Ajudando as pessoas a viverem vidas saudáveis Publicação Especializada em Terapia Intravenosa • Ano V • nº 13 • Set–Dez de 2004 Trabalho em equipe e ferramenta de qualidade reduzem Infecções de Corrente Sangüínea (ICS) associadas a Cateteres Venosos Centrais (CVC) no Departamento de Oncologia do Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE) H á quase três anos, o instituição, demonstrando Serviço de Controle plenamente que ações code Infecção do Hosordenadas em equipe popital (SCIH) Israelita Albert dem levar efetivamente aos Einstein, por meio de seu objetivos almejados. A parprograma de vigilância tir dos dados evidenciados epidemiológica, identificou pelo SCIH, sobre a elevaum aumento dos casos de ção das taxas de ICS moniICS em pacientes portadotoradas na Oncologia e em res de CVC. Os dados leoutras unidades do hospivantados pela Vigilância tal, a equipe assistencial Equipe desenvolveu estratégias para redução Epidemiológica do SCIH decidiu investigar as prováda taxa de infecções e recebeu prêmio da Infusion foram encaminhados à Coveis causas do fenômeno. Nursing Society (INS), USA. ordenação de Enfermagem Utilizando a ferramenta do Departamento de Oncologia e ao Grupo de PDCA para estruturar um projeto de melhoria Cateter. Isso deu início a uma ação conjunta entre de qualidade, foram feitas revisões da base de esses setores da instituição, no sentido de com- dados institucional quanto aos procedimentos, bater o problema, gerando um PDCA, que após aos padrões de prática estabelecidos, seguidas descrito, aplicado e reavaliado foi transformado de intervenções sistemáticas para reduzir a taxa em um trabalho científico denominado Impacto de infecções. Simultaneamente, o treinamento de um Programa de Melhoria de Qualidade na sobre cuidados com acessos vasculares, minisIncidência de Infecção de Corrente Sangüínea trado aos profissionais, passou por uma ampla Associada a CVC em uma Unidade Oncológica. revisão e atualização com abertura de turmas O estudo, do tipo coorte prospectivo, compa- mensais, pela Universidade Israelita da Saúde rou o período pré e pós-intervenção. do Hospital Albert Einstein (UISAE), para turEm maio deste ano, os resultados desse traba- mas mensais destinadas a enfermeiros e técnilho foram apresentados no Encontro Anual da cos de enfermagem, tanto para os que já integraINS realizado em Salt Lake City, USA. A comis- vam o quadro da instituição como para os resão científica do evento e o público participante cém-admitidos. A aplicação dessas estratégias elegeram o estudo como a melhor apresentação resultou na queda de cerca de 60% das taxas de oral na categoria Outstanding Abstract Presenta- infecção (veja resumo na página 2). Os índices tion e deverá ser publicado no Journal of Intrave- continuam sob monitoração, seguindo os prenous Nursing, publicação oficial da INS. A apre- ceitos do PDCA. Além do reconhecimento pelo sentação foi realizada pela Enf.a Sênior Lelia Gon- trabalho empreendido pela equipe do Hospital çalves Rocha Martin. Ela e a Enf.a Dra. Júlia Albert Einstein, as autoras do estudo consideYaeko Kawagoe, também autora, foram aos Es- ram o prêmio outorgado pela INS um estímulo tados Unidos com o patrocínio da Instituição. As à produção, documentação e publicação de trademais autoras do trabalho são: Enf.a Master Lú- balhos científicos em Terapia Intravenosa no Bracia Marta Giunta da Silva, Enf.a Coordenadora sil, destacando que é fundamental que a Instide Ambiente Wânia Regina Mollo Baia, (Divi- tuição estimule e ofereça suporte para que seus são de Prática Assistencial – Departamento de profissionais possam se desenvolver e obter meOncologia), Enf.a Maria Fátima dos Santos Car- lhores resultados assistenciais para os pacientes doso e a médica Dra. Luci Corrêa (Divisão de sob seus cuidados. Para elas, todo estudo realiPrática Médica–SCIH). zado e divulgado, em congressos, publicações e O grande mérito da realização desse trabalho, meios de comunicação, pode ser de grande utialém dos resultados obtidos, está no fato de ter lidade na solução de problemas comuns a qualenvolvido profissionais de setores distintos da quer instituição de saúde. Veja nesta edição: Suplemento Especial sobre o Workshop de Atualização em Terapia Intravenosa da INS-Brasil e entrevista exclusiva com Mary Alexander e Jim Lacy E mais... O enf. Dirceu Carrara apresenta os resultados preliminares de estudo feito no INCORHC/FMUSP sobre a incidência de ICS relacionadas ao uso de sistema fechado de infusão venosa sem agulha, em crianças submetidas a cirurgias Veja lançamentos na página 8: Guia de Controle de Infecção ExtraHospitalar da APCIH e Manual de Cateterização Central de Inserção Periférica do Grupo de Estudos do PICC de Porto Alegre Grupos de Terapia IV ganham status de referência C 2 om o