UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE EDUCAÇÃO DA UNIVALI EM SÃO JOSÉ CURSO DE ADMINISTRAÇÃO – HABILITAÇÃO MARKETING CRISTIANE EMÍLIA KUNTZE AÇÕES DE COMUNICAÇÃO DE MARKETING PARA A CASA GRANDE AUTO SHOPPING São José 2007 CRISTIANE EMÍLIA KUNTZE AÇÕES DE COMUNICAÇÃO DE MARKETING PARA A CASA GRANDE AUTO SHOPPING Trabalho de Conclusão de Curso – projeto de aplicação – apresentado como requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel em Administração da Universidade do Vale do Itajaí. Professora Orientador: Ana Paula Lisboa Sohn São José 2007 CRISTIANE EMÍLIA KUNTZE AÇÕES DE COMUNICAÇÃO DE MARKETING PARA A CASA GRANDE AUTO SHOPPING Este Trabalho de Conclusão de Estágio foi julgado adequado e aprovado em sua forma final pela Coordenação do Curso de Administração – Habilitação Marketing da Universidade do Vale do Itajaí, em 05 de Julho de 2007 – constante da ata de aprovação. Prof (a) Luciana Merlin Bervian MSc. Univali – CE São José Coordenador (a) do Curso Banca Examinadora: Profa. Msc Ana Paula Lisboa Sohn. Univali – CE São José Professor Orientador Prof. Dr. Everton Luis Pelizzaro de Lorenzi Univali – CE São José Membro Prof. Dr. Rogério Raul da Silva Univali – CE São José Membro iii Dedico este trabalho em especial a minha mãe que é uma grande guerreira e uma pessoa que me orgulho muito e a memória de meu pai. Também dedico aos meus queridos irmãos que estão sempre ao meu lado. iv Agradeço a Richard Lourenço da Silva que é um grande amigo e admiro muito seu empreendedorismo. Muito obrigada por me deixar realizar meu estágio na Casa Grande Auto Shopping. A minha família pelo amor e compreensão. Em especial ao meu namorado por todo apoio e carinho. A minha orientadora Ana Paula Sohn pela sua amizade e atenção durante este ano. Aos amigos os quais me apoiaram durante o curso, em especial a Path uma grande companheira, conselheira quem sempre me ajudou muito. A Mary que com sua simpatia e sorriso cativante tornou as aulas mais atraentes. Ao meu querido amigo Bruno que com sua mala direta e piadas me fizeram rir muito. Ao Wagner agradeço toda paciência e companheirismo que sem dúvida me fez uma pessoa melhor. Também agradeço a outros amigos muito especiais: Zé, Nega, Dani, Vini, Diogo... A todos os colegas de classe que estiveram presentes em todos os momentos. Aos professores que me ensinaram muito e me possibilitaram a conclusão deste trabalho. v Não é o que possuímos, mas o que somos, Que faz a pobreza ou a riqueza de nossa vida. Philips Brooks vi RESUMO Qualquer ser humano tem a necessidade de comunicar-se, seja para expressar sentimentos, necessidades, alegrias, angustias. No meio empresarial não é diferente, pois as organizações precisam comunicar-se com o mercado e consumidores a respeito de seus produtos, serviços ou na formação da imagem da empresa. A comunicação de marketing é composta por mensagens que atuam na relação vendedor-comprador e é por meio dessas mensagens passadas que irá despertar o interesse do consumidor pelo produto ou serviço. Para auxiliar na comunicação as organizações utilizam do elemento promoção o qual tem a função de informar, persuadir e influenciar as decisões de compra dos consumidores. Este projeto visa sugerir ações de comunicação de marketing para a Casa Grande Auto Shopping. Apresenta-se por intermédio da pesquisa a descrição as ações de marketing adotadas atualmente pela empresa, identifica-se o público-alvo e conhece-se a percepção do cliente em relação às ações de comunicação de marketing. Por meio dos dados coletados sugere-se melhorias e novas ações de comunicação de marketing para a Casa Grande Auto Shopping. Conclui-se que com o direcionamento das ações de comunicação de marketing será possível atingir resultados significativos nas vendas, conquista de novos clientes e manter os já existentes. Palavras-Chave: marketing, comunicação de marketing e promoção. vii ABSTRACT Human beings have the necessity to communicate in order to express feelings, needs, happiness, anguish. In the business field it isn’t different; the organizations need to communicate with the marketing and consumers about their products, services and the building up process of the company image. The marketing communication consists on sending messages which act over the relation sellerbuyer and it’s through these messages sent to the public that the interest of the consumer for the product or service will be arisen. To help the communication, organizations make use of the element promotion, which has the function of informing, persuading and influencing the consumers’ decisions when buying a product. This project intends to suggest marketing communication actions to the Casa Grande Auto Shopping. Through a research the description and marketing actions currently adopted by the company are here presented, the target public is identified as well as the clients’ perception in relation to the marketing communication actions. Through these collected details improvements and new marketing communication actions are suggested to the Casa Grande Auto Shopping. It’s concluded that the directing of marketing communication actions will make possible reaching significant results on sales, conquering new clients and keeping the ones already existing. Key words: marketing, marketing communication and promotion. viii Lista de ilustrações Figura 1 - Diferença entre marketing e venda: evolução do conceito............................ 07 Figura 2 - Intercâmbios mutuamente benéficos............................................................. 10 Figura 3 - Hierarquia de necessidades de Maslow........................................................ 13 Figura 4 - Os 4 Ps do mix de marketing......................................................................... 15 Figura 5 - O processo de gerenciamento em marketing................................................ 45 Quadro 1 - Três eras na história do marketing.............................................................. 06 Quadro 2 - Sinopse da evolução das definições do marketing...................................... 09 Quadro 3 - Possíveis objetivos de propaganda.......................................................... .. 26 Quadro 4 -Vantagens e desvantagens dos principais veículos de propaganda............ 30 Quadro 5 - Objetivos de comunicação dos principais tipos de promoções ao consumidor..... 35 Quadro 6 -.Uso da palavra merchandising..................................................................... 37 Quadro 7- Atividades e responsabilidades na venda pessoal.......................................... 44 Gráfico 1 - Curva de vida de organismos vivos adaptados a produtos.......................... 17 Gráfico 2 - Município onde reside.................................................................................. 55 Gráfico 3 - Bairro onde reside........................................................................................ 56 Gráfico 4 - Sexo dos entrevistados................................................................................ 56 Gráfico 5 - Idade dos entrevistados............................................................................... 57 Gráfico 6 - Profissão dos entrevistados......................................................................... 57 Gráfico 7 - Grau de escolaridade dos entrevistados..................................................... 58 Gráfico 8 - Primeira compra na loja............................................................................... 59 Gráfico 9 - Freqüência em que visita a loja................................................................... 60 Gráfico 10 - Como ficou conhecendo a loja................................................................... 61 Gráfico 11 - Horário que costuma assistir TV................................................................ 61 Gráfico 12 - Canal de TV que costuma assistir.............................................................. 62 Gráfico 13 - Já assistiu algum comercial da Casa Grande na TV................................. 63 Gráfico 14 - Recebeu um panfleto da Casa Grande...................................................... 63 Gráfico 15 - Expectativa foi suprida no momento da compra........................................ 64 Gráfico 16 - Acessou o site da Casa Grande................................................................. 64 Gráfico 17 - Freqüência em que acessa o site.............................................................. 65 Gráfico 18 - Gostaria de receber e-mails com promoções da Casa Grande................. 65 Gráfico 19 - Busca informações sobre acessórios de veículos no jornal....................... 66 Gráfico 20 - Pesquisou o telefone da Casa Grande na lista telefônica.......................... 66 ix Gráfico 21 - Horário que mais escuta rádio................................................................... 67 Gráfico 22 - Rádio que costuma ouvir............................................................................ 67 Gráfico 23 - Como ficou sabendo da promoção "seu carro do jeito que você deseja".. 68 Gráfico 24 - Participou da promoção "seu carro do jeito que você deseja"................... 69 Gráfico 25 - Qual a opinião em relação as promoções da Casa Grande...................... 69 Gráfico 26 - Conhece os benefícios oferecidos pela Casa Grande............................... 70 x SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO........................................................................................................... 1 1.1 DESCRIÇÃO DA SITUAÇÃO PROBLEMA ................................................................................. 2 1.2 OBJETIVOS ........................................................................................................................... 2 1.2.1 Objetivo geral .....................................................................................................2 1.2.2 Objetivos específicos .........................................................................................2 1.3 JUSTIFICATIVA ...................................................................................................................... 3 1.4 APRESENTAÇÃO GERAL DO TRABALHO ................................................................................ 4 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.................................................................................5 2.1 MARKETING .......................................................................................................................... 5 2.2 COMPOSTO DE MARKETING ............................................................................................... 15 2.3 PRODUTO ........................................................................................................................... 16 2.3.1 O ciclo de vida de um produto..........................................................................17 2.4 PREÇO ................................................................................................................................ 18 2.5 PRAÇA. ............................................................................................................................... 20 2.6 PROMOÇÃO ........................................................................................................................ 22 2.6.1 Propaganda......................................................................................................24 2.6.2 Promoção de vendas .......................................................................................33 2.6.3 Merchandising ..................................................................................................36 2.6.4 Marketing Direto ...............................................................................................38 2.6.5 Relações Públicas............................................................................................41 2.6.6 Venda Pessoal .................................................................................................43 2.7 MENSURAÇÃO E CONTROLE DE RESULTADOS ................................................................... 45 3 METODOLOGIA DA PESQUISA.............................................................................48 4 RESULTADOS DA PESQUISA............................................................................... 52 4.1 DESCRIÇÃO DAS AÇÕES DE COMUNICAÇÃO DE MARKETING.............................................. 52 4.2 RESULTADO DA PESQUISA COM OS CLIENTES ................................................................... 54 4.2.1 Caracterização sócio-demográfica ...................................................................55 4.2.2 Análise da comunicação de marketing sob a perspectiva do cliente................59 4.2.3 Análise global dos resultados obtidos na pesquisa ..........................................70 4.2.4 Sugestões de ações de comunicação de marketing ........................................73 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS..................................................................................... 78 5.1 CONCLUSÕES ..................................................................................................................... 78 xi 5.2 LIMITAÇÕES ........................................................................................................................ 79 5.3 RECOMENDAÇÕES.............................................................................................................. 80 6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS........................................................................81 7 APÊNDICES.............................................................................................................84 APÊNDICE A – ROTEIRO DE ENTREVISTA INTERNA .............................................................. 84 APÊNDICE B – QUESTIONÁRIO FINAL APLICADO AOS CLIENTES........................................... 85 APÊNDICE C – QUESTIONÁRIO APLICADO AOS CLIENTES NO PRÉ-TESTE ............................ 86 APÊNDICE D – FOTOS DA CASA GRANDE AUTO SHOPPING ................................................ 88 1 Introdução A comunicação é importante para as organizações, por meio desta pode se atrair novos clientes e manter os já existentes. Devido este fato é que a Casa Grande Auto Shopping empresa fundada em 1990 e especializada em comercialização de acessórios para veículos demonstra-se interessada pelo estudo das ações de comunicação de marketing adotadas pela tal. Sabe-se que é preciso que a empresa seja vista, lida, entendida e acreditada. Simões (1983, P.184) defende que a comunicação no marketing é: Todo e qualquer esforço realizado para persuadir as pessoas a comprarem determinado produto ou a utilizarem determinado serviço. As formas pelas quais ela se efetua tomam nomes diversos: propaganda, publicidade, promoção de vendas, venda pessoal e relações públicas. Com a concorrência crescendo todos os dias, os produtos e serviços precisam assegurar sua participação no mercado. São muitas as empresas que oferecem o mesmo tipo de produto e serviço que a Casa Grande Auto Shopping e para que esta mantenha-se no mercado é preciso persuadir o seu cliente e atrair novos. Assim, torna-se necessário investir em estratégias promocionais. Quando uma empresa decide colocar dinheiro em uma propaganda, ela espera não só aumentar suas vendas como também trazer de volta o que foi gasto e mais algum lucro. Este conceito define um investimento, ou seja, você aplica certa importância com a finalidade de reavê-la, depois de algum tempo, acrescida de juro ou um rendimento qualquer. Propaganda é, portanto, um investimento e não uma despesa (MANZO, 1996, p.154). Quanto investe-se em comunicação é interessante pesquisar se as formas de comunicar-se estão adequadas e realmente atingindo o público-alvo. Por isso, após enviar a mensagem, o comunicador deve pesquisar seu efeito no público-alvo, o que implica perguntar aos membros do público-alvo se eles se lembram da mensagem, quantas vezes a viram, de que pontos se lembram, como se sentiram em relação à mensagem, e suas opiniões passadas e presentes com relação ao produto e à empresa. O comunicador deve também avaliar o comportamento resultante da mensagem – quantas pessoas compraram determinado produto, falaram com os outros sobre ele, ou visitaram a loja (KOTLER e AMSTRONG, 1999). Sendo assim, a Casa Grande se interessa em conhecer a percepção que seus clientes têm de suas ações de comunicação, para assim, poder direcionar melhor seus esforços. 2 1.1 Descrição da situação problema Atualmente a Casa Grande Auto Shopping vem investindo empiricamente em campanhas promocionais (panfletagem e mídia televisiva principalmente) para atrair clientes, com intuito de aumentar sua lucratividade. Porém a mesma desconhece se o retorno que está tendo é decorrente das ações de comunicação de marketing realizadas. Assim o problema da pesquisa é identificar quais são as melhores ações de comunicação de marketing para Casa Grande Auto Shopping. Sabendo-se que se direcionar seus esforços em meios de comunicação que realmente atinjam seu público-alvo obterá um melhor retorno. A principal força do marketing é a comunicação. As comunicações de marketing são a forma pela qual o produtor informa o consumidor do valor de seu produto. Quando o conhecimento do valor de um produto precisa ser desenvolvido, a propaganda tem a responsabilidade de fazê-lo. Quando a opinião dos consumidores é necessária para medir a aceitação de um produto, a pesquisa leva a mensagem ao produtor e a propaganda a devolve ao mercado, para provocar suas reações favoráveis (MANZO, 1996, p.26). Na citação acima, Manzo (1996) afirma que por meio de pesquisa pode-se mensurar a aceitação de um produto e/ou serviço. E este é o objetivo deste trabalho, descrever as ações adotadas atualmente, identificar quem é o público-alvo e conhecer qual a percepção dos clientes quanto as ações de comunicação de marketing. 1.2 Objetivos Embasada na descrição da situação problema são apresentados os objetivos gerais e específicos do presente estudo. 1.2.1 Objetivo geral Sugerir ações de comunicação de marketing para a Casa Grande Auto Shopping. 1.2.2 Objetivos específicos • Descrever as ações de comunicação de marketing desenvolvidas atualmente pela casa grande Auto Shopping; • Identificar o público alvo; 3 • Conhecer a percepção do cliente em relação as ações de comunicação de marketing. 1.3 Justificativa A Casa Grande Auto Shopping vem investindo parte de seus lucros em campanhas de marketing. Essas campanhas têm por objetivo aumentar o número de visitas e vendas na empresa. Para Manzo (1996) a promoção de vendas reúne uma série de atividades relacionadas à aceleração das vendas. È uma espécie de ponte entre as vendas e a propaganda, competindo-lhe verificar se os esforços de uma e de outra estão devidamente sincronizados. Por meio de relatórios constata-se uma crescente no número de vendas após o início de algumas atividades promocionais, contudo a empresa precisa de informações mais precisas referentes ao retorno destas campanhas. Com este trabalho, a Casa Grande Auto Shopping poderá identificar se as campanhas adotadas atualmente tem relação com o aumento das vendas, pode-se assim direcionar para outros meios, público, dentre outras. É necessário avaliar o impacto que as campanhas promocionais vem causando sobre o público. Segundo Kotler e Armstrong (1999, p.347) “Impacto de mídia é o valor qualitativo da exposição de uma mensagem através de um certo veículo”. Destaca-se então que para a empresa é importante a realização deste trabalho, pois a mesma obterá dados concretos, por meio da realização de pesquisa. Ou seja, se está atingindo o público desejado, se o aumento da vendas está relacionada às formas de comunicação, se a mídia está sendo utilizada adequadamente. E também sugerir melhorias ou novas ações de comunicação. Com este trabalho a pesquisadora terá a oportunidade de colocar em prática o conteúdo sobre administração mercadológica, especificamente referente a estratégias promocionais, o qual foi visto em sala durante todo o período acadêmico. Assim a realização deste trabalho justifica-se, pois é uma oportunidade de expor o conhecimento adquirido podendo também auxiliar a Casa Grande. Para a universidade o trabalho é importante, pois torna-se uma fonte de pesquisa para outros acadêmicos que venham a desenvolver pesquisas semelhantes. 4 1.4 Apresentação geral do trabalho Este trabalho tem por objetivo sugerir novas ou melhorias nas ações de comunicação de marketing para a Casa Grande Auto Shopping. Para o desenvolvimento deste estudo foram seguidas normas e técnicas, iniciou-se com a introdução, definiu-se a situação problema, posteriormente traçou-se o objetivo geral e específico, justificou-se para realização deste trabalho e contextualizou-se o ambiente de estágio. No capítulo dois, a fundamentação teórica evidencia conceitos e fundamentos de variados autores referente ao marketing, desde seu surgimento até seus conceitos atuais. Também foi enfoque o composto mercadológico, o qual é formado pelos quatro Ps, foi descrito cada um dos elementos, sendo eles: preço, praça, produto e promoção. O elemento promoção recebeu um maior enfoque, por se tratar do objetivo geral do trabalho que é sugerir ações de comunicação para a Casa Grande Auto Shopping. O capítulo seguinte é caracterizado o aspecto metodológico, assim descrevese o tipo de pesquisa, forma de coleta dos dados, quem serão os participantes e com os dados coletados serão analisados. Por fim, apresenta-se o resultado obtido por meio da pesquisa, ou seja, após a aplicação dos questionários e tabulação, é apresentada a análise dos dados, sugestões e considerações finais. 