Tema Livre - GINECOLOGIA

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XVI Congresso Sul-Brasileiro de Ginecologia e Obstetrícia
I Jornada Sul-Brasileira de Mastologia
Tema Livre - GINECOLOGIA
TL12 - HIPERPLASIA ENDOMETRIAL COMPLEXA COM ATIPIAS: EXPERIÊNCIA
DIAGNÓSTICA COM A HISTEROSCOPIA
ANA PAULA SZEZEPANIAK GOULART 1; FERNANDO ANSCHAU 2; MANOEL AFONSO GUIMARÃES GONÇALVES 3;
Introdução: A hiperplasia endometrial caracteriza-se pela proliferação das glândulas endometriais que pode
progredir ou coexistir com o carcinoma endometrial; resulta do estímulo estrogênico crônico sem oposição da progesterona. Embora pouco frequentes, as hiperplasias complexas com atipias (HCCA) apresentam maior associação
com neoplasias endometriais. A histerectomia é o tratamento mais adequado para essa enfermidade, todavia, o
uso de progestágenos como terapêutica temporária pode ser utilizado naquelas pacientes que desejam gestar.
Métodos: Revisão de laudos anatomopatológicos (AP) e prontuários das pacientes do ambulatório de oncologia
pélvica do hospital São Lucas da PUCRS com diagnóstico de hiperplasia endometrial no período de janeiro de
1994 a julho de 2012. Resultados: 254 pacientes foram submetidas à histeroscopia (HSC) e diagnosticadas com
hiperplasia endometrial; dessas, apenas 14 casos (5,5%) de HCCA, houve 02 diagnósticos de adenocarcinoma
de endométrio após histerectomia nesse grupo. A idade média encontrada foi 55,7 anos (38-78 anos). As principais indicações para histeroscopia foram sangramento pós-menopáusico (35,7%), seguido de menometrorragia
(28,5%). O IMC foi aferido em 09 pacientes, destas 66,6% eram obesas. Discussão: A Organização Mundial da
Saúde classifica as hiperplasias endometriais de acordo com o padrão arquitetural glandular / estromal em simples
e complexas e quanto à presença ou ausência de atipias nucleares. O risco estimado de câncer é 14 vezes maior
quando se diagnostica atipias, demonstrando a necessidade de um diagnóstico apurado, uma vez que estas pacientes deverão submeter-se à histerectomia como tratamento padrão. As hiperplasias apresentam os mesmos
fatores de risco que as neoplasias malignas endometriais como: idade avançada, obesidade, menarca precoce,
menopausa tardia, anovulação, uso de tamoxifeno. Neste estudo a obesidade foi o principal fator de risco identificado. A prevalência de HCCA foi de apenas 5,5%. Nas pacientes com esse achado, o risco estimado de câncer
endometrial é de 40 a 50%, assim como o risco de doença com invasão miometrial de 20 a 25%. Os nossos dados
apontam para uma incidência de câncer endometrial de 14,2%, bem como para uma faixa etária inferior aquela
demonstrada na literatura (55,7 versus 64 anos). Esta constatação reforça a importância de um diagnóstico precoce frente a situações clínicas de suspeição.
Palavras-Chave:Histeroscopia;
Hiperplasia complexa com atipias;
Câncer de endométrio.
1 - Residente do Hospital São Lucas da PUCRS;
2 - Doutor, preceptor do ambulatorio de oncologia pélvica do HSL;
3 - Doutor, preceptor do ambulatório de oncologia pélvica do HSL;
Vol. 41, Supl. Nº.1, de 2012 - 16
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