Hábitos de vida, comorbidades e uso de medicamentos em idosas

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Revista Equilíbrio Corporal e Saúde, 2011; 3(1): 46-59
Ednei Fernando dos Santos1
Maria Rita Aprile2
Vagner Raso3
Suporte básico de vida nas
principais ocorrências de trauma
em pessoas idosas
Basic life support of the main trauma
occurrences in elderly individuals
Mestrando do Programa de
Mestrado Profissional em
Reabilitação do Equilíbrio
Corporal e Inclusão Social da
Universidade Bandeirante de São
Paulo - UNIBAN – Brasil.
1
Professora Doutora do
Programa de Mestrado
Profissional em Reabilitação do
Equilíbrio Corporal e Inclusão
Social da Universidade
Bandeirante de São Paulo –
UNIBAN – Brasil.
2
3Professor
Doutor do
Programa de Mestrado
Profissional em Reabilitação do
Equilíbrio Corporal e Inclusão
Social da Universidade
Bandeirante de São Paulo UNIBAN – Brasil. Pesquisadorassociado das Faculdades de
Educação Física e de Medicina da
Universidade do Oeste Paulista
(UNOESTE)
Resumo
Introdução: O envelhecimento envolve alterações estruturais e
funcionais, assim como a coexistência de doenças sistêmicas, que
predispõem os indivíduos idosos a diversos traumas, como quedas,
torções, acidentes automobilísticos, atropelamento, entre outros.
Objetivo: Este estudo teve o objetivo de sistematizar informações
sobre suporte básico de vida em hemorragias e ferimentos,
queimaduras, fraturas, emergências clínicas e intoxicação em
indivíduos idosos. Material e Método: Com base na abordagem
qualitativa, foi feito levantamento e sistematização da literatura
acadêmica de referência, buscando identificar as idéias centrais dos
autores sobre a temática central. Discussão: A principal causa de
ferimentos e de hemorragias é de origem traumática mecânica ou
física, evidenciada em vítimas politraumatizadas em que o risco de
mortalidade é iminente. Aproximadamente, dois terços das
queimaduras ocorrem em casa, acometendo na maioria dos casos,
crianças e idosos. As fraturas traumáticas correspondem à grande
maioria das fraturas em indivíduos idosos, por exemplo, nos casos
de quedas e atropelamentos. As emergências clínicas se caracterizam
por estado crítico de amplos aspectos de doenças e condições
clínicas (infarto, angina e acidente vascular encefálico). Conclusão:
O suporte básico de vida compreende etapas que podem ser iniciadas
fora do ambiente hospitalar, sendo definido como a primeira
abordagem à vítima e abrange procedimentos iniciais para
estabelecer as funções vitais e evitar o agravamento das lesões. O
atendimento executado de forma correta e logo após o trauma
possibilitará bom resultado na recuperação e no retorno às atividades
da vida diária, assim como na qualidade de vida dos indivíduos
idosos.
Palavras-chave: Envelhecimento. Saúde do Idoso. Suporte básico
de vida. Trauma.
Autor para correspondência:
Vagner Raso
Rua Maria Cândida, 1813
São Paulo, CEP: 02.071-022
Email: [email protected]
F
l
á
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Revista Equilíbrio Corporal e Saúde, 2011; 3(1): 46-59
47
Introdução
Também existe maior taxa de mortalidade, quando os indivíduos idosos são
comparados aos jovens, após a situação de trauma2. Apesar do aumento na
prevalência e incidência de trauma no indivíduo idoso, poucos estudos
buscam identificar fatores de risco capazes de prever o aparecimento de
complicações e a mortalidade nesse grupo etário. Tem sido atribuída que a
mortalidade decorrente do trauma é mais elevada em decorrência de
doenças preexistentes e do aparecimento de complicações após o trauma3.
