos de indisciplina, ainda que envolve um único aluno, na maioria das ocorrências têm origem em várias causas distintas e complexas, como exemplo falta de interesse no conteúdo ministrado, metodologias inadequadas, influência de outros alunos que estão desinteressados e acabam induzindo a outros a indisciplina, entre outros. A combinação dessas causas é característica da indisciplina e deve ser considerada, para que possamos compreendê-la e estabelecer soluções efetivas. Com base nesta perspectiva, a disciplina passa a ter um papel essencial para o processo de ensino aprendizagem, pois funciona como um dispositivo a ser utilizado pelo professor com o objetivo de assegurar os limites individuais e o controle dos impulsos de seus alunos, garantindo assim a ordem, a continuidade e o respeito à vida social. (NOVAIS, 2004b) Assim a disciplina em sala de aula se apresenta como condição para o processo de ensino aprendizagem de qualidade, tanto para o professor como aluno. O professor ao utilizar de autoridade em sala de aula esta preparando o aluno para a vida em sociedade. A sociedade é constituída por um conjunto de regras e regulamentos ao quais os indivíduos devem seguir. (MORAIS, 2001). Compete aos professores mostrar o contexto social em que o aluno esta 25483 inserido trazendo-os mais próximo da realidade. E esta competência se efetiva através da gestão efetiva da sala de aula. A atuação do professor em sala de aula tem sido alvo de constantes estudos por parte dos pesquisadores da área educacional, tendo em vista a necessidade de buscar respostas para os constantes desafios encontrados dentro das instituições de ensino, de qualquer natureza. Neste sentido, Galland (2010, p.81) relata que na contemporaneidade a democracia esta presente na sociedade, contestando-se que se aplique o sistema controlador na escola, sendo este repudiado por muitas pessoas. Neste contexto é difícil a manutenção da imagem autoritária do professor, uma vez que, historicamente o conhecimento estava centrado quase que exclusivamente dos ensinamentos do professor. Com a disseminação das tecnologias e propagação da informação, muitas vezes, existe uma tentativa de “igualar” professores e alunos, sendo que a informação está disponível para todos, ao mesmo tempo. Aqui o professor passa a ser visto como um ser mais “mortal” reconhecendo fraquezas, incertezas e medos. Pereira (2009, p.22) reafirma a redução nas diferenças entre os sujeitos envolvidos no processo de ensino aprendizagem a medida que professores e alunos são colocados na mesma condição, citando como exemplo as nomenclaturas utilizadas para o professor, cita-se como exemplo, “orientadores”, “facilitadores”, “instrutores”, “tutores”, “mediadores”, e que estes termos tem como premissa docilizar uma diferença entre mestre e não mestre. Segundo Vasconcellos (2015), os educadores têm enfrentado grandes desafios em relação à indisciplina em sala de aula, seja ela no ensino público ou particular, na educação básica ou no ensino superior. Segundo o autor este problema não existe apenas no Brasil, mas ocorre também em vários outros pontos do mundo, como França e Japão. Garcia (1999) defende que exista uma diretriz disciplinar que combine encaminhamentos preventivos e interventivos, na forma de práticas de sala de aula, tendo por complemento disposições disciplinares de base mais ampla, relativas às instituições de ensino como um todo, e que sejam conhecidas e reiteradas pelos diversos profissionais envolvidos no processo de ensino-aprendizagem. Desta forma, torna-se necessário, que os professores desenvolvam e conquistem maior autonomia para lidar com a indisciplina de sala de aula, possibilitando um processo de interação entre professor, alunos e conteúdo. Ao encontro dessa discussão Coll e Solé, (1996) apontam dois fatores importantes para interação em sala de aula. Primeiro que o aluno e professores construam o conjunto de regras a serem seguidos na disciplina, onde sejam definidos os direitos e obrigações de cada 25484 sujeito envolvido no processo de ensino