FACULDADE ANHANGUERA DE BAURU CURSO DE ADMINISTRAÇÃO LEANDRO ALVES RIBEIRO MARKETING DE RELACIONAMENTO E CRM: Uma perspectiva da gestão de relacionamento com clientes no setor automotivo Bauru Dezembro / 2012 LEANDRO ALVES RIBEIRO MARKETING DE RELACIONAMENTO E CRM: Uma perspectiva sobre a gestão do relacionamento com clientes no setor automotivo Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Faculdade Anhanguera de Bauru, como requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel em Administração, sob a orientação do Prof. Especialista Vinicius Rafael Bianchi Orientador: Prof. Vinicius Rafael Bianchi Bauru Dezembro / 2012 LEANDRO ALVES RIBEIRO MARKETING DE RELACIONAMENTO E CRM: Uma perspectiva sobre a gestão do relacionamento com clientes no setor automotivo Bauru, 13 de Dezembro de 2012 ______________________________________________________ Orientador/Presidente da Banca Examinadora Prof . Especialista Vinicius Rafael Bianchi ______________________________________________________ Prof. Ms. Alessa Berretini Rodrigues ______________________________________________________ Bel. Adm. Gerente Geral de Ag./ Banco do Brasil. Sr. Luiz Niquerito Dedicamos o trabalho às nossas famílias, base fundamental para à nossa formação profissional e pessoal. AGRADECIMENTOS Ao Professor Vinicius Rafael Bianchi pela orientação e sua dedicação à Faculdade Anhanguera e seus alunos. Ao Diretor Marcos Antônio Torres pela intensa dedicação e apoio que nos deu através da Faculdade Anhanguera. A Coordenadora Alessa Berretini pelo constante apoio e dedicação ao Curso de Administração de Empresas. À Faculdade Anhanguera, seus professores e funcionários que tanto nos ajudaram sempre com paciência e dedicação cientes da sua missão no processo educacional. Às nossas famílias, por nos dar apoio em todas as ocasiões e por ser um grande alicerce na construção de nossas vidas. Aos nossos amigos por terem divido 4 anos de momentos bons e ruins, o que é de fato a verdadeira amizade. AGRADECIMENTOS ESPECIAIS Agradeço à minha mãe - D. Zilda – pelo apoio incondicional e amor em todos os momentos da minha vida, ao Seu Luiz pela amizade, apoio, incentivo e exemplo, aos meus amigos Vinicius (missão cumprida!), Guto, Dani e Wagnão por compartilharem a verdadeira amizade. A Tia Lita e familiares. Ao Marcos Busch, à Alessa, ao Batata e ao Roger Barude pelos conselhos e por acreditarem no meu potencial. Leandro Alves Ribeiro “O homem não teria alcançado o possível se, repetidas vezes, não tivesse tentado o impossível”. Max Webber RESUMO Apresentamos este artigo com objetivo de trazer aos interessados uma leitura contextualizada em forma de perspectivas das dimensões da internet na gestão de relacionamento com o cliente sob a luz dos conceitos do marketing de relacionamento e CRM – Customer Relationship Management. A problematização decorre do fato de que o CRM tornou-se não apenas uma ferramenta, mas também um padrão de qualidade nas organizações, o que tende a colocar em risco sua implantação. O CRM Social, forma de atuação do CRM nas mídias sociais vem agudizar a situação, no sentido de que as organizações chegam até o cliente, ouvem o cliente porem não conseguem influir no processo decisório deste, o que é uma das premissas básica do CRM A revisão bibliográfica buscou alicerces nas obras dos mais renomados nomes do marketing, tais como Philip Kotler, Gary Armstrong, dos quais sintetizamos os princípios de marketing e fixamos os principais conceitos. Convergimos posteriormente para o marketing de relacionamento, analisando e contextualizando os princípios de Ian Gordon sobre o tema, destacando neste a relação com cliente como o principal bem da empresa. Realizando ainda a construção do problema acerca do CRM, sob análise da obra de Ronaldo Swift e finalizando o referencial teórico estudando os conceitos do marketing de relacionamento e CRM aplicados no mercado brasileiro por Miriam Bretzke. Obtivemos como resultados a perspectiva primeiramente que a internet detém uma grande dimensão e poder no que tange a relação com o cliente, tanto em resultados como em potencial. Para complementar a pesquisa e apontar novos horizontes, relacionamos e apresentamos algumas tendências com relação ao papel do CRM Social no setor automotivo, um dos pioneiros no uso da internet na gestão de relacionamento com o cliente. Analisamos os dados e as estatísticas da FENABRAVE – Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotivos e da ANFAVEA – Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotivos, que. O Estudo se apresenta sob forma de análises mensuradas em óticas tendentes e perspectivas. PALAVRAS-CHAVE: Marketing. Marketing de relacionamento. CRM. CRM Social. Gestão de Clientes. Setor automotivo. ABSTRACT We present this article in order to bring those interested in reading contextualized form of perspectives of the dimensions of the internet in managing customer relationships in light of the concepts of relationship marketing and CRM Customer Relationship Management. The questioning stems from the fact that CRM has become not only a tool but also a standard of quality in organizations, which tends to endanger its implementation. The Social CRM, CRM form of action in social media is exacerbating the situation in the sense that organizations reach the customer, listen to the customer however can not influence the decision making process of this, which is one of the basic assumptions of the CRM literature review sought foundations in the works of the most renowned names in marketing, such as Philip Kotler, Gary Armstrong, which synthesize the principles of marketing and fix the main concepts. Subsequently converged to relationship marketing, analyzing and contextualizing the principles of Ian Gordon on the subject, highlighting the relationship with this customer as the main asset of the company. Performing even the construction of the problem about CRM, under review by the work of Swift and Ronaldo finishing studying the theoretical concepts of relationship marketing and CRM implemented in the Brazilian market by Miriam Bretzke. Returned results as the first prospect that the internet has a great size and power when it comes to customer relations, both in results and potential. To complement the research and point out new horizons, relate and present some trends regarding the role of Social CRM in the automotive industry, one of the pioneers in internet use in managing customer relationships. We analyze the data and statistics FENABRAVE - National Federation of Motor Vehicle and ANFAVEA - National Association of Automotive Vehicle Manufacturers, which. The study is presented in the form of analyzes aimed measured in optical and prospects. KEYWORDS: Marketing. Relationship marketing. CRM. Social CRM. Customer Management. Automotive business LISTA DE ILUSTRAÇÕES FIGURA 1 – Marketing através do processo de troca ............................................... 17 FIGURA 2 – Um sistema simples de marketing ........................................................ 32 FIGURA 3 – Sistema Central de Marketing............................................................... 33 GRÁFICO 1 – Controle sobre as redes sociais ......................................................... 65 GRÁFICO 2 – Monitoramento da opinião do cliente ................................................. 66 GRÁFICO 3 – Monitoramento eficaz dos canais de CRM ........................................ 67 GRÁFICO 4 – Controle sobre as redes sociais ......................................................... 67 GRÁFICO 5 – Grau de interesse do consumidor na internet .................................... 71 GRÁFICO 6 – Perspectivas de colaboração nas redes sociais ................................ 72 GRÁFICO 7 – Modo de relacionamento através das mídias sociais ......................... 73 GRÁFICO 8 – Participação dos consumidores nas redes sociais............................. 77 LISTA DE TABELAS TABELA 1 – Tipos de mercado ................................................................................ 25 TABELA 2 – Tipos de demanda ............................................................................... 23 TABELA 3 – Níveis de produto ................................................................................. 23 TABELA 4 – Tipos de produtos ................................................................................ 23 TABELA 5 – Etapas no processo de marketing estratégico I ................................... 26 TABELA 6 – Etapas no processo de marketing estratégico II .................................. 26 TABELA 7 – Principais classes de oportunidade de crescimento ............................ 27 TABELA 8 – Objetivos das organizações ................................................................. 30 TABELA 9 – Elementos do marketing de relacionamento ........................................ 37 TABELA 10 – Categoria de clientes ......................................................................... 38 TABELA 11 – Tipos de vínculo com o cliente ........................................................... 39 TABELA 12 – Conversão dos conceitos de marketing de relacionamento ............... 59 TABELA 13 – Revendo os 4 P´s de Marketing ......................................................... 60 TABELA 14 – Benefícios do CRM ............................................................................ 62 TABELA 15 – Pesquisa sobre CRM Social .............................................................. 69 TABELA 16 – Pesquisa sobre vantagem competitiva do CRM Social ...................... 70 TABELA 17 – O que os internautas costumam fazer na internet ............................. 72 TABELA 18 – Para que os clientes gostariam de usar a rede social........................ 74 TABELA 19 – Ações que os clientes sociais realizariam na internet ........................ 75 TABELA 20 – Porque os clientes se tornaram membro de alguma comunidade ..... 76 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS ANFAVEA - Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotivo ADM – Administração CRM - Customer Relationship Management DBM - Database Marketing EDI – Eletronic Data Interchange FENABRAVE - Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotivo ITC – Integração de Telefonia Computadorizada T.I. – Tecnologia da informação WMS – Web Map Sevices SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 12 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............................................................................ 15 2.1. Marketing .......................................................................................................... .15 2.1.1. Principio de marketing ............................................................................. 15 2.1.1.1. Origem do marketing ................................................................................ 15 2.1.1.2. Necessidades ........................................................................................... 17 2.1.1.3. Desejos .................................................................................................... 18 2.1.1.4. Produtos ................................................................................................... 19 2.1.1.5. Mercados .................................................................................................. 19 2.1.2. Administração de marketing .................................................................... 20 2.1.2.1. Conceitos de marketing ........................................................................... 20 2.1.2.2. Administração de demanda ..................................................................... 21 2.1.2.3. Conceito de produto ................................................................................ 22 2.1.2.4. Conceito de venda ................................................................................... 25 2.1.3. Marketing estratégico .............................................................................. 26 2.1.3.1. Princípios do marketing ........................................................................... 26 2.1.3.2. Planejamento estratégico e processos de marketing .............................. 29 2.1.4. O sistema de marketing e o ambiente ..................................................... 32 2.1.4.1. Conceito de sistema de marketing .......................................................... 32 2.1.4.3. Público ..................................................................................................... 35 2.2. Marketing de Relacionamento .............................................................. 36 2.2.1. Conceitos e princípio de marketing de relacionamento ........................... 36 2.2.2. Vínculos com o cliente.............................................................................. 38 2.2.3. Níveis de vínculo com o cliente ................................................................ 39 2.2.4. Tecnologia para o marketing de relacionamento ...................................... 40 2.2.4.1. Clientes .................................................................................................... 40 2.2.4.2. Categorias ................................................................................................ 41 2.2.4.3. Capacidades ............................................................................................ 41 2.2.4.4. Controle dos processos monetários ......................................................... 42 2.2.4.5. Colaboração e integração ........................................................................ 43 2.2.4.6. Customização ........................................................................................... 43 2.2.4.7. Posicionamento ........................................................................................ 44 2.2.4.8. Comunicações, Interação e posicionamento ............................................ 44 2.2.4.9. Cálculos sobre o cliente ........................................................................... 44 2.2.4.9. Cadeia de relacionamentos ...................................................................... 46 2.3. Customer Relationship Management ................................................... 46 2.3.1. CRM Transforma a empresa .................................................................... 46 2.3.2. O poder da internet no processo de vendas ............................................. 44 2.3.3. Agregando valor e competindo em tempo real ......................................... 52 2.4. Customer Equity ..................................................................................... 53 2.4.1. O Valor do cliente ..................................................................................... 53 2.4.2. Construindo o valor do cliente .................................................................. 54 2.4.3. Agregando valor e competindo em tempo real ......................................... 55 2.4.4. Agregando valor e competindo em tempo real ......................................... 52 3. METODOLOGIA ...................................................................................... 58 4. RESULTADO DA PESQUISA E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS ....... 58 4.1.1. Marketing de Relacionamento .................................................................. 58 4.1.2. Valor Econômico do CRM ........................................................................ 61 4.1.3. As vantagens competitivas da internet e CRM ......................................... 63 4.1.4. O CRM Social gerando lucratividade........................................................ 