A queda é a lesão mais freqüente, seguida pelo acidente automobilístico,
atropelamento, ferimento por arma de fogo e arma branca, entre outros 2. As
quedas provocam importantes repercussões na vida dos indivíduos idosos
tanto diretamente como indiretamente, pois quando não ocasionam lesões,
geram uma cascata de eventos que, entre outros, diminuem a capacidade
funcional para realizar as atividades da vida diária e incrementam a
suscetibilidade às doenças4. Cerca de 68% das lesões são fraturas, sobretudo
de fêmur e quadril5.
O acidente automobilístico também está associado a uma das principais
causas de morte relacionadas ao trauma, na faixa etária entre 65 e 75 anos.
Os homens são mais susceptíveis ao trauma quando dirigem veículos
automotivos, enquanto as mulheres quando estão na condição de
passageiras; as fraturas e as lesões de órgãos internos representam 72% de
todos os diagnósticos nos indivíduos idosos vítimas desse tipo de acidente 6.
As queimaduras que comprometem mais de 10% da área de superfície
corporal dos indivíduos idosos são consideradas graves, e o acidente tem
geralmente evolução fatal quando a área comprometida envolve entre 40% e
50%7. Recentemente, também tem sido observado o trauma decorrente de
maus tratos ou negligências praticadas por familiares ou por cuidadores de
indivíduos idosos8.
Essas ocorrências podem acontecer a qualquer momento em diferentes
locais, cabendo frequentemente à pessoa mais próxima, daquela que
experimenta o trauma, os primeiros atendimentos. Portanto, é importante
que tanto os profissionais da área da saúde, assim como a população em
geral, tenham conhecimentos suficientes para prestarem o adequado
atendimento de suporte básico de vida (SBV).
ENVELHECIMENTO
O envelhecimento é um processo de desenvolvimento natural que envolve
alterações psicobiológicas e sociocomportamentais. Os fatores genéticos e
ambientais estão intimamente associados à magnitude e velocidade das
alterações que determinam conjuntamente a linha tênue correspondente ao
envelhecimento fisiológico ou patológico9.
Santos et al, 2011
As alterações estruturais e funcionais, assim como a coexistência de doenças
sistêmicas, predispõem os indivíduos idosos a diversos acidentes,
principalmente quando comparados aos adultos jovens, que possuem maior
reserva fisiológica1. Além disso, o indivíduo idoso atualmente está cada vez
mais física e socialmente ativo nas relações interpessoais e na busca de
novas experiências culturais e recreativas, tornando-o mais exposto a riscos
de acidentes, como quedas, torções, acidentes automobilísticos,
atropelamento, entre outros2.
Revista Equilíbrio Corporal e Saúde, 2011; 3(1): 46-59
Portanto, o envelhecimento não representa um processo unitário, senão a
somação de eventos sistêmicos que ocorrem conjuntamente, mas o período
de tempo do “gatilho de disparo” e as repercussões consequentes são
processados de modo independente9.
Atualmente, o envelhecimento populacional é um proeminente fenômeno
mundial10, caracterizado pelo crescimento mais elevado da população idosa
em relação aos demais grupos etários11. Caso sejam mantidas as taxas atuais
de crescimento, provavelmente até 2025, o país contabilizará cerca de um
quinto de pessoas idosas na população, em geral. Isso pode elevar a
demanda dos sistemas de saúde e previdenciário, em decorrência do
aumento da atenção e dos cuidados necessários aos indivíduos idosos12.
Essa transição epidemiológica evidenciará uma população crescente com
múltiplas comorbidades que potencializam grandes síndromes, por exemplo,
as quedas, demência e perda de funções motoras, que, como conseqüência,
podem comprometer a independência e a autonomia do indivíduo idoso e,
portanto, aumentando a sua predisposição à incapacidade, fragilidade,
institucionalização e morte13-16.
Nesse sentido, será preciso estabelecer indicadores de saúde capazes de
identificar os indivíduos idosos com elevado risco de perda funcional para
orientar ações concentradas na promoção da saúde e manutenção da
capacidade funcional17. Haja vista que a capacidade funcional para realizar
as atividades da vida diária18 representa um dos principais marcadores de
envelhecimento saudável e que diminui progressivamente como efeito
induzido pela idade per se17.