advento de novas diretrizes e tecnologias no acesso vascular, surgiu a necessidade dos profissionais de saúde de aprofundarem seus conhecimentos em Terapia Intravenosa. De alguns anos para cá, começaram a surgir algumas iniciativas por parte de Enfermeiros em se organizarem para discutir, trocar experiências, pesquisar e desenvolver trabalhos científicos em torno dos métodos de prevenção de infecção relacionada a cateter, indicações, uso e manutenção de dispositivos intravenosos, além da atualização das rotinas básicas. O objetivo é colher e produzir dados que viabilizem o maior controle possível nos processos IV. Em algumas instituições os resultados decorrentes do trabalho desses grupos já beneficiam a qualidade do atendimento. Um bom exemplo desse tipo de iniciativa é a Equipe de Terapia Intravascular do Instituto de Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IPPMG/UFRJ) que vem atuando desde 1997, sendo mais conhecido com o nome de SOS Veia. O grupo publicou o Manual de Terapia Intravascular, com rotinas atualizadas e continua desenvolvendo estudos prospectivos sobre as condições dos acessos vasculares em pacientes internados, a partir de um check-list. Os 10 integrantes do SOS Veia reúnem-se semanalmente e, em breve, o grupo deverá inaugurar na instituição um Ambulatório de Cateteres de Longa Permanência. Em São Paulo alguns grupos de cateter e de terapia IV vêm realizando trabalhos que merecem destaque. Uma dessas equipes é a do Hospital Israelita Albert Einstein que elaborou um estudo premiado pela INS nos EUA (veja artigo ao lado). Outra referência, hoje, é o Grupo de Terapia Intravenosa do Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas (IOT-HC/ FMUSP), formado há cerca de dois anos, integrado por enfermeiros e auxiliares de Enfermagem. O grupo possui estatuto e seus profissionais reúnem-se uma vez por mês, para discutir e analisar novos formulários de controle de aces- sos. Devido aos excelentes resultados alcançados desde o início de suas atividades, o grupo ficou encarregado de estabelecer um protocolo de Terapia Intravenosa, o qual foi aprovado pela Comissão Científica do IOT e hoje é aplicado em todos os andares do instituto. Algumas iniciativas ainda buscam a consolidação, como é o caso dos profissionais da CCIH do Hospital Beneficência Portuguesa, também em São Paulo. Há mais de um ano, os enfermeiros que atuam no serviço se reúnem periodicamente para discutir rotinas em processos intravenosos a partir do guideline do CDC. Este grupo de cateter caminha para a oficialização na Beneficência, hospital que já conta com outros grupos como o G-Onco, o G-Cardi e o G-San. Enquanto isso, profissionais de distintas instituições gaúchas que compõem o Grupo de Estudos do Cateter Central de Inserção Periférica (GECCIP) estão em franca atividade, com debates para troca de experiências e treinamento em hospitais públicos e privados, universidades e serviços de atendimento domiciliar (homecare) em Porto Alegre e Novo Hamburgo. Em agosto passado, esse grupo do Rio Grande do Sul lançou o Manual do PICC, com a proposta de contribuir no aprimoramento técnico-científico dos profissionais que estão se especializando na implantação desse tipo de cateter. Todos esses grupos têm um ponto em comum: o apoio técnico e logístico proporcionado pelo Centro de Treinamento em Acesso Vascular-CTAV, com destaque para o trabalho realizado pelos consultores científicos em várias regiões do Brasil, levando informações e soluções aos profissionais de saúde que estão optando pelas novas alternativas em Terapia Intravenosa. Entre em contato com estes grupos: • Equipe de Terapia Intravascular do IPPMG/UFRJ: [email protected] • Grupo de Terapia Intravenosa do IOT-HC/FMUSP: [email protected] • GECCIP: [email protected] • Centro de Treinamento em Acesso Vascular-CTAV: [email protected] ...Matéria de Capa Impacto de um Programa de Melhoria de Qualidade na Incidência de Infecção da Corrente Sangüínea Associada a CVC em uma Unidade Oncológica Equipe do Hospital Israelita Albert Einstein: Lelia Gonçalves Rocha Martin; Lúcia Marta Giunta da Silva; Wânia Regina Mollo Baia; Julia Yaeko Kawagoe; Maria Fátima dos Santos Cardoso e Luci Corrêa. A s infecções primárias da corrente sangüínea (IPCS) associadas a cateteres vasculares centrais (CVC) constituem um problema relevante, especialmente entre pacientes onco-hematológicos, pois estão associadas à alta morbi-letalidade. Em janeiro de 2002 houve aumento das IPCS (taxa de incidência de IPCS – 13,05 por 1.000 CVC-dia) além do limite endêmico (12,5/1.000 CVC-dia), sendo implementado um programa de melhoria da qualidade. O objetivo deste trabalho foi avaliar o impacto de um programa de melhoria de qualidade nas taxas de densidade de infecção da corrente sangüínea (DICS) por 1.000 