ROTEIRO DE ESTUDO PARA OS QUADROS DE: NEUROSE, TRANSTORNOS DE PERSONALIDADE, TRANSTORNO DE ESTRESSE PÓS - TRAUMÁTICO, REAÇÃO AGUDA AO ESTRESSE, TRANSTORNO DE ADAPTAÇÃO, USO/ABUSO DE SUBSTÂNCIAS. MÓDULO I – CONFLITO/SINTOMA/NEUROSE - (procurar pelas respostas no capítulo 5 do livro “Esquizofrenia”, de Alexandra Sterian). 1 - Qual o papel do EGO na constituição das neuroses? Qual o papel que ele desempenha no psiquismo de uma maneira geral? O ego do neurótico está conservado, é forte e estruturado, e suas funções { como planejar, adiar a resposta, esperar, julgar, pensar, orientar-se no espaço e no tempo} ainda que dificultadas pelas tarefas da defesa, não se perderam. O incs do neurótico está presa aos pais, daí suas dificuldades em acasalar-se sem conflitos. 2 – O que são mecanismos de defesa? Qual a função deles? Quais os principais (nome e função). Os mecanismos de defesa são processos realizados pelo ego e são inconscientes, isto é, ocorrem independentemente da vontade do indivíduo. Diferentes tipos de operações em que a defesa pode ser especificada. Os mecanismos predominante diferem segundo o tipo de afecção considerando, a etapa genética, o grau de elaboração do conflito defensivo. Pressupõe sempre a existência de um ego organizado que seja o seu suporte. Recalque = repelir ou manter no incs representações (pensamento, imagens, recordações) ligadas a uma pulsão. Conversão = consiste em uma transposição de um conflito psíquico e uma tentativa de resolução desse conflito por meio de expressões somáticas. Isolamento = É um processo psíquico típico da neurose obsessiva, que consiste em isolar um comportamento ou um pensamento de tal maneira que as suas ligações com os outros pensamentos, ou com o autoconhecimento, ficam absolutamente interrompidas, já que foram (os pensamentos, os comportamentos), completamente excluídos do consciente. Deslocamento = É um processo psíquico através do qual o todo é representado por uma parte ou viceversa.Também pode ser uma idéia representada por uma outra, que, emocionalmente, esteja associada à ela. Esse mecanismo não tem qualquer compromisso com a lógica. É o caso de alguém que tendo tido uma experiência desagradável com um policial, reaja desdenhosamente, em relação a todos os policiais. Formação reativa = É um processo psíquico que se caracteriza pela adoção de uma atitude de sentido oposto a um desejo que tenha sido recalcado, constituindo-se, então, numa reação contra ele. Uma definição: é o processo psíquico, por meio do qual um impulso indesejável é mantido inconsciente, por conta de uma forte adesão ao seu contrário. Anulação retroativa = ações que contestam ou desfazem um dano que o indivíduo imagina que pode ser causado por seus desejos. 1 Projeção = Manifesta-se quando o Ego não aceita reconhecer um impulso inaceitável do Id e o atribui a outra pessoa.É o caso do menino que gostaria de roubar frutas do vizinho sem entretanto ter coragem para tanto, e diz que soube que um menino, na mesma rua, esteve tentando pular o muro do vizinho. Deslocamento Recusa = uma não incorporação simbólica de um acontecimento 3 – Quando os mecanismos de defesa entram em ação? Quando precisam fazer uma defesa que é a operação pela qual o ego exclui da consciência os conteúdos indesejáveis, protegendo assim o aparelho psíquico. 4 – O que são e como se formam os sintomas, do ponto de vista psicanalítico? O que se entende por formação de compromisso? Qualquer fenômeno ou mudança provocada no organismo por uma doença, sem uma localização orgânica de lesão. Sintomas são desordens do comportamento, perturbações do caráter..., se formam pela formação de compromisso = forma que o recalcado assume para ser admitido no consciente, retornando no sintoma e em qualquer produção incs. As representações recalcadas são então deformadas pela defesa ao ponto de serem irreconhecíveis. 