SUPORTE BÁSICO DE VIDA
O SBV compreende etapas que podem ser iniciadas fora do ambiente
hospitalar. É definido como a primeira abordagem à vítima e abrange
procedimentos iniciais para estabelecer os sinais vitais, cuja característica
principal está fundamentada na não realização de manobras invasivas19.
Segundo o Ministério da Saúde20, o atendimento de SBV pode ser definido
como a assistência prestada em primeiro nível de atenção aos portadores de
quadros agudos de natureza clínica, traumática ou psiquiátrica, quando
ocorrem fora do ambiente hospitalar, podendo acarretar sequelas ou até
mesmo a morte.
O oferecimento de informações teóricas e práticas, tanto aos profissionais da
área de saúde como à população, em geral, é de extrema importância, não
somente para incrementar o nível de conhecimento sobre os primeiros
atendimentos, mas, sobretudo, para contribuir na diminuição das seqüelas
traumáticas das vítimas de acidentes após o trauma21.
Nesse sentido, o rápido reconhecimento e a identificação de lesões e riscos à
saúde da vítima, além da forma correta de atendimento e acionamento
adequado do socorro, previnem a deterioração de órgãos vitais do indivíduo
acidentado. Existem evidências sobre a redução da mortalidade em vítimas
de acidentes que receberam adequada e imediatamente os procedimentos de
SBV por voluntários e obtiveram a preservação dos sinais vitais22. As
situações de emergência requerem medidas eficazes que necessitem o
mínimo de tempo possível para serem adotadas e iniciadas23.
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Revista Equilíbrio Corporal e Saúde, 2011; 3(1): 46-59
O pronto reconhecimento e a estabilização precoce de traumas reduzem a
perda sanguínea, aumentando a sobrevida das vítimas24. O socorrista deve
reconhecer a presença dessas lesões, definir a anatomia da lesão e proteger a
vítima de futuras complicações25. O atendimento executado de forma correta
e logo após o trauma possibilitará bom resultado na recuperação, retorno às
atividades da vida diária e na qualidade de vida do indivíduo26.
Pergola e Araujo22 destacam que a falta de conhecimento representa um dos
fatores que mais interferem no atendimento em SBV. Isso impede ou atrasa
o socorro e o tratamento adequados, aumentando a vulnerabilidade da
vítima às conseqüências do trauma, como, por exemplo, o desencadeamento
da parada cardiorrespiratória.
Portanto, o cuidado imediato às vítimas é um dos principais recursos no
enfrentamento ao trauma e deve começar antes mesmo da chegada ao
hospital e das equipes de resgate móvel27.
PRINCIPAIS OCORRÊNCIAS DE TRAUMA EM PESSOAS IDOSAS
O envelhecimento naturalmente predispõe o indivíduo a distúrbios que
incrementam o risco de doenças. Os idosos atualmente consomem mais de
um terço dos recursos de cuidados de saúde nos Estados Unidos28. Como
essas condições do processo natural de envelhecimento são progressivas e
reduzem aas funções vitais, a capacidade de o indivíduo em resistir até
mesmo ao trauma menos complexo diminui consideravelmente29.
Atualmente, o crescimento populacional de idosos tem sido associado à
adoção de comportamentos saudáveis, sobretudo aqueles relacionados a um
estilo de vida fisicamente ativo que incrementa o número de relações
interpessoais, de atividades diárias espontâneas, assim como de novas
experiências em ambientes e situações completamente desconhecidos2.
Existe, portanto, maior risco de exposição a distintos ambientes e situações
que podem aumentar as potenciais ocorrências de diferentes traumas, como,
por exemplo, intoxicação alimentar, quedas e queimaduras. As
conseqüências desses traumas podem ser bastante graves em decorrência de
os indivíduos idosos não possuírem capacidade, tampouco reserva
funcional, necessárias à recuperação que, por sua vez, eleva
consideravelmente a taxa de mortalidade nesse grupo etário24.