5 2 Fundamentação Teórica A fundamentação teórica apresenta conceitos de diversos autores. Seu principal objetivo é embasar teoricamente, para que assim possa-se alcançar eficácia na pesquisa que será realizada posteriormente. Sua apresentação será em tópicos os quais contribuem para a abordagem do tema. 2.1 Marketing No início da humanidade as tribos primitivas produziam tudo ou quase tudo que consumiam. Com o passar dos séculos as tribos foram crescendo e percebendo a necessidade da divisão de tarefas e cada um era responsável pelo seu “sustento”. Notou-se que para a satisfação de suas necessidades havia a possibilidade de realizar trocas do que se produzia pelo que os outros produziam. Assim a troca passou a ser algo freqüente no meio dessas tribos, podendo considerá-la como sendo um dos primeiros atos de comércio (SIMÕES, 1983). “A essência do marketing é o desenvolvimento de trocas em que organizações e clientes participam voluntariamente de transações destinadas a trazer benefícios para ambos” (CHURCHILL e PETER, 2000, p.04). Por meio dessas ações de trocas pode-se considerar o “surgimento” das primeiras atividades de atos comerciais e o marketing (SIMÕES, 1983). A troca é a essência do conceito de marketing, Kotler e Armstrong (1999, p.06) afirmam que: Troca é o conceito central do marketing. Para que haja uma troca, várias condições devem ser satisfeitas. É claro que pelo menos duas partes devem participar, e que cada uma delas deve ter algo de valor para a outra, deve querer negociar com a outra, deve ter liberdade de aceitar ou rejeitar a oferta da outra. Enfim, cada parte deve ser capaz de se comunicar e fornecer o objetivo prometido. Conforme citado por Simões (1983); Churchill e Peter (2000); Kotler e Armstrong (1999) o marketing teve início com a troca entre as tribos primitivas, as mesmas com o passar dos anos foram modificando, aperfeiçoando, criando valor nessas trocas até chegarmos ao conceito atual de marketing. No quadro a seguir pode-se acompanhar as três eras na história do marketing, com isto clarifica a evolução do marketing com o passar dos séculos (BOONE e KURTZ, 1995). 6 ERA PERÍODO APROXIMADO DE TEMPO* Era da Produção Antes dos anos 20 Era das Vendas Antes dos anos 50 ATITUDE PREDOMINANTE “Um produto bom se venderá por si mesmo” “Propaganda e venda criativas vencerão a resistência do consumidor e os convencerão a comprar.” Era do Marketing Segunda metade do século XX “O consumidor é o rei! Busque uma necessidade e satisfaça-a” *Nos Estados Unidos e em outros países de economia altamente industrializadas. Quadro 1 - Três eras na história do marketing. Fonte: Boone e Kurtz (1995, p.7) O quadro 1 apresenta as eras na história do marketing. Conforme citado na era da produção, tem-se como premissa a qualidade do produto, se o produto fosse bom o mesmo se venderia sozinho. Não havendo a necessidade de campanhas promocionais ou outras atividades para atrair ou encantar o cliente, bastava apenas produzir. Já na era das vendas houve uma alteração na visão dos administradores, estes passaram a enfatizar forças na área de vendas, pois precisam encontrar compradores para seus produtos. A filosofia era fazer com que o total de produtos fabricados correspondesse ao número potencial de consumidores. Na era do marketing, o marketing deixou de ser considerado uma atividade suplementar realizada após o processo de produção e ganhou espaço nas organizações (BOONE e KURTZ, 1995). Esses estágios descrevem a evolução geral do marketing e refletem um modo de pensar tanto quanto um período de tempo. Assim, embora muitas empresas tenham progredido para o terceiro estágio, algumas ainda estão no primeiro ou no segundo (ETZEL, WALKER E STANTON, 2001). Como o marketing evoluiu de orientação para vendas para orientação para marketing, os termos marketing e vendas são sempre usados alternadamente. Algumas pessoas até pensam que são sinônimos, porém, há grande diferença entre eles. A diferença básica é que vender enfoca o lado interno, enquanto fazer marketing enfoca a parte externa. Quando uma firma descobre o que o consumidor quer e desenvolve um produto que satisfaça essa necessidade e também gere lucro, isso é marketing (ETZEL, WALKER E STANTON, 2001). Cobra (1997) reforça afirmando que venda ou marketing, na verdade o conceito de venda, no passado, visualizava o lucro através da venda, e esta utilizava 7 como meio, uma integração entre venda e promoção, e o foco era o produto. Hoje, o foco é a necessidade do cliente, o meio é o marketing integrado e o fim é a obtenção do lucro com a satisfação do cliente. A Figura 1 ilustra a diferença entre marketing e venda. Foco Antes Hoje Produto Necessidade do cliente Meio Venda e promoção Fim Lucro com a venda Marketing Lucro com a integrado Satisfação do li Figura 1 – Diferença entre marketing e venda: evolução do conceito. Fonte: Cobra (1997, p.34). Observando a figura 1 nota-se que antes o foco estava no produto e bastava apenas estar lucrando, atualmente o foco se encontra nas necessidades dos clientes e o fim não basta apenas o lucro e sim o lucro junto à satisfação do cliente. Até o conceito atual de marketing, o mesmo vem sofrendo muitas alterações. Antes as vendas possuíam ênfase no produto, primeiro fabricava-se o produto para depois resolver como vendê-lo, focava-se o lucro com o volume de vendas. Hoje a ênfase é na necessidade do cliente, primeiro estuda-se os desejos dos clientes e então decide-se como fazer e entregar um produto que satisfaça esses desejos. Notou-se a importância das organizações voltarem suas ações para a satisfação do cliente (COBRA, 1997; ETZEL, WALKER E STANTON, 2001). Quando os executivos começaram a reconhecer que o marketing era vital para o sucesso de suas empresas, uma nova filosofia de se fazer negócios foi desenvolvida. Chamada de conceito de marketing, ela enfatiza a orientação ao cliente e a coordenação das atividades de marketing para se alcançar os objetivos de desempenho da organização (ETZEL, WALKER E STANTON, 2001). Ao conceituar marketing, Churchill e Peter (2000, p. 04) definem como: 8 o processo de planejar e executar a concepção, estabelecimento de preços, promoção e distribuição de idéias, produtos e serviços a fim de criar trocas que satisfaçam metas individuais e organizacionais. O desafio do marketing é o desenvolvimento de trocas em que organizações e clientes participam voluntariamente de transações destinadas a trazer vantagens para ambos. Conforme citado anteriormente por Churchill e Peter o marketing é encarregado de criar trocas para satisfazer metas individuais e organizacionais. Simões (19983, p.09) complementa esta visão afirmando que “o marketing é uma técnica que visa conjugar uma série de instrumentos objetivando um melhor aproveitamento das oportunidades de mercado, com vistas a alcançar as metas empresariais, com um mínimo desperdício de recursos”. Ainda em relação aos conceitos de marketing Kunsch (1997, p. 123) afirma: Marketing é o processo social e administrativo pelo qual indivíduos e grupos obtêm o que necessitam e o que desejam através da criação e troca de produtos e valor com outras pessoas. Esta definição apóia-se nos seguintes conceitos: necessidade, desejos e demanda; produtos; utilidade, valor e satisfação, troca, transações e relacionamento; mercados, marketing e homens de marketing. De acordo com Kotler e Armstrong (2000, p.03) “Marketing é a entrega de satisfação para o cliente em forma de benefício. Os dois principais objetivos do marketing são: atrair novos clientes, prometendo-lhes valor superior, e manter os clientes atuais, propiciando-lhes satisfação”. Conforme visto anteriormente o conceito de marketing tem como essência a troca as quais tribos primitivas realizavam. Com o passar do tempo estes conceitos vêem sendo remodelados, o quadro 2 apresenta a evolução das definições de marketing. 9 Autor Ano Definição de marketing 1. American Marketing Association 1960 “O desempenho das atividades de negócios que dirigem o fluxo de bens e serviços do produtor ao consumidor ou utilizador.” 2. Ohio State University 1965 “O processo na sociedade pelo qual a estrutura da demanda para bens econômicos e serviços é antecipada ou abrangida e satisfeita através da concepção, promoção, troca e distribuição física de bens e serviços.” 3. Kotler e Sidney Levy 1969 “O conceito de marketing deveria abranger também as instituições não lucrativas.” 4. William Lazer 1969 “O marketing deveria reconhecer as dimensões societais, Istoé, levar em conta as mudanças verificadas nas relações sociais.” 5. David Luck 1969 “O marketing deve limitar-se às atividades que resultam em transações de mercado.” 1969 “A criação, implementação e controle de programas calculados para influenciar a aceitabilidade das idéias sociais e envolvendo considerações de planejamento de produto, preço, comunicação, distribuição e pesquisa de marketing.” 7. Robert Bartls 1974 “Se o marketing é para ser olhado como abrangendo as atividades econômicas e não econômicas, talvez o marketing como foi originalmente concebido reapareça em breve com outro nome.” 8. Robert Hass 1978 “É o processo de descoberta e interpretação das necessidades e desejos do consumidor para as especificações de produto e serviço, criar a demanda para esses produtos e serviços e continuar a expandir essa demanda.” 9. Robert Hass 1978 MARKETING INDUSTRIAL – “É o processo de descoberta e interpretação das necessidades, desejos e expectativas do consumidor industrial e das exigências para as especificações do produto e serviço e continuar através de efetiva promoção, distribuição, assistência pós-venda a convencer mais e mais clientes a usarem e a continuarem usando esses produtos e serviços.” 10. Philip Kotler 1997 É o processo de planejamento e execução desde a concepção, preço, promoção e distribuição de idéias, bens e serviços para criar trocas que satisfaça, os objetivos de pessoas e de organizações. 6. Kotler Zaltman e Gerald Quadro 2 – Sinopse da evolução das definições de marketing. Fonte: Cobra (1997, p.27). Conforme apresentado no quadro 2 onde vários autores conceituam marketing em diferentes épocas. Observa-se que em 1960 o marketing era considerado como sendo uma atividade de negócios que dirigia o fluxo de bens e 10 serviços do produto ao consumidor ou utilizador. Já por volta de 1970 o marketing passou a ser olhado como uma ferramenta que abrangia tanto atividades econômicas e não econômicas. Próximo de 1980 o marketing foi considerado como o processo de descoberta e interpretação das necessidades e desejos dos consumidores para especificações de produto e serviço, criar demanda para esses e continuar a expandir a demanda. Conforme indica o quadro 2 em 1997 Kotler define marketing como o processo de planejamento e execução desde a concepção de preço, promoção e distribuição de idéias, bens e serviços para criar trocas que satisfaça os objetivos de pessoas e das organizações. Analisando o quadro de definições sobre marketing, observa-se uma evolução constante nas definições que o caracterizam de maneira cada vez mais ampla. Segundo Hooley e Saunders (1996, p. 9) “O marketing trata de facilitar a troca de benefícios mútuos que criam valor tanto para a organização como para o cliente. O cliente e a organização que produz o serviço ou produto precisam ambos obter benefícios da troca para que ela continue a ocorrer no futuro”. A figura 2 demonstra o intercâmbio de benefícios mútuos. OBJETIVOS DO FORNECEDOR: Sobrevivência Financeira Espiritual Ecológica Etc. SATISFAÇÃO DO CLIENTE OBJETIVOS DO CLIENTE: Soluções Benefício Etc. Figura 2- Intercâmbios mutuamente benéficos. Fonte: Hooley e Saunders (1996, p. 9) A figura 2 aponta a necessidade de haver uma satisfação mutua entre organização e cliente, essa forma facilita que esses intercâmbios continuem a acontecer. O cliente está em busca de benefícios e soluções e a organização precisa fornecer isto a eles. “Uma das finalidades do marketing é satisfazer as necessidades do consumidor por meio dos produtos e serviços, bem como de um grupo de fatores (econômicos, psicológicos, sociais e éticos) que integram as escalas de valores utilizadas pelo consumidor para sua satisfação individua”. (LEVITT apud SIMÃO, 1983, p. 09). Por esta razão a força do marketing tem sido utilizada para magnetizar os consumidores criando momentos mágicos, pois o enfoque atual é proporcionar a 11 satisfação dos consumidores. O objetivo do marketing é desenvolver produtos e serviços que atendam às necessidades e desejos, não só os explícitos como ainda os desejos ocultos dos consumidores (COBRA e RIBEIRO, 2000). As organizações que têm como objetivo satisfazer as necessidades e desejos dos clientes e para tal estão oferecendo produtos e serviços com qualidade. Segundo Kotler e Armstrong (1999) a satisfação do cliente está intimamente ligada à qualidade, esta tem um impacto direto sobre o desempenho do produto, portanto também afeta a satisfação do cliente. Ainda o mesmo autor afirma que a qualidade começa com as necessidades do cliente e termina com a satisfação dele. O conceito de satisfação mais aceito pelos teóricos e que serviu de base para as concepções mais atuais, é que a satisfação é uma avaliação, ou seja, provém de um julgamento; que é efetuada após a experimentação ou aquisição de um produto ou serviço de uma empresa; é relativa a determinada transação, podendo variar dependendo das experiências especificas do consumidor com a organização (BEULKE apud SARAIVA, 2002, p.26). A satisfação é o sentimento de prazer ou de desapontamento resultante da comparação do desempenho esperado pelo produtor (ou resultado) em relação às expectativas das pessoas. A satisfação em função do desempenho percebido e das expectativas. Se o desempenho ficar longe das expectativas, o consumidor estará insatisfeito. Para satisfazer as necessidades dos clientes, os profissionais de marketing terão de fazer um bom trabalho de identificação de suas necessidade, desenvolvendo produtos de valor superior, sabendo definir seus preços, fazendo uma boa distribuição e promoção, desta forma os produtos serão vendidos com muita facilidade (KOTLER e ARMSTRONG, 1999). A organização que conseguir superar as expectativas do cliente, proporcionando-lhe algo mais próximo de seu desejo, estará diante da oportunidade de ir além da satisfação do cliente, criando assim o “encantamento do cliente”. As empresas inteligentes têm como meta encantar os clientes, prometendo somente o que podem oferecer e depois oferecendo mais do que prometeram. É importante ter sempre em mente que “Clientes satisfeitos repetem suas compras e falam aos outros sobre suas boas experiências com o produto” (KOTLER e ARMSTRONG, 1999; HOOLEY e SAUNDERS, 1996). 12 Visto nos conceitos citados anteriormente por Hooley e Saunders, Simão, Kotler e Armstrong e Cobra, o marketing busca satisfazer as necessidades das pessoas através de produtos/serviços que satisfaçam seus desejos, ou seja, cria-se uma necessidade nos consumidores-alvos. Boone e Kurtz (1995, p.175) definem necessidade como sendo: A falta de algo útil é um desequilíbrio entre o estado real dos consumidores e o estado desejado. Como as pessoas normalmente se defrontam com inúmeras necessidades insatisfeitas, uma necessidade precisa tornar-se suficientemente premente antes de servir como uma motivação para comprar algo. As empresas procuram despertar esse sentido de premência fazendo uma necessidade ser “sentida”. É preciso que exista uma necessidade para que aconteça um processo de compra. As organizações vêm “criando” essas necessidades nos consumidores e estimulando-os ao ato da compra. Manzo (1996, p.03) explica o significado de “necessidade” e “satisfação”: “Necessidade” quer dizer carência ou falta e “satisfazer” significa saciar, fazer desaparecer. Satisfazer uma necessidade é, pois, suprimir uma falta, saciar um desejo. Esse esforço continuado do homem em busca da satisfação das suas necessidades sejam elas fisiológicas ou psicológicas, A necessidade faz nascer o desejo de satisfazê-la. O desejo provoca a atividade econômica ou a produção de bens que irão satisfazer esses desejos ou essas necessidades. Uma vez satisfeitas, as necessidades se renovam e surge novamente o desejo de satisfazê-las. Com a missão de criar necessidades nos consumidores e logicamente satisfazê-las. A criação desses desejos nos consumidores-alvos é que provoca a atividade econômica, ou seja, a produção dos bens que irá satisfazer esta. A pessoa tem muitas necessidades em qualquer momento, algumas dessas são biológicas (fome, sede, desconforto), outras são psicológicas (necessidade de reconhecimento, de auto-estima, de relacionamento). Grande parte dessas necessidades não é tão forte a ponto de motivar a pessoa a agir em um dado momento, elas só se tornam um motivo quando aumentam de intensidade. O motivo (ou impulso) é uma necessidade de tal grau de intensidade que leva a pessoa a tentar satisfazer-se (KOTLER e ARMSTRONG, 1999). “Motivações são estados internos que conduzem uma pessoa em direção a meta de satisfazer uma necessidade sentida” (BOONE e KURTZ, 1995, p.175). Existem diversas teorias desenvolvidas por psicólogos sobre motivação. Abraham Maslow desenvolveu a teoria de que as necessidades poderiam ser categorizadas e ordenadas em uma hierarquia para refletir sua importância junto à 13 maior parte das pessoas (BOONE e KURTZ, 1995, p.175). Maslow também defende que à medida que cada necessidade é satisfeita, a próxima em importância entrará em ação (KOTLER e ARMSTRONG, 1999). Analisemos a seguir a pirâmide criada por Maslow, a qual demonstra a hierarquia das necessidades. Necessidades de auto realização (desenvolvimento pessoal e realização) Necessidade de estima (autoestima, reconhecimento, status) Necessidades sociais (relacionamento, amor) Necessidades de segurança ( defesa, proteção) Necessidades fisiológicas (fome, sede) Figura 3 – Hierarquia de necessidades de Maslow Fonte: Kotler e Armstrong (1999, p. 103) Segundo Maslow as necessidades humanas são organizadas hierarquicamente, conforme mostrado na figura 3. Em ordem de importância, são necessidades fisiológicas, de segurança, sociais, de auto-estima e de autorealização. Primeiramente a pessoa tenta satisfazer sua necessidade básica, primeiro grau da escala depois de satisfeita, esta necessidade deixará de ser motivadora e surgirá uma segunda necessidade mais premente (KOTLER e ARMSTRONG, 1999). Para melhor entendimento da pirâmide mostrada na figura 3, Boone e Kurtz (1995) explicam o que cada nível da pirâmide representa. • Necessidades fisiológicas são necessidades primárias de alimentação, abrigo e vestuário que precisam ser satisfeitas antes que o indivíduo possa considerar 14 necessidade de ordem superior. Após a satisfazer total ou parcial da necessidade fisiológica, outras necessidades entram em ação. • Necessidade de segurança inclui proteção contra danos físicos e contra o inesperado. A gratificação dessas necessidades pode tomar a forma de algum tipo de seguro, plano de previdência privada ou um plano de saúde. • Necessidades de aceitação social é o desejo de ser aceito pelos membros da família e outros indivíduos e grupos. • Necessidades de estima são mais difíceis de serem satisfeitas. O desejo de experimentar um sentimento de realização para ganhar o respeito dos demais, deseja-se obter status. • Necessidades de auto-realização é a necessidade de satisfação através da realização do próprio potencial e do completo uso dos talentos e aptidões pessoais. Karsaklian (2000, p.30) conclui sobre a hierarquia de necessidades de Maslow: Evidentemente, esses níveis não independem uns dos outros e a satisfação de um nível não elimina a necessidade de satisfação do outro. O que ocorre é uma transformação de valência na dinâmica do indivíduo. Em determinado nível, satisfazer certas necessidades pode ser preponderante, mas simultaneamente poderá haver outros desejos incluídos, o que explica por que a análise motivacional nos mostra que tanto a motivação quanto a personalidade são compostas de vários elementos e nunca de um só fator. Em suma o que Kotler (1999), Boone e Kurtz (1996) e Karsaklian (2000) afirmam sobre a pirâmide desenvolvida por Maslow é que quando a pessoa atinge um nível de satisfação da pirâmide não representa que é o bastante o mais provável é que essa pessoa queira atingir os outros níveis. A compreensão do comportamento humano se faz principalmente por meio da análise de suas necessidades. Todo o processo de tomada de decisão se alinhava na sensação das necessidades satisfeitas. Isto é válido para a satisfação da compra. As necessidades são muitas vezes percebidas ou não pelas pessoas. (COBRA, 1997). Conforme apontado pelos autores o marketing teve seu conceito remodelado ao longo dos anos, antes confundido com vendas e focado no produto, até chegar ao conceito atual que é focado nas necessidades e desejos dos consumidores e tem por objetivo a satisfação dos mesmos. Também foram apresentados conceitos sobre 15 satisfação e as necessidades as quais estão intimamente ligadas ao marketing. O próximo tópico abordará o composto de marketing, o qual é formado por quatro elementos (preço, praça, produto e promoção). 2.2 Composto de Marketing Define-se mix de marketing ou composto de marketing como o grupo de variáveis controláveis de marketing que a empresa utiliza para produzir as respostas que deseja no mercado-alvo. O composto de marketing consiste em todas as ações da empresa com a intenção de influenciar a demanda do seu produto, essas variáveis controláveis também são conhecidas como os “quatro Ps”: produto, preço, praça e promoção (KOTLER e ARMSTRONG, 1999). Mcarthy apud COBRA (1997) define o inter-relacionamento dos elementos de marketing por meio de um sistema integrado, os 4Ps, que formam o composto de marketing, que são: o produto, o preço, o ponto de distribuição e a promoção, todos esses elementos foram criados e estabelecidos para atender ao mercado-alvo, ou seja, o consumidor. Dentro de cada “P” existem diversas variáveis a serem exploradas, conforme citado na figura 4: Produto Preço Variedade de produtos Qualidade Design Características Nome da marca Embalagem Tamanhos Serviços Garantias Retornos Lista de preços Descontos Subsídios Período para pagamento Condições de crédito Consumidores-alvo Posicionamento pretendido Praça Promoção Propaganda Venda Pessoal Promoção de vendas Relações públicas Figura 4 - Os quatro Ps do mix de marketing Fonte: Kotler (1998, p.32). Canais Cobertura Sortimentos Localização Estoque Transporte Logística 16 A figura 4 apresenta os quatros Ps (preço, praça, produto e promoção) que compõem o composto de marketing, esses elementos buscam atingir o consumidor alvo e posicionar o produto e/ou serviço. O composto de marketing é apresentado nessas quatro elementos básicos, no qual todos os elementos do composto foram criados e estabelecidos para atender ao mercado-alvo, ou seja, o consumidor (COBRA, 1998). Cada elemento apresentado na figura 4 é importante para um programa de marketing eficaz. O mix de marketing é o conjunto de táticas da empresa para criar um forte posicionamento nos mercados-alvo (KOTLER e ARMSTRONG, 1999). A seguir serão apresentados individualmente os quatros elementos do composto de marketing. 