5 – O que é um conflito psíquico e como se forma? Ele é sempre consciente? È a luta de exigências contrárias de duas forças, as recalcadas e as recalcantes. O conflito pode ser manifesto (cons) entre um desejo e a exigência moral [superego] (instancia repressora), e latente (incs) ele se exprime de forma deformada no conflito manifesto ou se traduzirá por formação de sintomas, desordens do comportamento, perturbações do caráter... MÓDULO II – PSICONEUROSES DE DEFESA - (respostas no material do email da classe, entre outras referências de neuroses e no CID – 10). Síndromes Neuróticas, Quadros obsessivo-compulsivo, histeria e somatizações. TRANSTORNO OBSESSIVO COMPULSIVO (T.O.C.) – Neurose Obsessiva-compulsiva. (F 44, CID – 10). (Literatura: O Homem dos ratos – Freud. TV: Seriado MONK – Universal Channel. Filme: “Melhor Impossível”). 1 – O que são idéias obsessivas? Indicam alteração de que Função Psíquica? São ideias, imagens ou palavras que aparecem de repente no pensamento normal do sujeito, e que este considera absurdas, ridículas ou obscenas, como que impostas, e que se repetem contra a sua vontade, parecendo "parasitas". Ele tenta afastá-las em vão, e elas passam a ser objeto de preocupação, angústia, e luta constante contra seu aparecimento, consumindo grande parte do tempo e da energia do paciente. Pensamentos involuntários Pensamento e Vontade. 2 – O que são comportamentos compulsivos? Indicam alteração de que F.P.? O que são rituais compulsivos? O sujeito sente-se "empurrado" a fazer certos atos aos quais se opõe e os considera ridículos, sacrílegos, criminais. Sente vontade, mas geralmente não faz. Também aqui se estabelece uma luta que termina esgotando-o. Assim, de repente, sente vontade de xingar na missa, passar uma rasteira no chefe, bater na pessoa amada, empurrar alguém que está na varanda, queimar a casa, suicidar-se, assassinar a vizinha, masturbar-se. 2 Na compulsão, estão presentes o impulso e a defesa ao mesmo tempo, o que se vê claramente. Quando passa à ação (rituais), o impulso é mais disfarçado. Rituais: São cerimoniais, condutas estritamente regradas que o sujeito obriga-se a cumprir, antes e depois de, por exemplo, dormir, comer e defecar; ou em qualquer momento de sua vida, por exemplo, aos domingos, ao entardecer, ao ir ao trabalho. Aqui encontramos os rituais de limpeza — tomar banho seguindo determinadas regras —, o cerimonial para se deitar — acomodar as coisas segundo uma determinada ordem, não poder dormir com um relógio por perto etc. 3 – Quais as características principais desse transtorno? Os obsessivos, na área do pensamento, são dados à hesitação, à dúvida e à indecisão. Este traço é a ruminação mental: é bom ou ruim? Gosto ou não gosto? Convém a mim ou não? Compro ou não compro? Medem constantemente os prós e os contras, perdendo muito tempo e, às vezes, não se decidindo jamais. São sujeitos inclinados aos escrúpulos de consciência, têm "crises" de culpa, são perfeccionistas, duvidam sempre da correção de seus atos, se cumpriram as regras ou os altos ideais a que se propunham. São muito severos consigo mesmos, podendo chegar até a se castigar de alguma maneira, quando não cumprem o esquema auto-imposto. Em relação a isto, são sujeitos supermoralistas, sempre criticando e observando na conduta dos demais tudo o que seja sexualidade, agressividade, paixões etc. As características acima podem ser englobadas como próprias de pessoas sujeitas à obediência excessiva às regras ou a um sentido exagerado da ordem. Pontualidade, horário para tudo, tudo é planejado e rotineiro, tudo quer saber de antemão, sua vida é um sistema. Se não podem cumprir, sentem angústia; têm muito temor ao imprevisto. Os obsessivos são sujeitos superformais, corretos, não usam cores vivas nas roupas, querem passar despercebidos (ao contrário do histérico). São muito educados, gentis e polidos até ao exagero, e ao mesmo tempo de humor enfezado, aborrecido, irritante. Uma imagem disso são as freiras clássicas. 4 – Quais as diretrizes diagnósticas para o diagnóstico desses quadros? (a) eles devem ser reconhecidos como pensamentos ou impulsos do próprio indivíduo; (b) deve haver pelo menos um pensamento ou ato que é ainda resistido, sem sucesso, ainda que possam estar presentes outros aos quais o paciente não resiste mais; (c) o pensamento de execução do ato não deve ser em si mesmo prazeroso (o simples alívio de tensão ou ansiedade não é, neste sentido, considerado como prazer); (d) os pensamentos, imagens ou impulsos devem ser desagradavelmente repetitivos. 5 – A pessoa consegue “resistir”, evitar uma idéia obsessiva/ comportamento compulsivo? Não, por mais que tente não consegue evitar. 