brincadeiras e jogos: uma estratégia para o desenvolvimento das

Propaganda
1
BRINCADEIRAS E JOGOS: UMA ESTRATÉGIA PARA O DESENVOLVIMENTO
DAS FUNÇÕES COGNITIVAS DE PESSOAS COM NECESSIDADES ESPECIAIS
Fabiana Carla Machini
PIC/UEM
Maria Bernadete Sorato da Silva
PIC/UEM
Áurea Maria Paes Leme Goulart – UEM
RESUMO
As atividades lúdicas são importantes para o processo de desenvolvimento das
funções cognitivas, em especial por que concorrem para a apropriação de
conhecimentos. Por meio dos jogos é possível oferecer aos alunos um ambiente
motivador e enriquecedor, oportunizando a aprendizagem de habilidades e
conceitos, uma vez que os jogos fazem parte do universo infantil, constituindo-se em
objetos sociais que trazem consigo uma infinidade de conteúdos que integram as
disciplinas escolares. Portanto, muitos conceitos essenciais para o processo de
ensino aprendizagem podem ser ensinados por meio de atividades lúdicas. O
presente trabalho teve por objetivos investigar a contribuição das brincadeiras e
jogos com regras no desenvolvimento dos processos psicológicos superiores de
crianças e jovens com necessidades especiais; compreender e aprofundar
conhecimentos sobre a influência das brincadeiras e jogos para a aquisição de
regras e conceitos, a fim de planejar e desencadear atividades lúdicas a serem
aplicadas como estratégias para o desenvolvimento psíquico de grupos participantes
do Projeto de Extensão “Atividades Alternativas para Pessoas com Necessidades
Especiais”. A pesquisa adotou como referencial a teoria Histórico Cultural onde a
mediação humana intencional e sistemática é fundamental para o desenvolvimento
dos indivíduos levando-os a refletir, fazer opções e obter sistematicamente
pequenos sucessos. Com a conclusão do projeto, observou-se que o trabalho
desenvolvido alcançou alguns dos objetivos propostos, sobretudo no que se refere à
independência, coordenação motora, raciocínio, memorização, criatividade,
organização de idéias, percepção, atenção, controle da impulsividade,
desenvolvimento da capacidade de estabelecer hipóteses e aquisição de conceitos.
Assim, ao se organizar um trabalho educativo para pessoas com necessidades
especiais, é importante que se conheça e compreenda os meios pelos quais ocorre
a interação desses indivíduos com o ambiente social onde estão inseridos.
Palavras-Chave: Funções Cognitivas, Aprendizagem, Jogos, Brincadeiras.
2
Estudos realizados na área das Ciências Humanas apontam para a
contribuição das brincadeiras e jogos na área educacional. Geralmente têm-se
observado dois tipos de posicionamento frente a essas atividades: o de não
interferir, deixando as crianças brincarem sem qualquer forma de mediação, ou
ainda, a de excluir a brincadeira ou jogo, no momento de “trabalhar seriamente”.
Nessa perspectiva, o jogo é utilizado pela escola, de forma mecânica e sem
significado, onde os movimentos do corpo são explorados e utilizados com o
propósito de garantir o silêncio e a disciplina em sala de aula e/ou para ocupar o
tempo ocioso dos educandos.
No entanto, acredita-se que os conteúdos a serem ministrados na sala de
aula possam ser desenvolvidos por meio de atividades lúdicas, desde que o
professor esteja disponível e habilitado para tal, proporcionando a seus alunos uma
aprendizagem significativa e estimulante. Esse assunto merece maior atenção no
que diz respeito à aprendizagem dos alunos com necessidades especiais, visto que
os mesmos apresentam limitações específicas, necessitando, portanto, de
mediações diferenciadas para que tais limitações possam ser superadas.
Estudos teóricos e práticos de Leontiev (1988), Vygotsky (1998) dentre
outros, apontam que as atividades lúdicas em muito colaboram para o processo de
desenvolvimento das funções cognitivas. Tais atividades consistem em um caminho
pelo qual a criança é capaz de estabelecer relações entre o seu mundo e o dos
adultos, possibilitando a assimilação de novos conhecimentos, comportamentos e
emoções. Se o brinquedo atua nesse sentido, não basta que a criança brinque de
qualquer jeito ou com qualquer coisa. De nada adianta a compra de brinquedos
pedagógicos se não houver mediação suficiente para explorar esse tipo de
brinquedo, mesmo por que, com o auxilio da mediação, qualquer brinquedo assume
3
o caráter pedagógico já que estas características não estão implícitas no objeto em
si, mas no ato de interação entre a criança e os adultos.
