MEDIAÇÃO DA APRENDIZAGEM EM EAD Glaucia Therezinha de

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MEDIAÇÃO DA APRENDIZAGEM EM EAD
Glaucia Therezinha de Jesus Fraga
RESUMO
A educação a distância surgiu com o intuito de suprir algumas
das deficiências existentes na educação. Devido ao trabalho,
correia do dia a dia, trânsito e outros fatores, o ensino
presencial se tornou inacessível para muitas pessoas. No EAD,
existem diversos recursos. Tais como: material impresso, rádio,
TV, internet e outros. Os recursos tecnológicos disponíveis hoje
diminuem as dificuldades existentes pela distância física entre
alunos e professores. A tecnologia da informática e a internet
permitem a criação de ambientes virtuais de aprendizagens.
Além de possibilitar o armazenamento, distribuição e acesso às
informações independente do local. Alguns exemplos de
ferramentas são fóruns, chats e outros. Toda esta tecnologia
digital trouxe possibilidades inesgotáveis para a aprendizagem.
A prática docente online fez surgir um novo professor, isso
aconteceu porque há um novo perfil de aluno. E também
surgiram novas formas de se relacionar com o conhecimento.
Palavras-chave: Mediação. Aprendizagem. Ead.
ABSTRACT:
Abstract: Distance education has emerged in order to meet
some of the deficiencies in education . Due to work, everyday
belt, traffic and other factors, classroom teaching has become
unaffordable for many people. In ODL , there are many
resources . Such as print, radio, TV, internet and others. The
technological resources available today diminish the difficulties
the physical distance between students and teachers .
Computer technology and the Internet allow the creation of
virtual learning environments . In addition to enabling the
storage , distribution and access to information regardless of
location. Some examples of tools are forums , chats and others.
All this digital technology has brought limitless possibilities for
learning. The online teaching practice has a new teacher, this is
because there is a new student profile arise. And there were
also new ways of relating to knowledge.
Keywords: Mediation. learning. Ead.
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1
INTRODUÇÃO
A educação é e sempre foi um processo bem complexo que usa a mediação
de algum tipo de meio de comunicação, como complemento ou apoio à ação do
educador em sua interação pessoal e direta com os alunos. A sala de aula pode ser
considerada uma tecnologia, da mesma forma que o quadro, o giz, o livro e outros
materiais são ferramentas pedagógicas que realizam a mediação entre o
conhecimento e o estudante. Na educação a distância, a interação com o professor
é indireta e tem de ser mediatizada por uma combinação dos mais adequados
suportes técnicos de comunicação, o que torna essa modalidade educacional bem
mais dependente da mediatização que a educação convencional, do que decorre
grande importância dos meios tecnológicos.
2
TECNOLOGIA E EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA
2.1
OS DESAFIOS DAS NOVAS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E
COMUNICAÇÃO
Mesmo que a experiência humana tenha sido sempre mediada pelo processo
de socialização e linguagem, é a partir da modernidade, com o surgimento de suas
mídias que se observa um grande crescimento da mediação da experiência
decorrente dessas maneiras de comunicação. Essas mídias são ao mesmo tempo
manifestações das tendências globalizadoras e descontextualizadas da
modernidade instrumentos das mesmas tendências. Tanto o material impresso
quanto as mídias eletrônicas funcionam como modalidades de reorganização do
tempo e espaço e não apenas mostram as realidades, como em certas medidas as
formam.
A interação entre o aluno e o professor ocorre de modo indireto no espaço e
no tempo. Sendo em locais diferentes e comunicação não simultânea, o que
acrescenta complexidade ao já bastante complexo processo de ensino e
aprendizagem em Ead.
Analisando a Ead, verificamos que a ênfase é colocada na descontiguidade,
onde temos alunos dispersos, não podendo se deslocar-se para reunir-se. Mas é
importante salientar que o aspecto temporal, embora muitas vezes negligenciado, é
de extrema importância: o contato regular e eficiente, que contribui para uma
interação satisfatória e propicia de segurança psicológica entre os estudantes e a
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instituição, é crucial para a motivação do aluno, condição indispensável para a
aprendizagem autônoma.
A comunicação diferida, entre os professores, responsáveis pela concepção
de cursos materiais, e os alunos destinatários colocam problemas bem mais difíceis
de superar. A produção de um novo curso e de seus materiais exige um longo
trabalho e planejamento, realização e distribuição, que pode afetar de maneira
negativa as condições de estudo e a motivação dos estudantes. Alguns desses
exemplos são: dificuldade de acesso aos materiais e demora nas respostas sobre
dúvidas ou avaliações formativas.