O mecanismo de trauma mais freqüente entre os indivíduos idosos é a
queda, seguida por acidentes automobilísticos, atropelamentos, acidentes
por armas de fogo, queimaduras e maus-tratos24. As quedas ocorrem
predominantemente em ambiente domiciliar e estão relacionadas às
atividades mais comezinhas da vida diária2,24.
A queda da própria altura é considerada um problema de saúde pública por
sua elevada freqüência e, sobretudo, pelos efeitos diretos e indiretos sobre a
saúde do indivíduo. Geralmente, provoca lesões graves que incrementam o
risco imediato ou prospectivo à vida dos indivíduos idosos, pois podem
deteriorar o quadro de doenças estabelecidas e contribuir para a mortalidade
tardia3. Cerca de 30% a 50% dos indivíduos idosos experimentam pelo
menos um episódio de queda a cada ano30.
A fratura de quadril representa uma das principais conseqüências da queda
que, por sua vez, significativamente determina a dependência funcional para
realizar as atividades da vida diária de pessoas idosas31. Isso acarreta grande
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consumo de recursos financeiros destinados à assistência da saúde e elevado
custo social2, além de diminuir a esperança média de vida em
aproximadamente seis anos32.
HEMORRAGIAS E FERIMENTOS
A hemorragia é considerada a perda aguda de volume sanguíneo,
proveniente de lesões de compartimentos vasculares que contêm cerca de
70% a 80% do volume de sangue no território venoso, 15% na micro
circulação sistêmica e pulmonar e os 5% restantes nas artérias33. Portanto,
quando uma pessoa sofre algum tipo de lesão que resulte em hemorragias,
como um corte profundo, amputação traumática ou fratura exposta, de
imediato se verifica a diminuição da oxigenação dos tecidos, que pode
induzir à necrose tecidual24.
A principal causa de ferimentos e de hemorragias é de origem traumática
mecânica ou física. É muito bem evidenciada em vítimas politraumatizadas
em que o risco de mortalidade é iminente, como no caso de idosos, podendo
contribuir para que se desenvolvam complicações sistêmicas prejudiciais às
funções vitais24.
As hemorragias podem ser classificadas em externas e internas. Na
hemorragia externa, ocorre extravasamento de volume sanguíneo ao
ambiente externo, gerado através de ferimentos, como, por exemplo, o corte
provocado por uma faca. Por isso, essas lesões devem ser identificadas e
tratadas precocemente de modo que se poupe a perda de volume
sanguíneo25. O tratamento de hemorragia externa se inicia por meio de
compressão direta sobre o ferimento, utilizando material apropriado como
gaze e faixas ou pano limpo, colocados sobre o ferimento e moderadamente
pressionados para estancar o sangramento. Posteriormente, deve-se priorizar
o transporte ao recurso hospitalar adequado pelas equipes de emergências
médicas25.
Na hemorragia interna, ocorre o extravasamento de sangue dos vasos
sanguíneos para os compartimentos internos, impedindo a identificação do
trauma pela simples visualização. Nesse caso, quantidade significativa de
sangue pode se acumular nas cavidades craniana, torácica, abdominal e
pélvica, como no caso de fraturas de quadril em idosos. Associado ao
trauma ósseo verifica-se a hemorragia interna, em que ocorre o acúmulo de
sangue na cavidade pélvica e abdominal34. O edema persistente de
determinada região, ausência de pulso local, cianose e hipotermia podem
representar importantes indicadores de hemorragia interna24. Nesse tipo de
hemorragia, deve ser priorizado o rápido transporte, o aquecimento da
vítima e o impedimento da ingestão de líquidos e alimentos35.
