brenner da paixão rodrigues

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A INFLUÊNCIA DA METODOLOGIA NO
PROCESSO DE ENSINO – APRENDIZAGEM DE
GEOGRAFIA: DA MOTIVAÇÃO À
INDISCIPLINA.
BRENNER DA PAIXÃO RODRIGUES
Prof. Loçandra Borges
Universidade Estadual de Goiás – Unidade Universitária de Ciências Sócio Econômicas e
Humanas.
RESUMO
A influência da metodologia no processo de ensino diz respeito ao estudo e análise prática
das dinâmicas presentes em sala de aula, as quais, serão identificadas quais surtiram
maiores efeitos quanto a motivação pelos alunos, e quais resultaram em indisciplina da sala
de aula. Este estudo esclarece os principais tipos de aulas que geram maior resultado ao
professor e ao aluno, através de uma pesquisa simplificada por meios de diferentes recursos
didáticos, partindo desde o sistema mais rígido e tradicional de ministrar aulas, a inovações
propostas em prol de identificar o método mais eficiente para a aprendizagem.
Palavras-chave: Metodologia, motivação, indisciplina, recursos didáticos, resultados,
aprendizagem.
CONTEÚDO
O projeto de intervenção do estágio proposto teve como tema, a influência da
metodologia no processo de ensino – aprendizagem de Geografia: Da motivação à
indisciplina. Utilizando como linha de pesquisa a Geografia e Ensino, com seus pressupostos
teóricos.
A análise feita destacou o objetivo principal de enfocar as principais metodologias e
suas influências nos rendimentos escolares dos alunos. Com o estudo de caso em sala de aula
do 6° ano na disciplina de Geografia do Colégio Estadual Doutor Genserico Gonzaga Jaime.
O colégio em questão foi fundado em 1960, localizado na cidade de Anápolis, de
endereço: Av. Sebastião Pedro Junqueira, Qd. 17, Lt.01/11 – Jundiaí. A referida unidade de
ensino funciona em sede própria e o local é de fácil acesso, com ruas todas asfaltadas, suas
dependências muradas, faixa de trânsito em frente a escola, proporcionando mais segurança
aos envolvidos neste âmbito escolar.
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A escola funciona nos turnos matutino, vespertino e noturno. Possui o ensino
fundamental e médio em funcionamento. Com um número de 200 dias letivos a serem
cumpridos. Assegurar um ensino de qualidade é uma das propostas da escola com base em
seu PPP. Tal item é defendido também pelo plano de desenvolvimento escolar (PDE).
A coleta de dados para o desenvolvimento do projeto de intervenção foi adquirida pela
fase de regência na classe, onde foram aplicadas diferentes metodologias e posteriormente
conclusões acerca das mesmas no processo de aprendizagem dos alunos, indicando aquelas de
maiores motivações aos mesmos e aquelas que causaram indisciplina em sala de aula.
As metodologias são os meios, modos, pelos quais o professor passa aos alunos os
conhecimentos dos conteúdos de maneira clara, que permita a maior assimilação e
consequente interesse.
Há a possibilidade desta metodologia não ser “aceita” pelo estudante, gerando
indisciplina e displicência em salas de aula. Porém quando “aceitas” aumentam a relação
afetiva de professor – aluno e desperta a motivação necessária para o bom desenvolvimento
do aprendizado.
O desenvolvimento de uma metodologia pedagógica que tenha como objetivo
repensar o papel do professor e do aluno no processo de ensinar e aprender deve ser
constantemente revisado e atualizado. Para que o processo de ensino-aprendizagem,
bem como o de avaliação, seja eficaz deve-se levar em consideração o processo de
reflexão sobre as experiências individuais de cada participante juntamente com a
abordagem teórica das metodologias pedagógicas, as quais conduzirão ao auto
desenvolvimento, à aprendizagem colaborativa e às aulas com maior interação entre
professor e alunos. (MAIA, 2005, P.2)
Neste contexto, tendo por embasamento as observações das aulas de Geografia
provenientes da regência na classe do 6° ano, pode-se constatar:
As aulas em que as metodologias apresentadas aos alunos são aquelas consideradas
tradicionais, ou seja, quadro e giz, depois a explicação, surte efeito para conteúdos em que os
alunos já apresentam grau de facilidade acentuado, em decorrência do cotidiano, noticiários,
entre outros meios de informação. Mesmo que a metodologia seja considerada tradicional, há
presente a participação dos alunos, e disciplina em determinados momentos. A indisciplina
ocorre, quando o assunto passa a ser considerado cansativo e repetido. Dessa forma, pode-se
chegar a conclusão que o cotidiano, a vivência do aluno, as informações externas são
extremamente relevantes para a formação do aprendizado do mesmo.
