A CONCEPÇÃO DE NATUREZA E SUA RELAÇÃO COM O DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL Mariana Borba de Oliveira [email protected] PPGG – UFPB Maria de Fátima Ferreira Rodrigues [email protected] PPGG-UFPB Resumo O presente artigo foi construído com os conhecimentos adquiridos na disciplina Apropriação da Terra e da Natureza no Campo Brasileiro1, ministrada ao nível de Mestrado junto ao Programa de Pós Graduação em Geografia da UFPB. As reflexões aqui reunidas dizem respeito de maneira geral às diferentes concepções de Natureza, e ao modo como elas influenciam o pensar e o agir do ser humano sobre o meio natural. Em particular, discorreremos a respeito de como estas diferentes relações entre o homem e a natureza determinam o tipo de desenvolvimento vivenciado pelo rural. Por fim, faremos referência à agroecologia como sendo um conhecimento que realmente propicia o desenvolvimento rural sustentável, por considerar as várias dimensões do mundo rural: ambiental, social, cultural, e econômica, sendo capaz portanto, de resgatar a relação entre o homem do campo e a natureza, que foi distanciada a partir da chegada do modo capitalista de produção na agricultura. Palavras-chave: Natureza – Desenvolvimento Rural Sustentável - Agroecologia. 1 Disciplina ministrada pela professora Drª Maria de Fátima Ferreira Rodrigues 1. Introdução Definir com precisão a concepção de Natureza nos parece algo difícil pelo fato deste conceito variar com os contextos históricos e com as diferentes culturas. O certo é que, a interpretação humana acerca da Natureza determina a relação existente entre Sociedade e Natureza, assim, ao nos aproximarmos de algumas interpretações, o conteúdo que as sustenta, e a influência das mesmas sobre a construção do conhecimento, “é possível inferir como as paisagens e os espaços são organizados, (re)estruturados, (re)interpretados e (re)construídos” (SPRINGER, 2010:159). Ao analisar a relação Homem e Natureza, podemos entender algumas questões relacionadas à problemática do desenvolvimento rural, especificamente a que diz respeito à associação do termo desenvolvimento rural como desenvolvimento agrícola. Baseado neste paradigma, atualmente os espaços rurais são reconhecidos principalmente pela sua função de produção intensiva, podendo os mesmos assumir a grosso modo, duas posições: ou são dominados pela dimensão econômica do desenvolvimento e se tornam áreas de produção modernas e altamente rentáveis; ou ficam à margem do “desenvolvimento”, sendo caracterizados por propriedades com pouca ou nenhuma competitividade no mercado agrícola. Podemos perceber neste contexto qual a função da Natureza, (representada aqui pelo rural), para o homem: uma Natureza capaz de atender aos interesses dos capitalistas agrícolas, sendo explorada e degradada ao máximo para que sejam intensificados os lucros oriundos da mesma, que por sua vez, são acumulados de forma desigual. Contudo, a partir da promoção de um desenvolvimento rural sustentável, podemos afirmar que as desigualdades e contradições no campo estão sendo amenizadas, através da valorização das outras inúmeras dimensões dos espaços rurais, entre elas a ambiental. Assim, as “novas” estratégias tendem a desenvolver os espaços rurais visando o seu território como um todo (seus aspectos econômicos, sociais, ambientais e culturais), e valorizando a multifuncionalidade dos mesmos. Por fim, verificaremos que a agroecologia está no centro desta nova concepção de desenvolvimento, sendo vista atualmente como uma proposta viável de valorização do rural. 