64 4.1.5. O CRM Social no setor automotivo .......................................................... 71 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ..................................................................... 78 REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 82 12 1 .INTRODUÇÃO A presente pesquisa visa explorar os principais vértices da Administração de Marketing, abordamos importantes tópicos sobre Marketing, Marketing de Relacionamento, Customer Equity, para finalmente descrever sobre CRM em um dos seus mais importantes e novos avanços o CRM social uma forma de interagir com clientes a partir de informações disponibilizadas nas redes sociais. A presente pesquisa apresentará conceitos, sob forma de perspectivas acerca do Marketing de Relacionamento, CRM, CRM Social em uma visão aprofundada e contextualizada sobre o papel da ferramenta na gestão de relacionamento com clientes. Com objetivo de radiografar o cenário de atuação do CRM Social destacamos um importante segmento usuário da ferramenta. Na busca de perspectivas do que deverá ser a gestão de relacionamento com clientes, contextualizamos o cenário da presente pesquisa primeiramente de forma global destacando a atuação do CRM Social nas organizações em todo mundo para filtrar somente a atuação da ferramenta em um dos setores que devem liderar o crescimento de vendas nos próximos 2 anos, o setor automotivo. De acordo com anuário da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores – Brasil (ANFAVEA) em 2001 os fabricantes de veículos automotivos fecharam o ano com uma produção de 1.817.116 unidades, já em 2011 fecharam o ano com 3.432.616 30/10/2012). veículos automotivos produzidos. (anfavea.com.br/anuário: A previsão mais pessimista de acordo com a evolução dos números da última década e que em dois ou 3 anos seja atingida a marca de 4 milhões de unidades produzidas em todo país. É notável o aumento da produção de auto veículos bem como paralelamente o aumento das vendas fruto de um momento favorável à indústria automotiva ocasionado pela flexibilidade de crédito ao cliente, o que aquece o mercado, acirrando a briga entre as fabricantes no país. 13 As informações acima ratificam um grande potencial de vendas no mercado, e nesse papel as concessionárias de veículos tomam uma posição fundamental no processo, sendo elas a ponte entre o cliente e a indústria. A gestão de relacionamento com cliente é um dos fatores decisivos para que determinada marca se diferencie no mercado, sendo ela responsável não apenas pela venda ao cliente mas também pelo monitoramento da satisfação do cliente, quais suas dúvidas, preferências nesse momento em um cenário que busca pela diferenciação colocar o cliente no centro do processo é uma estratégia que diminui custo, diminui investimento no esforço de marketing, possibilita chegar ao produto ideal criado na mente do cliente e consequentemente permite a empresa aumentar o lucro e visibilizar os clientes mais rentáveis. Segundo a FENABRAVE- Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (fenabrave.org.br:conteúdo 23: 08/04/2011) o CRM social tem se tornado um grande diferencial das concessionárias no atendimento ao clientes, a presença do CRM na mídias sociais tem sido um canal de comunicação de duas vias permitindo envio de informações e respondendo dúvidas atendendo as diversas necessidades dos usuários. A FENABRAVE ainda aponta que apenas umas das concessionárias possui um total de 15 mil seguidores em uma das redes sociais, o que possibilita o estreitamento da relação das organizações com cliente através desta ferramenta. O potencial de vendas presente nas redes sociais é evidente tanto como e evidente que o CRM Social tem uma posição excelente na gestão de relacionamento com clientes. A Ferramenta CRM Social usa as mídias sociais, técnicas e tecnologias tendo como objetivo geral permitir que as organizações se relacionem com os clientes e não apenas monitorar as redes sociais, sendo que seus objetivos específicos variam de acordo com os problemas e características da forma de relação que deseja ser mantida estes. Os Sistemas de CRM social são softwares usados na operação como Sugar CRM e Microsoft Dynamics, não devendo ser confundidos com a ferramenta CRM Social. O Também conhecido com Social CRM, é recente, não existindo bibliografias definitivas acerca da ferramenta em específico, contudo existe um grande campo de pesquisas que apontam o CRM 14 Social como vantagem competitiva, gerando lucratividade, trazendo informações importantes para antecipar as necessidades e os desejos dos clientes, agindo e influenciando no processo decisório de compra, como verificamos nos números da Nucleus Research/Boston 2012. Destacamos também que apesar dos bons resultados obtidos por parte das organizações, ainda existem um grande número de empresas que apresentam problemas com a ferramenta conforme dados da Harvard Bussines Analitycs Services. Analisando a pesquisa encontramos um dos principais problemas acerca do uso da ferramenta CRM Social. A Problematização decorre através do CRM Social e do uso da internet no setor de vendas e sua atuação na gestão de relacionamento com o cliente. O CRM social, não atua no processo decisório do cliente, e como consequência e se torna uma ferramenta eficiente porem não eficaz dentro marketing de relacionamento como solução de marketing. Outra questão levantada é que a ferramenta tem sido utilizada como um software e não propriamente tem sido aplicado dentro de uma visão sistêmica o que resulta em implantações de CRM que não agregam valor econômico para as organizações visto que algumas organizações visualizam o CRM como vantagem competitiva porem usam a ferramenta sem ter um problema central a ser resolvido, não conseguindo atingir as vantagens competitivas sustentáveis oferecidas pelo potencial de comunicação oferecido pela internet. As concessionárias de veículos investem valores significativos dentro do seu planejamento de marketing para poder interagir com seus Clientes Sociais, no entanto os problemas de gestão de relacionamento com o cliente através do CRM Social, tem apontando perspectivas e tendências para investimentos na área de pesquisa, qualificação, treinamento e atualização dos profissionais que operam o sistema. Outra demanda importante vinda dos problemas originados pelo uso da ferramenta é o modismo massificado que leva organizações implantarem esta sem uma análise aprofundada acerca da ferramenta. Em síntese na busca de oferecer qualidade ao cliente, algumas organizações partem de um conceito que CRM Social é um sistema padrão de qualidade, que vai gerar automaticamente resultados aos gestores, o que é contrariamente exposto pelos principais autores e especialistas da área. Outra variável importante nas questões mais problemáticas acerca da 15 ferramenta tem origem quanto a sua eficácia na relação com cliente, citando novamente que a ferramenta não atende sozinha e depende de um prévio planejamento para a sua aplicação, indagamos se ela realmente tem sido eficaz ou apenas eficiente na gestão de relacionamento com o cliente e quais são as perspectivas da gestão do relacionamento com cliente através da internet. A hipótese tem relação com marketing de relacionamento aplicado através do CRM – Customer Relationship Management nas organizações do setor automotivo. As organizações visualizam vantagem competitiva no uso da ferramenta com tudo a dificuldade em influenciar e interagir com o cliente nas redes sociais e principalmente a baixa amostragem de resultados, traz a perspectiva à curto prazo, de novas pesquisas, treinamentos, qualificação e especialização no CRM Social quanto em relação à Internet, para que seja possível delimitar a dimensão e o poder destes na gestão de relacionamento com o cliente, bem como a medição e mensuração de resultados eficazes que de fato maximizem a lucratividade das organizações, ainda organizações tem procurado a Internet como forma de custo reduzido para suas estratégias de marketing ao invés de direcionar o seus investimentos no canal. O Objetivo geral é estudar a relação cliente-internet-organizações, convergindo em uma perspectiva do marketing de relacionamento e CRM social na gestão de clientes, evidenciando o papel da internet e do CRM Social nesse processo. Na pesquisa delimitamos os objetivos específicos: - Identificar a perspectivas do marketing de relacionamento como solução para o marketing. - Analisar o valor econômico do CRM - Descrever a vantagem competitiva e sustentável da internet à longo prazo. - Avaliar importantes ações dos clientes nas mídias sociais do setor automotivo. - Avaliar o relacionamento com os clientes através das mídias sociais. - Descrever importantes benefícios que o CRM Social traz para as organizações em geral. 16 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 2.1. Marketing 2.1.1.1.Princípios fundamentais de marketing 2.1.1.1.Origem do Marketing Segundo Theodore Levitt (1990, p. 67), “Marketing é obter e manter clientes”. De acordo com Peter Drucker (1989, p. 45), “O Marketing é tão básico que não pode ser considerado uma função isolada. É o negócio todo visto do ponto de vista do resultado final, isto é, do cliente”. Para a American Marketing Association (2005), “Marketing é uma função organizacional, é um conjunto de processos que envolvem a criação e a entrega de valores a seus clientes, bem como administração do relacionamento”. Para Philip Kotler (2005, pg. 27), “O Marketing é a função empresarial que identifica necessidades e desejos insatisfeitos, define e mede sua magnitude e seu potencial de rentabilidade”. Para Al Ries (2006, pg. 46), “Marketing é uma guerra mental. São as ideias que estão nas cabeças das pessoas que determinam se um produto terá sucesso ou não”. O marketing é fundamental para as organizações desenvolverem seus negócios, sendo que os estudos acerca deste, tiveram inicio na Revolução Industrial ocorrida entre os séculos XVIII e XIX, na qual as mudanças tecnológicas provocaram um grande impacto no processo de produção. O estudo mercadológico tinha como objetivo administrar a nova realidade do mercado, que 17 se encontrava dentro do fenômeno cultura de massa, oriunda das novas relações entre as nações nesse período. Nessa época o marketing estava subordinado à logística e a processos produtivos, bem como os consumidores não tinha poder de barganha e a concorrência era inexistente. (Drucker, 1989) Para Kotler (2005, p. 56). “o Interesse pelo marketing é paradoxal, porque muito embora seja uma das disciplinas de ação mais recente do homem, é também umas das mais antigas profissões do mundo”. O Marketing surge formalmente no século XX, decorrentes de uma lacuna provida por problemas negligenciados pela sua ciência mãe, a Economia. Após a Segunda Guerra Mundial, o declínio econômico e politico dos grandes países europeus como Alemanha, Itália, Grâ-Bretanha se consumou, sendo que o mundo ficou polarizado entre Estados Unidos da América e União Soviética, consequentemente a Europa se polarizava entre os países europeus Capitalistas e os Socialistas. Em 1947 os Estados Unidos lançam o Plano Marshal, para arquitetar a reconstrução da Europa pós guerra, impulsionando os países capitalistas, alguns anos depois em 1954 Peter Drucker lança em seu o Livro “Prática de Administração de Empresas” colocando o Marketing como uma força poderosa a ser considerado pelos administradores. Anteriormente Robert Bartels, Walter Scott e William J. Reilly, começavam a caminhar pelo campo teórico do estudo de mercado porém os princípios de marketing eram bastantes limitados. Nota-se que nesse período o mundo capitalista necessitava de um estudo de mercado que se mostrasse eficaz, entretanto durante algum tempo o marketing era algo subjetivo, apenas constava no organograma das organizações e subordinava-se a produção e logística. (Drucker,1989) P.T. Barnum, conhecido como o príncipe das falcatruas, era empresário do ramo de entretenimento, autor de The Science of Getting Rich` e `The Art of Money Getting, trazia em seus livros, técnicas ,maliciosas, no período de vendas a qualquer custo, o que faz até hoje com que os profissionais do mercado sejam visto com desconfiança, fazendo das vendas um espetáculo de charlatonice baseado em intuição e “esperteza”. 18 2.1.1.2. Necessidades De acordo com Kotler (2005, p. 65), “marketing é a atividade humana dirigida para a satisfação das necessidades e desejos, através do processo de troca”, conforme figura 1. NECESSIDADES DESEJOSDESEJ O TROCA PRODUTOS E SERVIÇOS EMPRESA Figura 1: Marketing através do processo de troca Fonte: Autor Seguindo a linha de raciocínio de Kotler, podemos afirmar convictamente que os conceitos básicos do marketing são as necessidades humanas, que são estados de carência percebida. O Ser humano tem necessidades complexas, necessidades básicas físicas de alimentação, roupas, calor, segurança, necessidades sociais de fazer parte de um determinado grupo ser aceito, ser querido, ser admirado e também necessidades de conhecimento e auto-realização. As necessidades citadas não são criadas pelos profissionais do marketing, elas fazem parte da existência do homem dentro da sua sociedade 19 2.1.1.3. Desejos Desejos são as necessidades do ser humano, providas a partir da cultura e pelas características individuais. Os desejos são conceituados como objetos que satisfazem as necessidades. A medida da evolução da sociedade, os desejos aumentam, o ser humano é exposto a objetos que despertam o seu interesse e desejo, as organizações tentam fornecer produtos que satisfaçam esses desejos. O ser humano tem desejos ilimitados, porém os meios de produção são limitados, logo as pessoas optam por produtos que podem lhe oferecer maior valor agregado e satisfação, de acordo sua realidade financeira. As empresas que direcionam suas diretrizes através do marketing, tem como foco primordial conhecer as necessidades e as demandas de seus clientes. Basicamente as organizações procuram por informações dos seus clientes, analisando seu perfil e seu comportamento sobre determinado produto e ou serviço. Os vendedores são capacitados a realizar não somente a venda mas também reter informações sobre o que o cliente quer além do que ele já esta adquirindo. Toda a operação realizada no período de tempo no qual o cliente é atendido visa o detalhamento das preferências deste, para subsidiar o planejamento de estratégias de marketing. 2.1.1.4. Produto Os produtos são colocados no mercado para satisfazer as necessidades do cliente, o conceito sugere um objeto físico, entretanto qualquer coisa capaz de satisfazer a necessidade do cliente pode ser considerada como produto, pois em um conceito mais aprofundado o que é destacado e levado em consideração são os benefícios que o cliente tem em função do produto. Em Marketing seus profissionais usam as expressões bens e serviços para distinguir entre os produtos tangíveis e os produtos intangíveis. Conceitua-se produtos tangíveis como, carros, televisões, computadores, ou seja aquilo que tem seus valor mensurável, seu valor é tangível. No campo dos produtos intangíveis, podemos citar, pessoas, lugares, atividades, idéias entre outros. Um importante tópico que podemos abordar quando falamos em produtos é o que o produto realmente faz ou seja, qual é o seu benefício. No auge 20 da tecnologia, podemos facilmente observar por exemplo celulares com valores agregados, mp3, tv digital, jogos, internet, etc. O que precisa ser avaliado é qual beneficio que irá satisfazer o cliente. Quando ele compra um celular ele quer um aparelho que permita realizar comunicação com qualidade ou seja o produto físico é apenas um meio para conseguir satisfazer a necessidade do cliente que precisa falar com outras pessoas e não apenas ter um celular. 