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Relatório de Gestão
Invext FIA
Setembro-Outubro
2011
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Filosofia
O Invext FIA é um fundo de ações alinhado com a filosofia
de value investing e que busca capturar de forma
contínua oportunidades em ações de empresas que
possuam grandes descontos entre os seus preços em
bolsa e seus respectivos valores intrínsecos ou valores
justos. É um fundo de abordagem fundamentalista e com
horizonte de investimento de longo prazo.
Os investidores de perfil de longo prazo, os quais já
vinham adquirindo posições nos últimos meses,
aproveitaram-se dos preços descontados para adquirir
ótimas empresas intensificando suas compras. Em
Outubro, o fluxo de investimento estrangeiro na bolsa
voltou a ser positivo.
Ficamos atentos aos momentos de maior volatilidade e
realizações ocorridos neste período para reforçar as
posições existentes do fundo e realizar novas alocações.
Em 31/10/2011 o Invext FIA estava menos diversificado
em comparação com o bimestre anterior. Buscamos nos
aproveitar de alguns bons descontos que o mercado
oferecia para nos concentrarmos mais em empresas
com maior margem de segurança.
Performance e Mercado
A rentabilidade acumulada desde a data de início do
fundo em 27/05/2010 até 31/10/2011 foi de 6,69%
contra -6,04% do IBOVESPA, representando um retorno
de 12,74% superior ao índice no mesmo período.
Entre Setembro e Outubro de 2011 o Invext FIA obteve
uma variação de 4,31% contra 3,26% do IBOVESPA.
A maior posição que o fundo detinha nesta data
representava 8,5% dos ativos totais e as cinco maiores
40,8%.
O portfolio de ativos ao final do bimestre estava
diversificado em dez setores, um a mais em relação ao
bimestre anterior. Entretanto
as maiores
concentrações de ativos permaneceram nos segmentos
Financeiro, Indústria e Serviços.
O fundo encerrou o bimestre com 5% do seu
patrimônio em caixa. Nos meses de Setembro e
Outubro aproveitamos o recuo dos preços de alguns
ativos específicos para reforçar algumas posições já
existentes no portfolio e realizar novas alocações.
Variação da cota do Invext FIA comparada com o Ibovespa de 27/05/2011 a 31/10/2011.
O quinto bimestre de 2011 continuou a ser marcado por
uma alta volatilidade resultante da crescente incerteza
gerada nos mercados por conta da evolução da crise na
zona do Euro.
Como já mencionado no relatório de gestão anterior, os
descontos apresentados em algumas empresas de
primeira linha, as chamadas blue chips, continuam a
chamar a nossa atenção, principalmente dos grandes
bancos brasileiros.
Apesar do cenário externo adverso, o período terminou
com uma rentabilidade positiva para a bolsa brasileira em
função da forte valorização do IBOVESPA no mês de
Outubro, reduzindo em parte a performance negativa
observada desde o início do ano.
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Observamos também que o P/L(preço/lucro) atual da
bolsa brasileira encontra-se bastante descontado, na
faixa de 8x, contra uma média histórica de 12x.
Já se nota claramente a transmissão da crise para os
países centrais da zona do Euro como Itália e Espanha
cujos títulos da dívida soberana de dez anos estão sendo
negociados com um rendimento (yield) próximo de 7%
a.a.
Apesar do mercado ainda permanecer volátil, com
possibilidade de alguns recuos pela frente, estes
descontos representam uma boa janela de oportunidades
para alocações em empresas de fundamentos sólidos.
Nas últimas semanas a crise começou a atingir a própria
França, considerada juntamente com a Alemanha como
um dos países do núcleo central da zona do Euro. No
mercado secundário, os títulos soberanos de 10 anos da
França passaram a render quase o dobro dos títulos da
Alemanha para o mesmo prazo.
Entendemos que momentos de volatilidade podem
assustar, gerar desconforto e até o sentimento de perda
aos investidores. Entretanto, se o portfolio de
investimentos está distribuído em empresas de qualidade,
esta perda é simplesmente virtual. Ela é resultado de uma
queda de preço por “efeito manada”, com a debandada
de investidores. Isso pode ocorrer em determinados
períodos sem motivos relacionados diretamente com os
fundamentos do ativo em questão.
A falta de uma liderança na Europa aliada ao
enfraquecimento político dos governos acaba retardando
decisões importantes e contribui para o agravamento da
crise.
Os governantes dos principais países envolvidos com a
crise europeia estão com a sua popularidade descendo
“ladeira abaixo”. Consequentemente, hesitam na
implementação de medidas mais duras e impopulares, de
forma a não prejudicar ainda mais sua imagem junto aos
eleitores.
Com visão de longo prazo e alinhados com a filosofia de
value investing, não temos problemas em conviver com a
volatilidade. O que monitoramos continuamente e
buscamos sempre evitar é a perda permanente de capital.
Contudo, o estrago político já está feito e será consumado
com a provável queda destes governos, seja através de
eleições ou pela falta do voto de confiança de seus
parlamentos (já ocorrido em alguns países). A única
certeza na Europa é que os caminhos para solução da
crise serão longos e muito dolorosos.