QUEIMADURAS
Entende-se por queimaduras, as lesões cutâneas resultantes da ação de
agentes de origem térmica (isto é, calor ou frio), produtos químicos (ácidos
e álcalis), eletricidade (materiais energizados e descargas atmosféricas), e
radiações (césio-137, níquel-63, ultravioletas)24. Aproximadamente dois
terços das queimaduras ocorrem em casa, acometendo na maioria dos casos,
crianças e idosos24. Os indivíduos idosos representam 20% das internações
em unidades de tratamentos para queimados com estimativas de 1500
mortes relacionadas às queimaduras25.
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As células cutâneas sofrem significativa lesão quando ocorre queimadura
independente do agente36. O diagnóstico da profundidade da queimadura e
extensão de área cutânea atingida representa uma das prioridades de
atendimento, sobretudo, no indivíduo idoso37.
De acordo com a profundidade, as queimaduras podem ser classificadas de
primeiro a quarto grau38. A queimadura de primeiro grau é restrita à
epiderme (primeira camada da pele) e, geralmente, é provocada por
queimadura solar, resultante da exposição ao sol. A pele adquire tom
ruborizado e se torna dolorosa24. Na queimadura de segundo grau, a
epiderme e parte da derme são lesadas e existe formação de bolhas que são
dolorosas38. Uma queimadura de terceiro grau exerce maior conseqüência
não apenas na epiderme e derme, mas também nos tecidos subcutâneos e
nos vasos sanguíneos. Ocorre necrose tecidual e, embora seja de maior
magnitude, geralmente não é acompanhada de dor, pois as terminações
nervosas responsáveis pela sensibilidade à dor são também atingidas25. As
queimaduras de terceiro grau ocorrem juntamente com queimaduras de
primeiro e de segundo grau24. No caso das queimaduras de quarto grau,
além de todas as camadas da pele serem acometidas, existe
comprometimento dos tecidos adiposo, muscular e ósseo associados com
lesão significativa de vasos sanguíneos e de órgãos internos subjacentes.
Isso implica em perda total da estrutura e da função morfológica na
presença de carbonização38.
A extensão da área queimada é estimada através da porcentagem da área da
superfície corporal atingida36. Nesse caso, é aplicado o método da regra de
nove que parte do princípio que as grandes regiões do corpo do adulto
representam 9% da área de superfície corporal total, sendo o períneo
correspondente a 1%25. A queimadura de terceiro grau que atinge 10% da
superfície corporal é considerada queimadura grave. O mesmo critério é
adotado para a queimadura de segundo grau, quando atinge mais de 25% da
superfície corporal em adultos e mais de 20% da superfície corporal em
crianças38.
A irrigação da área queimada com grande volume de água à temperatura
ambiente representa o método mais efetivo e adequado no atendimento de
SBV ao indivíduo queimado25. Além disso, é muito importante remover
qualquer tipo de objeto (por exemplo, adornos, roupas) em decorrência de
ocorrer manutenção de calor residual que pode agravar ainda mais as lesões
existentes24. Finalmente, a região acometida deve ser coberta,
preferencialmente com lençol limpo e seco, para se evitar a contaminação
da lesão36.
FRATURAS
A fratura representa a interrupção da continuidade óssea que resulta em
rompimento completo ou incompleto da estrutura óssea24.
As fraturas traumáticas correspondem à grande maioria das fraturas em
indivíduos idosos, como, por exemplo, nos casos de quedas e
atropelamentos. Isso significa que houve a aplicação de significativa
quantidade de energia sobre o osso, i.e., maior que a resistência necessária
para suportá-la, provocando, como conseqüência, a fratura. Pode ocorrer
diretamente sobre o local de impacto ou na zona de impacto, como, por
exemplo, no caso da fratura da clavícula após amparar a queda sobre a
mão39.
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As fraturas de ossos longos, por exemplo, fêmur e quadril, são responsáveis
por grande parte das lesões e determinam as maiores taxas de morbidade 40,
pois o indivíduo deve permanecer imobilizado por período prolongado de
tempo para a devida recuperação da fratura. Esse procedimento contribui
para o aumento dos distúrbios de mobilidade física, que gera prejuízo às
atividades básicas da vida diária40. A fratura do fêmur está entre as lesões
traumáticas mais comuns na população idosa e pode ocorrer na região
proximal, distal ou ainda na diáfise femoral41.