2.3 Produto O primeiro elemento a ser analisado do composto de marketing será o produto. Simões (1983, p.139) o conceitua da seguinte maneira: “O produto é foco da ação mercadológica. De um ponto de vista amplo, produto é tudo aquilo que a empresa cria, desenvolve e comercializa visando à satisfação do consumidor”. Cobra (1997, p.149) corrobora afirmando que: O conceito do produto e sua importância na sociedade de consumo moderna estão intimamente ligados. E aí surge a indagação: o que as pessoas compram? Produtos ou satisfação de necessidades? A resposta é: as pessoas compram não o que esses produtos ou serviços possam fazer por elas, mas o que elas querem que eles façam, isto é, um benefício. – é isso que elas compram. Segundo Leduc apud Simões (1983, p.139) “produto é tudo aquilo que o consumidor recebe quando faz uma compra”. Para Luck apud Simões (1983, p.139) “é qualquer objeto ou serviço oferecido à venda por seu produtor”, enquanto Gracioso apud Simões (1983, p.139) classifica-o como “a soma de conhecimentos e facilidade de um produtor, traduzidos em termos de utilidade e satisfação para o consumidor.” Finalizando, Kotler (1999, p.31) afirma que “produtos é a combinação de “bens e serviços” que a empresa oferece ao mercado-alvo.” Referente aos conceitos sobre produto citados anteriormente pode-se dizer que produto é qualquer objeto oferecido a venda pelo produtor. Ao desenvolver estratégias de marketing para seus produtos e serviços, os especialistas criaram esquemas de classificação de produtos. Primeiro dividiram os produtos e serviços em duas grandes classes, com base nos tipos de consumidores 17 que os usam – produtos de consumo e produtos industriais (KOTLER e ARMSTRONG, 1999). 2.3.1 O ciclo de vida de um produto Um produto atravessa diferentes fases durante o seu ciclo de vida, desde o nascimento até a morte (MANZO, 1996). Desta forma o ciclo de vida de um produto pode ser definido como: Os produtos, como todos os seres vivos, nascem, crescem, amadurecem e envelhecem, até o desaparecimento, que é a morte. Essas fases distintas da vida dos produtos são descritas como introdução ou fase pioneira, desenvolvimento ou expansão, maturidade ou estabilização e declínio. (COBRA, 1997, p.157). O estudo biológico da curva de vida de organismos vivos, conforme se vê no gráfico 1, foi adaptada a produtos como um guia para a formulação de estratégias das empresas (COBRA, 1997). Vendas Tempo Introdução Crescimento Maturidade Declínio Gráfico 1 – Curva de vida de organismos vivos adaptada a produtos. Fonte: Cobra (1997, p.157). Para um melhor entendimento da curva Kotler e Armstrong (1999) detalham cada fase que esta representa: • Introdução – período de lento crescimento das vendas à medida que o produto é introduzido no mercado. Não há lucros nesse estágio devido aos altos custos da introdução do produto. • Crescimento – período de rápida aceitação no mercado e de lucros crescentes. 18 • Maturidade – período em que o crescimento das vendas diminui, pois o produto teve aceitação de grande parte dos compradores potenciais. O nível de lucros tornase estável ou reduz-se devido aos crescentes gastos com marketing para defender o produto da concorrência. • Declínio – período em que as vendas e os lucros caem. Complementando essa visão referente à curva de vida dos produtos Richers (2000, p.218) corrobora: A curva da evolução das vendas de um produto ao longo do ciclo é acompanhada por uma curva de lucratividade que, todavia, nunca é paralela ao movimento do faturamento. Durante a introdução, os lucros são nulos ou mínimos, mas tendem a aumentar e atingir o seu auge durante a fase de crescimento. Já na fase da maturidade, os esforços para manter o produto no mercado tendem a exercer uma pressão para baixo sobre as margens, pressão essa que evidentemente se intensifica durante o declínio, de modo que muitos produtos que ainda permanecem no mercado nessa fase final já são deficitários. O produto costuma ser verdadeiramente lucrativo apenas na sua fase de crescimento. É quando a empresa dispõe de recursos a substituir produtos que hoje se encontram no topo. Entre os estágios de maturidade e de declínio muitas vezes procura-se introduzir modificações no produto com o fito de estender o seu ciclo de vida, através do prolongamento da fase madura e na tentativa de evitar a saturação e o declínio. É uma tentativa de reanimar o produto, dando-lhe uma nova performance ou lançando-se um plus revitalizador (SIMÕES, 1983). Muitas organizações modificam os produtos para mantê-los no mercado por mais tempo. O ciclo de vida do produto pode ser uma estratégia de marketing. No entanto, dentro do composto de marketing os outros elementos também são ferramentas do marketing, o próximo tópico abordará o elemento preço. 2.4 Preço A primeira vista, o preço parece ser algo lapidar e inconfundível: resulta da somatória dos custos de produção e de uma margem razoável de ”lucro” que, multiplicado pelo volume de vendas, oferece resultado de uma transação ou sua receita bruta. Acontece, porém, que essa interpretação sumária da função “preço” ilude, e bastante. Raríssimas vezes o consumidor tem condições de avaliar se está pagando ou não um preço “justo” pelo produto. Na ausência de informações precisas, ele se norteia pelos preços de produtos competitivos (RICHERS, 2000). Para Kotler (1998, p.31) “em um sentido restrito preço é o volume de dinheiro 19 cobrado por um produto ou serviço. Em um sentido mais amplo, preço é a soma de valores que os consumidores trocam pelo benefício de possuírem ou usarem um produto ou serviço”. De acordo com Cobra (1997, p.230) “cada indivíduo tem sua escala de valores para classificar a utilidade do bem e o preço que ele se dispõe a pagar pela sua pose. Assim, os produtos e serviços podem ser avaliados distintamente por diferentes pessoas, bem como dinheiro pode ter significado diverso para o mesmo individuo em tempos diferentes”. O preço pode tornar-se fator decisivo na escolha da compra principalmente quando existem várias marcas de um mesmo tipo de produto e/ou serviço. Las Casas (2001, p.192) afirma: Muitas decisões de compras são feitas com base nos preços dos produtos. A maioria dos consumidores possuem desejos e necessidades ilimitadas, porém recursos limitados. A alocação destes recursos de forma eficiente otimizará a satisfação dos indivíduos de uma sociedade. O comprador, portanto, de modo geral, somente comprará algum produto ou serviço se o preço justificar o nível de satisfação que poderá derivar de sua compra. Tendo em vista a afirmação de Las Casas a qual diz que os consumidores possuem variados desejos e necessidades, porém nem sempre os recursos são suficientes para suprir todos esses desejos e necessidades. Devido ao fato é que a precificação é importante e muitas vezes utilizada como uma ferramenta estratégica. A compra só será efetuada se o preço do produto e/ou serviço justifique o nível de satisfação do consumidor. Imagina-se o quão difícil seja precificar um produto e/ou serviço. Cobra (1997), todavia afirma que: o preço de venda de um produto não é apenas o resultado de um somatório de custos e lucro, deve-se imaginar que o problema de preços é um dos mais complexos. A idéia de preços (preço de venda e preço de compra) está sempre presente, pois é o preço que determina o ponto em que todas as trocas serão efetuadas, e da sua determinação depende, em grande parte, a garantia de lucro da empresa. Para se estabelecer preços as organizações utilizam variadas estratégias com diferentes objetivos. Segundo Boone e Kurtz (1995) por mais que possam variar de empresa para empresa, os objetivos de apreçamento podem ser classificados em quatro grupos principais: objetivos de lucratividade, objetivos de volume, objetivos concorrenciais e objetivos de prestigio. Além destes aspectos existem muitas 20 variáveis que auxiliam na determinação do preço, segundo Richers (2000, p.231) “quanto melhor a imagem de marca, mais alto poderá ser o preço. É a marca que comanda os preços, e não o inverso. Daí a necessidade de investir em imagem de marca para possibilitar um aumento na lucratividade”. Apesar desse elevado grau de subjetividade, a determinação do preço não pode ser totalmente livre: há mínimos e máximos que precisam ser respeitados. Para o produtor, o ideal, evidentemente, é chegar ao máximo que o produto suporta. É isso que chamamos de elemento observável na determinação de preços, ou seja, tudo aquilo que a empresa consegue extrapolar, em termos quantitativos, ao acompanhar a evolução dos preços no mercado. Isso inclui, sobretudo, os seguintes fatores: 1) as variáveis microeconômicas do setor; 2) os custos e as margens do produto; 3) a elasticidade da demanda; e 4) os descontos tangíveis e intangíveis de preços. A boa administração de preços acompanha a evolução desses quatro fatores, manipulando-os a partir do principio de retorno máximo, por produto e pelo conjunto dos bens que a empresa oferece (RICHERS, 2000). Kotler (1999) defende que o preço é o único elemento do mix de marketing que produz receitas: os outros representam custos. E é também um dos elementos mais flexíveis do mix de marketing. Ao contrário das características do produto e dos canais de comprometimento, o preço pode ser mudado rapidamente. Ao mesmo tempo, apreçamento e concorrência de preço são os principais problemas de muitos profissionais de marketing. Conforme explorado neste tópico o qual caracterizou o elemento preço que foi conceituado por Kotler como a soma de valores que os consumidores trocam pelo benefício de possuírem ou usarem um produto ou serviço. Para estabelecer preço existem várias estratégias que podem ser utilizadas, muitos casos o preço é o fato determinante na escolha da compra. Por fim, vale ressaltar conforme Kotler afirma que o preço é o elemento mais flexível do mix de marketing e o único que gera receita. O próximo elemento a ser abordado será a praça. 2.5 Praça Um bom produto e um preço adequado não são suficientes para assegurar vendas. É necessária também de uma forma eficiente de conduzir os produtos até 21 os compradores finais. Através do sistema de distribuição o marketing proporciona utilidade de lugar e de tempo. O sistema de distribuição a ser determinado por um administrador de marketing fará, portanto, parte do pacote de utilidade ou satisfações que os consumidores receberão com a compra do produto. A colocação de produtos em estabelecimentos apropriados e em épocas certas, a preços acessíveis ao consumidor visado, é, portanto, determinante para o sucesso de uma estratégia mercadológica (LAS CASAS, 2001). “Os canais de distribuição desempenham um papel-chave na estratégia de marketing pelo fato de proporcionarem os meios pelos quais os bens e serviços são deslocados dos produtores até os usuários finais” (BOONE e KURTZ 1995, p.320). Pode-se definir canais de distribuição como sendo: “um conjunto de organizações interdependentes envolvidas no processo de tornar um produto ou serviço disponível para o consumidor final ou organizacional” (KOTLER, 1999, p.271). Para Boone e Kurtz (1995, p.320) “os canais de distribuição agrupam várias instituições de marketing e seus inter-relacionamentos em um sistema organizado, a fim de promover o fluxo físico e nominal dos bens e serviços desde o produtor até o consumidor ou usuário empresarial”. Para que o produto e/ou serviço chegue até o consumidor alvo utiliza-se os canais de distribuição para o cumprimento de tal tarefa. Porém, existe uma gama variada de canais que podem realizar a distribuição. Cobra (1997, p.247) diz que: “a escolha dos canais ou vias de distribuição é uma importante decisão estratégica em marketing. A decisão pode ser feita em conjunto com outros elementos do composto de marketing ao levar em conta o produto ou o serviço, sua natureza, suas características e respectivas promoção de vendas e o preço”. O canal de distribuição faz ligação entre o produtor e o consumidor, superando as principais lacunas de tempo, lugar e posse que separam os bens e serviços daqueles que desejam utilizálos (KOTLER, 1999). Cobra (1997, p.247) complementa afirmando que: Para levar o produto ou serviço ao lugar certo, em tempo e quantidade certos, ao comprador potencial, é preciso utilizar técnicas de marketing e de merchandising. Para tanto, devem-se desempenhar quatro funções básicas: o transporte ou distribuição física de mercadorias, a estocagem da gama de produtos a ser oferecida, a comunicação com os compradores e a transferência de posse. 22 Um canal de distribuição exige a realização de muitas tarefas ou funções, que podem ser divididas em três categorias: transacionais, logísticas e de facilitação. Por realizar funções transacionais, como comprar e vender produtos de vários fabricantes para criar trocas, os intermediários podem tornar os canais mais eficientes. As funções logísticas envolvem mover bens e combiná-los em quantidades que os tornem fáceis de comprar. Executando as funções de facilitação como financiamento de transações, graduação de produtos e coleta de informações de marketing, os intermediários tornam mais fáceis os processos de compra e venda (CHURCHILL e PETER, 2005). A fim de distribuir produtos e serviços com eficiência, os profissionais de marketing precisam conhecer os tipos básicos de canais disponíveis. Há canais comuns para bens de consumo, bens organizacionais e serviços, e é possível, também, usar múltiplos canais de distribuição (CHURCHILL e PETER, 2005). Não obstante Cobra (1997, p.250) destaca que “os canais e vias de distribuição são parte integrante de um sistema complexo que tem envolvido forças sócias e culturais para facilitar trocas e transações de consumo, e são orientadas pelos aspectos legais, pela economia e pelas restrições políticas e sociais”. Em suma o terceiro elemento é a praça a qual também precisa ser eficiente, pois esta assegura que o produto e/ou serviço chegue até os consumidores por meio de estabelecimentos apropriados e no momento certo. A escolha do meio de distribuição pode ser considerada como uma decisão estratégica em marketing, para a decisão do mesmo pode-se levar em consideração os outros elementos do mix de marketing, o tipo de produto e/ou serviço características da promoção de vendas e o preço. No tópico a seguir será abordado o último elemento do mix de marketing a promoção, a qual receberá um maior enfoque por se tratar do objetivo do trabalho o impacto que as estratégias promocionais vem causando na Casa Grande Auto Shopping. 2.6 Promoção O último elemento do mix de marketing a ser abordado no trabalho é a promoção a qual receberá um enfoque maior por se tratar do objetivo geral do trabalho e estudo central da pesquisa que irá ser realizada. Para Boone e Kurtz 23 (1995, p.392) promoção é: “a função de informar, persuadir e influenciar as decisões de compra dos consumidores”. De acordo com Las Casas (2001, p.244) “a promoção tem como significado a comunicação e neste caso, o administrador de marketing deve preocupar-se com as várias formas, que sejam eficientes, para informar aos consumidores a respeito dos seus produtos, serviços ou formação da própria imagem da empresa”. Simões (1983) apresenta a importância da comunicação dentro da promoção, o autor afirma que: a comunicação é abrangente, pois para que esta exista, são necessários dois pontos básicos: o de emissão e o de recepção. No marketing a comunicação é imprescindível posto que tudo aquilo que a empresa gera (produto ou serviço) precisa ser comunicado aos seus diversos públicos. A empresa é a fonte emissora e os seus diversos públicos são as fontes receptoras do processo de comunicação. A comunicação no âmbito de marketing é todo e qualquer esforço realizado para persuadir as pessoas a comprarem determinado produto ou a utilizarem determinado serviço. Visto que no marketing a comunicação é imprescindível, pois é necessário comunicar ao público o produto e/ou serviço que a empresa gera. De acordo com Simões para que a comunicação exista são necessários dois pontos básicos: o de emissão e o de recepção. Complementando essa visão Shimp (2003, p.31) afirma: A comunicação de marketing pode ser mais bem compreendida pela análise dos dois elementos que a constitui, comunicação e marketing. Comunicação é o processo pelo qual os pensamentos são transmitidos e o significado é compartilhado entre pessoas ou entre organizações e pessoas. Marketing é o conjunto de atividades através das quais as empresas e outras organizações criam transferência de valor (trocas) entre elas próprias e seus clientes. Uma outra definição de comunicação é que esta transmite uma mensagem de um emissor para um receptor. A comunicação de marketing, então, é constituída por aquelas mensagens que atuam nas relações vendedor-comprador, configurando um conceito mais amplo do que a estratégia promocional, pois inclui a comunicação boca a boca e outras formas de comunicação não-sistemáticas. Uma estratégia promocional planejada, porém, certamente é a parte mais importante de qualquer tipo de comunicação de marketing (BOONE e KURTZ, 1995). Considerando a importância da estratégia promocional é que o administrador de marketing estabelece as metas e objetivos da estratégia promocional da empresa 24 de acordo com os objetivos gerais e as metas de marketing da organização (BOONE e KURTZ, 1995). Com base nesses objetivos existem vários elementos para auxiliar a estratégia. De acordo com Churchill e Peter (2005, p.452) “O composto de comunicação combina quatro diferentes elementos para criar a estratégia geral da comunicação de marketing: propaganda, vendas pessoais, promoção de vendas e publicidade”. Logo, percebe-se que o composto promocional envolve a combinação de numerosas variáveis para satisfazer as necessidades do mercado-alvo da empresa e alcançar os objetivos organizacionais (BOONE e KURTZ 1995). Para Etzel, Walker e Stanton (2001) a promoção, sob qualquer forma, tem como objetivo exercer influência, ela serve para informar, persuadir e lembrar o de mercado de um produto e/ou serviço da organização que o vende, tendo em vista influenciar os sentimentos, crenças ou comportamento do público. Há cinco formas de promoção: venda pessoal, propaganda, promoção de vendas, relações públicas e publicidade. Cada uma delas possui características distintas que determinam em que situação serão mais efetivas. Para um melhor entendimento do composto de comunicação, será aprofundado a seguir o estudo dos seguintes elementos: propaganda, promoção de vendas, marketing direto, merchandising, relações públicas e venda pessoal. 2.6.1 Propaganda Um conceito simples que expressa o significado de propaganda “é toda e qualquer forma paga de apresentação não pessoal de idéias, produtos ou serviços através de uma identificação do patrocinador” (COBRA, 2001; KOTLER, 1999). Harwood Childs apud Simões (1983, p.186) diz que propaganda é “propagar idéias e impulsioná-las, lançá-las, espalhá-las, transmiti-las, disseminá-las, promovê-las e aumentá-las”. Para Etzel, Walker e Stanton (2001, p.446) “propaganda é a comunicação impessoal paga pelo patrocinador e na qual esse patrocinador é claramente identificado”. Sabendo-se da importância que a propaganda tem dentro das organizações, pois através desta ferramenta é possível divulgar os produtos e/ou serviços 25 oferecidos e desta maneira impulsionar as vendas. Porém é interessante que a propaganda seja utilizada de maneira correta, quando se almeja obter retorno. Para isso, é necessário tomar decisões ao desenvolver um programa de propaganda. Segundo Kotler e Armstrong (1999, p.341) “o primeiro passo ao desenvolver um programa é estabelecer os objetivos da propaganda e esses objetivos devem basear-se em decisões anteriores sobre o mercado-alvo, posicionamento e mix de marketing”. Complementando esta visão sobre os objetivos da propaganda Shimp (2003, p.223) diz que: “os objetivos da propaganda são as metas que os esforços de propaganda tentam atingir, estabelecer bons objetivos possivelmente seja a tarefa mais difícil do gerenciamento de propaganda, já que esses objetivos fornecem a base para todas as demais decisões”. Os objetivos da propaganda são metas a serem atingidas, esses objetivos fornecem base para as demais decisões. Dentro desses objetivos a principal função é aumentar a chance de compra pelos consumidores-alvos, conforme afirma a seguir Boone e Kurtz (1995, p.415): Tradicionalmente, os profissionais de marketing determinavam os objetivos da propaganda em termos de metas das vendas diretas. Uma abordagem mais realista, no entanto, é ver a propaganda perseguindo objetivos de comunicação com o consumidor potencial para “vender” o produto, informando-o, persuadindo-o e lembrando-o. A propaganda tenta condicionar o consumidor a adotar um ponto de vista favorável em relação à mensagem promocional. O objetivo é aumentar a probabilidade de o consumidor comprar um determinado produto ou serviço. Nesse sentido, a propaganda ilustra a estreita relação existente entre a comunicação de marketing e a estratégia promocional. Analisando a citação de Boone e Kurtz a qual afirma que os objetivos de comunicação na propaganda tem o intuito de “vender” o produto para o consumidoralvo. De acordo com Shimp (2003) três razões principais pelas quais é essencial que os objetivos da propaganda sejam estabelecidos antes de tomar decisões referente à seleção da mensagem e de determinação da mídia, que constituem o núcleo de um programa publicitário. Estas três razões são: 1. Os objetivos da propaganda são uma expressão de consenso gerencial. O processo de estabelecer objetivos literalmente força a alta gerência e a equipe de propaganda a concordar sobre o curso que a propaganda de uma marca vai seguir para o próximo período de planejamento, bem como as tarefas que ela deve cumprir para uma determinada marca. 26 2. O estabelecimento de objetivos orienta os aspectos de orçamento, mensagem e veículo da estratégia de propaganda de uma marca. Os objetivos determinam quanto dinheiro deverá ser gasto e fornece diretrizes para os tipos de estratégia de mensagem e escolha de veículos adequados. 