Essa, portanto, é uma forma de trabalho que deve ser estimulada e
incentivada nas escolas pelos professores, pois, favorece a aquisição de novos
conhecimentos, inclusive o da leitura e da escrita. Sob essa perspectiva, o presente
trabalho teve por objetivos verificar a contribuição das brincadeiras e jogos com
regras para o desenvolvimento dos processos psicológicos superiores de crianças e
jovens com necessidades especiais, como memória, atenção, percepção, raciocínio,
dentre outras, bem como compreender o processo de aquisição de conceitos por
meio das atividades lúdicas. Para isso, o referencial teórico que subsidiou a
pesquisa foi a teoria Histórico Cultural, cujo expoente maior é Vygotsky, no intuito de
verificar quais as oportunidades podem se oferecidas aos participantes do Projeto de
Extensão: “Atividades Alternativas para pessoas com Necessidades Especiais” por
meio de jogos e brincadeiras, ao mesmo tempo em que se procurou identificar quais
as funções intelectivas eram mais solicitadas por meio desse tipo de atividades.
Tais atividades foram propostas com o propósito maior de permitir que os
indivíduos envolvidos pudessem ser capazes de fazer opções, refletir sobre
situações dadas e obter sistematicamente pequenos sucessos. O trabalho
desenvolvido com crianças e jovens no Ateliê de atividade motora já alcançou
alguns dos objetivos propostos, tais como: independência, maior coordenação de
movimentos,
raciocínio,
memorização,
criatividade,
percepção,
atenção,
estabelecimento de hipóteses, controle da impulsividade, dentre outros.
Analisar o papel das atividades lúdicas no processo de desenvolvimento
cognitivo humano implica em considerarmos que o lúdico sempre esteve presente
em todas as etapas da vida das pessoas. As brincadeiras e os brinquedos são
transmitidos de geração a geração. Desde a antiguidade, elas ocupavam um lugar
significativo nas sociedades antigas. Data que os primeiros estudos acerca da
importância do brinquedo na educação ocorreram na antiga Roma e Grécia. Platão
ressaltava a importância de se aprender brincando, como idéia que se opunha o
emprego da violência e coerção. Aristóteles por sua vez sugeriu às crianças jogos
que imitassem a atividade adulta, como forma de preparação para o futuro. Roma,
mais especificamente via nos jogos uma forma de preparar a estrutura física dos
combatentes de guerra. Com o advento do cristianismo, as escolas episcopais e
mosteiros buscavam a imposição de dogmas, ressaltando a submissão e
4
memorização dos conteúdos. Somente com o paganismo é que os jogos foram
novamente incorporados ao cotidiano dos jovens como forma de se contrapor aos
castigos existentes na Idade Média. Pouco a pouco, os jogos passaram a ser
utilizados como recursos de ensino. O Ratio Studiorum, antigo plano pedagógico dos
jesuítas, utilizava-se da ludicidade para ensinar às crianças a aprendizagem do
latim. O renascimento por sua vez, retomou a questão dos exercícios físicos e do
espírito, que se contrapunham definitivamente ao caráter conservador que
prevaleceu durante toda a Idade Média.
Somente a partir do final do século XIX, surgem os primeiros estudos sobre o
jogo á partir de uma concepção cientifica, apontando sua importância para o
desenvolvimento do homem. Segundo Santos (2000, p.18) estes estudos estavam
impregnados de concepções biológicas. Mas, contribuíram no sentido de que o
lúdico que até então não tinha muita importância para o processo de ensino
aprendizagem, passasse a ser visto como uma atividade que contribui muito para o
processo de desenvolvimento do ser humano e de grande valor pedagógico.
“O desenvolvimento mental da criança é regulado pela atividade principal e
dominante de sua realidade, e para uma criança a brincadeira é sua atividade
principal. Portanto é importante saber como direcionar a brincadeira de forma
que ela possa contribuir para seu desenvolvimento intelectual”. (LEONTIEV,
1988, p. 130).