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O cotidiano é aquilo que nos é dado a cada dia (ou que nos cabe em partilha), nos
pressiona dia após dia, nos oprime, pois existe uma opressão do presente. Todo dia
pela manhã, aquilo que assumimos, ao despertar, é o peso da vida, a dificuldade de
viver, ou de viver nesta ou noutra condição, com esta fadiga, com este desejo. O
cotidiano é aquilo que nos prende intimamente, a partir do interior. É uma história a
meio-caminho de nós mesmos, quase em retirada, às vezes velados. Não se deve
esquecer este “mundo memória”, segundo a expressão Péguy. É um mundo que
amamos profundamente, memória olfativa, memória dos lugares da infância,
memória do corpo, dos gestos da infância, dos prazeres... ( Certeau 1997,p.31)
Foi notado também, que fatores externos, além somente da informação são
influenciadores no rendimento do aluno. Por exemplo, um aluno do 6° ano, cujo nome não
será apresentado para sigilo do mesmo, era constantemente espancado pelo pai. Esse fator
externo era logo notável em sala de aula, visto que era o mais agressivo com seus colegas,
com o professor, e o que detinha o menor rendimento escolar, inclusive o mesmo já era
repetente.
Outro fator externo de influência na aprendizagem dos alunos, diz respeito às
condições climáticas. As salas de aula em geral da escola, são pouco ventiladas e com poucas
luminosidades. Em dias de exaustivo calor, os alunos ficavam mais dispersos e
indisciplinados. Em dias de clima mais ameno, as aulas rendiam em condições melhores.
Em relação ao uso de diferentes metodologias, a fim de proporcionar maior
entendimento e participação dos alunos, foi analisado que algumas dinâmicas surtiram efeito,
outras não. Exemplos, de efeito positivo, foram as aulas com o uso de mapas e com a
participação de alunos a frente. Os mesmos ficavam atentos e motivados a entender a matéria,
com eles participando da explicação, ou seja, ajudando o professor. No mesmo dia, utilizou-se
a técnica de explicar paralelos e meridianos, por meio de bolinhas de isopor (representando a
Terra), e lanterna (representando o Sol). Com a ideia da Terra em sua esfericidade, tornou-se
mais fácil para o entendimento da classe. Porém, essa metodologia não foi bem aceita pela
sala em sua totalidade, visto que uns três alunos queriam pegar as esferas que representavam a
Terra, para que pudessem fazê-las de bola de futebol. O professor os repreendeu, dizendo que
aquelas esferas eram para explicação do conteúdo e não para entretenimento.
Uma metodologia que não surtiu efeito aos alunos, tampouco ao rendimento sobre o
conteúdo foi quando a sala de aula dividiu-se em dois grandes grupos, as quais seriam feitas
perguntas sobre a matéria ministrada, o grupo que ganhasse, receberia uma gratificação em
sala de aula. A classe com essa atividade ficou totalmente indisciplinada, com tom de vozes
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elevada e dispersão de vários alunos para outras atividades. O professor ao deparar com a
indisciplina cancelou a atividade, retornando a aula normal no quadro.
Essas foram alguns exemplos de metodologias aplicadas à sala de 6° ano.
Quanto a composição da avaliação para o preenchimento das notas, foi levado em
consideração, a participação dos alunos, as atividades feitas em salas de aula e as tarefas, além
do teste e simulado.
O teste foi elaborado sob o ponto de vista mais tradicional, com perguntas diretas a
conceitos próprios. Nesta avaliação percebeu maior rendimento dos alunos, acostumados ao
famoso “decoreba”. Em contrapartida, o simulado foi elabora seguindo um padrão mais
moderno, que relaciona o aprendizado ao raciocínio do aluno, ou seja, sem perguntas que
necessitassem tanto do verbo “decorar” pelos alunos. O resultado foi desastroso. Os alunos
não tiveram desempenho esperado, ficando abaixo da média. Consequencia que indico, pelo
costume em que os alunos têm de decorar conceitos e não em vê-los aplicados na prática.
Enfim, diante da pesquisa no Projeto de Intervenção, sobre as metodologias que geram
indisciplina e motivação dos alunos, pôde-se constatar: Quando as metodologias são bem
planejadas, bem pensadas para o benefício dos alunos, estas são bem assimiladas pelos
mesmos. Mesmo que o conteúdo seja aplicado pelo modo tradicional, de quadro e giz. Porém,
quando o conteúdo não é bem planejado, com metodologias sem necessidades, as mesmas
podem ser as mais divertidas e interessantes que não surtirão efeitos aos alunos, os tornando
dispersos e indisciplinados.
Resta então a conclusão que, as aulas que resultaram em maiores efeitos positivos aos
alunos e ao professor, foram aquelas que bem planejadas, pensada nos mínimos detalhes, a
fim de que a atenção dos alunos estivesse centrada pelo tempo necessário que perdurasse a
aula.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Projeto Pedagógico do Curso de Geografia. Comissão de Desenvolvimento Curricular;
Coordenação Geral do Curso de Geografia. Anápolis-GO, 2005.
Projeto Político Pedagógico, Colégio Estadual Dr. Genserico Gonzaga Jaime. Anápolis –
GO, 2006.
Projeto de Estágio – Curso de licenciatura em Geografia. Coordenação de Estágio
Supervisionado em Geografia. Anápolis – GO, 2007.
As dimensões do projeto político – pedagógico: Novos desafios para a escola/Ilma Passos
Alencastro Veiga, Marília Fonseca (orgs.). Campinas - SP: Papirus, 2001.
CERTEAU, M. GIARD L. e MAYOL P. A invenção do cotidiano – Morar e Cozinhar,
Petrópolis. Vozes: 1997.
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