CVC-dia na Unidade de Oncologia. Foi realizado estudo coorte prospectivo comparando os períodos pré (janeiro a setembro de 2002) e pós-intervenção (janeiro a setembro 2003) na unidade Oncológica (36 leitos). A vigilância epidemiológica das IHs, utilizando critérios diagnósticos do Center for Disease Control and Prevention, foi realizada pelo Serviço de Controle de Infecção. Foi utilizada ferramenta de qualidade – P (plan) D (do) C (check) A (act) como intervenção. Houve redução da taxa de DICS por 1.000 CVC-dia, de 13,05 no período pré para 5,22 no pós-intervenção, sendo a fração prevenida de 60,02%; IC 95%: 27,3 – 78,7; p: 0,0022. A ferramenta de qualidade PDCA e o trabalho multiprofissional foram fundamentais para identificar e gerenciar os problemas. E-mail para contato: [email protected] Ano V • nº 13 Workshop de Atualização em Terapia Intravenosa da INS-Brasil reúne mais de 500 participantes M ais de 500 profissionais de saúde, entre enfermeiros e médicos, estiveram presentes ao Workshop Atualização em Terapia Intravenosa da INS (Infusion Nursing Society do Brasil), ocorrido no dia 17 de junho no Centro de Convenções Pompéia, em São Paulo. Realizado com o apoio da parceria BD e 3M, este evento já é considerado uma referência na área de acesso vascular, pois conta com a participação de palestrantes nacionais e internacionais que atuam em instituições de grande prestígio. O workshop ocorreu também em Porto Alegre, no dia 8 de junho no Centro de Eventos Plaza São Rafael, com a participação de palestrantes do Hospital Moinhos de Vento e da Unicamp, dentre outros. O expressivo comparecimento de médicos e enfermeiros que atuam em Terapia IV foi um dos fatores relevantes na promoção do evento, já que para esses profissionais é muito difícil a participação em encontros científicos dessa natureza, devido ao pouco tempo disponível em função do excesso de trabalho que realizam. A presidente da INS dos Estados Unidos, Mary Alexander foi especialmente convidada para participar da jornada, ocasião em que palestrou sobre A importância do cuidado durante a Terapia Intravenosa. Outro convidado internacional foi Jim Lacy, integrante da American Nurses Credentialing Center, que abordou o tema PICC: intercorrências X tratamento. Jim tornou-se bastante conhecido dos profissionais brasileiros que atuam em Terapia Intravenosa, em razão dos cursos que ministrou em nosso país nos últimos anos sobre cateter central de inserção periférica. Temário e palestrantes Veja os outros temas com os tópicos principais apresentados no evento e os palestrantes: Para conhecer e utilizar os serviços do CTAV, basta entrar no site www.ctav.com.br Pelo site você também pode fazer sua assinatura gratuita do jornal Intravenous Intravenous. Dúvidas, ligue grátis para: 0800.772.2257 • Infecções relacionadas a cateter – Fatores de risco da Terapia Endovenosa, palestra ministrada pela dra. Rosana Richtmann, infectologista do Hospital e Maternidade Santa Joana, Pro Matre Paulista e Instituto de Infectologia Emílio Ribas. • Manutenção de acessos venosos – Prevenção e controle dos acessos vasculares, por Vera Borrasca, enfermeira da CCIH do Hospital Sírio Libanês e membro da diretora da APECIH. • Cateter X Sistema Fechado: o que muda após RDC – Legislação e aspectos práticos do uso do Sistema Fechado, por Dirceu Carrara, enfermeiro chefe da CCIH do INCOR-SP. Jornal Intravenous • Suplemento Especial • Ano V • nº 13 • Apresentação da INS Brasil, por Helena Kishi, enfermeira presidente da INS Brasil e diretora técnica de saúde do Hospital do Servidor Público Estadual-SP. • Escolha do local de inserção de cateteres periféricos em adultos, pediátricos e neonatos – Normas práticas, pelo dr. Fábio Peterlini, professor afiliado da disciplina de Cirurgia Pediátrica da UNIFESP-SP. • Preparo do sítio de inserção e do profissional para passagem de cateteres centrais e periféricos – Preparo da pele, preparo do ambiente e precauções padrão, por Mônica Ricarte, enfermeira do Controle de Infecção do Hospital Samaritano de Campinas. 3 Missão de educar A diretora executiva da Infusion Nursing Society-INS dos Estados Unidos, Mary Alexander, comenta as propostas da entidade que possui unidades no Brasil, Japão, China, Austrália e Nova Zelândia, além de representantes em 30 países. Quais as principais atribuições da Infusion Nursing Society? – Mary Alexander: A missão da INS é apoiar a pesquisa, a educação, os padrões de prática em acesso vascular e as reivindicações para melhorar a qualidade da Terapia IV. Hoje, os pacientes são tratados em hospitais assim como em atendimento domiciliar, em clínicas e em consultórios médicos. Assim, nossa missão é proporcionar educação aos enfermeiros e demais profissionais de saúde, especialmente aos que atuam com Terapia de Infusão. Os