Faculdades Metropolitanas Unidas Departamento de Ciências Exatas e Gerenciais AVALIAÇÃO - ( X ) Regimental ( ) 2ªChamada ( ) Reavaliação NOME e CÓDIGO DA Macroeconomia – sala 222 DISCIPLINA: NOME DO PROFESSOR : Luís Maurício Martins Borges INSTRUÇÕES: Duração máxima da Avaliação: 3,5 horas Prova escrita a: ( )Lápis ( X )Tinta Memória de Cálculo Calculadora? ( X )Sim ( ) Não Outras recomendações do As respostas devem ser registradas na folha oficial da FMU professor: sem rasuras a caneta (Preta ou Azul). Não use corretivos. Valor de cada questão: 1,4 Dispositivos eletrônicos desligados e guardados em bolsas ou mochilas. IDENTIFICAÇÃO DO ALUNO (Preenchido pelo aluno) NOME: RA: 1) Assinale se verdadeira ou falsa as afirmativas a seguir (1,4 Pontos): (v) O limite da elevação de preços é dado pela capacidade de consumo das famílias e concorrência das empresas. (v) A redução do preço para o consumidor encontra o seu limite no custo de produção das empresas (Oferta) e na competição entre as famílias (Demanda). (f) A intervenção do Estado no Mercado para a superação do desemprego, crises e inflação nunca é necessária. (v) O objetivo da contabilidade social é analisar os fatores determinantes do crescimento do produto nacional. 2) Distinga o desenvolvimento do crescimento econômico? Qual a relação do crescimento do produto nacional com a distribuição de renda? (1,4 Pontos). Crescimento econômico é o aumento quantitativo da economia, que pode ser medido pelo PIB em determinado período. O desenvolvimento econômico é um crescimento qualitativo da economia, que pode ser medido pelo nível de consumo, distribuição de renda, inovação tecnológica e acesso às condições básicas de vida (saúde, educação, transporte e etc.). Uma economia nacional com melhor distribuição tem um mercado interno mais dinâmico o que possibilita um crescimento mais sustentado da produção e do emprego. 3) Do que se constitui a demanda agregada de bens e serviços? Explique com um exemplo o multiplicador keynesiano de gastos? Colocando-se na posição de gestor(a) da política econômica, dê exemplos de medidas de política fiscal para as seguintes situações: desemprego, inflação e má distribuição de renda (1,4 Pontos). A demanda agregada é a junção do efeito do gasto das famílias (consumidores), empresas (investimentos) e governo (despesas públicas). O multiplicador keynesiano é o efeito provocado pela inter-relação dos gastos de consumo, investimento e despesa pública ampliados pelo aumento da despesa da renda nacional. Desemprego: o governo pode ativar a demanda pelo aumento do gasto público, redução dos impostos e incentivos ao investimento produtivo. (Comentário: o governo não pode simplesmente reduzir a taxa de juros, ele tem que criar as condições para isso). Inflação: uma boa gestão da política monetária ajuda a controlar a inflação. Mas caso haja um aumento excessivo da demanda agregada, o governo pode reduzir seus gastos para diminuir a pressão para o reajuste de preços. No caso de uma inflação por mudança de preços dos insumos (combustíveis, alimentos, metais e etc.) o governo pode trabalhar para reduzir o impacto desta mudança nos outros preços, muitas vezes produzindo informação e apresentando regras para o reajustes do mercado. Isso pode significar o ajuste do câmbio, da taxa de juros e da dívida pública. Distribuição de renda: Capacitação (técnica e universitária) para o aumento da produtividade do trabalho, reforma tributária para reverter a regressividade dos impostos (pobres pagam proporcionalmente mais) e facilitação de crédito popular para o fomento de atividades produtivas. 4) O que é demanda efetiva e qual a sua importância para o crescimento da economia? (1,4 Pontos). De toda a renda a disponível, parte é poupada e uma outra despendida. A demanda efetiva é a parte da renda disponível que efetivamente vira despesa. A crise de 1929 foi uma crise economica e financeira que abalou o equilíbrio do mercado que existia até esse momento. A frustação das expectativas dos agentes econômicos foi de tal maneira abalada que os empresários deixaram de investir e muitos consuidores atrasaram ao máximo o seu gasto, levando a economia mundial a um baixíssimo nível de produção pela queda da demanda internacional. É nesse contexto, que o Estado surge como forma de estimular, não só a economia, mas especialmente a demanda agregada, incentivando a demanda efetiva, o investimento o consumo, que por sua vez fizeram crescer os recursos do próprio governo. A manutenção e a expansão da demanda efetiva, via investimento produtivo, passou a ser uma meta fundamental da contribuição do Estado para o crescimento da economia. 