Para o professor essa separação no tempo pode prejudicar seu desempenho
e a qualidade de seu trabalho, seja por desconhecer as necessidades de seus
alunos, seja obsolescência ou impropriedade de currículos, ou pela falta de retorno
que lhe permita corrigir distorções.
Para o aluno pode ser mais fácil lidar com a separação tempo e espaço do
que com a dimensão imaterial do tempo. Não há salas de aula e nem aulas
presencias. O estudante pode estudar em casa, no trabalho, na praia e nunca ir à
escola ou a universidade. Em se tratando de tempo, observa-se, ao contrário uma
grande rigidez ou pouca flexibilidade quanto aos prazos, o que ainda revela um
enfoque de controle concebido a partir da sala de aula convencional. Embora o
aluno seja livre para organizar seus horários de estudo, ele encontra pouca
flexibilidade quanto aos prazos.
Para superar essas dificuldades precisamos ter uma escolha cuidadosa dos
meios técnicos, que considere não apenas as facilidades tecnológicas disponíveis,
mas as condições de acesso dos alunos a tecnologia escolhida, mas, além disso,
sua eficiência com relação aos objetivos pedagógicos e curriculares.
Para este tipo de aprendizagem, é necessária uma equipe multidisciplinar,
que pense e organize todo o processo, produzindo materiais de estudo com
conteúdos específicos a cada curso e atividades e que facilitem a
autoaprendizagem, além de guias que orientem o estudante em todas as etapas de
estudo.
Enfim, este é um método de aprendizagem cuja preocupação não está
centrada no professor, mas no estudante que é o foco de todo este processo.
A respeito da aprendizagem em EAD, Maia e Mattar (2007, p. 83-84)
apresentam duas ideias sobre as quais é importante refletirmos:
Em primeiro lugar, em EAD, o centro do processo de ensino e
aprendizagem não é mais interesse do professor na disciplina, mas, sim, o
que o aluno precisa aprender. O aprendiz, portanto, deve ser levado em
conta na fase do planejamento e da implementação da experiência de
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aprendizado a distância, e não apenas no final, quando o conteúdo de um
curso a distância já estiver pronto. Em segundo lugar, esse aprendiz não
precisa mais estar fisicamente presente em um ambiente para aprender: ele
o faz em qualquer lugar. Além disso, seu aprendizado é também contínuo e
permanente: o estudo não é mais encarado, em nossa sociedade, como
algo que deva ocorrer somente em determinado momento da vida, mas,
sim, algo que deve nos acompanhar por toda vida, isto é, tempo e espaço
não são mais limites para as ambições de conhecimentos do aprendiz
virtual.
Em resumo a preocupação principal das instituições que oferecem Ead é com
o aprendizado do estudante. Além do mais, o aluno pode aproveitar todos os
momentos de que dispõe para dedicar aos seus estudos, já que a aprendizagem é
entendida como algo contínuo e permanente. A Ead exige “[...] um aprendiz
autônomo e independente, mais responsável pelo processo de aprendizagem e
disposto à autoaprendizagem” (MAIA; MATAR, 2007, p. 85).
2.2
TECNOLOGIA E EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA
A Terceira geração da educação à distância começou a surgir nos anos de
1990, com o desenvolvimento e disseminação das novas tecnologias de informação
e comunicação, sendo muito mais uma proposta a realizar do que uma realidade a
analisar.
Quanto à seleção dos meios técnicos mais adequados, uma tendência que
aparece com força é a diminuição do uso de materiais divulgados por meios de
comunicação de massa substituídos por ambientes virtuais de aprendizagem, e a
crescente utilização de uso pessoal, cada vez menores, mais sofisticados e mais
fáceis de utilizar.
Cada vez mais a educação à distância tem usado as tecnologias de
informação e comunicação (TIC) como instrumento para a construção do
conhecimento. Esse, por sua vez, pode ser construído e midiatizado por meio dos
ambientes virtuais de aprendizagem (AVAs), considerados “espaços das relações
com o saber [...], ambientes de aprendizagem que favorecem a construção do
conhecimento” (COSTA; OLIVEIRA, 2004, P. 118).
Sabemos que existem no Brasil vários tipos de AVAs consagrados no
mercado, é importante destacar que várias instituições de ensino e empresas têm ou
estão desenvolvendo seus próprios ambientes. Estes ambientes possuem vários
recursos visando á informação, comunicação, interação, interatividade, que favorece
a reflexão e a construção do conhecimento dos acadêmicos.
