OCT1210_REDVET Art tipo REVISION Fisiologia da Rebrota das Gramineas Forrageiras Tropicais Considerações, Fatores e Reflexos (Physiology Regrowth of Tropical Forage Grasses – Considerations, Factors and Consequences) Palavras chave adicionais: produção, pastagens e fotossíntese. key words: production, pastures and photosynthesis Resumo A rebrota é uma das principais características das plantas forrageiras e está correlacionada diretamente com a produção e oferta da forragem, bem como com a qualidade da forragem produzida. O manejo de pastagens a introdução de novas cultivares de gramíneas , têm sido alvos prioritários da experimentação com plantas forrageiras tropicais no Brasil. Todavia as pesquisas não foram amplas o suficiente para englobar a gama de espécies forrageiras tropicais existentes. O entendimento e a compreensão das diversas interações e respostas de plantas e animais em pastagem se faziam insuficientes, questões estas que são a base (ou o pilar) para a elaboração e planejamento de práticas de manejo, tendo em vista a sustentabilidade do sistema. O objetivo desta revisão é ressaltar a importância da fisiologia da rebrota de plantas forrageiras e suas implicações no contexto da produção animal a pasto, bem como a importância dos fatores climáticos neste processo. Summary The regrowth is one of the principal characteristics of the forage plants and correlated directly with the production of the forage, as well as with the quality of the produced forage. The handling of pastures and introduction and evaluation of new grasses cultivate, they have been white priority of the experimentation with tropical forage plants in Brazil. The researches were not enough wide to include the range of species of existent tropical forages. The understanding of the several interactions and answers of plants and encourage in pasture they were done insufficient, subjects these that are the base or the pillar for the elaboration and planning of handling practices, tends in view the sustainability of the system. The objective of this revision is to point out the importance of the regrowth physiology of forage plants and your implications in the context of the animal production on pastures, as well as the importance of the climatic factors in this process. INTRODUÇÃO As pastagens totalizam aproximadamente 25% da superfície terrestre, sendo que o Brasil possui mais de 200 milhões de hectares cultivados em pastagem. A maioria das áreas de pastagens do território nacional está degradada ou em processo de degradação, isto representa uma infinita perda financeira, uma vez que o sistema de produção de bovinos é predominantemente a pasto. Entender o comportamento das plantas forrageiras, em especial a rebrota, seria uma eficiente ferramenta para que este contexto atual possa sofrer mudanças positivas. A rebrota é uma das principais características das plantas forrageiras, estando diretamente ligada com a produção e oferta da forragem, assim como a qualidade da forragem produzida, reestruturando a planta após a desfolha pelos animais ou pelas máquinas colhedoras. Este processo que é caracterizado pela emissão de folhas e perfilhos, sendo importante para a renovação da planta mantendo assim uma parte aérea jovem, com boa capacidade fotossintética e eficiente na conversão de energia luminosa em energia química. De certo modo, a planta não é a única responsável pela produção biomassa, pois ocorrem interações planta-solo-clima-animal, que devem consideradas. Estas interações atuam modificando e/ou interferindo processo fisiológico da planta, tendo como resultado final o aumento diminuição da oferta de forragem para os animais. de ser no ou Com essa revisão, objetivou-se abordar os fatores que interferem na produção e composição bromatológica das plantas forrageiras, apresentando resultados recentes de forma integrada às técnicas correntes de manejo, alertando para a real potencialidade e a necessidade de informação acerca da fisiologia da rebrota de plantas forrageiras como forma de permitir que “ajustes finos” possam ser realizados no manejo das pastagens. Revisão de Literatura Influência do Genotipo na Rebrota Quanto ao mecanismo de redução do CO2, as plantas podem ser classificadas em três grupos: plantas C3, plantas C4 e plantas CAM. O manejo de plantas forrageiras é amplo, pois existem representantes dos três grupos fisiológicos. No grupo de espécies C3, estão incluídas as leguminosas forrageiras, em C4, as gramíneas forrageiras tropicais, principais fontes de alimentos para ruminantes, e em CAM, as cactáceas, utilizadas como forragem em regiões semi-áridas. Os diferentes genótipos apresentam tipos de crescimento morfogenéticos variados Pedreira et al. (2001). Morfogênese foi conceituada como os eventos sucessivos da origem e desenvolvimento dos órgãos da planta no espaço (GOMIDE et al., 1997). Considerando-se o crescimento acrópeto da gramínea forrageira, GOMIDE (1999) comentou sobre a possibilidade do uso do filocrono (tempo de aparecimento de duas folhas sucessivas) para a definição do intervalo de pastejo, sendo que essa observação deve ser realizada com base nos perfilhos primários, devido a sua participação na produção de forragem. Geneticamente a planta possui uma quantidade de folhas verdes por perfilho e, a partir daí, para cada folha que se expande, uma senesce. Assim, o número de folhas verdes estabiliza, enquanto a quantidade de colmos e material morto aumentam. Os perfilhos de gramíneas forrageiras na fase inicial de crescimento apresentam três tipos de folhas: as folhas adultas, totalmente expandidas, cujas