Cirurgia Geral XI – Doença Biliar O principal exame complementar é a USG que avalia cálculos pequenos, onde se faz a sombra acústica. A tomografia computadoriza é usada quando o US é inconclusivo e quando há necessidade de avaliação de outros órgãos abdominais. A cintilografia biliar é a mais sensível, e se enche a vesícula com tecnécio 99. A colangiografia per-operatória é feita pela CPRE e transoperatório. A colangiografia percutânea é feita no 8-9 º espaço. CPRE → Pancreatite aguda pode levar Colangioressonância → Maior acurácia e identifica com precisão a obstrução. COLELITÍASE Colelitíase → 70% assintomático, Sintomas → Dor abdominal, náuseas, plenitude, distensão e pós-alimentação. Diagnóstico Diferencial → Doença péptica, DRGE, pancreatite, hérnia de hiato e DII. Complicações → Colecistite aguda, coledocolitíase, pancreatite aguda, vesícula em porcelana e hidropsia. O tratamento é feito com anticolinérgico e antiespasmódico. Ácido Urso-desoxicocólico. COLECISTITE AGUDA Mulheres. Maioria calculosa. Impacta, aumenta a pressão, obstrução venosa linfática e edema. Bactérias → E.coli, Klebisiella e clostridium. Manifestações clínicas → Dor persistente, irradiação para o dorso, náuseas, vômitos, anorexia, febre e murphy. Não dá icterícia. Sinal de Kehr é a dor no ombro. Exames complementares → leucocitose, amilase, TGO, TGP, bilirrubina e RX. A USG vê o espessamento da parede e o líquido perivesicular. Diagnóstico Diferencial → Apendicite, pancreatite, úlcera e cólica renal. Tratamento → Internação, hidratação, jejum, analgesia, antibióticos e colicistectomia. Enfisematosa → 1%, idosos e DM, anaeróbios e clostridium, instalação súbita e evolução rápida. Acalculosa → Jejum prolongado, NPT e pós-operatório. Traumas graves e sepse. HIV. Salmonela, tifóide, CMV e candida. PAN e LES. Evolução fulminante. Isquemia, gangrena e perfura. Cirurgia de Urgência ou drenagem. Síndrome de Mirizzi → Icterícia e impõe colédoco. I → Sem fístula, só comprime. II → Fístula colecisto biliar. III → Fístula > 2/3, ducto biliar. Íleo-Biliar → Cálculo migra por fístula. Fístula colecistoduodenal. Obstrução do íleo terminal. Intestino delgado mais aerobilia, tratamento cirurgia. COLEDOCOLITÍASE Primário → Colédoco, 10% e cálculos castanhos. Manifestações Clínicas → Icterícia, colelitíase, colúria, acolia fecal e surtos transitórios de colestase. Bilirrubina direta, TGO, TGP e GAMA-GT. O diagnóstico é US, colangio-RM e colangio per-operatória. Complicações → Colangite, abscesso hepático, pancreatite e cirrose biliar primária. Tratamento → CPRE ( papilotomia endoscópica ) Cirurgia → Extração pelo cístico, extração pelo colédoco, papilotomia transduodenal, coledocoduodenostomia e coledocojejunostomia. COLANGITE Bactérias no trato biliar. Obstrução biliar, parcial ou completa. Causas → Coledocolitíase, tumor ou estenoses. Tríade de Charcot → Dor abdominal, febre e icterícia. Reynolds → Charcot + Hipotensão e confusão mental. Laboratório → Leucocitose e bilirrubinas. Tratamento → Internação, antibioticoterapia, desobstrução biliar por CPRE, percutâneae cirúrgica.