membros da diretoria e conselho atuam na prática hospitalar ou se restringem às atividades administrativas da INS? – Mary Alexander: Seis dos sete membros do Conselho Diretor da INS são enfermeiros registrados que trabalham em diferentes instituições, alguns em hospitais fazendo atendimento IV e em contato direto com os pacientes. Temos outros que trabalham em cargos administrativos, em gerências de enfermagem e equipes de assistência domiciliar. A proporção é mais ou menos a metade; ou seja, três trabalham em home care e três em hospitais. O sétimo integrante, indicado pelo próprio Conselho, é um membro público e não é enfermeiro, portanto traz uma perspectiva diferente para as decisões da associação. Existem procedimentos em acesso vascular controlados pelo governo americano? 4 – Mary Alexander: Não, pois cada hospital deve ter suas próprias políticas e procedimentos organizacionais. Além disso, são usados padrões de prática de enfermagem de infusão que segue um documento legal, reconhecido juridicamente. Se houver caso de má pratica em terapia de infusão, os enfermeiros envolvidos são questionados a fim de (INCC) que promove um exame nacional com 200 questões que cobrem as áreas de aplicações técnicas e clínicas, farmacologia, controle de infecção, pediatria, nutrição parenteral total, quimioterapia, melhoria de desempenho, terapia de transfusão de líquidos e eletrólitos. A INS fornece a educação continuada cobrindo essas áreas. Atualmente, temos três mil enfermeiros fazendo exames e, a cada três anos, passam por nova reabilitação. Qual é o papel dos PICCs no crescimento científico e desenvolvimento da INS? se verificar se estão familiarizados com os padrões de prática da INS, se agem de acordo com esses padrões legais. Os padrões são gerais e não mudam de um Estado para outro. Já, as políticas e procedimentos podem mudar de acordo com a instituição, dependendo do hospital que determina as normas e, às vezes, também são diferentes por região. Mas em nenhum aspecto há intervenção governamental. A INS assume de alguma forma a educação continuada referente à terapia de infusão? – Mary Alexander: Sim, na verdade, uma de nossas atividades principais é fornecer educação aos enfermeiros. Temos dois encontros anuais e durante 6 dias os enfermeiros participam de programas de educação. Há também um programa de fim de semana de três dias. Além disso, fornecemos material e outras ferramentas que auxiliam o processo de educação do enfermeiro. Temos um programa de habilitação em nossa organização co-irmã, a Infusion Nursing Certification Corporation – Mary Alexander: Acho que estar familiarizado com a INS certamente ajudou os enfermeiros a conhecerem os PICCs. O programa de educação mais os recursos para os enfermeiros visitarem os fabricantes de PICCs fez com que os membros ficassem mais conscientes. Quando esse cateter surgiu, nem todos os enfermeiros conseguiam puncionar o PICC. Com mais educação, os enfermeiros foram capazes de se antecipar a seus Conselhos Estaduais e mostrar que essa era uma atividade que não somente os médicos poderiam realizar. Assim, o resultado foi que agora os enfermeiros competentes nesse procedimento têm capacidade de puncionar PICC nos 50 Estados americanos. Gostaria de saber qual sua opinião e expectativa sobre a INS Brasil. – Mary Alexander: Estou realmente satisfeita com a INS Brasil. Parece que os enfermeiros daqui estão bastante entusiasmados. Acho essencial educar enfermeiros brasileiros para que possam proporcionar melhor atendimento na área de infusão a seus pacientes. Penso que essa é a principal missão da INS Brasil. Jornal Intravenous • Suplemento Especial • Ano V • nº 13 Terapia IV no Brasil evolui com o PICC Membro da American Nurses Credentialing Center, Jim Lacy tornou-se bastante conhecido entre os enfermeiros brasileiros que atuam em acesso vascular, pelos cursos sobre cateter central de inserção periférica que ministrou em nosso país nos últimos 4 anos. Nessa entrevista ele aborda alguns aspectos do PICC. Qual a carga horária teórica e prática do curso de capacitação para a passagem do PICC nos Estados Unidos? – Jim Lacy: Embora não haja uma recomendação quanto ao tempo dos cursos, em geral eles são realizados em 8 horas. Feito esse curso inicial, para obter a qualificação, muitas instituições exigem que o profissional passe três PICCs sob a observação de um enfermeiro ou médico experientes e credenciados pelo hospital. Nos EUA, os requisitos para essa qualificação são estabelecidos pela política e procedimento do hospital, mas a maioria segue as recomendações da Infusion Nursing Society (INS) e da National Association for Neonatal Nurses (NANN) para PICC desde 1997. Qual a técnica mais utilizada para desobstruir o PICC após as tentativaspadrão? – Jim Lacy: Nos EUA a