O valor negativo para τc deve ser descartado. Somando este tempo aos 8 s da primeira etapa do movimento, o tempo total de voo vale 13, 5 s. EXERCÍCIOS DE CINEMÁTICA UFPR – Departamento de Fı́sica CF-345 – Fı́sica Básica I 2. A posição de uma partı́cula que se move em linha reta é dada em função do tempo pela fórmula y(t) = 10 − α t2 + β t3 , na qual o tempo é dado em segundos e a posição em metros. α e β são constantes. 1. Um modelo de foguete disparado verticalmente do chão se eleva com aceleração vertical constante de 2, 00 m/s2 por 8, 00 s. Seu combustı́vel então se esgota e ele continua se deslocando para cima em “queda livre”, isto é, apenas sob a ação da gravidade, e depois volta caindo. (a) Determine as unidades de α e β. (b) Determine os valores de α e β considerando que a partı́cula inverte o sentido de seu movimento no instante t = 1 s e que possui aceleração instantânea a = 18 m/s2 no instante t = 2 s. Resolução (a) Qual a altitude máxima alcançada? (b) Qual o tempo total decorrido da decolagem até o foguete bater no chão? Resolução (a) Adotaremos a origem do eixo vertical y, que aponta pra cima, como sendo o nı́vel do chão. Começaremos a contar o tempo a partir do lançamento, quando o foguete está em repouso. O movimento ocorre em duas etapas distintas. (a) Para que a posição seja dada em metros, conforme o enunciado, todos os termos do lado direito devem ter essa unidade. Analisando o segundo termo, para que α t2 seja dado em metros, sendo t dado em segundos, a unidade de α deve ser m/s2 . Fazendo o mesmo para o último termo, concluimos que a unidade de β é m/s3 . Nos primeiros 8 s, o foguete é acelerado pra cima com (1) aceleração a1 = 2 m/s2 , a partir do repouso, vi = 0. No final destes 8 s, a velocidade do foguete é (b) Em primeiro lugar, vamos encontrar uma expressão para a velocidade e aceleração da partı́cula a partir de y(t): (1) (1) vf = vi + a1 tf = (2 m/s2 ) × (8 s) = 16 m/s. v(t) a(t) Neste instante tf também podemos calcular a posição do foguete: y (1) (tf ) = = (1) yi + (1) vi tf (2) 2 m/s2 (8 s)2 = 64 m. 2 v(1) = a(2) = vi = 1, 6 s. g (a) De acordo com a Fig. a, em que instantes, ou intervalos de tempo, a partı́cula se encontra parada? E quando tem velocidade negativa ou positiva? (b) Para o gráfico da Fig. a, esboce o gráfico da velocidade contra o tempo. g (2) (2) = yi + vi τ − τ 2 2 = 64 + 16 × 1, 6 − 5 × (1, 6)2 m (c) De acordo com a Fig. b, a que distância da origem a partı́cula se encontra em t = 15, 0 s? = 76, 8 m. (d) De acordo com a Fig. b, qual a velocidade média da partı́cula entre os instantes t = 0, 0 s e t = 15, 0 s? Resolução Esta foi a altura máxima alcançada. (b) Na segunda etapa, o instante τc em que o foguete retorna ao chão é dado por y (2) (τc ) = (2) yi (2) + (2) vi τc −2α + 12β = 18. 3. Os gráficos da figura abaixo referem-se a movimentos retilı́neos de uma partı́cula. Nesse instante, nesta segunda etapa, sabendo que a (2) posição inicial é yi = y (1) (tf ) = 64 m, sua posição vale y (2) (τ ) −2α + 3β = 0, Subtraindo a segunda equação da primeira: β = 2 m/s3 . E, substituindo este valor na segunda, α = 3 m/s2 . (2) − gτ = 0 =⇒ τ = = −2α + 6βt. No instante em que a partı́cula inverte o sentido de movimento, sua velocidade necessariamente se anula, ou seja, v(1) = 0. Além disso, do enunciado, a(2) = 18. Essas duas informações nos levam ao sistema de equações: a1 + t2f 2 Depois disso, o foguete entra em outro regime de movimento, e voltamos a zerar o cronômetro. Ele está ini(2) (1) cialmente a uma velocidade vi = vf , e passa a ser desacelerado pela gravidade, de modo que o instante τ , para o qual a ele atinge a altura máxima, é dado por v(τ ) = vi = −2αt + 3βt2 , (a) A partı́cula encontra-se parada quando a inclinação do gráfico é nula: em t = 2, t = 4 e t ≥ 7. Quando o gráfico tem inclinação positiva (negativa), a partı́cula tem velocidade positiva (negativa). Portanto: a velocidade é positiva nos intervalos 0 ≤ t < 2 e 4 < t < 7, e é negativa no intervalo 2 < t < 4. g − τc2 = 0 2 (2) 2vi 2y τc − i = 0 g g 2 =⇒ τc − 3, 2τc − 12, 8 = 0 =⇒ τc = 5, 5 s. =⇒ τc2 − 1 Resolução (a) Supondo, como pede-se no item (b), que a posição xt do trem, em t = 0, vale xt (0) = 0, construı́mos as seguintes equações para as posições xp (t) do passageiro e xt (t) do trem: xp (t) = −d + vm t e xt (t) = 1 2 at . 