As fraturas são classificadas em fechadas e expostas35. Na fratura fechada, o
osso é rompido, mas a pele não é lesada pelas extremidades ósseas,
permanecendo intacta. A vítima se queixa de dor e pode ser observada
deformidade no local da fratura, além de edema, crepitação óssea e
incapacidade funcional. Por outro lado, na fratura exposta, a integridade da
pele é interrompida e existe exposição da extremidade óssea, podendo
ocorrer contaminação por bactérias do ambiente ou da própria pele, que
pode agravar a recuperação da fratura exposta. Além disso, pode ocorrer
sangramento, através da abertura cutânea25. Também podem ocorrer lesões
de partes moles subjacentes, como vasos sanguíneos, nervos, tendões e
ligamentos42.
No tratamento das fraturas expostas, deve ser priorizado o controle do
sangramento através de curativos estéreis sobre o ferimento24. É importante
imobilizar a região fraturada para que se impeça a movimentação da
articulação acima e abaixo da lesão, sendo que as fraturas geralmente são
imobilizadas na posição em que são encontradas. É também indicado evitar
movimentos bruscos no momento da imobilização e não executar qualquer
tentativa de realinhamento do osso fraturado, tampouco a reintrodução da
exposição óssea. Finalmente, a verificação das funções vitais e o transporte
adequado são outras importantes recomendações25.
É ainda importante ter em mente que a imobilização inadequada ou o
manuseio grosseiro da região fraturada pode transformar uma fratura
fechada em exposta24. Outro aspecto relevante refere-se à exposição térmica
dos indivíduos idosos traumatizados em decorrência de possuírem maior
dificuldade para a manutenção da temperatura corporal central e, por essa
razão, estarem mais propensos à perda de calor (que pode ser aumentada
devido às alterações da composição corporal, uso de medicamentos etc.).
Desse modo, a preocupação em se manter aquecida a vítima idosa é de
fundamental importância para se evitar hipotermia42.
EMERGÊNCIAS CLÍNICAS
As emergências clínicas se caracterizam por estado crítico de amplos
aspectos de doenças e condições clínicas que uma pessoa pode
experimentar43. Essas emergências podem ser produzidas por micróbios,
falência de órgãos ou sistemas, substâncias químicas, não envolvendo
aspectos de violência traumática. Dentre essas, as doenças cardiovasculares
geram elevado nível de incapacidade, em especial, nos indivíduos idosos
que, muitas vezes, apresentam comorbidades cardiovasculares44. Como
exemplo, é possível encontrar um indivíduo idoso com hipertensão arterial
sistêmica e acometimento por infarto agudo do miocárdio ou mesmo
acidente vascular encefálico. Independente da situação ocorre maior
limitação na reabilitação das doenças cardiovasculares, nesse período de
vida45.
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Como regra geral, as emergências cardiovasculares são identificadas por
meio de sinais e sintomas, como cefaléia ou dor opressiva no peito,
confusão mental, náuseas e vômitos, sudorese, dificuldade para falar e
respirar, fraqueza e ansiedade38. No atendimento a esses tipos de
emergências, deve ser priorizado o acionamento precoce do sistema de
atendimento médico local (192 ou 193), além do monitoramento das
funções vitais. Também não é permitido que a vítima realize quaisquer
esforços físicos. O indivíduo deve ser confortavelmente posicionado
(geralmente, semi sentado), com as vestes frouxas, não sendo permitida a
ingestão de líquidos e alimentos46.
Também são comuns as doenças respiratórias que acometem
frequentemente os indivíduos idosos, como, por exemplo: asma, pneumonia,
tuberculose, doença pulmonar obstrutiva crônica47. Os indivíduos
apresentam tosse com produção de muco, expiração difícil e prolongada,
cianose, vertigem, esforço excessivo para falar e andar, exaustão e ruídos
respiratórios38. Durante o atendimento de SBV, deve-se colocar a vítima na
posição mais confortável, geralmente sentada ou recostada, acalmá-la,
realizar o monitoramento de suas funções vitais e providenciar o transporte
para a unidade hospitalar43.