2. Algumas considerações sobre a Natureza e o Desenvolvimento Rural De acordo com Springer (2010) e Thomas (1996) as mudanças na relação entre Homem e Natureza aconteceram como resultado das próprias transformações sociais, podendo serem interpretadas a partir dos alicerces culturais e econômicos de cada sociedade. Para que possamos fazer a ponte entre sociedade x natureza e o desenvolvimento rural, se faz necessário tecer algumas considerações acerca da concepção de natureza; relatar alguns dos dilemas desta relação ao longo dos séculos; e resgatar algumas filosofias de desenvolvimento. Springer (2010) define quatro modos de conceber a Natureza a partir de diferentes contextos históricos, levando em consideração para isso, variáveis filosóficas e científicas. São eles: a Phisis da Grécia antiga; a Natureza divinizada; a Natureza mecânica e racional; e as novas teorias. O primeiro conceito de natureza é o das culturas arcaicas, com destaque para a sociedade grega. Neste período, o Homem e a Natureza eram partes que se completavam e davam forma ao todo, considerado a Phisis, tendo a mitologia grande participação na noção de Natureza. Assim, a Phisis era compreendida como um princípio único que originava e interligava as partes, significando a “gênesis, origem e substrato de todas as coisas” (SPRINGER, 2010:162). No período Medieval esta ligação se rompe, exactamente a partir da substituição do pensamento greco-romano pelos ensinamentos bíblicos. A autora destaca a contribuição de Santo Agostinho (354 – 430) e de Tomás de Aquino (1225 – 1274) para que acontecesse a divinização da Natureza. Assim, “para Santo Agostinho a Natureza se constituía em obra divina, separada do mundo dos homens. Ela pertenceria a um segundo plano, superior àquele onde viviam os homens” (SPRINGER, 2010:162). Contudo, a transição da Idade Média para os tempos modernos originou uma verdadeira mudança na concepção de mundo, influenciando diretamente a relação entre Homem e Natureza. A ciência moderna e o modo de produção capitalista foram decisivos para formular uma nova concepção de Natureza, sendo esta ciência pensada para atender os interesses do capitalismo que se consolidava. A concepção de Natureza neste período era objetiva e racional, “mecanizada a Natureza torna-se uma simples possibilidade de exploração técnica, concepção explorada ao máximo pela indústria nascente” (LENOBLE apud SPRINGER, 2010: 164). Em função das notórias contradições do capitalismo, surge o período das novas teorias que é compreendido do final do século XIX até os dias atuais, e é representado por um outro rompimento com a concepção de mundo vigente. Após a Teoria da Relatividade e da Teoria Quântica, ambas de Albert Einstein (1879 – 1955), o universo é percebido através de suas interligações, e não apenas como um conjunto de objetos. Surge a percepção do indeterminismo, da desordem, e da incerteza. Surge a percepção de um universo finito e dependente dos recursos naturais. Neste período podemos destacar o pensamento taoísta que “entende o universo como uma teia dinâmica de eventos interrelacionados, cuja nenhuma das propriedades de qualquer parte desta teia é fundamental: todas decorrem das propriedades das outras partes. Nesta visão a estrutura da teia é determinada pela inter-relação entre as propriedades das partes” (SPRINGER, 2010: 165). O centro desta filosofia não seria o domínio sobre o mundo, mas a ideia de compaixão universal, representando uma nova aliança com a Natureza. Um outro referencial que podemos utilizar para ilustrar com fidelidade as diversas relações entre sociedade e natureza é obra de Keith Thomas intitulada “O Homem e o Mundo Natural”, onde o autor relata a atitude do homem com os animais e as plantas no recorte temporal de 1500 a 1800. A interpretação do autor a respeito da relação homem e natureza está relacionada à sobrevivência e reprodução das sociedades, e as questões sócio-econômicas e culturais de determinada época. Na investigação do autor, fica claro que no período citado já era predominante a visão antropocêntrica de mundo, visto que, o mundo e a natureza são tidos como obra divina criada para a felicidade plena dos homens, e que os animais e as plantas deveriam