Janeiro - Faculdades Oswaldo Cruz

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EDITORIAL
SUMÁRIO
EXPEDIENTES
Publicações das FACULDADES OSWALDO CRUZ
Diretor-Geral Superintendente:
Carlos Eduardo Quirino Simões de Amorim
Setor Externo e Conjuntura
Tema: A crise dos PIGS e seus impactos na Economia Brasileira
Sumário
Além da análise de conjuntura econômica, o boletim também apresentará uma
entrevista com um professor do Curso de Ciências Econômicas da FOC com o
intuito de elucidar questões de interesse comum dos graduandos acerca de
assuntos diversos no âmbito do contexto econômico atual.
Editorial
Tema: Políticas macroeconômicas adotadas no Governo Dilma
Setor Público
Tema: BNDES e a COPA de 2014
Preços e Salários
Tema: Política de reajuste do Salário mínimo
Tema: Commodities Brasileiras em 2011
Diretoria FAEC
Prof. Diro Nishida
Assitente de Diretoria FAEC
Profa. Maria Angélica Barone
Nível de Atividade e Emprego
Tema: Nível de Atividade na Indústria Automobilística
Coordenadores do Curso de Economia
Prof. Guilherme Vieira Neves
Prof. Clóvis Freitas Costa
Bem-Estar econômico
Tema: Educação
Tema: Novas formas de consumo: O papel da nova Classe C
para um consumo consciente
Revisão
Profa. Isa Iára Campos Salles
Entrevista e Ensinando
Tema: Entrevista com Odilon Guedes
Coordenador Responsável pela Carta Conjuntura Econômica
Prof. Sandro Cano
Conselho Editorial
Camila Ianez
França Aldo
Ligia Araujo
Thiago Tadeu
Jornalista Responsável:
Ricardo Mirão
Carta de Conjuntura - Pag 01
Boletim de Conjuntura Econômica
O Boletim de Conjuntura Econômica, elaborado pelos alunos do quarto
ano do Curso de Graduação em Ciências Econômicas da Faculdade Oswaldo
Cruz – FOC-, em sua segunda edição, analisa a desempenho das políticas
macroeconômicas implementadas na economia brasileira ao longo do ano de
2011, procurando avaliar seus efeitos sobre o bem-estar econômico, preços
e salários, o nível de atividade e emprego, a política monetária, o setor
externo e sua conjuntura e, o setor público.
Camila Ianez
França Aldo
Ligia Araujo
Thiago Tadeu
Ao analisar as medidas macroeconômicas adotadas até o presente momento pela Presidente
Dilma Rousseff, pode-se dizer que há uma melhor coordenação e harmonização das políticas monetária,
cambial e fiscal, além da expansão do leque de instrumentos utilizados na condução dessas políticas, se
comparado às políticas econômicas de seu antecessor.
Quando o assunto é política monetária, observa-se uma maior flexibilidade quanto ao regime
de metas de inflação, com alongamento do horizonte temporal da meta de inflação, ou seja, com
aumento do prazo para a convergência ao centro da meta. No governo Dilma, a taxa básica de juros
não tem sido o único instrumento para conter a demanda agregada; o Banco Central (BC), presidido
por Alexandre Tombini, também adotou medidas macroprudenciais de controle do crédito, que podem
auxiliar no combate à inflação, uma vez que o controle sobre a oferta de crédito afeta o consumo e
desacelera a atividade econômica.
Editorial
Editorial
Políticas macroeconômicas adotadas no Governo Dilma
Entre as medidas macroprudenciais adotadas, pode-se citar a elevação de 15% para 20%
dos recolhimentos compulsórios sobre depósito a prazo, elevação de 8% para 12% do adicional do
compulsório sobre depósitos à vista e a prazo e de 11% para 16,5% do capital mínimo para operações
de crédito a pessoas físicas com prazo superior a 24 meses, além do aumento de 1,5% para 3,0% da
alíquota de IOF sobre as operações de empréstimo. A adoção destas medidas se deu devido à forte
ampliação do crédito a pessoas físicas, principalmente de financiamentos para aquisição de veículos
e empréstimos consignados, com alongamento de prazo e redução de juros, o que gerava um risco
de instabilidade associado ao endividamento das famílias e ao descasamento de prazo das operações
ativas e passivas do sistema bancário.
A política fiscal do governo Dilma vem apresentando um bom desempenho, com um resultado fiscal
de R$ 66,9 bilhões nos sete primeiros meses deste ano; porém, esse bom desempenho foi proporcionado
por uma altíssima arrecadação, uma vez que as despesas do Tesouro continuam em ascensão.
Um dado preocupante é que a elevação das despesas do Tesouro não pode ser atribuída aos
encargos com pessoal e previdência, uma vez que a política fiscal tem se beneficiado da inflação e
da fórmula de reajuste das aposentadorias com dois anos de defasagem, que geraram um reajuste
real próximo de zero em 2011.
Carta de Conjuntura - Pag 03
Carta de Conjuntura - Pag 02
A última medida no âmbito cambial adotada pelo Governo se deu em julho, quando o dólar
chegou a fechar abaixo de R$1,54, com o anúncio de uma medida provisória de desestímulo às
operações especulativas com derivativos cambiais, que instituiu a cobrança de IOF de 1% sobre
as posições líquidas vendidas em derivativos cambiais acima de US$10 milhões (que pode atingir
o teto de 25%). A medida provisória foi aprovada pela Câmara dos Deputados em 5 de outubro
e autoriza o CMN a definir regras específicas para as negociações no mercado de derivativos e a
tributar essas operações com o imposto.
Quanto à política fiscal, esta voltou a ganhar destaque na política macroeconômica, já que o
controle das contas públicas pode aliviar as pressões sobre a política monetária.
No que se refere à política cambial, ocorreram importantes alterações na gestão do regime
de flutuação suja no governo Dilma, com adoção de uma estratégia mais abrangente na gestão dos
fluxos de capitais e das transações cambiais. Além disso, há uma maior coordenação entre o Banco
Central e o Ministério da Fazenda em relação à política cambial e macroeconômica no geral, uma
ampliação dos instrumentos utilizados para atingir as metas cambiais e uma mudança quanto aos
objetivos macroeconômicos dessa política.
Para deter o movimento de apreciação cambial foi adotada uma série de medidas. Em
janeiro, o Banco Central anunciou a criação de um depósito compulsório (em reais) de 60% do valor
das posições vendidas em câmbio e assumidas pelos Bancos que excederem o menor dos seguintes
valores: US$ 3 bilhões ou o patrimônio de referência, que é a medida de capital utilizada para
verificar o cumprimento dos limites operacionais das instituições financeiras. No mesmo mês, o BC
retomou os leilões de swaps reversos e criou o leilão de dólares com entrega efetiva.
No início de abril, o Conselho Monetário Nacional (CMN) estabeleceu a obrigatoriedade de
realização de operação de câmbio simultâneo na renovação de empréstimos externos (por meio de
crédito bancário ou emissão de títulos), o que bloqueou uma das maneiras de evasão do pagamento
da nova alíquota de IOF para captações externas.
Logo, no que tange à política cambial, o BC e o Ministério da Fazenda, coordenadamente,
utilizaram não somente os instrumentos de controle de capitais stricto sensu (cobrança de IOF),
mas também mecanismos de regulação financeira prudencial e medidas com foco nas transações
do mercado de derivativos. A eficácia dessas políticas, contudo, irá depender da correlação de
forças entre a autoridade monetária e os agentes privados no mercado de câmbio.
