Terapia Intravenosa e complicações associadas

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Ajudando as
pessoas a viverem
vidas saudáveis
Publicação Especializada em Terapia Intravenosa
-
Ano V - nº 12
Terapia Intravenosa
e complicações associadas
Terapia Intravenosa (TIV) abrange ções associadas à prática da TIV, como: hediversos aspectos do cuidado, sen- matomas, tromboses, flebites, tromboflebido importante que o enfermeiro tes, infiltrações, extravasamentos, infecções
desenvolva competências que con- locais, embolia por cateter, embolia gasotribuam para a implementação qualificada sa, dentre outros, considerando-se princide cuidados relacionados a cada uma des- palmente os aspectos de como identificar,
tas etapas. É evidenprevenir e tratar, de
te que a determinamodo que estes coção do nível de comnhecimentos, culmipetência só poderá
nem com o desenvolocorrer quando os
vimento de rotinas de
integrantes da equimonitorização, por
pe de enfermagem
meio de protocolos
estiverem aptos a reassistenciais que
fletir sobre os resulabranjam as especifitados de suas ações
cidades de cada indie quando houver um
víduo e complicação.
planejamento direCabe aqui ressaltar,
Machado – Mestre em Enfermagem
cionado para a ava- Ariane Ferreira
uma
publicação oficia.
Pediátrica e Enf da Unidade Pediátrica do Hospital São Paulo
liação dos resultaal
da
Intravenous
a.
Maria de Jesus C. S. Harada – Prof Adjunto do
dos, pois este é o ali- Depto. de Enfermagem da UNIFESP
Nurses Society 1998
cerce da competên- Mavilde da L. G. Pedreira – Profa. Adjunto do Depto. – Revised Intravenous
de Enfermagem da UNIFESP
cia profissional.
Nursing – Standards
of Pratice, sobre os
Ao longo de décadas, a equipe de enfermagem vem incor- padrões da prática de enfermagem em teraporando, no dia-a-dia, atividades cada vez pia intravenosa, em que conceitua, classifica
mais complexas relacionadas à prática de e fornece recomendações para a prática de
TIV, como inserção de dispositivos vascu- terapia intravenosa com segurança. Bem
lares, incluindo os cateteres periféricos de como, o livro Manual de Terapia Intravenolocalização central, além da manutenção sa, de Phillips LD- 2001, onde se encontram
de cateteres, como os implantáveis e semi- detalhadamente descritas as complicações asimplantáveis. Porém, a enfermeira precisa sociadas à TIV, sua prevenção e tratamento.
assumir no mesmo compasso, os mecanisDestaca-se a necessidade do desenvolmos de controle de risco que advêm desta vimento de estudos clínicos com controprática, incluindo neste aspecto avaliação le rigoroso das variáveis envolvidas, soda prática que contribua para a geração de bre este tema, especialmente em nosso
ações seguras.
país, a fim de executar práticas baseadas
Igualmente, chama-se a atenção, que em em evidência. Neste contexto, realça-se a
nenhuma circunstância os procedimentos re- formação do enfermeiro, o fortalecimenlacionados à TIV, devem ser considerados to de parcerias entre Instituições–Univercomo simples, pois envolvem vários passos sidades–Indústrias e Entidades de Classe
e muito destes, complexos. Assim, um as- para o desenvolvimento destes estudos.
pecto que merece destaque, neste contexto,
E-mail para contato:
é o conhecimento atualizado das [email protected]
A
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1
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Mitos e fatos da
terapia EV na UTI
Neonatal
A Dra. Rosana Richtmann, do Hospital e Maternidade Santa Joana,
Pro Matre Paulista e Instituto de
Infectologia Emílio Ribas, questiona conceitos e aborda os desafios
do acesso vascular na UTI Neonatal. Leia na página 2.
Terapia Intravenosos
a
Intravenososa
no Atendimento
Domiciliar
A Dra. Regia Damous Fontenele
Feijó, da CCIH do Hospital Estadual Vila Alpina e Instituto de
Infectologista Emílio Ribas, e a
Dra. Najara Maria Procópio de
Andrade, da CCIH do Hospital
Dr.Carlos Lacaz, indicam critérios
e dão recomendações para a terapia intravenosa em home care.