servir as vontades humanas. Contudo já existiam protestos contra as formas particulares de crueldade animal e a partir de 1780 tratados edificantes de proibições de práticas cruéis. As ferramentas de protestos eram livros, poesias e artigos, e assim se deu o início do que chamaram de “elevação do padrão moral”. Vale salientar que a legislação acompanhou e legitimou a percepção social para com a Natureza, que ora era de domínio do homem para com a natureza, e ora era de enaltecimento da mesma. Assim, é de extrema importância analisar a relação Homem e Natureza a partir do seu contexto histórico, e estas referências nos dá a possibilidade de relacionar as contradições contemporâneas com a realidade de séculos atrás, e concluir que mesmo que algumas práticas cruéis tenham sido extintas, a subordinação da natureza ainda é uma realidade. É importante destacar também que, mesmo que o mundo esteja a passar por um período de valorização da natureza, onde se constrói filosofias de equilíbrio, ainda são imperantes as concepções que possuem um olhar de poder sobre a Natureza. No que diz respeito ao desenvolvimento rural, a elevada importância dada à função agrícola do rural, sobretudo após a Revolução Verde2, influenciou diretamente o tipo de territorialização existente nestes espaços, que valoriza a produção e despreza as dimensões social e ambiental, favorecendo a utilização do termo desenvolvimento rural como sinônimo do desenvolvimento agrícola. De acordo com Brose (2001:13) o meio rural apresenta uma composição diversificada, da qual a agricultura é apenas um dos elementos constituintes. O mesmo é composto, “por fatores sociais (educação, religião, lazer, etc.), fatores econômicos (fontes de renda não – agrícola como o turismo, comércio, manufacturas, etc.), fatores políticos e outros sectores diversificados”. Ainda de acordo com o autor, foi em função desta visão agronômica – que ao longo dos últimos cinquenta anos dominou a forma como o setor público e a iniciativa privada perceberam o meio rural, que se restringiu o termo rural ao agrícola. Neste contexto podemos diferenciar com a ajuda de Covas (2006:2), o desenvolvimento rural do desenvolvimento agrícola: O desenvolvimento agrícola faz-se com “agri-cultura”, isto é, os produtos vendem o território que utilizam mas não se preocupam tanto com a reprodução do “recurso e do contexto” que consomem; é essencialmente, um acto comercial, que origina, quase sempre, várias externalidades negativas; O desenvolvimento rural faz-se com “agro-cultura”, isto é, os produtos vendem o recurso e os territórios, tanto quanto os territórios comunicam por via dos seus produtos e recursos; todos se reproduzem, afinal, no acto de venda mas, para além de ser um acto comercial é, também, um acto cultural, cujo fundamento radica nos princípios da agricultura multifuncional e na produção 2 Consistiu em mudanças nas práticas produtivas com o intuito de aumentar a produtividade através da implantação de máquinas, defensivos e fertilizantes químicos e sementes preparadas à produção. de externalidades positiva, isto é, na “produção de bens contextuais favoráveis. Neste processo de reconstruções teóricas, a fim de minimizar as grandes contradições propiciadas pelo paradigma dominante, surgem as “novas” estratégias de Desenvolvimento Rural (mesmo que em ritmo bem menos acelerado que as que movem o paradigma do crescimento econômico). Enfatizamos a Agroecologia como alternativa de promoção do desenvolvimento rural sustentável, pelo fato da mesma respeitar o ser humano e o meio, bem como por reconhecer as outras dimensões do rural, sendo possível inclusive articulá-la com outras atividades. É importante lembrar que a agroecologia não é um conhecimento inovador criado a partir das crises ambientais e sociais do planeta, podemos defini-lo como um resgate de práticas tradicionais de cultivo, aliadas à tecnologias