2 O passageiro somente será capaz de pegar o trem se existir um instante de tempo τ , tal que xp (τ ) = xt (τ ). Segundo essa igualdade, 1 2 vm d aτ =⇒ τ 2 − 2 τ + 2 = 0 2 a a r 2 vm vm d =⇒ τ = ± −2 a a2 a s 3, 1 m/s (3, 1 m/s)2 12 m τ= ± −2× 2 2 2 0, 31 m/s (0, 31 m/s ) 0, 31 m/s2 √ ≈ (10 ± 20) s. −d + vm τ = v (m /s) (b) Veja o gráfico abaixo. O gráfico não deve entrar em contradição com o que foi escrito no item anterior. Também não deve ter “bicos” e a velocidade inicial não deve ser zero. Fazendo as contas, conclui-se que o passageiro, nesta situação, tem duas oportunidades de pegar o trem: τ1 = 14, 47 s e τ2 = 5, 53 s. (b) Veja os gráficos abaixo. (a) A função xt (t) deve ser uma parábola e xp (t) deve ser uma reta. Variando os valores de d, a função xp (t) varia, mas sem alterar sua inclinação (a velocidade do passageiro não varia). Se a distância inicial d for suficientemente pequena, o passageiro terá duas oportunidades de pegar o trem (existem dois pontos de intersecção entre xt (t) e xp (t)). Se a distância inicial d for suficientemente grande, o passageiro não pegará o trem (não existem pontos de intersecção entre xt (t) e xp (t)). Existe um valor limite dc para o qual existe somente um ponto de intersecção entre xt (t) e xp (t). (b) Esse é o gráfico para quem considerou xp (0) = 0. Uma discussão equivalente também deve ser considerada. 0,0 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 t (s) (c) A distância percorrida é equivalente à área entre a curva e o eixo x: 5×5 ∆x = 5×5 m = 50 m. 2 +5×5+ 2 (d) A velocidade média entre dois instantes de tempo é dada por: vm = xf −xi tf −ti = 50 m 15 s (a) = (10/3) m/s. posição (u .a.) 4. Um passageiro está correndo na sua velocidade máxima vm = 3, 1 m/s para pegar um trem. Quando está a uma distância d da entrada mais próxima do trem, este começa a mover-se, do repouso, com aceleração constante a = 0, 31 m/s2 , afastando-se do passageiro. x t (t) x p (t) com d c x p (t) com ou tros d 's (a) Quando d = 12 m, ele será capaz de pegar o trem? tem po (u .a.) (b) Faça o gráfico da função xt (t) do trem, escolhendo xt = 0 quando t = 0. No mesmo gráfico, represente a função xp (t) do passageiro com alguns valores iniciais de separação d, incluindo o valor d = 12 m e o valor crı́tico dc , separação máxima para a qual o passageiro ainda consegue pegar o trem. (b) posição (u .a.) x p (t) x t (t) com d c x t (t) com ou tros d 's (c) Nesta distância dc de separação crı́tica, qual é a velocidade do trem quando o passageiro o alcança? tem po (u .a.) (d) Qual a velocidade média do trem no intervalo que vai de t = 0 até o instante em que o passageiro o alcança? Qual é o valor dc ? (c) Existem duas maneiras de resolver. Graficamente é possı́vel verificar que, nessa situação crı́tica, a inclinação 2 Integrando v(t), obtemos: 3 2 0 ≤ t < 5 s; 2 t + 10t + k1 , 25t + k2 , 5 ≤ t < 10 s; x(t) = 10t2 − t3 − 75t + k , 10 ≤ t < 15 s. 3 3 de xt (t) e xp (t) são iguais em t = τc . Logo, neste instante de tempo, a velocidade do trem é igual à velocidade do passageiro: vt (τc ) = vm = 3, 1 m/s. Alternativamente, poderı́amos calcular o instante τc . Para isso, impõe-se que só exista uma solução para τ (veja o item (a)), ou seja, queremos que r r 2 2 vm dc vm vm dc vm − 2 = 0 =⇒ τc = ± −2 = . 2 2 a a a a a a Ainda precisamos encontrar os valores para as constantes k1 , k2 e k3 . Do enunciado, sabemos que x(0) = 0. Usando esta informação na equação para x(t) que descreve a primeira parte do movimento: Logo, sabendo que vt (t) = at, temos que vt (τc ) = a(vm /a) = vm = 3, 1 m/s. x(0) = 0 = (d) Primeiro, calculemos dc : r 2 vm dc −2 =0 a2 a 2 1 vm 1 (3, 1 m/s)2 =⇒ dc = = ≈ 15, 5m. 2 a 2 (0, 31 m/s2 ) 5 2 0 + k1 =⇒ k1 = 0. 2 Analisando ainda a primeira equação para x(t), verificamos que quando t → 5 s temos x(t → 5) = x (t )−x (t ) 3 2 7 5 + 10 × 5 = 25. 