A crise convulsiva e o desmaio aparecem na escala das emergências clínicas
como alguns dos principais tipos de ocorrências que corriqueiramente são
encontradas nos atendimentos de SBV48. Entre os indivíduos idosos, o
desmaio aparece como conseqüência de alguns tipos de disfunções, como,
incapacidade de manutenção da posição ortostática por período prolongado
de tempo49, alterações vestibulares50 ou mesmo hipotensão38. Como nas
demais situações, o diagnóstico do distúrbio representa competência médica
e, portanto, é aconselhável não dedicar tempo desnecessário nos agentes que
provocaram o desmaio46. A vítima deve ser mantida em decúbito dorsal, as
vias aéreas devem ser desobstruídas e as roupas afrouxadas48. A ingestão de
líquidos não deve ser permitida, tampouco estímulos violentos como tapas
no rosto ou mesmo qualquer tipo de substância ou produtos para a vítima
inalar, pois esses procedimentos poderão agravar a situação43.
Na crise convulsiva, ocorrem manifestações clínicas de disfunções
neurológicas que resultam hiperatividade neuronal51. Geralmente, a vítima
tem espasmos musculares; salivação em excesso; rápido piscar de olhos;
alteração da freqüência respiratória; cianose e contração do músculo
masseter46. Nesse período, podem ocorrer lesões como fraturas,
estiramentos, luxações, contusões e ferimentos intra-orais51. As causas das
crises convulsivas, comumente estão associadas às reações alérgicas, como,
por exemplo, aos medicamentos, uso de drogas ou até pela abstinência de
substâncias dependentes, traumatismo (trauma crânio-encefálico) ou
acidente vascular encefálico43. Em indivíduos idosos, as causas mais
comuns estão relacionadas às disfunções metabólicas como hipo e
hiperglicemia51.
O tratamento de SBV das convulsões deve se concentrar em garantir a
liberação das vias aéreas, colocando a vítima em decúbito lateral, deve-se
ainda evitar lesões adicionais, afastando todo tipo de objeto que possa feri-la
durante a crise51. As vestes devem ser afrouxadas e nunca devem ser
introduzidos quaisquer artefatos na cavidade oral da vítima. É também
importante que não se tente restringir os movimentos da vítima, além de
mantê-la aquecida e afastada do tumulto de outras pessoas46.
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INTOXICAÇÃO
A intoxicação consiste em inúmeros sinais e sintomas decorrentes da
ingestão ou contato com determinada substância tóxica que pode provocar
alterações biológicas, comportamentais ou psicológicas52.
Os indivíduos idosos e as crianças são particularmente mais vulneráveis a
sofrerem problemas de saúde devido à intoxicação acidental, sobretudo por
medicamentos atuantes no sistema nervoso central que representam uma das
principais emergências toxicológicas53.
As substâncias tóxicas comumente envolvidas no processo de intoxicação
em ambientes domiciliares são medicamentos (e.g., antidepressivos,
estimulantes, analgésicos), tóxicos derivados do petróleo (e.g., gasolina,
óleo diesel; naftalina), cosméticos (e.g., esmalte, acetona, talcos), além de
pesticidas, raticidas, agrotóxicos e plantas venenosas como a comigoninguém-pode e trombeta, e outros tipos de tóxicos46.
Os sintomas de intoxicação dependem da característica do agente, da
quantidade ingerida ou da área de exposição em contato e ainda de certas
características físicas da pessoa exposta53. Algumas substâncias exigem
exposição contínua para o desencadeamento de reações adversas. Outras são
mais tóxicas e exercem impactos a partir de pequena magnitude ou
exposição para causar graves problemas53.