2.1.1.5. Mercados Em marketing conceituamos mercados como grupo de compradores reais e potenciais de um produto, sendo que a dimensão de um mercado depende do número de pessoas que apresentam necessidades, tendo recursos para realizar trocas com as organizações. Em economia o termo mercado é usado para ser referir a um conjunto de compradores e vendedores que realizam transações de um determinado produto. (Kotler, 2005). TIPO DE MERCADO GRUPO DE CLIENTES Mercado de Necessidades Empresas de Saúde Mercado de Produtos Eletrônicos de consumo Mercado Demográfico Como adolescentes geração Pós- Segunda Guerra Mundial Mercados Regionais Como o sudeste dos EUA ou da Europa Ocidental Mercado Financeiro Instituições Bancárias e Autarquias financeiras, Mercado de Trabalho Agências de recursos, humanos organizações em geral Mercado Filantrópico Tabela 1: Tipos de mercados FONTE: Autor Ongs e demais instituições do gênero e 21 2.1.2. Administração de Marketing 2.1.2.1. Conceitos de Administração de marketing Para Kotler (2005, p. 34) “A Administração de Marketing é a analise, o planejamento, a implementação e o controle de programas destinados a realizar as trocas desejadas como o mercado alvo com o proposito de atingir as metas da organização”. Marketing é administrar mercados com o proposito de satisfazer as necessidades do homem, conceitua-se administração de marketing como análise, planejamento, implementação e controle dos programas destinados a criar, desenvolver e manter trocas de benefícios com os compradores-alvos a fim de atingir objetivos das organizações. Marketing em uma visão moderna é administrar principalmente o relacionamento com o cliente. (Kotler, Armstrong, 2007). 2.1.2.2. Administração da demanda Segundo Kotler (2005, p. 35) “A administração de marketing é a atividades de regular o nível, o tempo e o caráter da demanda, de tal modo que ajude a empresa a atingir seus objetivos”. Em uma visão superficial, conceitua-se como encontrar bastantes clientes para vender o que a organização produz, no entanto a organização necessita de um nível exato de clientes para a sua demanda. Existem demandas irregulares, demandas excessivas e até a falta de demanda, sendo marketing responsável diretamente por administrar essas situações de mercado. Na administração da demanda busca-se não somente descobrir e ampliar a demanda, mas como interagir e trabalhar em cima das demandas. Dentro do mercado podem existir por exemplo, excesso de demanda em determinados produtos e serviços que necessitam ser regulados, dotados de uma demanda estável, petróleo, energia elétrica são alguns exemplos.Uma demanda instável 22 causa problemas de grandes proporções, seja de ordem externa a da organização tais como impacto econômico, político, até problemas internos o da organização como produção, logística, armazenagem e demais. Os objetivos da organização passam pela administração da demanda. Em síntese a organizações projetam o nível desejado de transações com determinados mercados e administração da demanda torna-se tarefa básica de marketing. A seguir apresentamos uma tabela que indica tipo de demanda, ações e qual tipo de marketing deve ser utilizado e em função de qual demanda, com uma forma de padronizar de forma sistêmica as ações de marketing que devem ocorrer nas organizações quando estas estão diante de cenários e configurações dos diferentes tipos de mercado. Abaixo tabela conceituando tipos de demanda. Tabela 2: Tipos de demandas TIPO DE DEMANDA 1.Demanda negativa AÇÃO TIPO DE MARKETING Corrigir a demanda Marketing de Conversão 2.Demanda Inexistente Criar demanda Marketing de Estímulo 3.Demanda latente Desenvolver a Marketing de demanda desenvolvimento Revitalizar a demanda Marketing de 4.Demanda declinante Revitalização 5.Demanda irregular Sincronizar demanda Marketing de sincronização 6 Demanda plena Manter a demanda Marketing de manutenção 7.Demanda excessiva Reduzir a demanda Marketing de redução 8.Demanda indesejada Destruir a demanda Marketing de eliminação FONTE: Autor 23 2.1.2.3. Conceito de Produto Segundo Kotler e Armstrong (2007, p. 82) “Produto é qualquer coisa que possa ser oferecida a um mercado para atenção, aquisição, uso ou consumo, e que possa satisfazer a um desejo ou necessidade”. Destacamos na citação acima que produto é descrito pelos autores como algo dentro de um mercado, para satisfazer o desejo e a necessidade do cliente, conforme o conceituado no item 2.1.1.5, o conhecimento dos mercados e do cliente são bases importantes para se chegar ao produto. Tabela de níveis de produto: Tabela 3: Níveis de produto NÌVEL PRODUTO Produto Núcleo Central Usado por usuários finais Produto tangível Constituido por qualidade, estilo, marca e embalagem. Produto Ampliado Produto tangível somado a garantia, instalação, entrega gratuita e outros. FONTE: Autor Como outro ponto importante que pode levar a “Miopia de Marketing”, podemos citar as estradas de ferro, as organizações acreditavam que as pessoas necessitavam de trens e não de transporte e logo surgiriam carros, aviões, ônibus e caminhões ou seja; para evoluir seu produto é necessário enxergar o real desejo ou necessidade do cliente. Abaixo conceitos sobre tipos de produto. 24 Tabela 4: Tipos de produto TIPO DE PRODUTO CLIENTE Produto ao consumidor Usuários finais. Produtos Industriais Usados na produção de outros bens. Bens de convêniência Adquridos frequentemente e com esforço mínimo. Bens de Impulso Compra por estimulo sensorial imediato Bens de emergência Bens necessários imediatamente. Bens de compra comparada Alguma comparação com outros bens como carro e tv´s produtos que exijam alto nível de comparação. Bens de especialidade Comparação extensiva com outros bens e uma longa busca por informações. Bens não procurados Vagas em cemitérios e seguros. Bens perecíveis Bens que irão deteriorar rapidamente mesmo sem uso. Bens Duráveis Bens que sobrevivem a multiplos usos. Bens não duraveis Bens que serão usados de uma unica vez. Bens de capital Instalações, equipamentos e construções Partes e Materiais Bens que são agregados à um produto final. Abastecimento e serviço Bens que facilitam a produção. Commodities Bens indiferenciáveis com trigo, ouro e açucar. Produtos Intermediários FONTE: Autor Resulta da fabricação de outro produto. 25 Ainda destacamos alguns pontos essenciais no conceito de produto como qualidade, que é a capacidade do produto em satisfazer o cliente, eliminando os pontos fracos e maximizando os pontos fortes, aumentando a aceitação do produto. A apresentação do produto, sendo que o produto não apenas sejam bom como deve parecer bom, tendo como alguns de seus itens principais tais como, cor, embalagem e exposição bem como direcionamento ao seu público-alvo e a marca do produto que consequência diretamente da relação da organização com o cliente, sendo que quanto mais forte a marca, mais ela passa a ser mais importante do que propriamente o produto oferecido. 2.1.2.4. Conceito de Venda Conforme Kotler (2005, p. 40), “Conceito de venda é uma orientação da administração que pressupõe que os consumidores normalmente não comprarão o suficiente dos produtos da empresa, a não ser que sejam abordados por um esforço substancial de venda e promoção”. Constantemente o conceito de venda é confundido com o conceito de marketing, contudo podemos afirmar que são dois conceitos que se diferenciam pelas suas perspectivas, sendo que ao conceituarmos marketing temos como ponto de partida o mercado, as necessidades dos clientes, marketing integrado e o lucro através da satisfação dos clientes. As premissas implícitas do conceito de vendas, afirmam que conseguir vendas substanciais para seus produtos é uma das tarefas principais, sendo que os consumidores normalmente não comprarão o suficiente por si mesmo, sendo estes podendo ser induzidos a comprar através do desenvolvimento de estratégias para o estímulo de vendas. 26 2.1.3. Marketing Estratégico 2.1.3.1. Conceito de Marketing Estratégico Segundo Kotler (2005, p. 75), “Marketing estratégico é o processo de análise de oportunidades, escolhas de objetivos, desenvolvimento de estratégias, formulação de planos e execução de implementação e controle”. A luz da definição acima traduz as principais atividades do marketing para com as funções dentro da organização, é o que tem que ser feito e como se deve ser feito e suas etapas. Abaixo as etapas do marketing estratégico Tabela 5. Etapas no processo de Marketing Estratégico I 1- Oportunidade de Mercado 2 – Objetivo da Empresa 3 – Estratégia de Marketing 4 – Plano de Marketing 5 – Implementação dos planos de Marketing 6 – Controle de Marketing FONTE: Autor Tabela 6: Etapas no processo de Marketing estratégico II 1- Objetivos da Empresa 2 – Análise de Oportunidade 3 – Estratégia de Marketing 4 – Plano de Marketing 5 – Implementação dos planos de Marketing 6 – Controle de Marketing FONTE: Autor 27 De acordo com Kotler (2005, p. 77) “A oportunidade de marketing de uma empresa é uma área de importante ação mercadológica em que determinada empresa desfruta de uma vantagem diferencial”. Apesar de se existir um debate sobre ao primeiro passo do processo de estratégia de marketing, sendo que uma corrente de pensadores, afirmam que as organizações nascem de uma oportunidade enquanto outros argumentam que os objetivos deveriam preceder a análise de oportunidades, fazemos referencias as duas na presente pesquisa, sendo que salientamos que as duas hipóteses tem seu mérito e torna possível iniciar o processo de marketing estratégico. Para Kotler (2005, p. 79), “O conjunto de todas as oportunidades mercadológicas disponíveis para uma empresa pode ser denominado conjunto de oportunidades da empresa”. A Economia é marcada por ciclos de vidas de produtos, concorrências crescentes e rápidas, mudanças no macro ambiente, sendo que nenhuma empresa pode apoiar com segurança o seu futuro sobre os seus produtos e mercados atuais, o desenvolvimento de oportunidades é o fator o qual as organizações estão conscientes em relação a sua necessidade. A seguir as tabelas sobre crescimento. Tabela 7: Principais classes de oportunidades de crescimento I – CRESCIMENTO INTENSIVO II – CRESCIMENTO III – CRESCIMENTO INTEGRADO DIVERSIFICADO Penetração de mercado A, Integração “para trás” A. Diversificação concêntrica Desenvolvimento de Mercado B. Integração “para frente” B. Diversificação Horizontal Desenvolvimento de produto C. Integração horizontal C, Diversificação conglomerada FONTE: Adaptado/Kotler 2005 28 I - Crescimento intensivo significa que uma empresa não tenha explorado totalmente as oportunidades latentes de seus produtos e mercados. Penetração no mercado consiste em a organização aumentar a venda de seus mercados atuais por meio de um esforço de marketing mais agressivo Desenvolvimento no mercado consiste na tentativa da empresa em aumentar as vendas introduzindo os seus produtos atuais em novos mercados. Desenvolvimento de produto consiste na tentativa de a empresa aumentar as vendas por meio do desenvolvimento de produtos aperfeiçoados para o seu mercado atual. II - Crescimento integrado significa que tem sentido para a organização se a indústria básica tem um crescimento sólido e a empresa puder aumentar a lucratividade e eficiência movendo-se de trás para a frente ou horizontalmente dentro da indústria. Existem três possibilidades de crescimento integrado. Integração “para trás” consiste na tentativa de uma empresa obter a posse ou maior controle de seus sistemas de abastecimento. Integração “para frente” consiste na tentativa da empresa em obter maior controle sobre seu sistema de distribuição Integração horizontal. Consiste na tentativa de uma empresa o controle de alguns dos seus concorrentes. III – Crescimento diversificado faz sentido para uma empresa se o sistema central de marketing não demonstrar oportunidade adicional de crescimento ou lucro significativo e ou se as oportunidades fora do sistema central de marketing atual forem superiores. 29 Diversificação concêntrica consiste na tentativa de a empresa adicionar novos produtos que tenham sinergias tecnológicas e ou marketing com as linhas de produtos existentes, sendo que esses produtos atrairão novas classes de clientes. Diversificação Horizontal consiste na tentativa da organização em adicionar novos produtos que poderiam atrair seus consumidores atuais, mesmo não estando tecnologicamente relacionados a linha atual de produção. Diversificação conglomerada consiste na tentativa de organização em adicionar novos produtos para novas classes de consumidores, eliminando algumas deficiências, representando grande oportunidade ambiental sendo que em ambos os casos, esses produtos não tem relação com a tecnologia, os produtos, os mercados e as empresas. (Kotler, Armstrong,2005) 2.1.3.2. Planejamento Estratégico e Processos de Marketing Para Kotler (2005, p. 75), “O trabalho do profissional de marketing começa muito antes da fabricação do produto da empresa e continua muito depois de sua venda estar consumada”. O profissional do marketing pesquisa o estudo da necessidade e desejos do consumidor, desenvolvendo conceitos de produtos dirigidos a satisfação de necessidades insatisfeitas, projetando características de produtos, embalagens, a marca, estabelecendo preços, entre outras tarefas que visam obtenção de retorno do investimento, direcionando a distribuição em diferentes locais, criando um canal de comunicação eficaz que diminua a distancia entre o cliente e o produto. Considerando um contexto de atividades específicas podemos analisar o planejamento estratégico e os processos de marketing. Segundo Kotler e Armstrong (2007, p. 23), “O planejamento estratégico como o processo de desenvolvimento e manutenção de uma referência estratégica entre 30 os objetivos e capacidades da empresa e as mudanças de suas oportunidades no mercado”. No planejamento estratégico o desenvolvimento de uma missão clara para a empresa, bem como a definição de objetivos, de um bom portifólio de negócios é a base fundamental para o desenvolvimento do planejamento das estratégias de marketing e outras estratégias funcionais. Para Kotler e Armstrong (2007, p. 24) “A declaração da missão é uma definição do propósito da organização. O que ela deseja atingir em um ambiente maior”. As organizações existem em função de algo, elas necessitam ter um proposito ou missão bem definida, precisa ser evidente qual é o negócio, quem é o cliente, o que os clientes valorizam, qual será o negócio da empresa. As empresas que dominam os mercados examinam esses pontos constantemente. A definição clara da missão da empresa é capaz de guiar as pessoas dentro das organizações de modo que eles desenvolvam seu trabalho, atingindo os objetivos gerais das organizações. Abaixo tabelas sobre objetivos das organizações: Tabela 8: Objetivos das Organizações EMPRESA DEFINIÇÃO DEFINIÇÃO ORIENTADA PARA ORIENTADA PARA O PRODUTO MERCADO Vendemos estilo de vida e auto-expressão; Revlon Fazemos cosméticos sucesso e status; lembranças esperança e sonhos 31 Oferecemos fantasia e Disney Temos parques diversão - Um lugar temáticos onde a américa ainda funciona como deve Oferecemos produtos e serviços que dão valor Wal Mart Temos supercentros aos norte americanospadrão Tornamos os negócios mais produtivos Fazemos copiadoras, Ajudando a escanear, faxes, e outras armazenar, resgatar, máquinas de escritório reavisar, distribuir, Xerox imprimir e publicar documentos Oferecemos áreas O.M.Scott Vendemos sementes de verdes e com aspecto grama e fertilizantes saudável Oferecemos conselhos e Home Depot Vendemos ferramentas soluções que e artigos para consertos transformam donos de caseiros casa desajeitados em Sr e Srª Faz-Tudo FONTE: Adaptado/Kotler 2005 A definição da missão da empresa deve dar visão e direção para a organização nos próximos 10 ou 20 anos, contudo caso a missão tenha perdido credibilidade ou não represente mais o melhor caminho para a organização, ela deve ser revisada de acordo com o ambiente e o cenário que se apresente. 