2 2 Essa informação deve estar de acordo com o cálculo da segunda expressão para x(t), em t = 5 s: A velocidade média do trem vale vm,t = t ftf −tit i . Assumindo que estamos analisando a situação crı́tica, h i 1 vm 2 1 a − 2 a × 02 2 a xt (tf ) − xt (ti ) vm,t = = tf − ti (vm /a) vm = = 1, 55m/s. 2 x(5) = 25 × 5 + k2 = 7 3 25 =⇒ k2 = − 25. 2 2 Agora vamos verificar o valor de x(t → 10), usando a equação para x(t) que descreve o movimento na segunda parte. Obtemos 5. O gráfico da figura refere-se ao movimento retilı́neo de uma partı́cula ao longo do eixo x, partindo da origem. Entre 10 e 16 s, a expressão para a velocidade da partı́cula é escrita como v(t) = −t2 + 20t − 75 (SI). De acordo com este gráfico, responda as questões a seguir. 3 17 x(t → 10) = 25 × 10 + − 25 = 25. 2 2 Essa informação deve estar de acordo com o cálculo da terceira expressão para x(t), em t = 10 s: (a) Escreva uma expressão matemática para v(t), x(t) e a(t) (dica: considere separadamente cada uma das três partes do movimento). x(10) = 103 − (b) Qual a distância percorrida pela partı́cula durante os primeiros 16, 0 s? 17 103 − 75 × 10 + k3 = 25 3 2 71 =⇒ k3 = 25. 6 (b) A distância percorrida entre t = 0 s e t = 15 s é igual ao deslocamento neste intervalo de tempo, já que o corpo não inverte o sentido do movimento. Portanto, ∆x = x(16) − x(0) 1 71 = 10 × (16)2 − (16)3 − 75 × 16 + 25 3 6 ≈ 290, 5 m. 6. O gráfico da figura abaixo refere-se ao movimento retilı́neo de uma partı́cula ao longo do eixo x, partindo da origem. De acordo com este gráfico: (a) Escreva uma expressão matemática para v(t) (dica: considere separadamente cada uma das três partes do movimento). Resolução (a) Da leitura do gráfico, obtemos: 0 ≤ t < 5 s; 10 + 3t, v(t) = 25, 5 ≤ t < 10 s; 2 −t + 20t − 75, 10 ≤ t < 15 s. Derivando esta expressão, obtemos: 0 ≤ t < 5 s; 3, a(t) = 0, 5 ≤ t < 10 s; −2t + 20, 10 ≤ t < 15 s. (b) A partir de v(t), escreva uma expressão para x(t) e outra para a(t) (dica: continue considerando separadamente cada uma das três partes do movimento). (c) Qual a distância percorrida pela partı́cula durante os primeiros 15, 0 s? (d) Esboce o gráfico de x(t), para t = 0 até t = 15, 0 s. Resolução 3 50 x (m) parábola (concavidade para baixo) reta parábola (concavidade para cima) 0 5 0 7. O gráfico da figura seguinte refere-se ao movimento retilı́neo de uma partı́cula ao longo do eixo x, partindo da origem. De acordo com este gráfico: (a) A expressão matemática para v(t) pode ser lida diretamente no gráfico e vale (unidades no SI): t v(t) = 5 15 − t (t ≤ 5 s) (5 s < t ≤ 10 s) . (10 s < t ≤ 15 s) (a) Escreva uma expressão matemática para v(t) (dica: considere separadamente cada uma das três partes do movimento). (b) A função x(t) é aquela cuja derivada resulte na equação anterior. Portanto, em unidades do SI, 1 2 k1 + 2 t x(t) = k + 5t 2 k3 + 15t − 12 t2 (b) A partir de v(t), escreva uma expressão para x(t) e outra para a(t) (dica: continue considerando separadamente cada uma das três partes do movimento). (t ≤ 5 s) (5 s < t ≤ 10 s) , (10 s < t ≤ 15 s) (c) Qual a distância percorrida pela partı́cula durante os primeiros 15, 0 s? (d) Esboce o gráfico de x(t), para t = 0 até t = 15, 0 s. sendo que k1 , k2 e k3 são constantes. Como a partı́cula parte da origem, a constante k1 pode ser obtida da relação 10,0 1 x(0) = k1 + 02 = 0 =⇒ k1 = 0. 2 v (m /s) 7,5 Portanto, para t ≤ 5 s, temos x(t) = 12 t2 =⇒ x(5) = 12, 5. Usando este resultado e a expressão para x(t) no intervalo 5 s < t ≤ 10 s, podemos encontrar k2 , 0,0 0,0 2,5 5,0 7,5 10,0 12,5 15,0 t (s) Portanto, para 5 s < t ≤ 10 s, temos x(t) = −12, 5 + 5t =⇒ x(10) = 37, 5. Usando este resultado e a expressão para x(t) no intervalo 10 s < t ≤ 15 s, podemos encontrar k3 , Resolução (a) A expressão matemática para v(t) pode ser lida diretamente no gráfico e vale (unidades no SI): (t ≤ 5 s) 5−t v(t) = 0 (5 s < t ≤ 10 s) . −10 + t (10 s < t ≤ 15 s) 1 × 102 = 37, 5 2 =⇒ k3 = −62, 5. x(10) = k3 + 15 × 10 − A expressão para a(t) é obtida quando deriva-se v(t), (b) A função x(t) é aquela cuja derivada resulte na equação anterior. Portanto, em unidades do SI, 1 2 (t ≤ 5 s) k1 + 5t − 2 t x(t) = k (5 s < t ≤ 10 s) , 2 k3 − 10t + 12 t2 (10 s < t ≤ 15 s) (t ≤ 5 s) 1 v(t) = 0 (5 s < t ≤ 10 s) . −1 (10 s < t ≤ 15 s) (c) A distância percorrida pode ser obtida da área do gráfico, ou simplesmente fazendo = 5,0 2,5 x(5) = k2 + 5 × 5 = 12, 5 =⇒ k2 = −12, 5. ∆x = 15 10 t (s) sendo que k1 , k2 e k3 são constantes. Como a partı́cula sai da origem, a constante k1 pode ser obtida da relação x(15) − x(0) 1 −62, 5 + 15 × 15 − × 152 − 0 = 50. 