6 – As idéias/comportamentos são prazerosos? São egossintônicos ou egodistônicos? Não. egossintônico 7 – É sempre possível distinguir entre delírios e idéias obsessivas? Não. As idéias obsessivas devem estar presentes na maioria dos dias por pelo menos duas semanas consecutivas. 8 – Quais os três principais diagnósticos dentro dos transtornos obs.comp.? (F42.0; F42.1; F42.3). Descreva cada um deles. Predominantemente pensamentos obsessivos compulsivos ou ruminações Predominantemente atos compulsivos (rituais obsessivos) 3 Pensamentos e atos obsessivos mistos 9 – Quais os traços de caráter que, usualmente, são encontrados em pessoas que apresentam T.O.C? São pessoas organizadas, detalhistas, controladoras, individualistas, retém (dificilmente abandonam os objetos e as coisas), intelectualizados, teimoso, obstinados, com dificuldades de mudança. 10 – Qual a compreensão psicodinâmica do quadro? Na neurose obsessiva, o ego sente-se "obrigado" a fazer ou pensar certas coisas de acordo com o mandato de uma instância mais poderosa, sob o peso de terríveis ameaças. Essa instância é o superego. Como já vimos nos mecanismos de defesa, as ideias obsessivas são substitutos, derivados de impulsos reprimidos. Sua persistência é prova da energia de alguma outra ideia impulsiva que foi rejeitada, e à qual está ligada por associação. 11 – Quais os 4 principais mecanismos de defesa utilizados no TOC? Qual é o principal? Explique-os. Isolamento (principal)= É o mecanismo principal e específico desta neurose, pois é o responsável por muitos dos sintomas e traços de caráter típicos. Em primeiro lugar, consiste em separar a ideia do afeto, o elemento mental do afetivo, trabalho que também faz a repressão, mas nesta última o elemento mental vai para o inconsciente. Pelo isolamento, explicam-se a frieza afetiva do obsessivo, a tendência ao pensamento lógico, e também algumas ideias obsessivas de conteúdo horroroso ou amoral (matar, violentar), despojadas da vivência afetiva correspondente. Deslocamento = É o mecanismo responsável, logo depois do isolamento, pela formação das ideias e dos atos compulsivos. Estes são sempre substitutos de ideias e de impulsos reprimidos, proibidos. Assim, as figuras religiosas ou as ideias absurdas são substitutas, por deslocamento, das figuras dos pais ou de qualquer ideia agressiva ou sexual reprovável. Também a tendência de se fixar nos pequenos detalhes encontra sua explicação no deslocamento: deslocando a atenção para detalhes sem importância, o sujeito se desvia do todo, que é seguramente perturbável. Anulação retroativa = Os rituais e cerimoniais obsessivos são procedimentos mágicos destinados a anular alguma coisa ruim, seja anteriormente feita, seja mesmo pensada ou fantasiada inconscientemente. As rezas, os autocastigos, a necessidade de fechar "novamente" a chave do gás pretendem anular .magicamente fantasias sexuais ou agressivas originais, ou vão mesmo contra o aparecimento de ideias ou atos compulsivos. Neste último caso, os rituais, produto da anulação retroativa, têm um caráter defensivo secundário. Os atos compulsivos "em dois tempos" têm também na anulação retroativa sua explicação: assim, logo depois de se masturbar, sentir a compulsão e se masturbar de novo, pode se ter a significação de querer apagar o prazer da primeira vivendo a segunda como um castigo. E é assim que se fica culpado e deprimido. Formação reativa = É responsável pela maioria dos traços do caráter obsessivo. A superlimpeza é formação reativa contra a tendência à sujeira, a supermoralidade, contra as tendências imorais e a bondade exagerada contra o sadismo e a agressividade inconscientes. 12 – Quais os pontos de fixação/regressão predominantes no quadro? 2ª fase anal / Pode-se falar que tudo no obsessivo origina-se nos conflitos ao redor da fase anal, na aprendizagem dos hábitos higiénicos, do controle esfincteriano (de l ano e meio a 3 anos). Os traços de caráter são uma elaboração da obediência ou resistência às ordens e pressões dos pais — ou uma combinação das duas. 13 – Qual a melhor e mais completa forma de intervenção indicada para o tratamento desses transtornos? Medicamentosa e terapia comportamental. 14 – Existe correlação entre esse transtorno e sintomas depressivos? Explique. Sim, por que os dois sintomas muitas vezes ocorrem juntos. 