Entre janeiro e julho, a meta da taxa Selic foi gradualmente elevada, sem grandes choques
de juros. Em agosto, o Copom decidiu pela redução da taxa Selic em 0,5 ponto percentual,
embora o IPCA em 12 meses esteja bem acima do centro da meta de inflação, o que surpreendeu o
mercado. Em outubro, o Copom manteve a política de redução, com uma queda de mais 0,5 ponto
percentual. O BC justificou a redução da taxa devido à piora do cenário externo, com agravamento
da crise das economias avançadas, o que poderá impactar o país pela via do comércio exterior e
dos fluxos de investimento estrangeiro e à desaceleração do crescimento da economia brasileira.
A crescente apreciação cambial do real se tornou mais uma preocupação para o Governo, haja
vista que essa apreciação reduz a competitividade externa dos produtos brasileiros, o que prejudica a
indústria nacional. Para conter essa deterioração da indústria brasileira, o nível da taxa de câmbio se
tornou uma meta adicional da política cambial, juntamente com o acúmulo de reservas e redução da
volatilidade do preço da moeda estrangeira.
Em março, após a cotação do dólar chegar a R$1,64, o Ministério da Fazenda elevou para 6%
a alíquota de IOF sobre as captações externas de até 360 dias e, em abril, essa medida foi estendida
às captações externas com prazo de até 720 dias. Cabe ressaltar que, já no final de 2010, o Ministério
da Fazenda havia elevado a alíquota de IOF de 2% para 4% sobre as aplicações de investidores
estrangeiros em títulos de renda fixa e, posteriormente, aumentou para 6% essa alíquota.
Em agosto, o Projeto de Lei de Orçamento Anual foi enviado ao Congresso Nacional. A projeção
é que as receitas do Governo cresçam 12,8% em 2012 e as despesas continuem crescendo, agora um
crescimento de 15,9% em relação a 2011. Os gastos com pessoal do Executivo deveriam cair para 4,15%,
porém isso vai contra os contornos políticos do atual governo. Além disso, a emissão de títulos deverá
aumentar em 31%, algo que não foi explicado. Como se pode depreender deste Projeto, há uma grande
incerteza quanto ao futuro da política fiscal.
Mediante as políticas econômicas adotadas, podemos identificar que as taxas de desemprego
continuaram a cair;porém, em alguns setores como Comércio e Construção Civil houve queda
no crescimento de empregos formais, explicado pela restrição ao crédito. Referente à política
monetária, nas reuniões do Comitê de Políticas Monetárias (COPOM) dos dias 30 e 31 de agosto e
18 e 19 de outubro, decidiu – se pela diminuição de 0,5% da taxa de juros em respectivas reuniões,
desta forma levando a Taxa SELIC ao patamar de 11,50%. Explicado pela diminuição da Taxa de
Juros e por outros fatores externos, o Câmbio vem se desvalorizando; em agosto a taxa de câmbio
estava na casa de R$ 1,56, hoje está por volta de R$ 1,78. A grande preocupação para este quarto
semestre do Governo Dilma se refere à inflação, que está muito próxima do teto da meta e a
preocupação em relação à volatilidade do câmbio.
Jorge Henrique
Lucas Dias
Lucas Gonçalves
Paulo Henrique
Em consequência da crise financeira mundial de 2008, decorrente da bolha imobiliária
americana, que se alastrou pelo mundo todo,várias políticas econômicas expansionistas
foram implementadas.
Especificamente Portugal, Irlanda, Grécia e Espanha (PIGS)aumentaram fortemente o
seu endividamento e agora se encontram em posições econômico-financeiras delicadas, com
destaque para a Grécia,que vem atravessando uma forte crise fiscal, ou seja, o governo gastou
muito além do que podia, pedindo empréstimos pesados e deixando sua economia à mercê deste
alarmante endividamento.
O mesmo se caracteriza pelo considerável aumento nos gastos públicos, principalmente
pelo aumento dos salários que praticamente dobraram.
O preço das commodities - principais bens que o país exporta -pode vir a cair, prejudicando
assim o saldo comercial (exportações - importações) da balança brasileira.Além disso, a
volatilidade no câmbio continua e o real vemse desvalorizando, o que dá mais competitividade
aos produtos brasileiros no exterior; porém, uma das principais dificuldades é a de se exportar,
pois os países europeus podem entrar em recessão.
Setor Externo e Conjuntura
Setor Externo e Conjuntura
A crise dos PIGS e seus impactos na Economia Brasileira
Houve rumores de que a Grécia poderia decretar calote, e, caso isso ocorra, causará perdas
bilionárias a bancos europeus e isso contagiaria imediatamente os países do velho continente.
Assim, Portugal, Espanha e Itália seriam obrigados a reestruturar suas dívidas, podendo causar
uma corrida bancária na Europa e grandes bancos poderiam quebrar; o crédito internacional
travaria, podendo acarretar numa nova recessão norte-americana com desvalorização do dólar.
Essa incerteza sobre os rumos da economia que se instalou no mundo, principalmente na Europa,
pode impactar de forma considerável a economia brasileira.
No curto prazo,já houve impactos negativos na Bolsa, pois o aumento do risco fez com
que houvesse uma saída de capital especulativo do Brasil.
Carta de Conjuntura - Pag 05
Carta de Conjuntura - Pag 04
http://veja.abril.com.br/infograficos/crise-europeia/ acessado em 29/11/11
Esse cenário vem provocando uma crise na confiança do mercado financeiro mundial.
Temendo um calote dos PIGS, principalmente da Grécia, os investidores estrangeiros vêm fugindo
da zona do euro para se refugiar no dólar e em títulos do Tesouro americano.
A percepção de risco global pode atingir o mercado de crédito doméstico, assim como em
2008, com juros mais altos para o consumidor.Posteriormente, os investimentos seriam refreados
e o desemprego subiria.
Diante do acima exposto, pode-se dizer que a crise na Europa cria incertezas, mas a
economia brasileira pode vir a crescer de forma moderada, com expectativas de 3,5 e 3,6 em
2011 e 2012, respectivamente.
O governo vem tomando medidas de contençãoda valorização do câmbio desde outubro
de 2009. Neste ano, o governo anunciou medidas para regular o mercado de derivativos cambiais
no país: exigiu que os contratos de balcão fossem registrados nas câmaras de compensação
para ter validade jurídica e tributou com IOF - que pode chegar a 25% - a variação das posições
vendidas em moeda estrangeira, a fim de diminuir seus efeitos na indústria interna e manter
nível satisfatório de exportações.
Para equilibrar a dívida pública, o governo anunciou em agosto o aumento do superávit
primário (de R$ 117 para R$ 127 bilhões), buscando diminuir seus gastos, além de redução de
impostos e da taxa de juros, fazendo, assim, um mix entre política fiscal e monetária.
Além disso, acredita que manter o nível de emprego é fator primordial para tentar manter
o crescimento por volta dos 3 % neste ano.A Presidente afirmou que incentivará investimentos na
produção e na geração de empregos e renda.
Conter a inflação, sendo que a mesma já está em patamares próximos ao teto da meta, e
medidas como a redução da taxa básica de juros (Selic), podendo aumentar ainda mais a pressão
sobre os preços, se tornou neste momento um grande desafio.