2 1 x(0) = k1 + 5 × 0 − 02 = 0 =⇒ k1 = 0. 2 Portanto, para t ≤ 5 s, temos x(t) = 5t − 12 t2 =⇒ x(5) = 12, 5. Usando este resultado e a expressão para x(t) no (d) O gráfico x(t) deve ser: 4 (a) Determine os valores de α e β sabendo que a partı́cula inverte o sentido de seu movimento no instante t = 1 s e que possui aceleração constante de −4 m/s2 . intervalo 5 s < t ≤ 10 s, podemos encontrar k2 , x(5) = k2 = 12, 5 =⇒ k2 = 12, 5. (b) Entre os instantes t = 0 e t = 3 s, esboce o gráfico de x contra t. Portanto, para 5 s < t ≤ 10 s, temos x(t) = 12, 5 =⇒ x(10) = 12, 5. Usando este resultado e a expressão para x(t) no intervalo 10 s < t ≤ 15 s, podemos encontrar k3 , x(10) = k3 − 10 × 10 + (c) Para o mesmo intervalo, determine a distância percorrida e a velocidade média. 1 × 102 = 12, 5 2 =⇒ k3 = 62, 5. 11. A posição de uma partı́cula que se move em linha reta é dada em função do tempo pela fórmula x(t) = 10−α t2 + 1 4 2 t , na qual o tempo é dado em segundos e a posição em metros. A expressão para a(t) é obtida quando deriva-se v(t), −1 (t ≤ 5 s) v(t) = 0 (5 s < t ≤ 10 s) . 1 (10 s < t ≤ 15 s) (a) Qual a unidade dimensional da constante α? (b) Determine o valor de α considerando que a partı́cula inverte o sentido de seu movimento no instante t = 1, 0 s. (c) A distância percorrida pode ser obtida da área do gráfico, ou simplesmente fazendo ∆x (c) Calcule a velocidade média da partı́cula entre os instantes t = 1, 0 s e t = 3, 0 s. = x(15) − x(0) 1 = 62, 5 − 10 × 15 + × 152 − 0 = 25. 2 (d) Esboce o gráfico da aceleração da partı́cula em função do tempo durante os três primeiros segundos do movimento. (d) O gráfico x(t) deve ser: 12. Um próton se move ao longo do eixo x segundo a equação x = 50 t + 10 t2 , onde x está em metros e t está em segundos. 50 x (m) parábola (concavidade para cima) (a) Calcule a velocidade média do próton durante os primeiros 3, 0 s do seu movimento. reta (b) Calcule a velocidade instantânea do próton em t = 3, 0 s. (c) Calcule a aceleração instantânea do próton em t = 3, 0 s. parábola (concavidade para baixo) 0 0 5 t (s) 10 15 (d) Trace o gráfico de x contra t e mostre como a resposta para (a) pode ser obtida através do gráfico. 8. A posição de uma partı́cula que se move em linha reta é dada em função do tempo pela fórmula x(t) = a+b t+c t2 , na qual o tempo é dado em segundos e a posição em metros. a, b e c são constantes. 13. Uma pára-quedista salta de pára-quedas e cai 50 m livremente. Então o pára-quedas se abre, e daı́ em diante ela desacelera a 2, 0 m/s2 . Ela atinge o chão com uma velocidade de 3, 0 m/s. (a) Determine os valores de a, b e c a partir das seguintes considerações: (1) a partı́cula passa pela origem do sistema de coordenadas em t = 0, (2) inverte o sentido de seu movimento no instante t = 1 s e (3) possui aceleração constante de −4 m/s2 . (a) Quanto tempo a pára-quedista fica no ar? (b) A que altura começa a queda? 14. Uma bola de futebol é chutada do chão com uma velocidade inicial de 70, 2 km/h fazendo um ângulo de 45, 0o para cima. Naquele instante, o goleiro a uma distância de 52, 8 m na direção do chute começa a correr para receber a bola e consegue chegar a tempo de agarrá-la no ar (sem saltar) a uma altura de 2, 45 m simplesmente erguendo os braços. (b) Entre os instantes t = 0 e t = 3 s, esboce o gráfico da posição da partı́cula em função do tempo. (c) Para o mesmo intervalo do item anterior, determine a distância percorrida e o deslocamento. 