lígulas estão expostas; as folhas emergentes, cujo ápice encontra-se acima da última folha completamente expandida; e as folhas em expansão, que estão envolvidas pelas bainhas imbricadas das folhas mais velhas (GOMIDE et al., 1983). Em um perfilho mais desenvolvido, pode-se adicionar mais dois tipos de folhas: as que estão em senescência e as senescidas. GOMIDE et al. (1997), estudando a morfogênese em cultivares de Panicum maximum, verificou nos cultivares Vencedor, Tanzânia e Mombaça um número médio de folhas verdes de seis, quatro e quatro, respectivamente. A taxa de aparecimento de folhas nos cvs. Centenário, Vencedor, Tanzânia e Mombaça não diferiu, sendo em média 0,171 folha/dia. Nesse experimento, a maior taxa de alongamento foliar foi verificada no cv. Centenário (90,1 mm/dia/perfilho). GERDES et al. (2000) realizando um estudo com o objetivo de comparar, no capim-marandu (Brachiaria brizantha Stapf. cv. Marandu), no capim-setária (Setaria sphacelata (Schum.) Moss var. sericea (Stapf.) cv. Kazungula) e no capim-tanzânia (Panicum maximum Jacq. cv. Tanzânia-1), a produção de matéria seca, os teores de matéria seca, a altura do relvado, a porcentagem de lâminas foliares e a altura do meristema apical, em cortes aos 35 dias de crescimento, nas estações de primavera, verão, outono e inverno, verificaram que o Tanzânia apresenta elevada porcentagem de lâminas foliares e baixo crescimento do meristema apical mostrando maiores produções no outono e, na primavera e no inverno, produções não diferentes das outras gramíneas, que também não diferiram entre si nas quatro estações. O capim-setária apresenta os menores teores de matéria seca, independentemente das estações do ano, e a menor porcentagem de folhas, na primavera e no verão, o que pode limitar o seu consumo pelos animais. Em estudo das características morfofisiológicas do cv. Tobiatã, pastejado a cada 33 dias e recebendo 430 kg de N e K2O/ha, Teixeira (1998) encontrou uma taxa média de aparecimento de folhas de 0,1 folha/dia, ou seja, 10 dias para o aparecimento de uma folha. A taxa de alongamento foliar obtida por esse autor foi de 40,3 mm/dia/perfilho e 3,7 folhas vivas totalmente expandidas/perfilho. A taxa média de alongamento do perfilho foi de 6,87 cm/dia. A taxa de alongamento foliar, média anual, do cv. Tanzânia, sob pastejo rotacionado, recebendo 320 kg de N/ha.ano, determinada por Martha Júnior et al. (2004) foi de 30,5 mm/dia/perfilho. Nesse experimento as hastes alongaram 5,3 mm/dia/perfilho. A taxa de aparecimento de folhas foi influenciada pela época do ano. Enquanto que nos meses compreendidos de novembro a abril decorreram 12,25 dias, em média, para o aparecimento de uma folha, nos meses de maio a setembro a média foi de uma folha a cada 34,98 dias. Características Morfogenéticas e Fatores Ambientais É íntima a relação entre os fatores ambientais e a ocorrência e distribuição das plantas forrageiras, mostrando a necessidade de se conhecer a disponibilidade desses fatores e as características ecológicas e fenológicas das plantas a serem cultivadas (SILVA, 1995). As características morfogenéticas de uma gramínea durante seu crescimento vegetativo é caracterizada por três fatores: a taxa de aparecimento, a taxa de alongamento e a longevidade das folhas. A taxa de aparecimento de folhas, a taxa de alongamento de folhas e o tempo de vida da folha são influenciadas pelos fatores ambientais, como: temperatura, água e adubação nitrogenada. Por sua vez, essas características modificam a estrutura da pastagem (o tamanho de folha, o número de folhas por perfilho e a população de perfilhos) ( Figura 1) (CHAPMAN e LEMAIRE, 1993). Figura 1. Diagrama da relação entre as principais características morfogênicas da forrageiras e os componentes estruturais do pasto, na fase vegetativa (SBRISSIA e DA SILVA, 2001). Segundo Gomide e Gomide. (2000), a taxa de aparecimento de folhas tem destaque por influenciar diretamente as três características estruturais da pastagem. Apesar da dificuldade de se isolarem os efeitos de uma variável meteorológica sobre a produção de cultura, os fatores climáticos são os mais importantes na escolha de plantas forrageiras para uma determinada região (ALCÂNTARA e BUFARAH, 1988). Luminosidade O ambiente de luz em que a planta cresce é de fundamental importância, pois adaptação das plantas ao ambiente depende do ajuste do seu aparelho fotossintético, de modo que a luminosidade ambiental seja utilizada da maneira mais eficiente possível; as respostas dessas adaptações serão refletidas no crescimento global da planta (ENGEL e POGGIANI, 1991). A fonte primária de energia da biosfera no nosso planeta é a luz, que é convertida em energia química via fotossíntese, sendo a radiação solar determinante ao crescimento das plantas através dos seus efeitos sobre a fotossíntese, do perfilhamento e de outros processos fisiológicos, como a transpiração e a absorção de nutrientes. É, portanto, surpreendente que a luz possa ser também prejudicial para a fotossíntese (ARAÚJO e DEMINICIS, 2009). A radiação solar interfere no crescimento ainda pela variação estacional que ocorre durante o ano. Entre os fatores abióticos que limitam a produtividade das plantas, destacam-se os altos níveis de radiação solar incidente. O aumento excessivo da luz acima da capacidade de utilização pela fotossíntese pode resultar em uma condição de estresse conhecida como fotoinibição. A quantidade de energia radiante que atinge o complexo coletor de luz dos fotossistemas pode conduzir a um ganho ou perda na eficiência das reações fotoquímicas dos centros de reação (LEMOS FILHO 2000). A interceptação luminosa é uma função da quantidade de folhas existentes na pastagem, sendo que a estrutura e a morfologia desse dossel têm efeito sobre a atividade fotossintética, modificando sua eficiência e, conseqüentemente, mudando a produção (HODGSON, 1990). Fotoperíodos longos geralmente resultam em alta qualidade da forragem devido a maior atividade fotossintética, a qual aumenta os açúcares solúveis que diluem o teor de parede celular. A relação parte aérea/raiz aumenta e a relação folha/haste diminui com o aumento no comprimento do dia (BUXTON e FALES, 1994). Entretanto o interesse pelo estabelecimento de forrageiras em condições de sombreamento tem crescido nos últimos anos, em virtude, principalmente, do desejo de se associarem pastagens com árvores, em sistemas silvipastoris (CASTRO et al.,1999). Castro et al. (1999) avaliando a influência de três níveis de sombreamento artificial (30 e 60%) sobre a produção de matéria seca, a concentração de nitrogênio e as características morfológicas de seis espécies de gramíneas forrageiras tropicais (Andropogon gayanus, cv. Planaltina, Brachiaria brizantha, cv. Marandu, B. decumbens, Melinis minutiflora, Panicum maximum, cv. Vencedor, e Setaria anceps, cv. Kazungula), observaram que o sombreamento influencia na produção de matéria seca, na concentração de N e nas características morfológicas das espécies avaliadas e a produção forrageira é influenciada pelo sombreamento, sendo a maioria das espécies avaliadas apresentaram decréscimo da produção de matéria seca com a redução da luminosidade. Em todas as espécies, houve aumento da concentração de N e redução do teor de matéria seca da forragem, que se tornou mais suculenta à sombra. Paciullo et al. (2008) avaliando características morfogênicas e estruturais e a produção de matéria seca de Brachiaria decumbens em diferentes estações do ano, cultivada em três níveis de sombreamento, observou que a redução de luminosidade incidente induziu à elevação das taxas de alongamento de folhas e colmos. A taxa de aparecimento de folhas e o número de folhas vivas por perfilho não foram influenciados pelos graus de sombreamento. A braquiária apresenta plasticidade fenotípica, em resposta às variações climáticas sazonais e aos níveis de sombreamento natural, o que confere a essa espécie elevado potencial para uso em sistemas silvipastoris. Soares et al. (2009) realizando um experimento com onze espécies forrageiras sob diferentes níveis de luminosidade produzidos por árvores de Pinus taeda, avaliando a produção de MS, a relação lâmina foliar:colmo (L:C), o nível de florescimento das plantas, os teores de PB e FDN , observou que a produção de MS foi afetada negativamente pelo sombreamento, por outro lado, o teor de PB não foi menor por conta do sombreamento em relação ao pleno sol, o teor de FDN não diferiu entre os níveis de luminosidade e a relação folha/colmo foi maior na condição de sombreamento em relação àquela a céu aberto. Ferreira et al. (2010), afirma que o sucesso dos sistemas silvipastoris, dentre outros fatores, depende da identificação de gramíneas tolerantes ao sombreamento, além do conhecimento sobre o manejo de pastejo. Entretanto, nestes sistemas as árvores, reduzem a luminosidade disponível para as plantas que crescem sob suas copas e têm influência sobre aspectos morfofisiológicos determinantes da produtividade da pastagem. Temperatura A temperatura é o maior fator determinante do crescimento da folha, influenciando a taxa de aparecimento e de alongamento das folhas (PARSONS e CHAPMAN, 2000), uma vez que as vias metabólicas são catalisadas por enzimas, que tem sua ação afetada pela temperatura. Desta forma, é fato reconhecido a resposta produtiva das plantas é altamente dependente da temperatura do ar para todas as gramíneas forrageiras. Por razões fisiológicas, sabe-se que, para cada espécie, existe uma temperatura abaixo da qual o crescimento é desprezível ou nulo, sendo esta denominada de temperatura base (Tb), que assume valores menores para gramíneas de clima temperado e maiores para as tropicais. Com isso taxas de crescimento e acúmulo de matéria seca, além de diversos outros processos irão variar com a variação da temperatura durante o dia. O conhecimento da temperatura abaixo da qual o crescimento das plantas cessa, a temperatura base (Tb), é de grande importância na avaliação do potencial produtivo de um recurso vegetal em uma determinada área e na correta inserção de uma cultura em um sistema de produção, em especial no caso de espécies forrageiras perenes (VILLA NOVA et al., 2007). Apesar do conceito de Tb ser amplamente aceito com valores já determinados para diversas culturas, para as plantas forrageiras, marcadamente para as gramíneas tropicais, os valores exatos da Tb são controversos. Autores como Villa Nova et al (2007) citam que, para gramíneas, em função da interação existente entre genótipo e ambiente (clima) da região da qual ela se origina, cada espécie ou cultivar dentro de espécie apresentaria um diferente valor de Tb. Os dados existentes são em sua maioria citações “generalistas”, que indicam faixas de temperatura (10 a 17°C) ou valores pontuais para todas as espécies, assumindo que a resposta fisiológica seria semelhante a todas elas. Em temperaturas como 10°C e 13°C para capim-elefante (Pennisetum purpureum Schum.) e para Panicum virgatum (L.), e para plantas do gênero Cynodon, são raros na literatura e, mesmo assim, não consideram as diferenças existentes entre cultivares (VILLA NOVA et al., 2007). Para avaliar o efeito do fotoperíodo sobre a produção (acúmulo