3. Os objetivos da propaganda fornecem padrões em relação aos quais os resultados podem ser medidos. Bons objetivos estabelecem padrões de comparação quantitativos precisos do que a propaganda espera atingir. Os resultados obtidos podem ser então comparados com esses padrões para determinar se a propaganda atingiu o que pretendia. Ainda quanto aos objetivos da propaganda Kotler e Armstrong (1999, p.342) “o objetivo de propaganda é uma tarefa específica de comunicação a ser realizada para um público-alvo específico durante um determinado período. Os objetivos de propaganda podem ser classificados por propósitos básicos: informar, persuadir ou lembra”. O quadro 3 cita exemplos de cada um desses objetivos. INFORMAR Informar o mercado sobre um novo produto Sugerir novos usos para um produto Informar o mercado sobre mudança de preço Explicar como o produto funciona Descrever os serviços disponíveis Corrigir falsas impressões Reduzir os temores dos compradores Construir uma imagem da empresa PERSUADIR Criar preferência de marca Estimular a troca de marca Mudar as percepções do comprador sobre os atributos do produto Persuadir os compradores a comprarem logo Persuadir os compradores a receberem uma vista de venda LEMBRAR Lembrar os compradores de que o produto pode ser necessário no futuro próximo Lembrar os compradores onde comprar o produto Manter o produto lembrado pelos compradores durante a baixa estação Manter o máximo de conscientização do produto. Quadro 3 – Possíveis objetivos de propaganda Fonte: Kotler e Armstrong (1998, p.343) . Analisando o quadro 3, descrito por Kotler e Armstrong referente aos três principais objetivos da propaganda, o primeiro é informar e tem por objetivo anunciar ao mercado sobre um novo produto, sugerir novos usos, explicações de uso e outros informativos aos consumidores. O segundo objetivo é persuadir o que estimula o consumidor a trocar de marca, criar preferência pela marca, persuadir os consumidores a comprarem logo. E o terceiro objetivo é lembrar os compradores 27 que o produto pode ser necessário no futuro, lembrar onde comprar o produto, manter o máximo de conscientização do produto. Shimp também tem uma concepção para os objetivos abordados no quadro 4 que reforçam a visão de Kotler. Shimp (2003) descreve os objetivos abordados no quadro 4 da seguinte maneira: • Informar isso torna os consumidores conscientes de novas marcas, educa-os sobre as características e benefícios da marca e facilita a criação de imagens positivas da marca. • Persuadir a propaganda eficaz persuade os clientes a testar produtos e serviços anunciados. • Lembrar a propaganda mantém a marca de uma empresa na memória do consumidor, a propaganda demonstra influencia na mudança de marca ao lembrar os consumidores que não têm comprado uma marca recentemente que ela está disponível e que possui atributos favoráveis. Sabendo-se dos objetivos da propaganda, o próximo elemento a ser estudado são os tipos de propaganda existentes para que haja o desenvolvimento de uma propaganda. Boone e Kurtz (1995) classificam a propaganda como sendo: de produto e institucional. A propaganda de produtos trata da venda não-pessoal de um determinado bem ou serviço. Este é o tipo que vem à mente da maioria das pessoas quando alguém menciona propaganda. A propaganda institucional, diferentemente, preocupa-se em promover um conceito, uma idéia, uma filosofia ou a reputação de uma indústria, companhia, organização, pessoa, localidade geográfica ou órgão governamental. A propaganda pode ser subdividida em três categorias, dependendo do objetivo básico da mensagem: propaganda informativa, persuasiva e de lembrança. De acordo com Kotler (1999) a propaganda informativa é utilizada de forma maciça na introdução de uma nova categoria de produto quando o objetivo é criar uma demanda primária. A propaganda persuasiva torna-se mais importante à medida que a concorrência aumenta e quando o objetivo da empresa é criar uma demanda seletiva, algumas propagandas persuasivas tornaram-se comparativas, nas quais a empresa compra direta ou indiretamente sua marcar com outra(s) marca(s). A 28 propaganda de lembrança é importante para produtos maduros, pois mantém os consumidores pensando neles. Tendo a definição de qual tipo de propaganda empregar outro procedimento a ser considerado é a criação da mensagem de propaganda. Para Manzo (1996) essas mensagens de propaganda são criadas por especialistas que trabalham em agências de propaganda. A missão do homem de propaganda, ao criar uma campanha ou mesmo um simples anúncio, é persuadir as pessoas a pensar e agir no melhor interesse do anunciante. Em propaganda, como no marketing, o processo criativo começa e termina no consumidor, o anunciante é o beneficiário da ação de consumo criada pela propaganda. De acordo com Churchill e Peter (2005, p.478) “os anúncios são mais do que slogans atraentes, pois fornecem informações importantes para a audiência-alvo”. Para a criação de anúncios eficazes de propaganda o primeiro passo é decidir que mensagem geral será comunicada aos consumidores. Planejar uma estratégia de mensagem. O objetivo da propaganda é fazer com que os consumidores pensem e reajam ao produto ou à empresa de uma certa maneira, e as pessoas só reagirão se acreditarem que serão beneficiadas com isso. Assim, desenvolver uma estratégia eficaz de mensagem começa com a identificação dos benefícios aos consumidores que poderão ser usados como apelos de propaganda (KOTLER e ARMSTRONG, 1999). Para utilizar mensagens eficazes o conceito criativo poderá orientar a escolha dos apelos especiais a serem usados na campanha de propaganda. Os apelos de propaganda devem apresentar três características conforme demonstra Kotler e Armstrong (1999): • Devem ser significativos, mostrando benefícios que tornam o produto mais desejável ou interessante para os consumidores. • Devem ser críveis, os consumidores devem acreditar que o produto ou serviço irá oferecer os benefícios prometidos, embora os benefícios mais significativos e críveis possam não ser os melhores a serem apresentados. • Os apelos devem ser também distinguíveis, devem dizer em que o produto é melhor do que as marcas concorrentes. 29 Para se obter uma mensagem eficaz o apelo utilizado deve ser criativo, o mesmo precisa ressaltar os benefícios que tornem o produto mais atraente e que os consumidores acreditem que o produto e/ou serviço irá oferecer os benefícios prometidos. Salientando que o apelo deve ser claro e dizer o porque o produto e/ou serviço é melhor que o das outras marcas. Os apelos utilizados pelos profissionais de marketing têm por intuito influenciar a percepção do consumidor. Churchill e Peter (2005) afirmam que para influenciar as percepções e o comportamento do cliente, geralmente os profissionais de marketing utilizam palavras, figuras, ações, imagens e símbolos. Geralmente, as mensagens da propaganda contêm vários apelos. A seguir serão apresentados alguns tipos de apelos: • Apelo racional focaliza os benefícios mensuráveis de se escolher o produto ou marca, estes apelos são comuns em anúncios para produtos organizacionais que poderiam ajudar uma campanha a ser mais eficiente. • Apelo emocional tenta criar bons sentimentos sobre produtos ou levar os clientes a experimentar outras emoções. • Apelo do medo é um tipo de apelo emocional que desperta medo ao demonstrar as conseqüências de não se comprar ou usar determinados produtos. • Apelos sexuais sugerem que o uso de um produto tornará o consumidor mais atraente e sensual. • Apelos humorísticos baseiam-se no senso de humor da audiência-alvo. Em geral, podem ser eficazes, mas apenas por pouco tempo. Parte do sucesso de um apelo humorístico é a sua surpresa; depois que os consumidores já viram ou ouviram o comercial, ou leram o anúncio, o humor diminui rapidamente. • Apelo moral tenta convencer a audiência de que usar ou aceitar uma idéia é a coisa certa ou normalmente adequada a fazer. Foram apresentados alguns tipos de apelo que focam diferentes áreas, seja o racional, emocional, o medo, sexual, humorístico e até moral. Em todos os casos os profissionais de marketing tentam influenciar o consumidor a utilizar o produto e/ou serviço. Porém a forma em que o apelo é apresentado é que vai diferenciar. 30 É notável que todas as estratégias e aspectos mencionados até agora precisam ser classificados dentro de uma mídia disponível, a qual irá divulgar o produto e/ou serviços. Segundo Las Casas (2001, p.249) “a mídia é o veículo, o meio para transmissão da mensagem”. Para Boone e Kurtz (1995, p.418) “a seleção da mídia é uma das mais importantes decisões no desenvolvimento de uma estratégia de propaganda é a mídia através da qual o anúncio transmitirá a mensagem da empresa”. Churchill e Peter (2005) apresentam no quadro 4 algumas opções de mídias e suas vantagens e desvantagens: Veículo Televisão Rádio Imprensa Escrita Mala Direta Outdoor Internet Vantagens Desvantagens Audiência ampla (cobertura de massa); Fornece informações auditivas e visuais, causando maior impacto; Prende a atenção do espectador; Custo por exposição relativamente baixo para uma mídia em massa. Preços altos cobrados pelas emissoras e custos de produção elevados; Capacidade limitada para selecionar o público; Tempo de exposição curto na maioria dos casos; Disponibilidade limitada; A propaganda pode ser evitada por consumidores com controles remotos; As mensagens são curtas; Incapacidade para transmitir informações visuais; Atenção menor do que no caso da televisão; Nenhuma estrutura de audiência padrão; A audiência se dedica a outras atividades enquanto escuta. Menos dispendioso que a propaganda de televisão; Seletividade (as mensagens podem ser dirigidas com razoável precisão para o público consumidor); Fácil acesso (carro, walkman) e amplamente usado em diversas partes do mundo. Pode proporcionar exposição ampla ou direcionada; O custo pode ser baixo; O leitor pode estudar o anúncio e rever informações detalhadas; Ampla aceitação e prestígio; Alta credibilidade; Alta qualidade gráfica no caso de revistas; Capacidade de audiência ampliada. As mensagens podem ser mais estritamente dirigidas; As mensagens podem ser relativamente longas e detalhadas; Não há nenhum anúncio concorrente no veículo; O desempenho pode ser medido com relativa facilidade; É difícil para os concorrentes monitorarem os resultados. Barato (no caso de cartazes simples); Grande repetição da exposição; Pouca concorrência; O anúncio pode ser veiculado próximo ao ponto de venda. As mensagens podem ser personalizadas; Nenhum custo adicional para alcançar o público mundial; A mensagem pode incluir palavras, figuras, sons e vídeos. Pode requerer apresentação com muita antecedência em relação à publicação; As cores podem não ser reproduzidas satisfatoriamente, principalmente em jornais; Excluindo-se as melhores posições, como capa, primeira página e contracapa, não há garantia, principalmente em revista, quanto à posição em que o anúncio será inserido; Freqüência limitada pela periodicidade da publicação. Se não for planejada corretamente e tiver uma baixa taxa de retorno, o custo por pessoas que realmente leram ou se interessaram é relativamente alto; Imagem negativa de veículo e resistência entre muitos clientes; Normalmente carece de material editorial (não propagandístico) para atrair os leitores; O horário e data da entrega não são garantidos. Permite selecionar a audiência apenas pela localização geográfica; A mensagem é vista por um tempo muito breve; Há outras coisas próximas que podem distrair a atenção, fazendo com que a pessoa não veja o outdoor; Imagem negativa entre grupos contra a poluição visual. Nem todos os usuários falam a língua utilizada no anúncio; A qualidade das imagens varia; A audiência limita-se a usuários da Internet interessados pela companhia ou produto. Quadro 4 – Vantagens e desvantagens dos principais veículos de propaganda Fonte: Churchill e Peter (2005, p.485). 31 Além das mídias citadas no quadro 4 ainda há outras opções de mídias já existentes e as que surgem com o decorrer do tempo. Para Las Casas (2001) existe uma forte tendência para a utilização de mídias segmentadas que atingem nichos de mercados mais específicos. É importante ressaltar que ao determinar os veículos mais adequados para a estratégia de marketing da organização, devem ser considerados outros aspectos como circulação, audiência dos veículos eletrônicos, público que atinge volume de audiência e freqüência desejadas para se atingir o consumidor. Decisões sobre quais mídias utilizar não devem tomar como base apenas custo, mas também a localização e os hábitos da audiência-alvo de exposição à mídia. Os profissionais de marketing também precisam considerar quais mídias se prestam melhor ao posicionamento dos produtos (CHURCHILL e PETER, 2005, p.251). Diversos fatores devem ser considerados na escolha da mídia, de acordo com Las Casas e Churchill e Peter os profissionais de marketing precisam atentar-se ao público que atinge, posicionamento do produto, localização e hábitos dos consumidores. Enfim, a escolha da mídia é outro fator a ser considerado dentro da propaganda, considerando que a propaganda representa uma despesa considerável para muitas empresas, assim é preciso determinar se a campanha está atingindo seus objetivos promocionais. É interessante incluir avaliações regulares dos efeitos de comunicação e dos efeitos sobre as vendas. Boone e Kurtz (1995) afirmam que determinar se uma mensagem de propaganda alcançou o objetivo pretendido é uma das tarefas mais difíceis em marketing à avaliação da eficácia da propaganda consiste em dois elementos fundamentais: pré-teste e pós-teste. “Pré-teste é a avaliação da eficácia de um anúncio antes de ele ser realmente usado” (BOONE e KURTZ, 1995, p.427). Para Kotler e Armstrong (1999) há três tipos métodos principais de pré-teste na propaganda: • O primeiro é através de uma avaliação direta, em que vários anúncios são expostos em um painel para consumidores que dão sua opinião. Essas avaliações diretas indicam a capacidade das propagandas de atrair a atenção dos consumidores e seu efeito sobre eles. • O segundo é através dos testes de portifólio, os consumidores vêem ou ouvem um conjunto de propagandas durante o tempo que julgarem necessário, o nível de 32 lembrança dos consumidores indica se a propaganda foi bem notada e se sua mensagem foi bem compreendida. • O terceiro é através de testes de laboratórios, os quais utilizam equipamentos para avaliar as reações psicológicas dos consumidores a uma propaganda (batimentos cardíacos, pressão arterial, outros). Esses testes medem a capacidade da propaganda de atrair a atenção, mas revelam pouco em termos de impacto sobre as crenças, atitude ou intenção dos consumidores. De acordo com Boone e Kurtz (1995, p.428) “o pós-teste é a avaliação do texto do anúncio após sua utilização”. Segundo Kotler e Armstrong (1999) há dois métodos populares de pós-teste, seriam os: testes de memória, onde o anunciante solicita que as pessoas expostas a revistas ou comerciais de TV discorram sobre tudo o que lembram a respeito das propagandas vistas. Os índices de lembrança indicam a capacidade da propaganda de ser notada e repetida. E também os testes de reconhecimento, são solicitados que o leitor de um determinado veículo, digamos de uma revista, indiquem se reconheceram uma coisa que já tinha visto antes. Os índices de reconhecimento podem ser utilizados para a avaliação do impacto das propagandas em diferentes segmentos de mercado. Vale a pena ressaltar que apenas um grande orçamento de propaganda não garante uma campanha de sucesso. Dois anunciantes podem gastar a mesma quantia em propaganda e obter resultados bastante diversos. Os estudos mostram que as mensagens criativas podem ser mais importantes para o sucesso da propaganda do que a quantia gasta. Por maior que seja o orçamento, a propaganda só pode ser bem-sucedida se os comerciais conquistarem a atenção do público e comunicarem bem (KOTLER e ARMSTRONG, 1999). Referente ao uso da propaganda dentro das organizações em um contexto geral sabe-se que fazer propaganda custa caro, normalmente seus efeitos incertos e algumas vezes leva tempo até que ela cause impacto no comportamento de compra dos consumidores. É por essas razões que muitas empresas acham apropriado reduzir ocasionalmente os gastos com propaganda ou eliminá-la totalmente. As empresas acham particularmente sedutor tirar recursos da propaganda durante os tempos de recessão econômica – cada real não-gasto em propaganda é um real a mais adicionado ao todo (SHIMP, 2003). 33 Com relação à propaganda que é toda e qualquer forma paga de apresentação não pessoal de idéias e identificada por um patrocinador. Essa é uma ferramenta interessante e importante dentro das organizações, porque por meio desta é viável a divulgação dos produtos e/ou serviços oferecidos, assim, impulsionando as vendas. Algumas questões precisam ser avaliadas quando se desenvolve uma propaganda, como: definição do objetivo da propaganda, escolha do tipo de propaganda, qual mensagem será transmitida e por intermédio de qual mídia e utilizando que tipo de apelo. Torna-se interessante às organizações estarem mensurando o resultado dos esforços promocionais e estas realizarem essa tarefa por meio de pré-testes e pós-testes. O próximo elemento do composto de comunicação a ser abordado é a promoção de vendas. 2.6.2 Promoção de vendas A promoção de vendas é um outro importante recurso que as empresas utilizam para comunicar-se com seus mercados. De acordo com a Associação Americana de Marketing (AMA) apud Las Casas (2001 p.258): A promoção de vendas abrange as atividades que suplementam as vendas pessoais e a propaganda coordenando-as e ajudando a torná-las efetivas tais como o uso de amostrar, exposições, demonstrações e outros esforços que não estejam incluídos na rotina diária. Em um sentido geral, a promoção de vendas inclui vendas pessoais, a propaganda e as atividades de vendas suplementares. Conforme citação anterior que define a promoção de vendas como um reforço às vendas pessoais e a propaganda, esta pode ser por meio de amostras, demonstração e outros esforços que não façam parte de uma rotina diária. Não obstante Boone e Kurtz (1995, p.428) definem a promoção de vendas “como aquelas atividades de marketing que não constituam venda pessoal, propaganda e publicidade, e que incrementam a compra pelo consumidor e a eficácia do distribuidor”. Para Cobra (1997, p.449) “promoção de vendas é qualquer atividade concernente a promover vendas, que não seja do tipo face a face, mas que freqüentemente inclua também a propaganda”. Analisando outro conceito o qual afirma que a promoção de vendas é a pressão de marketing exercida na mídia e fora dela por um período predeterminado e limitado visando ao consumidor, varejista ou atacadista, para estimular experiências com um produto, aumentar a demanda dos consumidores ou melhorar a disponibilidade do produto (CHURCHILL e PETER, 2005). Constata-se que a 34 promoção de vendas é um incremento a compra a qual tem um período determinado e visa estimular o consumidor a comprar. Os objetivos de promoção de venda variam muito, em geral, as promoções de venda devem ter como objetivo criar relacionamento com o consumidor, ao invés, de criarem apenas um volume de vendas em curto prazo (KOTLER e ARMSTRONG, 1999). As promoções de vendas não podem fazer maravilhas, mas são bastante apropriadas para executar as seguintes tarefas: estimular o entusiasmo da equipe de vendas por um produto novo, melhorado ou maduro; revigorar as vendas de uma marca; facilitar o lançamento de novos produtos e novas marcas para o comércio; aumentar o espaço de exposição da mercadoria dentro e fora da prateleira; neutralizar a propaganda e as promoções de venda da concorrência; levar os consumidores a fazer compras de teste; manter os usuários atuais, estimulando compras repetidas; aumentar a utilização de produtos, incentivando os consumidores a estocar; anular a concorrência estimulando os consumidores a estocar; reforçar a propaganda; outros (SHIMP, 2003). Conforme apresentado por Shimp a promoção de vendas pode ter diversas funções as quais objetivam dar ânimo aos vendedores aumentando assim as vendas mesmo que seja temporariamente, estimular o cliente a utilizar o produto e também a estocá-lo é uma oportunidade do produto ser visto pelo consumidor-alvo. São várias as vantagens que as tarefas da promoção de vendas podem apresentar. Ainda em relação às tarefas da promoção Las Casas (2001, p.259) afirma: A tarefa da promoção de vendas, como pode observar pela própria definição, é bastante diversificada. As empresas devem contar com esta ferramenta mercadológica para complementar os esforços de venda e de propaganda. Ela é, portanto, uma atividade de apoio e deve estar relacionada com as demais estratégias do composto de marketing. A promoção de vendas deve atrair a atenção e favorecer a ação dos consumidores à compra de produtos. Apesar de ser uma ferramenta principalmente de caráter complementar, muita empresa investe seus recursos disponíveis para comunicação somente em promoção de vendas. As técnicas de promoção de vendas podem ser utilizadas por todos os ingredientes de um canal de marketing, o quadro 5 apresenta alguns deles os quais são promoções direcionadas aos consumidores. 