Leia na página 3.
Prevenção de infecções
Veja as recomendações do CDC
e do INS sobre técnicas assépticas para curativos em cateteres
centrais. Leia na página 4.
Participe do Chat sobre
Terapia Intravenosa
Um debate on-line sobre questões
envolvidas nos processos intravenosos está marcado para o dia 30
de junho, a partir das 20 horas, no
Chat do CCIH (www.ccih.med.br)
Saiba mais detalhes deste e outros
eventos no Ponto de Encontro que
está na última página.
ção
Nova Promo
Você Faz uos
Intraveno
Desafios do Acesso Vascular
na UTI Neonatal
Por: Dra. Rosana Richtmann
oda vez que discutimos o acesso
vascular em UTI neonatal (UTIN),
estamos diante de um enorme
desafio. Numa análise fria e real, hoje
um feto maior que 24-25 semanas de
idade gestacional pode nascer prematuramente e passar a “outra metade da gestação” fora do útero materno, nas nossas mãos dentro da UTIN. Todas as necessidades para seu desenvolvimento deverão ser fornecidas de forma adequada, sempre pensando em minimizar o
risco do seu principal “tropeço” que são
os quadros infecciosos, em especial os
relacionados aos acessos vasculares. Precisa desafio maior que este?
A média de internação de um RN
<1.000g dentro do hospital é cerca de
80 dias. Habitualmente estes RN prematuros são instáveis e com grande variabilidade clínica. Portanto nunca podemos
prever a melhor via terapêutica para estes pacientes, visto que há grande variação na necessidade do acesso endovenoso
(EV). Temos que conhecer e definir a
medida certa entre a oferta hídrica e nutricional para um crescimento sustentado e por outro lado o risco da sobrecarga
volêmica pulmonar e hemodinâmica.
Todo nosso conhecimento está baseado e fundamentado nas experiências com
pacientes adultos e crianças maiores e, à
luz destes conhecimentos, transportamos
os mesmos para o RN, achando que é a
mesma coisa. Temos que ter em mente
que o RN não é um adulto em miniatura. Adulto é adulto e bebê é bebê.
A maioria dos nossos bebês na UTIN
nasce 10 a 16 semanas antes do previsto. Um dos grandes desafios relacionados com o acesso EV no RN prematuro
é manter a pele íntegra e minimizar traumas cutâneos causados por fitas adesivas usadas para fixação dos acessos. Portanto, devemos evitar ao máximo o uso
de fitas, removê-las com muito cuidado
e somente quando necessário. A troca
do curativo de um acesso central deve
ser a menor possível, pois o risco de
lesão cutânea peri-cateter ultrapassa o
eventual risco da manutenção do curativo por 7 ou mais dias. Daí a vantagem
de usar película transparente na neonatologia que permite a observação do sítio de entrada do cateter todo o tempo.
T
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2
Existem na neonatologia alguns “mitos” que temos que desmistificar. Até
recentemente imaginava-se que quanto
mais se esperasse para passar um cateter venoso central (CVC) e só efetuá-lo
ao esgotar as possibilidades periféricas
estaríamos “prevenindo” sepse neonatal.
Hoje sabemos que todo o RN que tenha
previsão de usar mais de 7 dias de acesso EV deverá receber um acesso central, sendo a primeira escolha os cateteres centrais de inserção periférica (chamados PICC). Minha conduta nos prematuros é inserir o PICC com 72h de
vida, com o mesmo rigor asséptico de
um procedimento cirúrgico.
Outro “mito” é que se o RN apresenta
sinais ou sintomas de infecção devemos
remover o CVC. Se fosse verdade, teríamos que remover os CVC quase que diariamente, pois os sintomas mais comuns
num prematuro são os “infecciosos”. Sempre temos que ponderar que aquele é o
Por que os RN são um grande desafio para
terapia EV?