Levando em conta os avanços da tecnologia, a utilização de ferramentas cada
vez mais interativas e o novo contexto social, em que as pessoas compartilham
experiências, criando ambientes de aprendizagem, percebidos atualmente como
facilitadores do processo de ensino e aprendizagem na Ead.
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2.3 AMBIENTES VIRTUAIS DE APRENDIZAGEM
As TIC (tecnologias de informação e comunicação) possibilitam outras
ferramentas e espaços pedagógicos para o desenvolvimento do processo de ensino
e aprendizagem, antes limitado fisicamente e temporalmente. Chamamos estes
espaços de Ambientes virtuais de aprendizagem. Segundo Almeida (2003, p. 331):
[...] sistemas computacionais disponíveis na internet, destinados ao suporte
de atividades mediadas pelas tecnologias de informação. Permitem integrar
múltiplas mídias, linguagens e recursos, apresentar informações de maneira
organizada, desenvolver interações entre as pessoas e objetos de
conhecimento, elaborar e socializar produções tendo em vista atingir
determinados objetivos. As atividades se desenvolvem no tempo, ritmo de
trabalho e espaço que cada participante se localiza, de acordo com uma
intencionalidade explícita e um planejamento prévio denominado design
educacional, o qual constitui a espinha dorsal das atividades a realizar,
sendo revisto e reelaborado continuamente no andamento da atividade.
Muito usados nos cursos de educação à distância, os AVAs caracterizam-se
como um espaço de interações assíncronas ou síncronas entre pessoas e objetos
técnicos, favorecendo a construção de um conhecimento e promovendo a
aprendizagem.
Os AVAs estão configurados a partir de trilhas de aprendizagens, onde os
acadêmicos têm a disposição inúmeras ferramentas que possibilitam o
desenvolvimento de uma aprendizagem significativa, cooperativa e colaborativa.
Essas trilhas de aprendizagem devem fazer com que aluno aprenda a
aprender de forma mais prazerosa. Dessa forma, as trilhas aumentam a
possibilidade de o acadêmico se envolver com os conteúdos de maneira
significativa, ou seja, potencializam a aprendizagem significativa.
Nesta perspectiva, o aluno torna-se cada vez mais interessado por um tema
ou área do conhecimento, se compromete com a própria aprendizagem e, assim, se
mantém motivado ao longo do curso.
A aprendizagem cooperativa e colaborativa também é potencializada no Ava,
quando os saberes são um processo comunicativo de negociar. Nesse sentido, os
Avas apresentam ferramentas que ora propiciam a aprendizagem cooperativa ora a
aprendizagem colaborativa.
Assim, os professores-tutores internos e externos se convertem em
mediadores do processo de ensino e aprendizagem e assumem, conforme a
situação, ora de dividir tarefas entre os grupos e ora a missão de retornar ao status
de aprendiz.
Em geral, é no Ava que ocorre promoção e desenvolvimento de
competências. Além disso, permitem que os sujeitos geograficamente separados
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possam construir seus conhecimentos, favorecendo a interação tanto com a equipe
pedagógica, professores, quanto aos colegas de curso. É no contato com diversos
materiais e diferentes pessoas, que compartilham diferentes leituras e experiências,
que o acadêmico encontra provocação e motivações necessárias para continuar e
aprofundar seus estudos.
2.4
MÍDIAS SOCIAIS E INTERAÇÃO PEDAGÓGICA
Não há dúvida de que a internet trouxe uma nova forma de comunicação com
o mundo. Não importando distâncias. Por isso podemos ter comunicação nos
ambientes virtuais de aprendizagens. As pessoas estão distantes entre si mais
mesmo assim se comunicam.
Os mecanismos de ensino e aprendizagem na Ead ocorrem principalmente
por meio das tecnologias de informação e comunicação. Apesar de não estarem
juntos, de maneira presencial, alunos e professores “podem estar conectados,
interligados por tecnologias, principalmente as telemáticas, como a internet” (
PEREIRA 2007, p. 35).
Assim, as TIC (tecnologias de informação e comunicação) têm se
apresentado como elemento fundamental para que ocorra a comunicação educativa
no processo de interação entre os atores pedagógicos institucionais da educação à
distância. Tem que se levar em consideração que a mídia escolhida para trabalhar
na Ead pode influenciar na qualidade do diálogo estabelecido por professores e
alunos. Conforme Maia e Matar (2007), algumas mídias, como a internet, podem ser
ferramentas que proporcionem trocas, comentários e tornem o aluno ativo no
processo de aprendizagem.
É importante lembrar que as utilizações das TIC no espaço educacional
auxiliam a interação entre professores e alunos e mesmo entre os próprios alunos.