32 2.1.4. O Sistema de Marketing e o Ambiente 2.1.4.1. Conceito de Sistema de Marketing Para Kotler (2005, p. 48) “Um sistema de marketing é um conjunto de instituições e fluxos significativos que liga as organizações a seus mercados”. Analisando os conceitos de marketing podemos entender a amplitude e a complexidade de um sistema de marketing e seu ambiente. Analisar cenários e entender o papel de cada agente dentro do sistema e avaliar a variabilidade do ambiente são grandes desafios. Abaixo apresentamos o sistema de marketing de acordo com figura 2 Figura 2: Um sistema simples de marketing Fonte: Adaptado/Kotler 2005. 33 A partir da definição de Kotler, observando a figura acima temos um sistema simples de marketing a fim de esboçar os primeiros conceitos deste. Contudo diante da evolução das organizações em suas constantes atualizações de suas missões, com a abertura de novos mercados, impulsionando o desenvolvimento de bens e serviços, dentro de uma economia globalizada e principalmente diante do salto tecnológico que impulsionou o desenvolvimento, e massificação da comunicação, passamos a ter sistemas de marketing maiores, mais complexos, com variáveis e ambientes imprevisíveis, conforme figura 3: Figura 3: Sistema Central de Marketing Fonte: Adaptado/Kotler 2005. 34 2.1.4.2. Sistema Central de Marketing Segundo Kotler (1980, p. 50), “O sistema central de marketing descreve a rede de instituições-chave que interagem a fim de suprir os mercados finais com os bens e serviços de que necessitam”. Com base na afirmação acima temos uma rede de instituições que interagem durante o processo. Os intermediários (revendedores, agentes, corretores, empresas de transporte, armazéns, empresas de credito e agências de propaganda) são instituições que aparecem para facilitar o trabalho de se consumarem as trocas. Os intermediários executam pelo menos quatro funções dentre as quais são a procura de mercado, distribuição física, comunicação e negociação. Para Kotler (1980, p. 52) “A empresa é essencialmente uma máquina de conversão de recursos que transforma matéria-prima, máquinas, mão de obra e provisões em produtos úteis”. Os fornecedores são um componente-chave, no sistema central de marketing, é através deles que são obtidos recursos para prover produtos. A organização deve conhecer profundamente o funcionamento do mercado de fornecedores bem como manter um relacionamento estreito a fim de obter bases solidas para as negociações. Os concorrentes são parte do sistema central de marketing porque influenciam ativamente a escolha dos objetivos de mercado da empresa, dos intermediários, fornecedores, do composto de produto e dos compostos de marketing. 2.1.4.3. Público Conforme Kotler (1980, p. 59), “Um público é qualquer grupo distinto que possui um interesse ou cause um impacto real ou potencial em uma organização”. 35 A partir da definição acima conceituamos públicos em três tipos, sendo o público mútuo o publico que está interessado na empresa e que recebe o interessa desta, temos como exemplo a comunidade financeira, o público procurado que é um público no qual a organização busca, citando como exemplo a mídia de massa, esperando a cobertura das suas atividades por parte da imprensa e público não desejado, que é o público que organização não procura, como exemplos podemos citar os consumidores boicotadores que falam mal da empresa. Aprofundando em conceitos de públicos temos a comunidade financeira, que são os bancos, as empresas de investimentos, as corretoras da bolsa de valores, os acionistas e demais agentes que tem capacidade de fundos, a administração da empresa procura manter uma boa imagem para a comunidade desenvolvendo planos concretos de marketing a fim de obter respostas positivas dos diversos públicos financeiros.(Kolter, 2005). A imprensa independente, que compreendemos como mídia de massa e comercial, repercutem fatos em noticias, reportagens e editorias, as empresas são extremamente vulneráveis ao papel desempenhando pela mídia no que for afetar sua capacidade de atingir suas metas de marketing, a imprensa pode produzir notas que podem destruir as possibilidades de vendas de produtos importantes. Outro fator importante em conceitos de públicos são os orgãos Governamentais e legisladores, na história do marketing os acontecimentos governamentais tem influído diretamente nos resultados obtidos pelo marketing sejam positivamente ou negativamente, as politicas de marketing das empresas tem incluído nas suas simulações de cenários todas as movimentações do governo e legisladores. Os interesses de grupos de meio ambiente, organizações de minorias, associações de amigos de bairros e outros grupos de interesse também afetam as decisões de marketing da empresa e um item importante a ser observado. Finalizando o conceito de públicos citamos o público geral, a empresa esta 36 diretamente preocupada com as atitudes do público em relação aos seus produtos, as organizações exercem muitas atividades a fim de melhorar sua imagem pública. 2.2. Marketing de Relacionamento 2.2.1 Conceitos e Princípios do Marketing de Relacionamento Para McKenna (1991, p. 45), “Marketing de Relacionamento ou pós marketing significa construir e sustentar a infraestrutura dos relacionamentos com o cliente”. De Acordo com Ian Gordon (2001, p. 31), “O marketing de relacionamento é o processo contínuo de identificação e criação de novos valores com os clientes individuais e o compartilhamento e criação de seus benefícios”. Segundo Peppers, Rogers (2005, p.57), “O mais importante hoje não é simplesmente adquirir novos clientes, mas manter os clientes existentes em seu portfólio”. Uma vida de parceria com o cliente é isso que se espera quando tangimos pelo marketing de relacionamento, focando toda a administração do esforço de marketing em função de compreender e se concentrar nas necessidades e desejos destes. Sobre tudo o marketing de relacionamento procura além de criar novos valores, reconhecer o cliente de forma individual, exigindo das organizações elaborar estratégias eficazes de atuação, alinhamento dos seus processos de negócios, suas comunicações, sua tecnologia e seu pessoal para manter o valor individual que cada cliente deseja. A abordagem trata de um esforço continuo e colaborativo entre o comprador e o vendedor funcionando em tempo real. Outro aspecto importante e reconhecer o valor dos seus clientes por período de venda de consumo e não como clientes que devem ser apenas abordados na ocasião da compra. O Marketing de relacionamento procura progressivamente unir a empresa aos clientes. O uso da 37 tecnologia é outro conceito básico é constante em marketing de relacionamento, para permitir a comunicação e garantir esse atendimento de forma individual. Para Ian Gordon (2001. P. 34) “As empresas se concentrarão nos clientes apropriados à sua estratégia e rejeitaram os outros, que não se adaptam mais”. Outra função importante igualmente para aplicar os conceitos de marketing de relacionamento é a seleção, rejeição de clientes, como uma forma de não desperdiçar esforço de marketing sem obter resultados. Esse importante e polêmico tópico gera opiniões distintas dentro das organizações, porém se visualizar as perspectivas de vendas e lucratividade, podemos compreender melhor a necessidade de se efetuar a premissa. Para Churchill Jr, Peter,( 2000, p. 147) “Os profissionais de marketing precisam saber o que motiva os consumidores, para que possam atender a essas motivações. O marketing de relacionamento apresenta ainda 8 importantes elementos de acordo com a tabela abaixo: Tabela 9: Elementos do marketing de relacionamento COMPONENTES DO MARKETING DE RELACIONAMENTO Cultura e Valores Liderança Estratégia Estrutura Pessoal Tecnologia Conhecimento e Percepção Processos Fonte: Autor 38 2.2.2. Vínculos com o cliente. Para Ian Gordon (2001, p.128), “A maneira que uma empresa escolhe para criar vínculo com os clientes pode afetar muito suas estratégias e capacidades”. No marketing de relacionamento o direcionamento da empresa se da partir do foco no cliente, a partir do cliente no centro do processo a empresa vai definir suas estratégias sua maneira de atuar, suas capacidades. Abaixo destacamos os clientes por categoria conforme tabela 10. Tabela 10: Categorias de clientes TIPOS DE CLIENTES PERFIL Prospects (Clientes Potenciais) Pessoas em geral com perfil de cliente que a empresa busca Experimentadores São Prospects que iniciaram as compras e vão avaliar se continuam a comprar Compradores Pessoas que compram apenas quando seu vendendo principal o deixa insatisfeito. Clientes Eventuais Pessoas que compram eventualmente por não terem total confiança em uma organização Cliente Regulares Pessoas que compram da organização há muitos anos e confiam nos valores da empresa. Fonte: Autor 2.2.3. Níveis de Vinculo com o Cliente Para se ter claramente um detalhamento sobre os clientes e seus vínculos descrevemos os níveis de vínculos de acordo com a tabela abaixo: 39 Tabela 11: Tipos de vínculos com o cliente NÍVEIS DE VÍNCULO VÍNCULO Vínculo Estrutural A empresa e o cliente estão ligados operacionalmente. Vínculo de Valor de Marca Valor que o cliente tem ao se relacionar com a marca Vínculos Comportamental O Cliente se une a uma empresa devido a fatores como profissionalismo, ética e outros Vínculos Pessoal O Cliente gosta interagir com pessoas específicas e independente das organizações Vínculos de Informação controle O Cliente se beneficia através da relatórios e outros sistemas Vínculos de Valor O Cliente obtém o valor que procuram nos seus fornecedores. Vínculo de Opção Zero O Cliente tem não tem opção de escolhas em ambiente regulatório Ex: Serviços de fornecimento de energia elétrica. Fonte: Autor O entendimento dos níveis de vínculos com o cliente se faz necessário com a finalidade de diferenciá-los nos moldes do marketing de relacionamento. Cada cliente é único e deve ser tratado de forma individualizada sendo que as informações a cerca de cada cliente exige um nível mais aprofundado de conhecimento para que seja possível uma abordagem eficaz. 40 2.2.4. Tecnologia para o marketing de relacionamento Para Ian Gordon (2001, p. 197), “O poder da tecnologia pode devolver a palavra “cliente” o seu verdadeiro significado”. As empresas estão investindo o tempo todo em tecnologias, elas enxergam que através desta podem obter vantagens competitivas em relação ao mercado, e nesse ponto elas estão corretas. A tecnologia de fato tem sido uma grande diferencial para as organizações, mas ao mesmo tempo em que ela pode abrir portas e facilitar o relacionamento ela também pode bloquear essa acesso ou simplesmente tornar-se uma ferramenta sem eficácia. 2.2.4.1. Cliente A tecnologia disponibiliza sistemas de informática e sistemas de comunicação para auxiliar as organizações a executarem o seu relacionamento com o cliente, em determinado momento cabe a empresa escolher quais serão as ferramentas utilizadas tanto dentro da empresa quanto para com seus clientes, fornecedores, que terão como objetivo a geração de valores para os clientes. Para Ian Gordon (2001, p. 197), “Sem a tecnologia os profissionais de marketing ainda estariam pensando em termos de atendimento ao mercado de massa e a segmentos de mercado”. A Tecnologia traz sem dúvidas um divisor de águas quando falamos em marketing, não estamos mais tentando identificar uma tendência de um grupo, ou o comportamento de um fatia de mercado, as organizações chegam às respostas que muitas delas procuraram durante a sua existência, sabendo exatamente o que é seu produto na visão do cliente, o que mudar neste, como reposicionar determinada marca no mercado, de fato a miopia que se tinha em marketing acaba sendo corrigida com a ajuda da tecnologia da informação partindo do cliente. 41 2.2.4.2. Categorias A tomada de decisão através de uso de ferramentas da tecnologia da informação auxilia a organização quanto a definir quais são as categorias de bens ou serviços que devem ser oferecida aos clientes, quando a organização for determinar quais serão os benefícios tangíveis tais como, garantia, instalação, financiamento, assistência técnicas e outros ou benefícios intangíveis tais como, nome da marca, reputação, confiabilidade, credibilidade, receptividade, reputação e demais. A tecnologia da informação é eficaz no fluxo e processamento das informações possibilitando à organização uma plataforma confiável na tomada de decisão. 2.2.4.3 Capacidades Através da tecnologia da informação é desenvolvido banco de dados que permitem as organizações terem controle do que está oferecendo ao cliente, o que em um processo de compra é vital. Durante o processo de compra de se divide em algum procedimentos tais como a consciência do consumidor em relação á marca, desperta o interesse em interagir com a empresa através dos seus meios de comunicação, permitindo a ele avaliar o produto, ou ter acesso às informações e é opiniões sobre determinando produto antes mesmo de efetuar a compra. Outro item que descrevemos como diferencial em capacidades é o potencial dos testes, no qual sistemas são desenvolvidos por exemplo para oferecer ao cliente por exemplo um teste virtual em 3d em um veículo muito próximo á realidade e livre de riscos tanto para o cliente quanto para a empresa. Outra capacidade com relação ao atendimento ao cliente é adoção, o consumidor compra o produto e é possível estabelecer qual sua opinião sobre este, oferecendo a este um canal direto de diálogo com organização fazendo críticas, reclamações sugestões. As capacidades permitem ao profissional de marketing de relacionamento desenvolver os 11 c´s como foco no que ele planejar. 42 2.2.4.4 Controle do contato com os processos monetários A tecnologia deve ter a função de garantir que os valores que estão sendo criado para os clientes estão sendo cumpridos. O controle tático tem como objetivos garantir que o processo esteja sendo executado de acordo como foi elaborada, já em relação aos controles estratégicos, este porém tem como foco garantir que novos procedimentos sejam acompanhados. Os controles estratégicos tomam lugar que vão além de medidas financeiras, essa forma de utilizar o controle estratégico prevê que sejam requeridos objetivos providências. A t.i. pode ter diferentes papéis em uma empresa, como o controle financeiro, que está relacionado aos custos que a empresa tem com o cliente e com a emissão de faturas, e o controle de variáveis que possibilitam que o valor seja entregue ao consumidor, como a realização de pedidos e rastreamento de encomendas pela internet, por exemplo. (Gordon, 2001). Através dos sistemas de informação, a organização pode, também, direcionar melhor sua comunicação com o mercado, integrando os clientes novos e já existentes ao processo produtivo e de desenvolvimento de produtos, fazendo o consumidor participar, dizer o que quer, criar um vínculo com a empresa e criar valor. Assim, a organização foca em vender menos para servir mais. (Gordon, 2001). O uso de certos recursos tecnológicos permite que haja uma parceria entre a organização (fornecedor) e o cliente, e que tal dê seu feedback em tempo real, adquira produtos de qualidade e tenha seu tempo de atendimento, espera e compra reduzidos. Para a empresa, tal utilização torna possível a formação do histórico do comportamento do consumidor para uma análise posterior. (Gordon, 2001). O rastreamento de pedidos, seja por meio de chip ou código de barras, é um meio tático de assegurar que uma encomenda chegue ao destino escolhido, proporcionando ao cliente mais comodidade para acompanhar a entrega de suas 43 compras. Controlar os custos e a lucratividade que um cliente gera pode ser considerado como formas de controle estratégico. 