- Universidade Federal da Bahia

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Universidade Federal da Bahia
Complexo Hospitalar Universitário Professor
Edgard Santos
Fundado em 21 de Novembro de 1948
SESSÃO INTEGRADA
N° do Caso: 4
Serviço: Serviço de Cirurgia Abdominal
• Data: 7 de Novembro de 2011
• Local: Anfiteatro Professor Gilberto Rebouças
(prédio central do Complexo HUPES)
• Horário: 11h-12h
Responsáveis: Prof. ODDONE BRAGHIROLLI
NETO; e Médica-residente DANIELA ROCHA DE
ALMEIDA
RESUMO DO CASO. Homem, 58 anos, lavrador, natural de Palmopolis (MG), procedente de Teixeira
de Freitas (BA), com história de dor abdominal há 9 meses. Referia vômitos e “empachamento”, mas
negava febre ou perda de peso. Na investigação clínica, foram constatadas icterícia, colúria e acolia fecal;
e trouxe laudo de exame ultrasonográfico do abdômen com relato de colelitíase e coledocolitíase.
Paciente apresentava relatório médico com breve descrição do quadro associado a colangite e colecistite
relatando também, que o paciente foi submetido à colecistectomia aberta, sendo colocado dreno de Kehr.
O paciente também referia que foi solicitada pelo cirurgião da sua cidade a colangiopancreatografia
endoscópica retrógrada (CPRE), porque “não teve sucesso na exploração da via biliar, permanecendo um
cálculo em colédoco distal”. O paciente permaneceu 9 meses tentando marcar procedimento pelo SUS, e
nesse período permaneceu com o dreno de Kehr (produção aprox. de 800 a 1.000ml/dia). Foi admitido no
Complexo HUPES, em 17.08.2011, para realizar a CPRE, na prévia avaliação o Rx de tórax evidenciou
atelectasia e fibrose pulmonar relevantes, sendo referido pelo paciente tosse com expectoração e história
passada de tuberculose pulmonar (tratado por 6 meses, aos 15 anos de idade; e recidiva do quadro aos 35
anos, com novo tratamento por 6 meses), mas durante essa internação no Complexo HUPES foi afastada
a recidiva da infecção pela Mycobacterium tuberculosis. A CPRE mostrou dreno de Kerh em parede
anterior de bulbo duodenal e não foi encontrada a papila duodenal, sendo suspeitado pelo endoscopista de
perfuração duodenal pelo dreno de Kehr. Foi solicitada a avaliação da equipe do Serviço de Cirurgia
Abdominal do Complexo HUPES, sendo realizada a colangiografia através do dreno de Kehr, que
evidenciou presença de cálculo em colédoco distal e o mau posicionamento do dreno. Foi indicada e
realizada (21/09/2011) a nova abordagem cirúrgica das vias biliares; no inventário da cavidade, além das
aderências, havia intensa fibrose em via biliar e fístula colédoco-duodenal, por onde passava o dreno de
Kehr; foi realizado o fechamento da fistula colédoco-duodenal e o reposionamento do dreno de Kerh; e a
colangiografia intra-operatória não constatou a presença de cálculo em via biliar. Também no intraoperatório, foi descrita a presença de grande quantidade de secreção purulenta pelo tubo orotraqueal. A
evolução do paciente, acompanhado até a presente data pelo Serviço de Cirurgia Abdominal, será
apresentada durante a sessão.
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