9. Defina, sem utilizar fórmulas, as grandezas fı́sicas aceleração média e aceleração instantânea, enfatizando as diferenças entre elas. (a) Qual foi o tempo de vôo da bola? (b) Qual foi a velocidade escalar média desenvolvida pelo goleiro? Resolução 10. A posição de uma partı́cula que se move em linha reta é dada em função do tempo pela fórmula x(t) = α2 t + β t2 , na qual o tempo é dado em segundos e a posição em metros. α e β são constantes. (a) Considerando que, no momento do chute, a bola esteja na origem do eixo de coordenadas, a expressão geral 5 (c) Desenhe, na trajetória esboçada, o vetor velocidade para t = 0 s e t = 1/4 s. para o movimento do projétil é dada por: ~r(t) = (v0x t)ı̂ + (v0y t − 12 gt2 )̂, ~v (t) = v0x ı̂ + (v0y − gt)̂, ~a(t) = −ĝ, (d) Determine o vetor aceleração em função do tempo. Qual é a sua direção? Resolução sendo v0x |~v0 | cos 45◦ = (70, 2 km/h) cos 45◦ √ 2 ≈ (13, 8 m/s), (19, 5 m/s) 2 ◦ |~v0 | sin 45 ≈ (13, 8 m/s). = = v0y (a) Usando ~r(t) = 2 sen(2πt) ı̂ + 2 cos(2πt) ̂, podemos substituir alguns valores de t para ter uma idéia do que seria o movimento (em unidades SI): = ~r(t = 0) = 0 ı̂ + 2 ̂, √ √ ~r(t = 3/8) = 2 ı̂ − 2 ̂, ~r(t = 3/4) = −2 ı̂ + 0 ̂, Supondo que a bola atingiu a altura yG = 2, 45 m no instante τ , podemos escrever ~r(t = 1/4) = 2 ı̂ + 0 ̂, √ √ ~r(t = 5/8) = − 2 ı̂ − 2 ̂, ~r(t = 1) = 0 ı̂ + 2 ̂. ~r(τ ) = L ı̂ + yG ̂, Este cálculo sugere que a trajetória é circular de raio 2 m, com a partı́cula se movimentando no sentido horário – incluindo o esboço da trajetória). Porém, podemos confirmar a expectativa de que a trajetória é circular calculando |~r(t)|: p |~r(t)| = [2 sen(2πt)]2 + [2 cos(2πt)]2 p = 4[sen2 (2πt) + cos2 (2πt)] = 2. sendo L a coordenada x da bola neste instante τ . Por outro lado, da equação de movimento, 1 ~r(τ ) = (v0x τ )ı̂ + (v0y τ − gτ 2 )̂ = Rı̂ + yG ̂. 2 Igualando as componentes y: 1 2v0y 2yG v0y τ − gτ 2 = yG =⇒ τ 2 − τ+ =0 2 g g s 2 4v0y v0y 8yG =⇒ τ = ± − . 2 g g g Através desta expressão mostramos que, para qualquer instante de tempo t, a distância da partı́cula à origem é sempre 2 m, e, portanto, a trajetória é circular. (b) Obtemos o vetor velocidade através da operação: Substituindo os valores: s 2 4v0y v0y 8yG τ = ± − 2 g g g i h p ≈ 1, 38 ± 4(1, 38)2 − 8(0, 245) s ~v (t) = ~v (1/4) = 4π cos(2π × 1/4) ı̂ − 4π sen(2π × 1/4) ̂ = −4π ̂. O restante dos pontos será atribuı́do ao desenho do vetor velocidade na trajetória. (b) Do enunciado, podemos dizer que a posição inicial do (G) goleiro é xi = 52, 8 m. Quando ele agarrou a bola, sua (G) coordenada x era xf = L, sendo que R é dado por (d) Obtemos o vetor aceleração através da operação: ~a(t) v0x τ = L =⇒ L = (13, 8 m/s) × (2, 57 s) = 35, 5 m. = (G) − xi τ −0 = d d ~v (t) = [4π cos(2πt) ı̂ − 4π sen(2πt) ̂] dt dt = −8π 2 sen(2πt) ı̂ − 8π 2 cos(2πt) ̂. = O vetor aceleração está sempre “apontando” para o centro da trajetória. Existe uma maneira de provar isso, mostrando que |~a(t) · ~r(t)| = |~r(t)||~a(t)|. Portanto, como a distância percorrida pelo goleiro é igual ao seu deslocamento (G) d [2 sen(2πt) ı̂ + 2 cos(2πt) ̂] dt = 4π cos(2πt) ı̂ − 4π sen(2πt) ̂. = ~v (0) = 4π cos(2π × 0) ı̂ − 4π sen(2π × 0) ̂ = 4π ı̂, O valor menor de τ refere-se ao instante em que a bola passou pela posição yG , subindo. Procuramos o instante em que a bola está em yG , só que descendo: τ = 2, 57 s. xf d ~r(t) dt (c) Usando o cálculo anterior: = 1, 38 ± 1, 19. s(G) m √ √ ~r(t = 1/8) = 2 ı̂ + 2 ̂, ~r(t = 1/2) = 0 ı̂ − 2 ̂, √ √ ~r(t = 7/8) = − 2 ı̂ + 2 ̂, . 17, 3 m = 6, 73 m/s. 2, 57 s 16. Uma bola é lançada no plano inclinado da figura abaixo, tocando o solo 1, 5 s após deixá-lo. (a) Qual é a velocidade vetorial da bola ao deixar o plano? 15. A posição de uma partı́cula em função do tempo é dada por: r(t) = 2 sen(2πt) i + 2 cos(2πt) j, sendo que r é dado em metros e t em segundos. (b) Qual é a altura máxima atingida pela bola, medida em relação à base do plano? (a) Qual é a trajetória da partı́cula? Esboce-a no plano (x, y). (c) Qual é o ponto em que a bola toca o solo? (b) Determine o vetor velocidade em função do tempo. (d) Qual é a velocidade vetorial neste ponto? 