de fitomassa seca), Villa Nova et al. (1983) propuseram a unidade fototérmica (UF), utilizando-a com sucesso para modelar o crescimento estacional de cana-deaçúcar (Saccharum officinarum L.). Villa Nova et al. (1999) verificaram que a variação estacional de produtividade (kg ha-1) de capim-elefante cv. “Napier” é altamente relacionada com a unidade fototérmica (UF). Mais recentemente Villa Nova et al. (2007) avaliaram um novo método para a determinação da temperatura base, usando não apenas a temperatura média do ar, mas também o fotoperíodo na forma de uma variável climática denominada de unidade fototérmica (UF) como variável preditora da Tb. Utilizaram dois ciclos de rebrotação e as suas respectivas quantidades de forragem acumulada, para calcular o valor da Tb. Para tal, utilizaram capim-elefante (Pennisetum purpureum Schum. cv. Napier) e grama-estrela (Cynodon nlemfuensis Vanderyst var nlemfuensis cv. Florico) provenientes de dois diferentes experimentos, e obtiveram valores de Tb de 15 e 12°C para as duas espécies, respectivamente, chegando a conclusão de que a unidade fototérmica, por ser uma variável climática que combina a ação da temperatura e do fotoperíodo sobre o desempenho produtivo das culturas,o que confere ao método um caráter racional e que permite estimar com boa aproximação o valor da temperatura base. Água A irregularidade do regime pluvial é fator de restrição ao desenvolvimento agrícola, pois, mesmo dentro de estações chuvosas, ocorrem períodos de déficit hídrico. A evapo-transpiração, na pastagem, geralmente, excede a precipitação pluvial, sendo assim, a distribuição de água em pastagens, por meio de irrigação, é a garantia para se produzir como planejado, sem que a falta de chuvas altere os índices de produtividade e de rentabilidade previamente estabelecidos (CUNHA et al., 2008). Este mesmo autor afirma ainda que os benefícios da irrigação são intensificados apenas quando associados à adubação. Ribeiro et al. (2004) verificando a influência da irrigação sobre as disponibilidades de matéria seca total, matéria verde seca e matéria seca residual, a altura do dossel, a densidade volumétrica da forragem e a composição química da lâmina foliar dos capins napier e mombaça sob lotação intermitente, observou que tanto o capim-mombaça quanto o capim-napier apresentam maior quantidade de matéria seca total quando submetidos à irrigação nas duas épocas (seca e águas). Os aumentos da matéria seca total decorrentes da irrigação para capim-napier situaram-se abaixo do aumento médio de 26% (GHELFI FILHO, 1972) para as duas épocas do ano. Mistura et al. (2006) avaliando a quantidade e a qualidade da matéria seca do capim-elefante sob pastejo, com e sem irrigação, associado a diferentes doses de adubação nitrogenada e potássica no período seco do ano, observou que as quantidades de matéria seca total (DMST) e lâmina foliar (DMSLF) apresentaram valores proporcionais às doses de nitrogênio e potássio. A irrigação teve efeito significativo sobre a DMSLF. No entanto, os teores de FDN e FDA, ao longo do período seco, na área não-irrigada foram menores que na área irrigada. As concentrações de PB e dos macrominerais (P, K, Ca e Mg) não foram influenciadas pelas doses de N e K e pela irrigação, tanto na área irrigada como na não-irrigada. Contudo, Mistura et al (2006) observaram redução de 72% na absorção de fósforo em quatro cultivares de braquiária submetidos ao estresse hídrico. Ribeiro et al. (2008) avaliando a influencia da irrigação na taxa de lotação (TL), no ganho de peso (GPV), no consumo de nutrientes e na digestibilidade in vivo em pastagens rotacionadas de capim-elefante e capim-mombaça em duas épocas (chuvosa e seca), observou que a irrigação afeta a digestibilidade de matéria seca (reduz na chuvosa e aumenta na seca). Na época das águas, a menor digestibilidade da MS nos tratamentos com irrigação confirma resultados descritos por Ribeiro et al (2008). Este mesmo autor confirmou em seu experimento que a irrigação aumenta a digestibilidade de MS, FDN e MO na época seca. Segundo Wilson (1982), o estresse hídrico prolongado, mais comum na época seca, pode paralisar o crescimento vegetal e aumentar a proporção de tecidos estruturais e a espessura das paredes celulares, elevando o teor de FDN e reduzindo a digestibilidade da planta. De uma maneira geral, a irrigação apresenta benefícios que podem maximizar a produtividade, mesmo que esta tecnologia apresente de uma maneira geral um custo extra, justamente porque a irrigação durante o período seco influencia positivamente a produção de matéria seca, porém não altera a estacionalidade de produção (VITOR et al., 2009). Este custo deve ser avaliado com critério, assim como a tomada de decisão deve avaliar todas as variáveis para que o investimento não possa ser transformado em prejuízo, uma vez que, o estresse hídrico não é o único fator determinante que acomete a sazonalidade das forrageiras tropicais. A temperatura exerce influência direta no metabolismo vegetal. Esta afirmação foi observada por Lopes et al. (2005), que não verificou efeito da irrigação, em capim-elefante no período em que a temperatura mínima media situou-se em torno de 12ºC. Levando em consideração este resultado, para utilização da irrigação, necessariamente devemos ter parâmetros de temperaturas mínimas medias adequadas, não menos que 15 °C, temperatura esta que paralisa o crescimento e desenvolvimento da maioria das forrageiras (ALENCAR et al, 2010). Resposta a Fertilização O nitrogênio é o principal nutriente limitante para a produção de matéria seca das gramíneas