aprendizagem. Segundo a estrutura de conteúdos a serem trabalhados em sala de aula. Isso não é uma tarefa fácil, já que requer do professor o conhecimento da turma, e depende de adequações em seus métodos e estratégias de ensino. É, portanto, uma competência que se desenvolve diariamente e requer uma observação e um aprimoramento dessas estratégias, construídas durante seu caminhar profissional. A práxis pedagógica exige do professor uma gama maior de conhecimentos e competências que comprovem seu domínio do conhecimento ministrado, bem como da prática docente. Para que isso se confirme se faz necessário que o professor reflita e investigue e possa assim integrar a prática pedagógica aos conhecimentos disciplinares, no intuito de propiciar um trabalho colaborativo entre os sujeitos envolvidos e assim potencializar o processo de ensino-aprendizagem. (VENTURA, CONCEIÇÃO E NEVES, LOUREIRO, 2011) Desta forma, neste novo contexto educacional o educador passou a ter novos desafios, que vão além do conhecimento pedagógico e científico, tornando-se gestor da sala de aula. Para Frank e Fellicetti (2012) o papel do professor, de mero transmissor de conhecimentos, precisou se adaptar ao novo contexto social. O professor passou a se um gestor de sala de aula, organizador do processo de ensino aprendizagem e para isso se efetive se faz necessário um conjunto de competências e habilidades além dos conhecimentos inerentes a matéria que leciona. Assim, se faz necessário que ele saiba conduzir a sala de aula, motivando os alunos a comportamentos positivo no espaço de aprendizagem. Baseado nesse perfil de gestor de sala e aula, segundo Candau (1983) o professor necessita dominar três dimensões existentes no processo de ensino aprendizagem: a dimensões: humana, a dimensão técnica e a dimensão ideológica. Na dimensão humana a abordagem esta pautada numa perspectiva subjetiva, com foco no indivíduo e tem como base o afeto, onde o relacionamento interpessoal, professor e aluno, esta no centro do processo de ensino-aprendizagem. A dimensão técnica, esta dissociada das questões político-sociais e ideológicas se configura como instrumental, sendo objetiva e racional, o processo de ensinoaprendizagem é objetivo e racional, apresenta-se como uma ação intencional e sistemática com objetivo de aprendizagem. Já na dimensão política ocorre no processo de aprendizagem como um todo. Ela está presente nas práticas pedagógicas, independem da vontade dos sujeitos envolvidos. 25485 Compreendendo que o processo de ensino aprendizagem (que envolve dentre outros elementos a relação professor aluno) parte do domínio dessas dimensões, torna-se necessário trazer para o centro do processo de aprendizagem a relação interpessoal, organizando e sistematizando as práticas pedagógicas e os conteúdos a serem desenvolvidos, tendo como pano de fundo a dimensão política. (VENTURA, CONCEIÇÃO E NEVES, LOUREIRO, 2011). Imbernón (2000, p.15) considera necessário também que os professores levem os alunos à aprendizagens relacionadas ao relacionamento, convivência, cultura, interação com o grupo, com seus semelhantes e com a comunidade. A formação do docente deve ir além de uma "mera atualização científica, pedagógica e didática e se transforme na possibilidade de criar espaços de participação, reflexão e formação", possibilitando a aprendizagem e a adaptação às transformações e incertezas vivenciadas na sociedade. Na atuação de docente, o professor será exposto a várias situações conflitantes e desafiadoras, que sua experiência pedagógica ou mesmo sua capacidade técnica não serão suficientes. Nóvoa (1997) aponta que nessas situações os professores serão obrigados a enfrentar esses desafios utilizando a capacidade de autodesenvolvimento, onde o professor deve estar refletindo sobre a efetividade de suas práticas pedagógicas. A formação do professor está pautada na reflexidade crítica sobre a sua prática em sala de aula, proporcionando a este os meios para um pensamento autónomo e que facilite a sua autoformarão. Santos Júnior (2015) em seu estudo