Assim, a Ead pode possibilitar, também, uma educação para as mídias, que tem
como objetivo á formação do usuário ativo, crítico e criativo de todas as tecnologias
de informação e comunicação.
Na Ead, as TIC atuam como um suporte e complemento para desenvolver e
criar novos métodos de ensino e aprendizagem. Além disso, possibilitam ampliar o
olhar quanto ao seu uso, para instigar o aluno no âmbito educacional e criar
possibilidades de construção do conhecimento.
Relacionando com o tema mediação, de certa forma quando o professor
prepara suas aulas e os materiais que vai utilizar, ele mediatiza, embora o meio mais
importante nesse caso seja a linguagem verbal direta, o que significa que mediatizar
o ensino não é uma competência totalmente nova. O que é novo é o grande elenco
das mídias cada vez mais diferentes no mercado, já sendo usada por muitos alunos
fora da escola, o que traz uma crescente exigência de qualidade técnica da parte
dos estudantes.
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Assegurar essa dupla qualidade: pedagógica e técnica, dos cursos
mediatizados do Ead é uma missão quase impossível para o professor coletivo do
futuro. Isto é, para as equipes responsáveis por sua concepção e realização.
3
MEDIAÇÃO E EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA
3.1
MEDIATIZAÇÃO: DA TECNOLOGIA À COMUNICAÇÃO EDUCACIONAL
Mediatizar significa codificar as mensagens pedagógicas traduzindo-as sob
diversas formas, segundo o meio técnico escolhido, respeitando as regras, isto é as
características técnicas e as peculiaridades de discurso do meio técnico.
Na Ead, mediatizar significa definir as formas de apresentação de conteúdos
didáticos, previamente selecionados e elaborados, de modo a construir mensagens
que potencializem ao máximo as virtudes comunicacionais do meio técnico
escolhido e que possibilite ao estudante realizar sua aprendizagem de modo
autônomo e independente.
O significado mais amplo de mediatização é desde a perspectiva do processo
de aprendizagem em sua totalidade. Significam conceber métodos de ensino e
estratégias de utilização de materiais de ensino-aprendizaagem que ampliem o
máximo as possibilidades de aprendizagem autônoma. Isto é desde a elaboração
dos conteúdos, a criação de metodologias de ensino e estudo à distância, centradas
no aluno, a seleção dos meios mais adequados, a produção de materiais, até a
criação e criação de estratégias de utilização desses materiais e de
acompanhamento do aluno de modo que assegure a interação do estudante com o
sistema de ensino e o retorno de informações sobre os cursos. Isso significa não
somente explicar os objetivos pedagógicos e didáticos de cada unidade de
disciplinas, mas também tornar claro para o aluno quais caminhos a serem seguidos
para um melhor aproveitamento, quais condições de estudo e formas de pesquisa
pessoal poderão levá-lo a melhores resultados.
3.2 INTEGRAÇÃO DAS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO
É fundamental reconhecer a importância das TIC e a urgência de criar
conhecimentos e mecanismos que possibilitem sua integração à educação. Cabe
lembrar que as TIC não são necessariamente mais relevantes ou mais eficazes do
que as mídias tradicionais em qualquer situação de aprendizagem. Mas é preciso
não esquecer que, embora essas técnicas ainda não tenham demonstrado toda sua
eficácia pedagógica, elas estão cada vez mais presentes na vida cotidiana e fazem
parte do universo dos adolescentes, sendo essa uma das principais razões da
importância de sua integração com a educação. Segundo Silva (2006 p. 75-76):
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Criar a possibilidade da sala de aula interativa significa modificar a gestão
das instituições de ensino, e não apenas o que acontece em uma sala de
aula. Superar o modelo fordista em EAD. Um sistema em que impera a
alienação do professor em relação ao produto e processo de trabalho, e do
aluno em relação ao conteúdo e ao método de aprendizagem. Aqui está o
maior impedimento à interatividade.
Não é de qualquer forma o vínculo entre a Ead e a interatividade. A
interatividade não ocorre sozinha, precisa ser planejada, o que implica
investimentos, tempo e principalmente treinamentos. É preciso pensar em
professores treinados e capacitados. Em um nível mais amplo, também em
currículos criativos e flexíveis. E, em um nível ainda mais amplo, em uma nova
gestão das instituições.
Não podemos também deixar e pensar na formação de formadores, pois não
se pode pensar em qualquer inovação educacional sem duas condições prévias: a
produção de conhecimentos pedagógicos e a formação de professores.
A perspectiva da formação de professores exige a reflexão sobre como
integrar as TIC à educação como caminho para pensar e como formar os
professores na qualidade de futuros usuários ativos e críticos, e como conceptores
de materiais para aprendizagem aberta e a distância.