35 Tipo Objetivos de comunicação Cupons Estimular as vendas por meio de reduções de preço de curto prazo; fazer com que produtos novos sejam experimentados. Ofertas especiais Estimular as vendas de produtos e visitas às lojas; aumentar as quantidades adquiridas. Brindes ou prêmios Atrair novos clientes para produtos existentes; criar prestígio; oferecer maior valor. Concurso e sorteios Chamar a atenção; criar prestígio; aumentar as vendas; gerar publicidade. Amostras grátis Encorajar o uso para que os consumidores possam experimentar os benefícios do produto. Experiências grátis com o produto Estimular vendas pela redução do risco de insatisfação depois da compra; fornecer experiência do desempenho do produto. Displays no ponto de venda Dar mais destaque aos produtos na lojas; aumentar as chances das compras por impulso; lançar novos produtos. Abatimentos posteriores Encorajar as compras, particularmente para artigos caros; obter informações sobre os clientes para os bancos de dados. Programas de fidelização Recompensar a lealdade do cliente; apoiar esforços de marketing de relação; aumentar o volume de vendas. Exposições Gerar atenção e conhecimento sobre os produtos de uma indústria; identificar clientes potenciais; realizar vendas. Brindes Gerar consciência sobre a companhia, bem como sobre os seus produtos e promocionais locais de venda; obter repetidas exposições às mensagens; criar prestígio. Quadro 5 – Objetivo de comunicação dos principais tipos de promoções ao consumidor Fonte: Churchill e Peter (2005, p.491). De acordo com o quadro 5, descrito por Churchill e Peter são apontados os objetivos de comunicação dos principais tipos promoções ao consumidor, ressaltando alguns, como: cupons os quais tem o intuito de fazer com que produtos novos sejam experimentados, estimulando as vendas com reduções de preço a curto prazo. Brindes ou prêmios visam atrair novos clientes para produtos existentes criando prestigio e maior valor. Amostras Grátis tem por objetivo encorajar o uso para que os consumidores possam experimentar os benefícios do produto. Vale ressaltar que existem outras técnicas não citadas no quadro 5. Também existem ferramentas de promoção direcionas a força de vendas, duas das principais ferramentas, são: convenções e feiras comerciais, e concursos de vendas. Por meio das feiras comerciais os vendedores obtêm muitos benefícios: encontram novos campos de venda, contatam clientes antigos, introduzem novos produtos, conhecem novos clientes, vendem mais para clientes existentes e são 36 informações através de publicações e material audiovisual. As feiras comerciais também ajudam a empresa a atingir muitos consumidores potenciais que sua força de vendas não conseguiria. Já o concurso de vendas é um concurso para os vendedores ou intermediários a fim de motivá-los a aumentar suas vendas durante determinado período, esses concursos também são chamados de programas de incentivo e tem como finalidade motivar ou reconhecer o bom desempenho dos seus funcionários; os melhores recebem viagens, prêmios em dinheiro ou outros presentes (KOTLER e ARMSTRONG, 1999). De acordo com o que foi descrito anteriormente, pode-se perceber que a promoção de vendas tem um papel importante no mix promocional. Para a promoção ser bem usada, a empresa deve definir seus objetivos, selecionar as melhores ferramentas, planejar um programa, pré-testar e implementar o programa e avaliar os resultados (KOTLER e ARMSTRONG, 1999). 2.6.3 Merchandising Define-se merchandising como a operação de planejamento necessária para colocar o produto ou serviço certo no mercado, no lugar e tempo certos, em quantidades certas e a preço certo (DIAS, 2005; Corrêa, 2004). Algumas definições contemplam o merchandising como representando: A prestação de serviços e atividades executadas pelo ponto-de-venda, desenvolvidas pelo setor ou pelo próprio varejo, e dirigidas ao consumidor, explorando ao máximo sua presença no ponto-de-venda e acelerando a comercialização do bem, idéia ou serviço (DIAS, 2005, p.349). Conforme exposto na citação anterior de Dias o merchandising tem por objetivo acelerar as vendas de um produto, serviço ou idéia. As ações do merchandising são executadas pelo ponto de venda e dirigidas diretamente ao consumidor. Vale ressaltar que o merchandising não pode ser considerado um item isolado da comunicação, mas estará sempre entrosado com uma ação de propaganda, de promoção de vendas ou relações públicas. O quadro a seguir representa um esquema do composto de comunicação e o seu relacionamento com o merchandising (CORRÊA, 2004). 37 Uso da palavra merchandising Mix de comunicação Aplicação Propaganda Mídia.................................... Ponto-de-venda.................... Promoção de vendas Mídia.................................... Ponto-de-venda.................... Relações Públicas Mídia.................................... Material de apoio Venda Pessoal Material de apoio Merchandising Quadro 6 – Uso da palavra merchandising Fonte: Côrrea (2004, p.98). Observando o quadro 6, têm-se setas e a linha pontilhada do quadro indicam onde o termo merchandising vem sendo aplicado. Na propaganda, merchandising é a palavra empregada pela mídia eletrônica quando o produto, a marca (impressa em peças publicitárias) ou a sua menção passa a fazer parte integrante do programa de televisão. Na mídia impressa o equivalente ao merchandising seria a reportagem paga, comumente denominada de “informe publicitário” (CORRÊA, 2004). Uma das funções do merchandising é exibitécnica, a qual se encarrega de expor e dispor e exibir produtos Dias (2005) comenta que a exibitécnica é a mais simples operação do merchandising e, indubitavelmente, sua mais importante função. Enquanto a propaganda, para efeito de comparação, atua onde está o consumidor e o dinheiro, a promoção e o merchandising, por meio da exibitécnica, atuam onde está o consumidor, o dinheiro e o produto. Mais perto da caixa registradora, mais perto das mãos, portanto só por aí se pode mensurar a importância de uma boa exposição de produtos. O merchandising por meio da exibitécnica entra em ação depois que as outras atividades de marketing já cumpriram seu papel, que é o de levar o consumidor para dentro da loja e, principalmente, agregar valor a todas as marcas expostas. O consumidor sempre tenderá a preferir as marcas mais fortes, devidamente construídas pelas comunicações de marketing e atributos naturais dos produtos (DIAS, 2005). O próximo elemento a ser analisado é o marketing direto. 38 2.6.4 Marketing Direto O marketing direto é mais uma ferramenta da comunicação para auxiliar o aumento das vendas. Dias (2005) define o marketing como o conjunto de atividades de comunicação impessoal e direto, sem intermediários, entre a empresa e o cliente. Esta pode acontecer por correio, fax, telefone, Internet e outros meios diretos de comunicação, visando obter uma resposta imediata do cliente e, por fim, a venda do produto. É também uma estratégia de comunicação e comercialização de produtos ou serviços diretamente ao cliente, sem intermediação de meios ou canais de terceiros. Assim sendo, Jutkins (1994) ressalta que o marketing direto tornou-se parte aceita e importante dos planos de muitas empresas. Não é a cura para todos os males de vendas e marketing. Mas, com disciplina, é isto o que pode fazer: conseguir clientes em potencial e fazer com que continuem a comprar com você. Há cinco funções primordiais do marketing de resposta direta: 1) Conseguir novos clientes; 2) Conservar os clientes que já tem; 3) Promover os clientes atuais; 4) Realizar vendas cruzadas ou adicionais na base de clientes; 5) Fazer com que os clientes voltem para comprar mais. Conforme visto nas citações anteriores de Dias e Jutkins o marketing direto é uma atividade promocional que visa uma resposta imediata do cliente, dessa maneira, formalizando a venda. O marketing direto também almeja a criação de um relacionamento entre a organização com seu cliente/consumidor, seja para manter os clientes atuais, realizar novas vendas para os clientes e também a conquista de clientes potenciais. Complementando esta visão Bird (2000, p.16) afirma que os propósitos do marketing direto “é isolar prováveis clientes e compradores como indivíduos e construir um relacionamento com eles de continuidade, para maior benefício deles e maior lucro de sua parte”. Para finalizar as definições sobre o marketing direto Passavant apud Dias (2005) corrobora afirmando que o marketing direto uma forma de marketing na qual a empresa procura gerar uma resposta direta e mensurável da propaganda ou comunicação dirigida, na qual oferece bens, serviços ou informações. Portanto, o marketing direto deve incluir não somente criação e veiculação da comunicação, 39 mas também as atividades de recepção da resposta do cliente atual e potencial, processamento, armazenamento dos dados de interação e vendas, análise e followup das respostas obtidas. Com base nas definições citadas por Dias, Jutkins e Bird pode-se considerar que o marketing direto procura agir de uma forma rápida na obtenção de uma resposta direta na ação da comunicação. Salientando as principais características do marketing direto pode-se dizer que estas estabelecem a distinção em relação ao marketing tradicional, são “interatividade, utilização integrada de várias mídias, mensuração da resposta, comunicação pertinente e individualizada, transação em qualquer lugar e por qualquer meio e uso da propaganda para obter uma resposta direta” (DIAS, 2005, p.399). Assim, afirma-se que “as principais ferramentas (elementos) do marketing direto são: a lista, as mídias e a oferta, qualquer aplicação de marketing direto utiliza a combinação desses elementos na sua operacionalização” (DIAS, 2005, p.401). Para a realização de uma campanha de marketing direto existem algumas etapas a serem desenvolvidas, Bodian (2000, p.04) clarifica quais são estas: a maior parte das campanhas de marketing direto envolve uma ou duas etapas. A campanha de uma etapa ou etapa única tenta obter um pedido imediato. A campanha de duas etapas primeira realiza uma pesquisa, normalmente para informação, adicional, de que pode subseqüentemente ser gerado um pedido. Ocasionalmente, algumas campanhas de marketing direto exigem três etapas – sendo a primeira das três para obter nomes de clientes potenciais. Tendo o nome dos clientes potenciais as organizações podem focar seus esforços para a conquista destes. Analisa-se a seguir quais os tipos de mídias que podem ser desenvolvidas dentro do marketing direto. Para Bird (2000) existem sete mídias a disposição, estas são: mala direta, panfletos porta a porta, jornais, revistas, radiodifusão, telefone e outdoors. Vale ressaltar a seguir uma sucinta explicação sobre cada mídia. Bird (2000) destaca a mala direta como provavelmente a principal mídia do marketing direto, esta é particularmente útil para a construção de relacionamento de longo prazo com seus clientes e os indivíduos aos quais se está visando. A mala direta é a mídia mais cara à disposição, depois do telefone, por pessoa atingida. Outro ponto interessante abordado por Bird é que com a TV, provocam-se centenas de impressões por centavo gasto, já com a mala direta consegue-se atingir duas ou 40 três pessoas com um centavo, logicamente isto ocorrerá apenas se houver um planejamento adequado e atingir a pessoa certa. Outras vantagens são: seletividade, flexibilidade e grandes resultados. O panfleto porta a porta tem muitas virtudes da mala direta, mas em menor nível. Pois este é menos seletivo, pois a logística de seguir uma determinada lista entregando a propaganda de porta a porta normalmente tornaria isso antieconômico. Uma das vantagens do porta a porta é que este poderá ter metade do custo de uma mala direta. Porém tem como desvantagem o menor controle, pois nem sempre se tem a certeza de que as pessoas que deveriam colocar os panfletos debaixo das portas estão realmente fazendo isso (BIRD, 2000). A mídia impressa, como o jornal oferece um benefício extra: ela geralmente é menos dispendiosa para realizar testes do que a mala direta, TV ou encartes. E a capacidade de veicular rápido permite fazer alterações e tomar decisões táticas proveitosas. Porém a leitura de jornais varia muito no mundo todo, por esta razão os jornais podem ser uma mídia mais eficiente em alguns locais do que em outros (BIRD, 2000). A revista é uma outra mídia com vantagens significativas, tais como: melhor reprodução evidentemente uma revista pode oferecer mais opções de cores do que um jornal, efeito duradouro as revistas continuam atraindo respostas durante meses, até mesmo anos, controle total é possível controlar a qualidade do conteúdo, podese utilizar qualquer técnica criativa que desejar. Uma grande desvantagem: textos escritos há longa data podem invalidar o teste, ou seja, poderá ter um tempo de avanço de semanas antes de realmente poder colocar um anúncio em uma revista. Deve-se acrescentar a isso o tempo que se leva para conceber, planejar e preparar esse anúncio ou poderá ter um grande problema com a revista (BIRD, 2000). A importância da mídia de radiodifusão varia de acordo com o estágio de desenvolvimento atingido pelo rádio e pela TV da região. Os custos de produção no rádio são excepcionalmente baixos, é simples colocar alguém diante de um microfone e gravar sua voz não pode custar tão caro, além disso, o rádio oferece grandes oportunidades. É uma mídia que necessita a criação de imagens mentais. Já as campanhas de TV apóiam atividade de mala direta e panfletos porta a porta 41 aumentam a resposta em torno de 20% e 40% para diferentes clientes vendendo produtos diferentes (BIRD, 2000). O telefone é uma mídia de pesquisa bastante útil, pode-se fazer um follow-up de perspectivas de vendas não-realizadas, além de descobrir como as pessoas se sentem, pode-se também estar vendendo. O custo é relativo, apesar de uma chamada ser cara, ela geralmente consegue cinco a seis vezes mais vendas do que uma mala direta vendendo o mesmo produto ou serviço (BIRD, 2000). Por último o Outdoor é considerada uma mídia secundária, se estiver planejando uma grande distribuição de folhetos de porta a porta, pode-se colocar alguns outdoor na região para reforçar a comunicação. Uma vez que se possuem tantos elementos para auxiliarem e tornarem a comunicação de marketing mais eficaz torna-se atraente para as organizações que realizem pesquisas e planejamento, assim, poderá direcionar melhor seu esforço. Cabe salientar o quão interessante é a análise e mensuração das ações realizadas, com os conhecimentos obtidos é possível melhorar os esforços de marketing. O próximo tópico a ser abordado será relação pública. 2.6.5 Relações Públicas Relações públicas será a penúltima ferramenta de promoções a ser abordada neste estudo. Conceituando o tema Shimp (2002, p.480) afirma: “relações públicas constituem uma atividade organizacional voltada para a promoção de boa vontade entre uma empresa e seus vários públicos”. Para Las Casas (2001, p.260) “relações públicas são, conforme o próprio nome, relações com o público. É a administração deste relacionamento com o objetivo de causar uma imagem favorável da empresa para maior eficiência”. Cobra (1997, p.456) corrobora dizendo que “relações públicas são um processo de informação, de conhecimento e de educação, com um fim social, utilizando-se para tanto de técnicas, para conseguir a boa vontade e a cooperação das pessoas com as quais uma entidade trata ou depende”. A área de relações públicas pode colaborar para que a organização, por meio de sua comunicação, fundamentada nos fatos e no comportamento institucional, crie na mente do consumidor a confiança e cultive a credibilidade em relação aos seus produtos e serviços (KUNSCH, 1997, p.126). 42 De acordo com a definição da International Public Relations Associations apud Manzo (1996, p.195) “relações públicas são uma função de caráter permanente e organizado, pela qual a empresa ou um organismo público ou privado procura obter e conservar a compreensão, a simpatia e a ajuda daqueles com os quais ela tem ou pode ter relações”. Segundo Kotler e Armstrong (1999) relações públicas é a construção de um bom relacionamento com os vários públicos da empresa através de uma publicidade favorável, uma boa “imagem corporativa”, e o controle de boatos, histórias e eventos desfavoráveis. O nome dado anteriormente para relações públicas era publicidade, que era vista simplesmente como um conjunto de atividades para promover a empresa ou seus produtos através da inserção gratuita de notícias na mídia. Conforme citado por Shimp, Las Casas, Cobra, Manzo e Kotler e Armstrong, relações públicas constituem uma atividade organizacional com o objetivo de causar uma imagem favorável da empresa (pública ou privada), para isso, visa à construção de um bom relacionamento com os vários públicos da empresa obtendo e conservando a compreensão, simpatia e ajuda daqueles com os quais se tem ou pode vir a ter relações. Boone e Kurtz (1995, p.433) definem que “o objetivo fundamental das relações públicas é construir uma boa imagem corporativa entre a empresa e seus diversos públicos”. Manzo (1996) descreve que a há três áreas nas quais os homens de relações públicas podem contribuir efetivamente para o sucesso da empresa: • Comunicações externas comunicam-se as notícias da empresa e suas atividades para outras empresas ou grupos externos. Novos produtos, desenvolvimento de pesquisas tecnológicas, novas fábricas, política de dividendos, admissão de pessoas, fazem notícias. • Comunicações internas os chefes de departamentos e mesmo os empregados devem ser informados sobre as políticas adotadas pelos dirigentes. Novos empregados devem ser orientados sobre suas responsabilidades e benefícios. Empregados e vendedores devem ser motivados. 43 • Relações externas conselhos sobre as relações com certos grupos externos, tais como a imprensa, o rádio ou a TV, as associações de classe, as repartições públicas, outras constituem uma outra atividade importante de relações públicas. Um bom relacionamento com os variados públicos está associado a uma imagem positiva da empresa. “As empresas em geral têm de se envolver com públicos diferentes, com objetivos vários e, por conseguinte, com diversas formas de comunicação, uma vez que uma única técnica de comunicação nem sempre é adequada para todas as mensagens” (COBRA, 1997, p.456). Por fim, as relações públicas, esta foi conceituada como uma atividade organizacional que visa causar a boa imagem da empresa perante seus públicos, objetivando construir uma boa imagem corporativa entre a empresa e seus públicos. O próximo tópico abordará a venda pessoal. 2.6.6 Venda Pessoal O ultimo elemento a ser estudado de comunicação é a venda pessoal para melhor entende-la Dias (2005) a define da seguinte maneira: a venda pessoal é um dos instrumentos do composto de comunicação de marketing, ao lado de elementos como propaganda, promoção de vendas, marketing direto, Internet, relações públicas, merchandising e publicidade. É a única parte do composto de comunicação de marketing em que a comunicação é realizada de forma pessoal e direta entre a empresa e seus clientes ou consumidores. Complementando esta visão Kotler e Armstrog (1999) afirmam que a venda pessoal é o único elemento interpessoal do composto de promoção. A propaganda consiste em uma comunicação impessoal de mão única com grupos de consumidores-alvos. Em contraste, a venda pessoal consiste em uma comunicação pessoal de mão dupla entre vendedores e clientes individuais, seja pessoalmente, por telefone, em videoconferência ou por outros meios. Isto significa que a venda pessoal pode ser mais eficaz do que a propaganda em situações de vendas mais complexas. A venda pessoal é um processo de comunicação interativo que permite a flexibilidade das mensagens do vendedor de acordo com necessidades, desejos, crenças e valores dos clientes, que, geralmente, são diferentes entre si. Essa 44 flexibilidade permite que o vendedor desenvolva um processo de vendas específico para cada cliente. (DIAS, 2005, p.310). Os vendedores criam valor para seus empregadores e também para os clientes. Para seus empregadores porque coletam informações sobre necessidades, desejos e problemas dos clientes, ajudando a criar melhores produtos. Também descobrem novos clientes, atendem as contas, controlam transações e aumentam as vendas e lucros. Ao tratar com eficácia os problemas ou reclamações dos clientes, podem construir um relacionamento de longo prazo que beneficia ambos os lados (Churchill e Peter, 2005, p.506). Atividades Responsabilidades 1. Função de vendas Planejar as atividades de venda; Procurar indicações de novos clientes; Visitar contas potenciais; identificar tomadores de decisão; Preparar informações e apresentações de vendas; Fazer apresentações de vendas; Superar objeções; Apresentar novos produtos; Visitar contas novas. 2. Lidar com pedidos Redigir pedidos; aviar pedidos; controlar devoluções; administrar problemas de entrega; localizar pedidos extraviados. 3. Atendimento sobre o produto Informar-se sobre o produto; Testar equipamentos; Supervisionar instalação; Treinar os clientes; Supervisionar os reparos; Realizar manutenção. 4. Administração de informações Fornecer informações técnicas; Receber e fornecer feedback; Confirmar as informações (confirma-la com os supervisores). 5. Atendimento à conta Abastecer prateleiras; Montar displays; Receber estoque para o cliente; Controlar propaganda e promoção local. 6. Comparecimento a reuniões Participar de conferências e seminários de vendas; Comparecer a reuniões regionais de vendas; Trabalhar e dar apoio em conferências dos clientes; e entrevistas Organizar exposições dos produtos; Participar de sessões periódicas de treinamento. 7. Treinamento/recrutamento Recrutar novos representantes de vendas; Treinar novos vendedores; Apoiar e trabalhar com trainees e novatos. 8. Entretenimento Entreter clientes com esportes ou outras formas de diversão; Sair com os clientes para almoçar, happy hour ou jantar; Recepcionar e mostrar a empresa e a cidade aos clientes; Oferecer festas, palestrar e eventos para os clientes. 9. Viagens Viajar para fora da cidade, estado ou país; Passar noites na estrada, avião ou hotel; Conhecer sua região. 10. Distribuição Estabelecer um bom relacionamento com os distribuidores; Vender para distribuidores; Controlar crédito; Cobrar contas vencidas. Quadro 7 – Atividades e responsabilidades na venda pessoal Fonte: Churchill e Peter (2005, p.508). De acordo com o quadro apresentado por Churchill e Peter o qual relata as funções e as responsabilidades de um vendedor, este evidencia as principais tarefas do profissional de vendas que é busca de novos clientes, visita a clientes potenciais, 45 identificar formadores e tomares de decisões. A venda pessoal dentro das organizações pode ser o meio mais eficaz de se fechar uma venda, devido ao contato direto do vendedor com o cliente. O papel do vendedor é muito importante porque ele pode sentir as reações dos clientes e essas informações são importantes para as empresas. O próximo tópico abordará a mensuração de resultados. 