Publicado no jornal científico Human Reproduction MULHERES COM SÍNDROME DE ASHERMAN E ATROFIA ENDOMETRIAL TÊM UMA NOVA ESPERANÇA PARA SEREM MÃES Resultados do estudo científico liderado por especialistas do grupo IVI de medicina reprodutiva revela que, utilizando células tronco provenientes da medula óssea, podem ajudar pacientes com Síndrome de Asherman e Atrofia endometrial a conceber. Dois bebês nasceram e duas gestações estão em curso graças aos benefícios do tratamento São Paulo, 19 de abril de 2016. Liderado pelos especialistas em fertilidade Professor Carlos Simon e Dr. Xavier Santamaria da Fundação IVI, o estudo demonstrou pela primeira vez que a terapia de transplante autólogo, usando sangue periférico autólogo (CD133+) derivado das células-tronco da própria paciente (BMDSC) pode melhorar de forma significante desordens menstruais e causas de infertilidade como a Síndrome de Asherman (AS) e Atrofia Endometrial (EA). A terapia de transplante autólogo (Autologous Stem Cell Therapy) envolve célulastronco coletadas no sangue da própria paciente, que é tratado e injetado nas pequenas artérias do útero com o objetivo de reativar o endométrio, que é a parede interna do útero, essencial para que a gravidez aconteça. A Síndrome de Asherman é uma condição uterina caracterizada por aderências fibrosas que causam problemas como aborto e infertilidade. Esta Síndrome está presente em 5% da população mundial feminina e pode ser diagnosticada através da histeroscopia. Atrofia Endometrial é outra condição uterina também conhecida como “endométrio fino”, caracterizada quando o tecido endometrial tem uma grossura menor de 5mm, causando sérias dificuldades para conceber. Muitos tratamentos até hoje foram adotados para tratar o endométrio fino, mas nenhuma de forma efetiva. Entre 0,6-0,8% das mulheres em tratamentos de reprodução assistida têm atrofia endometrial. O estudo realizado envolveu mulheres de 30 a 45 anos afetadas pela Síndrome de Asherman e Atrofia Endometrial. Antes de dar início à pesquisa, cada paciente realizou uma série de testes para medir a espessura do endométrio e mapeamento dos níveis de aderências intrauterinas. Os testes foram repetidos após 3 meses e então foi aplicada a terapia genética de transplante autólogo. O processo foi repetido após 6 meses. Os resultados demonstraram que quase todas as pacientes que receberam o tratamento apresentaram melhoras em sua cavidade uterina após 2 meses de terapia. Além disso, a espessura endometrial foi de 4,3mm para 6,7mm. Como resultado até o momento, dois bebês já nasceram. O estudo demonstrou a segurança da Terapia de Transplante Autólogo de Célulastronco, sendo esta a primeira fase do estudo. A fase dois é conseguir que as mulheres portadoras de AS e EA condições que não têm cura, consigam obter a gravidez espontânea, ou seja, de forma natural. Falando sobre os resultados do estudo, o Professor Carlos Simon explica “A Síndrome de Asherman se caracteriza pela presença de adesões intrauterinas, e a Atrofia endometrial impede o espessamento do endométrio, que fica mais fino que 5mm. As duas patologias trazem como consequência desordens menstruais e infertilidade. Muitas terapias foram testadas no passado, mas nenhuma com resultados efetivos como os que alcançamos com esta terapia genética. Considerando que a Síndrome de Asherman e a Atrofia Endometrial são condições sem cura, os resultados desse estudo são muito significativos”. Sobre a Fundação IVI A Fundação IVI é a primeira fundação espanhola dedicada à investigação aplicada na área de reprodução humana que oferece um serviço que é científico, educacional e social. É parte do parque científico de ciência e tecnologia da Universidade de Valência, sendo também é o departamento de pesquisa científica do grupo IVI. Sobre o estudo Título – ‘Autologous cell therapy with CD133+ bone marrow-derived stem cells in refractory Asherman’s syndrome and endometrial atrophy: a pilot cohort study.’ Amostra – 18 pacientes entre 30-45 anos com diagnóstico de Síndrome de Asherman ou de Atrofia Endometrial. Sobre o IVI Com sede em Valência, na Espanha, o Instituto Valenciano de Infertilidade (IVI) iniciou suas atividades em 1990. Possui mais de 50 clínicas em 11 países, incluindo Brasil, e é líder em medicina reprodutiva. O grupo conta com uma Fundação, um programa de Docência e Carreira Universitária. Mais informações e entrevistas: Sirlene Zamboni Cervera: (11) 9418 9484 [email protected] https://www.facebook.com/ivireproducaohumana https://twitter.com/BrasilIVI www.ivi.net.br