2.2.4.5. Colaboração e integração A tecnologia da informação pode auxiliar o profissional de marketing através do fornecimento de informações, dando condições para este desenvolver uma ação eficaz frente ao problema ou oportunidade a ser explorado, como o acréscimo de um serviço ao produto ou melhora do preço e/ou atendimento. (Gordon, 2001). A tecnologia pode atuar como uma ferramenta no que diz respeito ao marketing de relacionamento, pois por meio dela as preferências do consumidor podem ser conhecidas, o banco de dados atualizado e o cliente podem ser conduzidos pelo processo de compra. O EDI, tecnologia que possibilita um intercâmbio eletrônico de dados, atua como um facilitador no processo de realização de pedidos, envio e emissão de faturas. Porém, as pequenas empresas, por não possuírem recursos para investirem em tal tecnologia, acabam não podendo usufruir dos benefícios desta. (Gordon, 2001). 2.2.4.6. Customização Um diferencial para as empresas é a customização, que permite que um produto seja desenvolvido levando em consideração o que o cliente busca. Essa estratégia se torna possível se a padronização for evitada, houver flexibilidade nos processos, chance de o cliente criar combinações e realizar encomendas. O que diferencia a customização da personalização, basicamente, é que a última apenas coloca em um produto o nome do cliente, como meio de identificação, por exemplo (Gordon, 2001). 44 2.2.4.7. Comunicações, Interação e posicionamento A comunicação com o cliente deve levar em conta o posicionamento que a empresa adotou para atuar no mercado. O marketing de massa explora os meios de comunicação que transmitem uma mensagem a um grande número de pessoas. Em um mercado mais segmentado, é preciso que a empresa se comunique mais diretamente com o segmento, ou seja, de modo estreito (Gordon, 2001). Em um mercado individual, a comunicação pode ocorrer em tempo real e interativamente, semelhantemente a uma conversa, como por telefone e internet, havendo uma interação bilateral. Pode ser necessária a combinação de diferentes tipos de comunicação, devendo a empresa considerar o investimento que pode ser efetuado e o retorno que deseja obter (Gordon, 2001). Com o avanço tecnológico, o modo como as informações são recebidas, processadas, arquivadas e gerenciadas mudou, possibilitando que a empresa entre em contato com o cliente em um momento no qual exista a real possibilidade de compra, através do meio mais adequado e acompanhe as respostas. Isso é possível ser levantado pela análise de dados coletados. 2.2.4.8. Cálculos sobre o cliente Oferecer canais alternativos de resposta para o cliente, integração da comunicação com a interatividade e criar condições para que vendedores estabeleçam uma rede de relacionamentos com o consumidor ajuda a realizar a abordagem de problemas garantindo a manutenção de um relacionamento duradouro com o cliente (Gordon, 2001). O uso de tecnologias avançadas viabiliza o fornecimento de relatórios, levantamento de tendências e da satisfação do cliente em relação aos produtos oferecidos pela organização. Tais verificações permitem que as informações coletadas sejam tomadas como base para a formulação de novas estratégias. 45 Algumas tecnologias contam com função contábil e de controle de estoque, e outras podem substituir vendedores, reduzindo custos, por exemplo. O aplicativo SAP permite a colaboração entre fornecedores, distribuidores e varejistas. Os hotéis, por exemplo, possuem sistemas de reservas pela internet, o que gera comodidade para o cliente. 2.2.4.9. Cuidado com o Cliente Outra facilidade é possibilitada pela Integração de Telefonia Computadorizada (ITC), que permite o gerenciamento de ligações importantes recebidas para que sejam encaminhadas para o responsável por ordem de prioridade juntamente com os dados do cliente para a utilização pelo atendente durante o contato, tornando o diálogo mais pessoal. (Gordon, 2001), 2.2.4.10. Cadeia de relacionamentos Uma cadeia de relacionamentos compreende todas as ligações entre os envolvidos, como fornecedores e vendedores, até o cliente final, e pode criar mais valor ao relacionamento, atualmente reformulado pela tecnologia (Gordon, 2001). A internet pode oferecer dois tipos de experiências virtuais para o consumidor, chamadas de tecnologias pull e push. A pull é quando o cliente vai até o site e toma a decisão de comprar e a push é quando a experiência pode ser considerada passiva, pois o cliente só receberá aquilo que escolher, ou seja, um conteúdo sob medida, feito para atender os seus interesses e exigências individuais. Para Peppers e Rogers (2001, p. 19) “O ser humano é infiel por natureza, pelo menos como consumidor sempre querendo experimentar novos produtos e serviços”. Dar ao cliente a oportunidade de comprar o que quiser, quando quiser e sem intervenções, suprimindo os intermediários desse relacionamento e reduzindo o 46 tempo que o consumidor normalmente emprega em tal experiência, resumem como o cliente pode ser poupado de alguns esforços, simplesmente por não ir a uma loja física. Porém, é preciso investir em segurança para a transmissão de dados com o intuito de reduzir a percepção de risco que o cliente tem em realizar transações pela Web. Também com tal finalidade, mesmo que a empresa não produza o produto ou não seja a realizadora do serviço, ela deve se responsabilizar por tais, demonstrando envolvimento e prestando assistência ao consumidor. Colocar o cliente no ciclo de compra, simplificar operações e fornecer informações ao mesmo são estratégias que criam no consumidor a disposição para pagar mais, arcando com o custo adicional pelo valor adicional recebido e que, preferencialmente, será compartilhado, contribuindo para o sucesso de pontos de vendas virtuais. 2.3. Customer Relatioship Management 2.3.1. CRM Transforma a empresa O data base é uma ferramenta de marketing que torna possível o uso de dados do consumidor para conhecê-lo, prever seu comportamento ou proporcionar um atendimento personalizado, desde que extraídas e analisadas as informações adequadas (Bretzke, 2000). Em Call Centers é bastante comum o atendimento padronizado e bastante mecânico, devido ao fato de o operador não possuir autonomia para a realização de um contato específico para o perfil do consumidor. Durante o contato com o cliente, muitas informações são obtidas, criando um histórico do vínculo que a empresa possui com tal. Porém, nem sempre há a atualização dos dados, que pode dificultar o gerenciamento de um relacionamento com o consumidor (Bretzke, 2000). 47 Quando os dados são utilizados, os mesmos servem para a realização de uma venda direta ou ficam disponibilizados para um determinado departamento, impedindo o acréscimo de informações relevantes obtidas por outros setores da empresa, fazendo com que não haja a integração de elementos coletados. Explorar o histórico que o cliente tem com a empresa pode evitar a perda de tempo e muitos aborrecimentos. O ideal é que o colaborador responsável por realizar o atendimento parta do último contato com o consumidor, que se sente reconhecido e proporciona a continuidade da relação já existente. A ampliação do uso da internet, a queda do custo da tecnologia, o aumento da capacidade de processamento e armazenamento de informações são considerados alguns dos fatores facilitadores do processo da coleta de dados. Porém, investir apenas na implantação do DBM pode não ser suficiente para o sucesso de um relacionamento (Bretzke, 2000). Por meio desse avanço tecnológico, é possível realizar a coleta de dados em tempo real e fazer sua transformação em informações para a abordagem eficiente das necessidades do consumidor, gerando a diferenciação em relação aos concorrentes, mas isso nem sempre gera satisfação e entrega de valor para o cliente. Afirma que é importante gerenciar o relacionamento à longo prazo apoiado em dados obtidos através dos contatos com o consumidor. Uma estratégia para obter esse resultado é realizar a integração entre o marketing e a tecnologia da informação (Bretzke, 2000). Essa decisão muda o foco dos custos para a busca pela lealdade do consumidor. Isso pode ser alcançado se algumas medidas forem tomadas, como dar autonomia aos atendentes de Call Centers e realizar a compilação de dados em uma única tela, disponibilizada a todos os departamentos, fazendo com que todos os setores da empresa sejam um canal de relacionamento com o consumidor. 48 O gerenciamento do relacionamento permite conhecer o consumidor, aumentar a fidelidade e estabelecer uma relação diferenciada, tanto para os cliente atuais, como para os novos. A oferta de produtos/serviços customizados é mais interessante para o consumidor do que a oferta dos mesmos em grande variedade. Essa estratégia ajuda a sustentar a relação com o cliente, pois simplesmente vender não é uma garantia de retorno do comprador após a conclusão da venda. O enriquecimento do histórico com as reclamações e dúvidas do consumidor faz com que seja possível atender o cliente de modo individualizado, sob medida e colocar o cliente como parte do processo. Não é suficiente saber apenas o nome do consumidor, mas fazer uso das informações obtidas ao longo do relacionamento com o mesmo com o intuito de obter uma relação duradoura e de valor. 2.3.2. O poder da internet no processo de vendas O uso da internet nas relações tem um papel muito importante na história da humanidade, assim como a invenção da escrita e o uso da moeda como meio de pagamento, transformando a forma como as negociações são realizadas. Sua utilização revolucionou a comunicação, pois através dela a distância física perde sua importância (Bretzke, 2000). Tal tecnologia, no que diz respeito aos negócios, pode ser útil para a construção de um relacionamento estável e duradouro com o cliente por meio de experiências positivas. A mesma permite que uma ação atinja um grande número de pessoas visando estimular os prováveis clientes a desejarem um produto e não outro. A internet possibilita que o consumidor busque informações sobre itens que despertem seu interesse, realize a compra após a comparação de preços e benefícios oferecidos pelo produto e seus similares e se relacione com a empresa, garantindo uma continuidade desta relação. 49 O processo decisório de compra ocorre por etapas: o reconhecimento da necessidade, que é quando o desejo é despertado no consumidor por meio de um impulso; a busca por informações, visando minimizar o risco, avaliar as alternativas, julgar as opções e a decisão de compra, que é o momento no qual há a preferência por um produto, mas que pode ser alterada em função de argumentos do vendedor, condições de pagamento, preço, entre outros (Bretzke, 2000). Muitas empresas atuam no e-commerce, mas nem sempre utilizam esse como um canal de relacionamento com o consumidor, integrando essa conveniência ao negócio atual. A internet talvez não seja um investimento barato, mas pode dar um retorno maior do que o obtido por outros meios. Essa tecnologia é uma ferramenta muito vantajosa por ser capaz de conduzir o cliente pelo processo decisório. Através da internet o cliente pode reconhecer uma necessidade por meio de estímulos recebidos. Sendo assim, é bastante interessante fazer uso dessa estratégia. Outra vantagem do uso da internet é que a mesma está 24 horas no ar, possibilita que as distâncias sejam superadas, é interativa, é audível, é visual, permite a comunicação on-line com o cliente, é mais completa em relação à informação e é mais flexível para a mudança na forma como os produtos são ofertados, por exemplo. Porém, o uso dessa tecnologia é mais eficiente quando são utilizados outros meios de promoção da marca, da empresa, do produto e de realização do atendimento. A internet pode ser um segundo passo, uma vez que, nem todos os consumidores estão habituados ao uso da mesma. Além do mais, ao fazer o uso dessa, o cliente sofre um bombardeio de informações, fazendo com que seja mais difícil estimular o consumidor. A internet pode ser uma aliada na conquista e fidelização de clientes, pois os consumidores estão se habituando a procurar informações sobre produtos na Web e que, até pouco tempo atrás, eram extraídas de pessoas de confiança, familiares, 50 amigos e autoridades no que diz respeito ao assunto. Sendo assim, disponibilizar um 0800 e e-mail, por exemplo, pode ajudar o cliente a tirar dúvidas sobre o que está querendo comprar (Bretzke, 2000). Mais complexo do que pode parecer, o processo de compra é influenciado por fatores externos, como opiniões de outros consumidores. Se o consumidor pode comprar o bem imediatamente, sem a necessidade de ir até a loja, essas interferências influenciam menos o comprador, pois esse fica menos exposto a tais. Para que a utilização da internet seja uma estratégia positiva, é preciso investir em um site de simples navegação, com ferramentas úteis e layout agradável. Cada produto deve ser exposto com o máximo de dados sobre o mesmo e com imagens mostrando o produto e seus detalhes, simulando as condições de visualização encontradas em uma loja física (Bretzke, 2000). Usar o gerenciamento do relacionamento com o cliente aliado ao ecommerce pode ser muito útil para a transposição de barreiras que ameaçam esse segmento, como a insegurança que o consumidor tem em passar seus dados pessoais pela Web e o risco de adquirir algo que não atenda as suas necessidades, pois na loja o produto pode ser tocado, testado e sentido, o que já é uma prática cultural, e no meio on-line isso ainda não é possível. Para que a compra seja realizada pela internet é preciso que o cliente tenha informações em número adequado sobre o item e conheça previamente a marca. Em uma loja convencional, o poder de persuasão do vendedor pode influenciar o consumidor, o que não existe no meio virtual. Porém, nem todas as pessoas possuem acesso a internet, minimizando a possibilidade de compra através da Web (Bretzke, 2000). A internet permite o relacionamento em tempo real com o cliente, pois elimina intermediários no processo de compra, gera inovação e customização de produtos para o consumidor, possibilita a vantagem de custos e leva novos canais 51 de vendas ao mercado. Mas é o eficiente gerenciamento da relação com o cliente que faz com que essa ferramenta tenha seu uso otimizado. 