2.7 Mensuração e controle de resultados Após o desenvolvimento de qualquer atividade é conveniente avaliar se esta atividade gerou os resultados esperados. No marketing não seria diferente, segundo Etzel, Walker e Stanton (2001) é uma falta de visão penar que o marketing termina no momento em que a venda é efetuada. De acordo com o conceito de marketing, uma empresa deve se comprometer a garantir que os clientes estejam plenamente satisfeitos. Assegurando a satisfação do cliente é importante avaliar se a comunicação de marketing está causando os efeitos desejados, caso ela não esteja torna-se necessário redirecionar estes esforços. A figura 06 mostra como funciona um processo gerencial de marketing, o qual consiste em planejamento, implementação e avaliação do esforço de marketing. PLANEJAMENTO Analisa a situação Estabelece objetivos Seleciona estratégias Seleciona táticas Prevê a demanda IMPLEMENTAÇÃO Organiza Dá suporte Opera AVALIAÇÃO Compara desempenho com objetivos “Feedback” para que a gerência possa adaptar os planos futuros e sua implementação em face de um ambiente mutável. Figura 05: O processo de gerenciamento em marketing Fonte: Etzel, Walker e Stanton (2001, p. 580) A figura 05 representa o processo de gerenciamento de marketing, nele está incluso as funções do planejamento da empresa, o qual analisa, estabelecem 46 objetivos, seleciona estratégias e táticas e prevê a demanda, com o apoio da implementação a qual é responsável pela organização suporte e operação é que o planejamento poderá ser posto em prática. E é a avaliação que irá comparar o desempenho das atividades com os objetivos propostos. Pode-se comparar este fluxo demonstrado na figura 05 com este estudo, onde a acadêmica junto a orientadora faz todo o planejamento e implementação, a pré-banca irá avaliar se o trabalho conseguiu alcançar os objetivos e dará um feedback a acadêmica para que a mesma possa fazer os ajustes necessários. Logo após terem sido colocados em prática os planos da empresa, o processo de avaliação deve se iniciar. Sem a avaliação, a administração não é capaz de dizer se o plano está funcionando e quais os fatores que estão contribuindo para seu sucesso ou fracasso. A avaliação logicamente se segue ao planejamento e implementação. Planejar define o que deve ser feito e avaliar mostro o que realmente foi feito ETZEL, WALKER E STANTON (2001). Para auxiliar o processo de avaliação do desempenho do marketing o que não é uma tarefa simples, Etzel, Walker e Stanton (2001) usam como recurso a auditoria de marketing que é um elemento essencial no programa total de avaliação. Uma auditoria implica em um exame de alguma atividade. Assim, uma auditoria de marketing é um amplo exame e avaliação da função de marketing em uma organização, sua filosofia, ambiente, objetivos, estratégias, estrutura organizacional, recursos financeiros e humanos e desempenho. O processo de avaliação quer seja uma completa auditoria de marketing ou uma avaliação dos componentes individuais do programa de marketing, envolve três passos: 1 – descobrir o que aconteceu, obter os fatos, comparar os resultados reais com os objetivos e orçamentos para determinar em que ponto eles diferem. 2 – descobrir porque aconteceu determinar quais os fatores específicos no programa de marketing que contribuíram para o resultado. 3 – decidir o que fazer a respeito, planejar o programa para o próximo período, de modo que seja possível melhorar um desempenho insatisfatório e capitalizar sobre os aspectos que funcionaram bem. Para avaliar um programa total de marketing, é preciso analisar os resultados. Para isso, estão disponíveis duas ferramentas, análise do volume de venda e 47 análise do custo de marketing. Por meio dessas análises é possível avaliar o desempenho do marketing. O próximo capítulo apontará a metodologia da pesquisa utilizada para alcance dos objetivos deste estudo. 48 3 Metodologia da Pesquisa Este capítulo apresenta a metodologia que será utilizada para a coleta e apresentação dos dados da pesquisa, com as quais objetiva-se descrever as atuais ações de comunicação de marketing, identificar qual é o público que freqüenta a Casa Grande Auto Shopping, bem como melhor entender a percepção que estes têm quanto a comunicação de marketing utilizada pela empresa, para que assim se possa sugerir novas ações de comunicação. A pesquisa foi realizada na Casa Grande Auto Shopping Ltda., localizada no bairro Estreito, município de Florianópolis no Estado de Santa Catarina, sendo desenvolvida com clientes que efetuaram compra na loja, assim pode-se detectar a razão pela qual o cliente optou pela Casa Grande. Deste modo, pode-se realizar uma avaliação se as formas de comunicação estão atingido o volume de pessoas esperado, assim sendo eficazes para a organização. A característica da pesquisa foi de caráter conclusiva descritiva, por possuir objetivos bem definidos, procedimentos formais, ser bem estruturada e dirigida para a solução de problemas ou avaliações de alternativas (MATTAR, 2001). De acordo com Oliveira (2002) pesquisa descritiva é um tipo de estudo que permite ao pesquisador a obtenção de uma melhor compreensão do comportamento de diversos fatores e elementos que influenciam determinado fenômeno. Roesch (1996) corrobora destacando que pesquisa descritiva possibilita o desenvolvimento de um nível de análise em que se permite identificar as diferentes formas dos fenômenos, sua ordenação e classificação. Ainda sobre pesquisa descritiva, Cervo e Bervian (1996, p.49) destacam que “a pesquisa descritiva observa, registra, analisa e correlaciona fatos ou fenômenos (variáveis) sem manipulá-los. Procura descobrir, com a precisão possível, a freqüência com que um fenômeno ocorre, sua relação e conexão com outros, sua natureza e características”. Para finalizar Barros e Lehfeld (2000) afirmam que numa pesquisa descritiva não há a interferência do pesquisador, sendo que o mesmo concentra-se em descrever o objetivo da pesquisa. Referente à natureza dos dados coletados pode-se afirmar que estes são de caráter qualitativo e predominantemente quantitativo. De acordo com Roesch (1996, 49 p.146) a pesquisa qualitativa “é apropriada para avaliação formativo, quando se trata de melhorar a efetividade de um programa, ou plano, ou mesmo quando é o caso da proposição de planos, ou seja, quando se trata de selecionar as metas de um programa e construir uma intervenção”. Richardson (1999, p. 90) complementa definindo a pesquisa qualitativa “como a tentativa de uma compreensão detalhada dos significados e característica situacionais apresentadas pelos entrevistados”. Assim, entende-se que esta abordagem é mais adequada para uma investigação que pretende analisar o retorno das campanhas promocionais. Para definir uma pesquisa quantitativa Mattar (2001) destaca que numa pesquisa quantitativa procura-se medir o grau da presença de algum fator, onde os dados são obtidos de um grande número de respondentes, usando-se escalas, geralmente numéricas, que são submetidas a análises estatísticas formais. Para Oliveira (2002) a pesquisa quantitativa é muito utilizada no desenvolvimento das pesquisas descritivas, na qual se procura descobrir e classificar a relação entre variáveis, assim como na investigação da relação de casualidade entre os fenômenos: causa e efeito. Foi utilizada uma pesquisa qualitativa para identificação de quais ações de comunicação de marketing estavam sendo aplicadas na Casa Grande Auto Shopping, esta entrevista foi realizada com o proprietário e gerente geral da empresa (Richard Lourenço da Silva). E a pesquisa quantitativa foi utilizada para identificar qual o público-alvo da casa grande e analisar qual a percepção dos clientes em relação as ações de comunicação de marketing A população da pesquisa foram clientes da Casa Grande Auto Shopping. Desta população foi retirada a amostra para realização da pesquisa. De acordo Richardson (1999, p.157) população “é o conjunto de elementos que possuem determinadas características. Usualmente, fala-se de população ao se referir a todos habitantes de determinado lugar”. Para Oliveira (2002) o propósito da amostragem é construir um subconjunto da população que é representativo as principais áreas de interesse da pesquisa. Segundo Mattar (2001), a amostra foi definida como parte representada da população. Neste caso, a amostra se caracterizou de forma não probabilística, onde o que determina a seleção da amostra depende do julgamento do pesquisador, 50 sabendo que nem todos os elementos da população possuem a mesma probabilidade de fazerem parte da amostra. A população foi de 100 clientes os quais realizaram algum serviço e/ou compra na Casa Grande no período de 23 a 28 de Abril de 2007. Esta população foi escolhida devido ao fato de Casa Grande ter terminado a promoção “Seu carro do jeito que você deseja” recentemente e estar programando uma nova promoção para os meses seguintes. Para aplicação desta pesquisa o entrevistado foi abordado dentro da Casa Grande enquanto aguardava a finalização do serviço. A realização das pesquisas foi feita em dois momentos. Em um primeiro momento foi realizada uma entrevista pessoal com o proprietário que é o gerente geral da Casa Grande Auto Shopping, por meio desta entrevista pode-se verificar quais os tipos de ações de marketing a empresa estava trabalhando. A pesquisa aplicada com o público–externo foi realizada entre os dias 23/04/2007 a 28/04/2007, sendo aplicado um questionário (Apêndice B) pessoalmente pelas operadoras de telemarketing, enquanto o cliente aguardava o serviço ser finalizado. O questionário foi estruturado de acordo com a entrevista realizada com Richard Lourenço da Silva (proprietário e gerente geral) e também de acordo com os objetivos do estudo. De acordo com Roesch (1996, p.134) o “questionário é um instrumento de coleta de dados que busca mensurar alguma coisa”. Complementando Hague e Jackson (1997, p.69) definem questionário como: ”uma seqüência estruturada de perguntas destinadas a obter dos entrevistados fatos e opiniões e fornecer um veículo para o registro dos dados”. Este questionário teve por objetivo identificar o público alvo e avaliar a percepção dos clientes referentes às ações de marketing e a partir desse ponto poder sugerir novas ou readaptação das ações de marketing adotadas pela Casa Grande. Vale ressaltar que antes da aplicação dos questionários houve a realização de um pré-teste que aconteceu no dia 20/04/2007 e foram entrevistados 10 clientes, após a realização deste pré-teste houve a necessidade de reformulação do questionário, tendo algumas perguntas excluídas e inclusão de outras. No apêndice C é possível verificar o questionário utilizado no pré-teste. A análise da entrevista realizada com o proprietário da empresa, Richard Lourenço, foi feita por meio da técnica de análise de conteúdo que de acordo com 51 Richardson (1999) é uma técnica de pesquisa para descrição objetiva, sistemática e quantitativa do conteúdo manifesto da comunicação. Também foi aplicado um questionário aos clientes da Casa Grande para cumprir os objetivos específicos propostos neste estudo. Os dados coletados nos questionários foram codificados em números e inseridos no software Excel, onde foi feita a tabulação do resultado. Mattar (2001, p.187) afirma que: “a tabulação poder ser simples, quando envolve a contagem do número de casos que ocorreram em cada uma das variáveis de estudo”. A análise da pesquisa ocorreu a partir dos gráficos apresentados após a tabulação. 52 4 Resultados da pesquisa Os resultados obtidos com a aplicação da pesquisa envolvem uma série de fatores e recomendações a serem cuidadosamente seguidos a fim de se obter o sucesso desejado. Neste capítulo apresenta-se todos os processo da pesquisa, bem como os resultados analisados e sugestões de ações de comunicação para a Casa Grande Auto Shopping. 4.1 Descrição das ações de comunicação de marketing Para a descrição das ações de comunicação de marketing que a Casa Grande Auto Shopping vem adotando foi realizada uma entrevista com o gerente geral e proprietário da Casa Grande. Por meio desta entrevista foram identificadas algumas ferramentas do composto promocional que serão expostos a seguir. A primeira ferramenta identificada na entrevista foi a publicidade e propaganda, que segundo Sant’Ana (1998) são meios de tornar conhecido um produto, serviço ou marca, com o objetivo de despertar na massa consumidora o desejo pelo produto/serviço anunciado ou criar prestígio ao anunciante. Por este motivo é que cerca de um ano e meio a Casa Grande vem anunciando comerciais na televisão, os canais os quais acontecem estes anúncios são: Recorde e SBT. Para a promoção “Seu carro do jeito que você deseja”, a Casa Grande fechou um contrato de cinco anúncios diários, totalizando cento e cinqüenta comerciais em um período de trinta dias. Para Richard, somente veiculações na TV não garantem o sucesso e a memorização da marca, por isso o mesmo também investe em panfletagem por acreditar que esta é um reforço a propaganda na televisão. As panfletagens são permanentes, sendo realizadas nos seguintes bairros: Centro, Abraão, Estreito, Jardim Atlântico e Estreito. Richard afirma que para o tipo de serviço que comercializa o panfleto tem um ótimo retorno, porque as pessoas são abordadas dentro de “seus” veículos o que leva a ter um maior interesse. Durante a promoção “seu carro do jeito que você deseja”’, a qual ocorreu no período de 19/03/2007 a 20/04/2007, onde bastava preencher no panfleto o nome, telefone, e-mail, marca e ano do veículo depositando este cupon na urna dentro da Casa Grande já estava concorrendo a R$1.000,00 em acessórios para o veículo. 53 Para reforçar a divulgação desta campanha foi realizado cinco comerciais diários durante o programa torque 3 na Rede SC durante todo o período da promoção e sorteio foi realizado no dia 21/04/2007 durante o programa torque3. Ressaltando que para participar desta campanha não era preciso ter realizado compra na Casa Grande, o intuito era trazer para dentro da loja clientes potenciais. Dentro da venda pessoal que conforme os autores Churchill e Peter (2000) descrevem como aquela que envolve interação pessoal com o cliente, sendo feita por meio de qualquer veículo que permita interação direta e pessoal entre vendedor e comprador, garante o feedback imediato, permitindo que a comunicação seja ajustada para satisfazer as necessidades de cada situação. A Casa Grande trabalha com uma equipe treinada e uniformizada, para manter a motivação desta equipe a empresa realiza frequentemente campanhas motivacionais, premiando o funcionário com brindes, folgas, bônus no salário e outros. Uma outra ferramenta encontrada dentro da empresa foram as Relações Públicas que para Kotler e Armstrong (1999, p.356) “é a construção de um bom relacionamento com os vários públicos da empresa através de uma publicidade favorável, uma boa imagem corporativa”. A empresa utiliza esporadicamente um promotor para divulgar que a Casa Grande oferece um serviço de instalação gratuita de CD player, não é preciso fazer nenhum tipo mínimo de compra, basta apenas o cliente potencial levar o CD que a loja instala sem custo algum. Em se tratando de marketing direto que para Pancrazio (2000) é uma especialização do marketing que utiliza técnicas de comunicação que possibilitam atingir o público-alvo de forma dirigida e personalizada e obter respostas diretas e mensuráveis. Segundo Richard a Casa Grande possui um setor de telemarketing ativo, onde todos os clientes que realizaram compras na loja estão arquivados em um banco de dados e após a utilização dos serviços da Casa Grande o telemarketing entra em ação para garantir a satisfação do cliente e deixar um espaço para que o mesmo possa fazer críticas e/ou sugestões. Referente ao Merchandising é uma ferramenta ainda pouco utilizada pela empresa. O merchandising na Casa Grande é utilizado com a exposição de diversos acessórios para veículos espalhados em balcões dentro da loja. Segundo Rocha (1999) merchandising pode ser definido como um conjunto de atividades realizadas 54 dentro da loja relativas à exposição e apresentação do produto com vistas a produzir a compra e muitas vezes utilizada como veículo promocional. Por último será citada a promoção de vendas que é uma atividade para suplementar a venda pessoal. Para Costa e Talarico (1996) a promoção de vendas é uma estratégia de comunicação que age em curto prazo, visando promover um produto e estimular a ação de compra/venda por parte dos públicos, podendo atuar como apoio as outras estratégias ou isoladamente. Dentro desta ferramenta a Casa Grande utiliza displays espalhados pela loja, instalação grátis de CD player isto incentiva o cliente potencial vir conhecer a loja e talvez realizar uma segunda visita futuramente, o panfleto da promoção “seu carro do jeito que você deseja” onde ao preenchê-lo estava concorrendo a um prêmio, serviço de leva e traz para facilitar a vida de seus clientes e desconto em alguns acessórios para carro zero. Observando os resultados obtidos por meio da entrevista, identifica-se que a Casa Grande Auto Shopping utiliza as seguintes ferramentas do composto promocional: propaganda, venda pessoal, relações públicas, merchandising, marketing direto e promoção de vendas. 4.2 Resultado da pesquisa com os clientes Para apontar o perfil do público alvo da Casa Grande e qual a percepção destes referentes às ações de comunicação de marketing adotadas pela empresa foi aplicado um questionário junto aos clientes em compra que estavam aguardando dentro da loja. Foram realizadas 100 entrevistas no período de 23 a 28 de Abril de 2007. Segundo Cobra (1997) é preciso definir o segmento de forma clara, incluindo identificação de dados demográficos, culturais e sociais. No entanto, através deles serão determinados o potencial do segmento e a estratégia de marketing. Sendo assim, o questionário subdividiu-se em duas categorias: • Caracterização sócio-demográfica, a qual tem por objetivo identificar o perfil do público alvo da Casa Grande, município e bairro onde este reside, sexo, qual a idade, profissão e grau de escolaridade. • Análise da percepção do cliente em relação às ações de comunicação de marketing adotadas pela Casa Grande, ou seja, avaliar se o entrevistado foi até a loja por ações promocionais ou outras razões; hábitos de mídia, como: se escuta 55 rádio e qual, assiste e qual o canal, bem como os horários. Por meio dos resultados destas questões a empresa poderá direcionar seus esforços para o canal certo e também se avaliou se o entrevistado lembra das ações promocionais realizadas anteriormente pela Casa Grande. 4.2.1 Caracterização sócio-demográfica Em uma pesquisa é importante o conhecimento da procedência dos dados, e as características dos sujeitos da população. Nas características demográficas estão compreendidos onde moram, o sexo, a faixa etária, profissão e nível de escolaridade. Os resultados desta pesquisa estão apontados a seguir. 60% 55% 50% 40% 26% 30% 20% 7% 7% Palhoça Biguaçú 10% 5% 0% Florianópolis São José Outros Gráfico 2: Municio onde reside Fonte: Elaborado pelo autor/dados primários (2007) Por meio do gráfico 2, observa-se que a maior parte dos entrevistados reside no município de Florianópolis, totalizando 55%. No município de São José há total de 26%, no município de Biguaçú e Palhoça encontram-se 14% dos entrevistados e 5% localizam-se em outros municípios. 56 64% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 14% 10% 3% 10% 9% 0% Estreito Capoeiras Barreiros Centro Florianópolis Outros Gráfico 3: Bairro onde reside Fonte: Elaborado pelo autor/dados primários (2007) Os dados no gráfico 3 apontam que os clientes da Casa Grande encontramse divididos em diversos bairros, porém evidencia-se que há uma concentração maior no bairro Barreiros com 14% e no Estreito com 10%. Ressaltando que a loja da Casa Grande localiza-se no bairro Estreito, tendo como bairro vizinho Barreiros, o que evidencia que grande parte dos entrevistados residem próximo a loja. Em outros bairros 64% dos entrevistados residem, em Capoeiras 3% e no Centro de Florianópolis 9%. 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% 83% 17% Feminino Masculino Gráfico 4: Sexo dos entrevistados Fonte: Elaborado pelo autor/dados primários (2007) Houve uma época em que as diferenças relacionadas ao sexo eram bastante distintas em marketing, mas essas linhas divisórias já não são tão claras atualmente. Dois fatores significativos explicam essa mudança. Um deles é o contínuo aumento no número de mulheres que trabalham fora, e o outro é a crescente superposição dos papéis desempenhados por homens e mulheres (ETZEL, WALKER E 57 STANTON, 2001). Com relação ao sexo dos entrevistados a grande maioria como já era de conhecimento do proprietário da empresa são homens, totalizando 83% e 17% são mulheres, porém segundo Richard está havendo aumento do público feminino. 35% 29% 30% 25% 23% 22% 20% 19% 17% 15% 10% 5% 0% 18 a 25 anos 26 a 35 anos 36 a 45 anos Acima de 46 Não quiseram anos responder Gráfico 5: Idade dos entrevistados Fonte: Elaborado pelo autor/dados primários (2007) Referente à idade dos entrevistados houve uma surpresa no momento da aplicação do questionário, pois 19% dos entrevistados não quiseram responder a esta questão. O maior índice de clientes encontra-se na faixa etária de 26 a 35 anos representando 29%, entre 18 a 25 anos encontram-se 22% dos entrevistados, entre 36 a 45 anos 17% e acima de 46 anos 23% dos entrevistados. Analisando as faixas etárias dos entrevistados pode-se dizer o interesse por acessórios de veículos está em qualquer faixa etária, pois as porcentagens foram muito similares. Empresário Autônomo Comerciário Aposentado Funcionário público Profissional liberal Outro 70% 61% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 16% 8% 7% 0% Gráfico 6: Profissão dos entrevistados Fonte: Elaborado pelo autor/dados primários (2007) 5% 2% 1% 58 A ocupação de uma pessoa também influencia seu padrão de consumo, as empresas tentam identificar os grupos ocupacionais que têm interesse acima da média por seus produtos e serviços. (KOTLER, 1998). Quando analisado a profissão dos entrevistados 61% distribuem-se em variadas profissões, tais como: motorista, zelador, dona de casa, estudante, técnicos na área da saúde, representante, promotor de venda, entre outras. Os comerciários representam 16%, empresários 8%, autônomos 7%, aposentados 5%, funcionário público 2% e profissionais liberais 1%. Importante ressaltar que nesta questão quase 100% dos entrevistados possuem um emprego fixo. 1° grau incompleto 1° grau completo 2° grau incompleto 2° grau completo 3° grau incompleto 3° grau completo Pós graduação Não quiseram responder 38% 40% 35% 30% 25% 25% 20% 15% 10% 11% 7% 6% 8% 5% 4% 1% 0% Gráfico 7: Grau de escolaridade dos entrevistados Fonte: Elaborado pelo autor/dados primários (2007) Analisando o nível de escolaridade pode-se notar que 38% dos pesquisados têm 2ºgrau completo, e 25% possuem o 3º grau completo, como mostra na Figura 12. Com primeiro grau incompleto 7%, com primeiro grau completo 11%, com segundo grau completo 6%, com terceiro grau incompleto 8%, apenas 1% são pósgraduados e 4% não quiseram responder. O perfil dos entrevistados é de maioria homens, entre 25 a 36 anos com um emprego fixo e 2° grau completo. O que pode ser observado na aplicação do questionário e posteriormente na leitura deste é que os entrevistados estão na faixa etária mais variada possível e possuem emprego fixo na maioria dos casos e tem um bom grau de instrução. 