Camila de Jesus
Débora Ribeiro
Katty Dayana
Em 30 de outubro de 2007, a FIFA escolheu o Brasil como sede para a Copa de 2014. A
princípio, era um total de 18 cidades candidatas a receberem os jogos da Copa, porém apenas 12
foram definidas como sede dos jogos: Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP), Belo Horizonte (MG),
Porto Alegre (RS), Brasília (DF), Cuiabá (MT), Curitiba (PR), Fortaleza (CE), Manaus (AM), Natal
(RN), Recife (PE) e Salvador (BA).
Mesmo com esta conquista, que deixou a população do Brasil muito feliz e empolgada
com tal evento, é aparente as necessidades do país de crescer em infraestrutura, além dos
investimentos de empresas privadas e de órgãos públicos -como o BNDES -, que também precisou
desembolsar valores para a realização de várias obras que já estão em andamento e outras que
ainda nem começaram.
A maior parte das obras é o governo quem financia através de projetos de apoio à Copa
do Mundo de 2014. Diversas áreas, como por exemplo, estádios, portos, infraestrutura e turismo,
entre outros setores. Além dos financiamentos acima, o Governo Federal repassará ao BNDES
o custo de urbanização e toda a infraestrutura necessária para o evento e, ao governo, fica a
responsabilidade de investir em portos, aeroportos e paisagismo.
Setor Público
Setor Público
BNDES e a COPA de 2014
No caso dos aeroportos de Brasília, Viracopos e Guarulhos, o governo decidiu por uma
concessão pelo período de trinta anos e a justificativa é a imediata necessidade de investimentos
neste setor. O leilão será realizado em 22 de dezembro de 2011. A Infraero ainda manterá 49% de
participação na administração dos aeroportos e a participação de empresas estrangeiras só será
autorizada, se estas estiverem associadas a empresas nacionais.
No Estado do Rio de Janeiro, o BNDES apoia também projetos de reciclagem (coleta
seletiva) e inclusão social com o intuito de estimular este tipo de ação iniciado com a Copa.
Todos os projetos contarão com itens de sustentabilidade, conservação, eficiência energética e
utilização de recursos naturais que deverão ser cumpridos mediante aprovação de entidade de
Qualidade Ambiental credenciada pelo INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização
e Qualidade Industrial).
(Integralmente retirado do site planalto.gov.br)
O maior desafio para o governo brasileiro será estruturar o país para sediar um evento
grandioso como a Copa do Mundo. As condições atuais do país deixam a desejar e com a velocidade
em que as obras andam é até um pouco difícil de acreditar que o país, até 2014, terá condições
de sediar a Copa.
Estádios
Aeroportos
Todas as 12 arenas iniciaram obras. Nove delas estarão concluídas
até final de 2012 e as restantes estarão prontas até o final de 2013, a
tempo, portanto, de sediar os jogos. O Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social (BNDES) ofereceu linha de financiamento para os
estádios, com valor limitado a R$ 400 milhões. Já foram assinados contratos
que totalizam R$ 2,3 bilhões. Todas as arenas terão certificação.
Os investimentos, realizados integralmente pelo governo federal,
chegam a R$ 6,5 bilhões, em 13 aeroportos nas cidades-sede. Em oito aeroportos,
as obras já se iniciaram. Uma delas, em Viracopos (SP), já foi concluída.
Carta de Conjuntura - Pag 07
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Todos os projetos devem ser contratados até 12/2011 e beneficia tanto órgãos públicos
como entidades privadas.
Estes são apenas alguns dos financiamentos que foram realizados pelo Setor Público
através do BNDES referentes aos estádios onde serão realizados os jogos para a Copa, além de
todos os outros investimentos que serão realizados em transportes, hotéis, comércio, entre
outros. Em 14 de setembro de 2011, foi publicado um quadro no site do Planalto com o roteiro
a seguir e as áreas que serão atendidas com as obras:
Mobilidade urbana As obras de mobilidade urbana são parte importante do legado que ficará
para os brasileiros depois da Copa. Por isso, o governo federal, em conjunto
com governos estaduais e municipais, selecionou 49 obras, dentro do Programa
de Aceleração do Crescimento (PAC), para ofertar recursos às cidades-sede, que
são responsáveis pela execução. Hoje, cinco cidades já iniciaram obras.
Portos
São sete obras de execução rápida, que visam essencialmente
à construção de terminais turísticos modernos e adequados à demanda
crescente de cruzeiros no litoral brasileiro. Em quatro cidades, o edital de
licitação já foi publicado. Todas as obras serão concluídas em 2013, com
investimentos de R$ 898,9 milhões.
Ações
Estão em funcionamento nove câmaras temáticas, que reúnem
institucionais
os diversos níveis de governo com os responsáveis das cidades-sede para
proposição de políticas públicas e soluções técnicas que garantam legado
para o País e as cidades. Das 11 garantias federais oferecidas à Fifa para
a realização da Copa no Brasil, seis já foram atendidas. O projeto da Lei
Geral da Copa, que trata de outros temas que constam das garantias, será
enviado ainda esta semana ao Congresso Nacional. Assim, será concluída
a etapa de honrar com as garantias que o País ofereceu à realização
do evento. Duas legislações importantes já estão em vigor – o Regime
Diferenciado de Contratação e a Lei 12.350, que trata de isenção fiscal e
direitos alfandegários.
Mecanismos de
A sociedade brasileira dispõe de ferramentas para acompanhar
transparência
a execução orçamentária e andamento das obras da Copa. O Portal da
Transparência, da Controladoria–Geral da União (CGU), se constitui, com
colaboração direta do governo federal e cidades-sede, em fonte para
informação e acompanhamento da população.
Ariane de Andrade
Douglas Pinheiro
Felipe D’urso
Tiago Gonçaves
A política permanente de valorização do salário mínino, implantada desde 2007 e que
vigora até 2023, tem como objetivo corrigir a perda do poder de compra dos agentes econômicos
e proporcionar o aumento da renda, gerando,a princípio, efeitos positivos na economia brasileira,
bem como ocasionando aumento no consumo e elevação do Produto Interno Bruto (PIB).
O instrumento utilizado para o reajuste considera o Índice Nacional de Preços ao
Consumidor (INPC) e a variação real do PIB de dois anos antes.Para o ano de 2012, a previsão
de reajuste do salário mínimo é de 13,62% equivalente a R$ 619,21, em função da estimativa do
Banco Central do Brasil (BACEN), para uma variação de 5,7% do INPC e 7,49% no PIB de 2010.
Os impactos do reajuste previsto para 2012 na economia
Frente aojá citado reajuste no salário mínimo, o impacto nas classes C,D e E representa um
aumento do consumo não apenas em produtos novos(eletrodomésticos, eletrônicos, celulares,
etc.), como também permite às famílias investirem em educação, saúde, alimentação e cultura.
Em contrapartida, a expectativa de 4% de crescimento do PIB para o ano de 2012será menor que o
aumento real do salário mínimo 8% - já descontada a inflação prevista de 5% para o mesmo período-.
Esse fator pode ocasionar a indexação dos preços com o aumento do salário mínimo, uma vez que
aelevação dos custos com a mãodeobratende a ser repassada para o preço final.