substância mais usada para remover um trombo ou coágulo sangüíneo de um cateter é o t-PA (tissue plasminogen activador, ou ativador recombinante de plasminogênio tecidual), comercializado com o nome de Cathflo Activase. A dose é 2mL de líquido e, normalmente, usamos a técnica de pressão negativa para desobstrução do cateter e de todas as linhas centrais. A obstrução pode ser evitada e um dos melhores meios é irrigar o cateter regularmente. Mesmo com a infusão contínua de solução TPN com lípides, devemos irrigar o cateter pelo menos uma vez por dia com solução salina. Se um cateter ficar bloqueado, veremos um movimento de refluxo com solução salina seguida por heparina. O CDC comenta que cateteres venosos centrais têm uma redução de infecção da corrente sangüínea relacionada a cateter, quando estes são tratados com heparina em comparação com os que simplesmente são irrigados com solução salina. Portanto, está ocorrendo um retorno a esse procedimento, pois há dois anos houve a mudança de recomenJornal Intravenous • Suplemento Especial • Ano V • nº 13 fazer exercícios leves com o membro em questão. Algumas pessoas defendem o calor contínuo. Em minha própria experiência, o cateter geralmente sai depois que esperamos um período de 12 a 24 horas. Se não sair, devemos continuar o tratamento e fazer uma radiografia para ver se existe algum problema mecânico no cateter que esteja impedindo sua retirada. Se o cateter estiver com algum tipo de problema, é preciso solicitar a um radiologista que tente manobras com um dilatador de vasos. Às vezes, passa-se um dia inteiro tentando remover o cateter. Após 2 anos no Brasil, qual sua impressão sobre a evolução do PICC no Brasil? dação para uso só de solução salina nos cateteres de longa duração ou venosos centrais. Qual sua recomendação para os casos de difícil remoção do cateter? – Jim Lacy: A maioria das pessoas ainda aceita a recomendação do dr. Dennis Maki que abordou esse problema num artigo em 1996 na revista Intravenous Nursing. Em sua opinião, a principal dificuldade na remoção do cateter é causada por espasmo venoso. A segunda causa é o acúmulo de material fibroso no cateter. Portanto, a melhor recomendação é que, em caso de dificuldade de remover o cateter, simplesmente aplicar uma compressa e esperar de 20 a 30 minutos, conservando com o paciente para acalmá-lo, fazendo com que a veia relaxe e, então, tentamos a remoção novamente. Se mesmo assim for difícil de remover o cateter, é aconselhável prosseguir com uma compressa estéril, deixando-a por mais 12 a 24 horas para que a veia relaxe ou dissipar algum trombo do tipo fibroso. Há muita controvérsia sobre isso, mas o dr. Maki diz que devemos prosseguir com compressas quentes intermitentes e pedir ao paciente para – Jim Lacy: Quando vim pela primeira vez ao Brasil, há 4 anos, somente alguns enfermeiros passavam o PICC e havia pouco conhecimento sobre esse tipo de cateter, os quais eram colocados principalmente no Rio de Janeiro. Naquela época, notei que os enfermeiros brasileiros estavam entusiasmados e queriam aprender cada vez mais sobre a terapia de infusão em geral, não só sobre o PICC, a fim de obter melhores resultados clínicos para os pacientes. Há dois anos, um enfermeiro do Hospital Albert Einstein foi aos EUA para um treinamento nos hospitais norte-americanos e, quando voltou ao Brasil, começou um programa piloto naquela instituição. Com o sucesso dessa iniciativa, o Conselho Federal de Enfermagem-COFEN decidiu que os enfermeiros poderiam passar o PICC. No meu entender, isso aumentou a participação e a responsabilidade dos enfermeiros em Terapia Intravenosa em todo o Brasil. Minha impressão é que há maior interesse por esse tipo de cateter, não só pelos enfermeiros, mas também por parte dos médicos. Há uma consciência maior de que o PICC é um dispositivo apropriado para acesso vascular, principalmente na prevenção de risco de infecção e para o bem-estar do paciente. Estou muito impressionado com essa evolução. 5 Tirando dúvidas sobre PICC Selecionamos algumas questões sobre PICC formuladas por participantes do Workshop Atualização em Terapia Intravenosa da INS. As respostas foram elaboradas por consultores educacionais da BD. As demais perguntas e respostas estão publicadas no site do CTAV (www.ctav.com.br) Que tipo de material o PICC deve ter para ser adequado na infusão da NPT? Responde a enfermeira Luciana Moraes, Consultora Educacional da BD em São Paulo: – O material para confecção de um cateter intravenoso deve atender às especificações técnicas quanto a integridade estrutural, ser quimicamente inerte (tanto para as drogas infundidas como em relação às células e tecidos), ser bioestável, possuir baixa trombogenicidade e baixa adesão bacteriana. Ainda não existe um material ideal que possua todas