15 – Construa um caso que ilustre cada um dos subtipos de TOC. 4 TRANSTORNO FÓBICO – ANSIOSOS - Neurose fóbica (F40) (Literatura: O Pequeno Hans – Freud.) 1 – Qual o principal componente/características dos quadros que compõem esse grupo? Quais são as principais e mais comuns manifestações desses quadros/ (sintomas). A ansiedade é apenas ou predominantemente, por certas situações ou objetos (externos ao indivíduo) os quais não são perigosos. Essas situações são evitadas ou suportadas com pavor. A ansiedade fóbica é subjetiva, psicológica e comportamentalmente indistinguível de outro tipo de ansiedade e pode variar em gravidade desde leve desconforto até terror. Principais sintomas: palpitações, ou sensação de desmaio, que está associada com medos secundários de morrer perder o controle ou enlouquecer. Sudorese, vontade de fazer xixi, calafrios, tonturas, vertiges, boca seca, dor na barriga.... A mera perspectiva de entrar na situação fóbica gera ansiedade antecepatória. 2 – São situações internas ou externas que provocam os sintomas (crises)?. Conhecidas ou desconhecidas? Situações externas conhecidas. Com exceção do transtorno do pânico que é uma situação desconhecida com medo eminente da morte. 3 – Existe correlação entre a intensidade dos sintomas apresentados e o perigo oferecido pela situação? Explique. Não, pois o medo que a pessoa tem não corresponde com o perigo do objeto fobígeno. 4 - O que são situações/objetos fobígenos? Explique. São lugares/situações/objetos em que na presença destes a pessoa apresentou sintomas do transtorno. 5 – O que são comportamentos contrafóbicos? Explique. São condutas de desafio, nas quais o sujeito enfrenta com altivez e suposta coragem aquilo que mais teme, como uma maneira de negar o medo; é como se dissesse "não tenho medo disso porque posso enfrentá-lo". Tal atitude é análoga ao mecanismo de formação reativa e aqui também o caráter defensivo denuncia--se pela rigidez: o sujeito busca constantemente as situações temidas para provar a si mesmo que as superou. 5 B – E objetos contrafóbicos (ou tranqüilizadores). Explique. O sujeito necessita da presença de uma pessoa (anônimo, objeto qualquer, “lugar aconchegante”) determinada, para não se sentir angustiado. A necessidade de companhia é compulsiva, o sujeito não pode fazer nada sem ela, não pode sair, ir a certos lugares; são pessoas que se "grudam" a alguns amigos ou a um dos pais. 6 – O que é ansiedade antecipatória? Explique. Só de lembrar no objeto fobígeno ou situação fobígena desencadeia sintomas de ansiedade na pessoa. 7 – O que é e quais as principais características dos quadros de fobias específicas (isoladas/simples) (F40.2). Explique. Construa um caso clínico que exemplifique. Essas são fobias restritas a situações altamente específicas tais como proximidade a determinados animais, altura, trovão, escuridão, voar, espaços fechados, urinar ou evacuar em banheiros públicos, comer certos alimentos, dentistas, visão de sangue ou ferimentos e medo de exposição a doenças específicas. Ainda que a situação desencadeante seja delimitada, o contato com ela pode evocar pânico como na agorafobia ou nas fobias sociais. Fobias específicas usualmente surgem na infância ou cedo na vida adulta e podem persistir 5 por décadas se permanecerem sem tratamento. A seriedade do prejuízo resultante depende de quão fácil é para o paciente evitar a situação fóbica. 8 – O que é e quais as principais características dos quadros de fobias sociais (F40.1)? Explique. Elas acontecem igualmente em homens e mulheres? (isto é, com relação ao gênero, elas são estatisticamente equivalentes?). Construa um caso clínico que exemplifique. Fobias sociais frequentemente se iniciam na adolescência e estão centradas em torno de um medo de exporse a outras pessoas em grupos comparativamente pequenos (em oposição a multidões), levando à evitação de situações sociais. Diferentemente da maioria das outras fobias, as fobias sociais são igualmente comuns em homens e mulheres. Elas podem ser delimitadas (isto é, restritas a comer ou falar em público ou encontrar-se com o sexo oposto) ou difusas, envolvendo quase todas as situações sociais fora do círculo familiar. Um medo de vomitar em público pode ser importante. Confrontação direta olho a olho pode ser particularmente estressante em algumas culturas. Fobias sociais estão usualmente associadas à baixa autoestima e ao medo de críticas. Elas podem se apresentar como uma queixa de rubor, tremores das mãos, náuseas ou urgência miccional e o indivíduo às vezes está convencido de que uma dessas manifestações secundárias de ansiedade é o problema primário; os sintomas podem progredir para ataques de pânico. A evitação é frequentemente marcante e em casos extremos pode resultar em isolamento social quase completo. 