Preços e Salários
Preços e Salários
Política de reajuste do Salário mínimo
Outro fator importantesobre a atividade econômica é o preço dos serviços que são extremamente
sensíveis às flutuações no salário mínimo. Este sim, pode ser o “grande vilão” das projeções
econômicas, pois sua flutuação será sentida imediatamente nos indicadores inflacionários.Segundo
odiretor do Departamento de Pesquisas Macroeconômicas do Bradesco, Octavio de Barros, o grande
desenvolvimento da inflação está atrelada aos preços do setor de serviços e essa inflação não está
correlacionada com as economias internacionais. Portanto, a projeção do banco é de que a alta de
preços nesse segmento feche este ano em 9% e encerre 2012 em 8,2%.
Analisando o contexto econômico nacional para 2012, temos um grande viés de Medidas
Macropudenciais Ortodoxas e Política Fiscal Contracionista, que provavelmente serão acionadas
para conter os impactos causados pelo maior poder de consumo das classes menos favorecidas.
Esse será um grande empecilho para o Banco Central do Brasil, que relatou em seu ultimo
relatório trimestral de inflação que pretende atingir o centro da meta apenas em 2012. A
concretização dessaspolíticas poderá causar problemas de liquidez na economia brasileira,
afetando o crescimento dospróximos anos.
• Impactos na Previdência Social
A indagação que provoca as expectativas com os preços (inflação inercial) é: se considerarmos
uma possível indexação por parte dos setores de produção e de serviços, como deve ser a postura
do BACEN em relação ao controle da inflação?
Os reajustes do salário mínimo exercem influência nas contas previdenciárias, haja vista que
aumenta as despesas com benefícios. Dados do DIEESE apontam que o peso relativo da massa de
benefícios equivalentes a um salário mínimo é de 46,5% e envolve 69% do total de beneficiários.
Impactos na Inflação
De acordo com projeção do Banco Central, o aumento da taxa de reajuste do salário mínimo irá
provocar uma tendência de expansão das despesas com velocidade maior do que a observada
para o crescimento das receitas do Regime Geral da Previdência Social. Os gastos com benefícios
previdenciários irão atingir 313,9 bilhões em 2012 (mantida a hipótese de um aumento no salário
mínimo para 619,21), ao passo que a arrecadação líquida poderá alcançar 266,3 bilhões. Essa
projeção é resultado, em grande parte, do aumento da massa salarial observada nos últimos
anos, influenciado pelo cenário de crescimento da atividade econômica no país, implicando
aumento nas contratações de trabalhadores com carteira assinada.
Os agentes,diante de um incremento em sua renda, tendem a consumir mais e aumentar o
interesse em tomar crédito para consumos de longo prazo. O governo, por sua vez, a partir
do incremento dos gastos gerado do aumento do salário mínimo, tende a adotar políticas
contracionistas, visando ao cumprimento das metas orçamentárias e diminuição do impacto
sobre os investimentos realizados, tais como obras para a Saúde e infraestrutura, por exemplo.
Todas estas tratativas governamentais contribuem para que as expectativas inflacionárias sejam
menores, porém a postura governamental não se apoia historicamente nesta premissa básica,
o que pode contribuir para que os agentes tenham motivação para “proteções inflacionarias”,
herança de períodos inflacionários anteriores.
A posição do governo em relação às políticas de controle da inflação ultimamente demonstraram
nova postura ao conhecido paradigma de se utilizar a taxa básica de juros como único instrumento
de combate à pressão inflacionária; no caso, a nova postura com relação a restrições ponderadas
ao crédito, bem como a novas políticas fiscais. A conduta adotada pelo governo pode ser crucial
para que o impacto inflacionário do aumento do salário mínimo seja menor, haja vista que o
salário não é o único fator determinante dos custos sobre a produção.
Carta de Conjuntura - Pag 09
Dentro das análises acerca dos impactos do aumento do salário mínimo na inflação, o discurso se torna
de certa maneira previsível, porque o salário mínimo, como um preço da economia, tem impacto
direto na inflação como qualquer outro bem negociável. Esta premissa, segundo alguns analistas,
pode obter outras vieses a partir de uma nova postura do governo nos controles para atingir o centro
da meta inflacionária determinada para o ano de 2012, que no caso é de 4,5%.
Carta de Conjuntura - Pag 08
A produção nacional que dita o ritmo da oferta de produtos para certa demanda, bem como a política
de preços ao consumidor (muitas vezes atrelada à indexação) são fortes fatores determinantes na
inflação do período; logo, qualquer impacto nestes fatores irá em paralelo iniciar o processo de
pressão inflacionária. O salário, como dito antes, não se apresenta como único fator impactante
nos indicadores da produção nacional e na política de preços.Sendo assim,a inflação pode ser
influenciada por diversas vertentes, tais como: o crescimento econômico do período;a pressão por
deficiências de oferta e capacidade ociosa da indústria, entre outras.
Jairo dos Santos
Jeferson da Silva
Ligia Araujo
Marcel Silva
No mês de agosto deste ano, os produtos agropecuários subiram 1,47%, comparado ao mês julho
que apresentou deflação de 0,84%. A elevação deve-se em maior parte à soja em grãos e por
suínos e aves. As matérias-primas brutas tiveram elevação de 1,51% em agosto, após redução de
1% apresentada no mês anterior.
Em reunião das Nações Unidas, em Havana, Cuba, em 1948, para criação da Organização
Internacional do Comércio, definiu-se como commodities todo o produto das atividades agrícola,
florestal e pesqueira, e todo mineral, produzidos naturalmente ou que fosse negociado em
quantidades significativas nos mercados mundiais.
Apesar de expressiva elevação, os analistas avaliam em uma análise de 12 meses o desempenho dos
produtos agropecuários. Ocorreu um recuo de 29,68% em fevereiro para 18,76% em agosto. Com
base nas dificuldades nos países desenvolvidos, a expectativa é de estabilidade ou crescimento
moderado. Considera-se a volatilidade nos preços externos de commodities, mas não se espera
grandes choques, comparando ao ano de 2010, quando os preços se elevaram.
A fim de incorporar novas mercadorias, ao longo dos anos essa definição foi modificada,
englobando basicamente os bens não duráveis ou bens intermediários, por exemplo: soja, milho,
trigo, energia elétrica, cobre e suco de laranja. De maneira geral, as commodities são negociadas
por grandes multinacionais ou estatais e com grandes flutuações nos preços – a demanda e oferta
das matérias primas e alimentos são inelásticas.
No caso dos alimentos, a demanda é inelástica, porque os indivíduos tendem a satisfazer
primeiro suas necessidades alimentares antes de comprar outros bens; nas matérias-primas, isso
ocorre porque a substituição por outros produtos, pelo menos no curto prazo, é relativamente
difícil. As ofertas seriam inelásticas, entre outros motivos, pela rigidez na produção e pelos altos
investimentos necessários à sua expansão.
Preços e Salários
Preços e Salários
Commodities Brasileiras em 2011
A oferta das commodities depende das possíveis alterações que possam ocorrer no país
produtor, por exemplo, mudanças climáticas desfavoráveis ou crescimento com altas taxas de
um país grande e importador. A primeira causaria uma diminuição da oferta dos produtos e
a segunda aumentaria a demanda por matérias-primas e alimentos nos mercados mundiais,
com altos preços. Isto posto é possível afirmar que os países que dependem desses produtos
passam por grandes variações em suas receitas com exportações. O Brasil, infelizmente, ainda é
refém das commodities, mais precisamente das agrícolas, que consideramos como commodities
primárias.