aponta para a necessidade do professor apresentar posturas e práticas pedagógicas voltadas para além da transferências de técnicas e conteúdos. A sala de aula deve se constituir em um espaço de discussões e reflexão crítica, respeitando-se a diversidade e possibilitando ao aluno desenvolver suas potencialidades humanas de forma crítica e consciente. Nesse sentido, entendemos que a questão do trabalho e da formação desse professor, enquanto for restrita as “injunções do exterior, serão bem pobres as mudanças que terão lugar no interior do campo profissional docente”.). Neste sentido, Nóvoa (2009, p.7) propõe novas formas de organização da profissão, já que o “discurso torna-se irrealizável se a profissão continuar marcada por fortes tradições individualista ou por rígidas regulações externas, designadamente burocráticas, que se têm acentuado nos últimos anos”. 25486 Metodologia e Discussões Tendo esse contexto como pano de fundo, buscamos compreender, sob a ótica de 58 alunos do 8º semestre do Curso de Administração de uma Universidade Privada na cidade de Arapongas, quais os fatores que determinam a autoridade do professor em sala de aula e seus impactos na indisciplina em sala de aula. Nossa pesquisa foi baseada em um estudo de caso, que conforme Lakatos e Marconi (2002, p.83) é um estudo que tem como objetivo buscar informações acerca de um problema, no intuito de descobrir novos fenômenos e ou as relações entre estes eventos. A abordagem centra-se em uma leitura quantitativa, utilizando como instrumento de coleta de dados um questionário semiestruturado. Pirola (2009) aponta que um dos problemas mais evidentes [...] foi o gradativo aumento de indisciplina nas instituições de ensino, o que trouxe sérias consequências, entre elas o próprio fracasso na aprendizagem dos alunos, o que vem a confirmar os apontamentos relacionando a indisciplina e a queda na aprendizagem dos alunos Ao analisar a fala dos 58 entrevistados pode-se perceber que 20,68% dos alunos apontam que existe uma diferença no processo de aprendizado, motivação e disciplina quando o professor tem uma postura e dinamicidade em sala de aula. Segundo os alunos quando o professor apresenta o conteúdo, quando realizada com atividades mais dinâmicas e uma abordagem moderna, é o ponto de partida para uma boa aula. Rosito (2003) confirma o resultado apontado pelos alunos, afirmando que as aulas práticas e dinâmicas, contextualizadas, em que o professor utiliza várias metrologias, estimulam os alunos o interesse. Assim a utilização de aulas dinamizadas pelos professores seria um dos fatores apontados pelos acadêmicos como forma de redução do índice de indisciplina em sala de aula. Segundo Masetto (2003) cabe ao professor decidir estrategicamente a melhor metodologia a ser utilizadas para facilitar a aprendizagem dos alunos. Neste sentido, é apresenta-se como papel do professor a condução de táticas metodológicas que possam prender a atenção dos alunos e consequentemente reduzir a indisciplina no ambiente escolar. Outra questão levantada pelos alunos é sobre as atitudes que o professor deve tomar para conduzir os alunos em sala de aula. 46,55% dos alunos enfatizaram que o professor tem papel fundamental para manutenção da autoridade em sala de aula, sendo que essa postura frente a turma faz com que a ordem se mantenha no decorrer da explanação e/ou da atividade desenvolvida. 25487 Para Morais (2001) o professor tem o poder de determinar as ações dos alunos, seu poder é real, está vinculado ao cargo que exerce na escola, legitimado de geração a geração, onde o professor é a pessoa que no ambiente escolar tem o direito de exercer a autoridade. As normas adotadas pelo docente devem ser acatadas pelos discente de forma democrática. No que diz respeito a indisciplina, 55,17% dos alunos apontam que o professor precisa se posicionar frente indisciplina em sala de aula. Os alunos entrevistados atribuem às atitudes do professor a responsabilidade pelo desempenho e pela ausência de interesse do aluno nas aulas. Pode-se observar que os