forrageiras (SILVA et al., 2010). O nitrogênio é um dos nutrientes mais importantes no estabelecimento da população de perfilhos, podendo assim, proporcionar elevados índices de área foliar e alta relação F/C, pois atua em diversos processos metabólicos e é necessário para a síntese da clorofila. Como está envolvido na fotossíntese, a deficiência de nitrogênio faz com que a planta não utilize a luz do sol como fonte de energia para realização de funções essenciais, como a absorção de nutrientes e a produção de carboidratos para o seu desenvolvimento (LEAL et al., 2007). O potássio é o segundo elemento mais absorvido pelas plantas e as quantidades mobilizadas depende do potencial de acumulo de massa (VILELA et al., 2004), além de ser um elemento de alto custo de importação, sofre grande lixiviação nos solos altamente intemperizados e profundos, entretanto, os teores de potássio nas pastagens são superiores às demais culturas, justamente porque nas pastagens há presença de cobertura vegetal de forma intermitente, assim, as respostas das pastagens à adubação potássica são raras porque a maioria dos solos possui níveis de médio a suficiente desse nutriente ((RHEINHEIMER & ANGHINONI., 2001). O fósforo é um dos elementos que o solo armazena temporariamente e transforma, por isso talvez seja o elemento que mais frequentemente limita a produção vegetal. Todavia, o potássio é, depois do nitrogênio, o elemento mais exigido pela maioria das plantas cultivadas. Respostas das pastagens naturais à adubação fosfatada tem mostrado que o fósforo limita mais a produção que a acidez do solo, como observado por Gatiboni et al. (2003). Na verdade, o nitrogênio, o potássio e o fósforo são nutrientes indispensáveis ao bom desenvolvimento das plantas e a longevidade das folhas pode ser bastante modificada tanto pela falta desses (WERNER, 1997). Morfogênese de Gramíneas Forrageiras A morfogênese definida como a dinâmica de geração e expansão da forma da planta no espaço (CHAPMAN e LEMAIRE, 1993) é normalmente avaliada em unidades de crescimento específicas como os perfilhos no caso das gramíneas, sendo necessário considerar que as plantas não crescem como indivíduos isolados nas pastagens, mas compõem uma comunidade em que se estabelece um mecanismo de competição pelos fatores de crescimento (GOMIDE et al., 2006). A cada folha nova que surge no sistema temos uma gema lateral potencialmente capaz de gerar um novo perfilho, assim os fitômeros se encontram em estádios de desenvolvimento diferentes, sendo o anterior menos desenvolvido do que o perfilho referência (MATTHEW et al.,1999). Os fitômeros apresentam uma constituição diferenciada, sendo dividida em quatro segmentos constituídos respectivamente por lâmina e bainha foliares, entre-nó, nó e gema, sendo as folhas distinguidas em folhas completamente expandidas, folhas emergentes e folhas em expansão (GOMIDE e GOMIDE, 2000). Para a manutenção e emissão constante de folhas, a planta direciona grande parte das suas reservas energéticas ou os assimilados produzidos para síntese de tecidos foliares. Esta conversão ocorre nas regiões de diferenciação da folha e nas zonas de crescimento, estando o tecido denominado de tecido heterotrófico completamente protegido no interior das folhas mais velhas, formando assim uma espécie de cartucho (SCHNYDER et al., 2000). Carvalho et al. (2005) avaliando os efeitos de duas alturas de resíduo (50 e 100 cm) pós-pastejo e das classes de perfilhos (basais e aéreos) sobre a morfogênese e o acúmulo de massa seca de forragem do capim-elefante (Pennisetum purpureum Schum cv. Napier) em pastagens manejadas sob lotação rotacionada, com intervalo de desfolha de 30 dias, onde analisaram o intervalo de aparecimento de folhas (filocrono), número de folhas por perfilho, comprimento de folhas, alongamento de folhas e colmos, taxa de crescimento, senescência e acúmulo líquido de massa seca de folhas e de colmos. Este autor observou que as alturas de resíduo não influenciaram as variáveis estudadas, porem durante a primavera, os perfilhos basais apresentaram menores filocronos e taxas de senescência, maior número de folhas por perfilho, maior potencial de perfilhamento e maiores taxas de crescimento e acúmulo líquido de massa seca de folhas e colmos. Outro resultado observado foi a contribuição dos perfilhos aéreos na produção total de matéria seca da forragem das pastagens a partir do inicio do verão. Paciullo et al. (2005) avaliando o efeito das estações do ano sobre as variáveis morfogênicas e estruturais do pasto, bem como sobre a taxa de acúmulo de biomassa foliar em pastagem de capim coast-cross, sob pastejo rotativo, observou que a taxa de aparecimento de folhas variou com a estação do ano, sendo encontrado maiores valores correspondente ao crescimento na primavera, intermediários durante as estações de verão e outono e menor, no inverno. Este mesmo autor afirma que em conseqüência desse comportamento, foram observados intervalos para aparecimento de folhas de 3,1; 3,7; 4,1 e 4,5 dias/folha, respectivamente para as estações da primavera, verão, outono e inverno, sendo estes valores de filocrono próximos daqueles verificados por Carnevalli & Silva (1999) e Pinto et al. (2001) para Coast-cross e Tifton 85 (3,0 a 5,0 dias/folha), durante as estações da primavera, verão e outono. Entretanto, valores médios de filocrono maiores (7,5 a 9,3 dias/folha) que os do presente estudo foram constatados pelos mesmos autores, durante o inverno. Segundo Morales et al. (1997), a diminuição da disponibilidade de água no solo reduz a emissão de folhas novas. A ausência da irrigação