IMPORTÂNCIA DAS PLANTAS FORRAGEIRAS Profa. Dra. Rosilene Agra da Silva UATA/CCTA/UFCG – Campus de Pombal - PB • A estimativa do valor nutritivo das forrageiras é de grande importância prática, seja para permitir adequada suplementação de dietas à base de volumosos ou para fornecer subsídios para melhoramento qualitativo de forrageiras, por meio de seleção genética ou técnicas de manejo mais adequadas. • Entre os atributos da forragem determinantes do seu valor nutritivo se destacam a sua composição em termos de constituintes digestíveis ou fermentáveis e seu consumo pelos ruminantes. • Conhecer a organização estrutural, ou anatomia dos órgãos da planta, e seus tecidos constituintes: – Influencia o consumo pelo efeito que produzem sobre a facilidade de fragmentação das partículas da forrageira, a natureza das partículas produzidas e sua taxa de passagem pelo rúmen; – Influenciam também na digestibilidade da parede celular, proporcionando maior ou menor acessibilidade de seus polissacarídeos aos microorganismos do rúmen; – A proporção de tecidos tem sido indicativo do valor qualitativo entre forrageiras. – Estudos do arranjo dos tecidos nas diferentes frações da planta e dos componentes químicos e físicos da parede celular, podem auxiliar no entendimento dos efeitos da anatomia sobre o valor nutricional das forrageiras. • Do total do território brasileiro, 30% é ocupado pelo setor agropecuário. • As pastagens naturais ou cultivadas aparecem com excepcional destaque, ocupando cerca de 185 milhões de hectares, ou seja, 73 % da área destinada ao setor. • Essa fonte de alimentação adquire relevância ainda maior quando é levada em consideração sua competitividade econômica, comparada aos sistemas que adotam resíduos agro-industriais, cereais e silagens como base da alimentação. • Assim, para que seja possível explorar o potencial de produção e crescimento de um determinada espécie forrageira é necessário conhecer a estrutura básica da planta e a maneira segundo a qual seus órgãos funcionais e seu metabolismo são afetados pelos estresses comuns a um ambiente de pastagem. (HODGSON, 1990). • Características químicas da planta forrageira, como elevadas concentrações de lignina na parede celular, comprometem a digestibilidade da matéria seca e a alta concentração de parede celular limita o consumo pelos bovinos. • Apesar de representar a maior parte da matéria seca das forrageiras e constituir-se na maior fonte de energia para ruminantes sob regime de pastejo, freqüentemente menos de 50 % da parede é prontamente digestível e utilizada pelo animal. • Alguns autores têm analisado a hipótese das limitações físicas à digestão. • Neste caso, a anatomia da planta, especificamente o tipo de arranjo das células nos tecidos, a proporção de tecido e espessura da parede celular desempenham importante papel sobre a digestão de gramíneas forrageiras, tanto quanto, ou até mais que a composição da parede celular. • Devidamente manejadas e adubadas, as pastagens podem apresentar boa persistência e inclusive elevar o seu nível de produtividade, permanecendo sustentáveis por muitos anos. • As gramíneas forrageiras podem ajudar no processo de estabilização dos agregados do solo, além de conservar ou aumentar o teor de matéria orgânica do solo, fazendo uma adequada reciclagem dos recursos produtivos do ecossistema e reduzindo as suas perdas potenciais. • Em alguns anos após sua instalação, as pastagens sofrem um declínio em produtividade, consequentemente refletido na produção animal, seguido por uma invasão de plantas daninhas não palatáveis, surgimento de áreas descobertas e encrostamento do solo degradação das pastagens. • Estimativas indicam que 50 % dos pastos estabelecidos nas principais regiões pastoris do Brasil estão degradados ou em processo de degradação. • As principais causas de degradação: – Má formação da pastagem; – Altas taxas de lotação; – Tempo insuficiente para rebrota; – Deficiência natural de alguns nutrientes intensificada com manejo inadequado; – A não adoção de práticas de adubação de manutenção e conservação do solo; – Lançamento de novas forrageiras sem os devidos estudos de adaptação, manejo e práticas de adubação. • As plantas forrageiras são submetidas constantemente ao estresse da colheita, seja pelo pastejo ou pelo corte: – Há a necessidade de discutir sobre a habilidade dessas plantas para se recuperarem; – Levar em conta as características fisiológicas da planta e do ambiente ao qual está submetida; – O manejo possa ser eficiente e não prejudicial à produtividade da planta forrageira. • O manejo racional e efetivo de ecossistemas de pastagens torna-se uma conseqüência da manipulação das atividades fisiológicas dos componentes de cada espécie forrageira, bem como da otimização de seu desempenho ao longo das estações de crescimento reconhecer a planta forrageira como componente chave do sistema de produção. • Uma produção estável permite ao produtor conhecer o comportamento do seu sistema de criação, posicionando-se no mercado com maior precisão, e com tomadas de decisão coerentes com suas condições produtivas (melhores épocas de compra e venda de animais). • NE do Brasil a pecuária é praticada em geral de forma extensiva; » Há um manejo conjunto das diferentes espécies forrageiras; » Pastagens nativas têm capacidade de influenciada pela disponibilidade de água; suporte variável, • Os agrossistemas do semi-árido são também influenciados pela disponibilidade de nitrogênio; • No NE a capacidade de suporte vem sendo ultrapassada IBGE (2002) – 45 milhões e cabeças/ 92 milhões de há = 2,04 ha/animal; • Pastagens são o principal suporte forrageiro para o rebanho no semi-árido predominância pastagens nativas; • Pastagens cultivadas – Predominam as gramíneas africanas as + adaptadas ao estresse hídrico: buffel, urocloa, gramão e andropogon; – Brachiaria e canarana e capineiras de capim elefante; • Importância das pastagens: – Fração + econômica da alimentação dos herbívoros – consumo direto pelos animais; – Pastagens tropicais maior qnt. de energia luminosa, distribuição e fisiologia 2x mais produtivas que as pastagens de clima temperado; • Pastos bem formados, em solos férteis, fornecem proteína, energia, minerais e vitaminas em proporções adequadas à nutrição dos herbívoros; • Pastagens de boa qualidade são capazes de fornecer nutrientes para manutenção e produção de uma vaca de porte médio + de 10kg de leita/dia