6 (e) Nesta situação, a única alteração seria que v0x = (22/3 m/s) + (5 m/s) = 37/3 m/s. Logo, no item (c), R = v0x τ = (37/3 m/s) × (1, 5 s) = 18, 5 m. 17. Dois segundos após ter sido arremessado do nı́vel do chão, um projétil se deslocou L = 40 m na horizontal e h = 53 m na vertical. (a) Escreva, num sistema de coordenadas conveniente, as expressões para ~r(t), ~v (t) e ~a(t) para esse problema. (b) Quais são as componentes vertical e horizontal da velocidade inicial do projétil? (c) No instante em que o projétil alcança a sua altura máxima acima do nı́vel do solo, qual é a distância percorrida na horizontal a partir do ponto de lançamento? Resolução (e) Se o plano inclinado estivesse se movendo com velocidade v = 5 m/s na direção do eixo x, qual seria a resposta do item (c)? Resolução (a) Considerando que o canhão se encontra na origem do sistema de coordenadas, (a) Podemos descrever o movimento do projétil através das equações: 1 ~r(t) = (v0x t)ı̂ + ho + v0y t − gt2 ̂, 2 ~v (t) = (v0x )ı̂ + (v0y − gt) ̂, ~r(t) = (v0x t)ı̂ + (v0y t − 12 gt2 )̂, ~v (t) = v0x ı̂ + (v0y − gt)̂, ~a(t) = −ĝ. ~a(t) = (−g) ̂. (b) Segundo o enunciado, 2 g ~r(2) = (2v0x )ı̂ + 2v0y − 22 ̂ = Lı̂ + ĥ. 2 v0x = L/2 = 20 m/s =⇒ . v0y = (h + 2g)/2 = 36, 5 m/s Sabemos, nesta expressão, que h0 = 3 m e g = 10 m/s . Do enunciado, sabemos que, no instante t = τ = 1, 5 s (chamando o alcance de R), 1 2 ~r(τ ) = R ı̂ + 0 ̂ = (v0x τ )ı̂ + ho + v0y τ − gτ ̂ 2 v0x τ = R =⇒ . ho + v0y τ − 12 gτ 2 = 0 (c) No instante tM em que atinge a altura máxima, sabemos que vy (tM ) = v0y − gtM = 0. Logo, tM = v0y /g = 3, 6 s. Para saber o deslocamento horizontal, basta fazer x(tM ) = v0x tM = 72 m. Resolvendo a segunda equação, v0y = 1 h0 1 3m gτ − = (10 m/s2 ) × (1, 5 s) − = 5, 5 m/s.18. Uma bola é atirada do chão no ar. Em uma altura h = 2 τ 2 1, 5 m/s 9, 1 m, num instante τ , observa-se que sua velocidade é v 0y = 34 . Portanto, Da figura do enunciado sabemos que v0x 4 v0x = 3 v0y = 22/3 m/s e ~v (0) = (22/3) ı̂ + 5, 5 ̂ (em m/s). de ~v (τ ) = vx (τ ) ı̂ + vy (τ ) ̂ = 7, 6 ı̂ + 6, 1 ̂, em metros por segundo (ı̂ horizontal, ̂ para cima). (a) Escreva, num sistema de coordenadas conveniente, as expressões para ~r(t), ~v (t) e ~a(t) para esse problema. (b) A bola atingirá sua altura máxima hm no instante de tempo tm tal que a componente y de sua velocidade seja nula, vy (tm ) = v0y − gtm = 0. Resolvendo esta equação, tm = v0y /g = 0, 55 s. A altura máxima hm será a coordenada y da bola neste instante de tempo, hm = = = (b) Até que altura máxima a bola sobe? (c) Qual a distância horizontal total que a bola percorre até voltar ao chão? (d) Qual é a velocidade (vetor) da bola imediatamente antes dela bater no chão? Resolução 1 h0 + v0y tm − gt2m 2 2 2 v0y 1 v0y h0 + − g 2 g 2 1 v0y 1 (5, 5 m/s)2 h0 + = 3 m+ ≈ 4, 51 m. 2 g 2 (10 m/s2 ) (a) Considerando que a bola se encontra na origem do sistema de coordenadas no instante inicial, ~r(t) = (v0x t)ı̂ + (v0y t − 12 gt2 )̂, ~v (t) = v0x ı̂ + (v0y − gt)̂, ~a(t) = −ĝ. (c) O ponto em que a bola toca o solo (alcance R) é a sua coordenada x no instante t = τ = 1, 5 s: v0x τ = R =⇒ R = (22/3 m/s) × (1, 5 s) = 11 m. Segundo o enunciado, sabemos os valores ~v (τ ) = vx (τ ) ı̂+ vy (τ ) ̂ e y(τ ) = h. Por outro lado, das equações anteriores, (d) A velocidade neste instante vale ~v (τ ) = (v0x ) ı̂ + (v0y − gτ ) ̂ = (22/3 m/s) ı̂ + (5, 5 m/s) − (10 m/s2 ) × (1, 5 s) ̂ = (22/3 m/s) ı̂ + (−9, 5 m/s) ̂. 7 ~v (τ ) = (v0x )ı̂ + (v0y − gτ ) ̂, 1 ~r(τ ) = (v0x τ )ı̂ + (v0y τ − gτ 2 )̂. 2 (b) Segundo o enunciado |~v0 | = 82 m/s. Para que a bala atinja o navio, deve existir um instante de tc tal que g ~r(tc ) = (v0x × tc )ı̂ + v0y × tc − × t2c ̂ = Lı̂ + 0̂. 2 v0x tc = tc |~v0 | cos θ0 = L =⇒ . c c tc v0y − g×t = tc |v0 | sin θ0 − g×t =0 2 2 Juntando as duas informações: v0x = vx (τ ) = 7, 6 m/s e: v0y − gτ = vy (τ ) v0y τ − gτ 2 = τ vy (τ ) =⇒ . 1 2 v0y τ − 12 gτ 2 = h v0y τ − 2 gτ = h Subtraindo uma equação da outra, achamos o valor de τ , # " s vy (τ ) 2hg τ =− 1∓ 1+ 2 . g vy (τ ) Isolando tc na primeira equação e substituindo na segunda, gL 2|v0 | sin θ0 = |~v0 | cos θ0 gL =⇒ 2 sin θ0 cos θ0 = sin(2θ0 ) = |~v0 |2 10 m/s2 × 560 m = 0, 83 =⇒ sin(2θ0 ) = (82 m/s)2 =⇒ 2θ0 = 56◦ ou 2θ0 = 124◦ . Como vy (τ ) = 6, 1 m/s é positiva, devemos escolher o sinal negativo na equação anterior. Assim: " # s vy (τ ) 2hg τ = − 1− 1+ 2 g vy (τ ) r 6, 1 2 × 9, 1 × 10 = − 1− 1+ ≈ 0, 87 s. 10 6, 12 Obtemos, portanto: v0y = vy (τ ) + gτ = [6, 1 + 10 × 0, 87] m/s ≈ 15 m/s. Logo, o canhão poderia disparar com uma