Carta de Conjuntura - Pag 11
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A expansão dos mercados asiáticos gerou oportunidades para os países exportadores de
commodities, como o Brasil; as incertezas nos mercados e a ameaça de recessão na Europa e EUA
estão forçando a diminuição da demanda e preços de bens não duráveis. Sendo assim, no caso do
Brasil, tudo dependerá em grande parte da China, historicamente considerada grande consumidora
das commodities brasileiras, e que, devido a reformas econômicas estruturais, desacelerou seu
ritmo de crescimento, mas ainda prevê modestos 9,4% de crescimento para 2011. Nesse cenário,
o gráfico abaixo mostra que os preços internacionais das commodities em geral (menos petróleo)
apresentam elevação desde 2008.
Os fatores climáticos e os períodos de safra e entressafra determinarão o comportamento
do IGP-M até o final de 2011, que em agosto deste ano já eram suficientes para motivarem
as oscilações nos preços das matérias-primas; porém, é necessário cautela, uma vez que as
matérias-primas sofrem maior pressão no segundo semestre.
Na segunda semana de outubro de 2011, indicadores chineses de exportações e importações
preocuparam os investidores com uma possível desaceleração da economia somada ao estoque
de metais; mas, para os analistas, os fundamentos de oferta e demanda permanecem ganhando.
Contudo, a previsão é de pressão sobre as commodities, que não foge à normalidade, porém
a economia brasileira em geral sempre deve estar atenta a todas as alterações que possam
ocorrer nesse mercado, pois é um dos principais produtos exportados pelo Brasil e tem grande
significância no produto interno bruto brasileiro.
Desde sua criação, em 1956, a indústria automobilística tem uma grande representatividade
na economia do país, sendo responsável atualmente por 22,5% do PIB (Produto Interno Bruto)
industrial e por aproximadamente 5% do PIBtotal brasileiro. Esse setor vem crescendo de forma
muito acelerada, principalmente nos últimos anos, quando a produção total subiu de 2,3 milhões
de veículos em 2005 para mais de 3,3 milhões em 2010, atingindo a sexta posição na produção
mundial de veículos. O Brasil é atualmente o quinto maior mercado de automóveis do mundo e
ainda tem muito para se expandir.
Dados da ANFAVEA (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores)
mostram que o Brasil possui cerca de seis habitantes por veículo, enquanto outros países com o
mercado mais desenvolvido possuem menos de 1,5 habitantes por veículo. Com o crescimento
constante da economia e a ascensão das classes com menor renda, o mercado brasileiro tende
cada vez maisa atingir o nível desses países. Porém, para conseguir esse desenvolvimento, a
indústria brasileira tem de resolver muitos problemas que se tornaram mais evidentes devido às
crises ocorridas recentemente e a valorização do real perante outras moedas mundiais.
O automóvel brasileiro é um dos mais caros do mundo e isso se deve principalmente ao alto
nível de impostos aplicados no país: IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), ICMS(Imposto
sobre Circulação de Mercadorias e Serviços),PIS (Programa de Integração Social) e Cofins
(Contribuição para Financiamento da Seguridade Social)representam juntos aproximadamente
30% do valor do veiculo, e ainda temos de levar em conta o custo dos impostos na matériaprima e na mão de obra, o que acaba elevando consideravelmente o nível de impostos cobrado.
Esse alto custo brasileiro está gerando uma nova barreira ao crescimento do setor, pois com a
valorização do real os veículos importados estão cada vez mais baratos no mercado interno e já
ganharam uma boa parte do mercado brasileiro.
Desde 1990, quando ocorreu a abertura da economia e foram retomadas as importações,
a concorrência estrangeira vem ganhando espaço no mercado brasileiro.Em 1991, ano seguinte
ao da abertura da economia, os veículos importados representavam 2,7% da demanda interna,
já em 2010 eles representaram 19,7 %. Ao analisarmos dados da ANFAVEA, é possível constatar
que de janeiro a agosto de 2011 foram licenciados aproximadamente 1,8 milhões de veículos
nacionais (2,2% a mais que no mesmo período do ano anterior) e cerca de 531 mil veículos
importados (35% a mais que no mesmo período do ano anterior), ou seja, os importados crescem
em um ritmo muito mais acelerado e já representam 22,4% da demanda brasileira.
Em 2006, a balança comercial do setor automotivo atingiu seu maior nível, fechando o ano
com um superávit de 9,6 bilhões de dólares. A partir de então, o saldo da balança comercial desse
setor vem decaindo gradativamente devido ao aumento das importações e a queda das exportações;
como consequência, o ano de 2010 fechou com um déficit comercial de 6 bilhões de dólares.
Novos dados, divulgados recentemente, mostram que o estoque de veículos em setembro
desse ano era de 378,9 mil veículos, o que equivale a 36 dias de vendas. Para tentar reduzir
esse estoque elevado, grande parte das montadoras optaram por dar férias coletivas a seus
funcionários, o que reduziu a produção em 19,7 % em relação a agosto e 6,2%, se comparado com
igual mês do ano anterior. Outro reflexo desse elevado nível de estoque diz respeito à geração
de empregos, pois o setor apresentou uma queda de cerca de 40% na criação de empregos entre
agosto de 2010 e igual período deste ano. Em agosto do ano passado, foram gerados 5.606
empregos. Este ano, o mês terminou com 3.366 postos de trabalho criados.
Nível de Atividade e Emprego
Felipe de Medeiros
Edmar Silva
Alex Oliveira
Vinicius Duarte
Neste contexto de forte valorização do real, queda das vendas e aumento das importações,
o governo brasileiro optou por medidas protecionistas, buscando dar mais força para a indústria
automobilística. Em agosto deste ano, o governo propôs um novo plano de incentivos e
exonerações para o setor automotivo e uma dessas medidas foi a prorrogação da redução do
IPI sobre os veículos nacionais por mais 12 meses. Em setembro, buscando dar mais força para
os produtores nacionais, o governo anunciou uma nova medida de incentivo, aumentando a
alíquota de IPI em 30 pontos percentuais para veículos que tenham menos de 65% de conteúdo
nacional. Antes, o tributo variava de 7% a 25% e, com a medida para fortalecer a indústria local,
passou para 37% a 55%.
Essas medidas protecionistas não foram bem vistas internacionalmente, muitos dos
países que exportam para o Brasil se mostraram insatisfeitos. Porém, o maior prejudicado com
esse aumento da tributação é o consumidor brasileiro que acaba pagando mais caro tanto nos
importados, que sofreram o aumento de impostos, como nos nacionais, que se aproveitam dessas
medidas para reajustar os preços, aumentando assim seu lucro. Alguns críticos argumentam que
em vez de fazer o consumidor pagar pela falta de competitividade da indústria brasileira, o
governo poderia utilizar outras medidas que estimulassem a concorrência e o desenvolvimento
sem favorecer apenas os interesses das grandes montadoras.
A ANFAVEA prevê que o mercado brasileiro de veículos tende a crescer continuamente
nos próximos anos;todavia, a indústria brasileira poderá perder sua representatividade nesse
mercado, caso não se torne mais competitiva internacionalmente, não dependendo mais do
protecionismo governamentale, sim, através de melhorias e inovações nos meios de produção,
buscando assim reduzir seus custos e aumentar sua produtividade.