Estamos confortáveis e confiantes com a carteira do
Invext FIA que é composta por empresas de valor e com
ótimas perspectivas.
Europa e EUA
O cenário na Europa permanece bastante indefinido e de
difícil solução no curto prazo. O fundo de ajuda criado
para a Grécia não aliviou a preocupação e o desconforto
dos investidores.
Nos Estados Unidos, alguns indicadores tem sinalizado
alguma recuperação, no entanto oscilam com outros
dados ainda fracos, indicando uma recuperação
econômica ainda difusa.
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O grande desafio para o final do ano será o acordo entre
republicanos e democratas com relação aos cortes no
orçamento, que foi condicionado na aprovação recente
do novo teto da dívida pública do país.
O momento que passamos deve ser enxergado com
tranquilidade para que as oportunidades sejam avaliadas
com racionalidade, disciplina e sem emoções.
“O mercado acionário é feito para transferir dinheiro dos
apressados para os pacientes”. (*)
Não será uma batalha fácil e certamente trará alguma
tensão aos mercados.
Perspectivas
A crise impactará o Brasil através da redução no ritmo da
atividade econômica, com um crescimento menor do
PIB. Contudo, os fundamentos da economia local
permanecerão sólidos. A redução do ritmo da atividade
econômica atrelada a convergência da inflação para a
meta, abrirá espaço para o Banco Central continuar o
processo de cortes na taxa de juros (podendo chegar a
um dígito em 2012).
A redução dos juros é um importante fator que por si só
impacta positivamente o valuation das empresas. O
cenário de curto prazo permanece instável, mas
acreditamos estar próximos de um descolamento do
Brasil em relação ao resto do mundo.
Os investidores irão separar o “joio do trigo” e
diferenciarão os fundamentos do país em relação à
“nuvem de fumaça negra” que envolve principalmente a
Europa.
Isto gerará um impacto bastante positivo para a bolsa
brasileira, que não tem andado muito “popular” junto
aos investidores no decorrer dos últimos meses.
Como Warren Buffet costuma dizer, “não se ganha
dinheiro comprando o que é popular, o momento de
interessar-se por ações é quando ninguém mais se
interessa”.
-----------------------------------------------------------------------------(*)Warren Buffet
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Características do fundo
Categoria Anbima:
Ações Ibovespa Ativo
Gestor:
Invext Capital
Administrador:
BNY Mellon
Distribuidor:
BNY Mellon
Custódia:
Banco Bradesco
Auditor:
KPMG
Aplicação Mínima:
R$ 50.000,00
Saldo Mínimo:
R$ 50.000,00
Movimentação mínima:
R$ 10.000,00
Aplicação:
D+1
Resgate:
D+30
Liquidação:
D+33
Cota:
Fechamento
Imposto de Renda:
15%
Horário de Movimentação:
09:00 às 14:00 hs
Taxa de administração:
2,9% a.a.
Taxa de administração máxima:
3,5% (em caso de investimento em outros fundos)
Público Alvo:
Investidores em Geral
Taxa de Performance:
20% sobre o que exceder o Ibovespa (com marca
d’água)
Data do Início do Fundo:
27/05/2010
Este material tem o único propósito de divulgar informações e dar transparência à gestão executada pelo Invext Capital Gestão de
Investimentos LTDA, não deve ser considerado como oferta de venda de cotas de fundos de investimento ou de qualquer título ou
valor mobiliário e não constitui o prospecto previsto na Instrução CVM 409 ou no Código de Auto-Regulação da ANBID. Fundos de
Investimento não contam com a garantia do administrador do fundo, do gestor da carteira, de qualquer mecanismo de seguro ou,
ainda, do Fundo Garantidor de Créditos – FGC. A rentabilidade obtida no passado não representa garantia de rentabilidade futura.
Para avaliação da performance do fundo de investimento, é recomendável uma análise de, no mínimo, 12.
(doze) meses. A rentabilidade divulgada não é líquida de impostos. A data de conversão de cotas dos fundos geridos pelo Invext Capital Gestão de Investimentos LTDA é diversa
da data de resgate e a data de pagamento do resgate é diversa da data do pedido de resgate. Os fundos geridos pelo Invext Capital Gestão de Investimentos LTDA utilizam
estratégias com derivativos como parte integrante de sua política de investimento. Tais estratégias, da forma como são adotadas, podem resultar em significativas perdas
patrimoniais para seus cotistas, podendo inclusive acarretar perdas superiores ao capital aplicado e a conseqüente obrigação do cotista de aportar recursos adicionais para cobrir
o prejuízo do fundo. Ao investidor é recomendada a leitura cuidadosa do prospecto e do regulamento do fundo de investimento ao aplicar os seus recursos. O Invext Capital
Gestão de Investimentos LTDA não se responsabiliza por decisões de investimento tomadas com base neste material. Os fundos de ações podem estar expostos a significativa
concentração em ativos de poucos emissores, com os riscos daí decorrentes
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