2.3.3. Agregando valor e competindo em tempo real Com o aumento da exigência do cliente e da busca pela qualidade e preços baixos, as empresas precisam criar estratégias para o efetivo atendimento dos desejos dos consumidores. No que diz respeito aos relacionamentos, eles buscam respostas diretas e a quebra da programação e dos padrões (Bretzke, 2000). A tecnologia e estratégia do CRM podem proporcionar ao cliente que o contato e as transações ocorram de modo mais agradável, através da satisfação das necessidades de modo único e personalizado e da criação de vínculo superior ao criado pela concorrência. Tal tática faz com que a empresa atue voltada ao consumidor (Bretzke, 2000). O cliente tem sua percepção de valor focada no retorno obtido por meio do investimento de tempo e dinheiro realizado para uma aquisição. Ou seja, a avaliação dos benefícios que o produto oferece, atendimento recebido, serviços oferecidos, imagem associada ao item, expectativas e prazos de entrega em relação ao que foi pago por tal. O valor pode ser encontrado em um produto que supre as ambições do consumidor, de modo individualizado e com qualidade, mesmo que seja preciso pagar mais por isso. Não é, necessariamente, o oferecimento de uma grande variedade de artigos que irá agradar o consumidor, mas, no mínimo, uma customização em massa com o intuito responder às carências de um grupo de clientes. A disponibilização de módulos de produtos, ao invés de seu fornecimento completo, pode ser uma tática para adequar o que é oferecido ao desejo do consumidor. Desse modo, esse pode montar o item da maneira que for conveniente a suas necessidades, levando apenas aquilo que será útil, percebendo a entrega de 52 valor. Pacotes de telefonia celular e de viagens são dois exemplos de modularização que bastante agradam o cliente (Bretzke, 2000). Esse posicionamento, de fornecer “sob medida”, todavia, é copiado facilmente, logo, para a manutenção da competitividade, se faz preciso que as empresas inovem constantemente. Para facilitar a inovação de produtos/serviços, o gerenciamento do relacionamento com o cliente possibilita, através do processamento de informações, moldar itens para que tais sejam plenamente adequados aos anseios do consumidor. O uso da tecnologia permite entregar valor para o cliente. A informatização contribui para a redução de tempo que o cliente investe para a realização de um pedido e o recebimento da produto, pois tal estratégia diminui o esforço desempenhado e a ansiedade gerada pelo processo de compra, fazendo com uma resposta positiva venha mais rapidamente. Recompensar o consumidor pela compra, instruí-lo sobre o uso do produto, agregar serviços, dar garantias e incluir diferenciais na compra são maneiras eficazes para gerarem conscientização sobre a marca a longo prazo, promovendo a conquista e retenção de clientes (Bretzke, 2000). Existem diferentes níveis para a classificação de relacionamentos. São eles: impessoal, reativo, responsável, proativo e parceria. O impessoal é, normalmente, utilizado por empresas que possuem uma margem de lucro baixa e que a criação de diferenciais para o produto seria inviável, enquanto no reativo, independente de haver ou não a customização, há um canal que o cliente pode buscar em caso de dúvidas ou reclamações, tendo a empresa uma postura passiva. O responsável é caracterizado pelo uso de canais de comunicação para verificar a satisfação do cliente, como após a compra. O relacionamento proativo é definido pela comunicação sistemática e até mesmo a proposta de usos mais 53 racionais do produto. Quando há uma parceria o valor é agregado de fato, pois a empresa proporciona ao consumidor a oportunidade de crescimento e desenvolvimento. A forma de comunicação com o cliente pode variar em função das informações levantadas sobre ele, da disponibilidade de recursos para investimento, da mensagem que se deseja transmitir e da periodicidade dos contatos. Essas formas são: de massa, segmentada, continuada e um a um (Bretzke, 2000). A comunicação de massa ocorre quando o segmento possui necessidades homogêneas e há pouca variedade de produtos, não sendo preciso um diálogo diferenciado. Já a segmentada pode ser usada quando nichos são percebidos e se faz preciso o uso de apelos e ofertas específicas para atingir o consumidor. Em um segmento que não existem necessidades diferentes, a comunicação continuada pode ocorrer através de programas de fidelidade e boletins periódicos. No caso de os desejos do consumidor serem identificados como diferenciados, é preciso uma abordagem individual, alcançada por meio da comunicação um a um. Finalmente, o uso das informações presentes no banco de dados é uma estratégia muito importante no processo de estreitamento da relação e fidelização do cliente, que pode ser conduzido por uma escala de lealdade, com o consumidor começando na forma de um cliente provável e subindo degraus até se tornar um defensor da marca. 2.4. Customer Equity – Analisando o valor do clente 2.4.1. O Valor do Cliente O valor do cliente de uma empresa é o total dos valores de consumo do cliente ao longo de sua vida de consumo, toda empresa observa o valor do cliente não só como lucratividade que proporciona, mas o potencial ao longo de sua vida 54 sendo um cliente fiel a empresa, essa soma de vida útil a organização representa o valor de cliente, todas ou a maior parte das empresas tratam o valor de clientes como primordial aos valores da empresa, sabendo que alguns clientes não são o valor total da empresa, mas se toda empresa mensurar e trabalhar os valores de todos os clientes isso se torna de suma importância para a tomada de decisão dando a empresa uma vantagem competitiva entre seus concorrentes. O valor de cliente é relacionado à forma continua de relação cliente com a organização onde atinge a satisfação pessoal e lucro para a empresa, no geral cada cliente direto com seus interesses realizados se torna fundamental para a empresa e perante a sociedade criando valores multiplicadores da empresa (Rust, 2001). O cliente é um ativo intangível para a empresa quando satisfeito de modo que consequentemente mais fieis forem maior é o valor do cliente, portanto clientes não podem ser medidos apenas pelo que a empresa ganha na negociação e sim pela transação realizada na sua vida e das boas indicações da empresa que ele pode fazer. Nas organizações atuais o cliente vale muito mais do que uma simples negociação, fidelização para a sobrevivência da empresa é um ótimo negocio (Rust, 2001). 2.4.2. Construindo Valor do Cliente Todos os clientes têm suas definições criadas de valores e qualidade, preço, isto reporta que o Valor do cliente é gerado quando suas definições com relação a uma marca qualquer atendem as necessidades do seu consumo próprio(Rust, 2001). Qualquer consumidor pode ter uma definição de marca, como por exemplo, o cliente que emocionalmente e irracionalmente associa a um produto, por exemplo, isso considera que o cliente tem uma percepção de uma marca tal que não se explica pelos atributos da organização em que o produto faz parte, isso se torna valor de cliente quando o mesmo, faz uma avaliação positiva da marca de valor da empresa, quando reagem favoravelmente a tal produto identificando a marca de forma inconsciente. 55 Em um contexto geral valor de cliente, é a livre escolha que tem para realizar seus negócios com qualquer empresa, neste momento é onde a empresa tem o objetivo de reter seus clientes antigos atividades de relacionamento próximo é indispensável que se torna importante para a manutenção da empresa ser escolhida em uma nova oportunidade, o valor de cliente é obtido na retenção e desenvolvimento do valor da retenção da empresa. Conquistar novos clientes pode custar em média de cinco a seis vezes mais reter clientes, por este fator retenção dos clientes aumenta a lucratividade da organização no período da permanência do cliente com a empresa, qualquer redução de perdas de clientes pode aumentar os lucros de 25% á 85% ao longo do tempo. 2.4.3. O valor do cliente por toda vida Durante muitos anos os métodos adotados pelas empresas era o marketing de massa que nada mais é vincular seu relacionamento com clientes em rádio, televisão padronizando sempre o produto, isso nada mais é que muitos clientes influenciados pelas propagandas nos meios de comunicação compravam tal marca, passados alguns dias uma nova avalanche de anúncios e pronto, já estava a estimular as vendas de novos produtos repare que o foco esteve sempre no anuncio e marca relativa ao produto, mas hoje houve uma mudança no conceito conforme os negócios passaram a gerar economia o contato entre cliente e empresa se tornou muito importante e a satisfação do cliente é maios importante do que o anuncio (Zeithaml, 2001). Com esta nova realidade encarada pelas empresas observou-se que lucros e receitas eram deixados de lado, faltava uma visão de lucratividade dirigida especificamente a relação com o cliente em longo prazo não somente a curto prazo, o mais importante em um contexto geral são as vendas futuras que poderão ocorrer, o foco é lucratividade, satisfação e também a retenção de clientes, toda organização pode e deve avaliar sua relação com clientes projetando o valor dos clientes por 56 toda vida, essa avaliação por toda vida faz se necessária para receitas em longo prazo e lucros ao longo do tempo (Zeithaml, 2001). Uma central de dados pode acompanhar todo lucro com seus clientes, mas na empresa é difícil manter com os custos gerados que não são relacionados aos clientes de forma geral, tornando o acompanhamento por cliente de sua lucratividade muito difícil, mas no geral empresas trabalham com receita obtida do cliente, subtraindo o custo pelo atendimento, nada mais é que receita de cliente por transação e custos diretos por transação. 2.4.4. Satisfação do cliente Satisfação do cliente é propiciado a partir do momento em que suas expectativas são atendidas de forma que, desempenho e expectativas geradas e percebidas pelo cliente gere uma satisfação quanto consumidor,algumas empresas procuram a alto padrão de atendimento acreditando que quando se tem um cliente não tão satisfeitos os mesmos mudam facilmente de empresa quando surgem ofertas melhores (Kotler, 2000).. Satisfação consiste na sensação de prazer ou desapontamento resultante da comparação do desempenho (ou resultado) percebido de um produto em relação ás expectativas do comprador. (KOTLER, 2000, p.58). Níveis elevados de satisfação do cliente gera um resultado satisfatório com a marca criando uma preferência o que mostra a fidelização do cliente estudos mostram que clientes altamente satisfeitos valem dez vezes a mais do que clientes satisfeitos com uma empresa (Kotler, 2000). Nas empresas que buscam satisfação com o cliente é realizado um acompanhamento de desempenho dos concorrentes nas áreas, embora buscar níveis de satisfação aceitáveis a meta da organização não será de fazer com que 57 aumente sua satisfação com os clientes baixando o preço de seus produtos, por exemplo, o resultado esperado pelo lucro pode não ser atingido, a empresa pode ter seu lucro aumentado não pela maior satisfação e sim com um melhor processo de produção ou investindo na organização, disponibilizar recursos para satisfação de clientes pode criar um desconforto ou desvio referentes à satisfação de parceiros como fornecedores, funcionários. Os critérios de avaliação de satisfação, como desempenho da organização pode ser diferente de pessoa para pessoa, isso porque cada individuo faz sua analise de satisfação e o que pode ter um alto nível de satisfação para um pode muitas vezes não ser para outro, mas de forma geral ficou satisfeito, dessa forma as organizações buscam por meios de extremos diferentes o alto desempenho (Kotler, 2000). Todo conhecimento adquirido junto ao cliente e toda absorção dessas informações pela organização formam valor agregado, o relacionamento da empresa com o cliente é um fator importante para o diferencial competitivo da organização e deve inclusive funcionar como estratégia em sua gestão, para isso identificar mudanças e participar intensamente da vida dos clientes pode garantir uma preferência na hora da compra (Kotler, 2000). Desenvolver estratégias de relacionamentos ampliados para toda organização identificando valores com clientes fazendo com que se relacionem com a empresa por longos períodos fazendo com que seus interesses sejam realizados e satisfeitos. 3.1. METODOLOGIA Foi realizado um estudo de caso utilizando as organizações do setor automotivo como referência, propomos trazer uma perspectiva do que deve ser a gestão do relacionamento com o cliente através do marketing de relacionamento, CRM e suas tendências. Os tópicos apresentados neste, trata-se da relação das organizações com internet, procurando evidenciar a luz dos principais autores e 58 especialistas da área o levantamento de problemas originados da falta de aplicação da metodologia e bases teóricas existentes. A pesquisa usada foi a revisão bibliográfica na qual procuramos respostas para os problemas levantados. Realizamos através desta um amplo levantamento acerca do material encontrado sobre marketing, marketing de relacionamento, CRM – Customer Relationship Management e Customer Equity. As maiores dificuldades da pesquisa estão centradas no fato de que toda as ações realizadas pelas organizações na Internet, são realizadas em cima de um material muito recente e com um curto período de avaliação em cima dos resultados obtidos. Se comparado com o legado histórico deixado pelo marketing tradicional, o marketing de relacionamento quando tange a tecnologia e entra em CRM, passar um campo muito vasto e propício a pesquisas. No entanto é importante ressaltar que as pesquisas realizadas até o momento tem mostrado resultados eficazes, sendo necessário compreende-los e executá-los de forma integral. Nossa hipótese se inicia com lapso decorrido em função da aplicação dos conceitos dessa ferramenta de marketing que vem revolucionando a gestão de relacionamento com o cliente. 4.1. RESULTADOS DA PESQUISA E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS 4.1.1. Marketing de Relacionamento O tipo de pesquisa usada foi a revisão bibliográfica descritiva, como forma de trazer uma abordagem científica com bases teóricas para preencher os campos de hipóteses levantadas durante a pesquisa. O Problema levantado está diretamente ligado à não aplicação da base teórica na sua totalidade em relação ao uso da ferramenta CRM. Tanto o marketing de relacionamento quanto o CRM - Customer Relationship Management exigem um processo de implantação rígido, e como anteriormente citado no problema da pesquisa, alguns dos importantes aspectos não tem sido, observados na busca das organizações pela vantagem competitiva, reflexo do que consideramos a disputa de marketing pelo cliente. 59 O Primeiro objetivo específico que apontamos em nossa pesquisa é apontar quais eram as necessidades da prática do marketing de relacionamento, como forma de reafirmar os valores e conceitos e ter uma perspectiva da relação da gestão de relacionamento com o cliente através deste. Descrevemos abaixo as conversões do conceito, apontando perspectivas em relação ao marketing de relacionamento: Tabela 12: Conversão dos conceitos de marketing de relacionamento DESCRIÇÃO PERSPECTIVAS Segmentação de mercado Clientes Individuais Planejamento de Produtos Customização em Massa e Serviços Pesquisa de Mercado Conhecimento ao Cliente Cadeia de Relacionamentos Alto Gerenciamento e Controle Comunicações em Marketing Implantação de Tecnologia da Informação Atendimento ao Cliente Centro de Informações / Call Centers Fonte: Autor O 4 P´s no Marketing de Relacionamento Tabela 13: Revendo os 4 P´s de Marketing Produto Interação com o cliente no planejamento e coleta de informações Preço Reflete das escolhas do cliente e o valor criado através destas. Promoção De forma individual através de canais de informações personalizados Praça Posicionamento com foco no cliente de forma individual Fonte: Autor O Marketing de relacionamento surge como solução para o marketing, permitindo aos profissionais de marketing uma plataforma para revisarem seu 60 planejamento e suas estratégias. O avanço na área mercadológica atinge os principais conceitos do marketing, como por exemplo, convergir da segmentação de mercado para clientes individuais. Entender o papel do cliente no centro do processo e uma das premissas do conceito. Outro conceito que sofre alterações nas suas bases é cadeia de relacionamento que passa a ser melhor gerenciada controlada. Um dos focos centrais do marketing de relacionamento é permitir maior dinamicidade nas organizações permitindo através das informações e interatividade com o cliente otimizar resultados e aumentar sua lucratividade. 