de manejos sustentáveis e aportes filosóficos de desenvolvimento sustentável e economia solidária. Assim, podemos citar como um dos pioneiros nas práticas sustentáveis na agricultura, Manuel de Arruda Câmara (1766 – 1811), botânico brasileiro, possuidor do cargo de naturalista viajante pela coroa portuguesa, responsável pelo levantamento de dados de recursos naturais no Brasil, sobretudo para favorecer o comércio de plantas e madeiras. Contudo, Arruda Câmara, no contexto do século XVIII enunciou denúncias sobre os danos causados pelo Homem sobre a natureza, mesmo que esta atitude fosse contrária ao cargo exercido por ele. Na prática, suas pesquisas agrícolas já estudavam o valor nutricional das plantas, e os defensivos orgânicos, conduzindo vários experimentos, entre eles com adubos orgânicos em plantas e sementes, registrando em alguns casos seu sucesso (MELLO, 1982; PRESTES, 2000). 3. Por que a agroecologia é uma proposta viável para o desenvolvimento rural?! A agroecologia é um sistema de produção que respeita a biodiversidade e a natureza, utilizando-a como parte integrante da sua tecnologia de manejo sustentável. Atribui ao equilíbrio ecológico do agroecossistema a resposta para a minimização dos problemas relacionados à produção, pois quanto mais seus componentes naturais (solo, água, plantas e animais) estiverem em harmonia e equilibrados, maior será a capacidade dos mesmos suportarem perturbações e mais produtivos se tornarão (ALTIERI, 2004). Em paralelo com a questão ambiental, a filosofia da agroecologia se preocupa com a qualidade de vida e com a sustentabilidade daqueles que trabalham no campo. “O objetivo maior da agricultura sustentável – que sustenta o enfoque agroecológico – é a manutenção da produtividade agrícola com o mínimo possível de impactos ambientais e com retornos financeiros econômicos adequados” (TEMAS, 2004:9). A produção sustentável somente pode acontecer no contexto de uma organização espacial que proteja a integridade dos recursos naturais e estimule a interação harmônica entre os seres humanos, o agroecossistema e o ambiente. A agroecologia fornece as ferramentas metodológicas necessárias para que a participação da comunidade venha a se tornar a força que impulsiona os objetivos e as atividades do projeto de desenvolvimento. Assim, o objetivo é que os camponeses se tornem os atores do seu próprio desenvolvimento (CHAMBERS apud ALTIERI, 2004). A resposta para a questão colocada no título desta seção, pode ser encontra na seguinte colocação de Altieri (1987 apud ALTIERI, 2004: 17): Só uma compreensão mais profunda da ecologia humana dos sistemas agrícolas pode levar a medidas coerentes como uma agricultura realmente sustentável. Assim, a emergência da agroecologia como uma nova e dinâmica ciência representa um enorme salto na direção certa. A agroecologia fornece os princípios ecológicos básicos para o estudo e tratamento de ecossistemas tanto produtivos quanto preservadores dos recursos naturais, e que sejam culturalmente sensíveis, socialmente justos e economicamente viáveis. É importante enfatizar as diferenças entre o manejo da agricultura convencional e o da agricultura agroecológica, sendo notório a partir desta comparação, os grandes benefícios da segunda. Segue abaixo o quadro demonstrativo: Quadro 1- Comparação entre o manejo da agricultura moderna e da agroecologia Características Agricultura Moderna Agroecologia Técnicas Cultivos afetados Trigo, milho, arroz, cana de Todos os cultivos. açúcar etc. Áreas afetadas Na sua maioria, áreas planas e irrigáveis. Sistema de cultivo Monocultivos geneticamente Todas as áreas, especialmente as marginais (dependentes da chuva, encostas declivosas). Policultivos geneticamente dominante uniformes heterogêneos. Insumos predominantes Agroquímicos, maquinário; Fixação de nitrogênio, controle alta dependência de insumos biológico de pragas, corretivos