Vygotsky (1998) concebeu a brincadeira como uma atividade que, ao mesmo
tempo em que possui um caráter lúdico, também possibilita à criança lidar com
representações simbólicas provenientes do meio em que vive. Na brincadeira existe
a possibilidade da criança estar sempre adiante de seu nível de desenvolvimento
real, duplicando sua realidade e passando a lidar com fatos reais por meio de ações
imaginárias
Vale ressaltar que, no ato da brincadeira, o objeto cumpre uma outra função
diferente daquela desempenhada na vida real, já que o objeto do brinquedo tem que
permitir a representação do real, inclusive dos movimentos que a caracterizam.
Sendo assim, uma bacia pode tornar-se um chapéu, de acordo com o que a criança
quer representar:
5
“Dessa forma, o brinquedo é uma atividade que pode ser riquíssima para o
desenvolvimento da criança, por atuar na zona de desenvolvimento proximal,
permitindo a apropriação de conteúdos, regulação da conduta (controle da
impulsividade),
da
auto-expressão,
estabelecer
jogos
de
papéis”
(VYGOTSKY, 1998, p. 128).
Além disso, grande parte das regras de conduta, socialmente aceitas por um
grupo, podem ser internalizadas pela atividade de brincar, já que tal ato permite que
a criança possa lidar com as situações imaginárias (faz de conta). Isso quer dizer
que, ao brincar, a criança precisa estabelecer/memorizar regras, coordenar suas
ações, prestar atenção, dentre outras habilidades específicas.
Então, pode-se afirmar que, por meio do brinquedo não se formam apenas as
capacidades psicológicas, mas se criam possibilidades e situações onde a criança
aprende a regular seu comportamento, sentimentos e atitudes, imprescindíveis à sua
participação na vida social.
É evidente que, como qualquer outra situação de aprendizagem, a brincadeira
também deve ser mediada por outrem. É nessa mediação social que o professor ou
colegas mais experientes contribuem para que as crianças aprendam pouco a
pouco, a controlar seu comportamento, de modo a refletir primeiro antes de efetuar
uma dada atividade ou representar algo que existe em sua realidade, além de
apropriar-se do conhecimento, das regras.
Na brincadeira, portanto, a criança considera todas as características
implícitas no objeto ao mesmo tempo em que dá à esse objeto uma outra função
que seja importante para sua atividade lúdica, ou que lhe permita a realização de tal
atividade. Há ainda que se considerar que a atividade lúdica permite à criança a
aquisição de conceitos, processo este que não é natural e sim histórico, dependendo
sobretudo da construção ativa do processo intelectual na medida em que o sujeito
se dispõe a lidar com as situações cotidianas.
De acordo com Vygotsky (1998), por conceito entende-se uma operação
mental, desenvolvida por meio dos signos e símbolos, sistematizados na linguagem
socialmente constituída, estabelecendo vínculo direto com a atividade prática da
vida da criança. Vale destacar que os conceitos não são fragmentados. Possuem
um elo de ligação, algo que os generaliza, já que todos os conceitos existentes
provêm da atividade dos homens em seu meio, ao longo da história.
6
Vygotsky (1998) ainda aponta a existência de dois tipos de conceito: o
cotidiano e o científico. Os conceitos cotidianos são formados desde o momento em
que a criança é inserida em seu meio social, e não se restringem à fase escolar.
Dependem essencialmente da vivência que a criança estabelece com o objeto. Por
sua vez, os conceitos científicos são transmitidos e aprendidos, ou ainda, se
consolidam no ambiente escolar, mas não exclusivamente nele, isso porque todo
conceito científico foi anteriormente vivenciado e experimentado por outros homens,
em outras épocas históricas, para que posteriormente se constituíssem em um
aprendizado científico.
Segundo Leontiev (1988, p. 130), a construção desses conceitos acontece
durante a brincadeira, pois é nessa atividade que “a criança atribui outros
significados para além daqueles executados na vida real”. Assim, a criança não faz
uma antecipação do sentido que os objetos deverão apresentar durante a
brincadeira. Esse processo ocorre concomitantemente à atividade lúdica, já que esta
é dinâmica e móvel: “Nos brinquedos do período pré-escolar, as operações e ações
da criança, são, assim, sempre reais e sociais e nelas a criança assimila a realidade
humana.” (LEONTIEV, 1988, pág. 130).