nos estudos de Carnevalli & Silva (1999) e Pinto et al. (2001) pode explicar os maiores valores observados durante o inverno. Maiores valores para taxa de alongamento foliar foram encontrados por Paciullo et al. (2005) na estação de verão,em geral, a taxa de alongamento de folhas aumenta com a luminosidade (PARSONS e CHAPMAN, 2000), a temperatura (GASTAL et al., 1992) e com a disponibilidade hídrica (ANDRADE, 2001), explicando assim os maiores valores encontrados durante o verão, quando, principalmente, as temperaturas são mais altas do que nas demais estações, deste modo,a taxa de alongamento de folhas foi a característica morfogênica mais fortemente influenciada pela estação do ano (PACIULLO et al., 2005). Segundo Gomide et al. (2006) o aprofundamento dos conhecimentos morfofisiológicos das gramíneas forrageiras tropicais é de extrema importância na orientação do manejo estratégico destas espécies, sendo o estudo da morfogênese uma ferramenta importante para a compreensão do fluxo de biomassa no dossel forrageiro em resposta ao manejo adotado. Este autor afirma ainda que além das três características morfogênicas propostas para gramíneas temperadas, a taxa de alongamento do colmo, alta para a maioria das gramíneas tropicais, tem grande importância tanto para o acúmulo de biomassa quanto pelo seu efeito sobre a estrutura do dossel, podendo ainda, a estratégia de manejo varia em função da espécie em questão. O entendimento da morfogênese é primordial para o incremento da matéria natural da pastagem, ocorrendo o aumento de biomassa em função do aparecimento de novos perfilhos. Produção de Biomassa O acumulo de biomassa, segundo Davies. (1993), é o resultado liquido do crescimento da planta devido ao desenvolvimento das células vegetais, subtraído as perdas por senescência e/ou decomposição das partes mais velhas, sendo o resultado da interação do desenvolvimento de todos os perfilhos existentes no sistema. O aumento da produção de matéria seca está diretamente ligado ao surgimento de perfilhos, assim como o desenvolvimento dos mesmos. A estrutura do dossel presente refere-se às características morfogênicas da planta. Marcelino et al. (2004) trabalhando com capim-marandu obteve resultados que comprovam que o alongamento foliar é aumentado a medida que se aumenta a altura do dossel, assim , em pastos manejado com menores altura temos uma menor alongamento das folhas. Uma maior freqüência de pastejo altera a estrutura do dossel, aumentando assim a relação folha/caule, ou seja, maiores intervalos de pastejo implica em maior alongamento de caule. Estes resultados foram observados por Peternelli. (2003), quando realizou um trabalho com capim-marandu. Maiores acúmulos de caule na estrutura da planta forrageira implicam em maior acumulo de biomassa, porém afeta diretamente a qualidade dessa matéria seca produzida (SANTOS, 2002). O crescimento das folhas é completamente encoberto pelas folhas mais velhas localizadas na região basal da planta (KEMP, 1980). Este crescimento primeiramente é determinado pelo material genético da planta, sendo influenciado pelo meio e os fatores que nele interagem, podendo estes ser naturais ou não. O crescimento das folhas é uma premissa básica da produção a pasto, uma vez que a retirada das folhas ocorre constantemente no ato do pastejo. A emissão de novas folhas é fundamental tanto para manter a sobrevivência da planta no sistema quanto para manter uma forrageira com qualidade que assegure uma boa conversão de forragem em carne ou leite. Qualidade da Biomassa A qualidade da forragem pode ser estimada de várias maneiras, onde podemos considerar os teores de proteína, fibra em detergente neutro (FDN) e fibra em detergente ácido (FDA), digestibilidade ou ainda correlacionar-mos todas estas informações com o desempenho animal quando o mesmo tem acesso a forragem (PENATI et al., 1999). Se considerar-mos o desempenho animal como meio de avaliação da qualidade da forragem, temos que traçar uma correlação entre os nutrientes ingeridos e metabolizados pelo animal, caracterizado por Mertens. (1994). Santos et al. (2010) realizou dois experimento para avaliar o valor nutritivo de perfilhos e componentes morfológicos em pastos de Brachiaria decumbens diferidos e adubados com nitrogênio, e verificou que a adubação nitrogenada aumenta o percentual de fibra em detergente neutro (FDN) nos colmos verdes e o teor de proteína bruta (PB) nas folhas verdes e mortas e no colmo verde. Os percentuais de PB nos perfilhos vegetativos e reprodutivos também foram aumentados, assim como o teor de FDN do perfilhos vegetativos. Desta maneira o autor verificou que a dose de nitrogênio e o período de diferimento alteram o valor nutritivo dos componentes morfológicos e dos perfilhos dos pastos de B. decumbens, afirmando ainda que no diferimento da pastagem, ações de manejo que resultem em maiores percentuais de lâmina foliar verde e perfilho vegetativo no pasto contribuem para melhorar o valor nutritivo da forragem diferida. Rêgo et al. (2001) avaliando o efeito de diferentes alturas (24; 26; 43; 45; 52; 62; 73 e 78 cm) do pasto sobre a qualidade de forragem e estrutura do perfil do capim- Tanzânia, (Panicum maximum Jacq. cv. Tanzânia), observaram que o aumento na altura do pasto, em geral, proporcionou redução no teor de PB e da digestibilidade e aumento nos teores de FDA e FDN. Os tratamentos de maior altura apresentavam maior porção de colmo em relação à folha, resultando em maior porção de parede celular. Resultados semelhantes foram encontrados para Almeida et al (2000) trabalhando com capim-elefante anão, onde