Bloqueio Atrioventricular Total Congênito em Paciente Assintomático

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Bloqueio Atrioventricular Total Congênito em Paciente Assintomático
Filho, A M1,2,3; Granadier, C S1,2,3; Pereira, G C C1,2; Rezende, R1,2; Araujo, V1,2,3.
1- Instituto Tocantinense Presidente Antonio Carlos; 2-Hospital Regional de Porto Nacional
3- Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares
Fundamentação
O bloqueio atrioventricular total congênito é definido como a inabilidade de um impulso atrial
propagar-se aos ventrículos, utilizando o sistema de condução normal. Associado à baixa frequência
cardíaca, presente ao nascimento ou em idade precoce, de etiologia até o presente, não
completamente compreendida. Podendo apresentar-se com ausência de sintomas até a morte
súbita, passando por síncope, intolerância ao exercício físico ou insuficiência cardíaca.
Objetivo
Apresentar relato de caso de Bloqueio Atrioventricular Total Congênito (BAVTC) em paciente jovem
assintomática
Método
Descrição de caso clínico
Descrição do Caso
Trata-se de paciente do sexo feminino, 22 anos, estudante de medicina, previamente hígida, sem uso
medicamentoso, que ao realizar consulta médica de rotina em setembro de 2013, constatou-se
isoladamente uma frequência cardíaca de 40 batimentos por minuto, sem associação a outros
achados clínicos. Procedeu-se então investigação propedêutica com os seguintes resultados:
Eletrocardiograma de repouso (Figura 1):
1. BAV Total
2. Frequência cardíaca de 44 bpm.
Teste ergométrico:
1. Sem critérios clínicos ou eletrocardiográficos para isquemia miocárdica, até a FC atingida;
2. Há aumento da FC durante o esforço, porém não atinge a FC submáxima;
3. Extrassístoles ventriculares durante o esforço;
4. Aptidão cardiorespiratória regular.
Figura - 1
Holter – Figuras 2 e 3:
1. Ritmo de base sinusal com bloqueio atrioventricular total e escape juncional, com frequência cardíaca
variando entre 35 bpm e 82 bpm, com média de 46 bpm; não houve condução atrioventricular;
ausência de extrassístoles atriais, extrassístoles ventriculares polimórficas raras e isoladas, QRS =
0,08s, sem alterações significativas na repolarização ventricular.
Figura - 3
2.
.
Figura - 2
Ecodopplercardiograma transtorácico:
1. Fração de ejeção - 69%;
2. Massa ventricular esquerda - 164g;
3. Volume diastólico final -147ml;
4. Volume sistólico final - 44ml;
5. Ritmo de bradicardia sinusal com ecodopplercardiograma normal sob o aspecto anatômico.
Considerações Finais
Em 2015, paciente encontra-se assintomática, sob acompanhamento clínico com conduta
expectante. Mesmo tratando-se de patologia com potencial de gravidade, no BAVT Congênito
assintomático, com QRS estreito, com aceleração adequada ao exercício e sem cardiomegalia,
arritmia ou QT longo, não há necessidade de intervenção com implante de marcapasso cardíaco
(Classe III da Diretriz para o implante de marcapasso cardíaco permanente - 2000. "Situações em
que há concordância geral de que o implante de marcapasso não é necessário").
Bibliografias
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Braunwald, Tratado de doenças cardiovasculares, Rio de Janeiro: Elsevier, 2006, 2º Tiragem
Diretrizes para o Implante de Marcapasso Cardíaco Permanente, Arq. Bras. Cardiol. vol.74 n.5 São
Paulo May 2000
http://sna.saude.gov.br/legisla/legisla/alta_cardio/SAS_P35_95alta_cardio.doc
www.arquivosonline.com.br/pesquisartigos/pdfs/1995/.../640600.pdf
www.sbccv.org.br/residentes/downloads/...indicacoes_marcapassos.ppt
http://www.researchgate.net/publication/12368816_Guidelines_for_Permanent_Cardiac_Pacemaker_Implantati
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