Como forma de identificar as vítimas de intoxicação, é importante observar
atentamente as alterações de sinais e sintomas, por exemplo, queimaduras
ou manchas ao redor da boca, salivação em excesso, odor inusitado no
ambiente e nas vestes da vítima, freqüência cardíaca e respiratória rápidas e
superficiais, sudorese, alterações do tamanho das pupilas, cólicas, diarréia,
náuseas, vômitos, tosse, hemorragias digestivas, confusão mental,
convulsões e falta de consciência24.
A identificação do agente tóxico e o conhecimento preciso do seu potencial
de toxidade são pontos chaves para o atendimento inicial da vítima
intoxicada46. O tratamento para os casos diversos de intoxicação deve ser
iniciado pelo acionamento precoce dos sistemas de emergência 192
(SAMU) ou 193 (Corpo de Bombeiros). Posteriormente, é preciso que se
avalie o ambiente, observando embalagens, produtos e odor de substâncias
tóxicas48. É importante a avaliação das funções vitais, remoção das roupas
contaminadas e manutenção da temperatura corporal da vítima. Além disso,
a vítima deve ser aquecida, e posicionada em decúbito lateral, caso surjam
náuseas ou vômitos. Não deve ser oferecido nada para ingestão, tampouco o
vômito deve ser induzido46.
Considerações Finais
Os indivíduos idosos estão cada vez mais ativos e em busca de novas
experiências e projetos, sejam de cunho social, cultural, físico ou recreativo.
Em consequência, o trauma se torna uma experiência comum que repercute
significativamente na morbidade e mortalidade de indivíduos idosos.
Embora a queda seja um dos fatores que mais contribuem para as lesões
traumáticas nos indivíduos idosos, os acidentes automobilísticos,
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atropelamento e queimaduras também fazem parte desta estatística, gerando
frequentemente ferimentos, hemorragias ou fraturas graves.
Nesse sentido, torna-se importante a conduta de medidas especificas de
SBV à vítima idosa, em que o rápido reconhecimento e identificação de
lesões e riscos à saúde previnem a deterioração dos órgãos vitais e o
agravamento das lesões existentes.
Durante o atendimento de SBV ao indivíduo idoso, vários aspectos devem
ser avaliados, como alterações anátomo-fisiológicas associadas ao
envelhecimento; uso de medicamentos; doenças pré-existentes e histórico
médico. O socorrista deve realizar avaliação detalhada de todos os sinais e
sintomas relacionados às lesões traumáticas ou emergências clínicas, para
que se possa priorizar o tipo de atendimento adequado. Ao incluir essa
conduta em suas ações, o socorrista estará prevenindo as funções vitais,
evitando complicações agudas e crônicas das lesões, além de contribuir a
longo prazo à velocidade do processo recuperativo.
Abstract
Introduction: Aging is a natural development process involving structural
and functional changes as well as coexisting systemic diseases that
predispose the elderly individuals to several accidents, mainly when
compared to young adults. Therefore, elderly individuals are increasingly
exposed to trauma episodes, such as falls, torsions, car accidents, running
over, among others. Aim: to analyze the available information about basic
life support of the main trauma occurrences in elderly individuals: bleeding
and wounds, burns, fractures, clinical emergences, and intoxication.
Method: Based on a qualitative approach, academic literature was
researched and systematized in order to identify the authors’ central ideas
about the main theme. Discussion: The main cause of bleeding and wounds
derives from mechanic or physical trauma evidenced in polytraumatized
victims in imminent death risk. Approximately two thirds of burns occur at
home, affecting mostly children and elderly. Traumatic fractures correspond
to the great majority of fractures in elderly individuals, e.g., falls and
running over cases. Clinical emergences are characterized by a critical state
of a wide variety of diseases and clinical conditions (acute myocardial
infarction, angina pectoris and stroke). Conclusion: The basic life support
includes stages that can be started outside the hospital environment, being
the first approach offered to the victim including initial procedures to
establish vital functions and to avoid lesion aggravation. The assistance
correctly performed shortly after the trauma may enable good results on
recovery, for returning to activities of daily living and on the quality of life
of elderly individuals.
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