foram observados redução nos teores de PB e acréscimos nos valores de FDA e FDN, com o aumento da oferta de forragem. A análise conjunta dos dados permite ordenar os componentes morfológicos do pasto diferido de capim braquiária, na seqüência de melhor para pior valor nutritivo, da seguinte forma: folha verde, folha morta, colmo verde e colmo morto. Esses resultados eram esperados e também foram descritos em trabalhos realizados com outras gramíneas tropicais e em situações de manejo distintas (DIFANTE et al., 2009; SANTOS et al 2010). Segundo Gontijo Neto et al. (2006) , a altura do dossel forrageiro é um parâmetro prático para orientar o manejo da desfolhação, além de afetar o comportamento ingestivo do animal, correlaciona-se positivamente com a ingestão de forragem . Segundo Alencar et al. (2010) o emprego da altura das plantas, bem como métodos de estimativas visuais, podem também permitir melhor avaliação da produção de forragem nas pastagens, reduzindo custos, tempo gasto e trabalho para avaliação dessas áreas. As relações lâmina foliar:colmo e lâmina foliar:material morto dos pastos das cultivares Marandu, Piatã e Xaraés são mais importantes do que o valor nutritivo das forragens, no controle do ganho de peso dos animais (EUCLIDES et al., 2009). Deste modo, podemos fazer uma correlação da qualidade com a % de folhas presentes no relvado. Martuscello et al. (2005) afirma que plantas colhidas com maior número de folhas expandidas puderam armazenar mais reservas antes do corte, permitindo rebrota mais vigorosa, desta forma, é mais interessante optar-mos por manter as plantas a uma altura que possibilite uma melhor relação folha/colmo e uma elevada % de folhas. Efeitos da Desfolha Os efeitos da desfolha podem variar de acordo com a frequência, intensidade e época do pastejo ou corte. Segundo Rodrigues e Rodrigues. (1987), desfolhas frequentes e intensas de plantas forrageiras resultam em redução progressiva na produtividade da pastagem e determina, em curto prazo, a degradação irreversível das mesmas. Segundo Garcez Neto et al. (2002) a produção de novos perfilhos é um processo contínuo, que pode ser acelerado pela desfolhação da planta e conseqüente pela melhoria do ambiente luminoso na base do dossel. Esse processo pode ser explicado pelo fato dos perfilhos individuais terem duração de vida limitada e variável, em virtude de fatores bióticos e abióticos, de modo que sua população pode ser mantida por uma contínua reposição dos perfilhos mortos. Diferenças em resposta à desfolha ocorrem em função de diferenças na emoção de área fotossintética e meristema, regeneração de gemas, florescimento, produção de sementes, reservas de sementes, reservas de sementes no solo e regeneração de plântulas. Corsi et al. (2001) observou redução do crescimento do sistema radicular imediatamente após o pastejo, assim verificou que a maior intensidade de pastejo determina uma menor taxa de crescimento e um período mais longo para a retomada do crescimento do sistema radicular. Segundo Favoretto. (1993), as plantas forrageiras podem se adaptar as desfolhas mais severas devido a plasticidade, crescendo mais lateralmente, mantendo os pontos de crescimento fora do alcance do pastejo. Produção de Carne e Leite em Pasto Segundo Da Silva e Nascimento JR. (2007a) a produção animal em pastagens é o resultado da interação de uma série de processos inerentes à produção de forragem, consumo e conversão da forragem ingerida em produto animal, sendo processos bastante distintos e de objetivos muitas vezes antagônicos quando se leva em consideração o desempenho isolado de plantas e animais. As respostas de plantas e animais podem ser compreendidas e um ponto de equilíbrio ótimo entre ambos, desta forma as estratégias de manejo devem ser planejadas e idealizadas tomando por base as plantas e os animais (Da SILVA, 2004; Da SILVA e NASCIMENTO JR, 2006 e 2007a,b). O consumo de forragem de um animal em pastejo pode ser analisado de acordo com a taxa de ingestão e com o consumo diário, estando o consumo diário relacionado ao tempo de pastejo (Figura 3), que depende de uma série de fatores, entre eles, a taxa de passagem e a relação consumo/requerimento neste caso, com foco no processo de digestão da forragem (LACA e DEMMENT, 1992), e o estudo da taxa de ingestão, por sua vez, também conhecida como taxa de consumo instantâneo, se relaciona diretamente aos efeitos da estrutura do pasto, de modo que o foco passa a estar centrado no processo de ingestão da forragem (GONÇALVES et al., 2009). Figura 3. Modelo conceitual das relações planta-animal no ecossistema pastagem (Da SILVA e NASCIMENTO JR., 2006). Gonçalves et al. (2009) avaliando o efeito da estrutura de uma pastagem nativa, representada por diferentes alturas de manejo, observou correlação positiva entre a altura do pasto e a massa de forragem, e não encontrou alteração no número total de movimentos mandibulares. De acordo Hodgson. (1990), o balanço entre movimentos mandibulares depende da massa ingerida em cada bocado, uma vez que bocados maiores requerem maior processamento, enquanto o menor tempo de processamento de bocados menores permite maior taxa de bocados na apreensão. Uma correlação pode ser estabelecida entre a eficiência de retirada ou coleta da forragem pelo animal e a taxa de bocado. A teoria de que o animal aumenta a taxa de bocados na tentativa de compensar a diminuição na massa do bocado pode ser explicada por uma estratégia do animal de diminuir a taxa de mastigação mantendo a quantidade total de movimentos mandibulares (GONÇALVES et al., 2009). O consumo restrito