59 4.2.2 Análise da comunicação de marketing sob a perspectiva do cliente Depois de conhecer o cliente através de suas características sóciodemográficas, a empresa pode adaptar as condições e necessidades de seus clientes corroborando com os objetivos da empresa. Sendo assim, a coleta de dados sob a freqüência em que o entrevistado compra na loja, se é a primeira compra ou não, como ficaram conhecendo a Casa Grande, hábitos de mídia, como: radio e canais de TV mais assistidos bem como seus horários, lembrança de ter visto qualquer tipo de divulgação da loja, tem conhecimento do site e outros benefícios oferecidos pela Casa Grande, se ficou sabendo da promoção mais recente “seu carro do jeito que você deseja” e se as expectativas causadas foram supridas no momento da compra. Com o resultado deste questionário a Casa Grande conhecerá melhor seu público e isso possibilitará investir melhor seu esforço de marketing, podendo assim, direcionar esses esforços. 70% 60% 60% 50% 40% 40% 30% 20% 10% 0% Sim Não Gráfico 8: Primeira compra na loja Fonte: Elaborado pelo autor/dados primários (2007) Como pode-se notar 60% dos entrevistados já realizaram outras compras na Casa Grande o que é um ótimo resultado, pois se o cliente está retornando a loja é sinal de que gostou do serviço realizado. Obteve-se um índice de 40% de entrevistados que estavam comprando pela primeira vez, agora basta saber quais as razões levaram este cliente a ir até a loja. Entender o processo de compra dos consumidores é de extrema importância. O consumidor passa por várias etapas até chegar à decisão final. Para isso, procura- 60 se agir em cada uma das fases desse processo, estimulando o consumo de seus produtos. Neste sentido proporcionam informações sobre as características dos produtos comercializados pela empresa, enfatizando os benefícios para que tenham chance de ser escolhidos no processo de avaliação (LAS CASAS, 2001). Fica claro a importância do entendimento do processo de compra dos consumidores por meio deste conhecimento pode-se direcionar melhor os esforços de comunicação de marketing. Semanalmente Mensalmente Trimestralmente Semestralmente Anualmente 45% 39% 40% 35% 28% 30% 25% 17% 20% 13% 15% 10% 5% 3% 0% Gráfico 9: Freqüência em que visita a loja Fonte: Elaborado pelo autor/dados primários (2007) De acordo com a freqüência de compra, a maior concentração ocorreu na alternativa semestralmente com 39%, já 28% dos entrevistados freqüentam a loja trimestralmente, 17% anualmente, 13% mensalmente e 3% semanalmente. 61 50% 45% 40% 35% 30% 25% 20% 15% 10% 5% 0% 43% 24% 15% 13% 5% 0% Amigo indicou Site na internet Panfleto Passou Anúncio na Não lembra pela frente TV Gráfico 10: Como ficou conhecendo a loja Fonte: Elaborado pelo autor/dados primários (2007) No que se refere à forma de como o entrevistado ficou conhecendo a loja, percebe-se que há muitas indicações de clientes para amigos. O que pode-se constatar que grande parte dos clientes indicam a loja para amigos, pois 43% dos entrevistados ficaram conhecendo a loja por indicação de um amigo. O que chama bastante atenção é que nenhum dos entrevistados ficou sabendo da loja por meio do site na internet. É uma oportunidade de remodelar o layout do site e melhor divulgálo para que os clientes tenham habito de acessá-lo. Passando na frente 24% dos entrevistados ficaram conhecendo a loja, 5% por meio do panfleto, 15% viram um anúncio na TV e 13% não lembram da forma que ficaram sabendo da loja. Constatase que há muitas indicações de amigos o que confirma a existência de marketing boca a boca. 70% 62% 60% 50% 40% 30% 19% 20% 10% 6% 6% 1% 2% 4% O dia inteiro Não assistem 0% De manhã No horário de almoço De tarde A noite Gráfico 11: Horário que costuma assistir TV Fonte: Elaborado pelo autor/dados Primários (2007) Não souberam responder 62 No gráfico 11 observa-se em qual horário os entrevistados mais assistem o veículo de comunicação TV. Na parte da manhã 1% dos entrevistados, 6% no horário do almoço, 6% na parte da tarde, 62% à noite, 2% o dia inteiro, 4% não assistem TV e 19% não souberam responder. O que indica que se for anunciar na televisão o momento onde abrangeria uma maior massa seria a noite. 60% 54% 50% 40% 30% 20% 16% 14% 10% 12% 4% 0% 0% RBS SBT Band Record Rede SC Indecisos Gráfico 12: Canal de TV que costuma assistir Fonte: Elaborado pelo autor/dados Primários (2007) Dentre os canais mais assistidos pelos pesquisados está a RBS com 54%, o SBT com 14% e a Record com 12%. Durante a entrevista com Richard afirmou saber que o canal mais assistido é a RBS, porém ele prefere anunciar em outras emissoras pela questão do valor. Richard coloca que pode fazer 150 chamadas na Rede TV enquanto que com o mesmo valor pago poderia fazer apenas 8 chamadas na RBS. Por acreditar que o cliente memoriza a marca somente com a repetição Richard prefere anunciar em emissoras que o valor das chamadas seja menor. Depois vêm os indecisos com 16%, a Band com 4% e nenhum entrevistado citou a Rede SC. “A capacidade da TV de influenciar no comportamento das pessoas é bem conhecida e geralmente superestimada” (Sant’Anna, 1998, p. 219). “A propaganda na televisão oferece as vantagens do impacto, cobertura de massa, repetição, flexibilidade e prestígio” (Boone e Kurtz, 1995, p.419). Considerando-se que a TV é um ótimo impulsionador torna-se necessário a escolha do canal certo para realizar as vinculações. 63 80% 70% 70% 60% 50% 40% 30% 30% 20% 10% 0% Sim Não Gráfico 13:Já assistiu algum comercial da Casa Grande na TV Fonte: Elaborado pelo autor/dados Primários (2007) Os resultados apresentados no gráfico 13 referem-se ao percentual de entrevistados que já assistiram ou não algum comercial da Casa Grande na TV, 70% dos entrevistados respondeu que já assistiram e 30% responderam que nunca assistiram. 80% 68% 70% 60% 50% 40% 32% 30% 20% 10% 0% Sim Não Gráfico 14: Recebeu panfleto da Casa Grande Fonte: Elaborado pelo autor/dados Primários (2007) Considerando o trabalho incessante que a Casa Grande faz de panfletagem, este gráfico representa quanto dos entrevistados já recebeu um panfleto da loja, 32% já recebeu um panfleto e 68% dos entrevistados nunca recebeu ou não lembram de terem recebido. O panfleto é repetitivo e auxilia bastante na lembrança da marca, conforme pode-se observar no gráfico 3, 27% dos entrevistados moram nas proximidades da loja (bairro: Estreito, Biguaçú e Capoeiras) e nestes bairros é realizado um trabalho permanente de panfletagem. 64 90% 82% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 18% 20% 10% 0% Sim Não Gráfico 15: Expectativa foi suprida no momento da compra Fonte: Elaborado pelo autor/dados Primários (2007) Levando em consideração que 82% dos entrevistados tiveram suas expectativas supridas no momento da compra, deduz-se que o atendimento (venda pessoal) está sendo bem aceita pelos pesquisados e 18% não tiveram suas expectativas supridas. 100% 92% 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 8% 0% Sim Não Gráfico 16: Acessou o site da Casa Grande Fonte: Elaborado pelo autor/dados Primários (2007) Este gráfico aponta a deficiência e necessidade de maior divulgação da página da Casa Grande na internet (www.casagrandeautoshopping.com.br) apenas 8% dos pesquisados já acessaram o site da Casa Grande. Talvez fosse um momento oportuno para investimento no site, não para atrair novos clientes, mas para criar hábitos nos clientes atuais de estarem acompanhando as promoções e novidades da Casa Grande através do home page, 92% dos entrevistado nunca acessaram o site. 65 80% 75% 70% 60% 50% 40% 25% 30% 20% 10% 0 0 0 Sempre (toda semana) Quase sempre (15 em 15 dias) As vezes (todo mês) 0% Acessou apenas uma vez Raramente ( de mês em mês) Gráfico 17: Freqüência em que acessa o site Fonte: Elaborado pelo autor/dados Primários (2007) Dentre os 8 entrevistados que já acessaram o site da Casa Grande, 6 (75%) deles acessaram o site apenas uma vez e 2 (25%) deles acessam raramente (de mês em mês). Essa falta de acessos é uma característica que o site não está sendo divulgado. Poder-se-ia criar promoções, onde o cliente preenchesse o cupon pelo site ou programas de frase criativa, há várias ferramentas que podem ser utilizadas com o intuito de manter o cliente sempre atento a Casa Grande e memorizar a marca. 66% 70% 60% 50% 40% 34% 30% 20% 10% 0% Sim Não Gráfico 18: Gostaria de receber e-mails com promoções da Casa Grande Fonte: Elaborado pelo autor/dados Primários (2007) Quando questionados se os entrevistados gostariam de receber e-mails com as promoções da Casa Grande 34% responderam que tinham interesse e disponibilizaram o e-mail para contato e 66% responderam que não. Pode-se obter um bom banco de dados com o e-mail desses clientes que demonstraram-se 66 interessados, a partir daí realizar pesquisas, encaminhar promoções, talvez até grupos de discussões sobre as últimas novidades de acessórios para veículos. 99% 100% 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 1% 0% Sim Não Gráfico 19: Busca informações sobre acessórios de veículos no jornal. Fonte: Elaborado pelo autor/dados Primários (2007) A busca de informações de acessórios para veículos é praticamente nula entre os entrevistados, apenas 1 equivalente a 1% dos 100 entrevistados disse que já pesquisou acessórios para veículos no jornal, ou seja, 99% nunca buscaram informações no jornal sobre acessórios para veículos. A Casa Grande não investe em anúncios em jornais e pode continuar não anunciando 99% 100% 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 1% 0% Sim Não Gráfico 20: Pesquisou o telefone da Casa Grande na lista telefônica Fonte: Elaborado pelo autor/dados Primários (2007) O resultado do gráfico 20 assemelha-se muito com o resultado da figura 24, neste caso apenas 1 (1%) dos 100 entrevistados já pesquisou o número de telefone da Casa Grande na lista telefônica e 99% nunca pesquisaram. Atualmente a Casa 67 Grande possui um espaço na listas amarelas e é muito interessante manter este espaço. 60% 49% 50% 40% 35% 30% 20% 10% 8% 3% 4% 0 0% De manhã No horário de almoço De tarde A noite O dia inteiro Não escuta Gráfico 21: Horário que mais escuta rádio Fonte: Elaborado pelo autor/dados Primários (2007) Este resultado representado pelo gráfico 21 é muito interessante, pois representa os horários em que os entrevistados mais escutam rádio, 49% escutam o dia inteiro, 35% não escutam, 8% costumam escutar a noite, 4% de tarde e 3% de manhã. 40% 36% 35% 30% 25% 20% 23% 16% 15% 12% 10% 5% 4% 4% Regional FM CBN Itapema 5% 0% Jovem Pan Atlantida Band Outras Gráfico 22: Rádio que costuma ouvir Fonte: Elaborado pelo autor/dados Primários (2007) A rádio mais ouvida pelos pesquisados é a Jovem Pan, a qual lidera com 23%, em seguida está a Atlântida com 16% e depois a Band com 12%. Com percentuais menores temos a Regional FM com 5%, a CBN com 4% e a Itapema com 4%. O total de entrevistados que escutam outras rádios foi de 36%. A rádio 68 evangelista a qual a Casa Grande faz vinculações esporádicas não foi citada por nenhum dos entrevistados. Rádio é uma fonte de diversão e entretenimento e, em grau menor, de informação e cultura. É por excelência um veículo de apelo popular, com o qual se pode atingir rapidamente grandes massas. O rádio é um veículo de ação local. O rádio é um veículo de comunicação de baixo custo com relação a televisão, rádio é uma fonte de entretenimento ao ouvinte, causa impacto pelo uso da música e é flexível, pois permite trocar ou inserir mensagens publicitárias em poucas horas (SANT’ANNA, 1998). Indicação de amigo Recebeu um panfleto Viu um anúncio na TV Dentro da loja Telemarketing Não ficou sabendo 100% 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% 73% 12% 0 1% 4% 10% Gráfico 23: Como ficou sabendo da promoção “seu carro do jeito que você deseja” Fonte: Elaborado pelo autor/dados Primários (2007) Outro dado bem marcante é que 73% dos entrevistados não ficaram sabendo ou não lembram da promoção “seu carro do jeito em que você deseja” a qual bastava preencher um cupon depositar na urna no interior da loja e concorrer a R$1.000,00 em acessórios para o carro. A promoção foi divulgada com 150 comerciais na Rede SC, panfletagem diária, banner no interior da loja e telemarketing. Apenas 1 (1%) dos 100 entrevistados lembra de ter recebido um panfleto, 12% afirmam ter visto o comercial na TV, 4% ficaram sabendo da promoção quando estava dentro da loja e 10% ficaram sabendo via telemarketing. 69 94% 100% 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 6% 0% Sim Não Gráfico 24: Participou da promoção “seu carro do jeito que você deseja” Fonte: Elaborado pelo autor/dados Primários (2007) Dos 27 clientes que ficaram sabendo da promoção apenas 6% interessaramse em participar depositando o cupon na urna e 94% não participaram. 100% 88% 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 2% 6% 0% 1% 3% Satisfatória Regular Indiferente 0% Excelente Ótima Bom Gráfico 25: Qual a opinião em relação às promoções da Casa Grande Fonte: Elaborado pelo autor/dados Primários (2007) Quanto à percepção dos pesquisados 88% disseram que consideram as comunicações de marketing da Casa Grande boas. Consideram ótima 6%, 3% se mostraram indiferente, 2% acha excelente e 1% regular. Ninguém considerou as promoções satisfatórias. 70 40% 36% 35% 30% 30% 30% 25% 20% 15% 10% 4% 5% 0% Serviço leva e busca 30% desconto em Instalação grátis de Desconhece alguns itens para aparelhos de CD qualquer benefício carro zero Gráfico 26: Conhece os benefícios oferecidos pela Casa Grande Fonte: Elaborado pelo autor/dados Primários (2007) A Casa Grande oferece alguns benefícios aos clientes e estes ainda não são totalmente conhecidos, apenas 4% dos entrevistados tinham conhecimento que para carro zero alguns itens eles tem descontos de até 30%. Evidencia-se a necessidade de divulgação dos benefícios. A instalação grátis de aparelho de CD 36% tinha conhecimento, serviço de leva e busca 30% e 30% dos entrevistados desconhecia qualquer benefício. 4.2.3 Análise global dos resultados obtidos na pesquisa Pode ser observado no item 4.2.1 o perfil sócio demográfico dos entrevistados, de uma maneira geral o público-alvo da Casa Grande Auto Shopping são pessoas do sexo masculino, com uma faixa etária entre 26 e 35 anos, a grande maioria residente nos municípios de Florianópolis e São José e uma maior concentração nos bairros do Estreito e Biguaçú. Pode-se observar na figura 08 que os bairros que mais foram citados pelos entrevistados localizam-se no Continente, o fluxo de trânsito que liga a Ilha ao Continente é um fator desestimulante para as pessoas que moram na Ilha e acabam por procurar este tipo de serviço nas proximidades. Outra característica do público-alvo é que este na sua maioria tem segundo ou terceiro grau completo. Com relação à comunicação Pinho (2001) afirma que após desenvolver um bom produto, determinar corretamente seu preço e torná-lo acessível ao consumidor, o caminho natural para a empresa é criar o seu programa de 71 comunicação e promoção, formulando uma estratégia promocional. Para que fosse possível sugerir ações de comunicação para a Casa Grande foi realizada uma entrevista com o proprietário para melhor entendimento das ações realizadas atualmente e um questionário com os clientes o qual foi exposto em gráficos que de maneira geral demonstrou a percepção dessas ações de comunicação com os clientes o que era um dos objetivos deste trabalho. Analisando de uma maneira geral as ações de comunicações aplicadas atualmente pela Casa Grande à acadêmica as considera não tão eficientes. Conforme as figuras 13, 14 e 15, dentre os 100 entrevistados 40 estavam comprando na loja pela primeira vez, 43% dos clientes ficaram sabendo da loja por indicação de um amigo e 24% por terem passado em frente da loja. A maioria dos clientes possui o habito de visitar a loja a cada seis meses. Esses gráficos demonstram que há um bom índice de clientes que estão indo na loja pela primeira vez, porém as razões que levaram os clientes até a loja não está sendo as ações de marketing e sim o marketing boca a boca e a fachada chamativa da loja (a qual pode ser vista no apêndice D). Quando pesquisado para saber quais as preferências dos entrevistados quanto a canal de TV e rádio que costumam assistir e escutar respectivamente com os horários mais freqüentes. Referente à meio de comunicação televisão 78% dos entrevistados tem o costume de assistir no período da noite e o canal mais citado pelos pesquisados foi a RBS com 54%, SBT com 14% e Record 12%, como o custo para veiculação na RBS é mais alto, segundo Richard (proprietário da loja), tem duas alternativas para quem sabe uma veiculação mais freqüente que seria o SBT e a Record. Com relação ao veiculo de comunicação rádio conforme demonstra figura 26 e 27, 49% dos entrevistados escutam rádio o dia inteiro e 23% têm preferência pela Jovem Pan, esta é outra informação bem relevante para a Casa Grande, pois o proprietário estava fechando um contrato para anunciar na rádio Guarujá. Ressalta-se que o canal de TV que a Casa Grande estava anunciando recentemente Rede TV não foi citado por nenhum dos entrevistados e a rádio a qual estavam ocorrendo algumas chamadas também não foi citada. Segundo Churchill e Peter (2005) o veículo de propaganda rádio é menos dispendioso que a propaganda de televisão, há uma maior seletividade (as mensagens podem ser dirigidas com razoável precisão para o público consumidor) e de fácil acesso (carro, walkman). Os 72 mesmos autores corroboram afirmando que o veículo de propaganda televisão tem uma audiência ampla (cobertura de massa), fornece informações auditivas e visuais, causando um maior impacto e prende a atenção do espectador. Referente aos dois tipos de comunicação mais utilizados pela Casa Grande que é veiculação de comerciais na televisão e a entrega de panfletos, 70% dos entrevistados disse já ter visto uma propaganda da Casa Grande na televisão, dentro deste percentual os espectadores podem ter visto qualquer propaganda da Casa Grande a qual anuncia neste veículo há muitos anos. E 30% lembram de já ter recebido um panfleto da loja, observa-se que o maior índice de clientes da loja residem nas proximidades, onde são realizadas as panfletagens. A mídia impressa como o jornal tem a capacidade de veicular rápido e permite fazer alterações e tomar decisões táticas proveitosas (BIRD, 2000). Tratando-se de busca em jornais por lojas especializadas em acessórios para veículos e o número de telefone da loja na listas amarelas o percentual foi mínimo de apenas 1% em cada pergunta. Dos 100 entrevistados apenas 1 já buscou por informações nos jornais por acessórios para veículos e o número de telefone da Casa Grande na lista telefônica. Para Churchill e Peter (2005) a internet é um interessante veículo de propaganda, pois as mensagens podem ser personalizadas, nenhum custo adicional para alcançar o público e a mensagem pode incluir palavras, figuras, sons e vídeos. Considerando este aspecto há uma notável carência de uma maior divulgação do site da Casa Grande, apenas 8 dos 100 entrevistados já acessaram o site e a maioria deles apenas uma vez. Quando perguntados aos pesquisados se havia interesse em receber informações de promoções via e-mail 34% demonstraram-se interessados. Com relação a última promoção da Casa Grande “seu carro do jeito que você deseja” apenas 27% dos entrevistados ficaram sabendo e dentro desse percentual apenas 6% participaram. Houve uma forte divulgação da promoção e foram poucos os entrevistados que participaram. Quanto aos benefícios oferecidos pela Casa Grande, como: serviço de leva e busca, instalação gratuita de CD e 30% de desconto em alguns itens para carro zero nenhum cliente diz saber de todos esse benefícios, tem-se apenas conhecimento de um ou dois destes. Num contexto geral 73 88% dos entrevistados consideraram as ações de comunicação da Casa Grande boas. 4.2.4 Sugestões de ações de comunicação de marketing Após a analisar os resultados obtidos por meio da entrevista com Richard e o questionário aplicado com os clientes, sugere-se a Casa Grande melhorias em suas ações de comunicação de marketing, como: continuar investindo em rádio e TV, porém em outras emissoras; manter a panfletagem, porém com maior intensidade, reformular o site na internet. Apresentam-se em tópicos as sugestões de ações de comunicação de marketing para a Casa Grande Auto Shopping. Promover promoção indique um amigo e ganhe desconto Conforme os resultados da pesquisa 43% dos entrevistados ficaram conhecendo a loja por indicação de um amigo, evidencia-se que há marketing boca a boca. Para incentivar os clientes a indicarem amigos pode-se desenvolver uma campanha promocional para quando o cliente efetua uma compra na loja ganha um cartão no qual consta o nome completo, CPF e data que efetuou a compra. Quando o cliente indica um amigo basta entregar este cartão ao amigo e ele apresentar no caixa no momento do pagamento, automaticamente ganhará um desconto X (a ser determinado junto ao proprietário da loja) e a pessoa que realizou a indicação, receberá um desconto X na próxima compra. Ações: • Disponibilizar um funcionário para cadastrar no sistema (banco de dados) os cartões entregue aos clientes e os recebidos pelas indicações para que se possa alimentar o sistema que o cliente X tem um desconto a receber na próxima compra. • Contratar uma empresa para desenvolver os cartões, assim evitando fraudes. • Orientar todos os funcionários para divulgar a promoção aos clientes no momento do atendimento. 