inclinação θ0 de 28◦ ou 62◦ . Assim as equações para o movimento do projétil ficam completamente determinadas. (c) Podemos inverter umas das fórmulas escritas anteriormente e escrever a distância L em função de θ0 , (b) No instante tM em que atinge a altura máxima, sabemos que vy (tM ) = v0y − gtM = 0. Logo, tM = v0y /g = 1, 5 s. Para saber o deslocamento vertical, que é, neste caso, equivalente à altura máxima atingida, basta calcular L= O lado direito desta expressão vale, no máximo, |~v0 |2 /g = 672 m. Logo, se L for maior que esta distância, torna-se impossı́vel resolver esta equação (não existiria o instante tc que resolveria o problema proposto). 1 y(tM ) = v0y tM − gt2M = 11 m. 2 (c) No instante tf em que a bola volta ao chão, sabemos que y(tf ) = v0y tf − 12 gt2f = 0. Logo, tf = 2v0y /g ≈ 3 s. Para saber o deslocamento horizontal nesta situação, basta calcular 20. Um avião, que mergulha fazendo um ângulo de 53, 0◦ com a vertical, solta um projétil de uma altitude de 730 m. O projétil bate no chão 5, 00 s após ser solto. (a) Qual é a velocidade da aeronave? x(tf ) = v0x tf ≈ (7, 6 × 3) ≈ 22 m. (b) Que distância o projétil percorreu na horizontal durante o seu vôo? A velocidade, neste instante tf , vale (em m/s): ~v (tf ) = ≈ |~v0 |2 sin(2θ0 ) . g 21. Dois prédios paralelos estão separados por uma avenida, de modo que a distância entre suas paredes é de 15,0 m. Uma criança atira uma bola de tênis pela janela de seu apartamento. A bola sai horizontalmente pela janela a uma altura de 78,4 m (em relação à avenida) com velocidade de módulo 5,00 m/s. Despreze a resistência do ar. v0x ı̂ + (v0y − gtf )̂ 7, 6ı̂ + (15 − 10 × 3)̂ = 7, 6ı̂ − 15̂. 19. Um navio pirata está a uma distância L = 560 m de um forte que protege a entrada do porto de uma ilha. Um canhão de defesa, situado ao nı́vel do mar, dispara balas com uma velocidade inicial igual a |~v0 | = 82 m/s. (a) Escreva, num sistema de coordenadas conveniente, as expressões para ~r(t), ~v (t) e ~a(t) para esse problema. (a) Sabendo que a bola colide com o prédio da frente antes de cair na avenida, calcule a altura em que ocorre a colisão? (b) Com que ângulo θ0 , medido a partir da horizontal, deve-se disparar uma bala pra que ela alcance o navio? (b) A que distância do prédio com o qual colidiu, a bola cai na avenida? (c) A que distância o navio pirata deveria estar do canhão para que esteja fora do alcance de suas balas? Resolução (c) Se a bola saı́sse do prédio fazendo um ângulo de 45,0◦ para cima da horizontal, que valor mı́nimo para o módulo da velocidade inicial da bola garantiria pelo menos uma colisão com o prédio da frente antes da queda da bola na avenida? (a) Considerando que o canhão se encontra na origem do sistema de coordenadas, ~r(t) = (v0x t)ı̂ + (v0y t − 12 gt2 )̂, ~v (t) = v0x ı̂ + (v0y − gt)̂, ~a(t) = −ĝ. 22. Uma carabina é apontada na horizontal para um alvo distante 30 m. A bala acerta o alvo 1, 9 cm abaixo do ponto visado. 8 (a) Qual é o tempo de vôo da bala? parada, a pessoa sobre em ∆t1 = 90 s: (b) Qual é o módulo da sua velocidade ao sair da carabina? vP E = 23. Um projétil é lançado com velocidade escalar inicial v0 numa direção que forma um ângulo θ0 com a horizontal. Mostre que a altura máxima que o prójetil alcança é ymax = (v0 senθ0 )2 /2g. Portanto, calculamos vP O : vP O = vP E + vEO = D D + . ∆t1 ∆t2 Logo, o intervalo de tempo foi de: 24. Um barco está viajando rio acima a vBA = 14 km/h em relação à água deste rio. A água está escoando a vAM = 9 km/h em relação às margens. ∆t = = (a) Qual é a velocidade do barco em relação às margens? Explique cuidadosamente. D ∆t1 ∆t2 = vP O ∆t1 + ∆t2 5400 s = 36 s. 150 (b) Da última expressão, construı́da literalmente, sem substituir valores, verificamos que o tempo gasto para subir a escada só depende explicitamente de ∆t1 e ∆t2 . Portanto, a resposta não depende explicitamente de D, o tamanho da escada. (b) Uma criança no barco caminha da frente para a parte de trás a 6 km/h em relação ao barco. Qual é a velocidade desta criança em relação às margens? Explique cuidadosamente. Resolução 26. Uma pessoa parada observa um trem viajando a uma velocidade |~vT