Carta de Conjuntura - Pag 13
Carta de Conjuntura - Pag 12
Nível de Atividade e Emprego
Nível de Atividade na Indústria Automobilística
Fonte: Anfavea
Aline Certo
Loraine Carvalho
Valquiria Alves
A Educação tem melhorado a cada ano. O ENEM é um indicador consolidado da melhoria
na Educação brasileira. Em 2010, o desempenho nas provas foi melhor e também houve aumento
no número de alunos que fizeram a prova. A média foi de 511 pontos, dez a mais que no ano
anterior. Segundo o ministro da Educação, Fernando Haddad, em 2011 esse número deverá ser
ainda maior, já que as campanhas e incentivos educacionais foram maiores neste ano.
Estudos comprovam que, para cada ano de estudo, há aumento no salário do estudante. Cada
vez mais as instituições de ensino estão se adequando a este mercado que cresce significativamente.
Segundo Haddad, o foco para a Educação, a partir de 2011 até 2020, é a valorização do Magistério.
Outro ponto de destaque é a qualidade da mesma, pois a meta do IDEB1 para 2011 é bem ambiciosa
e, no quadro abaixo, podemos verificar as metas até o ano de 2021:
Fonte: PNE – Plano Nacional de Educação
Outro programa de destaque do governo é o FUNDEB2 . O Fundo repassa uma porcentagem
de determinados impostos recolhidos pelo Estado à Educação e também há complemento da
União, quando não se atinge o valor mínimo por aluno. O FUNDEB ajudou a aumentar o número de
matrículas nas escolas. As parcerias são fundamentais e vistas com bons olhos pela sociedade. Elas
transformam a escola em um lugar mais agradável, eficiente e atraente para alunos, professores e
pais. A criação de um ambiente favorável ao ensino está menos ligada a grandes investimentos na
estrutura física das escolas e mais ao acompanhamento do dia a dia da sala de aula.
Bem-estar econômico
Bem-estar econômico
Educação
Mas a Educação também tem um cenário preocupante: apesar do aumento no número de
matrículas, isso não significa que o a qualidade melhorou. O governo definiu 5 metas específicas
simples, que tem até 07 de setembro de 2022 para serem alcançadas. As metas são:
toda criança e jovem de 4 a 17 anos na escola;
toda criança plenamente alfabetizada até os 8 anos;
todo aluno com aprendizado adequado à sua série;
todo jovem com Ensino Médio concluído até os 19 anos;
investimento em Educação ampliado e bem gerido.
. Segundo Priscila Cruz, do programa Todos pela Educação, a Educação de qualidade tem de
ser garantida nos anos iniciais do aluno na escola, pois é complicado reverter este cenário no futuro.
Um ponto de extrema importância é a qualificação dos professores. Um estudo recente da
UNESCO3 retrata bem a realidade vivida pelo professor. A profissão está em decadência, pois não
há reconhecimento por parte de alunos, do governo, etc... O salário é um ponto que desagrada
a maioria desses profissionais e a recuperação de sua dignidade e da credibilidade do ofício
passaria por uma reconfiguração de sua identidade profissional, envolvendo o fortalecimento de
suas lutas por melhores salários e condições dignas de trabalho, destacando-se uma formação de
qualidade. A formação de qualidade é um ciclo que abrange a experiência do docente como aluno
(Educação de Base), como aluno-mestre (Graduação), como estagiário (Práticas de Supervisão),
como iniciante (Primeiros anos da profissão) e como titular (Formação Continuada).
Carta de Conjuntura - Pag 15
Carta de Conjuntura - Pag 14
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5.
No Brasil, a Educação ainda precisa ser tratada como prioridade máxima do governo,
pois para o desenvolvimento econômico essa variável é fundamental, uma vez que através de
investimentos em Educação, desde a base até o Superior, é primordial para se elevar a qualidade
dos indicadores econômicos de um país. A Educação diretamente ligada ao capital humano serviu
de base para vários países se desenvolverem economicamente e superarem crises econômicas
internas, bem como aumentarem seu poder concorrencial no mercado externo; através do
capital humano, o pais alcança inovação tecnológica, aumenta o salário real, uma vez que as
pessoas capacitadas precisam ganhar mais, melhora a qualidade e a produtividade das indústrias
internas, o que favorece o PIB e toda a economia, pois diminui o número de desemprego.
Índice de Desenvolvimento da Educação Básica.
Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos
Profissionais da Educação.
3
O Perfil dos Professores Brasileiros: o que fazem, o que pensam, o que almejam. maio, 2004.
1
2
Ligia Araujo
Loraine Carvalho
Thiago Tadeu
No último triênio, o número de brasileiros pertencentes à nova classe média ultrapassou
os 45 milhões, se tornando a maior classe do país. As jornalistas Renata Agostini e Carolina Meyer
apresentaram à revista Exame (ed. 978, nº19) uma perspectiva de como andam se posicionando
esses brasileiros, frente aos aspectos de inclusão digital.
Com a melhoria na renda e maior acesso aos veículos de comunicação, alguns indicadores
demonstram que houve mudança no perfil de conduta do público em questão. A exemplo disso,
ilustra-se o quadro a seguir:
UTILIZAÇÃO
Pesquisa
E-mail
Educação
Redes Sociais / Messenger
2009
2006
87%
76%
71%
69%
74%
60%
n/a
35%
Pesquisa apresentada à revista Exame e coletados os dados pelo sistema de múltipla escolha da FGV.
O comportamento desses agentes transmite não somente comunicação pulverizada,
bem como sua participação no ramo de negócios e muitas pessoas complementam suas rendas
por meio da internet.A carioca Simone Reis, que vende lingerie da Victoria’s Secret pela rede,
comenta na matéria que consegue extrair dessa atividade o dobro de renda que conquista como
ajudante de cozinha em um restaurante. O caso da Simone é em parte resultado da distribuição
de acesso que este público detém. Ao analisar sua composição, chega-se ao resultado de que
40% da classe média brasileira possui acesso à internet e, desses, 43% o fazem de sua residência,
enquanto em seu trabalho, apenas 22% ficam on-line.
Bem-estar econômico
Bem-estar econômico
Novas formas de consumo: O papel da nova Classe C
para um consumo consciente
Grandes empresas como Bradesco, GoldFarb, TAM, Kraft Foods, Natura, etc. já perceberam
o tamanho do mercado potencial em rede que a classe média representa. Essas são algumas de
uma série de companhias que investiram em campanhas on-line e conseguiram prospectar novos
clientes, e a um custo por mídia, muito menor se comparado à televisão.
Esse cenário apresenta um aumento crescente no consumo da nova Classe C, classe essa que
é a dominante no consumo dos bens duráveis, não-duráveis, alimentos e recursos naturais, consumo
esse que acontece também através de meios eletrônicos, pois com a globalização em massa e a
facilidade de acesso à internet até alimentos perecíveis podem ser adquiridos via internet.