• Longo período de internação.
• Problemas multi-sistêmicos.
• Necessidade de acesso EV prolongado.
• Instabilidade clínica freqüente.
• Outras vias de administração de medicação não
confiáveis ou não toleráveis.
Características dos RN da UTIN
• Nascidos 10 a 16 semanas antes do previsto.
• Imaturidade imunológica.
• Pouca absorção de terapia VO.
• Pele imatura.
Tipos de cateteres usados na UTIN
• Periféricos.
• Centrais de inserção periférica (PICC).
• Umbilicais arterial e venoso.
• Cateteres cirurgicamente implantados.
“Mitos” da neonatologia
• Esgotar todas as possibilidades periféricas antes
de indicar CVC.
• Todas as medicações podem ser dadas por
via periférica.
• Concentrações de solução glicosada acima de
15% é aceita.
• Infundir medicação com um volume mínimo
possível.
• Infundir medicação o mais rápido possível para
evitar interação droga/fluido.
• CVC apresenta custo muito elevado.
• Remover os CVC diante do primeiro sinal de
infecção.
Dra. Rosana Richtmann – Médica infectologista
do Hospital e Maternidade Santa Joana, Pro Matre
Paulista e Instituto de Infectologia Emílio Ribas. Doutora
em Medicina pela Universidade de Freiburg - Alemanha
único acesso EV disponível, inclusive
para iniciar a antibioticoterapia, quando
indicada. Portanto hoje, antes de sacarmos os CVC num quadro infeccioso, colhemos hemocultura central (pelo CVC)
e periférica, e iniciamos o antibiótico pelo
CVC. Após 48-72h com a cultura em
mãos e avaliação clínica favorável, mantemos o acesso e continuamos a terapia.
Se por outro lado houver piora do quadro clínico ou crescimento de fungo, indicamos a remoção do CVC. A indicação de flebotomia é muito específica,
só sendo aceita em situações especiais.
Outro “mito” é o elevado custo dos
CVC. A cada sepse prevenida, a economia não é apenas financeira, mas principalmente o menor tempo de UTI,
menor uso de antibióticos e impacto na
resistência, além é claro do menor risco
de vida. Acredito ser de grande valia neste tema a criação do chamado “grupo
de cateter” formado por profissionais
médicos e enfermeiras, que são responsáveis e treinados para inserir e manter
os acessos EV. A grande maioria dos profissionais que trabalha em neonatologia
aprende e adquire experiência no seu
dia-a dia. O risco de insucesso nos cuidados com um grupo treinado é muito
menor quando comparado com a universalização dos cuidados com os CVC.
Concluindo, a grande arte dos cuidados neonatais é aprender a “captar” as
mensagens que o nosso “pacientinho”
indefeso tenta nos passar e melhorar o
ambiente desfavorável que ele irá passar nos próximos 60 a 90 dias de sua
vida com luz acesa, barulho e manipulação “non stop”.
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E-mail para contato:
[email protected]
Ano V • nº 12
Terapia Intravenosa no Atendimento Domiciliar:
critérios e recomendações básicas
Entrevista com as Dras. Najara Maria Procópio de Andrade e Regia Damous Fontenele Feijó
Intravenous – Quais os critérios de escolha de dispositivos para acesso
vascular no atendimento domiciliar? O
que difere dos critérios de escolha em
ambiente hospitalar?
Doutoras – A escolha do tipo de cateter
a ser utilizado no domicílio difere do
ambiente hospitalar, sobretudo com relação às condições de suporte para possíveis intercorrências e disponibilidade
de recursos e pessoal treinado para manuseio desses dispositivos. Porém, no
hospital existe também a exposição a
outros pacientes e ao risco de aquisição
de infecções hospitalares, sobretudo por
patógenos resistentes aos antibióticos
convencionais. Não existem reais indicações sobre qual cateter escolher no
domicílio e todos os tipos podem ser
utilizados (periféricos, tunelizados, não
tunelizados, cateteres centrais inseridos
perifericamente – PICC, cateteres inseridos no tecido celular subcutâneo). A
decisão vai depender do estado clínico
do paciente (pacientes idosos, crianças,
pacientes emagrecidos, em uso de medicações endovenosas por tempo prolongado); medicação a ser administrada;
tempo provável de permanência do cateter e condições de manejo desse cateter (disponibilidade de material, de pessoal capacitado, etc).