Para as crianças as brincadeiras têm um significado maior por que ajudam a
entenderem melhor o mundo dos adultos, uma vez que são criadas tomando por
base o ambiente onde a criança convive. As brincadeiras além de proporcionar a
diversão, contribuem para o processo de construção do pensamento e da lógica
auxiliando o desenvolvimento da imaginação, expressão de medos e angústias. O
ato de brincar permite ao ser humano aprender a conviver em sociedade.
Os brinquedos e as brincadeiras não são atividades neutras: carregam
consigo a cultura de um povo e são portadores de regras e valores que acabam
sendo assimilados pelas crianças. Por meio das atividades lúdicas, a criança amplia
e enriquece seu vocabulário lingüístico e psicomotor. Portanto, um ambiente escolar
que se preocupa com a formação do indivíduo como um todo, não pode deixar de
valorizar o lúdico no processo desenvolvimento cognitivo, principalmente nos dias
hoje onde uma boa parte da população escolar fica limitada à televisão e a jogos
eletrônicos, abandonando, dessa forma, as brincadeiras compartilhadas, pelo lazer
individual. Diante disso é importante que a escola ofereça oportunidades para que
elas possam romper com esses comportamentos fossilizados, oportunizando
atividades onde possa haver uma maior interação entre os pares.
7
Sendo o brinquedo fundamental para o desenvolvimento pleno do individuo,
no campo das necessidades especiais torna-se ainda mais essencial. A riqueza das
atividades lúdicas é um convite à socialização, além de servirem como recursos
pedagógicos que estimulam o desenvolvimento das funções cognitivas superiores.
Por isso estudos mais sistemáticos sobre os jogos e brincadeiras na infância são
imprescindíveis para a organização dos trabalhos com os indivíduos portadores de
necessidades especiais.
Nesse caso, um certo nível de atenção e percepção faz-se necessário para
que o estímulo existente no espaço realmente desafie as crianças. Para isso é
preciso cuidado ao apresentar o brinquedo à criança a fim de estabelecer vínculos
afetivos entre ambos. Afinal, seu desenvolvimento e nível de interação com o
mesmo podem ser restritos em virtude de suas limitações físicas ou mentais. Além
disso, a organização do espaço onde acontecerá a brincadeira e a possibilidade de
escolha contribuem para o desenvolvimento cognitivo e afetivo da criança. Cabe pois
aos educadores oferecer oportunidades ricas em desafios estabelecendo uma
mediação planejada e sistematizada para desenvolver capacidades cognitivas e
sócio-afetivas em seus educandos.
Nesse sentido, os jogos pedagógicos só se justificam enquanto instrumentos
de aprendizagem significativa, na medida que se constituem em estratégias
planejadas e selecionadas rigorosamente visando a aprendizagem que se tem como
meta final. Como qualquer outra estratégia, não é a quantidade de jogos que
fornecerão o caráter de significação à aprendizagem, no sentido de formar novos
conhecimentos e desenvolver habilidades operatórias. A qualidade daquilo com que
se brinca é crucial para que os objetivos propostos sejam atingidos.
Sob o discurso da “qualidade total”, atualmente o brinquedo é tomado como
mercadoria, tendo em vista as leis que o mercado capitalista impõe no sentido de
gerar lucros. Não importa como o objeto de consumo ou de produção satisfaça as
necessidades humanas. Ideologicamente nos é embutida a idéia do consumo,
reproduzindo a lógica do desenvolvimento do mercado. Nesse jogo de produção e
reprodução, as relações sociais impregnadas no capital se organizam de forma
peculiar no interior da sociedade, situação está que se reverte numa estrutura de
dominação, aonde tudo nos chega de forma natural.
O brinquedo é hoje uma mercadoria que, como todas as outras, precisa ser
vendido. O objeto lúdico comprado tem como destino satisfazer necessidades
8
imediatas. Uma vez preenchida, tão logo se vai a busca de outras necessidades. Por
isso se supervaloriza a produção e o consumo. “Absorvida pelo brinquedo
(roupagem), a criança não joga mais, não explora mais, não cria e nem representa
concretamente seu pensamento, valores, mas torna-se objeto do verdadeiro objeto”
(ALMEIDA, 1990, p. 26).