9 – O que é e quais as principais características do quadro de agorafobia (F40.0)? Explique. E com transtorno de pânico (F40.01). Construa um caso que exemplifique. Ele é agora usado para incluir medos não apenas de espaços abertos mas também de aspectos relacionados tais como a presença de multidões e a dificuldade de um escape fácil e imediato para um local seguro (usualmente o lar). O termo, portanto, refere-se a um agrupamento inter-relacionado e frequentemente sobreposto de fobias que abrangem medos de sair de casa: medo de entrar em lojas, multidões e lugares públicos ou de viajar sozinho em trens, ônibus ou aviões. Embora a gravidade da ansiedade e a extensão do comportamento de evitação sejam variáveis, esse é o mais incapacitante dos transtornos fóbicos e alguns pacientes tornam-se completamente confinados ao lar; muitos são aterrorizados pelo pensamento de terem um colapso e serem deixados sem socorro em público. A falta de uma saída imediatamente disponível é um dos aspectos-chave de muitas dessas situações agorafóbicas. A maioria dos pacientes é do sexo feminino e o início é usualmente no começo da vida adulta. Sintomas depressivos e obsessivos e fobias sociais podem também estar presentes, mas não dominam o quadro clínico. 10 – Qual a melhor forma de intervenção para os quadros de fobia? Medicamentoso? Psicoterapêutico? Ambos? O que diz a literatura “tradicional” sobre a melhor abordagem psicoterapêutica para esses quadros? Medicação e terapia 11 – O que é uma CRISE de pânico? Quais as principais características. Descreva. Ela necessariamente se configura em um TRANSTORNO de pânico? Explique. Crise de pânico é quando a pessoa passa por uma situação de pânico, medo pela primeira vez, se as crise persistirem por duas semanas é caracterizado transtorno de pânico. 12 – O que é um TRANSTORNO DE PÂNICO? Descreva Ataques recorrentes de ansiedade grave, os quais não estão restritos a qualquer situação ou conjunto de circunstancias em particular, sendo imprevisíveis. Palpitações, dor no peito, sensação de choque, tontura, sentimentos de irrealidade, suor frio, medo eminente da morte, de perder o controle ou ficar louco, e de ter outro ataque. 6 13 – Qual a melhor intervenção para os quadros de pânico? Explique. Medicação e terapia 14 – O que é e quais as principais características de um transtorno misto de ansiedade e depressão? É quando ambos sintomas de ansiedade e depressão estão presentes e são ao mesmo tempo graves o suficiente para justificar o quadro. 15 – Quais as principais características/traços de caráter das pessoas que apresentam um desses quadros fóbicos? Medo da situação ou objeto fobígeno, ataques recorrentes de ansiedade com medo excessivo sem a presença de um perigo real que justifique o medo. 16 – Qual a compreensão psicodinâmica dos quadros de fobia? Afinal, o que se reprime? O que é perigoso internamente? Como em toda neurose, diz-se que são os impulsos sexuais e os agressivos. O neurótico fóbico sente angústia naquelas situações em que outra pessoa normal sentiria excitação sexual ou raiva. Isto pode ser exemplificado nas fobias simples, sem deslocamento: mulheres que têm fobia sexual, junto a intensas inibições, assustam-se frente a toda situação de tentação sexual ou mesmo à referência de temática sexual (piadas, fotos, livros, cinema). Outros, no mesmo sentido, têm fobias à luta, isto é, assustam-se diante das situações que exigiriam condutas agressivas; são aqueles que se angustiam quando vêem uma briga. Há uma fórmula geral, simplificada ao extremo: O que a pessoa teme é o que inconscientemente deseja. . . Nos casos de deslocamento, como veremos agora, a situação temida