Intravenous – Qual a melhor opção,
cateter periférico ou cateter central, tomando-se em consideração: a) o estado
do paciente; b) o local de inserção; c) o
sistema venoso?
Doutoras – Indiscutivelmente, se as condições de acesso, medicações e do paciente permitirem, a escolha por um cateter venoso periférico é sempre a melhor
opção pela facilidade de manuseio e menor risco de complicações mecânicas e
infecciosas. De acordo com a recomendação do Center of Disease Control and
Prevention (CDC), estes devem ser inseridos preferencialmente nos membros superiores e nas suas extremidades distais
e trocados a cada 72-96 hs ou em caso de
suspeita de início de infecção. Deve-se
sempre enfatizar a importância da lavagem das mãos antes e após o seu manu-
seio, a anti-sepsia da pele antes da passagem do dispositivo, e a necessidade de
mantê-los adequadamente cobertos com
curativo semipermeável ou com gaze.
Com relação aos cateteres venosos centrais, caso haja a necessidade do seu uso
(pacientes debilitados, emagrecidos, em
uso de quimioterápicos ou drogas irritativas para o sistema venoso, pacientes
recebendo nutrição parenteral) estes devem ser passados em ambiente hospitalar (pelo risco de complicações mecânicas como sangramentos, pneumotórax,
etc) sob técnicas assépticas. Pela menor
chance de complicações infecciosas
deve-se dar preferência pelo acesso à
suclávia em relação à jugular e femoral
e pelos cateteres de silicone e poliuretano. No domicílio devem ser mantidos
cobertos (não existe diferença com relação ao uso de curativos transparentes ou
com gaze) e os curativos trocados quando se apresentarem úmidos ou com sujidade aparente. As mãos devem ser adequadamente lavadas antes e após o seu
manuseio. Deve-se evitar a utilização de
múltiplas vias. Não existe recomendação clara quanto à utilização de cateteres com filtros, impregnados com antibióticos ou anticoagulantes e eles devem
ser retirados tão logo não sejam mais
necessários ou na suspeita de infecção.
Intravenous – Quanto aos risco de complicações, como evitá-las?
Doutoras – As complicações relacionadas ao uso de cateteres venosos (periféricos e centrais) são:
a) Não infecciosas:
flebite;
trombose de veias profundas;
embolização do cateter;
migração do e/ou partes do cateter;
ruptura do vaso (hemorragias, tamponamento pericárdico);
reações de hipersensibilidade.
Como forma de preveni-las, sobretudo é
imprescindível a disponibilidade de pessoal treinado para passagem e manuseio
desses dispositivos e sempre atentos para
a provável existência de quaisquer uma
Dra. Najara Maria Procópio de Andrade
Médica infectologista da CCIH do Hospital Dr.Carlos Lacaz
Dra. Regia Damous Fontenele Feijó
Médica infectologista da CCIH do Hospital Estadual
Vila Alpina e Instituto de Infectologista Emílio Ribas
dessas intercorrências. Associado a isto
é importante que haja condições de fácil
contato com um centro de referência
(hospital ou central de atendimento domiciliar) para um atendimento em tempo hábil e com eficiência.
b) Infecciosas:
infecção do sítio de saída, do túnel
e infecção da corrente sanguínea;
endocardite.
