Resolução do 1o Teste de Biofísica 11 de Novembro de 2008 Ano lectivo: 2008/2009, semestre ímpar Docente: Prof. Alfred Stadler Duração: 2 horas 1. (a) x(t) = −4t + 2t2 , onde x é em metros e t em segundos. x HmL 6 4 2 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5 3.0 t HsL -2 Figura 1: Gráco da função x(t). (b) e (c) O deslocamento é ∆x = x(t2 ) − x(t1 ), a velocidade média é v̄ = t1 (s) 0. 0. 1. 0. t2 (s) 1. 2. 3. 3. x(t1 ) (m) 0. 0. -2. 0. x(t2 ) (m) -2. 0. 6. 6. ∆x (m) 2. 0. 8. 6. x(t2 )−x(t1 ) . t2 −t1 v̄ (m/s) 2. 0. 4. 2. dx(t) dt = −4 + 4t. v(2.5) = 6 m/s. 2 2 instantânea a(t) = dv(t) dt = 4 m/s . a(2.5) = 4 m/s . 1) média ā = v(t2t2)−v(t . v(0) = −4 m/s, v(3) = 8 m/s, −t1 (d) Velocidade instantânea v(t) = (e) Aceleração (f) Aceleração ā = v(3)−v(0) = 4 m/s2 . 3−0 (Nota: a aceleração instantânea é constante, por isso a aceleração média deve ser igual à aceleração instantânea para todos os intervalos de tempo.) 2. As coordenadas do projéctil e os componentes da velocidade em função do tempo são x(t) = v0x t , 1 y(t) = y0 + v0y t − gt2 , 2 vx (t) = v0x , vy (t) = v0y − gt , onde v0x = v0 cos θ e v0y = v0 sin θ. Os valores numéricos são g = 9.8 m/s2 , v0 =80 m/s, θ = 45◦ e y0 = 150 m. Com isso, v0x = (80 m/s) cos 45◦ = 56.57 m/s, e v0y = (80 m/s) sin 45◦ = 56.57 m/s. (a) A altura máxima é atingida em t1 , quando vy (t1 ) = 0: v0y − gt1 = 0 → t1 = v0y /g , 1 y(t1 ) = y0 + v0y t1 − gt21 = 313.3 m . 2 (b) O projéctil atinge o vale em t2 : y(t2 ) = 0 , 1 y0 + v0y t2 − gt22 = 0 , 2 t22 − 2v0y 2y0 t2 − =0 g g Esta equação tem as soluções t2 = 1q 2 v0y ± v0y + 2gy0 . g g Apenas a solução com o sinal + é relevante, porque a outra corresponde a t2 < 0. Portanto, v0y 1q 2 t2 = + v0y + 2gy0 , → x(t2 ) = v0x t2 = 778.8 m . g g 3. (a) A força gravítica sobre o bloco pode ser decomposta em componentes paralelas e perpendiculares ao plano inclinado: F~G = F~k + F~⊥ , com os módulos Fk = FG sin θ, ~ = −F~⊥ . F⊥ = FG cos θ, e FG = mg . A força normal ao plano é N ~ N F~c F~⊥ θ θ F~G F~k Fk = mg sin θ = ma ⇒ a = g sin θ . O tempo para deslizar a distância d =2 m é d= 1 2 1 at = g sin θt2 2 2 1 ⇒ t= p 2d/g sin θ e a velocidade após o tempo t é v = at = g sin θ p 2d/g sin θ = p 2dg sin θ . Substituindo θ = 15◦ , d=2 m, g = 9.8 m/s2 , obtem-se v=3.19 m/s . (b) O módulo da força do atrito cinético é Fc = µc N = µc mg cos θ. A força total paralela ao plano (sentido positivo para baixo) é Ftotal = Fk − Fc = mg sin θ − µc mg cos θ = mg(sin θ − µc cos θ) = ma. Após divisão por m obtem-se a aceleração para baixo, a = g(sin θ − µc cos θ). Substituir os valores numéricos θ = 15◦ , µc = 0.6 e g = 9.8 m/s2 , resulta em a = −3.14 m/s2 . O resultado negativo signica que a força de atrito é mais forte do que a componente da força gravítica paralela ao plano. Aqui podia-se cair na armadilha de pensar que o bloco acelera para cima, mas esta conclusão estaria errada. A interpretação correcta é que devido ao atrito o bloco ca imobilizado, e a sua aceleração é a = 0. 4. (a) O momento duma força é ~τ = ~r × F~ . Para as três forças indicadas no gráco, F~ e ~r são perpendiculares, e o módulo do momento de força é simplesmente τ = rF . Assim obtem-se τ1 = (0.25 m)(10 N) = 2.5 Nm, τ2 = (0.25 m)(9 N) = 2.25 Nm, e τ3 = −(0.1 m)(12 N) = −1.2 Nm, onde um sinal positivo indica que o sentido do momento é dirigido para dentro do plano das roldanas, e um sinal negativo o sentido para fora. (b) O módulo do momento total é τ = τ1 + τ2 + τ3 = +3.55 Nm. 2 (c) A aceleração angular é α = τ /I = (3.55 Nm)/(1.5 kg m2 ) = 2.37 rad/s . (d) O ângulo de rotação das roldanas obtem-se de θ = 21 αt2 = 4.733 rad = 271.2◦ .