4.1.2. Valor Econômico do CRM Outra perspectiva em relação à pesquisa provém acerca do valor econômico do CRM – Costumer Relationship Management. Apenas no primeiro semestre deste ano o mercado global de softwares cresceu 4,7%, (fonte: Computer World/ EUA, 2010) sendo que grande parte destes números se deve ao CRM. O Crescimento no último ano de vendas das empresas que utilizam o CRM cresceu ainda 12% (Fonte: International Data Corporation, 2012). No Brasil o mercado de CRM cresceu 27,7% fechando 2010, com um total R$ 907 milhões. A participação no mercado brasileiro chega a 14%, um total de RS 126,9 milhões. (Fonte: E-Consulting). A abordagem do marketing um a um está incluída na base dos processos táticos e estratégicos e nas estruturas de suporte dos processos do marketing de relacionamento. A abordagem a cerca do valor econômico do CRM consiste em maneiras de centralizar a economia das organizações em torno da ferramenta. É preciso praticar um conjunto de processos para facilitar as análises e aplicar o CRM de forma bemsucedida. O primeiro é o impacto estratégico, que é a capacidade central do CRM e um problema de negócios mensurável. 61 A capacidade e os problemas do negócios devem estar ligados aos processos operacionais e de gerenciamento, á estratégia corporativa e á cadeia de valor ao lado da demanda. As maiores armadilhas dos projetos de CRM são negócios definidos de forma insuficiente , se resumindo a falta de entendimento no impacto da Tecnologia de Informação. O projeto médio, de base em datawarehouse em 1997 exigia US$ 1,9 milhão, valor significativo para uma organização de médio porte, por essa razão implantar o CRM sem ter como meta a resolução de um problema em particular é uma das principais razões do fracasso da implantação da ferramenta. A baixa qualidade na integração das estratégias, políticas, arquitetura e padrões tecnológicos podem reproduzir resultados ineficazes segundo Ronald Switf especialista em Implantação de CRM. A integração da tecnologia é outro fator importante, sendo que este abrange o planejamento, implementação e gerenciamento integrados de todo o sistema de CRM e muitas oportunidades de negócios na integração tecnológica. O CRM é desenhado como forma de dar suporte á tomada de decisão, utilizando uma amplo campo de dados e informações, tanto em relação as informações internas quanto á informações externas. A assimilação da tecnologia no tange as estruturas, processos, habilidades e metrificação se faz necessário para o sucesso da implantação do CRM. Tanto o CRM quanto das tecnologias de relacionamento são utilizadas para mineração de dados, parâmetros para negócios e atuação em Internet com finalidade de buscar nos clientes a fidelização, atingindo os objetivos operacionais e principalmente obter vantagem competitiva sustentável. As estratégias de CRM, tem como objetivo vantagens competitivas sustentáveis construídas através de tecnologia e estratégia de negócios. A tecnologia do CRM se difere das demais tecnologias, o datawarehouse não se pauta em disciplina específica, regras ou diretrizes básicas, o que torna o esforço para busca de vantagens competitivas um campo tendente a riscos dai se depreende as 62 necessidades das parcerias estratégicas nas organizações. Abaixo descrevemos alguns dos benefícios econômicos do CRM. Tabela 14: Benefícios do CRM BENEFÍCIOS RESULTADOS Altos Retornos As instituições recuperam o investimento à curto prazo Desempenho Vendas e marketing, lucratividade, gerenciamento de débitos, da melhor distribuição, menor risco. Recuperação Perfil de Identificando clientes lucrativos Clientes Marketing Aumenta a lucratividade por diminuir gastos com campanhas de Inteligente marketing agressivas do ponto de vista financeiro. Orientação de Desenvolvimento de modelos de propensão para as compras. Modelos para Uso de informações detalhadas aumentando as taxas de vendas novos lucros cruzadas. Velocidade Detecta mudanças nos padrões de risco, mudanças nos padrões competitiva de participação no mercado e implementa mudanças quando as necessidades são apontadas. Fonte: Autor 63 4.1.3. As vantagens competitivas da internet e CRM. A Internet torna-se uma mídia viável e interessante como canal de comunicação e relacionamento, atingindo um público extremamente grande e diversificado. A primeira análise acerca das vantagens competitivas consiste em que as distâncias físicas perdem relevância tornando-se um canal de comunicação utilizável 24 horas e 7 dias por semana. As organizações buscam uma forma de diferenciação de suas marcas e produtos, além de definir seu posicionamento no mercado e estratégia de marketing à longo prazo construindo relacionamentos estáveis como os clientes. A internet tem potencial para permitir que informações sejam enviadas paras os clientes tanto de forma quantitativa como de forma qualitativa à vários perfis de clientes, permitindo interagir com este no seu processo decisório. A quantidade de informações técnicas, opiniões, artigos, propaganda e publicidade contida na rede oferece essa potencialidade. Analisando o poder da internet, notamos que ela influi no processo decisório de compra, servindo como um meio para o cliente pesquisar, obter informações e opiniões sobre determinado produto e ou marca, quando as organizações usam a internet de forma integrada com suas estratégias, elas conseguem conduzir o cliente pelo processo de tomada de decisão de compra. Um grande número de empresas procuram a internet como solução de marketing visando obter custo reduzido e de forma sustentável o que representa um grande diferencial para as organizações. Em síntese as vantagens competitivas na internet à longo prazo são: - Vantagens de custo - Diferenciação de produtos e serviços - Facilitação da entrada em outros mercados - Criação de barreiras de entrada 64 - Introdução ágil de produtos substitutivos - Possibilita amplas condições para as organizações obterem vantagens sobre os concorrentes 4.1.4. Atuação do CRM Social. O CRM tem apresentando problemas nas organizações do setor automotivo quando é aplicado através do CRM Social, uma forma de atuação da ferramenta através das mídias sociais. Segundo a Harvard Bussines Review Analityc Services 2012 uma pesquisa feita com mais de 2 mil empresa que utilizam o CRM social menos de 7% interagem com os clientes através das redes sociais. As empresas estão presas ao paradigma de que as redes sociais servem apenas como termômetro para medir a opinião dos clientes. Maioria das organizações ignoram o poder de interação e acompanhamento da relação com o cliente através das mídias sociais. Abaixo descrevemos outros problemas citados nas pesquisas: De acordo com o gráfico 1, mais de 70 % das organizações não tem controle sobre em qual rede social os clientes mais rentáveis estão emitindo opiniões, demonstrando falha inicial em localização e controle dos seus clientes e das opiniões emitidas via redes sociais. Consideramos ser extremamente necessário que as empresas do setor automotivo faça um mapeamento tanto via redes sociais quanto via banco de dados para saber exatamente qual rede social o cliente está inserido e possibilitar o desenho de estratégias e forma de atuação na gestão de relacionamento com o cliente. Segue o gráfico abaixo. 65 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% ORGANIZAÇÕES SEM CONTROLE DE CRM SOCIAL ORGANIZAÇÕES COM CONTROLE DO CRM SOCIAL Série 2 Fonte: Adaptado/Harvard Bussines Review Analityc Services 2012 Gráfico 1. Gráfico de controle sobre redes sociais, 2011 O resultado demonstrado no gráfico acima, aponta o lapso das organizações sobre o controle das redes sociais, porém outro problema surge em decorrência, consistindo em que os clientes sociais estão efetivamente nas redes sociais 66 comentando, compartilhando, criando conteúdos e colaborando para aumentar e ou diminuir o valor de determinada marca e essas ações estão fora de controle e monitoramento das empresas. O gráfico a seguir destaca outro lapso sobre mídias sociais: GRÁFICO SOBRE MONITORAMENTO DA OPNIÃO DO CLIENTE ORGANIZAÇÕES MONITORANDO AS OPNIÕES DOS CLIENTES ORGANIZAÇÕES QUE NÃO MONITORAM A OPNIÃO DO CLIENTE 25% 75% Fonte: Adaptado/Harvard Bussines Review Analityc Services 2012 Gráfico 2. Monitoramento da opinião do Cliente, 2011 Outro problema importante nas organizações é representando no gráfico acima. 25 % das organizações tem controle sobre o que os clientes estão falando nas redes sociais enquanto os outros 75 % das organizações estão desprovidas desta informação. É evidente que a informação acima comprova o problema exposto na pesquisa, as organizações estão apenas escutando o cliente e o pior escutando sem objetivo, sem estratégia, sem a definição de um problema, o CRM social não 67 consegue cumprir seu papel porque a implantação é apenas tecnológica não uma gestão estratégica. MONITORAMENTO EFICAZ DOS CANAIS DE CRM 120% 100% 67% 80% 60% ORGANIZAÇÕES QUE NÃO MONITARAM O CANAIS DE CRM SOCIAL 40% ORGANIZAÇÕES QUE MONITORAM OS CANAIS DE CRM SOCIAL 33% 20% 0% 0% 0 0 -20% Fonte: Adaptado/Harvard Bussines Review Analityc Services 2012 Gráfico 3. Gráfico de controle redes sociais, 2011 A perspectiva de CRM enquanto monitoramento dos canais de CRM se destaca negativamente, 33 % das organizações não tem monitoramento eficaz dos canais nas redes sociais, em síntese as empresas não conseguem por exemplo ter uma mapeamento definido da opinião que um cliente está emitindo no Facebook, a quem 68 ele está influenciando, como a informação está sendo compreendida pelos usuários e quais as principais decorrências em relação ao cliente e a organização. ORGANIZAÇÕES QUE USAM CRM SOCIAL PARA ANALISAR INFORMAÇÕES 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% NÃO USAM CRM SOCIAL USAM CRM SOCIAL Fonte: Adaptado/Harvard Bussines Review Analityc Services 2012 Gráfico 4. Usando CRM Social para analisar informações, 2011 A análise de informações providas das redes sociais é outro problema das organizações, 23 % usam ferramentas de CRM social para analisar informações coletadas a partir de redes sociais. As organizações estão de fatos nas redes sociais, podemos observar através dos números que o CRM Social não tem sido implantado em 77% das organizações que utilizam soluções de CRM, o que converge na direção da tese de que o CRM Social tem sido apenas um canal para ouvir os clientes e não propriamente para interagir e influenciar na decisão compra. A perspectiva é que com a delimitação de problemas específicos e definição de estratégias o CRM Social possa a ter crescimento com relação a sua implantação e uso. 69 . Tabela 15: Pesquisa sobre CRM Social 7% É o número de organizações que interagem com os clientes por meio de ações de marketing. 36% Das companhias pesquisadas pretendem investir nas ferramentas de CRM social nos próximos 3 anos. 33% Das organizações pretendem monitorar as redes sociais através de ferramentas como o CRM Social Fonte: Adaptado/Harvard Bussines Review Analityc Services/2012 O Brasil ocupa é o quarto maior mercado automotivo do mundo, tanto as indústrias como concessionários na entanto ainda não investem em CRM Social como em outro países. A perspectiva apresentada nas pesquisa citada traz um panorama de dúvidas sobre o CRM Social. Umas principais diretrizes da implantação do CRM é definição acerca de um problema, no entanto podemos concluir de que não há resolução de problema de forma eficaz. O CRM Social é uma ferramenta de alto custo, implanta-la somente para ter um termômetro do que o cliente pensa sobre determinado produto, não parece justificar o alto investimento e muito menos colaborar para lucratividade da empresa. A perspectiva é de crescimento do número de vendas, aumento de produção e pleno desenvolvimento do mercado automotivo. Como o mercado vai enfrentar o desafio de possivelmente dobrar vendas a cada 10 anos e atendendo o cliente e gerando valor ? A oportunidade de negócios surge com o desenvolvimento da indústria automotiva, crescimento da economia, favorecimento do cliente em relação à credito, a possibilidade de um canal de comunicação de 24 horas 7 por semana que internet possibilita com o consumidor. O CRM Social apresenta evidentemente 70 condições de ser representar um retorno muito maior do qual está apresentando no momento. 4.1.4. CRM Social gerando lucratividade O CRM Social quando implantando corretamente nas organizações, alcança a sua dimensão de forma de atuação do CRM nas mídias sociais, trazendo resultados expressivos e eficazes para as organizações. Os números da pesquisa global realizada aponta maior produtividade das equipes de vendas e o que impacta direto na lucratividade das organizações conforme tabela abaixo: Tabela 16: Pesquisa sobre vantagem competitiva do CRM Social Percentual VANTAGEM COMPETITIVA 11,8% É a porcentagem média de aumento da produtividade da equipe de vendas de todas as organizações pesquisadas. 21% Afirmam que o CRM Social alavanca em mais de 20% de produtividade da equipe de vendas. 37% Obtiveram uma ascensão entre 10 e 15% no aumento da produtividade da equipe de vendas 23,2 Apresentam até 10% no aumento da produtividade da equipe de vendas 7% Alegam não obter benefícios na produtividade da equipe de vendas Fonte: Adaptado/Nucleus Research/ Boston 2012 O Resultado da pesquisa da Nucleus Research complementa a pesquisa anterior, no sentido de mensurar de fato alguns dos principais benefícios que podem ser alcançados com o uso correto da ferramenta. As organizações que utilizam o 71 CRM Social para ações específicas para junto aos seus clientes sociais conseguem aumento de produtividade da equipe de vendas enquanto outras tem dificuldades para conseguir informações sobre em qual rede social está seu cliente e qual é sua opinião diante dos produtos e serviços das organizações e como consequência não conseguindo antecipar seus desejos e suas necessidades. 4.1.5. CRM Social no setor automotivo. Outra pesquisa indica o panorama do mercado automotivo nas mídias sociais, mostrando resultados importantes para análise da ferramenta, tendo como principal foco mostrar a receptividade do brasileiro em relação às organizações do setor automotivo através das redes sociais. O Gráfico abaixo mostra: AUTOMOTIVO GRAU DE INTERESSE DO CONSUMIDOR NA INTERNET 100% ELETRODOMÉSTICOS 99% NOTEBOOKS E PORTATÉIS FILMES E VIAGENS 98% DVDS E CDS 98% COMIDA TELEFONIA MÓVEL TOTAL 2.440 ENTREVISTADOS TOTAL 2.440 ENTREVISTADOS TELEFONIA MÓVEL 97% 98% COMIDA DVDS E CDS 97% 100% Fonte: Adaptado/EcMetrics/2012 Gráfico 5. Grau de interesse do consumidor na internet, 2012 O grau de interesse do consumidor com relação ao setor automotivo alcança a margem de 100%, na pesquisa realizada com 2.440 entrevistados. Todos os entrevistados citaram o setor automotivo como interesse na internet, sendo seguido logo após por outras áreas como tecnologia, entretenimento, eletrodomésticos e 72 demais seguimentos. Outro dado analisado é referente a perspectiva colaborativa nas mídias sociais conforme o gráfico abaixo: SEM ENVOLVIMENTO COM MÍDIAS SOCIAIS E NEM PRETENDE 7% SEM ENVOLVIMENTO COM MÍDIAS SOCIAIS MAS GOSTARIA 8% PERSPECTIVA COLABORATIVA NAS MÍDIAS SOCIAIS CRIAÇÃO DE CONTEÚDO 4% 0% COMPARTILHAR E COMENTAR 19% PROCURA DE INFORMAÇÕES CASUALMENTE 22% PROCURAR INFORMAÇÕES 40% Fonte: Adaptado/EcMetrics/2012 Gráfico 6. Perspectiva de colaboração nas redes sociais, 2012 Os dados acima apontam uma grande demanda do Cliente Social em procurar, comentar e compartilhar informações. Contextualizando as informações do ponto de vista de marketing, conclui-se que as redes sociais trazem algumas das principais especificações acerca dos produtos e serviços do setor automotivo: É bom? Os clientes que compraram estão satisfeitos? Quais são problemas? As redes sociais filtram as reais opiniões dos clientes e sem nenhuma censura. A interação dos Clientes Sociais através de redes como Facebook, Twitter e demais, traz o resultado dos seus produtos e serviços do ponto de vista final, o ponto de vista do 73 cliente. Outro aspecto que destacamos na presente pesquisa esta relacionado com a maneira pela qual os Clientes Sociais querem se relacionar com as organizações Total de 2.440 Entrevistados do setor automotivo através das mídias sócias conforme gráfico abaixo: Outros 1% Desenvolver criatividade 1% Oportunidade para desenvolver habilidades Acessar conteúdo divertido Influênciar desenvolvimentos de produtos Compartilhar experiências Ir a eventos exclusivos Resposta para dúvidas pessoais Aprender conteúdo novo 2% 5% 7% 9% 13% Série 1 15% 21% Notícias 26% MODO PELO QUAL OS CLIENTES SOCIAIS GOSTARIAM DE SE RELACIONAR ATRAVÉS DAS MÍDIAS SOCIAIS COM AS ORGANIZAÇÕES -SETOR AUTOMOTIVO Fonte: Adaptado/EcMetrics/2012 Gráfico 7. Modo de relacionamento através das mídias sociais, 2012 O Gráfico aponta a maior porcentagem dos entrevistados tem algum interesse relacionado a informações sobres os produtos e serviços do setor automotivo, nesse processo de busca de informações é o momento no qual o clientes social vai formar sua imagem sobre determinado produto e serviço, de alguma organização do setor automotivo. É nesse ponto que ele fixa informações para tomar decisão sobre compra, definindo esse procedimento como ponto exato para intervenção através do CRM social, o momento no qual é possível influenciar o consumidor no seu processo de compra. A seguir apresentamos a tabela abaixo que apresenta em porcentagens as ações que os 2.440 entrevistados costumam realizar nas internet. 