alunos se eximem da culpa pela indisciplina e o professor na percepção dos alunos é que tem o papel de estabelecer a ordem no dentro da sala de aula. Um dado interessante apontado na pesquisa é a questão da necessidade de penalidades, dentro do ambiente Universitário para os alunos indisciplinados. Galland (2010, p.12) relata que as mudanças na educação permitem práticas pedagógicas inovadoras e democráticas. No entanto foram disseminados conceitos errôneos sobre a postura e autoridade do professor. Ideias que desprezam a real necessidade de regras e limites para a concretização das práticas pedagógicas. Ainda segundo o autor, a autoridade não tem relação com o uso da força e violência. Ela está relacionada a respeito aos pares e as regras devem estar presente no ambiente de aprendizagem de forma que o aluno perceba o sentido das normas e sua importância para o processo de ensino-aprendizagem. (GALLAND, 2010) E o papel de fazer com que as normas sejam compridas é do professor. Arendt apud Novais (2004b), diz que a autoridade é tudo que faz com que as pessoas obedeçam. Assim, na instituição escolar, uma pessoa, investida da função de professor, adquire o poder de determinar as ações dos alunos, que legitimam esse poder, pois trazem de casa, ou adquire rapidamente, a imagem do professor como autoridade. Porém, o modo como o professor exerce a sua autoridade em sala - se de forma autoritária ou liberal (DAVIS e LUNA, 1991; GUZZONI, 1995; ARAÚJO, 1999; SETTON, 1999; FURLANI, 2000) é vital para o estabelecimento (ou não) de uma situação de disciplina em sua turma. Uma questão importante a ser levantada é que existe uma mudança no perfil do comportamento dos alunos dentro da sala de aula nos últimos anos. Podemos elencar que essas transformações estão relacionadas às novas condições sociais e as novas tecnologias que impuseram novas linguagens e novas atitudes para todos os sujeitos. Para Castells (1999), a sociedade em que vivemos é considerada uma sociedade em rede, não havendo limites de onde a informação pode chegar. Lemos (2002) aborda essa questão, extrapolando o conceito 25488 de rede, apontando que essa sociedade vive na era das conexões, reafirmando a intensidade e agilidade das mudanças sociais, culturais e comunicacionais, e que a partir destes conceitos, torna-se necessário um novo olhar para os recursos pedagógicos utilizados em sala de aula. Essas mudanças impactaram o setor de educação. Os professores se viram obrigados a gerir a falta de interesse dos alunos e os conflitos são oriundos dessa relação. Esses conflitos, na visão dos alunos entrevistados, causam atritos entre os envolvidos no processo de ensino e aprendizagem. Na visão dos alunos é importante que o professor tenha posicionamento perante a turma. Ainda sobre o que o aluno espera do professor, 55,17% % apontam que o professor se posicione frente a comportamentos inadequados no ambiente da sala de aula. Uma questão interessante que foi apontada por 15,51% dos alunos foi a entonação de voz. Para eles essa postura é considerada como uma forma de demonstrar firmeza na exposição dos conteúdos e na condução da sala de aula. Podemos analisar nessas falas que os alunos deixam explicito que não esperam que o professor seja bonzinho, companheiro. Eles apontam a necessidade dos professores buscam a ação, atitude, que exerçam sua autoridade para acabar com a indisciplina. No entanto, esta autoridade deve ser equilibrada, ou seja, que o professor não perca o controle com atitudes que não condizem com seu papel em sala de aula. A autoridade advém da segurança com que o professor transmite o conteúdo e não com atitudes que demonstrem sua falta de controle da turma. Segundo Najle e Fiamenghi Júnior (2007) os professores encontram muita dificuldade na profissão, os alunos apresentam-se desmotivados para o aprendizado, alguns vêm para a sala de aula para conversar com colegas, ouvir musicas navegar na internet. Essa falta de interesse e indisciplina muitas vezes conduz o professor a perda do equilíbrio. Uma questão interessante apontada