LITERATURA DE BOLDO DO CHILE Nome Científico: Peumus boldus Molina Nomes Populares: Boldo-do-chile, boldo-verdadeiro, boldo-medicinal, boldu, boldus, boldoa, boldina, baldina e Molina. Família Botânica: Monimiaceae Parte Utilizada: Folhas Descrição: Boldo-do-Chile é uma árvore arbustiva, de crescimento lento, nativa da região dos Andes do Chile e Peru, pode atingir mais de 10 metros de altura, possui folhas grossas de sabor amargo que resistem a verões secos e invernos frios e chuvoso. Também pode ser encontrado como vegetação nativa no Marrocos e é atualmente cultivado em vários países como Itália, Brasil e norte da África. Produz pequenos frutos redondos e esverdeados, comestíveis e sabor agradável. Constituintes Químicos Principais: Alcalóides, boldina, isoboldina, deidroboldina, cumarinas, óleos voláteis, ascaridol, hidrocarboneto terpênicos, sesquiterpeno, aldeida cuminica, ésteres acéticos, terpineol, eugenol, cineol, cedrol, sitosterol, ácido graxos, boldoglucina, glicosida, ácido cítrico, tanino, mucilagem. Naturell Indústria e Comércio Ltda. Av. Dom Pedro I, número 957 Vila Conceição CEP: 09991 000 - Diadema – SP LITERATURA DE BOLDO DO CHILE Indicação e Usos: O boldo-do-chile é utilizado como auxiliar no emagrecimento, embora exista pouca ou nenhuma evidência para sustentar tal uso. É também utilizado tradicionalmente para dispepsia, distúrbios digestivos, constipação, cálculos biliares, distúrbios do fígado, cistite e reumatismo. Uma pesquisa recente demonstrou que a boldina é um potente antioxidante. O boldo-do-chile sempre foi utilizado na medicina popular chilena e peruana para tratar problemas no fígado, intestino e problemas da vesícula biliar. Também é amplamente utilizado na medicina popular chilena para expulsar vermes intestinais, curar insônia, reumatismo, cistite, resfriado, hepatite, prisão de ventre, flatulência, má digestão, caçulos biliares, dores de ouvido e é considerado um tônico geral. A planta Boldo é usada na homeopatia e fitoterapia no tratamento de desordens digestivas, como laxante, diurético, para problemas hepáticos e também para aumentar a produção de bile na vesícula biliar. As folhas são usadas contra vermes intestinais. No Brasil, o boldo-do-chile é usado para uma variedade de distúrbios, inclusive hepatite, congestão hepática, constipação, flatulência, tontura, dores no estômago, cólicas intestinais, cálculos biliares, insônia, reumatismo e falta de apetite. Tem ação tônica e em doses menos espaçadas possui efeito hipnótico, devido, sobretudo, a boldoglucina. Estocagem e validade: Deve ser estocado hermeticamente fechado, ao abrigo da luz solar direta e do calor. Prazo de validade: 36 meses a partir da data de fabricação. Poderá ocorrer formação de precipitado e/ou turbidez durante a estocagem, sem alterar as propriedades. Alteração da cor são esperadas por modificações dos compostos coloridos das plantas. Contraindicações: É contraindicado para gestantes e lactantes. O boldo-do-chile pode afinar o sangue, portanto, pessoas com hemofilia ou trombocitopenia não devem fazer uso de boldo. Revisão de Interação: Existem poucos dados a respeito do boldo-do-chile. Um relato de caso sugeriu que ele pode interagir com a varfarina. Naturell Indústria e Comércio Ltda. Av. Dom Pedro I, número 957 Vila Conceição CEP: 09991 000 - Diadema – SP LITERATURA DE BOLDO DO CHILE a) Boldo-do-chile + Alimentos Nenhuma interação foi encontrada. b) Boldo-do-chile + Medicamentos Fitoterápicos Nenhuma interação foi encontrada. c) Boldo-do-chile + Varfarina e fármacos afins Um relato descreveu o caso de uma mulher medicada com varfarina cuja INR aumentou moderadamente quando ela começou a ingerir boldo-do-chile e feno-grego. Evidências clínicas: Uma mulher tratada com varfarina para fibrilação atrial cuja INR estava normalmente na faixa de 2 a 3 teve um aumento moderado para 3,4, aparentemente devido ao uso de 10 gotas de boldo-do-chile após as refeições e de uma cápsula de feno-grego antes das refeições. Uma semana após a interrupção desses produtos, sua INR decaiu para 2,6. Quando ela reiniciou, a INR aumentou para 3,1 após 1 semana, e para 3,4 após 2 semanas. Posteriormente, sua INR foi restabelecida aos níveis normais, mesmo com a continuidade do uso dos dois produtos, por meio da redução da dose de varfarina em 15%. A paciente não teve reações indesejáveis (p.ex. ferimentos ou hemorragias). Mecanismo: O mecanismo dessa aparente interação continua incerto, e não se sabe se os dois produtos ou apenas um foi responsável pelo ocorrido. Já foi descrita a presença de cumarinas, tanto no boldo quanto no feno-grego, porém não foi comprovado se eles apresentam qualquer atividade anticoagulante. Importância e conduta: A evidência é limitada a um caso isolado. Devido a muitos outros fatores que influenciam o controle anticoagulante, não é possível atribuir, com segurança, alterações na INR devido à uma interação medicamentosa relatada em um único caso, sem que haja outras evidências sólidas. É prudente aconselhar os pacientes a discutirem com seus médicos o uso de qualquer produto à base de plantas e aumentar o monitoramento se for recomendado sua utilização. Os casos de uso rotineiro devem ser relatados, pois são úteis como potenciais casos de efeitos adversos. Referências Bibliográficas: 1. WILLIAMSON, E.; DRIVER, S.; BAXTER, K. Interações Medicamentosas de Stockley: Plantas Medicinais e Medicamentos Fitoterápicos. Editora Artemed, Porto Alegre – RS, 2012. 2. BOLDO DO CHILE. Disponível em: <http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/boldo/boldo-7.php> 3. BOLDO DO CHILE. Disponível em: <http://www.plantasmedicinaisefitoterapia.com/plantas-medicinaisboldo.html> Naturell Indústria e Comércio Ltda. Av. Dom Pedro I, número 957 Vila Conceição CEP: 09991 000 - Diadema – SP