74 Tabela 17: O que os internautas costumam fazer na internet O QUE OS INTERNAUTAS COSTUMAM FAZER NA INTERNET % Pesquisam de preço 82% Pesquisam de imagens modelos e opções 75% Pesquisam detalhes de desempenho e dimensões 70% Pesquisam locais de compra 69% Pesquisam novos lançamentos 66% Fonte: Adaptado/EcMetrics/2012 Outra ação que deve ser considerada quando falamos em CRM Social, é entender como o cliente social tem manifestado suas vontades e preferências em relação a internet. A Tabela abaixo apresenta os dados acerca da opinião dos entrevistados. Tabela 18: Para que os clientes sociais gostariam de usar a internet PARA QUE OS CLIENTES SOCIAIS DAS ORGANIZAÇÕES DO SETOR % AUTOMOTIVO GOSTARIAM DE USAR A INTERNET Participar de pesquisas diretamente no site do fabricante da marca 42% Agendar visita aos revendedores 42% Tirar dúvidas no site do fabricante através de contato direto com as 40% pessoas responsáveis Fazer compra do produto diretamente no site da fabricante da marca 38% 75 Fazer compra do produto no site de revendedor (representante da marca) 38% Pesquisam novos lançamentos 66% Fonte: Adaptado/EcMetrics/2012 A internet permite um grande poder de interatividade com o cliente, por maior tempo e com custos reduzidos, esse estreitamento em conjunto com as mídias sociais possibilita que cliente realize ações colaborativas com as organizações o que tende a influenciar de forma espontânea os demais clientes sociais. A satisfação do cliente como componente chave para agregar valor de uma marca, toma dimensões extremamente importantes no processo mercadológico, sendo que cria uma amplitude na delayerlização, fazendo com que o conjunto de opiniões determine o sucesso e fracasso de um produto e serviço. Podemos ter uma dimensão das ações colaborativas que podem ser realizadas pelos clientes na tabela abaixo: Tabela 19: Ações que os clientes sociais realizariam na internet AÇÕES QUE OS CLIENTES SOCIAIS REALIZARIAM EM PROL DAS % ORGANIZAÇÕES DO SETOR AUTOMOTIVO Publicar fotos usando o produto ou serviço 27% Criar perfil e comunidades para as organizações 25% Conselhos à outros internautas 24% Fazer parte da rede social do fabricante 23% Postar/publicar comentários próprios sobre experiências 21% Fonte: Adaptado/EcMetrics/2012 76 O cliente assume no momento de sua intervenção na internet, uma posição como parte da organização, porém sem vínculo contratual com as organizações, no momento em que ele cria uma pagina, um blog ou artigo a respeito de determinada marca, ele está em contato com demais clientes. O Cliente Social, apresenta um perfil completamente diferente do cliente físico, na internet ele tem sua identidade protegida se tornando muito mais volúvel as mudanças de pensamentos sobre determinada marca e se o cliente físico já era considerado por muitos autores como infiel, o cliente social passar a ser potencialmente muito mais infiel. Dado o ponto em que o cliente social intervém contra ou favor das organizações, se faz necessário entender as razões pelos quais os clientes se tornam membros de comunidades e ou paginas nas mídias sociais. Tabela 20: Porque os clientes se tornaram membro de alguma comunidade POR QUE SE TORNOU MEMBRO DE ALGUMA COMUNIDADE DAS ORGANIZAÇÕES DO SETOR AUTOMOTIVO Defender uma causa 11% Compartilhar opiniões 26% Achou legal 22% Aprender mais a respeito 28% Fazer parte de comunidades que possui a mesma opinião 15% Para obter conteúdo gratuito 15% Passar tempo 11% Porque foi recomendado 7% Para obter conhecimento avançado sobre produtos 27% Fonte: Adaptado/EcMetrics/2012 77 Compartilhar opiniões, obter conhecimento avançado sobre produtos, aprender mais a respeito, são as principais razões pelas quais os clientes sociais se tornam membro das comunidades das organizações do setor automotivo. Os dados acima não apenas respondem razões pelas quais os clientes participam de comunidades nas mídias sociais, mais também reafirma a busca de informações dos clientes sociais sobre produtos. E não apenas obter informações mais como também aprofundar esse conhecimento e compartilhar opiniões entre si, criando um universo praticamente exclusivo entre os clientes sociais. Abaixo gráfico sobre a participação dos consumidores nas redes sociais. Chart Title YOUTUBE, 69.40% TWITTER, 73.30% ORKUT, 76% 100 FACEBOOK, 94.50% Fonte: Adaptado/IBOPE/ Net Ratings 2012 Gráfico 8. Participação dos consumidores nas redes sociais. O gráfico aponta a participação de cerca 80 milhões de clientes nas redes sociais, sendo complementados por duas informações importantes, o Brasil é o país latino americano que mais tem consumidores que usam a internet 82 milhões e 97% destes utilizam canais sociais como Facebook, Twitter e demais canais sociais. A 78 informação ratifica a importância da internet no cenário mercadológico, a atuação do CRM Social tem perspectiva de ser grande diferencial não apenas em potencial mais diretamente no processo de gestão de relacionamento com o cliente. 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS Identificamos o marketing de relacionamento sob as perspectiva de que as organizações estão investindo altos valores em tecnologia buscando o produto ideal, a abordagem do marketing de relacionamento usa esse tempo e recursos para conhecer o cliente e descobrir exatamente o que ele quer e da forma como ele quer. Uma conclusão que se faz diante do exposto é colocar o cliente no centro do processo, trazendo também o produto ideal até o cliente de forma mais rápida, eficaz, diminuindo custos, agilizando os processos, criando valores para o cliente a partir do cliente, dinamizando a gestão do relacionamento de maneira eficaz permitindo atração, retenção e fidelização destes maximizando a lucratividade das organizações. Quando abordamos o Costumer Equity, objetivamos delinear a importância do cliente do ponto vista econômico, o que cliente representa para a organização de fato, como ele pode gerar ou refletir lucratividade em todo seu período de relacionamento com a marca. O cliente pode gerar rentabilidade comprando um produto ou serviço, fazendo um comentário, participando de uma promoção ou de uma atividade promocional da empresa. Especificamente no setor automotivo quando ele adquire um veiculo automotor ele passa a influenciar diretamente todos os que estão a sua volta, colocando nas cabeças das pessoas dúvidas, despertando o desejo ou a necessidade. O cliente será a vitrine das organizações do setor automotivo e sua relação com a organização influência diretamente não apenas na propagação da marca, mas sobretudo o fornecimento de informações para o aperfeiçoamento de produtos e serviços. A análise acerca do valor econômico do CRM se basifica inicialmente pelos números apresentados na pesquisa, o investimento das organizações na ferramenta movimenta os negócios de informática, tendo um grande impacto no mercado de tecnologia da informação. O Mercado internacional de T.I. se expande, tendo o Brasil como um dos países que impulsionam esse crescimento. A disputa das 79 organizações por maior participação no mercado de T.I., impacta diretamente no desenvolvimento de sistemas eficazes, cada vez mais customizados e direcionados aos usuários. O CRM demonstra solidez no que tange seu valor e impacto econômico do ponto de vista externo, sendo um excelente investimento para as organizações que desenvolvem e comercializam o sistema. A análise interna quando parametrizamos o que é tangível quanto ao valor econômico do CRM para a organização que utiliza o sistema reverbera o que foi referendado no referencial teórico, o CRM, permite a integração da organização, compartilhando informações em tempo real, permitindo que a empresa centre seus negócios com base na ferramenta, criando padrões de funcionamento, delimitando estratégias para desenvolvimento de produtos e serviços através das informações contidas no datawharehouse, baseficando o relacionamento com os clientes de forma a atrair e retê-los e consequentemente maximizar a lucratividade e reduzir custo. O Customer Relationship Management permite a dinamização e evolução da organização, fazendo jus ao seu alto investimento, no entanto aprofundamos a análise acerca do que é intangível, a relação com cliente à curto, médio e longo prazo e o que pode representar para as empresas não apenas falando em lucratividade mas qual é dimensão do cliente para a marca durante essa relação. O cliente representa o resultado final do trabalho da organização é ele que na atual era – Internet Age – faz importantes ações de marketing e publicidade, no uso de determinado produto e serviço. Quando partimos do ponto de que tecnologia iguala as organizações, qualidade é pré-requisito para estar no mercado, nos resta dois lados divididos pela informação: O Capital Humano, o profissional como poder de inovação de diferenciação das organizações. O cliente como real prova de sucesso e qualidade do produto adquirido. No meio desse elo os sistemas de tecnologia que permitem processar dados e fornecer informações para ambos os lados. Quando passamos a analisar dessa forma encontramos o CRM com valor econômico intangível, por analogia em uma guerra ter a melhor arma e fundamental para vencer, logo em determinados momentos a ferramenta passa a não apenas justificar seu investimento e seu valor econômico mais como também mostra que seu uso é vital na guerra de marketing. 80 Descrevemos na pesquisa de forma análoga a bibliografia, as vantagens da internet á curto, médio e longo prazo. A internet apresenta principalmente ao longo prazo expansão e evolução de mídia com custo menos oneroso, diferente do que acontece enquanto gestão de relacionamento com o cliente na forma presencial, que exige principalmente nos custos com infraestruturas adequadas e difíceis de serem alteradas. As despesas de uso da internet são bem mais baratas que locações e ou compra de espaço. As despesas economizadas podem ser direcionadas ao desenvolvimento em pesquisa para marketing em mídias sociais, também com desenvolvimento de softwares e aplicativos que permitam interação com os clientes sociais. Um bom exemplo de interação com o cliente o pode ser observado no case de carros verdes da BMW, no qual a empresa criou uma plataforma on line para as marcas de carros verdes da empresa, sendo que o portal oferece a visão básica da mobilidade elétrica, testes em simuladores de veículos, recebimento de informações técnicas e detalhadas ao respeito dos produtos de serviços desta linha. Em síntese a internet permite menor custo e maior poder de criação e diferenciação na gestão de relacionamento com o cliente. Um ponto importante a ser considerado tange a avaliação das ações dos clientes nas mídias sociais, através das informações levantadas concluímos que no momento atual sem grande intervenções nas mídias sociais através do CRM Social temos um cliente social, interessado em busca de informações, opiniões, acerca de várias segmentos como telefonia, eletrônicos, eletrodomésticos e entre outros, contudo o setor automotivo aparece como o setor de maior interesse dos consumidores que estão na internet. Eles buscam informações sobre carros, demais produtos e serviços relacionados ao setor, de várias óticas diferentes. Os clientes sociais irão buscar no site das organizações informações técnicas dos veículos, opcionais, preços, condições de pagamento, disponibilidade, procedimento, prazos e demais trâmites, contudo antes de fechar o negocio, cliente social vai compartilhar opiniões, criar conteúdos, defender causas, checar informações e experiências de outros compradores através das mídias sociais. A influência das mídias sociais na internet é um fator importante na hora da decisão da compra. Quando o cliente chega na organização de forma física ele já parte com todos seus conceitos e o opiniões formadas e dificilmente algum atendimento pessoal poderá reverter essa 81 situação sem que haja perdas financeiras nas negociações. Ter uma forte estratégia e um forte trabalho nas mídias sociais é mais que uma necessidade para as organizações na era da internet. O CRM Social apresenta vantagens e benefícios para as organizações, quando a ferramenta é corretamente usada ela pode influenciar o cliente no poder de decisão de compra, sendo um canal de duas vias de fatos, ouvindo as opiniões dos clientes, porém respondendo suas dúvidas, interagindo, aproximando o cliente da organização através das mídias sociais, transformando potencial e investimento em retorno para as organizações, colaborando de fato e de forma visível com resultados mensuráveis na atração, retenção, fidelização a aumento de lucratividade das organizações. O CRM Social antecipa as informações que seriam dadas aos clientes de forma pessoal, sendo que a missão de fornecer informações torna-se descentralizada do atendimento pessoal, para as mídias sociais através da internet e o processo vem se tornando consequência do desenvolvimento tecnológico e das comunicações. A perspectiva que deixamos como resultado da pesquisa aponta alguns fatores importantes para o avanço da ferramenta nas organizações: - Desenvolvimento e investimento em pesquisas acerca do comportamento do cliente nas redes sociais - Treinamento e qualificação de profissionais especialistas em análises e operações das redes sociais - Desenvolvimento e pesquisas de metodologias para o desenvolvimento de estratégias e operações através do CRM Social - Criação de Social Centers especializados em interações e atendimento na gestão de relacionamento com o cliente através das mídias sociais. - Avaliação dos problemas específicos da gestão de relacionamento com cliente através das mídias sociais. 82 REFERÊNCIAS LIVROS BERRY, Leonard L., Relationship Marketing: Emerging Perspectives in Services Marketing, Chicago Illinois: Elsevier, 1983. BERTUCCI, Janete Lara O., Metologia Básica: para Elaboração de Trabalhos de Conclusão de Cursos, São Paulo: Atlas, 2010. 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