por 48,27% dos alunos é o que Nidelcoff (1993), apresenta como as características do professor “policial”: aquele que buscam a disciplina dos alunos através da aplicação de punições. Pode-se constatar que a autoridade do professor, segundo os alunos, está na maioria das vezes relacionada ao controle através de punição. Aqui a autoridade deve ser exercida com rigidez, colocar o aluno para fora da sala de aula, descontar notas dos alunos que não participam das aulas. Para Novais (2004a), ao estabelecer a relação professor-aluno no meio da punição, o professor pode conduzir o aluno a três tipos de reações. A primeira reação onde o aluno punido calcula os riscos envolvidos na ação e apresenta o mesmo comportamento. A segunda 25489 reação é a conformidade com a situação, onde o aluno obedece cegamente às ordens impostas pelo professor. A terceira possibilidade é a revolta dos alunos as regras pré-estabelecidas gerando indisciplina em sala de aula. Portanto, de acordo com os apontamentos dos alunos, punir e ser punido supõe que os alunos reconhecem o professor como uma autoridade que detém o poder para repreender e impor sanções, e estas atitudes do professor demonstram autoridade e objetivam alterar o comportamento dos alunos. Um ponto essencial para que o professor possa utilizar da autoridade é o contrato estabelecido no inicio da disciplina. As normas e regulamentos para o desenvolvimento da disciplina devem ser esclarecidos aos discentes no inicio do processo de trabalho e aos que não atenderem o que é pré-estabelecido deverão sofrer as sanções necessárias. Assim, o aluno espera que o professor tenha atitude de punir os “infratores”. Através da pesquisa podemos perceber o conflito existente na sala de aula e a necessidade eminente do professor coibir comportamentos de indisciplina no espaço de aprendizagem. A pesquisa aponta que a indisciplina continua sendo um grande gerador de conflitos e exige a atenção do professor no controle de tal situação. Os dados apontam que na percepção de 20,68% dos alunos concluintes do curso de Administração de uma instituição de nível superior de Arapongas, no Paraná, a dinamicidade do professor na apresentação dos conteúdos em sala de aula e a utilização de metodologias modernas constituem-se fatores que colaboram para redução da indisciplina em sala de aula. Rosito (2003) afirma que aulas dinâmicas e contextualizadas estimulam o interesse do aluno no conteúdo apresentado. Também foi assinalado por 46,55% dos alunos como fator determinante que o professor é responsável pela manutenção da autoridade em sala de aula. Morais (2001) diz que é papel do professor é autoridade máxima no ambiente escolar cabendo a eles a definição de regras no intuito de reduzir a indisciplina em sala de aula. Arendt apud Novais (2004a, p.17), o modo como o professor exerce a sua autoridade em sala de aula é vital para o estabelecimento (ou não) de uma situação de disciplina em sua turma. Morais (2001) salienta que as normas estabelecidas pelo docente no uso de sua autoridade devem ser acatadas pelos alunos de forma voluntária Outro ponto destacado por 55,17% dos alunos foi a postura do professor frente a indisciplina em sala de aula. Na percepção dos acadêmicos a responsabilidade pelo controle da indisciplina em sala é do professor. Observa-se que estes se eximem do processo. 25490 A entonação da voz apresentou-se como fator importante na condução da sala, 15,51% dos alunos considera a altura da voz pode conduzir o aluno a prestar atenção ao conteúdo ou não. Esta demonstra firmeza na exposição dos conteúdos e consequentemente através da entonação da voz o professor pode explicitar sua autoridade e conduzir os alunos a disciplina em sala de aula. A necessidade de penalidade aos alunos indisciplinados foi apontada por 48,27% dos entrevistados como sendo fator determinante para disciplinar os alunos que não atendem as regras pré-estabelecida pelos professores. Ponto este, que chamou a nossa atenção, uma vez que nesta perspectiva os alunos esperam que a autoridade deva ser exercida