e a situação desejada têm um vínculo mais oculto, simbólico. E podemos acrescentar à fórmula anterior ... ou o possível castigo pelo que é desejado. Por exemplo, certas fobias às facas, às tesouras, podem representar, além de um desejo hostil reprimido, o medo à castração. Assim, o medo de ficar sozinho pode representar o temor de ser castigado, como aconteceu na infância, por desejar outra coisa que é proibida. Resumindo, podemos dizer que o sintoma fóbico representa simbolicamente, no exterior, o conflito psíquico inconsciente, o objeto fóbico representa o objeto do desejo, o desejo ou a pulsão reprimida, e a conduta fóbica da evitação representa a outra parte do conflito, isto é, a defesa, a repressão. Vejamos agora as motivações inconscientes que estão por trás das principais fobias, isto é, os simbolismos mais gerais. 17 – Quais os principais mecanismos de defesa utilizados? Qual o mais característico da fobia? O principal mecanismo de defesa da neurose fóbica é o deslocamento, que não lhe é exclusivo; encontramolo também em outras neuroses, como a obsessiva, na qual ele se dá no plano mental da consciência, e em outros fenómenos, por exemplo, no sonho. O específico da neurose fóbica é o deslocamento no mundo exterior, implicando sempre uma prévia projeção. Todo perigo interno é pro-jetado para fora e a pessoa defende-se, assim, de um perigo exterior, sem base na realidade e inteiramente sub-jetivo. A projeção também é essencial na neurose fóbica, tanto assim que existem formas desta neurose (como veremos mais adiante) em que a situação temida fora é dire-tamente representativa da situação temida dentro, sem nenhum disfarce, isto é, sem deslocamento. Simplificando o processo, e exprimindo-o de maneira esquemática, "cronológica" (nem sempre de acordo com o real, pois este processo pode ser simultâneo), temos: 1. A repressão de um impulso sexual ou agressivo, em geral na infância, fortemente desejado, mas também temido pelas suas consequências — "castração", solidão —, que torna-se assim inconsciente; o aparecimento da angústia, na vida adulta, pela volta do reprimido despertado por uma situação exterior relacionada, leva o sujeito a uma nova repressão, através de projeção. 2. Na projeção — do impulso —, o perigo torna-se externo; é mais fácil defender-se de um perigo externo do que de um interno (fobia simples). 7 3. O deslocamento — por cadeias associativas de contiguidade no tempo ou no espaço, ou por valor simbólico — é o disfarce que constitui a fobia específica. Daí surgem as fobias e as medidas de defesa como a evitação, a constituição de objeto contrafóbico ou a necessidade de um acompanhante. 18 – Do ponto de vista psicoinstintual, em que fase se dão os principais pontos de fixação/regressão desses quadros? Na fase Fálica no complexo de édipo. TRANSTORNOS DISSOCIATIVOS/CONVERSIVOS - (Neurose Histérica) (F44) (Literatura: Caso Ana O. – Freud). 1 – Quais as principais características desses quadros? Quais alterações são mais usualmente encontradas, de que funções psíquicas? 2 – O que se entende por conversão? Dê um exemplo. 3 – Existe correlação entre os sintomas apresentados e causas orgânicas? Explique. 4 – Qual a compreensão psicodinâmica do quadro? 5 - Quais os principais mecanismos de defesa utilizados? E qual o característico da neurose histérica? 6 – Quais os principais pontos de fixação/regressão desse quadro? 7 – Qual a forma de intervenção mais adequada para esses transtornos? Explique. 8 – Construa um caso clínico que ilustre esse transtorno. MÓDULO III – TRANSTORNOS SOMATOFORMES – F45 A - TRANSTORNO DE SOMATIZAÇÃO – F45.0 1 – O que são e quais as principais características dos transtornos de somatização?! Há correlação com causas orgânicas (portanto, explicações físicas)? 2 – Qual, usualmente, a reação dos pacientes frente às informações de que não há causa física? 3 – Qual a diferença entre o t. somatização e o t. somatoforme indiferenciado (F45.1)? 4 – Construa um caso clínico que ilustre. B – TRANSTORNO HIPOCONDRÍACO – F45.2 1 – O que são e quais as principais características dos T. Hipocondríacos ? 2 – Qual a diferença entre os T. de Somatização e os T. Hipocondríacos? 3 – Construa um caso clínico que ilustre. MÓDULO IV – TRANSTORNOS RELACIONADOS AO ESTRESSE 8