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O consumo da nova classe ainda é tímido e representa 7% do e-commerce, contudo
curiosamente a média de gastos é muito próxima da média de mercado, R$ 321 comparado a R$ 361,
respectivamente. Para complementar esses números, outro fator a ser analisado se mostra abaixo:
Nesse sentido, é importante mencionar que esse consumo deve acontecer de forma
sustentável, onde além das empresas e produtores se adequarem às questões de preservação
ambiental, os indivíduos também devem protagonizar o consumo consciente. Sabendo que as
áreas destinadas à produção de alimentos estão cada vez mais escassas, os produtores devem
produzir de forma eficiente, a fim de otimizar os recursos naturais. Atualmente, existem
campanhas de conscientização do consumo, onde a nova Classe C busca por produtos e serviços
que maximizem seu bem-estar e as empresas, a fim de atender a essa demanda, devem se
adequar e oferecer produtos ecologicamente corretos, que de forma transparente transmitam
aos consumidores o bem-estar esperado por estar consumindo de forma consciente.
Sendo assim, o aumento do consumo da nova Classe C pode servir para aumentar a
sustentabilidade do país e direcionar o crescimento econômico brasileiro em todos os aspectos
possíveis para uma melhoriaem alguns dos indicadores de desenvolvimento econômico através
de melhoria na qualidade de vida e no bem-estar da população.
Camila Ianez
Ramiro Gonçalves
Stela Cristina
Vitor Eiji
Odilon Guedes Pinto Junior é economista, Mestre
em economia pela PUC/SP. Atualmente, é professor
de Economia Brasileira Contemporânea das Faculdades Oswaldo Cruz e membro do CORECON-SP.
Ele já foi Presidente do Sindicato dos Economistas no
Estado de São Paulo, ex-Vereador e ex-Sub-Prefeito
em São Paulo.
Nesta entrevista, Odilon Guedes aborda temas
sobre a conjuntura econômica atual do Brasil,
chamando a atençãopara as questões da redução
da taxa básica de juros, a inflaçãoe o superávit primário brasileiro. Também discute assuntos
relacionados ao Governo Dilma e ao Presidente do Banco Central do Brasil, Alexamdre Tombini.
Na penúltima reunião do COPOM, este foi contra as expectativas do mercado financeiro e reduziu
a taxa de juros em 0,5% e, nessa última reunião, ele manteve essa política de redução. O que o
Sr. está achando desse corte na taxa de juros?
R: Eu acho positivo, acho que o COPOM deveria baixar até mais a taxa de juros, porque a taxa de
juros real do Brasil é a mais alta do mundo - a taxa real de juros é a taxa SELIC menos a inflação,
mesmo a inflação aumentando um pouco. Nós ainda temos uma taxa de juros altíssima, a taxa
de juros real americana hoje é negativa e com a taxa de juros elevada você aumenta a dívida
pública, você dificulta os investimentos. Como ela é muito elevada, atrai dólares para o Brasil
e a nossa moeda acaba se valorizando muito e com isso diminuemas exportações e aumentam
as importações. Existe um problema gravíssimo hoje, que é a desindustrialização do país e é
um problema real que está acontecendo. Então, acho que a redução da taxa de juros está no
caminho certo, mas penso que poderia ser mais acelerado ainda.
Em sua opinião, o que o governo deve fazer para controlar a inflação e, ao mesmo tempo, fazer
o país crescer?
Entrevista e Ensinando
Entrevista e Ensinando
Entrevista Odilon Guedes
R: Se você baixar mais 2 pontos percentuais da taxa de juros real, o Brasil ainda vai continuar
com a maior taxa de juros real do mundo. O capitalista quer lucro, mesmo que você baixe,
ele vai ficar num nível a mais e também vai prejudicar o país. Se você tiver uma saída de
capital, isso até tem um lado benéfico, vai fazer uma desvalorização do real que vai trazer um
incentivo da produção interna, da exportação, porque a nossa moeda vai valer menos, nós vamos
ter mais competitividade no exterior e você vai diminuir as importações e vai poder produzir
internamente o que você vem importando. Então, acho que não tem esse tipo de questão.
R: Veja que interessante. Quem foi eleito à Presidência do Brasil? Dilma, então é ela que tem de
discutir isso, o Tombini é o Presidente do BC, é uma inversão isso aí. O BC tem de ter independência
do ponto de vista de não ser usado para fazer uma políticapartidária de mesquinharia. Ele (Tombini)
deve estar a serviço do Brasil. Por exemplo, se aumenta a taxa de juros, está causando desemprego
e quem tem legitimidade é o Presidente da República. Não é que o governo tem de ficar se
metendo no BC o tempo inteiro, mas acho que você tem de ter uma visão mais clara disso. Quem
foi eleito é a Dilma e é ela que tem legitimidade para definir a políticaeconômica do Brasil. O BC
tem de estar a serviço do povo brasileiro, que deu um mandato à Dilma. Inclusive eu acho que ele
(Tombini) tem uma relação mais afinada com o atual governo do que o Meireles tinha com o Lula,
que acabava fazendo um tipo de política extremamente prejudicial ao país, do ponto de vista da
taxa de juros e a questão da desindustrialização avançou muito no governo dele.
R: Acho que deve diminuir o superávitprimário. O superávit primário é arrecadação menos
gastos, sem computar os juros. E o que estão fazendo os EUA?Os EUA estão com um déficit
enorme, a dívida americana aumentou brutalmente e na Europa também... Estes países estão
gastando,pois precisam sair da crise. O Brasil é um país que precisa construir tudo. Nesta semana,
saiu um artigo: mais de 50% do Brasilnão tem saneamento básico! Por exemplo, você não tem
ferrovias no Brasil;em qualquer país no mundo do tamanho do Brasil, precisa ter ferrovias e não
ficar fazendo superávitprimário.
E volta a questão dos juros também.
Lógico! Então, se você baixar a taxa de juros, você não precisa fazer um superávitprimáriotão
grande, porque você vai diminuir o gasto com os juros.
Carta de Conjuntura - Pag 19
Carta de Conjuntura - Pag 18
Com a taxa de juros menor, não poderia gerar uma fuga de capitais? Também seria prejudicial ao país?
O Presidente do Banco Cetral, Alexandre Tombini, está usando a estratégia correta para fazer o
país crescer? Porque ele está de certa forma alongando a meta da inflação para 2012.
O governo assumiu um compromisso de superávit primário de 3,1% do PIB nos próximos anos. Isso
é o suficiente na sua visão?
O governo justificou esse corte devido à recessão que está ocorrendo na Europa. Mas com a
redução da taxa de juros, como ficará a inflação, que já ultrapassa os 6,5% da meta? Não é
perigoso ela crescer ainda mais?
R: Os jornais de hoje (24/10/2011) apresentam que o BC projeta uma queda da inflação para
2012. Agora o problema é o seguinte: você ter 1% ou 2% de inflação (lógico que eu não sou contra
o aumento da inflação), mas você não pode submeter todo o conjunto da economia, mantendo
a inflação de 6,5%, 7,5%. A Argentina está com uma inflação bem mais elevada do que a nossa e
nãoapresenta tantos problemas. Prova disso é quea Cristina Kirchner ganhou a eleição porque a
vida do povo melhorou, mesmo com a inflação um pouco mais alta. Eu sou de uma geração que
teve uma inflação brutal, que era ruim, mas o país continuava crescendo fundamentalmente.
Então é o seguinte: tem de estar preocupado, mas nãovocê submeter o crescimento econômico
e a geração de emprego só para diminuir a inflação.