P | = 30 m/s para a direita. Ao mesmo tempo, cai uma chuva. Devido ao vento, esta pessoa observa as gotas da chuva cairem com uma velocidade constante e inclinação θ = 60◦ em relação à vertical, também para a direita. (a) Para um observador situado nas margens, supomos que o barco viaja no sentido positivo de x. A água, portanto, corre no sentido negativo. Logo, em unidades do SI, ~vBA = 14ı̂ e ~vAM = −9ı̂. Sabemos que a velocidade ~vBM do barco em relação às margens se relaciona com ~vAM e ~vBA da seguinte maneira ~vBM = ~vBA + ~vAM . Logo, ~vBM = 14ı̂ − 9ı̂ = 5ı̂ (em km/h). (a) Adote um sistema de coordenadas conveniente e, usando versores, escreva a velocidade ~vT P do trem em relação à pessoa e a velocidade ~vGP das gotas também em relação à pessoa. (b) A velocidade ~vCB = −(6 km/h)ı̂ da criança em relação ao barco se relaciona com ~vBM = (5 km/h)ı̂ (velocidade do barco em relação às margens) e ~vCM (velocidade da criança em relação às margens) da seguinte maneira ~vCM = ~vCB +~vBM . Logo, ~vCM = −(6 km/h)ı̂+ (5 km/h)ı̂ = −(1 km/h)ı̂. (b) Uma outra pessoa dentro do trem, no mesmo instante, vê as gotas caı́rem com velocidade ~vGT exatamente na direção vertical. Determine o módulo da velocidade ~vGP das gotas em relação ao observador de fora do trem. Resolução 25. Uma pessoa sobe caminhando em 90 s uma escada rolante enguiçada que possui 15 m de comprimento. Quando parada em relação à mesma escada rolante, agora em movimento, a pessoa é transportada para cima em 60 s. y 6 x (a) Para o observador parado, supomos um eixo de coordenadas conforme desenhado acima, e imediatamente escrevemos (a) Quanto tempo essa pessoa levaria para subir caminhando na escada rolante em movimento? (b) A resposta depende do comprimento da escadarolante? Resolução ~vT P = |~vT P |ı̂ = 30ı (em m/s), ~vGP = |~vGP | sin 60◦ ı̂ − |~vGP | cos 60◦ ̂. (a) Para saber este intervalo de tempo, precisamos calcular a velocidade vP O da pessoa P , na situação em que a escada também se move, para um referencial O fixo ao solo. (b) Para um passageiro dentro do trem, ~vGT = −|~vGT |̂. A velocidade ~vGP das gotas em relação ao observador de fora do trem se relaciona com ~vT P e ~vGT da seguinte maneira: Pelo enunciado, podemos calcular a velocidade vEO da escada E em relação a O, já que a pessoa, parada em relação à escada, sobe em ∆t2 = 60 s: vEO = D . ∆t1 ~vGP = ~vGT + ~vT P . Logo, D , ∆t2 |~vGP | sin 60◦ ı̂ − |~vGP | cos 60◦ ̂ = −|~vGT |̂ + |~vT P |ı̂ =⇒ |~vGP | sin 60◦ = |~vT P | e sendo D = 15 m o tamanho da escada. Portanto, da √ primeira |~vT P |/ sin 60◦ = 20 3 m/s. Por outro lado podemos calcular a velocidade vP E da pessoa P com relação a escada, já que, se a escada fica 9 |~vGP | cos 60◦ = |~vGT |. igualdade, |~vGP | = 27. Um avião se move para o leste enquanto o piloto aproa o avião um pouco para o sul a partir do leste, contra um vento regular que sopra pra nordeste. O avião possui velocidade ~vAV em relação ao vento de 215 km/h, na direção sudeste fazendo um ângulo θ com o leste. O vento possui velocidade ~vV C em relação ao chão, de módulo 65 km/h, na direção nordeste fazendo um ângulo de 30◦ com o norte. (a)Qual é o módulo da velocidade ~vAC do avião em relação ao chão? (b) Qual é o valor de θ? Resolução Em primeiro lugar, vamos assumir que o eixo x aponta de oeste para leste, e o eixo y de sul para norte. Com relação ao chão, a velocidade do avião pode ser escrita como ~vAC = |~vAC | ı̂. Com relação à velocidade do avião com relação ao vento, podemos afirmar que: ~vAV = |~vAV | cos θı̂ − |~vAV | sin θ̂, com |~vAV | = 215 km/h. E a velocidade do vento com relação ao chão vale: ~vV C = |~vV C | sin 30◦ ı̂ + |~vV C | cos 30◦ ̂, com |~vAV | = 215 km/h. Estas três velocidades se relacionam da seguinte maneira: ~vAC = ~vAV + ~vV C = + (|~vAV | cos θ + |~vV C | sin 30◦ ) ı̂ (−|~vAV | sin θ + |~vV C | cos 30◦ ) ̂. Comparando a última equação com a primeira, notamos que a coordenada y da última deve se anular: −|~vAV | sin θ + |~vV C | cos 30◦ = 0 |~vV C | cos 30◦ ≈ 0, 26 =⇒ θ ≈ 15◦ . =⇒ sin θ = |~vAV | Usando este valor na componente x, ~vAC ≈ (|~vAV | cos 15◦ + |~vV C | sin 30◦ ) ı̂ ≈ (241 km/h) ı̂. 10