74 Massificar a panfletagem Para Richard o percentual de clientes que já recebeu um panfleto da Casa Grande foi positivo, sendo de 34%, porém pode-se massificar a panfletagem para que haja um aumento neste índice. Propõem-se realizar a entrega dos panfletos de casa em casa, deixar na portaria de prédios, comércios em geral e não apenas entregar nos sinais de trânsito. Ações: • Contratar um serviço terceirizado para efetuar a panfletagem; • Disponibilizar um funcionário para coordenação desta operação; • Organizar uma planilha para mapear os locais a serem panfletados; Melhorar o site da Casa Grande (www.casagrandeautoshopping.com.br) Atualmente a Casa Grande tem um site desestruturado e pouco atrativo, conforme citado por alguns entrevistados durante a pesquisa, os quais já acessaram o site. Dentre os pesquisados 34% interessam-se em receber promoções e informações sobre a empresa via e-mail. Por isso, sugere-se uma reestruturação do site. No referido, estariam disponíveis informações sobre veículos, curiosidades do ramo, notícias da semana, lançamentos de acessórios para veículos, como também, possibilidade do cliente cadastrar-se para receber essas notícias via e-mail, assim a empresa poder conhecê-lo melhor, como suas preferências e hábitos de compras. Outros serviços disponíveis seriam os orçamentos on-line, possibilitando ao cliente fazer sua pesquisa de preço. A empresa estaria comprometida com a atualização diária do site. Ações: • Contratar os serviços de uma empresa especializada em sites, para desenvolvê-lo; • Organizar as informações relevantes para utilizar no site; • Disponibilizar um funcionário para o gerenciamento do site. 75 Aumentar divulgação do site Após a melhoria do site seria necessário um trabalho de divulgação. De acordo com os resultados da pesquisa apenas 8% dos entrevistados já acessaram o site da Casa Grande e 75% acessou apenas uma vez. Para o site tornar-se mais conhecido sugere-se incluir no panfleto o endereço deste, divulgá-lo no comercial de TV, na rádio e as operadoras de telemarketing noticiarem os clientes sobre o site e no momento do atendimento e/ou pagamento os colaboradores informarem os clientes sobre o site. Ações: • Capacitar às operadoras do telemarketing explicando todas as ferramentas do site; • Organizar listas de e-mail de acordo com as características de cada grupo de clientes, podendo ser por marca ou tipo do veículo. • Atualizar o banco de dados dos clientes. Anunciar na Jovem Pan Sugere-se que a Casa Grande anuncie na rádio Jovem Pan FM que conforme a pesquisa 23% dos entrevistados citou como a mais ouvida. No dia da entrevista com Richard, proprietário da Casa Grande, o mesmo disse estar negociando com a rádio Guarujá. Após receber os resultados da pesquisa, Richard reconsiderou a escolha da rádio e agora está negociando com a Jovem Pan. É interessante realizar inserções espalhadas durante a manhã, tarde e noite, pois a pesquisa apontou que 49% dos entrevistados escutam rádio durante todo o dia. Ações: • Contratar uma agência de publicidade e propaganda para desenvolver o anúncio a ser vinculado no rádio; • Elaborar campanhas promocionais para anunciar no rádio; • Verificar por meio de pesquisa se por meio desses anúncios está ocorrendo aumento nas vendas. 76 Anunciar na RBS A pesquisa apontou que a RBS TV é a mais assistida pelos pesquisados com 54%. Recomenda-se que a Casa Grande faça um piloto anunciando uma campanha promocional através da RBS TV, após as veiculações acontecerem avaliar se os resultados foram satisfatórios por meio de pesquisa e também se o custo X benefício da campanha está viável para a empresa. Ações: • Contratar uma agência de publicidade e propaganda para desenvolver o anúncio; • Escolher alguns produtos para promover na campanha; • Informar todos os funcionários quais são os produtos que estarão sendo ofertados na televisão. Manter fachada chamativa Conforme pode ser verificado na pesquisa 24% dos entrevistados ficaram conhecendo a loja por terem passado em frente. Logo, sugere-se que a Casa Grande mantenha a fachada sempre limpa, conservada, com as cores chamativas e também um amplo estacionamento para facilitar a vida do cliente. Ações: • Dignar um funcionário responsável pela avaliação e monitoria da fachada; • Ter uma equipe de limpeza a disposição quando necessário. Maior divulgação dos benefícios Os benefícios ofertados pela Casa Grande não são de conhecimento de todos os clientes. Segundo a pesquisa 30% possuem conhecimento do serviço Leva e Traz, 36% sabem que a instalação de CD player é gratuita sem ter necessidade de comprar nada na loja, 4% tem ciência que tem desconto de 30% em alguns produtos para carro zero e 30% desconhecem qualquer tipo de benefício. 77 Ações: • Divulgar os benefícios na rádio, TV, panfleto, telemarketing, banners espalhados pela loja; • Entregar ao cliente após a compra um folder explicando sobre os benefícios; • Disponibilizar no site essas informações e enviar e-mails. Patrocínio de eventos A ultima sugestão é que a Casa Grande patrocine eventos direcionados ao público masculino, como: feirão de carros, campeonatos de futebol, outros. É válido ressaltar que o estádio Orlando Scarpelli fica próximo a Casa Grande o que torna muito atrativo para a Casa Grande estar presente em dias de jogos. Ações: • Fazer levantamento dos eventos que acontecem na região; • Criar agenda destes eventos; • Disponibilizar promotores para divulgação no dia do evento. 78 5 Considerações Finais Neste capítulo serão apresentadas as conclusões finais, bem como as limitações encontradas e recomendações para futuros trabalhos. 5.1 Conclusões Em geral após a realização de qualquer atividade, seja ela de caráter pessoal ou profissional, costuma-se avaliar se esta supriu ou superou as expectativas criadas. E esta é uma das principais razões deste estudo, a avaliação das ações de comunicação de marketing da Casa Grande Auto Shopping, bem como a descrição do perfil do público-alvo e a percepção que estes possuem quanto às ações de comunicações realizadas. Por meio da análise destes fatores foi possível sugerir melhorias para as ações de comunicação de marketing. Conforme descrito na fundamentação teórica o mix de marketing é composto por variáveis controláveis de marketing que a empresa utiliza para produzir as respostas que deseja no mercado alvo. Aprofundou-se neste estudo o elemento promoção, também conhecido como comunicação, este tem como função informar, persuadir e influenciar as decisões de compra dos consumidores. Se há falhas na comunicação entre a empresa e o consumidor-alvo pode-se afetar a percepção que este possui sobre a empresa e seus produtos e/ou serviços. Devido a isso é tão importante avaliar qual a percepção o cliente tem da Casa Grande Auto Shopping e o que pode ser modificado para atingir um maior número de clientes-alvo e mais precisamente. Para a obtenção dos resultados foi realizada uma entrevista com Richard Lourenço da Silva, proprietário e gerente geral da Casa Grande Auto Shopping, e também foi aplicado um questionário com 100 clientes que estavam comprando na loja no período de 23 a 28 de Abril de 2007. Por meio da entrevista e questionário pode-se atingir o objetivo geral do trabalho de sugerir ações de comunicação de marketing para a Casa Grande Auto Shopping. Diante dos resultados obtidos pode-se identificar o público-alvo da Casa Grande Auto Shopping como sendo maioria pessoas do sexo masculino, com faixa 79 etária entre 26 e 35 anos, a grande maioria residente no município de Florianópolis e concentrados nos bairros Estreito e Barreiros, o profissão mais citada foi comerciário e grande parte possui o segundo grau completo. Referente às ações de comunicação de marketing analisa-se que estas como não sendo muito eficazes para Casa Grande, devido ao fato que os clientes que estão comprando na loja pela primeira vez ou os clientes que já freqüentaram a loja anteriormente ficaram sabendo da loja por indicação de um amigo (43%) ou por terem passado na frente (24%), apenas 5% ficou conhecendo a loja porque recebeu um panfleto e 15% por terem assistido um anúncio na televisão, vale ressaltar que a Casa Grande realizada anúncios na televisão há alguns anos. Outro dado relevante é que a rádio e o canal de televisão que a Casa Grande Auto Shopping estava anunciando atualmente não foi citada nenhuma vez pelos entrevistados. Em relação a panfletagem apenas 32% dos clientes já receberam um panfleto da Casa Grande, considerando que é realizado um trabalho permanente de panfletagem há mais de dois anos. Sobre o site apenas 8% já o acessou e 75% acessaram apenas uma vez. O resultado mais surpreendente foi que 73% dos entrevistados não ficaram sabendo ou não lembram da última campanha realizada pela empresa, a qual teve cinco anúncios diários na televisão (Rede SC) durante trinta dias, uma panfletagem intensa e banners espalhados pela loja. Este resultado apenas reflete no ponto que a Casa Grande não está anunciando no canal certo. De uma maneira geral a Casa Grande está muito empenhada em acertar o cliente potencial e manter relacionamento com os já existentes. Como arma a empresa possui uma das ferramentas mais eficazes do marketing, o boca-a-boca. 5.2 Limitações Este estudo proporcionou um conhecimento mais aprofundado sobre comunicação de marketing e suas ferramentas. Também aprendeu-se mais sobre o mercado de acessórios para veículos, bem como suas dificuldades de divulgação, orçamento curto, concorrência. No decorrer da pesquisa foram detectadas algumas limitações, como: os entrevistados respondiam de maneira errônea e sem vontade, a impaciência com a extensão do questionário, falta de esforço para lembrar se já haviam visto algum comercial de TV ou recebido algum panfleto da Casa Grande. A 80 dificuldade de encontrar livros a disposição na biblioteca em muitos momentos foi necessário aguardar semanas para poder emprestar um exemplar. Também foi preciso buscar livros em bibliotecas de outras universidades. 5.3 Recomendações Diante dos resultados obtidos e das limitações apresentadas neste estudo, recomenda-se para trabalhos futuros a realização de pesquisas relacionadas a planejamento de mídia. De acordo com a vivência na Casa Grande sugere-se também pesquisas relacionadas à satisfação do cliente e estudo sobre o endomarketing. 81 6 Referências Bibliográficas BARROS, Aidil J. da S.; LEHFELD, Neide A. de S.. Fundamentos de metodologia: uma guia para a iniciação científica. 2° ed. São Paulo: Makron Books, 2000. BIRD, Drayton. Bom senso em marketing direto. 2ª ed. São Paulo: Makron Books, 2000. BODIAN, Nat. G. Marketing direto: regras práticas. 1ª ed. São Paulo: Makron Books, 2000. BOONE, Louis E.; KURTZ, David L.. Marketing Contemporâneo. 8ª ed. .Rio de Janeiro: LTC, 1995. CERVO, A.L; BERVIAN, P.A. Metodologia científica. 4° ed. São Paulo: Makron Books, 1996. CHURCHILL, Gilbert A.; PETER, Jr. J. Paul. Marketing: Criando valor para os clientes. 2º Ed. São Paulo: Saraiva, 2005. CHURCHILL, Gilbert A.; PETER, J. Paul. Marketing – Criando valor para os clientes. 1°ed. São Paulo: Saraiva, 2000. COBRA, Marcos. Marketing Básico. 4° ed. São Paulo: Atlas, 1997. CORRÊA, Roberto. Planejamento de propaganda. 9ª ed. São Paulo: Global, 2004. COSTA, A.R.: TALARICO, E. G. Marketing promocional: descobrindo os segredos do mercado. São Paulo: Atlas, 1996. DIAS, Sérgio R. Gestão de marketing. 1ª ed. São Paulo: Saraiva, 2005. ETZEL, Michael; WALKER, Bruce J.; STANTON, William J. Marketing. 11ed. São Paulo: Makron, 2001. GIL, Antônio C. Métodos e técnicas de pesquisa social. São Paulo: Atlas, 1999. HAGUE, P. JACKSON, P. Faça a sua própria pesquisa de mercado. São Paulo: Nobel, 1997. HOOLEY, Graham J.; SAUNDERS, John. Posicionamento Competitivo. 1ª ed. São Paulo: Makron Books do Brasil Editora Ltda, 1996. JUTKINS, Ray. O poder do marketing direto. 1ª ed. São Paulo: Makron Books, 1994. KARSAKLIAN, Eliane. Comportamento do consumidor. São Paulo: Atlas, 2000. KOTLER, Philip. Administração de marketing: análise, implementação e controle. 5ed. São Paulo: Atlas, 1998. planejamento, 82 KOTLER, Philip; ARMSTRONG, Gary Princípios de Marketing. 7ª ed. Rio de Janeiro: LTC, 1999. KOTLER, Philip; ARMSTRONG, Gary. Introdução ao marketing. 4 ed. Rio de Janeiro: LTC, 2000. KUNSCH, Margarida M. K. Relações públicas e modernidade. São Paulo: Summus, 1997. LAS CASAS, Alexandre L. Marketing: conceitos, exercícios e casos. 5° ed. São Paulo: Atlas, 2001. MANZO, Jose Maria C. Marketing uma ferramenta para o desenvolvimento. 12ª ed. Rio de Janeiro: LTC, 1996. MATTAR, Fauze N. Pesquisa de Marketing. - Edição Compacta. 3° ed. São Paulo: Atlas, 2001. OLIVEIRA, C.S. Metodologia científica planejamento e técnica de pesquisa: uma visão holística do conhecimento humano. São Paulo: Ltr, 2002. PANCRAZIO, P. D. San. Promoção de vendas: o gatilho do marketing. São Paulo: Futura, 2000. PINHO, J. B. Comunicação em marketing: princípios da comunicação mercadológica. 6° ed. São Paulo: Papirus, 2001. RICHARDSON. R.J. et. al .Pesquisa social: métodos e técnicas. 3° ed. São Paulo: Atlas, 1999. RICHERS, Raimar. Marketing uma visão brasileira. 2° ed. São Paulo: Negócios Editora, 2000. ROBINSON, John F. Mala direta eficaz. 1ª ed. São Paulo: Makron Books, 1991. ROCHA, A. DA CHRISTENSEN, C. Marketing – teoria e prática no Brasil. 2° ed. São Paulo: Atlas, 1999. ROESCH, S. Projetos de estágio e de pesquisa em administração: guia para estágio trabalhos de conclusão, dissertações e estudo de caso. 1°.ed. São Paulo. Atlas, 1996. SANT’ANA, A. Propaganda: teoria, técnica e prática. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 1998. SARAIVA, Carolina Machado. Metodologia da Pesquisa de Satisfação do Consumidor: Estudo de Mercado de Belo Horizonte. Dissertação de Mestrado (Programa de Pós Graduação em Engenharia da Produção). Florianópolis, 2002. 83 SHIMP, Terence A. Propaganda e Promoção: aspectos complementares da comunicação integrada de marketing. 5° ed. Porto Alegre: Bookman, 2002. SIMÕES, Roberto. Marketing básico. 1ª ed. São Paulo: Saraiva, 1983. 84 7 Apêndices APÊNDICE A – Roteiro de entrevista interna 1) Quais são os veículos de comunicação que a Casa Grande auto shopping anuncia? 2) Com que freqüência esses anúncios acontecem? 3) Quais os elementos da promoção que a Casa Grande auto shopping utiliza? 4) Comente a aplicação desses elementos. 85 APÊNDICE B – Questionário final aplicado aos clientes I. DADOS PESSOAIS___________________ a) Município onde reside: 1. ( ) Florianópolis 2. ( ) São José 3. ( ) Palhoça 4. ( ) Biguaçú 5. Outro:______________________________ b) Bairro onde reside: ______________________________________ c) Sexo: 1. ( ) Feminino 2. ( ) Masculino d) Idade: 1. ( )18 a 25 anos 2. ( ) 26 a 35 anos 3. ( ) 36 a 45 anos 4. ( ) Acima de 46 anos e) Qual a sua profissão? 1. ( ) Empresário 2. ( ) Autônomo 3. ( ) Comerciário 4. ( ) Aposentado 5. ( ) Funcionário Público 6. ( ) Profissional Liberal 7. ( ) Outro:____________________________ f) Grau de escolaridade: 1. ( ) 1° grau incompleto 2. ( ) 1° grau completo 3. ( ) 2° grau incompleto 4. ( ) 2° grau completo 5. ( ) 3° grau incompleto 6. ( ) 3° grau completo 7. ( ) Pós graduação II. COMUNICAÇÃO DE MARKETING_ a) É a primeira vez que compra na loja? 1. ( ) Sim. Se assinalar esta opção, ir para letra c 2. ( ) Não. Se assinalar esta opção, ir para letra b b) Com que freqüência visita a loja? 1. ( ) Semanalmente 2. ( ) Mensalmente 3. ( ) Trimestralmente 4. ( ) Semestralmente 5. ( ) Anualmente c) Como ficou conhecendo a loja? 1. ( ) Amigo indicou 2. ( ) Site na internet 3. ( ) Panfleto 4. ( ) Passou pela frente 5. ( ) Anúncio na TV 6. ( ) Não lembra d) Qual horário você mais assiste TV? 1. ( ) De manhã 2. ( ) No horário de almoço 3. ( ) De tarde 4. ( ) A noite 5. ( ) O dia inteiro 6. ( ) Não assiste e) Dentre os canais listados abaixo, qual são os dois que você mais assiste? 1. ( ) RBS 2. ( ) SBT 3. ( ) Band 4. ( ) Record 5. ( ) Rede SC f) Você já viu algum comercial de TV da Casa Grande? 1. ( ) Sim 2. ( ) Não g) Você já recebeu algum panfleto da loja? 1. ( ) Sim 2. ( ) Não h) A expectativa que a Casa Grande despertou por meio do anúncio publicitário foi suprida no momento do atendimento> 1. ( ) Sim 2. ( ) Não i) Você já acessou o site da Casa Grande? (www.casagrandeautoshopping.com.br) 1. ( ) Sim. 2. ( ) Não. Se assinalar esta opção, ir para letra J j) Com que freqüência visita o site? 1. ( ) Acessou apenas uma vez 2. ( ) Sempre (toda semana) 3. ( ) Quase sempre (15 em 15 dias) 4. ( ) Ás vezes (todo mês) 5. ( ) Raramente (de meses em meses) 86 k) Gostaria de receber e-mails com as promoções da Casa Grande? 1. ( ) Sim. Email:________________________ 2. ( ) Não l) Você costuma buscar informações sobre acessórios para veículos no jornal? 1. ( ) Sim 2. ( ) Não m) Você já pesquisou o telefone da Casa Grande na lista telefônica? 1. ( ) Sim 2. ( ) Não n) Qual horário você costuma escutar rádio? 1. ( ) De manhã 2. ( ) No horário de almoço 3. ( ) De tarde 4. ( ) A noite 5. ( ) O dia inteiro 6. ( ) Não escuta o) Qual rádio você costuma ouvir? 1: ___________________________________ p) Como ficou sabendo da promoção “Seu carro do jeito que você deseja”? 1. ( ) Indicação de amigo 2. ( ) Recebeu um panfleto 3. ( ) Viu anúncio na TV 4. ( ) Dentro da loja 5. ( ) Telemarketing 6. ( ) Não ficou sabendo q) Você participou da promoção “Seu carro do jeito que você deseja”? 1. ( ) Sim 2. ( ) Não r) De uma forma geral qual a sua opinião sobre as propagandas que a Casa Grande vem adotando? 1. ( ) Excelente 2. ( ) Ótima 3. ( ) Bom 4. ( ) Satisfatória 5. ( )Regular 6. ( )Indiferente s) Quais dos benefícios abaixo você tem conhecimento que a Casa Grande oferece? 1. ( ) Serviço de Leva e Busca 2. ( ) 30% de desconto em alguns itens para carros zero. 3. ( ) Instalação grátis de aparelhos CD. t) Você tem alguma sugestão para futuras campanhas promocionais?__________________________ ______________________________________ ______________________________________ ______________________________________ ______________________________________ ______________________________________ ______________________________________ APÊNDICE C – Questionário aplicado aos clientes no pré-teste I. DADOS PESSOAIS___________________ a) Município onde reside: 1. ( ) Florianópolis 2. ( ) São José 3. ( ) Palhoça 4. ( ) Biguaçú 5. Outro:______________________________ c) Como ficou conhecendo a loja? 1. ( ) Amigo indicou 2. ( ) Site na internet 3. ( ) Panfleto 4. ( ) Passou pela frente 5. ( ) Anúncio na TV 6. ( ) Não lembra b) Bairro onde reside: ______________________________________ d) Qual desse(s) veículo(s) de comunicação você já viu anúncio da Casa Grande? 1. ( ) TV 4. ( ) Nenhum 2. ( ) Site 5. ( ) Outro:________ 3. ( ) Panfleto c) Sexo: 1. ( ) Feminino 2. ( ) Masculino d) Idade: 1. ( )18 a 25 anos 2. ( ) 26 a 35 anos 3. ( ) 36 a 45 anos 4. ( ) Acima de 46 anos e) Qual a sua profissão? 1. ( ) Empresário 2. ( ) Autônomo 3. ( ) Comerciário 4. ( ) Aposentado 5. ( ) Funcionário Público 6. ( ) Profissional Liberal 7. ( ) Outro:_________________________________ f) Grau de escolaridade: 1. ( ) 1° grau incompleto 2. ( ) 1° grau completo 3. ( ) 2° grau incompleto 4. ( ) 2° grau completo 5. ( ) 3° grau incompleto 6. ( ) 3° grau completo 7. ( ) Pós graduação II. COMUNICAÇÃO DE MARKETING_ b) É a primeira vez que compra na loja? 1. ( ) Sim. Se assinalar esta opção, ir para letra 2. ( ) Não. Se assinalar esta opção, ir para letra b) Com que freqüência visita a loja? 1. ( ) Semanalmente 2. ( ) Mensalmente 3. ( ) Trimestralmente 4. ( ) Semestralmente 5. ( ) Anualmente e) Qual horário você mais assiste TV? 1. ( ) De manhã 2. ( ) No horário de almoço 3. ( ) De tarde 4. ( ) A noite 5. ( ) O dia inteiro 6. ( ) Não assiste f) Qual dos dois canais de TV abaixo você costuma assistir? 1. ( ) RBS 2. ( ) SBT 3. ( ) Band 4. ( ) Record 5. ( ) Rede SC g) Você já recebeu algum panfleto da loja? 1. ( ) Sim 2. ( ) Não h) Você já acessou o site da Casa Grande? (www.casagrandeautoshopping.com.br) 1. ( ) Sim. Se assinalar esta opção, ir para letra K 2. ( ) Não. Se assinalar esta opção, ir para letra L i) Com que freqüência visita o site? 1. ( ) Acessou apenas uma vez 2. ( ) Sempre (toda semana) 3. ( ) Quase sempre (15 em 15 dias) 4. ( ) Ás vezes (todo mês) 5. ( ) Raramente (de meses em meses) j) Como ficou conhecendo o site? 1. ( ) Por meio de amigos 2. ( ) Sites de busca 3. ( ) TV 4. ( ) Panfleto 87 k) Qual a sua opinião sobre o site? 1. ( ) Muito atraente 2. ( ) Atraente 3. ( ) Confuso 4. ( ) Pouco interessante 5. ( ) Indiferente 6. ( ) Outro l) Gostaria de receber e-mails com as promoções da Casa Grande? 1. ( ) Sim. Email:________________________ 2. ( ) Não m) Você costuma buscar informações sobre acessórios para veículos no jornal? 1. ( ) Sim 2. ( ) Não n) Você já pesquisou o telefone da Casa Grande na lista telefônica? 1. ( ) Sim 2. ( ) Não o) Qual horário você costuma escutar rádio? 1. ( ) De manhã 2. ( ) No horário de almoço 3. ( ) De tarde 4. ( ) A noite 5. ( ) O dia inteiro 6. ( ) Não escuta p) Qual rádio você costuma ouvir? 1: ___________________________________ q) Como ficou sabendo da promoção “Seu carro do jeito que você deseja”? 1. ( ) Indicação de amigo 2. ( ) Recebeu um panfleto 3. ( ) Viu anúncio na TV 4. ( ) Dentro da loja 5. ( ) Não ficou sabendo r) Você participou da promoção “Seu carro do jeito que você deseja”? 1. ( ) Sim 2. ( ) Não s) De uma forma geral qual a sua opinião sobre as propagandas que a Casa Grande vem adotando? 1. ( ) Excelente 2. ( ) Ótima 3. ( ) Bom 4. ( ) Satisfatória 5. ( )Regular 6. ( )Indiferente t) Quais dos benefícios abaixo você tem conhecimento que a Casa Grande oferece? 1. ( ) Serviço de Leva e Busca 2. ( ) 30% de desconto em alguns itens para carros zero. 3. ( ) Instalação grátis de aparelhos CD. u) Você tem alguma sugestão para futuras campanhas promocionais?__________________________ ______________________________________ ______________________________________ ______________________________________ ______________________________________ ______________________________________ 88 APÊNDICE D – Fotos da Casa Grande Auto Shopping