com cunho punitivo, onde este coloque o aluno infrator para fora da sala de aula e ou desconte nota pelos atos de indisciplina. Para Galland (2010, p.12), a autoridade esta dissociada do uso da violência e sim ao respeito aos alunos. Considerações Finais Podemos concluir com esta pesquisa que o professor, na percepção dos entrevistados, tem papel de suma importante para coibir a indisciplina presente no ambiente de aprendizagem. Cabe destacar que a questão do autoritarismo na relação entre docentes e discentes precisa de muitos estudos ainda para apontar um caminho que mostrará uma resposta aos problemas de indisciplina em sala de aula. Aqui podemos perceber o conflito existente na sala de aula e a necessidade eminente do professor coibir comportamentos de indisciplina no espaço de aprendizagem. A pesquisa aponta que a indisciplina continua sendo um grande gerador de conflitos e exige a atenção do professor no controle de tal situação. A autoridade do professor é legitimada pela sociedade, sendo passada de geração para geração. Nesse sentido o professor tem direito de exercer a autoridade. Para Morais (2001) as regras adotadas pelo docente através da autoridade devem ser aceitas pelo discente e não impostas. Um professor gestor da sala de aula, deve ter um papel de liderança, estabelecendo a tentativa de um diálogo entre os atores envolvidos no processo de aprendizagem, para que a autoridade seja aceita. Para Novais (2004a), ao estabelecer a relação professor-aluno no meio da punição, o professor pode conduzir o aluno a três tipos de reações. A primeira reação onde o aluno punido calcula os riscos envolvidos na ação e apresenta o mesmo comportamento. A segunda reação é a conformidade com a situação, onde o aluno obedece cegamente às ordens impostas 25491 pelo professor. A terceira possibilidade é a revolta dos alunos as regras pré-estabelecidas gerando indisciplina em sala de aula. Pode-se observar através dos relatos que os alunos percebem claramente a indisciplina em sala de aula e o quanto esta interfere no processo de ensino aprendizagem. Evidencia-se também nas falas dos discentes que os alunos esperam que os professores estabeleçam regras de condutas e comportamentos em sala de aula e que os infratores sejam punidos: “colocar para fora da sala de aula... punir os alunos... descontar nota... ser rígido”. Mas percebemos, através da visão dos alunos sobre a autoridade do professor, que o mesmo precisa utiliza-la de forma mais incisiva, chegando a tirar os alunos indisciplinados da sala de aula. A clareza das regras foi um dos fatores destacados pelos alunos como fator primordial, pois uma vez que os alunos conheçam as normas devem segui-las e os que não as compram deverão ser punidos com redução de notas, colocados para fora da sala, entre outros. Evidenciou-se que a atitude do professor faz com que este tenha autoridade ou não em sala de aula, a medida que tenham posturas como gritar, ou bater no quadro com força, acabam perdendo o respeito e autoridade do aluno. A questão da indisciplina em sala de aula denota a questão da perda da autoridade do professor em sala de aula, o qual foi apontado na discussão teórica realizada na pesquisa, os alunos entrevistados demonstrar em suas falas que o professor precisa retomar sua autoridade, eles demonstrar sentimento de falta da postura autoritária do professor para conduzir as aulas de maneira mais produtiva. Importante destacar que a questão do autoritarismo na relação entre docentes e discentes precisa de muitos estudos ainda para apontar um caminho que mostrará uma resposta aos problemas de indisciplina em sala de aula. REFERÊNCIAS AQUINO, J.G.. Indisciplina: o contraponto das escolas democráticas. São Paulo: Moderna, 2003. AQUINO, J.G. (Org.). Autoridade e autoritarismo na escola: alternativas teóricas e práticas. São Paulo: Summus, 1999. ARAÚJO, U. F. Respeito e autoridade na escola. In: AQUINO, J.G. (org.). Autoridade e autonomia na escola: alternativas teóricas práticas. 7.ed. 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