Para evitar tais complicações devem-se
padronizar recomendações de passagem
sob técnicas assépticas e manuseio adequado; educação com relação às práticas de lavagem de mãos, dando preferência pela passagem em veias periféricas ou veia subclávia, jugular ou femural; preferir cateteres de silicone ou poliuretano; evitar utilização de múltiplas
vias; manter sob curativo limpo e seco e
evitar seu uso prolongado. A equipe deve
estar treinada para a detecção precoce
de sinais e sintomas sugestivos de infecção (hiperemia, dor ou secreção no local de inserção, febre, calafrios), orientada para coleta de hemoculturas, se
possível, e retirada do cateter oportunamente. Nos casos dos cateteres centrais, a ponta deve ser enviada para cultura semi-quantitativa e o resultado, associado ao quadro clínico, pode ser útil
na decisão de se iniciar tratamento antimicrobiano específico.
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E-mails para contato:
[email protected]
[email protected]
3
Respostas às
Cartas
Curativos em cateteres centrais
– Sou enfermeira e gostaria de receber informações sobre técnicas de
curativos de cateteres venosos centrais. (M. R. L. U. de São Paulo)
R.: Os curativos realizados em cateteres centrais devem obedecer rigorosamente a técnica asséptica na
sua realização.
Utilizar gaze estéril ou filme transparente semipermeável para cobrir o
sítio de inserção (Cat. IA1).
„
Os curativos devem ser trocados
a cada 48 horas para evitar excesso
de manipulação no local. Se utilizado curativo filme transparente, os
mesmo devem ser trocados a cada 7
dias, exceto em pacientes pediátricos
nos quais o risco de deslocamento
do cateter é maior do que o benefício da troca (Cat. IB2).
„
Os anti-sépticos utilizados devem
seguir os protocolos estabelecidos
pela instituição. Devem ser preferidos anti-séptico com largo efeito residual, solução à base de clorexidina
a 2% e tintura de iodo, iodósforos
ou álcool a 70% podem ser utilizados como alternativa (Cat. IA1).
„
Não é recomendado para a utilização de clorexidina lactentes com
idade menor de 2 meses.
„
Não aplicar solventes orgânicos
(por exemplo: acetona e éter) na pele
„
antes da inserção do cateter ou durante as trocas de cateter (Cat. IA1).
„ Não usar topicamente pomada ou
creme contendo antibiótico no local
de inserção (exceto em hemodiálise),
devido ao seu potencial de promover infecções fúngicas e resistência
antimicrobiana (Cat. IA1).
„ Não submergir o cateter em
água. Permite-se duchas caso as precauções foram tomadas para reduzir a probabilidade da entrada de
organismos no cateter (por exemplo, caso o cateter e o dispositivo
de conexão estejam protegidos por
uma trama impermeável durante a
ducha) (Cat. II3).
1. Categoria IA. Fortemente recomendada para a implementação e
fortemente corroborada por estudos
bem projetados experimentais, clínicos ou epidemiológicos.
2. Categoria IB. Fortemente recomendada para a implementação e
corroborada por alguns estudos experimentais, clínicos ou epidemiológicos, e com forte análise teórica.
3. Categoria II. Sugerida para a implementação e corroborada por estudos sugestivos clínicos ou epidemiológicos ou uma análise teórica.
Fontes: CDC – Guidelines para prevenção das infecções relacionadas a
cateteres intravasculares; INS –
Infusion Nursing Standards of Practice
(veja a íntegra na biblioteca do site do
www.ctav.com.br
CTAV (www.ctav.com.br
www.ctav.com.br).
Colaboração: Enfa. Elenice Kocssis
(3M do Brasil).
Perguntas e Respostas sobre PICC
Indicações para uso de PICC
– Quais são as indicações do tamanho
do PICC com relação às diferentes faixas etárias dos pacientes e onde posso encontrar referências e estudos sobre este tipo de cateter?
R.: Quanto ao tamanho, o PICC é indicado de acordo com as seguintes
faixas etárias:
Neonatos (menor que 1 ano): 1.2FR e
1.9FR.
Infantil (de 1 a 5 anos de idade): 2.8FR
e 3FR.
Crianças maiores e adolescentes (de 5
a 8 anos de idade) e adultos: 3FR, 4FR e
5FR.
Geriatria: 2.8FR, 3FR e 4FR.