5) Assinale se verdadeira ou falsa as afirmativas abaixo (1,4 Pontos): (f) O fim da segunda guerra é o momento fundamental em que o Estado passa intervir nas atividades econômicas, pela incapacidade do mercado se auto-recuperar. (v) O primeiro momento do Estado de Desenvolvimento Nacional brasileiro, entre 1930 e início de 1960, visava o estímulo à substituição de produtos importados pela implantação de indústrias nacionais. (v) As reformas fiscais, financeiras e bancárias de meados da década de 1960, possibilitaram condições muito melhores para ação do governo para o desenvolvimento nacional, sustentando um período que seria chamado de “milagre econômico”, pela magnitude das taxas de crescimento do PIB. (f) A alteração da conjuntura internacional, do câmbio do dólar e da taxa de juros de todos os países, em especial dos EUA, tornaram o endividamento realizado para o desenvolvimento nacional mais caro. Mesmo assim, o Estado brasileiro conseguiu sustentar tanto a dívida pública como o preço do câmbio da moeda, sem gerar um profundo processo inflacionário e de desvalorização não programada. 6) Justifique e discuta as questões incorretas do exercício anterior (1,4 Pontos). A política fiscal do Estado, para a promoção do crescimento econômico, inicia-se após a crise de 1929. No Brasil entre 1930 até 1960 ocorre um processo de crescimento da economia, causado pela industrialização por substituição de importações. Esse processo é interrompido no início da década de 1960 pelo colapso das instituições financeiras do Estado e do mercado brasileiro em meio às instabilidade políticas. As reformas fiscais, financeiras e bancárias criaram a estrutura do atual mercado financeiro, que possílitou um crescimento da economia brasileira sem precedentes em sua história, considerando o volume da produção e emprego, do processo de industrialização pesada (máquinas e equipamentos) e urbanização. O excesso de confiança em função das condições de crescimento e desenvolvimento do mercado nacional, explica o erro de avaliação da estratégia de financiamento da política fiscal destinada a industrialização, provocada pelo mudança da conjuntura internacional. Os choques do petróleo (insumo que o Brasil era grande importador), redução do investimento produtivo dos grandes grupos internacionais, o aumento do endividamento público e da inflação, tornaram o quadro adverso para o financiamento da política fiscal, mesmo para financiamento de investimentos produtivos. Em função da persistência da estratégia fiscal do governo até meados da década de 1980, descontrolou-se a dívida interna e externa, por consequencia do câmbio, aprofundando os estímulos inflacionários e deteriorando a conjuntura para o investimento e crescimento da economia. 7) Discorra sobre o sistema financeiro no Brasil, considerando os principais mercados, ativos, agentes e instituições. O que caracteriza a ação do setor público e privado no sistema financeiro brasileiro? Qual a função original do sistema financeiro? (1,4 Pontos). O sistema financeiro no Brasil é formado por mercados públicos (bolsa de valores) e privados (balcão), primários (colocação de títulos) e secundários (compra e venda de títulos). O sistema é formado por diversos ativos, segundo os riscos, retornos e natureza dos contratos, que podem ser monetários (moedas – real, dólar, euro) e não monetários (títulos, depósitos, créditos e etc.). O setor público no sistema financeiro brasileiro, além de ser o grande regulador, controlador e gestor do risco do sistema, é o principal banco de financiamento produtivo de longo prazo, com instituiçoes como o BNDES e Caixa. O SF é controlado pelo CVM que decide as metas a serem perseguidas pelo Banco Central que controla o sistema. Originalmente, o sistema financeiro se desenvolveu como mecanismo de distribuição e controle de crédito de agentes superavitários para deficitários.