externos e combustível fóssil. orgânicos, grande dependência nos recursos locais renováveis. Ambientais Impactos e riscos à Médios e altos (poluição Nenhum. química, erosão, salinização, saúde resistência a agrotóxicos, etc.). Riscos à saúde na aplicação dos agrotóxicos e nos seus resíduos no alimento. Nenhum. Na maioria, variedades Cultivos deslocados tradicionais e raças locais. Econômicas Custos das pesquisas Relativamente altos. Necessidades financeiras Altas. Todos os insumos Baixas. A maioria dos insumos devem ser adquiridos no está disponível no local. mercado. Médio. Precisa de um Alto. Resultados rápidos. determinado período para obter Alta produtividade da mão- resultados mais significativos. de-obra. Baixa a média produtividade da mão-de-obra. Retorno financeiro Relativamente baixos. Institucionais Desenvolvimento tecnológico Setor semipúblico, empresas Na maioria, públicas; grande privadas. envolvimento de ONGs. Socioculturais Capacitações necessárias à pesquisa Cultivo convencional e outras Ecologia e especializações disciplinas de ciências multidisciplinares. agrícolas. Participação Alta. Socialmente ativadora, Baixa (na maioria, métodos induz ao envolvimento da de cima para baixo). comunidade. Utilizados para determinar os obstáculos à adoção das tecnologias. Alta. Uso extensivo de Muito baixa. conhecimento tradicional e formas locais de organização. Integração cultural Fonte: (ALTIERI 2004) Contudo, sabemos que existem limitações que dificultam a expansão e a consolidação da agroecologia como alternativa viável de desenvolvimento rural. Estas dificuldades são derivadas principalmente da fraca articulação entre as políticas, planos e financiamentos de desenvolvimento rural e os promotores da agroecologia. Como vimos, a política de desenvolvimento rural confundem-se com a de desenvolvimento agrícola, o que privilegia as grandes produções (e os seus pacotes tecnológicos da agricultura moderna), e impossibilita em muitos casos a perpetuação do cultivo e o escoamento dos produtos provenientes da agricultura caponesa. Apesar dos obstáculos, a agroecologia representa uma alternativa de desenvolvimento dos espaços rurais como um todo, mesmo daqueles que não trabalham diretamente com a produção, pois os ganhos se expandem para outras dimensões do rural, como a conservação da paisagem rural, e conservação das espécies vegetais e animais nativas, que viabilizam por exemplo o extrativismo, o uso medicinal de plantas, e as atividades ligadas ao artesanato e ao turismo. Bibliografia ALTIERI, Miguel. Agroecologia: a dinâmica produtiva da agricultura sustentável. 4ed. Porto Alegre, RS: Editora da UFRGS, 2004. BROSE, Markus. Desenvolvimento Rural: potencialidades em questão. In: ETGES, Virgínia Elisabeta (Org.). Desenvolvimento Rutal: potencialidades em questão. Santa Cruz do Sul: Edunisc: 2001. COVAS, António. A ruralidade do nosso tempo: Decálogo para uma 2ª Modernidade. In: FONSECA, Maria Lucinda (Coord.). Desenvolvimento e Território: Espaços Rurais Pós Agrícolas e Novos Lugares de Turismo e Lazer. Lisboa: Centro de Estudos Geográficos da Universidade de Lisboa, 2006. MELLO, J.A.G de. Manuel Arruda da Câmara. Estudo Biográfico. In: CÂMARA, Manuel Arruda da. Manuel Arruda da Câmara: Obras Reunidas c. 1752-1811. Recife: Fundação de cultura da cidade do Recife, 1982. PRESTES,M.E.B. A Investigação da Natureza no Brasil Colônia. São Paulo: Annablume: Fapesp, 2000. SPRINGER, Kalina Salaib. A concepção de Natureza na Geografia. Mercator - Revista de Geografi a da UFC, ano 09, número 18, 2010. Disponível em: www.mercator.ufc.br TEMAS - Núcleo Interdisciplinar “Tecnologia, Meio Ambiente e Sociedade. Apresentação. In: ALTIERI, Miguel. Agroecologia: a dinâmica produtiva da agricultura sustentável. 4ed. Porto Alegre, RS: Editora da UFRGS, 2004. THOMAS, KEITH. O Homem e o Mundo Natural. 3ª ed. São Paulo: Companhia das Letras, 1996.