Estas indicações ficam sujeitas à avaliação do acesso venoso, peso e outros fatores. As referências e os estudos sobre PICC podem ser encontrados na biblioteca do CTAV:
www.ctav.com.br
Relato de 8 casos de
difícil remoção de
PICC em crianças
com fibrose cística
•
•
•
•
Lawrence S Miall, MBBS, BSc, M MedSc
Abhi Das, MBBS
Keith G. Brownlee, MB ChB
Steve P. Conway, MA
s autores do artigo publicado
no Journal of Infusion Nursing
(volume 4, no 5, setembro/outubro de 2001) apresentam o relato de 8 casos de difícil remoção do
PICC em pacientes pediátricos com
fibrose cística. Em duas situações foram necessários procedimentos cirúrgicos para a retirada dos cateteres.
A etiologia provável e as estratégias
para a retirada do cateter são discutidas
no artigo. A incidência da resistência
do cateter à remoção durante o período do estudo foi maior que descrito anteriormente, possivelmente devido ao
uso de cateteres de poliuretano e em
razão das crianças já terem sido previamente submetidas à inserção de vários
dispositivos intravenosos.
O artigo conclui que uso do PICC
melhorou significativamente o tratamento de crianças e jovens adultos
com fibrose cística, possibilitando
longos tratamentos domiciliares com
antibióticos intravenosos, evitando-se
assim a necessidade de repetidas venopunções. Porém, para ser aceitável
pelo paciente, o PICC deve ser de fácil inserção, ter uma duração adequada, baixas taxas de oclusão e infecção
e ser de fácil remoção.
A dificuldade de remoção do cateter provoca considerável sofrimento
aos pacientes e a seus familiares. A
fim de evitar este tipo de complicação, aconselha-se o uso de medidas
preventivas e aplicação das técnicas
para a remoção da linha aderida à veia.
O
O artigo completo do Journal of
Infusion Nursing, com as recomendações para aplicação dessas técnicas, estão na biblioteca do site do
CTAV: www.ctav.com.br
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3/6/2004, 14:03
Cuidados Intensivos no Paciente Oncológico Pediátrico
Artigo Científico: do desafio à conquista
Organizadores:
Antonio Sérgio Petrilli
(Professor Adjunto do Depto. de Pediatria da UNIFESPEPM, Médico Oncologista Pediátrico e Diretor Geral
do Instituto de Oncologia Pediátrica, IOP).
Werther Brunow de Carvalho
(Professor Livre-docente do Depto. de Pediatria da
UNIFESP-EPM, Chefe das Unidades de Cuidados Intensivos Pediátricos do Hospital São Paulo, Hospital Santa Catarina e Beneficência Portuguesa de São Paulo).
June Ho Lee
(Médico responsável pela Unidade de Cuidados Intensivos Pediátricos do Instituto de Oncologia Pediátrica, IOP. Mestre em Pediatria pela UNIFESP-EPM).
1ª. Edição – 306 páginas
Preço: R$ 47,00
Editora: Atheneu
www.atheneu.com.br
ma obra que traz o conhecimento teórico e
prático dos docentes da
Unidade de Cuidados
Intensivos Pediátricos do IOP, do
Departamento de Pediatria da
UNIFESP-EPM. São abordados
temas específicos de cuidado intensivo oncológico de difícil
U
acesso na literatura existente,
com enfoque do trabalho multiprofissional e interdisciplinar.
Os autores dão um enfoque voltado à prática clínica para a beira do leito, dirigido tanto a médicos como a enfermeiros que
atuam na área da oncologia
pediátrica.
Victoria Secaf
(Professora da Escola de
Enfermagem da USP)
3ª. Edição – 147 páginas
Editora: Greenforest do
Brasil – [email protected]
Tel. (11) 3083-4794
ste é um livro
para quem necessita de orientação na elaboração de projetos de pesquisa, monografias, teses, dissertações e qualquer outro tipo de trabalho científico para ser publicado ou apresentado em eventos.