essas especificações em conjunto. Existem hoje no mercado materiais com muitas destas características: são os polímeros Silicone e Poliuretano, que se destacam por terem desempenho superior a outros tipos de materiais. O desempenho mecânico, as propriedades materiais e as respostas biológicas variam em função do silicone ou poliuretano usado na composição do cateter. Além disso, o tratamento e revestimento da superfície, somado às práticas de processamento, visam modificar o desempenho destes cateteres, podendo nos levar a respostas errôneas, quanto ao desempenho dos mesmos. SILICONE SILICONE: É um polímero, denominado termoplástico, de base não-carbono. Apresenta termoestabilidade, alta resistência a dobras, baixa trombogenicidade, baixa aderência bacteriana e altíssima biocompatibilidade. O silicone costuma absorver lipídios e proteínas solúveis rapidamente. POLIURETANO POLIURETANO: É um polímero, deno- 6 minado de termoplástico, de base carbono. Os termoplásticos são amplamente utilizados na fabricação de cateteres. As principais características do poliuretano são: rigidez, baixa resistência a dobras, baixa bioestabilidade, maior aderência bacteriana, e baixa trombogenicidade. O poliuretano costuma absorver drogas solúveis em água com mais facilidade. Nos cateteres PICC os dois materiais apresentam características POSITIVAS e NEGATIVAS. Talvez o material ideal para o PICC não exista. Até que as indústrias consigam desenvolver um material que atenda a todas as propriedades de permanência e inserção ideais, os profissionais terão que pesar as “vantagens e desvantagens” do silicone e do poliuretano; em termos de suas propriedades na permanência de longo prazo, conforto do paciente em relação à resistência mecânica e a facilidade de inserção. O tipo adequado de material do PICC para infusão de NPT ainda não se encontra em literaturas. O que conseguimos até hoje, é apenas mostrar as propriedades de cada material, e no caso do PICC, tempo de terapia e manutenção, é que são os fatores primordiais. Concluindo: tendo bom conhecimento da composição da NPT a ser infundida, e realizando as rotinas de manutenção adequadas, o material fica a critério do profissional. O Enfermeiro ainda é a melhor pessoa para realizar todas estas avaliações. O que fazer quando ocorre vazamento no local da inserção do PICC? Responde a enfermeira Isabel Amendola, Consultora Educacional BD no Rio de Janeiro: – A observação e o monitoramento são fundamentais para definir uma conduta que poderá ser a retirada do cateter para minimizar os riscos de IRC. O vazamento no óstio de inserção pode ser causado por dano (fenda) no cateter. Isso pode ocorrer por uso de seringas inadequadas, objetos cortantes e introdutores, entre outras causas. O vazamento também pode acontecer pela diminuição do turgor da pele no local da inserção. Para prevenir vazamentos é aconselhável a utilização de técnicas que minimizem danos ao cateter e inspeção do mesmo antes da inserção. Quais os índices de insucesso na progressão do cateter PICC? Responde a enfermeira Luciana Bianchini, Consultora Educacional BD em Belo Horizonte: – Não existem dados estatísticos sobre insucesso na progressão do PICC. Mas sabemos que alguns fatores podem dificultar a progressão do cateter: Vasoconstrição causada por hipotermia, instabilidade hemodinâmica e outros motivos. Punções periféricas anteriores que diminuem a integridade venosa e impedem a progressão. Calibre do cateter inadequado à veia de escolha. Vasoespasmo, presença de válvulas, posição inadequada do paciente e outros fatores. Referências Bibliográficas: www.cateterpicc.com.br www.ccih.med.br www.ctav.com.br • Nutrição Oral, Enteral e Parenteral na Prática Clínica – Dan L. Waitzberg • Organisation of Intensive Care (BMJ,1999; 318 : 1468 – 1970). • Pautas e Condutas da Terapia Intensiva do Hospital das Clínicas – UFPE. • Freitas LCM. Apostila 1: Conceitos teóricos Básicos para a Intalação do CCIP. Rio de Janeiro, CEI,2000. • Pettit, Janet, Wyckoff Mary. Perypherally Inserted Central Catheres, Guideline for Practice, NANN, 2002. • Frey, Anne Marie, PICC complications in Neonatos e Children, JAVA, 2003. Jornal Intravenous • Suplemento Especial • Ano V • nº 13 Influência do sistema fechado de infusão venosa sem agulha na incidência das infecções de corrente sangüínea (ICS) em crianças operadas no INCOR - HC. FMUSP Processos para o diagnóstico de IRC: – Resultados preliminares – etapas críticas Por: Dirceu Carrara, Tânia Mara Varejão Strabelli e David Everson Uip 1. Introdução A incidência das ICS depende do tipo e tempo de uso do cateter, das características clínicas e aptidão dos profisEnf. Dirceu Carrara sionais na sua utilização. A patogenia da infecção de corrente sangüínea é multifatorial, podendo ocorrer por contaminação da solução de infusão, nas conexões entre o cateter e as linhas de infusão, no sítio de inserção e/ou por colonização endógena do cateter. O sistema sem agulhas foi idealizado para reduzir o uso destas e é considerado um sistema fechado, sugerindo eficácia na prevenção de ICS. Tem sido demonstrado que, quando se utilizam rotineiramente estes conectores, há redução no número de acidentes e infecções, além de redução nos custos. 