R: Se você primeiro controlar o crédito nas áreas em que você pode ter aumento de demanda,
um carro hoje, 70 meses, você diminui para 40 meses e diminui brutalmente o consumo ou
outros bens de consumo. Por exemplo, no caso da alimentação, se estiver havendo problema, a
produção de alimentos responde rapidamente aos incentivos que se produz a dois ou três meses
em outros produtos. Então, o governo deve incentivar bens de consumo popular que são menos
elaborados e abrir linhas de crédito, etc.. Agora, outras áreas que podem ter inflação, devem
ter o crédito controlado. Se aumentar a taxa de juros, aumenta a dívida pública, vai atrair mais
dólares para o país e isso vai desindustrializar o país ainda mais. Um economista tem de olhar
todas essas variáveis, isso é fundamental, e não só focar na inflação, inflação...
Qual sua avaliação do governo Dilma?
R: É a continuidade do governo Lula: políticas sociais, bolsa família... continuidade piorada. Já
no início deste governo houve o corte de 50 bilhões de reais em orçamento e houve aumento
da taxa de juros que deveria diminuir no começo do governo.. Osaláriomínimo cresceu muito
pouco, houve todo um debate e parece que eles queriam mais. Então, é um governo conservador
igual ao do Lula, que no fundo, no essencial, na estratégiapolítica, é igual ao do Fernando
Henrique. Hoje, o saláriomínimo melhorou, porque era ruim no governo Fernando Henrique. Eu
acho que a expectativa do povo brasileiro é tão baixa que qualquer aumento de saláriomínimo
é bem-vindo. Nós precisamos ter informação e referência. O maior saláriomínimo do Brasil foi
com Juscelino, hoje seria de R$1.700. Meio saláriomínimo no Juscelino era mais do que hoje. O
povo brasileiro tem a expectativa muito baixa;saiu uma pesquisa: um sujeito em SP, para marcar
Entrevista e Ensinando
Entrevista e Ensinando
uma consulta, depois um exame e depois para marcar uma operação, leva 10 meses, a pessoa
morre ou fica sofrendo.Um cidadão ter um Bolsa Família ou ficar mais de 2 horas no ônibus, uma
escola pública de baixo nível...... é inadmissível. O Brasil precisa ter um padrão de vida muito
melhor e o Brasil tem condições, é um país riquíssimo, precisa ter um alto padrão de vida e isso
é o mínimo que a gente precisa. Eu conheço muito a periferia e não háônibus, precisava haver
ônibus, área verde, metrô para todo lado, é isso. O governo não faz isso, porque é alta a taxa de
juros, porque quer superávitprimário! Está permitindo a desindustrialização do Brasil, que é um
desastre!Recentemente, fui aum encontro com depoimentos de alguns empresários, que você
chora com o que está acontecendo com a indústria de bens de capital no Brasil. Esta indústria está
desaparecendo. Então o que acontece, enquanto entra dólar a gente pode importar tudo, mas
vamos supor daqui a 10 ou 15 anos... se der uma crise cambial... para o país! Porque não vamos
ter dinheiro para comprar mais nada, inclusive há alguns analistas que estão dizendo que quanto
mais demorar essa crise, é pior para o Brasil. Entretanto, o Governo Dilma, em minha opinião, é
um governo conservador que não mexe nas manutenções estruturais.
Vocês que serão economistas no final deste ano devem pensar estrategicamente no crescimento
do país. Do ponto de vista estratégico, o Brasil tem baixíssimo desenvolvimento em pesquisa. Saiu
recentemente os dados de institutos internacionais, e os EUA (acho que 2008 e 2009) registraram
mais de 50 mil patentes e o Brasil nem 400 ! A Coréia do Sul 7.000 ! Então, vocês que são jovens,
precisam melhorar a vida para a juventude brasileira e não esperar daqui a 50 anos. Portanto,
minha opinião é essa:
O que é um Fundo de Investimento?
É uma comunhão de recursos, constituída sob a forma de condomínio, destinado à aplicação em
ativos financeiros. Diz-se que é constituído sob a forma de condomínio, pois realmente pode ser
comparado a um condomínio, onde cada um dos investidores é um “morador” desse prédio e
dono de uma cota (“apartamento”).
Ao comprar cotas de um determinado Fundo, o cotista está aceitando suas regras de funcionamento
e passa a ter os mesmos direitos dos demais cotistas, independentemente da quantidade de
cotas que cada um possui.
Por que aplicar em um Fundo de Investimento?
Os Fundos de Investimento têm um poder de negociação maior do que os investidores
isoladamente. Além disso, ao aplicar em um Fundo de Investimento, os recursos financeiros são
administrados por profissionais especializados na análise das alternativas de investimento, que
buscam a melhor relação risco/retorno para o seu capital.
Qual o valor mínimo para aplicação?
Não existe um valor mínimo determinado por lei. Cada Fundo poderá ter um valor mínimo de
aplicação, que deve ser informado no regulamento e no prospecto do fundo.
Como investir em um Fundo?
O primeiro passo é escolher o Fundo que mais atenda a seus objetivos. Depois disso, para fazer a
primeira aplicação, você deve procurar informações de quais os procedimentos que a instituição
financeira escolhida determina para iniciar suas aplicações.
É possível garantir rentabilidade em Fundos?
Não. O investidor deve tomar conhecimento de que a “rentabilidade passada não é garantia de
rentabilidade futura”. Logo, investimentos em Fundos são considerados investimentos em renda
variável.
Posso resgatar minha aplicação em Fundos a qualquer momento?
Isso dependerá do tipo de Fundo em que você aplicar. Se você aplicar em um Fundo aberto,
poderá resgatar suas cotas a qualquer momento. Já nos Fundos fechados, as cotas só podem ser
resgatadas ao término do prazo de duração do mesmo; e, nos Fundos com carência, há um período
mínimo de permanência dos recursos do cliente no mesmo. Havendo resgate durante o período
de carência, o cliente perde o rendimento proporcionado nesse período. Essas informações
quanto ao tipo de investimento devem constar do regulamento.
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Tenho de pagar alguma taxa ao aplicar em Fundos?
Sim, eles geralmente cobram uma taxa de administração. Essa taxa é fixa, podendo variar muito
de instituição para instituição e de produto para produto. Alguns também cobram uma taxa de
performance, que é uma taxa cobrada sobre a parcela da rentabilidade do Fundo de Investimento
que exceder a variação de um determinado índice previamente estabelecido, portanto é uma
taxa variável. O regulamento é que deverá estabelecer se haverá cobrança ou não da taxa de
performance.
Quais as opções de Fundos para investidores mais conservadores?
Se você for um investidor mais avesso ao risco, poderá optar pelos Fundos de curto prazo,
referenciado e de renda fixa, que aplicam seus recursos, respectivamente, em títulos públicos
federais ou privados pré-fixados ou indexados à taxa SELIC ou a outra taxa de juros, títulos
públicos ou títulos e valores mobiliários de renda fixa cujo emissor esteja classificado na categoria
baixo risco de crédito e ativos de renda fixa.
Quais as opções de Fundos para investidores mais agressivos?
Para investidores que têm uma propensão maior ao risco, as opções são os Fundos de ações
cambiais, de dívida externa e multimercado, que aplicam, respectivamente, em ações, ativos
relacionados ao câmbio, títulos representativos da dívida externa de responsabilidade da União
e, no caso do multimercado, a carteira pode ser composta por diferentes tipos de ativos.
Geralmente, há cobrança de taxa de performance nesses Fundos.
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