A internet permite o compartilhamento e acesso a um universo de
informações, fato que a diferencia de outras tecnológicas surgidas nos últimos anos.
Além disso, na internet há uma grande quantidade de conteúdos, cada vez mais
acessíveis, em diferentes formatos, como: hipertexto, vídeos, animações, blogs,
chats que podem ser usados para fins educacionais. Esse aspecto permite dizer que
a sua utilização provoca impactos na educação que traduzem na redefinição de
papéis de alunos e professores. Surgem novas práticas educacionais diferenciadas
no ato de aprender no espaço virtual.
Os Avas, potencializados pelas TICs, permitem experiências de ensino e
aprendizagens diferentes das experiências presenciais. Assim neste novo contexto,
as teorias de aprendizagem e as estratégias de ensino devem ser revistas.
3.3
SITUAÇÕES DIDÁTICAS E ESTRATÉGIAS DE APRENDIZAGEM
As situações podem ser definidas como um conjunto de relações
estabelecidas explícitas ou implícitas entre um aluno ou grupo de alunos, um
determinado meio (que abrange instrumentos e objetos) e um sistema educativo
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representado pelo professor e os alunos, com o intuito de conseguir que esses
alunos apropriem-se de um saber.
Segundo Galvez (1996), as principais características das situações didáticas
são:





Os alunos responsabilizam-se pela organização de sua atividade para
resolver o problema proposto.
A atividade dos alunos está orientada para a obtenção de um resultado
explicitado e que pode ser identificado pelos próprios alunos.
A resolução do problema envolve a tomada de decisões por parte dos
alunos, para adequá-las ao objetivo perseguido.
Os alunos podem recorrer a diferentes estratégias para resolver o
problema formulado.
Os alunos estabelecem relações sociais diversas: debates ou
negociações com outros alunos e com o professor.
O que define uma situação didática é, portanto, o seu caráter intencional, ou
seja, o fato de já haver sido construída com o propósito explícito de garantir a
aprendizagem dos alunos.
O uso das TIC na Ead poderá levar à tomada de consciência sobre a
importância da participação de professores e tutores em todas as etapas da
formação, a qual implica em compreender o processo do ponto de vista da
educação, tecnológico e da comunicação.
Daí a possibilidade de transferir tal percepção para o Ead convencional e
buscar novas alternativas que beneficiem a interação entre os participantes e a
representação do pensamento do aprendiz, o que começa a evidenciar nas
mudanças que aparecem na utilização de novos meios de comunicação.
4
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Está claro que a discussão a respeito da autonomia do estudante de Ead é
algo que demanda reflexões constantes. Porém a partir do que foi abordado neste
trabalho podemos compreender o quanto é complexa esta questão. Vale lembrar
que a educação á distância é uma modalidade de estudos que incentiva o educando
a buscar e aprimorar a sua autonomia, pois é ela quem gerencia as suas próprias
atividades de acordo com o cronograma previsto pela instituição.
O desafio esta no aspecto de se encontrar meios de fazer com que os
acadêmicos busquem informações e criem suas próprias maneiras de construir
conhecimentos, pois a autonomia é algo imprescindível nos processos de
aprendizagem, tanta na vida acadêmica quanto na vida profissional.
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É importante que os professores busquem sempre inovar suas aulas na Ead.
Buscando ferramentas diferenciadas de aprendizagens (TIC). Assim seus alunos
estarão mais motivados e interessados a continuarem seus estudos.
Por fim, gostaria de salientar a importância de se estabelecer uma via de
comunicação dialógica entre professores e alunos, em virtude de que o
conhecimento deve ser construído de forma coletiva, o que torna a experiência da
Ead ainda mais enriquecedora.
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, M. Educação à distância na internet: abordagens e contribuições dos
ambientes digitais de aprendizagem. Educação e pesquisa, São Paulo, FE/ USP, v.
29, n. 2, jul.-dez. 2003.
COSTA, J. W da; OLIVEIRA, M. A .M. (Orgs). Novas Linguagens e novas
tecnologias: educação e sociabilidade. Petrópolis, Rio de Janeiro: Vozes, 2004.
MAIA, Carmem; MATTAR, João. ABC da EAD: a educação a distância hoje. São
Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007.
PEREIRA, J. L. O cotidiano da tutoria. In: CORRÊA, J. A educação a distância:
orientações metodológicas. Porto Alegre: Artmed, 2007.
SILVA, Marco. Sala de aula interativa. 4 ed. Rio de Janeiro, Quartet, 2006.
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