2. Objetivo O objetivo deste estudo foi verificar a influência do sistema fechado de infusão venosa na incidência das infecções da corrente sangüínea (ICS) em crianças operadas no InCor-HC. FMUSP. 3. Métodos Foram avaliadas prospectivamente 422 crianças de ambos os sexos, com idade ≤ 7 anos, cardiopatas congênitas submetidas à cirurgia cardíaca no período de 11/12/01 a 28/04/03 e foram aleatorizadas para receberem sistema de infusão venoso aberto ou fechado. Usou-se o sistema aberto em 212 crianças e fechado em 210. Para cada cateter foram coletados: hemocultura, swab da pele, hubs e ponta de cateter, sendo estas analisadas pelo método quantitativo. 3.1. Manipulação do Sistema Antes da manipulação do sistema, foi Ano V • nº 13 realizada a lavagem básica das mãos com solução antiséptica degermante (gluconato de clorexidina 2%) ou a higienização com gel alcoólico 70% e para administração de medicações venosas foi feita a desinfecção das cânulas e injetores com solução alcoólica 70%. 3.2. Curativos do Sítio de Inserção dos Cat eteres Cate Os curativos do sítio de inserção dos cateteres foram realizados a cada 24 horas, ou, quando sujo, com presença de sangramento ou úmido, sendo utilizada para a limpeza solução fisiológica 0,9%, feita a secagem e, em seguida, aplicada solução de clorexidina alcoólica 0,5%. Para a proteção do sítio de inserção foram utilizadas gaze estéril e fita adesiva. 4. Resultados Ao analisarmos os resultados das culturas identificamos que para o Swab do hub positivo, 1,43% no grupo que usou sistema fechado e 3,30% no aberto (p=0,33); ponta de cateter positiva, 8,57% no fechado e 7,55% no aberto; hemocultura positiva, 5,24% no fechado e 4,25% no aberto e swab do sítio de inserção positiva, para pacientes que utilizaram o sistema aberto, 12,26% apresentaram cultura positiva e 10,95% daqueles que utilizaram o sistema fechado (p=0,7616). ICS primária: 0,47% no fechado e 1,41% no aberto; ICS clínica: 0% no fechado e 3,3% no aberto. O risco de um paciente usando o sistema aberto apresentar cultura positiva para o hub é 2,31 (IC95%: 0,60 - 8,81) vezes maior que usando sistema fechado. 5. Conclusão Os resultados sugerem que o sistema de infusão venosa fechado apresenta-se como fator de proteção contra ICS relacionada a cateteres. Este trabalho foi apresentado no IX Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar Salvador-BA (Setembro de 2004). Na implantação do cateter há o rompimento da barreira do tecido cutâneo colocando o paciente em risco de desenvolver infecções a ele relacionadas. O local da inserção do cateter torna-se colonizado por bactérias da pele do paciente, principalmente por es- Dra. Antonia Machado tafilococos e Corynebacterium jeikeium, ou com as carreadas pelos profissionais de saúde. Estes agentes poderão ser responsáveis por infecções locais, com a possibilidade de infecção primária da corrente sangüínea adquirida através da inserção, ou do lúmen cuja fonte é a colonização do hub ou a infusão de fluídos contaminados. A colheita e o transporte da amostra clínica, do local da inserção ou a ponta do cateter, são etapas críticas para a execução adequada do exame para o diagnóstico de infecções relacionadas ao cateter. A cultura da ponta de cateter pode ser semiquantitativa ou quantitativa, utilizando os métodos descritos por Maki e Sherertz, respectivamente. A interpretação é feita através da contagens de colônias do isolado, sendo que o isolamento de ≥ 15 UFC/mL na semiquantitativa e ≥ 1000 UFC/mL na cultura quantitativa, é sugestiva de que o cateter seja a fonte de infecção da corrente sangüínea. A cultura quantitativa consiste em depositar o segmento do cateter em 10 mL de BHI (Brain Heart Infusion), sonicar a 55.000 hertz por 4 vezes durante 30 segundos, com intervalo de 30 segundos em cada sonicação. Levando em conta o ponto de corte de ≥ 1000 UFC/mL, o método tem 93% de sensibilidade e 94% de especificidade no diagnóstico de bacteremias relacionadas a cateter. Dra. Antonia M. O. Machado Diretora Técnica do IDIPA Laboratórios 7 Debates e relatos de experiências no Chat do CCIH iversos aspectos nos procedimentos adotados atualmente em Terapia Intravenosa foram discutidos no Chat do CCIH. A sessão interativa contou com a participação de mais de 30 profissionais de sáude com ampla experiência em acesso vascular e que trabalham em instituições