de nutrientes é o principal fator que limita a produção animal, e só será controlado pelo valor nutritivo da forragem se a quantidade de forragem disponível não for limitante (EUCLIDES et al., 2009), uma vez que as características estruturais do relvado dependem não só da espécie botânica, mas também do manejo adotado, principalmente a pressão de pastejo (GOMIDE e GOMIDE, 2000). Entretanto os tempos de pastejo acima de 8 a 9 horas por dia podem ser indicativos de condições do relvado limitantes ao consumo de forragem (GONTIJO NETO et al., 2006). Em pastagens bem formadas e manejadas é possível obter produções diárias de 9 a 12 kg de leite/vaca/dia e ganhos de peso vivo de 700 a 900 g/dia para animais de corte, entretanto, deve-se utilizar animais de alto potencial produtivo (genética adequada), assim como manejo e adequação de áreas de produção, a exemplo do sombreamento disponível aos animais esteja sendo respeitados, ou ate mesmo a oferta de forragem adequada (EUCLIDES et al., 2009). Porto et al. (2009) avaliando a produção e composição do leite, o peso vivo, o escore corporal e o consumo de matéria seca de capim-tanzânia (Panicum maximum Jacq.), grama-estrela (Cynodon nlemfuensis Vanderyst) e capimmarandu (Brachiaria brizantha Staf), adubadas com nitrogênio (200 kg/ha.ano), K2O e P2O5 (50 kg/ha.ano) e manejadas em sistema de lotação intermitente com três dias de ocupação de piquete e dois intervalos de desfolha, verificaram que as produções de leite média observada para os capins tanzânia e marandu foi de 9,8 kg de leite/vaca.dia, sendo esta superior à produção de 8,4 kg de leite/vaca.dia para a grama-estrela. Voltolini et al. (2010) avaliando a produção de leite de vacas da raça Holandesa, suplementadas com 6,3 kg de MS/dia de concentrado, em pastagens de capim-elefante (Pennisetum purpureum Schum. cv. Cameroon) submetidas à duas frequências de pastejo verificaram que a produção de leite, corrigida para 3,5% de gordura, não foi influenciada pelas frequências de pastejo, encontrando valores médios de 16,26 kg/dia. Martinez (2004) e Voltolini et al. (2008), obtiveram produções de 17,9 a 20,0 kg/vaca.dia utilizando pastagens de capim-elefante em lotação rotativa e suplementação com 4,5 a 6,3 kg/vaca de MS de concentrado por dia. Se considerar-mos a potencialidade de produção de leite em pastagens tropicais com a capacidade de suporte ou o incremento tecnológico, pode-se atingir uma produção de 9 litros/vaca/ha de leite se a taxa de lotação for de uma unidade animal (UA) por hectare. Considerando uma taxa de lotação de 5 UA/ha, saímos de 9 litros/ha e a produção atinge 45 litros/ha. As gramíneas forrageiras tropicais apresentam características morfogênicas e estruturais que permitem atingir capacidade de suporte além de 5 UA/ha, desde que bem manejadas, deste modo, a potencialidade de maximização da produção é uma verdade. Canto et al. (2009) conduzindo o estudo com pastagens de capim-tanzânia sob lotação contínua fertilizadas com doses de nitrogênio, visando avaliar a resposta animal em tourinhos da raça Nelore e as relações entre características do pasto e o desempenho animal, verificaram que o ganho médio diário foi de 0,73 kg/animal.dia, e que a adubação nitrogenada aumentou de modo linear a produtividade (animal/ha), em media 700 kg de peso vivo/ha. Santos et al. (2009) avaliando o desempenho de bovinos de corte em pastagens diferidas de capim-braquiária (Brachiaria decumbens cv. Basilisk), relataram que o desempenho dos bovinos oscilou entre 0,89 e 0,2 kg/animal.dia, e que a produtividade média foi em torno de 790 kg de peso vivo/ha. Em síntese, podemos perceber que a produção em pastagens tropicais podese obter ganhos satisfatórios com o emprego de um bom manejo e/ou a utilização de tecnologia. Com relação ao ganho de peso, os valores são mais tímidos se comparado com os valores obtidos com animais confinados, porém, o resultado final que é a produção de uma carcaça bovina de qualidade, com a cobertura de gordura e volume de carne, pode ser atingido também neste sistema. Considerações Finais Tendo em vista as grades áreas de cultivo de pastagens no Brasil e o quanto destas áreas se encontra em algum estádio de degradação, entendemos a necessidade da busca no conhecimento da fisiologia da rebrota das plantas forrageiras tropicais, possibilitando assim um aumento da eficiência de utilização destas áreas. As pesquisas com pastagens tropicais são de natureza recente, e ainda sim, não suficientes para o domínio do conhecimento, principalmente da fisiologia de crescimento das plantas. Além disso, as pesquisas brasileiras tomaram como referência por muito tempo a escola americana, mais recentemente a pesquisa brasileira foi direcionada, por alguns centros de pesquisas no Brasil, na geração do conhecimento da morfologia e morfogênese de forrageiras tropicais. O progresso obtido nesta nova etapa das pesquisas é inquestionável, o que permitiu melhor controle e recomendações para o manejo das pastagens. Entretanto, a pesquisa sobre as respostas animais às práticas do desfolhamento é uma área que ainda precisa de novos estudos. Todas estas informações se analisadas dentro de um contexto, podem proporcionar um melhor ajuste do manejo a ser adotado, resultando assim em um melhor aproveitamento do dossel forrageiro e consequentemente em uma melhor resposta animal. Referências Bibliográficas 1. Alcântara, P. B.; Bufarah, G. Plantas forrageiras: gramíneas e leguminosas. 5. ed. São Paulo: Nobel, 162 p. 1988. 2. Alencar, C.A.B.; Cóser, A.C.; Martins, C.E. et al. 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