Há anos, a professora Victoria Secaf vem se dedicando à formação de autores de publicações científicas e nesta obra, seu texto é dirigido a docentes,
universitários e profissionais interessados em pesquisa. Os capítulos podem ser lidos em seqüência
ou consultados para esclarecimentos de questões específicas, como: ordem de apresentação dos nomes
dos autores, dicas para a criação de títulos de artigos, seleção de periódicos para publicação e diversas outras recomendações.
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Ano V • nº 12
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3/6/2004, 14:03
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Terapia Intravenosa em debate
no Chat do CCIH
uem entrar no Chat do CCIH
às 20 horas no dia 30 de junho,
poderá participar do debate online sobre
Terapia Intravenosa.
Serão discutidos os
aspectos envolvidos
no acesso vascular,
tais como compatibilidade e interação de
drogas, e destas com
as linhas de infusão,
vias de administração
e outros fatores relacionados aos processos intravenosos.
O chat terá a coordenação do CTAV
e contará com a participação de integrantes da Infusion Nurses Society - INS
Brasil que será representada na ocasião
pela presidente, Helena Kishi; o vicepresidente, Dirceu Carrara; e a diretora
científica, Silvia Secoli.
O Chat do CCIH é uma forma dinâmica para a troca de experiências on-
Q
line sobre o prevenção e controle de
infecção hospitalar e temas correlatos.
Os encontros ocorrem sempre às quartas-feiras, a partir das 20 horas,
com duração de
uma hora. Os
participantes
podem dar suas
opiniões ou enviar dúvidas
que são respondidas no decorrer da sessão.
Para participar é preciso se
inscrever no chat com antecedência e
isso é muito fácil de fazer: basta entrar
no site www.ccih.med.br, clicar no link
Chat do CCIH e seguir as instruções.
Quem estiver inscrito no chat recebe,
em sua caixa postal, a relação dos batepapos programados e o resumo do que
foi discutido, acompanhado do link das
seções de debate gravadas.
Eventos em Terapia
Intravenosa
Junho 2004
• XI Congresso Brasileiro de
Medicina Intensiva Adulto –
Pediátrico – Neonatal
Data: De 11 a 15
Local
Local: Estação Embratel Convention
Center, em Curitiba-PR
Informações
Informações: Fone (41) 3022-1247 - Fax
(41) 342-05062 - www.cbmi2004.com.br
• Workshop - Atualização em Terapia
Intravenosa – INS
Data
Data: Dia 17
Local
Local: Centro de Convenções Pompéia,
em São Paulo-SP
Informações
Informações: 0800-7722257
Agosto 2004
• VI Jornada de Nutrição em
Oncologia do Hospital do Câncer A.
C. Camargo
Data
Data: Dia 14
Local
Local: Auditório Sen. José Ermírio de
Moraes, em São Paulo-SP
Informações
Informações: (11) 3272-5078 e 32725098 - www.hcancer.org.br
• IX Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia
Hospitalar
Data
Data: De 30 de agosto a 03 de setembro
Local
Local: Centro de Convenções da Bahia,
em Salvador-BA
Informações
Informações: Fone (71) 341-3024 - Fax
(71) 341-2519 - www.portte.com.br
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e-mail, indicando o tema que deseja ler neste
jornal. Cada leitor que indicar um
tema receberá um brinde.
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é uma publicação da BD. Diretora
Medical Surgical Systems: Simone
Agra. Gerente de Marketing Infusion
Therapy Systems: Paulo Gussoni. Coordenadoras: Katia Teixeira e Daiana
Cabral. Coordenação Científica: Silvana Torres. Jornalista Responsável:
Milton Nespatti (MTb-SP 12.460). Revisão: Patrícia E. Yabe. Projeto
gráfico e diagramação: Alvo Propaganda & Marketing. Os artigos podem
ser publicados desde que citada a fonte. As opiniões e conceitos publicados são de inteira reponsabilidade dos autores e entrevistados.
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UMA
INICIATIVA DA
FUNDAÇÃO
ABRINQ PELOS
DIREITOS
DA CRIANÇA
Ajudando as
pessoas a viverem
vidas saudáveis
3/6/2004, 14:03
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