Ainda de acordo com o autor, a tarefa mais difícil no que se refere ao uso do
lúdico no desenvolvimento das capacidades cognitivas superiores é formar e
capacitar professores para trabalhar com o lúdico no processo de ensinoaprendizagem. Nada será feito se ele não tiver profundo conhecimento sobre os
fundamentos essenciais do desenvolvimento e o papel da interação, bem como
condições suficientes para socializar o conhecimento e pré-disposição para levar
isso adiante. De nada adianta criticar a mídia, a pedagogia dos brinquedos, os pais
que não brincam com os filhos, se não for desenvolvida uma consciência que possa
questionar essas práticas e se não houver propostas de mudanças reais e
consistentes.
O
objetivo desse texto não é analisar as deficiências em si, mas as
possibilidades existentes para o educador em promover o desenvolvimento das
capacidades cognitivas superiores por meio das atividades lúdicas, como
brincadeiras e jogos. Valorizar as capacidades que os indivíduos comportam, apesar
de seu comprometimento físico ou psicológico, é o caminho para desmistificar aquilo
que a sociedade coloca como natural e adequado: a rotulação das necessidades
especiais nos indivíduos. Assim, “as necessidades especiais serão tão mais intensas
ou duradouras quanto maiores forem as barreiras físicas, econômicas e atitudinais
para satisfazê-las” (CARVALHO, 1998, p. 106).
Há ainda muito que se fazer no tocante ao trabalho pedagógico a ser
desenvolvido com os indivíduos portadores de necessidades especiais, exatamente
num momento em que “o modelo clínico patologizante, ainda é o grande
responsável pelas distorções, na pedagogia, do significado das diferenças entre os
alunos (...) que passam a servir-lhe (ao professor) de álibi para justificar a exclusão
daqueles que fogem à média da normalidade” (CARVALHO, 1998, p.146).
Neste final de século, os jargões ideológicos como “Educação para todos” e
“Todos na escola” aparecem com caráter natural à nossa sociedade, quando na
verdade estão carregados com o sentido conotativo ao qual o governo submete a
educação na medida em que, cada vez mais tenta esquivar-se de sua
9
responsabilidade social, mediante políticas públicas compensatórias, em especial no
campo da Educação Especial.
Nesse sentido, ao se propor atividades para pessoas com necessidades
especiais, além do desenvolvimento físico, deve-se também criar situações em que
possam tornar-se mais aptos a lidar com questões cotidianas que exijam a
comunicação, receptividade à outras pessoas, sentimento de confiança, controle dos
movimentos corpóreos, bem como potencializar o desenvolvimento das capacidades
cognitivas superiores, de forma a criar uma nova postura mental e intelectual.
REFERÊNCIAS
10
ABREU. O Jogo de regra no contexto escolar: Uma análise na perspectiva
construtivista. Dissertação de mestrado. São Paulo, USP, Instituto de Psicologia,
1993.
AGUIAR. Jogos para o ensino de conceitos: Leitura e escrita na Pré-escola. São
Paulo: Papirus, 1998.
ALMEIDA. Educação Lúdica – Técnicas e Jogos Pedagógicos. São Paulo, Loyola,
1990.
BRUNER. Uma nova teoria de aprendizagem. Trad. Por Norah Levy Ribeiro. Rio de
Janeiro: Bloch Editores, 1969.
GUISELINI. Educação física na pré-escola. Belo Horizonte: Imprensa Universitária,
1983.
KEPHART. O aluno de aprendizagem lenta. Trad. Por Ieda Luci Sohum Gerhardt.
Porto Alegre: Artes Médicas, 1990.
KISHIMOTO. Jogos, Brinquedo, Brincadeira e a Educação. São Paulo, Cortez, 1996.
LEONTIEV. Os Princípios Psicológicos da Brincadeira Pré-Escolar. In: Vygotsky, et.
All. Linguagem, Desenvolvimento e Aprendizagem, São Paulo, USP. 1988
ROSAMILHA: Psicologia do jogo e aprendizagem infantil. São Paulo: Pioneira, 1979
SCHORRO. Brinquedo e Desenvolvimento Infantil. Dissertação de Mestrado UEM,
Paraná, 2002.
VYGOTSKY. A Formação Social da Mente. São Paulo, Martins Fontes, 1998.
__________. Estudos sobre a História do Comportamento: Símios, homem
primitivo e a Criança. Porto Alegre: Artes Médicas, 1996
Download