hospitalares, entidades e empresas da área. Sob a coordenação do Dr. Antônio Tadeu Fernandes, representantes da Infusion Nurses Society – INS Brasil, do Centro de Treinamento em Acesso Vascular- CTAV e da Ellu Saúde, trocaram informações e relataram suas experiências sobre os problemas mais freqüentes enfrentados no dia-a-dia na terapia IT. A permeabilização de dispositivos intravenosos foi um dos assuntos mais questionados no chat. Segundo D um dos debatedores, “existem trabalhos com cateteres periféricos que mostram que não existem diferenças em relação ao soro fisiológico e heparina, inclusive as concentrações de heparina acima de 24U/dia apontam para alterações de coagulação sangüínea”. Foram dados esclarecimentos sobre curativos e permeabilização em cateteres dentre outros. Para quem tem interesse em saber mais sobre infecção relacionada a cateter, compatibilidade entre fármacos de administração endovenosa, vale a pena acessar o chat que está na página do CCIH. Participar desses debates providos pelo site é uma excelente opção de obter e passar informações de forma interativa sobre os mais variados temas que envolvem os serviços de saúde. Confira no site: O Conselho Regional de Enfermagem do Paraná validou os certificados de 27 profissionais de Enfermagem que receberam treinamento no Curso de Qualificação do Cateter Central de Inserção Periférica. Eles participaram do curso sobre o PICC realizado em Curitiba em 2002 com o enfermeiro Jim Lacy, dos Estados Unidos. A validação foi determinada pela presidente do Conselho, Jurandy Kern Barbosa e foi divulgada na edição 65 do Jornal do Coren-PR. De acordo com a resolução Cofen 258/ 2001, o enfermeiro estará habilitado a realizar a inserção de cateter periférico central somente após submeter-se à qualificação e/ou capacitação profissional. www.ccih.med.br Grupo de Estudos do PICC lança manual F Coren-PR valida certificados de curso sobre o PICC oi lançado o Manual de Cateterização Central de Inserção Periférica CCIP/PICC, onde são abordados de forma objetiva os procedimentos básicos e as principais indicações de uso do cateter de longa permanência, técnica de inserção e retirada do dispositivo, além de recomendações de prevenção às complicações. O manual é de autoria de Marlene Pezzi, consultora educacional da BD e co-autoria de Anaelí Brandelli Peruzzo, Alice Maria Paulo Araújo, Edite Moraes, Luiza Yoshimoto, Márcia Otero Sanches, Sandra Sanseverino e Teresa Baratto Leonardi. Todas elas integram o Grupo de Estudos do Cateter Central de Inserção Periférica de Porto Alegre, cuja proposta é continuar produzindo material técnico e científico, contribuindo com o desenvolvimento do profissional de saúde que trabalha com técnicas avançadas de acesso vascular. O manual pode ser adquirido por R$ 20,00 na Editora EPUB, tels. (51) 3351-2361, 9127-9041 e 9116-9298, fax (51) 3334-4753. Também pode ser solicitado via e-mail: [email protected] APECIH lança guia de controle de infecção extra-hospitalar A publicação foi coordenada por Régia Damous Feijó, Crésio Romeu Pereira e Ana Paula Coutinho, integrantes da diretoria da APECIH. Trata-se de uma compilação de textos com orientações e recomendações formuladas por profissionais brasileiros e internacionais de referência em controle de infecção. O guia é dividido em 4 partes com abordagens básicas e gerais de biossegurança na assistência médica fora dos hospitais, assistência ambulatorial, assistência domiciliar e serviços de longa permanência. O manual está à venda por R$ 20,00 e pode ser adquirido na APECIH: Rua Itapeva, 486, 10º andar, conj. 106, Bela Vista, São Paulo, SP, CEP 01332-000. Tel. (11) 32538229. Faça sua aquisição pelo site: www.apecih.org.br é uma publicação da BD. Diretor da Publicação: Maurício Grimoni. Coordenadoras: Katia Teixeira e Daiana Cabral. Coordenadora Científica: Silvana Torres. Jornalista Responsável: Milton Nespatti (MTb-SP 12.460). Revisão: Sérgio Cides. Projeto Gráfico e Diagramação: Alvo Propaganda & Marketing. Os artigos podem ser publicados desde que citada a fonte. As opiniões e conceitos publicados são de inteira reponsabilidade dos autores e entrevistados. UMA INICIATIVA DA FUNDAÇÃO ABRINQ PELOS DIREITOS DA CRIANÇA Você Faz o Intravenous e ganha um brinde V árias sugestões de temas para serem publicados, dentro da promoção Você Faz o Intravenous, continuam chegando ao CTAV. Estes são alguns temas sugeridos: “Questões éticas no uso dos cateteres”, assunto sugerido por Celida Luna Mendivil. “Palestras interativas, simultâneas”, Márcio Nagatsuka. “Cateteres PICC confeccionados em poliuretano”, Márcia Otero Sanches. Continue mandando sugestões e receba um brinde. Acesse o site www.ctav.com.br e envie e-mail com o tema que deseja ler no Intravenous. Ajudando as pessoas a viverem vidas saudáveis